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E ESTATÍSTICA ELEMENTAR
AUTORA: FABIANA LUCI DE OLIVEIRA
GRADUAÇÃO
2011.1
Sumário
Metodologia da Pesquisa e Estatística Elementar
UNIDADE 1 ........................................................................................................................................................ 8
Ciência e Método Científico .......................................................................................................... 8
UNIDADE 2 ...................................................................................................................................................... 16
Pesquisa Empírica — Método e Técnicas ..................................................................................... 16
UNIDADE 3 ...................................................................................................................................................... 31
Análise de Dados e Estatística ...................................................................................................... 31
UNIDADE 4 ...................................................................................................................................................... 45
METODOLOGIA DA PESQUISA E ESTATÍSTICA ELEMENTAR
I. APRESENTAÇÃO DO CURSO
Segundo o sociólogo Eliot Freidson (1998)3, nas diversas profissões há uma distin-
ção entre os membros a partir das atividades por eles desenvolvidas. As profissões, assim,
se diferenciariam internamente em administradores (que determinam como e onde os
praticantes podem atuar — no caso das profissões do direito temos a OAB), pratican-
tes (que divulgam a profissão, se relacionando diretamente com os clientes — juízes,
promotores, advogados, etc.) e acadêmicos (que produzem o conhecimento abstrato e
formal no qual a profissão se apóia — juristas, professores).
Muitas vezes um mesmo profissional faz parte de mais de um destes grupos, poden-
do mesmo ser administrador, praticante e acadêmico ao mesmo tempo. Neste curso
trataremos da linguagem, dos métodos e das técnicas utilizadas por acadêmicos.
A diferença entre o advogado praticante e o acadêmico é que o advogado pratican-
te busca defender uma causa ou tese, ele é o “advogado da hipótese”. Já o advogado
acadêmico busca testar uma hipótese — e testar implica em que tal hipótese possa ser
comprovada ou derrubada. Nas palavras de Lee Epstein e Gary King4 (2002),
O curso está estruturado em quatro unidades. Em cada unidade teremos como exi-
gência a leitura da bibliografia obrigatória indicada, e a sugestão de leitura de uma
bibliografia complementar (para os alunos que queiram se aprofundar no assunto).
Esta apostila é apenas um apoio ao conteúdo do curso, servindo como um guia para
os estudos — sendo essencial a leitura dos textos obrigatórios indicados.
No curso estão previstas 20 aulas em sala (incluindo aulas expositivas, discussão em
grupo e seminários) e 10 aulas em laboratório (realização de exercícios práticos).
Além das aulas, leituras e exercícios, o curso prevê a realização de uma pesquisa em-
pírica e a apresentação dos resultados da pesquisa no formato de relatório a ser entregue
ao final do curso.
A distribuição das aulas poderá variar de acordo com o andamento e rendimento
do curso.
As quatro unidades estão estruturadas da seguinte maneira: 6
Ver OLIVEIRA, Luciano (2004), “Não
Fale do Código de Hamurabi”. In: Sua
Excelência o Comissário e outros en-
1) Ciência e Método Científico saios de sociologia jurídica. Rio de
Janeiro, Letra Legal
Nesta unidade discutiremos a linguagem científica, a definição de ciên-
7
LARENZ, Karl (1991). Metodologia
cia e do método científico. Trabalharemos os métodos de abordagem da da Ciência do Direito. Lisboa, Fundação
investigação científica (dialético, fenomenológico, dedutivo, indutivo e Calouste Gulbenkian.
4) Comunicação Acadêmica
Por fim, na última unidade do curso trabalharemos a comunicação es-
crita dos resultados de pesquisas empíricas e a forma de estruturar um
relatório de pesquisa. A unidade se encerra com a apresentação do re-
latório da pesquisa conduzida na unidade dois e da análise de dados
conduzida na unidade três.
(Estão previstas três aulas na unidade)
A avaliação será feita a partir da leitura dos textos, da presença e participação em sala
de aula (1/3 da nota), da entrega dos trabalhos ao final das unidades 1 e 2 (1/3 da nota)
e da entrega do trabalho final (1/3 da nota).
UNIDADE 1
BIBLIOGRAFIA OBRIGATÓRIA
1. INTRODUÇÃO
A partir desta colocação podemos perceber que a ciência é antes de mais nada uma
forma de conhecimento.
Existem diversos tipos de conhecimento, sendo os mais comuns o conhecimento
popular (vulgar, ou senso comum), o conhecimento religioso (teológico), o conheci-
mento filosófico e o conhecimento científico.
O conhecimento popular é aquele que vem da experiência do dia-a-dia, da vida
cotidiana, não metódico e que é transmitido de geração em geração.
A religião, por sua vez, é um conhecimento doutrinário, contendo proposições sa-
gradas não passíveis de verificação nem falseabilidade. Assim, apresenta princípios e
verdades indiscutíveis.
