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Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Ano 9 Nº 48


E d i tori a l

A cada dois anos, profissionais da área de cromatografia se reúnem no SIMCRO - evento


organizado pelo Instituto de Cromatografia da USP de São Carlos, para discutir os grandes avan-
ços e temas relevantes da área. Esta edição pela segunda vez consecutiva acontece na cidade
paulista de Campos do Jordão, entre os dias 14 e 16 de setembro e a Revista Analytica estará
presente para acompanhar tudo de perto.
Aproveitando o tema cromatografia, a PerkinElmer, que ilustra a capa dessa edição, é uma
empresa que pode discorrer com propriedade sobre o assunto. A empresa lançou durante a
Pittcon desse ano, sua nova família de cromatógrafos a gás Clarus, que reúne inúmeras caracte-
rísticas de produtividade. Além das novidades tecnológicas, a PerkinElmer mostra também que
Analytica está em uma de suas melhores fases, aproveitando-se de transformações para se consolidar
A revista da instrumentação
e controle de qualidade como um dos nomes mais expressivos da área analítica. Mais sobre equipamentos e suas novas
www.revistaanalytica.com.br diretrizes podem ser lidas na matéria de capa.
Outra empresa que aparece nas páginas dessa edição é a alemã Heraeus Sensor Technology.
Em 2009 a empresa passou a oferecer seus produtos das linhas de vidros de quartzo e ultravio-
leta e infravermelho para aplicações especiais, iniciando um trabalho mais do que reconhecido
em outras partes do mundo. Saiba mais sobre a multinacional e suas tecnologias em Perfil Em-
presarial.
Outro assunto abordado nessa edição é a questão da contaminação em salas limpas. O que
fazer caso isso aconteça? Leia as dicas de profissionais da área em Salas Limpas.
Aproveite mais essa edição, nossas notícias, dicas de leitura em Livraria, cursos e eventos e
saiba o que a área acadêmica do país vem produzindo em pesquisas.

Uma ótima leitura!

Os editores

Diretor Executivo: Sylvain Kernbaum (revista@revistaanalytica.com.br) (11) 8357-9857


Editora: Milena Tutumi (Mtb 32.115) (editoria@revistaanalytica.com.br)
Gerente Comercial: Clarisse Kramer Homerich (11) 8357-9849
Contato Publicitário: Daniele Nogueira (11) 8140-8900 (contato1@revistaanalytica.com.br)
Secretaria Publicidade/Redação: Luiza Salomão (publicidade@revistaanalytica.com.br)
Departamento de Assinaturas: Daniela Faria (assinatura@revistaanalytica.com.br)

ANO IX - Nº 48
(Ago/Set 2010)
Conselho Editorial:
Carla Utescher, Pesquisadora Científica e Chefe da Seção de Controle Microbiológico do Serviço
de Controle de Qualidade do I.Butantan - Cheila Gonçalvez Mothé, Profª. Titular da Escola
Redação e administração: de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Elisabeth de Oliveira, Profª. Titular
Av. Paulista, 2.073 IQ-USP - Fernando Mauro Lanças, Prof. Titular da Universidade de São Paulo e Fundador do
Ed. Horsa I - cj. 2.315 Grupo de Cromatografia (CROMA) do Instituto de Química de São Carlos   - Helena Godoy,
CEP: 01311-940. São Paulo. SP FEA/Unicamp - Joaquim de Araújo Nóbrega, Depto. de Química da Universidade Federal de
Fone: (11) 3171-2190 São Carlos - Marcos Eberlin, Prof. de Química da Unicamp, Vice-Presidente das Sociedade
C.G.C.: 74.310.962/0001-83 Brasileira de Espectrometria de Massas e Sociedade Internacional de Espectrometria de Massas
Insc. Est.: 113.931.870.114 - Margarete Okazaki, Pesquisadora Científica do Centro de Ciências e Qualidade de Alimentos
ISSN 1677-3055 do Ital - Margareth Marques, U.S.Pharmacopeia - Maria Aparecida Carvalho de Medeiros,
Profª. Depto. de Saneamento Ambiental-CESET/UNICAMP - Marina Tavares, Profª. do Instituto
de Química da Universidade de São Paulo - Shirley Abrantes, Pesquisadora Titular em Saúde
Pública do INCQS da Fundação Oswaldo Cruz - Ubaldino Dantas, Diretor Presidente da OSCIP
A Revista Analytica é uma publicação bimes- Biotema, Ciência e Tecnologia, e Secretário Executivo da Associação Brasileira de Agribusiness
tral da ESKALAB, com distribuição dirigida a
laboratórios analíticos e de controle de qua-
lidade dos setores farmacêutico, alimentí-
cio, químico, ambiental, mineração, médico, Colaboraram nesta edição:
cosmético, petroquímico e tintas. Os artigos Aline Sartório Raymundo, Araceli Verónica Flores Nardy Ribeiro, Bill Costa, Eliane da Costa
assinados são de responsabilidade de seus Vilela, Eudécio Bonfim dos Santos Dias, Joel Alonso Palomino Romero, Joselito Nardy Ribeiro,
autores e não representam, necessariamen- Marciela Belisário, Maria Olímpia Oliveira Rezende, Pedro Henrique Ferri, Renato Sossela, Romina
te, a opinião da revista. Zanarotto, Seme Youssef Reda

