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Deontologia

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Deontologia

Trabalho realizado no âmbito da cadeira de Deontologia, do 3º ano do


Curso de Comunicação Social sob a orientação do Dr. Alberto Vara
Branco

Trabalho elaborado por:


Sandra Manuela Soares
Vítor dos Santos
Janeiro de 1999

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Deontologia

ÍNDICE
❖ Introdução 3
❖ Princípios Deontológicos Definidos
pela ONU e UNESCO 5
❖ Deontologia (definição) 7
❖ Entrevista I 8
❖ Questionário 10
❖ Entrevista II 16
❖ Questionário 18
❖ Considerações Finais 22
❖ Bibliografia 23
❖ Anexos 25

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Deontologia

INTRODUÇÃO

Pode dizer-se que até finais da segunda guerra


mundial a deontologia dos Maios de Comunicação inspirava-se
de alguma maneira na reflexão filosófica, regia-se por
legislações comparadas e auto-questonava-se mediante códigos
de honra e conselhos da imprensa. Com maior ou menor
convicção aceitavam-se critérios presuntivamente derivados de
Deus, de razão humana, de leis sociais e da consciência
profissional e boa vontade.
Outrora aceitava-se que as leis positivas foram
fundamentadas racionalmente em princípios éticos.
Actualmente, impera o positivismo jurídico baseado em
consensos arbitrários sem maior preocupação que a de evitar e
eventualmente resolver os conflitos interesse entre a
imprensa informativa, as autoridades públicas e publico
destinatário. Importa pouco que a informação seja
objectivamente verdadeira e subjectivamente veraz. Importa
mais que a informação seja “interessante”. A sua coincidência
com a verdade ou a bondade ética da mensagem é casual e
acidental. Na informação publicitária, por exemplo, e as
relações públicas, a experiência tem demonstrado que, a longo
prazo é mais rentável dizer a verdade do que enganar. Em
consequência insiste-se na necessidade de ser objectivo,
verdadeiro e credíveis, mas não pelo valor em si da verdade ou
da honestidade profissional, mas antes palas vantagens de
saírem “airosos” do conflito de interesses. Eliminado o
fundamento racional ético das leis, resta a estas outro suporte
que a arbitrariedade consensual entre as autoridades públicas,
as empresas informativas e os destinatários das mensagens
informativas.
Em coerência com o que foi dito interiormente, maioria
dos códigos deontológicos criados pelos próprios grémios
profissionais da informação reduzem-se a meras
recomendações de boa vontade que podem ser alegremente

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Deontologia
violados na medida em que não causem prejuízos económicos e
os desprestígio moral do meio de comunicação em questão. A
deontologia informativa de outros tempos centrava a sua
atenção na vitória sobre o suborno , o respeito pela verdade
objectiva , a veracidade e a boa fama das pessoas.
Actualmente esse critérios perderam quase todo o seu
prestígio, uma vez que os meios de comunicação se encontram
envolvidos na mudança de mentalidade e modelos de conduta,
isto é têm na Informação um dos seus pilares fundamentais. As
verdadeiras questões éticas assumem uma relevância decisiva
no exercício do jornalismo. E este é um problema que, cada vez
mais, interessa jornalistas ,as empresas jornalísticas, e
empresas fora âmbito dos meios de comunicação como, por
exemplo, os docentes que muito recentemente se mostraram
interessados por elaborar o seu próprio código deontológico.
No presente trabalho dedicamos o nosso interesse
exactamente nessas duas profissões (jornalistas e docentes),
aprofundando os problemas deontológicos de cada uma das
actividades profissionais.
Os códigos deontológicos não são a solução milagrosa que
se pode resolver todos os problemas éticos da prática
jornalística e da carreira de docente, mas constituem um
fundamental da consciência dos seus problemas e, desse modo
eles são um contributo decisivo para que os profissionais sejam
capaz de responder à sua função social fundamental em
democracia: assegurar os direitos dos cidadãos a serem
informados.