O conhecimento filosófico também apresenta verdades e proposições que não são
passíveis de verificação, mas não por serem sagradas e sim por não serem possíveis de
se observar.
Já o conhecimento científico é aquele obtido de mediante a aplicação de procedi-
mentos sistemáticos e rigorosos (métodos e técnicas).
A ciência, como todo tipo de conhecimento, não é una — não existe uma definição
consensual sobre a ciência e o método científico.
Para Karl Popper9 (1959), por exemplo, a ciência é o conhecimento que pode ser
falseado. A ciência progride de maneira contínua, a partir de aperfeiçoamentos que
vão sendo adicionados por sucessivos cientistas, e avança a partir do ensaio ao erro, às
conjecturas e refutações.
Thomas Kuhn10 (1962), outro historiador e filósofo da ciência, afirma que o pensa-
mento científico está em constante ebulição e não evolui de forma contínua havendo
sim saltos, revoluções. Kuhn desenvolve, assim, a idéia de ruptura de paradigmas cien-
tíficos.
De acordo com Lakatos e Marconi11 (1997), em decorrência da complexidade dos
fenômenos do universo e da sociedade que os homens buscam entender e explicar, a
ciência acabou originando diversos segmentos de estudo. As ciências são divididas basi-
9
POPPER, Karl (1959). A Lógica da
camente em formais e factuais. Pesquisa Científica. São Paulo: Editora
As ciências formais estudam idéias, que não havendo relação com a realidade obser- Cultrix.
vável e desta forma não se valendo da realidade para convalidar suas fórmulas. 10
KUHN, Thomas (1962). A Estrutura
das Revoluções Científicas. São Paulo:
Editora Perspectiva.
11
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI Ma-
rina de Andrade (1997). Metodologia
Científica: Ciência e Conhecimento
Científico. São Paulo: Atlas.
Lógica
Formais
Matemática
Ciências
Física
Naturais Química
Biologia, etc.
Factuais
Direito
Sociais Economia
Sociologia, etc.
As ciências factuais por sua vez tratam dos fatos, recorrendo aos dados obtidos atra-
vés da observação e da experimentação para validar suas hipóteses.
O conhecimento científico se diferencia dos demais basicamente pelas técnicas e
processos sistemáticos utilizados tanto para formular quanto para resolver os problemas
propostos.
Apesar de não haver um método único, até mesmo por haver diversas ciências, existe
um ciclo comum de atividades, uma espécie de sequência de atos que orientam o mé-
todo científico.
George Kneller12 (1980) apresenta em seu “A Ciência como Atividade Humana”
uma história de um problema prático que para ser resolvido seguiu a estrutura do pen-
samento científico. O problema a seguir exemplifica bem uma sequência de atos que
orientam uma pesquisa científica.
Numa certa cidade, foi construída uma nova estrada, e a taxa de acidentes re-
gistrou uma subida extraordinária. Houve protestos públicos e seguiu-se uma inves-
tigação. Os investigadores começaram com a hipótese mais óbvia: a de que a nova
estrada aumentou o tráfego, o que, por seu turno, aumentou o número de acidentes.
Mas verificaram que os acidentes tinham crescido de forma desproporcional. Conjec-
turaram então que numa nova estrada os motoristas são mais descuidados. Mas as
estatísticas referentes a outras estradas novas desmentiam essa hipótese. Admitiram,
portanto, que a causa era a velocidade. Entretanto, de acordo com os registros poli-
ciais, menos motoristas tinham sido multados do que o habitual. Estivera a polícia
menos ativa? Não, o mesmo número de agentes estivera prestando serviço. Então os
12
KNELLER, George. A Ciência como Ati-
investigadores notaram que a maioria dos acidentes tinha ocorrido em apenas três vidade Humana. Rio de Janeiro: Zahar
locais da estrada, pelo que recomendaram novas regras de trânsito para esses pontos. Editores.
Depois disso, o número de acidentes caiu muito abaixo da norma. O problema tinha
sido resolvido (Kneller, 1980: 99).
2. MÉTODOS DE ABORDAGEM
Nada neste mundo existe de forma isolada, fatos e fenômenos estão ligados entre si in-
teragindo, e a interação implica transformação. E a transformação no método dialético
se dá pela negação.
O método fenomenológico é o que se volta ao estudo dos fenômenos humanos, tais
como vivenciados e experimentados, considerando o que está imediatamente à frente
da consciência, o objeto. A realidade não é única: existem tantas quantas forem as suas
interpretações e comunicações. O sujeito/ator é reconhecidamente importante no pro-
cesso de construção do conhecimento (GIL, 1999).
O método dedutivo é o que parte do geral e vai para o particular. O raciocí-
nio dedutivo é o silogismo, que é composto de três partes: uma premissa maior (ou
seja, um enunciado geral), uma premissa menor (ou seja, um enunciado particu-
lar de aplicação individual) e uma conclusão que resulta dos enunciados anteriores.
