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Tg. 1. 19-21
INTRODUÇÃO
ELUCIDAÇÃO
O texto em apreço dá início à segunda parte da epístola, a qual Tiago irá tratar sobre a
vida prática dos crentes, e, ao mesmo tempo ensinar como discernir os pensamentos e propósitos do
coração dos seus leitores.
CONCEITO DE IRA
Nossa ira é uma resposta ativa. É uma ação, uma atividade. Ira é algo que fazemos
não algo que temos. Não é uma coisa, um fluido ou uma força. A Bíblia retrata pessoas que praticam
a ira, não que tem ira.
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Nossa ira é uma resposta ativa, pessoal e integral. Envolve todo o nosso ser e põe em
ação a nossa pessoa como um todo. Precisamos resistir a certas distinções compartimentalizadas
que emergem da psicologia popular e não das Escrituras. Boa parte da literatura popular rotula a ira
como uma simples "emoção”1. De outro lado, teóricos cognitivos enfatizam sistemas de crenças, e os
behavioristas focalizam nas reações iradas.
Entretanto, a Bíblia não disseca a ira em categorias analíticas bem arrumadas. A ira é
mais que uma mera emoção, volição, cognição ou comportamento. A ira é complexa. Ela abrange a
pessoa toda abarca todo o nosso pacote de crenças, sensações, ações e desejos.
TEMA
DESENVOLVIMENTO
O que Tiago tem como objetivo nos versos 19 e 20 é fazer com que o seus leitores possam
enxergar o pecado da ira de forma conceitual, e em que ele acarreta.
Primeiro temos que considerar que a Bíblia considera três tipos de ira: A ira de Deus; A ira
justa do homem; e a ira pecaminosa do homem
A ira de Deus: A ira divina é um assunto que surpreende muitos leitores da Bíblia, e o
mais interessante é que a maioria das referências bíblica de ira está relacionado a Deus, mas, como
entender a ira de Deus? E contra quem, ou que Deus se ira? Em termos simples Deus se ira contra
pecadores e seu pecado. Ele sustenta uma ira justa contra toda a forma de impiedade. A ira de Deus
é sua oposição determinada, perfeita e pura contra o mal. É sua santa aversão a tudo aquilo que viola
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Chamar ira de “emoção” pode colocar erroneamente o foco no afeto e em sensações, em contraste com
funções cognitivas e volitivas. Como os dicionários populares afirmam e os linguajares populares confirmam,
falamos que emoção como afeto e sensação: “Eles reagiram com muita emoção”.
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Seu caráter e não satisfaz a sua vontade. Pois é natural ficar espantados diante de descrições como
as seguintes:
“se eu afiar a minha espada reluzente, e a minha mão exercitar o juízo, tomarei vingança
contra os meus adversários e retribuirei aos que me odeiam.Dt. 32.41”
“4 Ri-se aquele que habita nos céus; o Senhor zomba deles. 5
Na sua ira, a seu tempo, lhes
há de falar e no seu furor os confundirá. Sl 2. 4,5”
“Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o
Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus. Jo 3.36”
“A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a
verdade pela injustiça; Rm. 1.18”
Alem do mais a ira de Deus flui a partir de Sua justiça. Ela surge do juízo moral negativo de
Deus contra o mal percebido e, diferente de nós, Ele sempre percebe o mal com absoluta exatidão.
O texto de Nm. 25.11, por exemplo “Finéias, filho de Eleazar, filho de Arão, o sacerdote,
desviou a minha ira de sobre os filhos de Israel, pois estava animado com o meu zelo entre eles; de
sorte que, no meu zelo, não consumi os filhos de Israel.” Deus elogia Finéias como alguém que
“desviou a ira de Deus” de Israel pelo seu ato ousado de matar com uma lança um casal que
praticava abertamente a imoralidade sexual. A ira justa de Deus tinha pairado sobre Seu povo por
causa do pecado deles. A ira de Deus reflete Sua percepção exata do mal, Seu santo ódio contra ele,
e Sua determinação de erradicá-lo; ou, como aqui aceitar a expiação por ele. (Rm. 3. 21-26).
A ira justa do homem. Apesar de rara ela existe. Para entendermos bem a ira justa do
homem temos que considerar três marcas distintivas de diferenciação, tendo como objetivo é
encorajá-los a prática da ira justa, e desmascarar suas freqüentes falsificações.
1. A ira justa reage contra o pecado real. A ira justa resulta de uma percepção correta do
mal verdadeiro, do pecado como biblicamente definido, isto é, como uma violação da Palavra de Deus
“Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei.
I Jo 3.4”. a ira justa não resulta de ser meramente incomodado, ou de violações de preferência
pessoal ou tradição humana. Ela responde ao pecado como objetivamente definido pela Palavra de
Deus, incluindo violações dos mandamentos de Deus.
