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6ª Conferência sobre
Tecnologia de Equipamentos

FORMAÇÃO DE INSPETOR DE EQUIPAMENTOS

Manuel Joaquim de Castro Lourenço


Centro Federal de Educação Tecnológica “Celso Suckow da Fonseca” – CEFET/RJ

Marcelo Maciel Pereira


Fundação Brasileira de Tecnologia da Soldagem – FBTS

Maurício Saldanha Motta


Centro Federal de Educação Tecnológica “Celso Suckow da Fonseca” – CEFET/RJ

Trabalho apresentado na Conferencia Internacional


sobre Evaluación de Integridad y Extensión de Vida
de Equipos Industriales – IEV2002,
Salvador, agosto, 2002

As informações e opiniões contidas neste trabalho são de exclusiva responsabilidade do (s)


autor(es) .

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Tecnologia de Equipamentos

SINOPSE

Tradicionalmente, no Brasil, a formação de inspetores de equipamentos não tem sido objeto


de ações sistemáticas por parte das instituições de capacitação e formação profissional e
sim das empresas que operam equipamentos industriais de grande porte em função,
sobretudo, da insuficiência de regulamentação da referida atividade.

Recentemente, entretanto, a regulamentação da função de inspetor de equipamentos sofreu


importantes avanços, principalmente através da portaria 16 do INMETRO que define os
requisitos que devem ser atendidos por empresas que desejam certificar seus Serviços
Próprios de Inspeção de Equipamentos, causando modificações na referida área e criando
uma demanda crescente por formação especializada.

Este trabalho visa discutir a formação do profissional para o campo de inspeção de


equipamentos, bem como avaliar o perfil dos candidatos para o posto de inspetor de
equipamentos, através da análise do conteúdo programático, perfil e desempenho dos
candidatos e situação atual dos egressos. Utiliza-se como ferramenta o Curso de Inspetor de
Equipamentos – CIEq, que vem sendo oferecido desde 1999, no Rio de Janeiro, pela
parceria entre o CEFET/RJ, FBTS e o SENAI-RJ Cetec de Solda, tradicionais instituições
de treinamento, formação e educação tecnológica. Atualmente, estando na quarta turma
regular, o CIEq já está sendo disseminado para outras regiões, e sendo realizado em
parceria com outras instituições na BA e em SP.

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1- INTRODUÇÃO

Tradicionalmente, no Brasil, a formação dos inspetores de equipamentos não vinha sendo


objeto de ações sistemáticas por parte das instituições de capacitação e formação
profissional e sim das empresas que operam equipamentos industriais de grande porte em
função, sobretudo, da insuficiência de regulamentação da referida atividade.

Em 1999, quando foi realizado o primeiro Curso de Inspetor de Equipamentos – CIEq, a


regulamentação da função de inspetor de equipamentos vinha sofrendo importantes avanços
a partir da edição da portaria nº 23, de 27-12-1994, do Ministério do Trabalho, onde consta
a NR-13 que trata da Inspeção de Segurança de Caldeiras e Vasos de Pressão. Na época, o
grupo regional de inspeção de equipamentos do Rio de Janeiro do IBP, formado por
representantes de entidades governamentais, da indústria e de trabalhadores, elaborou a
minuta de projeto de Norma PN-GTT-Rev. 16 – 01/97, que estabelecia os requisitos
mínimos para a qualificação e certificação de pessoal para a função de inspetor de
equipamentos.

Participaram do GTT – Grupo de Trabalho Tripartite, representantes do Ministério do


Trabalho e Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho do estado de São Paulo,
INMETRO, ABQUIM, CNI, IBP, Força Sindical, CUT, DIESAT e empresas do ramo de
petróleo/petroquímica.