Popper (1959) fez diversas críticas ao método dedutivo, sendo as duas principais
delas a de que ele é tautológico (ele repete no predicado o que já disse no sujeito) e teria
um caráter apriorístico (ao partir de um enunciado geral implica que já se tenha um
conhecimento prévio).
Já o método indutivo é o inverso do dedutivo, ele parte do particular e vai para o geral.
O raciocínio indutivo baseia-se em premissas verdadeiras que levam à conclusões
prováveis. Por exemplo, o cisne 1 é branco. O cisne 2 é branco. O cisne 3 é branco. O
cisne n é branco. Logo, sou levado a concluir que todo cisme é branco. Ou seja, partir
da observação dos fatos faz-se uma generalização através da lógica.
Antônio é mortal.
Benedito é mortal.
Carlos é mortal.
Zózimo é mortal.
...
Ora, Antônio, Benedito, Carlos, Zózimo,
são homens.
Logo, todos os homens são mortais.
Popper (1959) também criticou o método indutivo, afirmando que ele leva a uma
regressão ao infinito, ou seja, para poder sustentar a afirmação de que todos os cisnes
são brancos seria preciso observar todo e qualquer cisne possível. Ao criticar os métodos
dedutivo e indutivo, Popper defende o método hipotético dedutivo.
O método hipotético-dedutivo foi definido por Popper como aquele que consiste
na construção de hipóteses que devem ser submetidas ao confronto com de fatos para
sua comprovação.
A sequência do método hipotético-dedutivo, segundo Popper (1959), parte de co-
nhecimento prévio (teorias existentes), a partir do qual se identifica uma lacuna, con-
tradição ou problema; propor uma solução para este problema no formato de hipótese;
testar a hipótese; analisar os resultados frente aos quais há duas situações: ou ocorreu
o esperado (hipótese corroborada) ou não ocorreu o esperado (hipótese refutada). Em
caso de refutação, volta-se a formular nova hipótese que explique satisfatoriamente o
problema inicial.
13
DEMO, Pedro (1995). Metodologia
Científica em Ciências Sociais. São Pau-
lo: Editora Atlas.
3. DIREITO E CIÊNCIA
Discutimos até aqui o que é ciência e o que é o método científico, considerando que
este método foi pensado para e largamente utilizado pelas ciências naturais e formais.
Mas e no caso do Direito? Há uma discussão até mesmo sobre se podemos afirmar ser
o direito uma ciência ou não. Voltamos aqui para a questão posta inicialmente sobre a
dificuldade de definição consensual sobre a ciência e seu(s) método(s).
Lakatos e Marconi (1997) afirmam que todas as ciências caracterizam-se pela utiliza-
ção de métodos científicos, mas que em contrapartida, nem todos os ramos de estudos
que empregam esses métodos são ciências, concluindo daí que a utilização de métodos
científicos não é alçada exclusiva da ciência, mas que não pode haver ciência sem o em-
prego dos métodos científicos.
A ciência implica o critério de objetividade, de considerar, observar e descrever os
fenômenos como eles são e não como deveriam ser. A ciência implica, portanto, “neu-
tralidade axiológica”, afastando-se assim dos valores.
O direito como norma implicaria numa diretiva, descrevendo como os fenômenos de-
veriam ser. Daí muitos afirmarem que o Direito não pode ser considerado como ciência.
Há mesmo uma disputa e uma discussão epistemológica sobre os ramos de conheci-
mento que poderiam ou não ser ciência, com os mais “radicais” afirmando que apenas
as naturais e formais seriam ciências (as “hard sciences”). Excluindo-se, portanto, todas
as ciências sociais.
Nossa perspectiva neste curso é de que, se por ciência entendermos a busca e a pro-
dução de conhecimento a partir da observação, pesquisa e sistematização de fenômenos
e fatos do mundo social, a partir do emprego de um método, não há porque não se
considerar o direito como ciência.
Boaventura Sousa Santos, em “Um Discurso sobre as Ciências” (1988), discute a crise
dos paradigmas da ciência moderna. O autor expõe de forma bastante crítica esta ques-
tão, a partir de uma leitura sobre a forma como o pensamento científico se desenvolveu
e como nos séculos XVIII e XIX esse pensamento passou a influenciar as ciências sociais.
4. ENCERRAMENTO DA UNIDADE
outras palavras, que a apropriação do objeto de pesquisa por parte do sujeito tem a
sua própria história, seus “eurekas” e “serendipities”. Existe ademais outra implicação
que é de particular relevância dentro do contexto atual, a saber, a consciência de
que o processo de criação científica também compartilha de uma dimensão estética:
existe na obra da ciência como na obra de arte um ingrediente de subjetividade, de
iniciativa individual, de interpretação original que não estão contidas a priori nas
fórmulas e nos procedimentos de método. Fora de dúvida está também que a necessi-
dade de refletir criticamente sobre as tensões e descontinuidades entre método formal
e investigação empírica deve-se em parte ao formalismo e mitificação do método pelos
quais o treinamento acadêmico é tão responsável. O divórcio ordinário entre teoria
e prática, divórcio dolorosamente experimentado pelo estudante, tem levado a uma
concepção do método como um conjunto de fórmulas cuja aplicação mecânica “abra-
cadabriza” os achados. (Fernando Uricoechea14, 1978: 201-202)
Discussão do Filme
“E a vida continua (And the band played on)” —
EUA. Dirigido por Roger Spottiswoode (1993).
