Definição

Seja T : V → V um operador linear sobre o espaço vetorial V , com V

finito dimensional. O polinômio caracterı́stico de T é dado por

pT (x) = det([T ]β − xI ),

onde [T ]β é a matriz de T associada à base β.

Observação
a) Se α e β são duas bases de V , então

det([T ]α − xI ) = det([T ]β − xI ).

b) Seja A ∈ Rn×n .O polinômio caracterı́stico de A é dado por

pA (x) = det(A − xI ) = x n − tr(A)x n−1 + ... + (−1)n det(A).

Manuel Barreda ( UFPR) Diagonalização 23 de junho de 2010 1 / 11

Seja V um espaço vetorial de dimensão n. Então
V = {T : V → V ; T é linear} tem dimensão m = n × n = n2 .

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Seja V um espaço vetorial de dimensão n. Então
V = {T : V → V ; T é linear} tem dimensão m = n × n = n2 .

Daı́ segue que o conjunto

{Id, T , T 2 , ...., T m }

é linearmente dependente. Logo, para escalares cj , não todos nulos, tem-se

c0 Id + c1 T + c2 T 2 + .... + cm T m = 0V . (Id : operador identidade)

Cayley-Hamilton

Teorema
Seja T : V → V um operador linear sobre V finito dimensional. Então T
anula seu polinômio caracterı́stico, isto é:

pT (T ) = 0V (0V : operador nulo).

Manuel Barreda ( UFPR) Diagonalização 23 de junho de 2010 2 / 11

Definição
Seja A ∈ Rn×n . Denomina-se polinômio minimal de A, ao polinômio da
forma
m(x) = 1x s + a1 x s−1 + .... + a0
de menor grau tal que m(A) = 0n×n .

Notação
mA (x) : polinômio minimal de A.

Proposição
Seja A ∈ Rn×n . Então λ é uma raiz de PA (x) se, e somente se, λ é uma
raiz de mA (x).

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Proposição
Seja A ∈ Rn×n . Então λ é uma raiz de PA (x) se, e somente se, λ é uma
raiz de mA (x).

Demostração
(⇒)
Seja v o autovetor associada ao autovalor λ. Então

0Rn =mA (A)v (por hopótese : mA (A) = 0n×n )

=(a0 I + a1 A + ... + As )v
=(a0 + a1 λ + ... + λs )v
=mA (λ)v
⇒mA (λ) = 0.

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Proposição
Se pA (x) = (x − λ1 )r1 ...(x − λ1 )rl , então

mA (x) = (x − λ1 )s1 ...(x − λ1 )sl ,

1 ≤ sj ≤ rj , j = 1, ..., l.

Exemplo
 
−1 1
Seja A = . Então,
0 −1
pA (x) = (x − 1)2 ⇒ mA (x) = (x − 1)2 ou mA (x) = (x − 1). Neste
caso, mA (A) 6= 02×2 . Portanto: mA (x) = pA (x).

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Propriedades da Adição

Exemplo
Seja  
48 −10 −10
B =  90 −17 −20  .
135 −30 −27
Então,
pB (x) = (x + 2)(x − 3)2 ⇒
mB (x) = (x + 2)(x − 3) ou mB (x) = pB (x).
Note que (B + 2I )(B − 3I ) = 02×2 .
Daı́ segue que :
mB (x) = (x + 2)(x − 3).

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Relação de Ordem em Z

Proposição
Seja T : V → V um operador linear, tal que σ(T ) ⊂ K. Então:
T é diagonalizável se, e somente se, mT (x) possui unicamente raı́zes
simples.

pT (x) = (x − λ1 )r1 ...(x − λl )rl ⇒ mT (x) = (x − λ1 )...(x − λl ).

Exemplo
Seja  
−1 −3 4
A =  −4 0 4  ⇒ pA (x) = (x − 3)(x + 2)2 .
3 −4 0
Neste caso: (A − 3I )(A + 2I ) 6= 03×3 . Portanto, A não é diagonalizável.

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Definição
Seja pA (x) = (x − λ1 )r1 ...(x − λl )rl polinômio caraterı́stico associado à
matriz A.
a) O inteiro positivo rj , j = 1, ...l, indica a multiplicidade algébrica do
autovalor λj .
b) Dado o auto-espaço Vλj = {v ∈ V ; v 6= 0v , Av = λj v } associado ao
autovalor λj ,
dim(Vλj ) = sj é denominado multiplicidade geométrica do autovalor
λj .

Teorema
T : V → V é diagonalizável se, e somente se,
pA (x) = (x − λ1 )r1 ...(x − λl )rl e dim(V ) = r1 + .... + rl , onde
dim(Vλj ) = rj , j = 1, ..., l

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Teorema
T : V → V é diagonalizável se, e somente se,
pA (x) = (x − λ1 )r1 ...(x − λl )rl e dim(V ) = r1 + .... + rl .

Exemplo
Seja
 
−14 72 −60
A =  −9 40 −30  ⇒ pA (x) = (x − 2)(x − 4)2 .
−6 24 −16

* λ1 = 2: Vλ1 = {v ∈ R3×1 , Av = 2v } ⇒ dim(Vλ1 ) = 1.

* λ2 = 4 : Vλ2 = {v ∈ R3×1 , Av = 4v } ⇒ dim(Vλ2 ) = 2.

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A Matriz caraterı́stica associada ao autovalor λ2 = 4 :
 
−18 72 −60
A − 4I =  −9 46 −30 
−6 24 −20

é semelhante, por linhas, à matriz

 
0 0 0
 −3 −12 10 
0 0 0

Assim, ρ(A − 4I ) = 1 e, daı́, dim(Vλ2 ) = 2.

Conclusão: Como dim(Vλ1 ) + dim(Vλ2 ) = 1 + 2 = dim(V = R3 ) então A
é diagonalizável.

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 FIM

Obrigado!

Manuel Barreda ( UFPR) Diagonalização 23 de junho de 2010 11 / 11