Neste ambiente e atendendo às demandas do mercado a FBTS - Fundação Brasileira de


Tecnologia da Soldagem, o CEFET/RJ – Centro de Federal de Educação Tecnológica do
Rio de Janeiro e o SENAI/RJ Cetec de Solda, tradicionais instituições de treinamento,
formação e educação tecnológica, ofereceram o 1º Curso de Formação de Inspetores de
Equipamentos que segundo o processo de qualificação e certificação, constitui-se em etapa
obrigatória para a certificação destes profissionais.

O conteúdo programático do curso foi estruturado de acordo com o programa mínimo de


formação de Inspetores de equipamentos elaborado pelo GRINSP/IBP respaldado pelo
GTT.

Após o primeiro curso, realizado em 1999, as instituições vêm realizando, de forma regular
em 2000, 2001 e em 2002, já com os requisitos mínimos da Portaria Nº 16 do INMETRO,
editada em janeiro de 2001. Além destes cursos regulares elaborados pela parceria entre as
três instituições outros cursos foram realizados para o atendimento de demandas
específicas, em Macaé/RJ e no Rio de Janeiro/RJ ambos para a Petrobras.

2- ESTRUTURA DO CURSO

2.1- OBJETIVO GERAL


Oferecer a formação de profissionais na função de inspetor de equipamentos, em
consonância com a Portaria 16 do INMETRO de 29 de janeiro de 2001.

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2.2- OBJETIVOS ESPECÍFICOS


Habilitar, ao final do curso, os profissionais participante a:

• Efetuar, testemunhar e fiscalizar a inspeção de equipamentos em qualquer uma das


fases de fabricação, recebimento, construção, montagem e operação, interpretando e
registrando resultados;
• Emitir parecer, realizar e acompanhar a implantação de planos de inspeção de
equipamentos contemplando itens a serem inspecionados, procedimentos de inspeção,
freqüência e amostragem para inspeção, pontos de retenção, critérios de aceitação e
rejeição e taxas de desgastes;
• Elaborar relatórios de inspeção de equipamentos;
• Realizar ou acompanhar a coleta de amostras e corpos-de-prova de materiais para
análise;
• Avaliar o grau de deterioração e avarias em equipamentos para posterior análise;
• Realizar ou acompanhar ensaios, testes, exames, controles, tratamentos e monitorações
relativas a atividade de inspeção de equipamentos;
• Realizar o controle da qualidade dos trabalhos de manutenção, fabricação construção e
montagem, no caso de empresas que tenham esta atribuição sob a responsabilidade da
inspeção de equipamentos.

2.3- ESTRUTURA DO CURSO


O curso está estruturado em cinco módulos, abaixo discriminados, mais apresentação e
provas, totalizando 562 horas. Vale ressaltar que a estrutura da grade curricular foi
modificada, se comparada com a formatação preconizada na Portaria 16, de forma a atender
aos requisitos pedagógicos facilitando o processo de aprendizagem.

MÓDULO I – CONHECIMENTOS BÁSICOS (54 horas);


MÓDULO II – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS (132 horas);
MÓDULO III – CORROSÃO E PROTEÇÃO CONTRA DETERIORAÇÃO (40 horas);
MÓDULO IV – TÉCNICAS DE INSPEÇÃO I e II (130 horas); e
MÓDULO V – EQUIPAMENTOS (160 horas);

As disciplinas que constituem os módulos e suas respectivas cargas horárias são


apresentadas na tabela 1.

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Tabela 1 – Grade Curricular do CIEq


CARGA HORÁRIA (h)
Módulos DISCIPLINA DISCIPLINA MÓDULO
I.1 – NOÇÕES DE PROCESSAMENTO QUÍMICO E OUTROS 8
I.2 – SEGURANÇA INDUSTRIAL 4
I.3 – NOÇÕES SOBRE QUALIDADE 6
I.4 – NOÇÕES SOBRE PROTEÇÃO AMBIENTAL 2
I I.5 – ASPECTOS LEGAIS DA INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS 4
Conhecimentos I.6 – PAPEL DA INSP. DE EQUIP. NAS ORGANIZAÇÕES 2
Básicos I.7 – NORMALIZAÇÃO TÉCNICA 4
I.8 – METROLOGIA 4
I.9 – DESENHO TÉCNICO 16
I.10 – RELATÓRIOS DE INSPEÇÃO 4
TOTAL PARA O MÓDULO I 54

