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Demanda e Desejo

1. A estrutura do sujeito se organiza a partir de um furo. Correlato ao


conceito de objeto perdido (aquilo que o sujeito deseja – que poderia
lhe dar satisfação – está perdido desde sempre). O desejo é por
definição insatisfeito.

2. Experiência de satisfação: aparecimento da percepção do objeto,


associada a um traço mnêmico da excitação da necessidade.

1ª experiência de satisfação: Bebê com fome – percepção do objeto


(alimento – seio materno – aquilo que aparece no espaço percepitivel
do sujeito, visua e táctil – o traço da presença do objeto.

O traço da presença do objeto permanecerá associado ao traço da


fome, excitação de necessidade.

2ª, 3ª, 4ª (...) experiência de satisfação: quando a necessidade se


reapresentar, haverá uma conexão entre o traço da necessidade e o
traço perceptivo do objeto que trouxe satisfação; a imagem mnêmica
do traço do objeto de satisfação será reinvestida e reconstituirá a
situação da primeira experiência de satisfação. Esse movimento é o
desejo.

3. DESEJO = VETOR QUE SE DESLOCA DE UM SIGNIFICANTE (S1 – o traço


da excitação da necessidade) PARA OUTRO SIGNIFICANTE (S2 – traço
do objeto que a satisfaz).

S1 desejo(d) S2

4. Demanda – o aparecimento do Outro. Para que haja a demanda é


necessário que exista um Outro que atribua significação ao grito (do
bebê), significação de apelo, de pedido, transformando a necessidade
em demanda, interpretada como uma demanda de satisfação.

5. A demanda é o apelo que o sujeito faz em busca de um


complemento, de um objeto que possa satisfazê-lo. O sujeito busca a
restituição de um status quo ante, onde nada faltava, tudo estava
completo, que ele supõe existir, mas que nunca existiu.

6. O desejo é justamente a busca pelo objeto suposto da primeira


experiência de satisfação, busca pelo objeto perdido.

7. Necessidade: tem sempre um objeto que a satisfaz, se encontra do


lado animal.

8. A dimensão da demanda aparece quando a necessidade é enunciada,


pois ao tomar a palavra faz surgir o Outro da fala. A fala faz surgir a
alteridade e o descentramento do sujeito.
9. A demanda visa ao Outro e não a um objeto, ela é um apelo ao Outro,
a quem dirijo a minha fala. A demanda de caracteriza pela relação do
sujeito com Outro mediada pela linguagem, através dos significantes.

10.“Toda fala é uma demanda”. A demanda é a própria cadeia de


significantes que se dirige ao Outro – o lugar dos significantes, do
código, de onde virá a resposta, trazendo ao sujeito sua mensagem
de forma invertida, sob a forma de significado do Outro.

11.O analisante se dirige ao analista, colocado no lugar do Outro, com a


sua fala-demanda, esperando dele receber a interpretação do que ele
está dizendo, o sentido. (Demanda de interpretação, demanda de
sentido).

12.O desejo está fora do significante. “o desejo se esboça na margem


onde a demanda se rasga da necessidade”. O desejo é o resto da
operação de subtração da demanda à necessidade.

13.Apesar de não se inscrever no significante, o desejo só pode ser


inferido a partir da demanda, que se manifesta em cada fala.

14.A demanda está para o enunciado, como o desejo está para a


enunciação. O enunciado de uma fala é da ordem da demanda, mas é
em sua enunciação, na modalização do dito, sua entonação, suas
pausas, sua cadência, sua rapidez ou lentidão que rola o desejo.

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