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
14
Trecho extraído do texto “Coronéis e
Burocratas no Brasil Imperial: Crônica
Analítica de uma Síntese Histórica”. In:
Nunes, Edson Oliveira. (1978). A Aven-
tura Sociológica. Rio de Janeiro, Jorge
Zahar Ed.
UNIDADE 2
BIBLIOGRAFIA OBRIGATÓRIA:
Esta é uma pergunta genérica, ampla demais e sugere apenas um interesse descritivo.
E também a pergunta não apresenta recorte temporal e espacial — ou seja, de que
juizado especial cívil estou falando? E em que momento da história?
Um problema empírico de pesquisa IMPLICA uma problematização e mais, um
recorte temporal e espacial. Por exemplo:
2. TIPOS DE PESQUISA
1. Busca profundidade;
2. Busca descobrir coisas comuns entre número pequeno de casos;
3. Tem como metas primárias interpretar significados, dar voz, avançar teo-
rias novas;
4. Tem como metas secundárias testar ou refinar teoria, explorar a diversida-
de, identificar padrões amplos;
5. Trabalha com um arcabouço analítico fluido — pergunta “este é um caso
de que?
6. Procura abarcar um fenômeno como um todo;
7. Aplica bastante a indução analítica — busca explicar tudo.
Muitos autores definem a pesquisa quantitativa por oposição à qualitativa. Mas se-
gundo Goode e Hatt (1996) “a pesquisa moderna deve rejeitar como uma falsa dicoto-
mia a separação entre estudos ‘qualitativos’ e ‘quantitativos’, ou entre o ponto de vista
‘estatístico’ e ‘não estatístico’. Além disso, não importa o quão precisas sejam as medi-
das, o que é medido continua a ser uma qualidade” (1996: 398).
Richardson (2010) lembra que, independente do tipo de pesquisa a ser utilizado em
relação à abordagem — seja quantitativa ou qualitativa — é indispensável à pesquisa
cumprir dois requisitos: o da confiabilidade e da validade.
Por confiabilidade entenda-se “a capacidade que devem ter os instrumentos utili-
zados de produzir medições constantes quando aplicados a um mesmo fenômeno. A
confiabilidade externa refere-se à possibilidade de outros pesquisadores, utilizando ins-
trumentos semelhantes, observarem fatos idênticos e a confiabilidade interna refere-se
à possibilidade de outros pesquisadores fazerem as mesmas relações entre os conceitos
coletados com iguais instrumentos.” (Richardson, 2010: 87).
Já a validade implica na capacidade do instrumento “produzir medições adequadas
e precisas para chegar-se a conclusões corretas”. Ou seja, temos o instrumento ade-
quado para a questão proposta? “A validade interna refere-se à exatidão dos dados e a
adequação das conclusões. A validade externa refere-se à possibilidade de generalizar os
resultados a outros grupos semelhantes” (Richardson, 2010: 87).
Simplificando…
A pesquisa também pode ser classificada de acordo com os seus objetivos. De acordo
com Gil (1991) são basicamente três os principais objetivos das pesquisas:
4. OPERACIONALIZAÇÃO DE VARIÁVEIS
PE1) O(A) Sr(a) poderia me dizer se trabalha, mesmo que não tenha carteira
assinada, ou mesmo que o pagamento não seja em dinheiro? (SE SIM,
CIRCULE CÓDIGO 1 ABAIXO)
PE2) (SE NÃO) Mas o(a) Sr(a) por acaso trabalha, mesmo sem receber paga-
mento, pelo menos 15 horas por semana, em alguma instituição religio-
sa, beneficente, de cooperativismo, ou então como aprendiz, ou mesmo
ajudando em algum negócio da sua família? (SE SIM, CIRCULE CÓ-
DIGO 2 ABAIXO)
PE3) (SE NÃO) E o(a) Sr(a) chegou a trabalhar em algum momento durante
a última semana, ou chegou a tomar alguma providência para conseguir
trabalho na última semana? (SE SIM, CIRCULE CÓDIGO 3 ABAIXO)
PE4) (SE NÃO, LEIA OS ITENS A SEGUIR QUE SE APLIQUEM) E o(a)
Sr(a) é... [desempregado(a) / dona de casa / aposentado(a) / estudante]?