Impressão: Prol Gráfica


Editoração: Omar Salomão – (11) 9501-1145

Filiada à Anatec

04 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


S umári o

04
Editorial/Expediente

08
Microbiologia em Foco: Contagem Microbiana em
Produtos Farmacêuticos de Forma Sólida

10
Notícias

26
Matéria de Capa: PerkinElmer

32
PERFIL EMPRESARIAL: Heraeus Sensor
Technology

36
26 Em Foco

72
Salas Limpas: Contaminação em Salas Limpas I

ARTIGOS

76
Eletroflotação Aplicada ao Tratamento de Esgoto
Sanitário: Joel Alonso Palomino Romero e Maria
Olímpia Oliveira Rezende

90
Aplicação do Programa JV.NH-1 na Análise da
Qualidade do Biodiesel Etílico de Limão Rosa,
uma Fonte Não Convencional: Seme Youssef
Reda, Renato Sossela e Bill Costa

32 76
06 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48
95
A Casca de Banana como Bioadsorvente na Fale com a gente
Remoção de Corantes Tóxicos Presentes em
Efluentes Industriais: Marciela Belisário, Romina
Se você quer fazer comentários,
Zanarotto, Aline Sartório Raymundo, Joselito
Nardy Ribeiro e Araceli Verónica Flores Nardy sugestões, críticas ou tiver dúvidas,
Ribeiro entre em contato com a gente.

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Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 07


microbiologia
em foco

CONTAGEM MICROBIANA EM PRODUTOS


FARMACÊUTICOS DE FORMA SÓLIDA
A contagem microbiana de produtos sólidos faz Deve-se considerar a espécie microbiana isolada,
parte da rotina da maioria dos laboratórios de controle número de contaminantes, forma farmacêutica, finali-
de qualidade das indústrias farmacêuticas. No entanto, dade de uso do medicamento, população alvo, via de
ensaio lote a lote não é necessário devido a baixa ativi- administração sendo que todos os micro-organismos
dade de água destes produtos e que não favorecem o considerados potencialmente perigosos são os que
crescimento dos micro-organismos. Além do mais, os oferecem risco ao paciente.
ambientes de produção das indústrias farmacêuticas De acordo com a USP 32, o capítulo “microbiologi-
não são favoráveis ao crescimento microbiano, desde cal atributes of nonsterile pharmaceutical products”, a
que estes ambientes sejam projetados para desfavore- significância da presença de micro-organismos em pro-
cer o crescimento das bactérias e fungos. dutos farmacêuticos não estéreis, deve ser avaliada em
A evolução fez com que os seres humanos se adap- termos de finalidade de uso do produto.
tassem ao convívio com os micro-organismos. Por A Farmacopeia americana leva em conta o trata-
exemplo, as bactérias exercem papel importante na di- mento dado ao produto em relação aos padrões de
gestão dos alimentos, na síntese de vitaminas etc. contagem e sugere a adoção do ensaio limite da USP.
A contagem microbiana na pele humana pode che- A ingestão de micro-organismos contaminantes de
gar a 1012 bactérias, 1010 na cavidade oral, 1014 no trato produtos farmacêuticos pode levar a doenças que são
gastrointestinal. normalmente diagnosticados em intoxicações alimen-
A flora normal de uma pessoa saudável, os tecidos tares, assim sendo, existem estatísticas que nos EUA
internos, ex. sangue, cérebro, músculos etc., são isentos por ano são relatados 76.000.000 de casos, resultando
de micro-organismos. No entanto, a superfície dos tecidos em 5 mil óbitos por ano.
como a pele e membranas mucosas está sempre em con- Nos alimentos as principais causas de doenças cau-
tato com micro-organismos do meio ambiente que podem sadas por micro-organismos são: Salmonella, Listeria,
vir a se colonizar e tornar-se parte da flora normal. E.coli O157. Esporadicamente são relatados casos de
No trato gastrointestinal a população bacteriana é infeções por: Bacillus cereus, Clostridium perfringens e
complexa. Existem descritos mais de 400 espécies nas Staphylococcus aureus.
fezes de uma única pessoa. Pseudômonas aeruginosa é um micro-organismo
No trato gastrointestinal superior (estômago, duode- presente em quase todos os ambientes úmidos e é
no, jejuno e íleo superior) a contagem é menor do que considerado saprófita. O FDA considera que contagens
104 unidades formadoras de colônias por mL de secre- menores do que 10 mil unidades formadoras de colô-
ção intestinal. nias não são considerados como patógenos.
Na flora bacteriana do cólon humano podem ser en- As Cândidas são associadas a infecções em pa-
contrados: Bacteroides fragilis, Bacteroides melaninoge- cientes imunocomprometidos, especialmente aque-
nicus, Bacteroides oralis, Lactobacillus spp., Clostridium les que necessitam de hiperventilação, cateteres etc.
spp., Bifidobacterium bifidum, Staphylococcus aureus, Visto que nestes casos o paciente é colonizado pelo
Streptococcus faecalis, Escherichia coli, Salmonella ente- micro-organismo, o risco da sua própria microbiota é
ritidis, Klebsiella spp., Enterobacter spp., Proteus mirabilis, maior que o consumo de um comprimido contamina-
Pseudomonas aeruginosa e cocos anaeróbicos. do ou cápsula.
O número de bactérias no cólon é quantitativa- A atividade dos comprimidos em cápsulas varia de
mente similar ao das fezes, chegando a cerca de 1011 0,3 a 0,6, sendo, portanto, desfavorável ao crescimento
bactérias/g de fezes. da maioria dos micro-organismos.
O número de coliformes predomina; estreptococos, Os processos de fabricação adotados pela indús-
clostridios e lactobacilos são encontrados de maneira tria farmacêutica baseados nas Boas Práticas de Fa-
regular sendo que a espécie predominante são os Bac- bricação diminuem o risco da contaminação por estes
teroides e alguns cocos anaeróbicos. micro-organismos.
De maneira geral, o controle da contaminação mi- Os comprimidos cápsulas duras têm baixa atividade
crobiana deve seguir ao seguinte critério: ausência de de água, o índice necessário para se obter o cresci-
micro-organismos potencialmente perigosos. O signifi- mento de Pseudômonas, E. coli , Bacillus, Micrococcus,
cado disso é potencialmente perigoso e tem diversas Salmonella é de 0,90 a 0,95. Para o Staphylococcus au-
facetas, precisando ser avaliado caso a caso. reus é de 0,86, e Aspergillus, de 0,77.

