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INSTITUTO DE SAÚDE E GESTÃO HOSPITALAR - ISGH


HOSPITAL GERAL DR. WALDEMAR ALCÂNTARA
ORGANIZAÇÃO SOCIAL DE SAÚDE
PA ANALÍTICO Analítico.: BIO 424
Título: Líquor e Líquidos Biológicos
Nome Função Assinatura
Elaborado por Rosiane Viana Melo Bioquímica
Revisado por Neila Rocha Bioquímica
Aprovado por Rejany Almeida Bioquímica
Histórico das Revisões
Revisão Data Descrição da Revisão
01 16/05/2007 Não houve alteração

1-Exame ou objeto, sinonímia e mnemônica


Líquido cefalorraquidiano, LCR,
Líquidos serosos (Líquido pleural, Líquido peritoneal (ascítico), Líquido pericárdico),
Líquido sinovial

2-Indicação médica do exame


Líquor: Infecção meninge, hemorragia subaracnóidea, neoplasias de SNC, doenças
desmielinizantes.
Líquido pleural: Transudatos-fatores sistêmicos (ICC, imobilismo pulmonar, cirrose).
Exudatos-fator local (infecções, neoplasias).
Líquido pericárdio: Causas de pericardites (bacteriana, viral, tuberculose, uremia,
neoplasia).
Líquido ascítico: Cirrose, carcinomatose peritoneal, insuficiência cardíaca congestiva,
tuberculose peritoneal.
Líquido sinovial: Distúrbios articulares degenerativos, problemas imunológicos, como
artrite reumatóide e lupus eritrmatoso, infecção bacteriana, gota, traumatismo.

3-Princípio
A análise do líquor e líquidos biológicos consistem na identificação de suas
características físicas, citológicas, bioquímicas, imunológicas, bacteriológicas e
micológicas.

4-Amostra
4.1 Preparo do Paciente
NA
4.2 Tipos de amostra
Líquor, Líquido pleural, líquido ascítico, líquido sinovial.

4.3 Armazenamento e estabilidade da amostra


Processar a amostra o mais rápido possível. As amostras destinadas à análise
bioquímica e sorológica devem ser congeladas se não forem processadas logo. A
amostra destinada à contagem celular deve ser refrigerada. Amostras conservadas em
geladeira permitem resultados morfológicos satisfatórios até 24 horas após a coleta. A
amostra destinada para microbiologia deve ser mantida à temperatura ambiente.

4.4 Volume mínimo


NA
2
4.5 Volume ideal
Ideal 3 frascos numerados e destinados para:
1- exames bioquímicos e imunológicos
2- exame microbiológico
3- exame citológico

4.6Critérios para rejeição da amostra


Amostra com presença de coágulo produz interferência nos resultados.

5-Produto utilizado

5.1 Características gerais


NA

5.2 Características específicas


NA

5.3 Precauções e cuidados especiais


. NA

6-Outros insumos
. Câmara de Fuchs-Rosenthal ou Neubauer
Lamínulas para câmara de contagem
Pipetas automáticas
Tubos de ensaio
Microscópio

7-Equipamentos
Microscópio

7.1Manutenção
NA

7.2Calibração
NA

8-Controle de qualidade

Duplo cego

8.1Materiais
NA

8.2Limites e de qualidade interno de tolerância


NA

8.3Verificação de novo lote de controles e/ou reagentes


NA

8.4Critérios de aceitação
NA
3

9-Procedimentos

9.1Manual
▪ Observar a aparência (aspecto e cor) do líquido antes e após a centrifugação. Se o
aspecto e a cor forem diferentes após centrifugação, referir os dois resultados.
▪ Quanto à aparência a amostra pode ser cristalino, opaco, turvo, leitoso,
sanguinolento, xantocrômico (termo usado para descrever o sobrenadante do LCR cuja
coloração é rosada, laranja ou amarela).
▪Homogeneizar bem a amostra antes de colocar na câmera de contagem ou fazer
diluições. Usar pipetas calibradas para fazer diluições. Usar câmera de contagem e
lamínulas limpas, desengorduradas e secas.
▪ A amostra deve ser centrifugada durante 5 a 10 minutos em baixa rotação; separar
o sobrenadante para as análises bioquímicas e imunológicas. Preparar duas lâminas
com o sedimento suspenso. Quando a amostra tiver muitas células prepararem duas
lâminas do sedimento e duas da amostra pura.

