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1 HABILIDADES E CAPACIDADES MOTORAS

1.1 DEFINIÇÃO DE HABILIDADES MOTORAS

Por habilidade motora entende-se qualquer tarefa, simples ou complexa que, por
intermédio da exercitação, pode passar a ser efectuada com elevado grau de qualidade,
podendo chegar à automatização.

.
Características principais das Habilidades
Motoras (Magill, 2001):
• Têm um determinado propósito;
• Efectuadas voluntariamente;
• Requerem movimentos corporais e/ou
movimentos dos seus segmentos.
• Têm que ser aprendidas.

As habilidades motoras:
* básicas (ou fundamentais) e específicas.

Assim, uma habilidade motora pode corresponder a um gesto técnico,

Capacidades Motoras (Magill, 2001):


Pressuposto, característica ou traço gerais, determinantes do
potencial individual de aprendizagem e do rendimento em
habilidades motoras específicas.

Manifestam-se sempre de forma complexa e não isoladamente


1.1.1 A R EL A Ç ÃO EN T R E C AP A C I D A D ES E H AB I L I DA D E S M O T O R AS

Quadro:1. R e l a ç ã o e n t r e c a p a c i d a d e s e h a b i l i d a d e s m o t o r a s ( b a s e a d o e m S c h m i d t e L e e , 1 9 9 9 ;
Schmidt e Wrisberg, 2000)
Capacidades Habilidades
• “Constructo” teórico que se relaciona (suporta)
o rendimento em várias tarefas
• Traço relativamente estável, dificilmente • Expressam, de forma
modificáveis pela prática de uma tarefa complexa, as
Caracte- particular. capacidades.
rísticas • Grande dependência genética. • Modificáveis pela
• Potencial para o sucesso em determinada prática, exercitação e
habilidade. repetição.
• Desenvolve-se normalmente com o crescimento • Suportadas por várias
e maturação. capacidades.
• São, geralmente, inferidas, a partir de padrões • Podem ser realizadas
de rendimento, ou grupo de tarefas. com elevado nível de
mestria.

1.1.2 A S C A P AC ID A D E S C O N D IC I O N A IS

As capacidades condicionais, geralmente referidas como mais importantes, são a


f o r ç a , v e l o c i d a d e , r e s i s t ê n c i a ( M a n n o , 1 9 9 4 ) e p o r v e z e s a f l e x i b i l i d a d e.

1.1.2.1 A força

Quadro:2. F o r m a s d e c l a s s i f i c a ç ã o d a f o r ç a ( b a s e a d o e m M i t r a e M o g o s 1 9 9 0 ; M a n n o , 1 9 9 4 ;
Weineck 1986; Grosser e col. 1988; Dick, 1993)
Classifica Características Exemplo de Critério de
ção tarefas referência

Estática Não se verifica uma alteração do Apoio facial


comprimento muscular, durante a invertido;
contracção. Sustentação do
corpo numa
barra
Alteração do
Dinâmica Verifica-se alteração do comprimento Flexão comprimento
muscular durante a contracção (de /extensão dos muscular
f o r m a c o n c ê n t r i c a o u e xc ê n t r i c a ) braços, em
decúbito
ventral.

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Nível de expressão de força dos
Geral principais grupos musculares, do Luta Percentagem de
organismo, considerados globalmente. musculatura
envolvida.
Expressão de força, específica de
Especial determinados grupos musculares Multi-saltos ao
pé-coxinho
Maior expressão de força, em situação
Máxima de contracção máxima voluntária, numa Halterofilismo
única execução.

Capacidade de efectuar elevados níveis


Rápida e de força por unidade de tempo: “Sprint” 30m
explosiva Rápida – na repetição de ciclos de Intensidade da
movimento; Salto em altura contracção e
Explosiva – na realização de uma única duração
execução. temporal.

Prova de remo
Regime Capacidade de efectuar contracções de longa
de musculares sub-máximas, em esforços distância
duração prolongados.

1.1.2.2 A velocidade

De acordo com Grosser e col. (1988) a velocidade refere-se à capacidade de reagir


ou de realizar, o mais rapidamente possível, movimentos ou sequência de movimentos.
.