Esta seção é de responsabilidade da BCQ Consultoria e Qualidade – (11) 5539-6710 – www.bcq.com.br

08 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº 48


notícias

Centro Universitário Oferecida no Campus Santo em diversos efeitos colaterais


Senac tem nova pós- Amaro, zona sul da na capital como risco de esgotamento de
graduação voltada à paulista, a especialização possibi- recursos naturais, extinção de
legislação e gestão lita a melhor atuação em diversos elementos da biodiversidade,
ambiental segmentos da área ambiental, in- mudanças climáticas, entre ou-
O Centro Universitário Senac cluindo consultoria, planejamento, tros. “A partir desse cenário, o
inova o setor de meio ambiente da projetos, diagnósticos, licencia- discurso jurídico consolidou o
instituição e oferece, pela primeira mento e estudos de impactos. O desenvolvimento sustentável co-
vez, a Especialização em Direito profissional também poderá tra- mo forma desejada de evolução
e Gestão do Meio Ambiente. O balhar na implementação de sis- por atender às necessidades do
diferencial da pós-graduação é a temas e na gestão ambiental das avanço econômico e tecnoló-
junção dos fatores jurídicos com cidades, do controle da poluição gico de modo equilibrado com
os conhecimentos técnicos apli- e dos recursos hídricos. a preservação ambiental. Por
cados na gestão, com o objetivo Segundo a coordenadora da isso, o conceito passou a fazer
de preparar os profissionais para área de meio ambiente do Senac parte das diversas regras de di-
atuar na diminuição do impacto São Paulo, Mônica Medina, a fal- reito e das legislações, tanto na-
das atividades humanas sobre o ta de discussão sobre o impac- cionais quanto internacionais”,
meio ambiente. to das ações humanas resultou conclui Mônica.

Catalisador ácido para produzir Pesquisa realizada no Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP testou
biodiesel é reaproveitável com êxito a utilização do catalisador ácido fósfo-tungstíco, sob um suporte de
ormosil (abreviação de “organically  modified silicates”, silicatos organicamente modificados), um material híbrido, orgânico
e inorgânico, para a produção de biodiesel, baseado em compostos ácidos. O catalisador testado pelo químico Guilherme
Tremiliosi pode ser recuperado e reaproveitado em novos processos de produção de biodiesel. A substância também pode
ser adicionada a um maior número de matérias-primas do que o catalisador básico, sem a necessidade de serem tratadas
antes da reação. “Ele foi testado em óleo de soja com alto índice de acidez, que apresenta grandes dificuldades para seu
emprego na produção de biodiesel”, ressalta o químico. “O objetivo era obter um rendimento satisfatório na reação entre óleo,
etanol  e catalisador, que gera o combustível.”
Atualmente, a produção de biodiesel no Brasil utiliza catalisadores básicos e homogêneos, que não podem ser reaprovei-
tados. “O catalisador ácido permite maior versatilidade no uso de matérias-primas, sem necessidade de tratamento prévio,
como sobras de óleo de cozinha ou óleos de plantas oleaginosas não comestíveis, como o crambe”, conta o químico.
No experimento, o rendimento obtido chegou a 60% (ou seja, 60% do óleo utilizado se transformou em biodiesel), ainda
abaixo do nível mínimo considerado ideal pelas indústrias, que é de 95%. “Além da reação ter sido realizada em laboratório,
não houve ajustes nos parâmetros do processo reacional”, observa o químico.
Segundo Tremiliosi, o catalisador ácido tem potencial para chegar a 99% de rendimento. “Para chegar a esse nível, serão
necessárias novas pesquisas para aprimorar a interação entre o ácido e ormosil”, avalia. “Ao mesmo tempo, é preciso otimizar
os procedimentos envolvidos na reação.”
Ele explica que devido ao fato de o catalisador ácido ser heterogêneo, ele pode ser regenerado. “Por filtração, ele é sepa-
rado do biodiesel e reaproveitado em novos processos reacionais”, descreve. “O catalisador básico em contato com a água
produz sabão, que é muito difícil de ser separado do combustível.”
O catalisador ácido também permite o uso de etanol que não seja totalmente anidro (sem moléculas de água). Tremiliosi
afirma que a pesquisa não estimou os custos de produção do catalisador, mas que a possibilidade de reaproveitamento pode
gerar uma redução. “Além disso, há a perspectiva de utilização com uma gama maior de matérias-primas”, acrescenta.
De acordo com o pesquisador, as matérias-primas utilizadas no ormosil são produzidas no Brasil, mas não em grande
escala. “Caso o catalisador ácido seja utilizado para a produção de biodiesel, existe a possibilidade de adaptar o volume de
produção para atender o processo de produção do combustível”, afirma o químico.
Mais informações: guilherme.tremiliosi@nanox.com.br
Agência USP de Notícias