Câmera de Fuchs-Rosenthal
A câmera de Fuchs-Rosenthal apresenta uma área de contagem quadriculada que
consiste de um quadrado de 4mm x 4mm. Esta área de 16mm² está dividida em 16
quadrados de 1mm². Cada quadrado de 1mm² está subidividido em 16 pequenos
quadrados de 1/16mm². A lamínula é posicionada para que cubra ambas as áreas
quadriculadas da câmera de contagem. A lamínula confina o líquido na câmera e regula
a profundidade do líquido. A profundidade é 0,2mm. O volume é 3,2 (16mm² x 0,2mm).

Câmera Neubauer
A câmera de Neubauer consiste de uma lâmina retangular de vidro espessa que tem
duas plataformas centrais elevadas, rodeadas por depressões em 3 lados. Cada
plataforma elevada contém uma área de contagem quadriculada, que consiste de um
quadrado grande de três mm x.
3 mm. Esta área de 9mm² está dividida em nove quadrados de 1mm². Quatro dos
quadrados laterais se 1mm² estarão divididos cada um em 16 quadrados de 1/16mm². O
quadrado central de 1mm² está dividido em 25 quadrados de 1/25mm², sendo cada um
destes subdivididos em 16 quadradinhos de 1/400mm². A lamínula é posicionada para
que cubra ambas as áreas
Quadriculadas da câmera de contagem. A lamínula comprime o líquido na câmera e
regula a profundidade do líquido. A profundidade do líquido na câmera é 0,1mm.

Como encher a câmera de contagem


A lamínula para câmera de contagem previamente limpa é posicionada de
Tal modo que cubra ambas as áreas quadriculadas da câmera de contagem. A câmera
é preenchida tocando a ponta de uma micropipeta ou tubo capilar no ponto onde a
lamínula e a plataforma se encontram em um lado. O líquido da pipeta
(aproximadamente 10µl) é deixado fluir por ação capilar. As características de um bom
enchimento não permitem o excesso ou falta de líquido ou presença de bolhas de ar.

Como examinar no microscópio


Colocar a câmera de contagem na plataforma do microscópio. Focalizar a área
quadriculada com a objetiva de 10x e o botão de ajuste máximo. Com o botão de ajuste
mínimo ajustar o foco. A área quadriculada fica mais visível quando o condensador é
baixado e a intensidade da luz diminuída. Girar para a objetiva de 40x cuidadosamente.
Sempre que for remover a câmera de contagem girar para a objetiva 10x.
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Como contar as células


Contar da esquerda para direita e da direita para a esquerda (como uma serpente). Se
os quadrados estiverem limitados por linhas triplas o limite é a linha central, e se
estiverem limitados por linhas duplas o limite é a linha externa. Contar as que tocam o
limite inferior e direito.

9.2Automatizado
Não é possível utilizar contadores eletrônicos no LCR devido às variações nas
contagens de fundo e à possibilidade de elevar falsamente contagens normais ou
moderadamente altas.

9.3Precauções e cuidados especiais


Todas as amostras devem ser tratadas com extremo cuidado porque podem ser
altamente contagiosas sendo imprescindível o uso de luvas, máscaras, ou de protetores
durante o manejo das amostras.

10-Cálculos
Câmara de Fuchs-Rosenthal
Se toda a área quadriculada for contada sem diluição da amostra, dividir o número
final de células contadas por 3,2.

Células por mm³ (µL)= nº de células contadas x diluição


3,2
Câmera de Neubauer
Hemácias/ mm³ = hemácias contadas x 10 x diluição / 0,20 = hemácias contadas x
10.000, logo é só acrescentar quatro zeros ao número de hemácias contadas.