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Deontologia

PRINCÍPIOS DEONTOLÓGICOS DEFINIDOS


PELA ONU E A UNESCO

A UNESCO mostrou particular interesse pelos


problemas éticos da comunicação.
As comissões designadas ad hoc fixaram sempre a
atenção sempre no que respeita a protecção e promoção da
liberdade de informação e à libre circulação desta entre as
fronteiras nacionais. Conclui-se então que a liberdade de
opinião e de expressão é um direito humano fundamental, que
deve ser protegido contra as interferências por parte das
autoridades públicas nacionais, sem esquecer os objectivos de
Paz e a segurança internacionais.
O objectivo das Nações Unidas e da UNESCO nesta
matéria são claros: proclamar e proteger a liberdade de
expressão como direito fundamental; conseguir que se aceitem
algumas normas internacionais com vista a definir a liberdade
de informação e protege-las segundo leis particulares
específicas; melhorar as condições e os meios das pessoas que
trabalham nos media; acentuar o compromisso dos Meios de
Comunicação Social com a promoção da paz e o entendimento
internacionais. Por último, educar os informadores para que
lutem contra a propaganda bélica e o racismo. Desde estas
bases de estas bases humanísticas tratou-se de proporcionar
depois a livre circulação da informação.
De acordo com estas preocupações a UNESCO tem vindo
a realizar inúmeras conferências sobre o assunto e de onde
têm resultado algumas resoluções importantes no
desenvolvimento da deontologia. Um desses resultados foi o
estudo de François Geyer, sobre os códigos deontológicos na
imprensa internacional, apresentado à UNESCO em 1975.
Trata-se de um texto de indiscutível valor deontológico. Neste
trabalho não está referida a definição do conceito de
deontologia nos Meios de Comunicação Social de boa conduta
em matéria tecnológica, do comercio e da publicidade. O autor

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Deontologia

preocupa-se estritamente com as normas de conduta no


âmbito da informação através da imprensa, a rádio e a
televisão.
Com este estudo os problemas deontológicos começaram
a ser uma preocupação em muitos países onde é até então não
eram tidos em consideração. A sua repercussão foi sobretudo
como fonte de inspiração de documentos nacionais, onde a
partir de então determinados conceitos deontológicos passam
a estar presentes no exercício da actividade jornalística.
Convém também salientar que devido à extensão das
entrevistas decidiu-se rescrever apenas as frases
consideradas mais relevantes ou polémicas, sendo que, no vídeo
que acompanha este trabalho as entrevistas estão completas.

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Deontologia

DEONTOLOGIA
(Definição)

Costuma referir-se o filósofo utilitarista inglês Jeremy


Bentham 1748-1832) como o introdutor do termo “deontologia”
no vocabulário filosófico, na sua obra (publicada postumamente
em 1834) “Deontlogy or the Science of Morality”, onde o autor
procura “transformar a teoria utilitarista numa espécie de
aritmética da moral”, quantificando, segundo critérios de
intensidade, duração e outros, os somatórios dos prazeres
intelectuais, sociais, morais e altruísticos para a valoração dos
princípios éticos.
A palavra, explicou então o próprio Bentham, tem origem
em dois radicais gregos: “Déon, deontos” (que significa
necessidade, dever, o que deve ser feito) e “logo” (tratado,
conhecimento metódico e sistemático). Deontologia seria, pois,
“ a ciência do que é justo e conveniente”. Esta definição
aproximaria a deontologia da ética, mas o termo é geralmente
utilizado de forma mais restrita, aplicando-se apenas à ética
aplicada e limitada ao exercício de uma profissão concreta .
Deontologia é neste sentido, é, pois, a ciência que identifica os
valores morais directores de uma determinada actividade
profissional (ou, de modo mais restrito ainda, a próprio
conjunto desses valores), Enquanto ciência de factos de
natureza moral, a deontologia implica, pois, não só uma
enunciação do que é, mas também a enunciação do que deve ser.