10 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


EMS é eleita a melhor empresa do setor farmacêutico
A EMS, maior laboratório brasileiro, foi eleita pela Revista Exame a me-
lhor empresa do setor farmacêutico. O resultado da pesquisa está publica-
do na edição especial Melhores e Maiores 2010, que reúne as companhias
de maior destaque em 18 segmentos da economia. A premiação foi rece-
bida pelo presidente da EMS, Luiz Borgonovi, em cerimônia realizada no
início de julho.
O laboratório está entre as sete maiores empresas farmacêuticas da
América Latina e há quatro anos lidera o ranking das farmacêuticas no
Brasil, de acordo com a IMS Health, principal auditoria do segmento. Em
2009, a EMS faturou R$ 2,45 bilhões e comercializou 183,3 milhões de
unidades, um avanço de 15% em relação ao ano anterior. Atualmente, a
empresa conta com o maior portfólio do Brasil, composto por mais de 1,7
mil apresentações de produtos, e investe 6% do seu faturamento anual em
pesquisa e desenvolvimento.

Laboratório da Nalco recebe acreditações do INMETRO


O Laboratório de Serviços Analíticos da Nalco recebeu a acreditação do
INMETRO para identificação de fungos em amostras de ar e identificação
de Legionella pneumophila, tornando-se desta forma o único laboratório,
até o momento, a ser acreditado para essas identificações. Além dessas
duas avaliações, o laboratório também recebeu acreditação do INMETRO,
em mais outros 49 itens.
 Como se sabe, está cada vez maior a exigência de clientes e da maioria
dos órgãos ambientais e de segurança a competência técnica dos labo-
ratórios para recebimento de relatórios de ensaio apenas de laboratórios
acreditados pelo INMETRO (www.inmetro.gov.br) de acordo com os requi-
sitos da norma ISO/IEC 17025, que estabelece os requisitos gerais para
competência de laboratórios de ensaio e calibração.
O Laboratório de Serviços Analíticos da Nalco recebeu essa
acreditação do INMETRO e passou a fazer parte da RBLE (Rede Brasileira
de Laboratórios de Ensaio) sob o nº de acreditação CRL 0415, isso
aumenta a confiabilidade dos resultados analíticos, além de ser um reco-
nhecimento da sua competência para realizar os ensaios constantes no
Escopo de Acreditação.
 Durante a avaliação do INMETRO, o laboratório passou por mais de 50
requisitos, entre eles, o Programa de Qualidade do Laboratório, que avalia,
por exemplo, a validação dos métodos do escopo, cálculo de incerteza,
análise crítica dos resultados, participação em testes de proficiência, con-
trole de equipamentos e materiais/padrão de referência e o programa do
laboratório para assegurar a competência técnica da equipe.
  Um dos benefícios dessa acreditação é poder atender e fornecer re-
latórios de ensaios válidos para os principais órgãos ambientais do país,
como Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), Fundação
Estadual do Meio Ambiente (FEAM), Fundação Estadual de Proteção
Ambiental Henrique Luis Roessier (FEPAM) entre outros.
Além dessa certificação, a Nalco também possui outras três: ANVISA
- REBLAS - Nº Habilitação ANALI 054 /  INEA - Instituto Estadual do
Ambiente - Rio de Janeiro (antigo FEEMA) - Nº Credenciamento CCL
IN000165 / FEAM - Fundação Estadual do Meio Ambiente Nº Cadastro
F011949/2006.

Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 11


notícias

Concursos no ICB As inscrições já estão aber- auxiliando tecnicamente nos


O Departamento de tas e podem ser feitas até dia 18 conteúdos dos cursos e for-
Microbiologia do Instituto de de outubro e devem ser feitas na necendo docentes. Temos ex-
Ciências Biomédicas (ICB) da Assistência Acadêmica do ICB, celentes profissionais nas em-
USP está com inscrições abertas na Av. Prof. Lineu Prestes, 2415, presas associadas à Aesas”,
para dois concursos para pro- edifício Biomédicas III, Cidade complementa Giovanna.
fessor doutor. As vagas são nas Universitária, São Paulo. Neste início, o principal
disciplinas Biologia Estrutural USP Online apoio financeiro para desen-
Aplicada a Micro-organismos volvimento do programa virá
e Bioinformática e Biologia de Aesas assina acordo com do Sindicato Nacional das
Sistemas Aplicadas a Micro- Cetesb para capacitar Empresas Distribuidoras de
organismos, em regime de dedi- gestores em áreas Combustíveis e Lubrificantes
cação exclusiva à docência e à contaminadas (Sindicom). A entidade repre-
pesquisa (RDIDP). A Associação Brasileira das senta, em nível nacional, as
Os candidatos devem ter Empresas de Consultoria e principais companhias distribui-
doutorado e produção científica Engenharia Ambiental (Aesas) doras de combustíveis, como a
relacionada ao cargo. O salário é acaba de assinar um acordo Ale, Castrol, Chevron, Ipiranga,
de R$ 7.574,75. com a Companhia Ambiental do Shell e Petrobrás, atingindo
Estado de São Paulo (Cetesb) e mais de 80% do volume de dis-
outras entidades representativas tribuição do produto no país.
do setor de distribuição e venda De acordo com Rodrigo
de combustíveis e derivados de Cunha, gerente do Departamento
petróleo no Brasil para capacitar de Desenvolvimento Institucional
Inaugurado laboratório Criado para me- gestores dos setores público e Estratégico da Cetesb, outras
de pesquisa ambiental dir a qualidade privado e técnicos que execu- entidades ou empresas do setor
da água e de extratos aquosos de amostras am- tam serviços relacionados à in- podem também apoiar o progra-
bientais e também verificar a concentração de vestigação de áreas contamina- ma, aderindo ao termo de ade-
determinados gases na atmosfera, o Laboratório das no Estado de São Paulo. são. Para o segundo semestre,
de Pesquisa Ambiental em Aerossóis, Soluções De acordo com o último in- está prevista a realização dos
Aquosas e Tecnologias (Laquatec) foi inau- ventário da CETESB, existem  primeiros cursos de capacita-
gurado no fim do mês de julho pelo Instituto 2.279 áreas contaminadas no ção na área de remediação de
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em Estado de São Paulo, sendo que solo contaminado.
São José dos Campos (SP). 79% correspondem a postos de
Com competência para manipulação e serviços. Outro dado importan- Projeto para dispositivos
análise de amostras ambientais, o Laquatec, te é o levantamento sobre aci- repelentes naturais de
uma facilidade do Centro de Ciência do dentes ambientais envolvendo mosquitos é desenvolvido
Sistema Terrestre (CCST) do INPE, será utili- postos e sistemas retalhistas de no Ipen
zado por pesquisadores de diversas áreas do combustíveis. De 1978 a 2010, Repelentes são boa estraté-
Instituto, como Previsão do Tempo e Estudos foram 707 ocorrências, sendo gia para o controle de epidemia,
Climáticos (CPTEC), Sensores e Materiais (LAS), 80% na Região Metropolitana porém os repelentes conhecidos
Combustão e Propulsão (LCP) e Observação da de São Paulo. e adquiridos em supermercados
Terra (OBT), além de instituições parceiras. A Aesas, como represen- ou farmácias, na forma de cre-
Instalado em duas salas do prédio Circuito tante das empresas de consul- mes ou sprays, podem causar
Impresso, o Laquatec já possui equipamentos toria e engenharia ambiental, alergias de pele ou toxicidade
para realizar análise por técnica de cromatogra- esteve desde o início apoiando sistêmica, além de interferência
fia a líquido, medições de carbono e nitrogê- e participando deste programa. endócrina. Assim, pesquisa-
nio e está adquirindo outras facilidades. O local “Contribuímos para a criação do dores da área de Biomateriais
está preparado para manipulação de amostras, PIA por meio de representantes Poliméricos do Centro de
calibração de sondas de qualidade de águas, nos grupos de trabalho. E va- Química e Meio Ambiente do
caracterização de sensores, montagem de co- mos continuar colaborando na Instituto de Pesquisas Ener-
letores de aerossóis, entre outras atividades. implementação do programa, géticas e Nucleares (Ipen)

12 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


desenvolvem um projeto para a obtenção de dispositivos repelentes na-
turais de mosquitos. O projeto, coordenado pela farmacêutica bioquímica,
Mestre Sizue Ota Rogero, objetiva a criação de um dispositivo repelente em
forma de pulseira, botão ou outro artefato similar, para liberar lentamente
substâncias repelentes de origem vegetal, numa combinação de óleos es-
senciais com eficácia comprovada.
A pesquisadora conta que já existem produtos similares disponíveis
no mercado. “No Brasil já existem pulseiras e adesivos repelentes à base
de citronela, um tipo de óleo essencial. Porém estudamos o desenvolvi-
mento de pulseiras repelentes contendo um mistura de óleos essenciais
de plantas, com propriedades repelentes, que é 100% natural. Além dis-
so, pretendemos que os dispositivos repelentes apresentem liberação len-
ta dos óleos essenciais, garantindo um tempo de ação prolongado, que
suas propriedades sejam seguras para o uso por crianças e gestantes, sem
qualquer prejuízo à saúde e que seja econômico”, ressalta a pesquisadora,
Sizue Rogero.
No projeto PIPE-fase I da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado
de São Paulo (FAPESP) foi enfatizado o estudo de matrizes poliméricas com
o objetivo de desenvolver um dispositivo de liberação lenta de óleos essen-
ciais de origem vegetal, com propriedades repelentes.
Sizue complementa: “O produto, uma vez desenvolvido, deverá ser sub-
metido aos testes de eficácia, de segurança e de tempo de duração do
efeito desejado, por laboratórios especializados. A matriz polimérica utili-
zada será a de silicone, por ser biocompatível, não tóxico e não interferir
na eficácia do produto. Após incorporação da mistura de óleos essenciais
com propriedade repelente para mosquitos, poderão ser confeccionados
cordões para uso como pulseiras, além de diferentes formatos para uso
como broches ou pingentes”.
Esses produtos também poderão ser utilizados em animais de estima-
ção, com a incorporação de óleo essencial com propriedade repelente de
pulgas e carrapatos ou simplesmente como adereços perfumados.