Quadro:3. F o r m a s d e m a n i f e s t a ç ã o d a v e l o c i d a d e b a s e a d o e m M i t r a e M o g o s ( 1 9 8 9 ) e G r o s s e r e c o l .
1988)
Forma de Definição Exemplos de tarefas
manifestação

Velocidade Rapidez com a qual se executa Lançamento de uma bola


de execução uma acção motora singular, leve, do dardo, remate.
(acíclica) unitária com estrutura motora.

Velocidade Frequência dos ciclos de “sprint”, em corrida, de 60


de repetição movimento, que compõem uma metros.
(cíclica) determinada tarefa.

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N o t a : A v e l o c i d a d e d e r e a c ç ã o , p o r v e z e s t r a t a d a c om o c a t e g o r i a d a v e l o c i d a d e , é r e f e r i d a c o m o
capacidade coordenativa.

1.1.2.3 Resistência

O conceito de resistência pode ser sintetizado, como sendo a capacidade de resistir


à fadiga em trabalhos de duração prolongada (Manno, 1994).

Características das tarefas que solicitam a resistência:


• Duração prolongada.
• Manutenção da eficácia do movimento.
• Intensidade submáxima.
• Capacidade de recuperação.
• Geralmente muito dependentes do metabolismo aeróbio e/ou
anaeróbio láctico.

Quadro:4. F o r m a s d e m a n i f e s t a ç ã o d a r e s i s t ê n c i a ( b a s e a d o e m M i t r a e M o g o s 1 9 9 0 ; M a n n o , 1 9 9 4;
Weineck 1986, Grosser e col. 1988)
Classificação Características Exemplo de Critério de referência
tarefa

Geral Participação da grande Corrida,


maioria dos grupos natação, remo, Percentagem de
musculares (superior a etc musculatura
70%) envolvida na
actividade.
Local (especial) Participação de selectiva de
determinados grupos Exercícios de
musculares. musculação

Por ex. natação:

Curta duração 3 a 10 minutos • 400 m Duração dos esforço

Média duração 10 a 30 minutos • 1500m

Longa duração Superior a 10 minutos (até • 5km


várias horas)
Provas de

4
Geral aeróbia Dependente corrida: Predominância do
predominantemente da metabolismo
respiração celular. • Meia fornecedor de
marat energia.
Geral anaeróbia Dependente ona
predominantemente do
metabolismo anaeróbio.
• Prova de
800m
Nota: os valores limite apresentados, nas diferentes classificações, devem ser pensados como
simples referências, ou como indicadores aproximados.
.

1.1.2.4 Flexibilidade

A capacidade do organismo para efectuar, com grande amplitude, acções motoras


(Mitra e Mogos, 1990)

Por vezes são utilizados outros termos para a referir, como por exemplo mobilidade
articular, estiramento, elasticidade, mobilidade, stretching ou “souplesse”.

De acordo com Mitra e Mogos (1990) e Polischuk (2000) a amplitude dos


movimentos segmentares depende fundamentalmente:
• Da estrutura e tipo de articulação
• Elasticidade dos ligamentos, tendões e músculos
• Tónus e força musculares
• Elasticidade dos discos intervertebrais
• Capacidade dos SNC para coordenar os processos neuromusculares
• Da temperatura muscular e algumas condições externas
• Estado emocional

A flexibilidade também pode ser classificada de diferentes formas. O quadro


seguinte apresenta as mais usuais.

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Quadro:5. F o r m a s d e m a n i f e s t a ç ã o d a f l e x i b i l i d a d e ( b a s e a d o e m M i t r a e M o g o s 1 9 9 0 ;
Manno, 1994; Weineck 1986)
Classificaçã Características Critério de referência
o

Geral Nível de flexibilidade na maioria das


articulações corporais Quantidade de
articulações em análise
Especial Nível de flexibilidade em determinada
articulação
É a amplitude máxima de uma articulação,
Activa efectuada à custa da contracção da
(estática ou musculatura do próprio indivíduo.
dinâmica) Fonte da força que
provoca a amplitude do
movimento.
Passiva É a máxima amplitude de uma articulação,
obtida pela intervenção de uma força externa
(companheiro, peso do próprio corpo,
aparelho, etc.)

1.1.3 AS CAPACIDADES COORDENATIVAS

As capacidades coordenativas podem ser entendidas como uma classe das


capacidades motoras, predominantemente determinadas pelo funcionamento a nível do
sistema nervoso central (SNC), decisivas no controlo, precisão, direcção e alteração do
movimento.