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Deontologia

Sr. José Alberto dos Santos Marques

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Deontologia

Na nossa primeira entrevista tivemos como colaborador o


Dr. José Alberto S. Marques, actual técnico de relações
públicas do Instituto Politécnico de Viseu.
O nosso entrevistado é também responsável do Centro
Gráfico do centro Regional de Segurança Social de Viseu
(CRSSV), assim como também participa no Gabinete de
Relações Públicas (Área de Comunicação Social) do mesmo
centro. È representante do CRSSV no Comité Executivo do
Encontro Distrital, “ Viseu a Saúde em Questão” e elemento do
Grupo de Trabalho restrito que elaborou o livro, “Apoio às
Pessoas Deficiência do Distrito de Viseu”.
No entanto, também já desempenhou diversos cargos na
área da Comunicação Social. Foi correspondente nos distrito de
Viseu e Guarda dos jornais “Golo” e “Musicalíssimo.” Exerceu a
profissão de jornalista na revista “Olá Viseu” e no semanário “
Viseu Informação”. Foi elemento da Comissão de Revisão dos
Estatutos e Regulamento da A.J.D.V.. Depois foi tesoureiro da
“Associação de Jornalistas do Distrito de Viseu” terminando a
sua actividade na área da comunicação Social como colaborador
da “R.R. –Voz de Viseu”
Ao longo da sua carreira o Dr. José Alberto tem tido
algumas homenagens pelo trabalho que tem desempenhado.
Recebeu o primeiro prémio da Imprensa regional, aquando da
co-produção da Peça jornalística sobre a Epilepsia, e foi o
criador do Boletim Informativo do C:R.S.S.V., assim como do
Boletim Informativo do Instituto Politécnico de Viseu.

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Deontologia

QUESTIONÁRIO

Depois de durante alguns anos, ter parecido extinto, o


debate sobre a deontologia profissional dos jornalistas, voltou
na segunda metade dos anos noventa (90), a reacender-se,
ganhando mesmo, talvez pela primeira vez, foros de questão
nacional:

➥Repensar a forma como tem vindo a ser exercida a profissão


de jornalista no nosso país.

➥Repensar sobre o desconhecimento de grande parte das


normas deontológicas por que o jornalista se reje.

Qual a sua opinião sobre estas afirmações?

«… posso também referir que a concorrência entre os diversos


órgãos de comunicação social, tem como força motriz as
chamadas ditaduras de audiência, os famosos shares, que na
minha perspectiva não são tão transparentes e uniformes como
seria desejável…»

«…o desconhecimento das normas deontológicas, os jornalistas


entram no mercado de trabalho praticamente numa óptica
economicista, e só a visão dos patrões da comunicação social
que pretendem logo de inicio rentabilizar…»

«…estes patrões pedem-lhe que sejam jornalistas faz-tudo e nesta


verdadeira azáfama a deontologia profissional é pura e simplesmente
poltergeist…»

«…o desconhecimento (do Código Deontológico) se não é geral,


é muito grande…

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Deontologia

O código Deontológico é mesmo indispensável no exercício


da profissão de jornalista?

«… o Código Deontológico é praticamente, todos os dias, posto


de lado, face ás necessidades de informar…»

«…o Código Deontológico devia ser fundamental no exercício do


jornalismo…»

Na sua opinião acha que o Código Deontológico é a solução


milagrosa que pode resolver todos os problemas éticos da
prática jornalística?

« o Código Deontológico devia ser uma adenda à carteira


do jornalista…»

Deve um Código Deontológico apenas conter deveres


(como decorre na sua definição) ou deve também
indicar os direitos imprescindíveis no sentido que haja
condições necessárias para que os deveres sejam
respeitados?