IPT é relacionado entre as 12 mil instituições de pesquisa


mais relevantes no mundo em lista do CSIC espanhol
O IPT ocupa a 2067ª posição no ranking de instituições de pesquisa divul-
gado na edição de julho do jornal eletrônico “Cybermetrics”, do Laboratório
de Cibermetria do Consejo Superior de Investigaciones Científicas (CSIC)
vinculado ao Ministério de Ciência e Inovação da Espanha. Foram analisa-
das 20 mil instituições de ensino e pesquisa em diversos países e classifi-
cadas as primeiras 12 mil. “A excelência nas pesquisas é fundamental para
atingir posições entre os primeiros colocados no mundo”, afirmou Isidro
Aguillo, editor deste ranking do CSIC.
O IPT aparece à frente de institutos reconhecidos internacionalmente
como algumas unidades do Max Plank Institut e Fraunhofer Institut, ambos
na Alemanha, e do Korean Institute of Industrial Technology, entre outros.
Diferentemente de rankings que mostram as instituições focalizando espe-
cialmente resultados de pesquisas, o ranking do CSIC procura estimular
produção e acesso a informações científicas e tecnológicas via internet.
Baseia-se em indicadores da web contemplando o desempenho global e a
visibilidade dessas instituições.
IPT

Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 13


notícias

IB-Unesp tem concurso e um prêmio de júri popular, que titular do Instituto de Química da
artístico será votado em cédula nominal Universidade de São Paulo, pio-
O Instituto de Biociências durante a exposição. neira da biofísica no Brasil.
(IB) da Universidade Estadual As inscrições são gratuitas Pesquisadores farão apre-
Paulista (Unesp), campus de e vão até 10 de setembro. O sentações com foco em técni-
Botucatu, abriu inscrições para participante poderá ser realizar cas biofísicas e suas aplicações,
o concurso artístico “Instituto de pessoalmente das 9h às 17h desde o estudo da conformação
Biociências: olhares revelados”. na vice-diretoria do IB, ou na de proteínas, passando por siste-
Em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura, mas biomiméticos até aplicações
Secretaria Municipal de Cultura localizado na Av. Dom Lúcio, biotecnológicas.
de Botucatu, o concurso tem 755, em Botucatu. Ian Smith, do Conselho de
por finalidade reunir, fomentar, Saiba mais: www.ibb.unesp. Pesquisas do Canadá, Wayne
incentivar e valorizar a produ- br/eventos/olhares_revelados/ Hubbell, da Universidade da
ção artística, além de descobrir index.php Califórnia (Estados Unidos),
novos talentos. As obras pre- Bruno Maggio, da Universidade
miadas serão expostas em co- 3º International Workshop Nacional de Córdoba (Argentina),
memoração ao aniversário do IB on Spectroscopy for Paolo Mariani, da Universidade
e passarão a fazer parte de seu Biology Politécnica de Marche (Itália),
acervo. A terceira edição do Derek Marsh, do Instituto Max
Poderão participar docen- International Workshop on Planck de Química Biofísica
tes, estudantes e técnico-admi- Spectroscopy for Biology (IWSB) (Alemanha), e Manuel Prieto, da
nistrativos da Unesp e o público será realizada de 18 a 22 de outu- Universidade Técnica de Lisboa
em geral. As obras deverão ser bro, em Maresias (SP). (Portugal), são alguns dos pales-
inéditas ou produzidas a partir O objetivo do evento é disse- trantes confirmados.
de 2008. minar, entre estudantes de pós- O evento será realizado no
Cada participante poderá graduação e jovens pesquisa- Maresias Beach Hotel, localizado
inscrever uma obra em uma das dores, novas técnicas biofísicas na Rua Francisco Loup, 1109,
categorias –Desenho, Pintura e para investigação de sistemas em Maresias, litoral norte de São
Gravura –, sem exceder as me- biológicos. Paulo.
didas de 1 metro de altura por 2 O workshop também co- Mais informações: www.if.usp.
metros de comprimento. memorará o 70º aniversário de br/iwsb, ajcosta@ifsc.usp.br
As obras deverão conter no Shyrley Schreier, professora Agência Fapesp
verso a etiqueta de identifica-
ção contendo nome do autor,
título, técnica, dimensão e data.
Também deverão estar devida-
mente emolduradas (para pai- Biocombustíveis e sustentabilidade O Grupo de Estudos
néis ou outros suportes, não se Agrários realiza em Ribeirão Preto, no dia 13 de setembro, o workshop
exige moldura) com ganchos Biocombustíveis e Sustentabilidade, organizado pela Faculdade
para fixação. de Direito (FD), pela Faculdade de Economia, Administração e
A inscrição se dará median- Contabilidade (FEA), e pela Faculdade de Direito de Ribeirão Preto
te a apresentação da obra com (FDRP), todas da USP.
etiqueta de identificação e ficha O evento, no auditório do Bloco Didático da Faculdade de
de inscrição preenchida (mode- Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, contará com a partici-
lo no site do IB). As despesas pação das principais autoridades do país no assunto. As inscrições,
quanto à elaboração da obra, gratuitas e limitadas a 200 vagas, podem ser feitas na FDRP ou
embalagem e transporte ficarão pelo.
a cargo do participante. O endereço do campus de Ribeirão Preto, onde ficam FDRP e
Serão premiados com troféus FMRP, é Av. Bandeirantes, 3.900, Ribeirão Preto.
os três primeiros lugares. Haverá Informações adicionais em: www.usp.br/fdrp/noticias/biocom-
também seis menções honrosas bustivel_sustentatibilidade/Biocombustivel_sustentabilidade.htm

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Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 15
notícias