Leucócitos / mm³ = leucócitos x 10 x 20 / 4 = leucócitos contados x 50, logo é só


multiplicar 50 pelo número de leucócitos contados.

11-Resultados

11.1Unidade de medida
mm³ (µL)

11.2Valores de referência

Líquor
Celularidade:
Adultos: 0 a 5 leucócitos /µL.
RN: 0 a 30 leucócitos /µL

Líquido peritoneal(ascítico)
Celularidade:
Eritrócitos: < 100.000 /µL. Contagens mais altas podem indicar trauma hemorrágico.
Leucócitos: < 300/ µL

Líquido pericárdico
Celularidade:
Eritrócitos: úteis nas efusões hemorrágicas
Leucócitos: < 1000 / µL
5

Líquido Sinovial
Celularidade:
Eritrócitos: 0 a 2000/ µL
Leucócitos: < 200/ µL

Líquido pleural
Celularidade:
Transudato: < 500/ µL
Exsudato: > 500/ µL

11.3Valores críticos
Contagem de células elevadas, analisarem a clínica e exames correlacionados:
cultura, bacterioscopia, pesquisa de fungos, reações imunológicas.

12-Ações corretivas em caso de não conformidades


Pode ser difícil distinguir células mesoteliais, macrófagos e células neoplásicas; as
lâminas duvidosas deverão ser encaminhadas à citologia ou à patologia.

13-Limitações do procedimento

13.1Linearidade
NA
13.2Sensibilidade
NA
13.2Especificidade
NA
13.4Interferências
Presença de coágulos

14-Significado clínico

Células presente no líquor

Tipos de células Significado clínico Aspecto microscópico


Linfócitos/ Monócitos Normal Encontrados em todos os
Meningite viral estágios de maturação.
Meningite tuberculosa Muitas vezes reacionais.
Meningite fúngica
Início meningite bacteriana
Esclerose múltipla
Neutrófilos Meningite bacteriana Podem ter menos grânulos
Início da meningite viral que no sangue, se
Hemorragia cerebral desintegram rapidamente.
Eosinófilos Infecções parasitárias Idênticos ao sangue
Reações alérgicas
Válvulas intracranianas
Macrófagos Meningite bacteriana crônica Podem conter hemácias
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Tipos de células Significado clínico Aspecto microscópico
Meningite bacteriana Fagocitadas, grânulos de
tratadas hemossiderina.
Hemorragia subracnóide
Plasmócitos Inflamações subagudas e Aparecem na forma clássica
crônicas e forma transitória, maiores,
Esclerose múltipla menos coradas.
Mieloma múltiplo

Células ependimárias e do Traumas Geralmente agrupadas


plexo coróide Cirurgia do SNC
Válvulas
Neonatos
Blastos Leucemias Algumas vezes formas
Linfomas alteradas, com núcleos
lobulados, nucléolos
evidentes, mas com
morfologia mono mórfica.
Células neoplásicas Tumores do SNC Geralmente observadas
Metástases (mama, pulmão, agrupadas com fusão de
melanoma). bordas s dos núcleos
Células eritóides imaturas Punção acidental da Como no sangue ou medula
(eritroblastos, precursores vértebra óssea
mielóides).

Meningites
Meningites bacterianas
▪ Leucócitos até mais de 15000/ µL
▪ Presença maciça de neutrófilos (Neisseria meningitidis-diplococos intracelulares)
▪ Proteínas de 100 – 500 mg/ dL
▪ Glicose inferior a 40mg/ dL
▪ Gram: identifica agente em 70 a 80% dos casos
▪ Cultura: identifica em 80%

Meningites virais
▪ Leucócitos geralmente < 1000/ / µL
▪ Presença de linfócitos ou monócitos
▪ Início neutro filia, após 6 a 12 horas: linfócitos.
▪ Proteínas normais ou levemente aumentadas (80-200 mg/dL)
▪ Glicose normal