II.1 – METALURGIA E MATERIAIS METÁLICOS 28


II.2 – SOLDAGEM 24
II.3 – CORROSÃO E MONITORAÇÃO DA CORROSÃO 28
II
II.4 – CAUSAS DE DETERIORAÇÃO DE EQUIPAMENTOS 32
Conhecimentos
Específicos II.5 – MATERIAIS NÃO METÁLICOS 8
II.6 – REFRATÁRIOS E ISOLANTES 12
TOTAL PARA O MÓDULO II 132

III III.1 – PINTURA E REVESTIMENTOS NÃO METÁLICOS 16


Corrosão e III.2 – REVESTIMENTOS METÁLICOS 4
Proteção III.3 – PROTEÇÃO CATÓDICA 12
Contra III.4 – TRATAMENTO DE ÁGUA E INIBIDORES DE CORROSÃO 8
Deterioração TOTAL PARA O MÓDULO III 40

IV.1 – ILUMINAÇÃO E INSPEÇÃO VISUAL 6


IV.2 – LÍQUIDO PENETRANTE 8
IV.3 – PARTÍCULAS MAGNÉTICAS 8
IV.4 – RADIOGRAFIA – INTERPRETAÇÃO RADIOGRÁFICA 32
IV IV.5 – MEDIÇÃO DE ESPESSURA 4
Técnicas IV.6- ULTRA-SOM 16
de IV.7 – NOÇÕES DE END NÃO CONVENCIONAIS 8
Inspeção I
IV.8 – FOTOGRAFIA 8
TOTAL PARA O MÓDULO IV 90

V.1- METALOGRAFIA 10
V V.2- ENSAIOS MECÂNICOS 8
Técnicas V.3- TERMOGRAFIA 4
De V.4- AVALIAÇÃO DE TAXAS DE CORROSÃO 6
Inspeção II V.5- IDENTIFICAÇÃO DE METAIS 12
TOTAL PARA O MÓDULO V 40

A.1 – VASOS DE PRESSÃO E TORRES 24


A.2 – PERMUTADORES DE CALOR 16
A.3 – TANQUES DE ARMAZENAMENTO 16
A.4 – TUBULAÇÃO 24
A.5 – CALDEIRAS 24
V A.6 – FORNOS 20
Equipamentos A A.7 – VÁLVULAS DE SEGURANÇA 12
A.8 – TORRES DE REFRIGERAÇÃO 8
A.9 – INSPEÇÃO DE FABRICAÇÃO 16
TOTAL PARA O MÓDULO V 160

V B1 – BOMBAS E TURBINAS 12
Equipamentos B B2 – MONITORAÇÃO E ANÁLISE DE VIBRAÇÕES DE MAÁQUINAS 20
TOTAL PARA O MÓDULO 32
Apresentação e Provas 14
TOTAL DOS MÓDULOS 562

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2.4- CARACTERÍSTICAS GERAIS DO CURSO

2.4.1- PARTICIPANTES

De acordo com a portaria Nº 16 do INMETRO, a exigência mínima para participar do curso


os profissionais postulantes à função de inspetor de equipamentos devem possuir, no
mínimo, a formação em segundo grau e, preferencialmente ter a formação técnica.
O perfil dos participantes do curso está mostrado na figura 1, a qual mostra o perfil dos
alunos da primeira turma em 1999. A figura 2, mostra o perfil dos alunos da segunda turma
realizada em 2000. A figura 3, mostra o perfil da terceira turma realizada em 2001 e a
figura 4 mostra o perfil da quarta turma que está sendo realizada em 2002.

45 41
40
35
30 26
25
20
15
10 9
5
5 1
0
2º grau Técnico Nível Superior Engenheiros Total

Figura 1- Perfil da 1ª turma do CIEQ/RJ (1999).