«…a imprensa foi criada pela liberdade e não pode a própria


imprensa tornar-se dono da própria liberdade…»

«…o jornalismo é um espelho daquilo que acontece na


sociedade…»

Deve um Código Deontológico apenas conter deveres (como


decorre na sua definição ) ou deve também indicar os direitos
imprescindíveis no sentido que haja condições necessárias para
que os deveres sejam respeitados?
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Deontologia

«…no sistema de vale tudo (no sistema de informação) só


com uma grande maturidade cultural é que a produção
jornalística pode vingar…»

«…a televisão é um órgão de comunicação que entra para


dentro das nossas casas, acaba por se esquecer de algo que
também está no Código Deontológico, ponto sete do jornalistas
que diz a presunção de inocência…»

«…há uma postura que na minha óptica não é correcta no


tratamento noticioso…»

«…a necessidade de ganhar audiência, dá a óptica da


própria televisão e não a óptica da verdade…»

«…o jornal INDEPENDENTE só houve uma das partes (…)


e dizem eles que não a fazem (ouvir as duas partes) porque não
são tribunal (…) é um modo incorrecto de fazer jornalismo…»

«…o Código Deontológico tal como está plasmado nos seus


dez pontos e aprovado pela classe jornalística tem o
enquadramento indispensável para a função de jornalista…»

Deve um código Deontológico cominar sanções? Até que


ponto? Qual a entidade competente para as aplicar?

«…quanto a sanções sou contra…»

«…o comportamento das pessoas prende-se com a


maturidade da sua personalidade ao longo da vida, desde que
nascemos…»

«…a SIC faz o oito e o oitenta, faz uma informação com


qualidade, pautando por algum rigor de informação (…) e faz

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outro tipos de programas como João Baião que não têm
nenhuma qualidade, mas não deixando de ter aqui uma área

paradoxal se não têm qualidade como é que é possível, e são


dirigidos a um status cultural relativamente baixo,
culturalmente, e também sem grandes possibilidades
económicas como é que é possível ter-se por exemplo nos
intervalos spots publicitários de produtos que estão só ao
alcance de uma classe média e média alta…»

«…não acredito que as marcas VOLVO, MERCEDES não


façam prospecção de mercados…»

«…a televisão reflecte uma certa fragilidade cultural que


nós temos…»

«…estamos na cauda da Europa, no que se refere à leitura


de jornais e de livros…»

«…as pessoas fazem uma leitura de televisão muito


passiva…»

«…as pessoas estão anestesiadas pela televisão…»

«…as pessoas não pensam, na minha perspectiva pensam


pouco porque são culturalmente, portanto baixa…»

«…(as pessoas) têm cada vez mais mês pela frente e


menos dinheiro no bolso…»

«…(as telenovelas) são uma vida cor-de-rosa que não


reflecte o nosso dia-a-dia…»

«…se o jornalismo for feito com isenção, objectividade,


salvaguarda da moral dos cidadãos está-se a contribuir para a
formação cívica…»

«…o difícil é passar da teoria à prática…»


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Deontologia

Sabe que o Anteprojecto do Código de 1973 ao Código Deontológico de


1993 desapareceu o preceito que descrevia que “o jornalista deve
esforçar-se por contribuir para a formação de consciência física e da
personalidade moral dos seus candidatos, bem como para o
desenvolvimento da cultura e da capacidade do povo português “ _
necessário para evitar alguns dislates que poluem a nossa imprensa, rádio
e televisão. Qual a sua opinião sobre o assunto?

O Código Deontológico de 1976 continha uma norma que pretendia que o


“jornalista deve recusar-se sempre a trabalhar em condições monetárias
que resultem em concorrência desleal e evitar todos os procedimentos que
signifiquem falta de respeito pelos outros profissionais” e, ainda em 1976,
mandava “recusar-se a aceitar condições de trabalho que resultem em
concorrência desleal”. Uma regra que se mantém no código francês na
seguinte formulação “ um jornalista digno desse nome não solicita a lugar
de um confrade, nem provoca o seu despedimento, oferecendo-se para
trabalhar por menor salário.”
Se não considera importante disputar o emprego de um camarada,
porque será assim tão importante não cometer plágio, ou evitar o nome do
camarada que descobriu a notícia sobre a qual trabalha?