1.1.3.1 Orientação espacial.

Quadro:6. D e f i n i ç ã o e c a r a c t e r í s t i c a s d a c a p a c i d a d e d e o r i e n t a ç ã o e s p a c i a l .
Definição Formas de manifestação Exemplos de tarefas

* Salto em altura: percepção e


• Na orientação do alteração da posição dos
sujeito no espaço segmentos corporais,
Capacidade que conforme o ponto em que se
permite perceber e encontra, da sua trajectória
modificar a posição aérea.
do corpo no espaço e
no tempo. * Jogo colectivo: percepção e
• Na orientação do alteração da sua atitude
sujeito no campo de conforme a sua posição no
jogo espaço de jogo.

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1.1.3.2 Diferenciação cinestésica

Quadro:7. D e f i n i ç ã o e c a r a c t e r í s t i c a s d a c a p a c i d a d e d e d i f e r e n c i a ç ã o c i n e s t é s i c a .
Definição Formas de manifestação Exemplos de tarefas

Qualidades que permitem • Na realização de


a realização de acções movimentos de grande
correctamente e de forma precisão (em termos de Passe (em várias
económica, com base na direcção e regulação da modalidades);
recepção e assimilação força a aplicar)
bem diferenciada e • No controlo de Lançamento em suspensão
precisa, de informações parâmetros dinâmicos, (basquetebol);
cinestésicas (dos temporais e espaciais
músculos, tendões e do movimento.
ligamentos)

1.1.3.3 Reacção

Quadro:8. F o r m a s d e m a n i f e s t a ç ã o d a c a p a c i d a d e d e r e a c ç ã o
Definição Forma de manifestação Exemplos de tarefas

De forma Simples: Traduz-se * Tempo que o atleta demora


no tempo que medeia entre a desde a ocorrência do tiro de
ocorrência do estímulo e o início partida e o início do
Capacidade de da realização do movimento. movimento, numa prova de
reagir o mais rápido corrida de 100m.
e oportunamente a
estímulos de De forma Complexa: traduz-se * Tempo que um jogador
diferente grau de na reacção rápida, mas optando avançado (por ex: futebol)
complexidade. pela acção mais adequada, de possuidor da bola, demora a
acordo com o contexto em que decidir-se por passar ao
se encontra. colega, ou rematar, ou fintar o
guarda redes, etc.

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1.1.3.4 Ritmo

Quadro:9. D e f i n i ç ã o e c a r a c t e r í s t i c a s d a c a p a c i d a d e d e r i t m o .
Definição Formas de manifestação Exemplos de tarefas

• Cadência imposta do *Correr à cadência de palmas;


exterior (sonoro, Dançar conforme a música.
Capacidades de visual)
organizar
cronologicamente * Lançamento na passada
sequências de acções • Cadência inerente (próprio) (basquetebol) – exige uma
corporais, contidas ou à determinada determinada harmonia e ritmo
pretendidas para a habilidade motora na evolução dos diferentes
evolução do movimentos parcelares.
movimento.

1.1.3.5 Equilíbrio

Quadro:10. D e f i n i ç ã o e c a r a c t e r í s t i c a s d a c a p a c i d a d e d e d i f e r e n c i a ç ã o c i n e s t é s i c a .
Definição Formas de manifestação Exemplos de tarefas

Capacidade de
conservação ou • Equilíbrio estático * Ficar em “estátua” alguns
recuperação de uma segundos;
correcta postura corporal
(equilíbrio), dificultada • Equilíbrio dinâmico * Deslocar-se em marcha ou
em maior ou menor grau corrida numa superfície
pelos condicionalismos estreita.
externos ou de posição.

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1 . 1 . 4 O D E S EN VO L VI M E N T O D A S C A P A C I D A D E S C O O R D EN A T I VA S N A I D A D E
INFANTIL

O desenvolvimento das capacidades coordenativas é possível em qualquer idade,

No entanto também é óbvio que a predisposição para aprendizagem não será


idêntica em todos os sujeitos e em todas as idades.

Como refere Winter (citado em Vasconcelos 1991), entre os sete e os doze anos
existem todos os pressupostos sociais, psíquicos, intelectuais, anatomo-fisiológicos e
motores favoráveis para o rápido desenvolvimento das capacidades coordenativas..