2. A ira justa tem seu foco em Deus e Seu reino, Seus direitos e preocupações, não no
indivíduo em si, nem no seu reino, nos meus direitos e minhas preocupações. Nas Escrituras,
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motivações centradas em Deus, não egocêntricas, é que impulsionam a ira justa. Ela foca nas
maneiras em que as pessoas ofendem a Deus e Seu nome, não a mim a ao meu nome. Seu fim é
Deus, não eu. Em outras palavras, determinar com precisão que algo é ofensivo não é o bastante.
Precisamos ver esse algo como ofensa a Deus. A ira justa pulsa em nosso coração como os
interesses do reino
Ao invés de impedir de cumprir o mandato de Deus, a ira justa nos conduz a expressões
piedosas de adoração, ministério e obediência. Ela mostra preocupação e bem estar dos outros. Ela
tem como marca de suas ações o altruísmo.
Para sabermos se estamos praticando a ira justa o Dr. David Powlison apresenta algumas
perguntas para nos fazer para determinar se a nossa ira é justa ou não. 1) você fica irado pelas
coisas certas? 2) Você expressa sua ira de maneira certa? 3) quanto tempo dura a sua ira? 4) Quão é
controlada a sua ira? 5) O que motiva a sua ira? 6) Sua ira já está “engatilhada e pronta” para
responder ao pecado habitual de outra pessoa? 7) Qual é o efeito da sua ira?
praticamente quase toda ira humana é pecaminosa, passagens como: “Tiago 1:13-15 13
Ninguém,
ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo
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a ninguém tenta. Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e
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seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez
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consumado, gera a morte. Tiago 3:13 Quem entre vós é sábio e inteligente? Mostre em mansidão
de sabedoria, mediante condigno proceder, as suas obras.” Estes textos revelam as sutilezas de
nossos desejos malignos e enganosos. Uma avaliação honestas de nossas vidas demonstra quão
raramente a ira humana é justa.
outras pessoas mas, a nossa quase nunca. Nossas reações violam a Vontade de Deus em sua forma,
seu grau, ou em seu tempo.
pecado, ele conseqüentemente se torna amarrado por esse pecado “Não sabeis que daquele a quem
vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do
pecado para a morte ou da obediência para a justiça? Rm. 6.16”. e com o passar do tempo o
processo de escravidão, à medida que treina seu coração a tais práticas, que os efeitos afetam outras
áreas da sua vida (trabalho, família, igreja e saúde. Deus classifica esse indivíduo pelo nome do
pecado que ele permite que o domine. E com relação a ira Deus classifica a ira da seguinte forma:
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“Provérbios 22:24-25 Não te associes com o iracundo, nem andes com o homem colérico,
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para que não aprendas as suas veredas e, assim, enlaces a tua alma Provérbios 29:22 O
iracundo levanta contendas, e o furioso multiplica as transgressões.” Como afirma Salomão a ira
multiplica as transgressões. No iracundo podemos identificar algumas práticas pecaminosas que são
geradas da ira:
Desrespeito
Briga/ violência
Animosidade
Crueldade
Discórdia/ antagonismo
Atos de vingança
Maldade
Amargura
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Alguns teóricos sugerem que a ira flui de forças psicodinâmicas interiores, profundas e
inconscientes. Ou seja, motivos sombrios espreitam dentro de nós e nos impelem violentamente.
Outros colocam a culpa de nossa ira sobre os maus tratos ocorridos na infância. Isso pode
incluir crises traumáticas, como espancamentos ou abuso sexual. Ou a ira pode resultar ainda de uma
criação cronicamente errada, como falta de cuidado por parte dos pais, ou até modelos paternos
errados na expressão da ira.
A Bíblia é claro reconhece muitas dessas dificuldades e fala diretamente a elas com
compaixão e discernimento claro. Há certamente um diabo que mente e engana, nosso homem
exterior se deteriora; doenças e problemas hormonais nos atrapalham e tornam-se ocasiões para
pecado. Em nosso mundo caído, pessoas – do passado e do presente – magoam-nos e abusam de
nós.
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Portanto a causa da ira é o nosso coração: Marcos 7:20-23 E dizia: O que sai do homem,
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isso é o que o contamina. Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus
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desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a
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lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Ora, todos estes males vêm de dentro e
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contaminam o homem. Luke 6:43-45 Não há árvore boa que dê mau fruto; nem tampouco árvore
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má que dê bom fruto. Porquanto cada árvore é conhecida pelo seu próprio fruto. Porque não se
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colhem figos de espinheiros, nem dos abrolhos se vindimam uvas. O homem bom do bom tesouro
do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o
coração.
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“Acolhei, com mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a
vossa alma”. Tiago exorta aos cristãos – judeus que eles devem recorrer a Palavra de Deus
implantada neles, ou seja, façam uso da doutrina da suficiência das Escrituras.
Aplicação
Três razões pelas quais devemos tratar o nosso coração em relação a ira:
1. Evitar que você sofra, e promover o seu bem estar físico e espiritual
Conclusão
Portanto, após ao exame segundo as Escrituras sobre a ira podemos afirmar que os
“pecados sociais” permeiam a igreja camuflado por teorias seculares, que desagradamos a Deus.