«…eu acho que a concorrência desleal já não é o que


era…»

«…há competição que tem de ser exercida através do


dinheiro que se leva para casa…»

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Deontologia
«…há 4800 jornalistas creditados, a exercer…»

«…a qualidade existe e mais a mais aqui no Politécnico (…),


mas há uma coisa que ninguém dá, a experiência de vida…»

«…o suicídio do ex-Primeiro Ministro francês foi pela


pressão jornalística…»

«…a crítica difamatória ou injuriosa não está protegida


pela liberdade de expressão…»

«…é preciso ter cuidado com aquilo que se faz, não


noticiar só por noticiar…»

«…numa redacção de jornal ou rádio sabem o que é o


Código Deontológico só que ás vezes não o aplicam…

«…se pagam bem têm bons profissionais, se não têm


um refugo…»

«…(o Código Deontológico) tem de ser lido e


cumprido…»

«…o Código Deontológico está actual, mas não é


imutável…»

Todo o cidadão tem o direito de ser informado. Até que ponto podem,
deontologicamente, ir os jornalistas no exercício do direito de informar
quando em confronto com direitos individuais fundamentais dos
cidadãos como direito à honra e ao bom nome?

«…nos tempos actuais (o Código Deontológico) ainda


cumpre a sua função…»

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Deontologia

Dr. António Rodrigues Lopes

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Deontologia

O nosso segundo entrevistado foi o Dr. António


Rodrigues Lopes, Professor- Coordenador da área das Ciências
da Educação, na Escola Superior de Educação de Viseu, em que
se especializou bem como em psicologia.
Tendo formação filosófica tendo-se interessado desde há
anos pelos domínios da Ética e da deontologia Profissional.
Tal como aconteceu na primeira entrevista, apenas
extraímos as frases mais relevantes dadas pelo nosso
entrevistado uma vez que a integra toda a entrevista pode ser
vista no vídeo que acompanha este trabalho.

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Deontologia

QUESTIONÁRIO

Deverão os professores ter um código deontológico?

«…na minha convicção (os professores) devem ter um


Código Deontológico…»

«…a relação professor / aluno é uma relação d ialógica entre


duas pessoas com características muito próprias em função
dum e do outro…»

«…indispensável uma deontologia que estabeleça regras…»

«…a relação ,professor / aluno, pedagógica é uma função


eminentemente ética e deontológica, essa deontologia tem de
ser escrita…»

«…essas regras não estão definidas, escritas…»

«…o grande paradoxo dessa situação de ausência dessa


deontologia é que a relação pedagógica é uma relação muito
concreta com situações muito concretas mas com normas
abstractas, que são do bom senso, mas que não estão
definidas…»

No caso de vir a concluir-se que os professores devem ter um código


deontológico existirá incompatibilidade entre a existência de um
código e a existência de um estatuto de carreira?

«…o estatuto da carreira docente tem uma filosofia base


essencialmente distinta do Código Deontológico…»

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Deontologia

«…o Código Deontológico tem em conta não propriamente


o interesse do professor, mas os interesse da situação da
educação, situação pedagógica que é uma relação dual, uma
relação dialógica entre duas criaturas…»

Não será bastante um estatuto de carreira?

«…o Código Deontológico e o Estatuto complementam-


se…»

«…o Código Deontológico é uma fundamentação racional


mesmo da relação pessoal…»

«…o Código Deontológico faz parte da essência


pedagógica…»

Se houver um código, será inevitável a constituição de uma ordem. E


uma ordem não é, um estado democrático, e por causa da sua
natureza, uma instituição indefensável e, portanto a defender?