Meningite tuberculosa
▪ Leucócitos 50-500/ / µL
▪ Linfo-monócitos, às vezes, linfócitos reacionais.
▪ Início neutrófilos
▪ Proteínas 100- 500 mg /dL
▪ Glicose baixa até < 20 mg/dL
▪ ADA aumentada
▪ Diagnóstico definitivo: cultura
▪ Presença de coágulo
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Meningite sifilítica
▪ Leucócitos 100- 1000/ µL
▪ Predomínio de linfócitos
▪ Proteínas moderadamente elevadas < 200mg/dL
▪ Glicose diminuída
▪ VDRL e FTA_ABS usualmente positivos

Meningite fúngica
▪ Pleocitose linfocítica de até mais das 1000/µL
▪ Também pode ocorrer contagem normal
▪ Início pode ter polimorfo nucleares
▪ Aspergillus produz reação neutrofilíca
▪ Na câmera de Fuchs obeserva-se presença de fungos
▪ Na lâmina corada grupamentos escuros
▪ Proteínas inicialmente normais, depois até 200 mg/dL
▪ Glicose normal ou diminuída, raramente < 10mg/dL
▪ Coloração pela tinta da china revela cápsula do criptococo

Líquido Pleural
A contagem global de células tem valor limitado no auxílio do diagnóstico
Diferencial dos derrames pleurais. Valores acima de 1.000 células são encontrados nos
exudatos. A citologia específica apresenta como valores de referência: polimorfo
nucleares 25% e mononucleares 75%.
O predomínio de neutrófilos acontece em 90% dos casos de pneumonia, infarto do
miocárdio e pancreatite. Apenas 10% dos transuda tos apresentam predomínio de
polimorfo nuclear. O predomínio de linfócitos ocorre nas inflamações crônicas,
tuberculose, lúpus eritema toso sistêmico, linfoma, uremia e artrite reumatóide. A
eosinofilia acontece em processos inespecíficos como: pneumotórax, traumas, derrames
pós-operatórios, infarto pulmonar e insuficiência cardíaca congestiva. Aparecem também,
em doenças parasitárias, infecções por fungos e síndromes de hipersensibilidade.

Líquido Ascítico
É um filtrado do plasma que se forma por um aumento da pressão hidrostática
capilar ou diminuição da pressão oncótica do plasma (Transuda tos) e por aumento da
permeabilidade capilar ou diminuição da reabsorção (Exudatos). A presença de transuda
tos e exsuda tos ocorrem:

Transuda tos Exsuda tos


Insuficiência cardíaca congestiva Tuberculose
Cirrose hepática Neoplasias primárias
Pericardites Neoplasias metástica.
Hipoalbuminemia Pancreatites
Síndrome nefrótica Carcinoma de pâncreas e ovário
Obstrução de veia hepática Esquistossomose

Citologia diferencial do líquido Ascítico


▪ Predomínio de linfócitos/monócitos, raras ou ausência de células mesoteliais →
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Tuberculose.
▪ Presença de vários macrófagos e células mesoteliais → Cirrose
▪ Presença maciça de neutrófilos→ Peritonite bacteriana
▪ Presença de células LE→ Derrame por lupus

Líquido Sinovial
O líquido sinovial normal não apresenta hemácias e encontra-se no máximo 200
leucócitos por mm³. O diferencial de leucócitos apresenta 20% de polimorfo nucleares e
os outros 80% de mononucleares: monócitos,

linfócito se e histiócitos. Valores aumentados de polimorfo nuclear podem ser


encontrados nas artrites sépticas, gota e artrite reumatóide. O predomínio de linfócitos
pode ser observado na artrite reumatóide.

15-Referência Bibliográfica

STRANSINGER, S. King. Uroanálise Fluidos Biológicos.


Editorial Premier, 2003.

MOTTA, T. Valter. Bioquímica clínica para o laboratório


Editora médica Missau, 2003.

MUNHOZ, P. Terezinha. Curso 01: Citologia dos líquidos biológicos


XXV congresso brasileiro de análises clínicas. Porto Alegre- RS, 1998

POP funcional: Como operar câmera de contagem Neubauer e Fuchs-Rosenthal


(Hemocitômetros) do laboratório Emilio Ribas.

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