(CIRCULE CÓDIGO ABAIXO, DE 4 A 7, CONFORME A RES-
POSTA)
Figura 11. Questão para mensurar situação econômica do respondente. Fonte: IBGE
4. Confiabilidade e validade.
Figura 12. Etapas usuais de uma pesquisa quantitativa. Fonte: Barbetta (2005)
6. AMOSTRAGEM
Exemplo de uma estatística: duração média (em meses) de processos judiciais sobre
“desaposentação”, calculada com base em uma amostra de 120 processos que tramita-
ram no TJRJ.
É possível prever o erro amostral, com certo grau de precisão, em amostras probabi-
lísticas. Por exemplo, com confiança de 95% o erro amostral é de +/— 2%
Figura 13. Elaboração de questionário. Dicas elaboradas com base em Ragin (1994)
e Babbie (1999)
I — C0NTEÚDO
2) Cada pergunta deve ter, a priori, uma função para a análise. Deve referir-se a
hipóteses e objetivos da pesquisa
• Não sucumbir à curiosidade! (colocando questões que não serão úteis aos obje-
tivos da pesquisa)
• Pensar em variáveis dependentes e independentes
3) Guiar-se por três palavras: SIMPLICIDADE, INTELIGIBILIDADE e CLARE-
ZA e Diminuir ao máximo o esforço do respondente. Cada entrevistado deve entender
a pergunta que está sendo feita para então poder respondê-la. E todos os entrevistados
devem entender a pergunta da mesma forma, ou seja, deve-se procurar manter uma lin-
guagem simples e de fácil acepção para que todos entendam a pergunta da mesma forma.
Alguns erros comuns:
• Querer que o sujeito pesquisado seja o tomador de decisão ou o formulador de
estratégias e projetos (vale especialmente para governos e empresas)
• Não investigar possíveis fontes de problema, mesmo que preventivamente.
• Assumir entendimento comum sobre palavras/expressões de caráter central na
pergunta (sem certificar-se disto!)
II —FORMATO
1) ORGANIZAÇÃO VISUAL
• Blocos visíveis
• Instruções de campo destacadas
• Espaço para respostas definido (forma e quantidade)
• Códigos (minimizar erros de anotação)
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
UNIDADE 3
For the rational study of the law the black letter man may be the man of the pre-
sent, but the man of the future is the man of statistics and the master of economics.
Holmes, Oliver Wendell, Jr. (1897). “The Path of the Law”
It is now generally recognized, even by the judiciary, that since all evidence is
probabilistic — there are no metaphysical certainties — evidence should not be ex-
cluded merely because its accuracy can be expressed in explicitly probabilistic terms.
Posner, Richard A. (1999).
“An Economic Approach to the Law of Science”
BIBLIOGRAFIA OBRIGATÓRIA
A estatística está por todo canto da vida moderna, e somos diariamente bombardea-
dos por informações estatísticas de todos os tipos. Por exemplo, em 17 de dezembro de
2010 o jornal nacional dava a notícia
“IBGE registra a menor taxa de desemprego no Brasil desde 2002. A taxa caiu
ao longo de todo o ano e chegou a 5,7% em novembro. No mês passado, 1,3 milhão
brasileiros estavam desempregados. É o menor índice desde março de 2002, quando 20
Ver notícia completa em http://
o IBGE mudou a metodologia da pesquisa mensal de emprego. Por isso não é possível g1.globo.com/jornal-nacional/noti-
cia/2010/12/ibge-registra-menor-
fazer comparações com períodos anteriores a este”20. taxa-de-desemprego-no-brasil-des-
de-2002.html, acesso 22/12/2010
• Taxa de fecundidade média das brasileiras é de 1,94 filhos por mulher (em 2009).
• Mulheres com até 7 anos de estudo tem, em média, 3,19 filhos. Isso é quase o
dobro do número de filhos (1,68) daquelas com 8 anos ou mais de estudo.
• O Brasil tem 94,8 homens para cada 100 mulheres.
• A taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade baixou de
13,3% em 1999 para 9,7% em 2009. Em números absolutos, o contingente
era de 14,1 milhões de pessoas analfabetas. Destas, 42,6% tinham mais de 60
anos, 52,2% residiam no Nordeste e 16,4% viviam com ½ salário mínimo de
renda familiar per capita.
• 85,2% dos adolescentes de 15 a 17 anos frequentavam a escola em 2009. Mas
a taxa de escolarização líquida (ou seja, o percentual de pessoas que frequenta-
vam a escola no nível adequado à sua idade, neste caso o ensino médio) era de
50,9%. Ainda assim houve melhora quando consideramos que esse percentual
era de 32,7% em 1999.
• Em geral, as mulheres de alta escolaridade (12 anos ou mais de estudo) tem um
rendimento mensal que corresponde a apenas 58% do rendimento dos homens
com a mesma escolaridade.
• Em 2009, o total de mulheres ocupadas recebia cerca de 70,7% do rendimento
médio dos homens ocupados. No mercado formal essa razão chegava a 74,6%,
enquanto no mercado informal o diferencial era maior, e as mulheres recebiam
63,2% do rendimento médio dos homens.