«…uma Ordem não tem de envolver situações


democráticas…»

«…o código Deontológico assenta no carácter


transcendente da pessoa humana…»

«…uma Ordem não é, nem tem de ser democrática…»

«…uma Ordem pode funcionar como um julgamento (…)


sob o ponto de vista pessoal / profissional…»

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Deontologia
«…uma Ordem não assenta num conjunto de situações ou
de práticas democráticas, é um facto, é real, e assim e eu
penso que não deve ser de outro modo…»

«…se vamos querer democracia em tudo, vamos chegar à


conclusão que há democracia a mais…»

«…a própria democracia tem muitas limitações…»

«…a Ordem não tem legitimidade democrática…»

As entidades sindicais deverão ocupar a linha da frente no combate em


prol de um Código Deontológico?

«…os Sindicatos se quiserem defender uma Ordem,


fazem bem…»

Estes dois itens do código deontológico proposto foram os que mais


polémicos . Qual a sua opinião sobre eles?

“Constituem deveres do docente para com os alunos na ordem do


saber...actualizar-se, continuamente para manter as suas competências.”
“Constituem deveres do docente para com os alunos ... desempenhar as
funções docentes necessárias à progressão dos alunos independentes dos
condições favoráveis ou desfavoráveis de trabalho, cumpridas que estejam
as exigências mínimas de segurança.”

«…um professor que não se actualiza (…) é uma


indignidade pessoal / profissional…»

«…a falta de condições de trabalho não são factores


justificativos da sua falta de competência profissional…»

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Deontologia
«…”não tenho condições profissionais, não tenho
obrigações profissionais” – o professor não pode dizer isto, é
eticamente, deontologicamente condenável…»

Diz se que os professores devem possuir um código de ética ou uma


deontologia. Mas que ética? Ou que deontologia?

«…ética e deontologia não são a mesma coisa…»

«…(a ética dos professores) tem de ser uma ética e uma


deontologia baseada nas prerrogativas características
transcendentes da pessoa humana…»

«…a ética e a deontologia assentam na própria


racionalidade humana…»

Na sua opinião que virtudes deve possuir um professor.

«…o professor tem de ser virtuoso…»

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Deontologia

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Deontologia é, sem dúvida, um problema da ordem do


dia. No entanto aquando da realização deste trabalho não era
ambição nossa fazer um estudo profundo e exaustivo sobre os
conceitos deontológicos. Pretende-se sobretudo dar a
conhecer a opinião de determinadas personalidades (um
jornalista e um professor) que, não desempenhar da sua
profissão devem ter em conta o Código Deontológico que lhes
respeita.
Decidimos por entrevistar um jornalista, o Dr. José
Alberto, pelo facto de esta profissão estar muito relacionada
com o a profissão para que nos estamos actualmente a
preparar.
Quanta à segunda entrevista, após uma pequena
investigação, decidimos abordar o tema da deontologia na
carreira de docente. Isto porque recentemente foi elaborado
um anteprojecto do Código Deontológico para os docentes.
Esta questão tem sido muito debatida e no entanto muitos
continuam a acreditar que ainda não chegou o momento de ser
tomada uma decisão sobre o assunto. Há um percurso de
reflexão e de debate que tem de ser feito, que tem de
obedecer a determinados requisitos e que tem de preceder o
momento da decisão. O desenvolvimento deste processo tem
de atender ao facto de um debate desta natureza, que se
espera complexo, reclamar delicadeza, tempo, ponderação e
prudência
As entrevistas têm como objectivo .a abordagem da
deontologia nas diferentes profissões através da opinião de
dois profissionais que para além de exercerem a sua profissão
com distinção, preocupam-se também com a deontologia nas
suas profissões.

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Deontologia

BIBLIOGRAFIA

CORREIA, Fernando – Os jornalistas e as notícias: a autonomia


jornalística em questão.- Lisboa: Editorial Caminho, 1998.

ESTRELA, Maria Teresa – Profissionalismo docente e deontologia in


Colóquio: Educação e Sociedade, nº4 (1993).

JESPERS, Jean-Jacques – Jornalismo televisivo: princípios e métodos.-


Coimbra: Minerva, 1998.

PINA, Sara – A deontologia dos jornalistas portugueses: estudo


comparado dos códigos deontológicos de 1976 e 1993.- Coimbra: Minerva,
1976.