20
20

15

10
10
6
5
3
1
0
2º grau Técnico Nível Superior Engenheiros Total

Figura 2 - Perfil da Segunda turma do CIEQ/RJ (2000)

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30
27
25

20
16
15

10 8
5
2 1
0
2º grau Técnico Nível Superior Engenheiros Total

Figura 3 – Perfil da terceira turma do CIEQ/RJ (2001)

30
27
25

20

15
12
10
10

5 4
1
0
2º grau Técnico Nível Superior Engenheiros Total

Figura 4 – Perfil da Quarta turma do CIEQ/RJ (2002)

120 115
100

80
62
60

40
26 20
20
7
0
2º grau Técnico Nível Superior Engenheiros Total

Figura 5 – Resumo das quatro turmas do CIEQ/RJ

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2.4.2- CORPO DOCENTE

O corpo docente é composto por profissionais oriundos das instituições executoras, sendo
complementado, quando necessário, por profissionais de diversos setores onde se
desenvolvem atividades relacionadas com a inspeção de equipamentos: universidades,
indústrias, centros de pesquisas, centros de treinamento, associações técnicas, institutos
tecnológicos, de modo a atender a diversidade do conteúdo programático do curso e
conjugar a transmissão de conhecimentos básicos com conhecimentos específicos e
experiência de campo.

O perfil da formação dos docentes está mostrado na figura 6. O perfil apresentado mostra o
nível de qualificação do grupo com 72% de profissionais com a formação de especialização
e com mestrado e doutorado. Sendo que 17% são engenheiros e apenas 11% possuem o
nível técnico.

O tempo de experiência foi outro ponto levantado, mostrando o grande tempo de


experiência que o grupo possui. Sendo que os extremos também existem, tem-se
professores com 40 anos de experiência no campo com professores com 5 anos de
experiência na área. A figura 7, mostra este quadro, destacando como o valor médio de
experiência de 18,57 anos.

11%

Técnico
37% 17%
Engenheiros

Especialização
Mestres e Doutores

35%

Figura 6 - Perfil dos docentes do CIEQ/RJ

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45
40 40
35
30
25
20
15
10
5 5
0
1

9
11

13

15

17

19

21

23

25

27

29

31

33

35

37

39

41

43

45

47

49

51

53
D

D
D

D
Tempo de Experiência dos docentes

Figura 7 – Distribuição do tempo de experiência dos docentes do CIEQ/RJ

3- CONCLUSÕES

Ressalta-se a necessidade de adequação de documentos formais, por exemplo a Portaria 16,


para uma melhor formatação visando a otimização do processo de aprendizagem.

Destaca-se a necessidade de uma melhor discussão quanto ao conteúdo curricular frente ao


perfil mínimo exigido do candidato. Apesar do perfil mínimo ser de exigência mínima do
2º grau, ao mesmo tempo encontram-se disciplinas com cargas horárias reduzidas para os
objetivos propostos.

Verifica-se que apesar da exigência mínima ser do 2º grau, o perfil dos alunos mostra
predominantemente no nível técnico, o que demonstra a necessidade de uma formação
técnica para a função.

Ressalta-se, também, a existência de engenheiros no corpo discente, caracterizada por uma


busca de novas oportunidades de mercado apesar do curso ser de formação média.

Observa-se como característica do corpo docente, uma alta qualificação profissional, o que
demonstra a necessidade de um profissional de sólidos conhecimentos e experiência na área
de inspeção.

4- BIBLIOGRAFIA

MDIC-INMETRO, Portaria 16 de 29 de janeiro de 2001.

Lourenço, M.J.C., Pereira M. M., Motta, M.S., Santos, V.R, “Projeto de Formação de
Inspetores de Equipamentos”, Comissão de Inspeção do Instituto Brasileiro de Petróleo,
Rio de Janeiro/RJ, setembro de 1998.

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