Todos estes dados foram extraídos de uma fonte oficial e confiável, que é o IBGE.
Há outras fontes importantes de estatísticas, como por exemplo, o Banco Mundial.
País Ações/ 100 mil habitantes Juízes 100 mil habitantes Ações/ juiz
Como julgar estas estatísticas? Como saber se estas informações estão corretas e fa-
zem sentido? Como saber se estes dados são ou não confiáveis? A informação estatística
é extremamente poderosa, e perigosa se utilizada de forma equivocada.
É preciso distinguir o raciocínio estatístico correto do falho, para não estarmos sus-
cetíveis e vulneráveis a manipulações e a decisões que não são sejam de nosso interesse.
Como se costuma dizer, a estatística é uma ferramenta poderosa e necessária para
reagirmos inteligentemente as informações que recebemos diariamente.
Esta frase foi atribuída por Mark Twain ao primeiro ministro britânico Benjamin
Disraeli (1804—1881).
Mas muitas vezes a estatística não é utilizada de forma manipulativa intencional-
mente. Algumas vezes o que ocorre é mesmo a imperícia no seu uso. Vejamos.
Edward Cheng24 (2009), afirma que dados estatísticos são elementos poderosos nos
tribunais, usados por exemplo, quando se busca demonstrar que um perfil de DNA
é muito raro e único, ou quando se busca demonstrar estimativas de valor dos bens
danificados, ou ainda determinar a probabilidade de que um réu criminal reincida em
seu crime e portanto defende o argumento de que ele deve ser mantido preso. Embora
tenham um papel relevante nas cortes, as estatísticas levantam uma série de desafios para
o sistema judicial, incluindo a preocupação de que eles são difíceis de entender, e que 23
No original, “There are three kinds of
tem um forte poder de persuasão, recebendo grande deferência por parte dos jurados. lies: lies, damned lies, and statistics”.
Imagine que o requerente desenvolva um câncer após ter sido exposto a um va-
zamento químico de um conhecido agente cancerígeno. Para estabelecer que o vaza-
mento é a causa de sua condição, o requerente procura demonstrar que o seu risco de
desenvolver câncer dobrou após a exposição. Até aqui, o processo parece bem simples,
mas então um dilema se coloca. Que estatística devemos utilizar para estimar o risco
de câncer do requerente? Devemos utilizar o risco para a população em geral, ou
deveríamos ser mais específicos? Mulheres brancas com idade inferior a cinqüenta?
Moradores do condado de Littleton, sem história familiar de câncer? Em outras pa-
lavras, ao descrever o risco de câncer, como devemos quebrar a população: por idade,
gênero, geografia, profissão, ou outra coisa? (Cheng, 200925)
É preciso saber estatística para ser capaz de efetivamente interpretar dados, realizar
a pesquisa, tomar decisões, entender e questionar argumentos que nos são apresentados
e desenvolver habilidades de pensamento crítico e analítico. A estatística, de forma bas-
tante ampla, implica em entender a coleta, organização, apresentação e interpretação
de dados.
A estatística é um instrumento de grande utilidade na tomada de decisão. Como dis-
se o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e conselheiro Nacional de Justiça
(CNJ) Ives Gandra Martins Filho em palestra no III Seminário Justiça em Números
em Brasília (24/09/2010), “A informação correta é fundamental para o planejamento
das ações do Judiciário... Aquele que tem que decidir tem que ter informação correta”,
explicando a necessidade dos tribunais criarem e alimentarem bases de dados correta-
mente, para o Judiciário poder contar com informações de qualidade.
Existem dois grandes eixos no estudo da estatística dos quais trataremos neste curso:
a estatística descritiva, que trata dos procedimentos utilizados na organização, resumo
e apresentação de dados. E a estatística inferencial, que implica em métodos e técnicas
utilizados no estudo de uma população a partir de amostras desta mesma população.
A estatística é extremamente útil, pois em geral, não há necessidade de se conhecer
algumas informações individuais. Em pesquisa, estamos na maioria das vezes interessa- 25
Tradução livre do trecho “To illustrate,
dos em “questões coletivas”, por exemplo: imagine that plaintiff contracts cancer
after being exposed to a chemical spill
of a known carcinogen. To establish
• A maioria das pessoas pensa o que sobre o Poder Judiciário? that the spill is the cause of her cancer,
plaintiff attempts to show that her
• Na percepção das pessoas, a polícia comunitária funciona? cancer risk doubled after exposure.2
So far, the litigation seems pretty
• Pessoas de diferentes classes sociais vêem o Poder Judiciário da mesma forma? straightforward, but then we face a di-
lemma. What statistic should we use to
estimate plaintiff ’s cancer risk? Should
we use the risk for the general popu-
lation, or should we be more specific?
White females under the age of fifty?
Residents of Littleton County with
no family history of cancer? In other
words, in describing cancer risk, how
should we break down the population:
by age, gender, geography, profession,
or something else?”