SILVA, Lurdes – Para um código deontológico dos professores in Colóquio:


Educação e Sociedade, nº 10 (1995).

WOODROW, Alain – Informação, manipulação.- Lisboa: Publicações Dom


Quixote, 1996.

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Deontologia

ANEXOS

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Deontologia

Este trabalho foi gravado em VHS.

Principais frase retiradas do trabalho gravado

«… posso também referir que a concorrência entre os diversos órgãos de


comunicação social, tem como força motriz as chamadas ditaduras de audiência, os
famosos shares, que na minha perspectiva não são tão transparentes e uniformes como
seria desejável…»

«…o desconhecimento das normas deontológicas, os jornalistas entram no


mercado de trabalho praticamente numa óptica economicista, e só a visão dos patrões da
comunicação social que pretendem logo de inicio rentabilizar…»

«…estes patrões pedem-lhe que sejam jornalistas faz-tudo e nesta verdadeira


azáfama a deontologia profissional é pura e simplesmente poltergeist…»

«…o desconhecimento (do Código Deontológico) se não é geral, é muito


grande…»

«… o Código Deontológico é praticamente, todos os dias, posto de lado, face ás


necessidades de informar…»

«…o Código Deontológico devia ser fundamental no exercício do jornalismo…»

«…o Código Deontológico devia ser uma adenda à carteira do jornalista…»

«…a imprensa foi criada pela liberdade e não pode a própria imprensa tornar-se
dono da própria liberdade…»

«…o jornalismo é um espelho daquilo que acontece na sociedade…»

«…no sistema de vale tudo (no sistema de informação) só com uma grande
maturidade cultural é que a produção jornalística pode vingar…»

«…a televisão é um órgão de comunicação que entra para dentro das nossas
casas, acaba por se esquecer de algo que também está no Código Deontológico, ponto
sete do jornalistas que diz a presunção de inocência…»

«…há uma postura que na minha óptica não é correcta no tratamento noticioso…»

«…a necessidade de ganhar audiência, dá a óptica da própria televisão e não a


óptica da verdade…»

«…o jornal INDEPENDENTE só houve uma das partes (…) e dizem eles que não a
fazem (ouvir as duas partes) porque não são tribunal (…) é um modo incorrecto de fazer
jornalismo…»

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Deontologia
«…o Código Deontológico tal como está plasmado nos seus dez pontos e
aprovado pela classe jornalística tem o enquadramento indispensável para a função de
jornalista…»

«…quanto a sanções sou contra…»

«…o comportamento das pessoas prende-se com a maturidade da sua


personalidade ao longo da vida, desde que nascemos…»

«…a SIC faz o oito e o oitenta, faz uma informação com qualidade, pautando por
algum rigor de informação (…) e faz outro tipos de programas como João Baião que não
têm nenhuma qualidade, mas não deixando de ter aqui uma área paradoxal se não têm
qualidade como é que é possível, e são dirigidos a um status cultural relativamente baixo,
culturalmente, e também sem grandes possibilidades económicas como é que é possível
ter-se por exemplo nos intervalos spots publicitários de produtos que estão só ao alcance
de uma classe média e média alta…»

«…não acredito que as marcas VOLVO, MERCEDES não façam prospecção de


mercados…»

«…a televisão reflecte uma certa fragilidade cultural que nós temos…»

«…estamos na cauda da Europa, no que se refere à leitura de jornais e de


livros…»

«…as pessoas fazem uma leitura de televisão muito passiva…»

«…as pessoas estão anestesiadas pela televisão…»

«…as pessoas não pensam, na minha perspectiva pensam pouco porque são
culturalmente, portanto baixa…»

«…(as pessoas) têm cada vez mais mês pela frente e menos dinheiro no bolso…»

«…(as telenovelas) são uma vida cor-de-rosa que não reflecte o nosso dia-a-dia…»