Brasil caminha para ser de grandes empresas do setor O evento tem como objetivo
o maior mercado de como a Syngenta, Andef, Basf, mobilizar a população em torno
agroquímicos Monsanto, entre outras. de temas e atividades de Ciência
Em dois anos, o país vai su- e Tecnologia (C&T), valorizando
perar os Estados Unidos, que re- A relevância, o impacto a criatividade, a atitude científi-
gistra um consumo médio anual das pesquisas científicas, ca e a inovação. Pretende tam-
de US$ 7 bilhões. Isso é o que tecnológicas e suas bém chamar a atenção para a
preveem os especialistas que es- aplicações importância da C&T para a vida
tiveram presentes na Crop World A Fundação Fórum Campi- de cada um e para o desenvol-
(www.cropworld-southamerica. nas, que reúne 11 instituições de vimento do País, assim como
com.br), que aconteceu nos dias pesquisa da região, realizará sua contribuir para que a popula-
23 e 24 de agosto no Centro de 2ª Mostra de Ciência e Tecnologia ção possa conhecer e discutir
Convenções Amcham na cidade entre os dias 18 e 24 de outubro. os resultados, a relevância e o
de São Paulo. O evento acontecerá no Centro impacto das pesquisas e tecno-
A estimativa, feita pelo pre- de Tecnologia da Informação logias e suas aplicações.
sidente para América Latina Renato Archer (CTI), inserido nas A Semana Nacional de Ciência
da Nufarm Indústria Química, atividades da Semana Nacional e Tecnologia acontece desde
Valdemar Fischer, foi um dos prin- de Ciência e Tecnologia, promo- 2004, com grande êxito e partici-
cipais recados do evento, que vida pelo Ministério da Ciência e pação crescente a cada ano. No
trouxe para o país as novidades Tecnologia. ano passado, foram realizadas
mundiais em tecnologia de agro- Em um pavilhão de mais de mais de 10.000 atividades, em
químicos para a produção de de- 3000 m², a Mostra irá reunir stands 400 cidades, e com a participa-
fensivos e fertilizantes. com trabalhos da Unicamp, PUC- ção de aproximadamente 1.400
A Crop World reuniu empre- Campinas, Centro Nacional de instituições de ensino e pesquisa
sas fornecedoras de produtos e Pesquisa em Energia e Materiais e entidades.
soluções na área de agroquími- (CNPEM), Instituto de Tecnologia Neste ano, Campinas será
cos, sementes, nutrientes, fitos- de Alimentos (ITAL), Embrapa, privilegiada com a junção de dois
sanitários, entre outras aplica- CATI, CPqD, IAC, Instituto de grandes eventos para a promoção
ções e insumos essenciais para Zootecnia e Instituto Biológico, e da Ciência e Tecnologia.
a produção agrícola. do próprio CTI, além de editoras Informações pelo e-mail
Realizada conjuntamente e espaços para eventos culturais fforumcampinas@gmail.com ou
com a Informex Latin America, e oficinas. telefone: (19) 3343-7209.
dedicada ao segmento químico,
ambas as feiras reuniram mais
de 40 expositores e 1,2 mil par-
ticipantes. Os principais forma- Nova aquisição da A Petrobras Biocombustível
dores de opinião e tomadores Petrobras Biocombustível anunciou no fim de agosto a
de decisão dos setores químico aquisição de 50% do capital social da empresa Bioóleo Industrial e
e de defensivos conferiram os Comercial por R$ 15,5 milhões.
lançamentos de produtos nacio- A Bioóleo é uma empresa de extração de óleos vegetais, lo-
nais e internacionais. calizada na cidade de Feira de Santana (BA), com capacidade de
Expositores e patrocinadores processar 130 mil toneladas por ano de grãos de várias espécies de
destacaram o intercâmbio tec- oleaginosas. A unidade tem capacidade instalada para armazenar
nológico e o ambiente favorá- 30 mil toneladas de grãos e de tancagem para 10 milhões de litros
vel à geração de oportunidades de óleo.
e negócios, que a Crop World O controle da empresa passará a ser compartilhado entre a
proporcionou. Petrobras Biocombustível e os demais sócios, que permanecem
A programação de pales- com 50% de participação acionária na Bioóleo. O acordo prevê ain-
tras da Crop World contou da investimentos de R$ 6 milhões para melhorias operacionais e de
com lideranças do agronegó- segurança, meio ambiente e saúde, a serem desembolsados em
cio, consultores e executivos partes iguais pelos sócios.