Vamos considerar o exemplo: sala de aula da FGV Direito Rio, com 10 alunos.
a) Distribuição de freqüências
Servem para termos uma idéia acerca dos valores médios da variável em estudo.
São usados para sintetizar em um único número os dados observados.
• Média
A média aritmética é calculada somando-se os valores das observações e di-
vidindo este valor pelo número total de observações. No exemplo, se queremos sa-
ber a idade média dos alunos desta classe, somamos a idade dos 10 alunos (22 +20
+19+21+20+20+20+18+21+19) e dividimos o total da soma pelo número de obser-
vações, ou seja, o número de alunos (200/10). A idade média neste caso é de 20 anos.
• Mediana
É o valor da observação que separa 50% dos valores mais baixos dos 50% mais altos.
Para localizar a mediana é preciso ordenar as classificações:
18+19+19+20+20+20+20+21+21+22
Em casos em que o número de observações é ímpar, existe um valor central e este va-
lor é a mediana. Como nesse caso o número de observações é par, para obter a mediana
é preciso calcular a média entre os dois valores do meio (no caso 20+20/2). Portanto,
no exemplo, a mediana é 20.
• Moda
É o valor que se repete mais, que aparece com maior frequência. Neste caso também
é 20 anos.
Obs.: quando uma variável tem distribuição simétrica, temos que média = mediana = moda
c) Medidas de Dispersão
Indicam o quão nossa amostra (ou população) é heterogênea, ou seja, nos dá uma
medida de variação. O critério frequentemente utilizado é o que mede a concentração
dos dados em torno da média, sendo as medidas mais usadas o desvio médio, a variância
e o desvio padrão.
• Variância
Usualmente representada por S2, é a medida que se obtém somando os quadrados
dos desvios das observações da amostra, relativamente à sua média, e dividindo pelo
número de observações da amostra menos um.
n
2 2 2 2 2
∑(x – x)
i
2
(n – 1) (n – 1)
• Desvio Padrão
i=1
s =
(n – 1)
Assim, no caso das idades, temos que o desvio padrão é de 1.15 anos.
• Amplitude
É a diferença entre os valores mais alto e mais baixo da amostra. No caso das idades,
temos a amplitude de 4 (22-18).
Muitas vezes queremos verificar se há uma relação entre duas variáveis (se as variáveis
são dependentes ou não).
Podemos construir tabelas de freqüência com dupla entrada. Essas tabelas de dados
cruzados são conhecidas por tabelas de contingência, e são utilizadas para estudar a
relação entre duas variáveis.
• Correlação
Medida utilizada para determinar se há relacionamento entre duas variáveis. A pre-
sença de uma correlação pode conduzir-nos a um método para estimar uma variável a
partir da outra.
A correlação mede a força, ou grau de relacionamento entre duas variáveis. Quanto
maior a correlação, maior a intensidade de relacionamento.
Obs.: a correlação entre duas variáveis apenas mostra que essas variáveis estão rela-
cionadas, não indicando que uma variável CAUSA a outra — correlação não implica
causalidade.
• Qui Quadrado
Representado por x2, a medida qui quadrado se destina a encontrar um valor da dis-
persão para duas variáveis qualitativas, avaliando a existência de associação entre elas. O
qui quadrado compara proporções, considerando as frequências observadas e preditas
para certo evento.
Busca verificar se a frequência com que um determinado acontecimento observado em
uma amostra se desvia significativamente ou não da frequência com que ele é esperado.
e maior peso corporal. Mas isso não necessariamente significa que ser mais
gordo facilita o desenvolvimento de calvície, ou vice-versa.
Ainda que pudesse ser formulada uma teoria sugerindo que a calvície de-
prime os homens, estes mais deprimidos “descarregariam” suas frustrações na
geladeira, resultando aumento de peso.
A verdade é que teorias podem ser formuladas aos montes e podem ex-
plicar qualquer coisa. Assim, independente da qualidade dos fatos, as teorias
têm de ser sempre vistas com cuidado.
Voltando à correlação entre orgasmos e mortalidade, ela é também apenas
uma correlação. Muitos outros estudos precisam ser feitos antes de se mostrar
uma relação de causa e efeito, se é que existe uma nesse caso.
A correlação entre beber um copo de vinho por dia e a menor chance de
infarto do miocárdio é outro bom exemplo na mesma linha. Estudos recentes
mostram que ela não se deve ao vinho e ao álcool, mas sim ao beta-caroteno,
corante contido na uva. Para a infelicidade de muitos, tomar suco de uva dá
o mesmo resultado que beber vinho tinto. No caso dos orgasmos talvez se
demonstre que não é necessariamente o orgasmo, mas sim qualquer outra
variável.
Como tudo, as informações científicas também dependem de um espírito
crítico para interpretá-las e dar-lhes um tratamento adequado. Quando esse
não existir nos autores de um trabalho científico ou nos jornalistas, ou ainda
for deturpado por qualquer parte geradora da notícia, resta ainda o último
filtro que é o consumidor da notícia: você, o leitor.