«…se o jornalismo for feito com incensam, objectividade, salvaguarda da moral dos
cidadãos está-se a contribuir para a formação cívica…»

«…o difícil é passar da teoria à prática…»

«…eu acho que a concorrência desleal já não é o que era…»

«…há competição que tem de ser exercida através do dinheiro que se leva para
casa…»

«…há 4800 jornalistas creditados, a exercer…»

«…a qualidade existe e mais a mais aqui no Politécnico (…), mas há uma coisa
que ninguém dá, a experiência de vida…»
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Deontologia

«…o suicídio do ex-Primeiro Ministro francês foi pela pressão jornalística…»

«…a crítica difamatória ou injuriosa não está protegida pela liberdade de


expressão…»

«…é preciso Ter cuidado com aquilo que se faz, não noticiar só por noticiar…»

«…numa redacção de jornal ou rádio sabem o que é o Código Deontológico só que


ás vezes não o aplicam…

«…se pagam bem têm bons profissionais, se não têm um refugo…»

«…(o Código Deontológico) tem de ser lido e cumprido…»

«…o Código Deontológico está actual, mas não é imutável…»

«…nos tempos actuais (o Código Deontológico) ainda cumpre a sua função…»

«…na minha convicção (os professores) devem ter um Código Deontológico…»

«…a relação professor / aluno é uma relação dialógica entre duas pessoas com
características muito próprias em função dum e do outro…»

«…indispensável uma deontologia que estabeleça regras…»

«…a relação ,professor / aluno, pedagógica é uma função eminentemente ética e


deontológica, essa deontologia tem de ser escrita…»

«…essas regras não estão definidas, escritas…»

«…o grande paradoxo dessa situação de ausência dessa deontologia é que a


relação pedagógica é uma relação muito concreta com situações muito concretas mas
com normas abstractas, que são do bom senso, mas que não estão definidas…»

«…o estatuto da carreira docente tem uma filosofia base essencialmente distinta do
Código Deontológico…»

«…o Código Deontológico tem em conta não propriamente o interesse do


professor, mas os interesse da situação da educação, situação pedagógica que é uma
relação dual, uma relação dialógica entre duas criaturas…»

«…o Código Deontológico e o Estatuto complementam-se…»

«…o Código Deontológico é uma fundamentação racional mesmo da relação


pessoal…»

«…o Código Deontológico faz parte da essência pedagógica…»

«…uma Ordem não tem de envolver situações democráticas…»

«…o código Deontológico assenta no carácter transcendente da pessoa


humana…»
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Deontologia

«…uma Ordem não é, nem tem de ser democrática…»

«…uma Ordem pode funcionar como um julgamento (…) sob o ponto de vista
pessoal / profissional…»

«…uma Ordem não assenta num conjunto de situações ou de práticas


democráticas, é um facto, é real, e assim e eu penso que não deve ser de outro modo…»

«…se vamos querer democracia em tudo, vamos chegar à conclusão que há


democracia a mais…»

«…a própria democracia tem muitas limitações…»

«…a Ordem não tem legitimidade democrática…»

«…os Sindicatos se quiserem defender uma Ordem, fazem bem…»

«…um professor que não se actualiza (…) é uma indignidade pessoal /


profissional…»
«…a falta de condições de trabalho não são factores justificativos da sua falta de
competência profissional…»

«…”não tenho condições profissionais, não tenho obrigações profissionais” – o


professor não pode dizer isto, é eticamente, deontologicamente condenável…»

«…ética e deontologia não são a mesma coisa…»

«…(a ética dos professores) tem de ser uma ética e uma deontologia baseada nas
porrogativas características transcendentes da pessoa humana…»

«…a ética e a deontologia assentam na própria racionalidade humana…»

«…a ética é uma constatação de facto…»

«…o professor tem de ser virtuoso…»

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Deontologia

Agradecemos ao Sr. José Alberto dos Santos Marques e


Dr. António Rodrigues Lopes pela sua cooperação na realização
deste trabalho.

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