A criança deve ter a possibilidade de aquisição e estabilização de um elevado


número de experiências motoras, que servirão de base para o desenvolvimento de outras
cada vez mais complexas (Mitra e Mogos 1990).

A transferência, na aprendizagem motora, é o fenómeno mediante o qual uma


aprendizagem realizada de forma significativa, terá uma especial influência positiva em
aprendizagens posteriores do mesmo âmbito, facilitando a sua aquisição (Lucea, 1999.

1 . 1 . 5 F A S ES D E A P R EN D I ZA G EM D A S H A B I L I D A D E S M O T O R A S :

A aprendizagem - forma específica de actividade, que se desenrola no confronto


activo e consciente do organismo, do homem, da sua personalidade com o seu
envolvimento (estímulos e cargas), em condições de comunicação e cooperação (Bento,
1987).

Etapas da ap. motora – Bento (1987):


fases de aprendizagem das Fase de apropriação
técnicas desportivas.
Fase de aperfeiçoamento
Fase de automatização
T É C N I C A - P r o c e s s o o u c o n j u n t o d e p r o c e s s o s , q u e s e a p r e n d e a t r a vé s d a
e x e r c i t a ç ã o , q u e p e r m i t e r e a l i z a r o m a i s r a c i o n a l e e c o n o m i c a m e n t e p o s s í ve l , c o m a
m á x i m a e f i c á c i a , u m a d e t e r mi n a d a t a r e f a ( M AN N O , 1 9 9 4 )

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Características fundamentais das fases de aprendizagem (baseado em
Meinnel, 1984 e Bento, 1987)
Fase Características fundamentais Exemplo
• Compreensão e No lançamento na passada, a
familiarização com a criança:
tarefa; • Relata as características
• Execução com erros; essenciais do movimento.
1ª-Apropriação – • Fluência do movimento Percebeu como se deve fazer.
desenvolvimento deficiente; • Partindo da posição de
da coordenação • Fraca precisão do parado, sem qualquer
global do movimento oposição, encadeia os
movimento • Inconstância nas realizações; apoios correctamente, mas
• Realização satisfatória em não olha o cesto.
condições favoráveis. • Não estende o braço
completamente na parte final
• Raramente converte o
cesto.

• Realização quase sem erros, No lançamento na passada


2ª-Aperfeiçoa- mas em condições favoráveis; (LP), sem oposição, a
mento – • Desaparecem os movimentos criança:
desenvolvi- supérfulos; • Liga correctamente o drible de
mento da • Podem ocorrer retrocessos; progressão com o LP.
coordenação • Fluência dos movimentos • Percebe quando efectua
fina • Precisão e constância nas bem.
realizações. • Encadeia bem os apoios
• Vai elevando a bola durante
a realização dos apoios.
• Olha o cesto
• Converte quase sempre.
• Em jogo falha
frequentemente
• Domínio do movimento, mesmo No lançamento na passada
3ª- em condições desfavoráveis (LP), sem oposição, o
Automatiza- (ex: jogo); jogador:
ção – • Aplica a habilidade motora em • Realiza com sucesso o LP
desenvolvi- várias situações; durante o jogo;
mento da • Ajusta o movimento de acordo • Opta pelo LP com
estabilização e com a situação particular; oportunidade;
disponibilidad • Regularidade e precisão; • .Converte a maioria dos
e da • Automatização da habilidade; lançamentos;
coordenação Ajusta partes do movimento

fina conforme as exigências da situação.

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ACÇÕES DO PROFESSOR /TREINADOR, TÍPICAS DA CONDUÇÃO DO PROCESSO
DE ENSINO-APRENDIZAGEM (B E N T O , 1987)

• Apresentação dos objectivos e motivação.


o Obj ec tiv os p a rc ia is

• Demonstração.

• Descrição e esclarecimento do movimento.

• Condução da exercitação por meio de:


o Impulsos e instruções
o Ajudas e apoios
o Reforços e correcções

• Apresentação e atribuição de:


o Tarefas motoras
o Tarefas de observação
o Tarefas de rendimento

• Fornecimento de informações

• Utilização eficaz do tempo de ensino

Metodologia de aprendizagem da técnica

• Global

• Analítica (parcialização, reconstrução, semelhança com a competição,

ritmo, facilitação)

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