Luiz Eugênio A. M. Mello, 40, é professor do Departamento de Fisiolo-
gia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
“Em 18 de junho de 1964, ao redor das 11h30 da manha, a Sra. Juanita Brooks,
que fizera compras, voltava para casa por uma travessa na região de San Pedro, na
cidade de Los Angeles. Carregava nas costas uma cesta de palha contendo mercado-
rias, e deixara sua bolsa em cima das embalagens. Ela usava uma bengala. Quando
se abaixou para apanhar uma caixa de papelão vazia, foi subitamente empurrada
ao chão por uma pessoa que não chegou a ver, e cuja aproximação não notou. Ficou
atônita pela queda e sentiu alguma dor. Conseguiu erguer os olhos e viu uma mulher
jovem que fugia da cena. Segundo a Sra. Brooks, a mulher parecia pesar cerca de
70kg, vestia uma roupa escura e tinha cabelo entre loiro escuro e loiro claro, porém
mais claro que a cor do cabelo da ré, Janet Collins, quando esta se apresentou ao
julgamento. Imediatamente após o incidente, a Sra. Brooks percebeu que sua bolsa,
contendo entre US$ 35 e US$ 40, havia desaparecido.
a população da região próxima ao local do crime era de muitos milhões, seria razoável
considerarmos que haveria 2 ou 3 casais na região que se encaixavam na descrição. Nes-
se caso, a probabilidade de que um casal que se encaixava na descrição fosse o culpado,
com base apenas nestes indícios (que eram basicamente tudo o que a acusação possuía)
é de apenas ½ ou 1/3. Muito além de uma dúvida razoável. Por estes motivos, a Supre-
ma Corte revogou a condenação de Collins.
O uso da probabilidade e da estatística nas cortes modernas ainda é um tema contro-
verso. No caso de Collins, a Suprema Corte da Califórnia ridicularizou o que chamou
de “julgamento pela matemática”, mas deixou espaço para “aplicações mais adequadas
de técnicas matemáticas”. Nos anos seguintes, as cortes raramente consideraram argu-
mentos matemáticos, porém, mesmo quando advogados e juízes não citam probabi-
lidades explícitas ou teoremas matemáticos, frequentemente empregam esse tipo de
raciocínio, assim como os jurados ao avaliarem as provas.
Além disso, os argumentos estatísticos estão se tornando cada vez mais importantes
em virtude da necessidade de avaliarmos provas por exame de DNA. Infelizmente essa
maior importância não foi acompanhada de um maior entendimento por parte dos ad-
vogados, juízes e jurados. Como explicou Thomas Lyon, que dá aulas de probabilidade
no direito na universidade no Sul da Califórnia, poucos alunos fazem um curso de pro-
babilidade no direito, e poucos advogados acreditam que tal curso mereça ter seu lugar.
Nessa e em outras áreas, a compreensão da aleatoriedade pode revelar camadas ocultas
da verdade, mas apenas para os que possuírem as ferramentas para desvendá-las. ”
(Mlodinow, 2009: 46-49)
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
UNIDADE 4
COMUNICAÇÃO ACADÊMICA
BIBLIOGRAFIA OBRIGATÓRIA
Por unidade entenda-se a interligação entre partes do texto, que deverão convergir
para um direcionamento único.
A coerência do texto, implica que as idéias apresentadas não sejam contraditórias.
E a coesão implica que os elementos do texto, de cada frase, devem estabelecer os
nexos entre as partes do texto em linguagem objetiva, suprimindo palavras desnecessá-
rias (adjetivos e advérbios).
É preciso tomar muito cuidado com a redação: prestar atenção na gramática e na
concordância. Utilizar corretamente a lingua, o texto deve ser escrito em linguagem
simples e direta, não utilizar linguagem rebuscada nem muitos jargoes da área (evitar
“juridiquês, “sociologuês”, “economês”, etc.). A revisão gramatical antes de entregar o
texto é essencial.
Para isso também é interessante que se organize o texto por idéias. Uma sugestão é
fazer uma estrutura prévia do que será o texto e um resumo do que cada seção tratará.
É importante tabém evitar julgamentos de valor (bom, ruim, perfeito, etc.).
Utilize citações, elas são importantes e rnriquecem o texto. É preciso SEMPRE
dar crédito quando citamos as idéias de outros autores — ainda que indiretamente.
CUIDADO COM O PLÁGIO!
E por fim, é preciso ter um mente que o texto que comunica uma pesquisa acadêmi-
ca é essencialmente diferente do texto de um parecer ou uma petição.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
1. ECO, Umberto (2005). Como se Faz uma Tese. São Paulo: Ed. Perspectiva.
2. GIL, Antônio Carlos (1996). Como Elaborar Projetos de Pesquisa. São Pau-
lo: Atlas.
FICHA TÉCNICA