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notícias

Novos editais no IQ da USP reunidos no Simpósio Brasileiro cada atividade. Informações sobre
O Instituto de Química da de Cromatografia e Técnicas Afins Sessão de Pôsteres, Cursos Pré-
Universidade de São Paulo está (SIMCRO), que será realizado de Congresso, Palestras Plenárias,
com três vagas em aberto: uma para 14 a 16 de setembro no Arts and Simpósios Satélite, Exposição,
o cargo de Professor Doutor, no Convention Center em Campos Seminários Técnicos e outras ati-
conjunto de disciplinas de Química do Jordão. vidades estão já disponibilizadas
Analítica, junto ao Departamento Em sua quarta edição, este neste arquivo.
de Química Fundamental, e outras ano, além de se dedicar exclusiva- Acesse: www.simcro.com.br/
duas para cargos de Professor mente às técnicas de separação, a arqs/SIMCRO_2010-Programa_
Doutor, na área de conhecimento ser realizado no Brasil. o SIMCRO Preliminar.pdf
Bioquímica e Biologia Molecular, 2010 terá workshop denominado
junto ao Departamento de ReCAFluB - Workshop Brasileiro Unesp avança em
Bioquímica. As inscrições vão até os de Resíduos e Contaminantes em ranking das 500 melhores
dias 24 e 23 de setembro, respec- Alimentos e Fluidos Biológicos. universidades do mundo
tivamente. Mais informações em: Um programa preliminar de ati- Pelo 5º ano consecutivo, a
www2.iq.usp.br/ vidades e resumos aceitos já está Unesp ganha posições no Ranking
montado e pode ser acessado no Acadêmico das Universidades do
Novidades SIMCRO site do evento, em formato pdf. Mundo (ARWU, sigla em inglês),
Entre os dias 14 e 16 de se- No arquivo estão elencadas infor- realizado pela Universidade Jiao
tembro, grandes nomes liga- mações já definidas para o evento Tong, de Xangai, China. Na edi-
dos à cromatografia estarão com relação à sala e horário de ção de 2010, divulgada em 13 de
agosto, a universidade aparece
no grupo que vai da posição 301ª
Informex Latin America gera oportunidades e Aproximar o mercado la- à 400ª. Na edição anterior, ela es-
negócios para a indústria química nacional tino-americano, especial- tava classificada entre a 402ª e a
mente o brasileiro, dos principais fornecedores da indústria química mundial. Este foi o 500ª posições.
objetivo da primeira Informex Latin America (www.informexlatam.com.br), que aconteceu O ranking de Xangai, como é
nos dias 23 e 24 de agosto no Centro de Convenções Amcham na cidade de São Paulo. conhecido, apresenta também a
Os principais formadores de opinião e tomadores de decisão do setor conferiram os classificação regional e nacional,
lançamentos de produtos nas áreas de química e defensivos agrícolas. Expositores e em que a Universidade apare-
patrocinadores destacaram o intercâmbio tecnológico e o ambiente favorável à geração ce no conjunto 134º a 162º, das
de oportunidades e negócios, que a Informex proporcionou. Américas, e 3º a 5º, no Brasil. Seu
No painel de conferências, destaque para palestra sobre as perspectivas para a in- critério principal é a quantidade de
dústria química nacional. Nesta apresentação, o diretor técnico de assuntos industriais e artigos publicados nos periódicos
regulatórios da Abiquim, Marcelo Kós Silveira Campos, adiantou que o consumo domés- indexados em bases internacionais
tico de produtos químicos saltará dos atuais US$ 145 bilhões para US$ 260 bi em 2020. no ano anterior. A Universidade
Para atender esta demanda interna e mais US$ 23 bi em exportações, o complexo quí- publicou 1.385 trabalhos em 2009,
mico industrial brasileiro terá que investir aproximadamente US$ 167 bi em novos proje- 174 a mais que 2008.
tos e mais US$ 32 bi em pesquisa e desenvolvimento (P&D) nos próximos dez anos. Além da produção aca-
Outro importante destaque do congresso foi a palestra de abertura, coordenada pelo dêmica, o ARWU é feito com
gerente de inovação da Braskem, Paulo Luiz de Andrade, que traçou o horizonte da base em mais três critérios: prê-
química verde no Brasil e no mundo. Em sua palestra, Andrade pontuou que as fontes mios Nobel (de Física, Química,
renováveis avançam como matérias-primas no setor. Medicina e Economia) ou Fields
Registro também para mais duas apresentações. A primeira, do coordenador de (Matemática)  de professores e
desenvolvimento da unidade de plásticos da Basf, Júlio Harada, que tratou dos inves- pesquisadores, e citações de ar-
timentos da indústria para a criação de novos biopolímeros e plásticos biodegradáveis, tigos; premiações de ex-alunos; e
que combinem rigidez e elasticidade. A segunda, do diretor da Biocycle, Robert Vianna o desempenho per capita, em que
Nonato, que abordou o desenvolvimento de polímeros a partir de fontes como cana- a pontuação da instituição é divi-
de-açúcar, óleo de soja e amido de milho. Segundo ele, os chamados plásticos verdes dida pelo número de docentes em
têm como grande nicho de mercado setores aonde é complicado separar o material período integral.
orgânico do inorgânico. Portal Unesp

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notícias

Nanotecnologia – estudo produzidos por pesquisadores da Indústria brasileira vai


da Embrapa figura entre Embrapa revela não só o reconhe- produzir vacina para a
os melhores do Journal of cimento da qualidade dos trabalhos esquistossomose
Food Science dos cientistas brasileiros, mas tam- O Brasil está pela primeira vez
Uma pesquisa na área de na- bém a relevância da Rede Brasileira numa posição inédita na área cien-
notecnologia desenvolvida pela de Nanotecnologia Aplicada ao tífica.  A vacina contra a esquistos-
pesquisadora Henriette Azeredo, Agronegócio, um projeto coordena- somose – primeira vacina brasileira
da Embrapa Agroindústria Tropical, do pelo pesquisador Luiz Henrique da história e também a primeira do
figura entre os dez mais relevan- Mattoso que envolve 90 pesquisa- mundo no combate a vermes - será
tes estudos da área publicados dores de 17 centros da Embrapa e produzida pela Ourofino, uma in-
no Journal of Food Science (EUA), de 15 universidades. “Os dois tra- dústria 100% nacional.  A doença,
entre os anos de 2008 e 2009, balhos considerados importantes também conhecida como barriga d’
segundo o portal da editora Wiley- estão ligados ao projeto da rede. água, atinge 200 milhões de pes-
Blackwell - um serviço on-line que Ambos têm a participação do co- soas em 74 países e causa 200 mil
fornece acesso a artigos em cerca ordenador da rede, Luiz Henrique mortes por ano.
de 1.500 revistas, além de livros e Mattoso. Isso mostra que a rede A Ourofino formalizou a com-
obras de referência importantes. está fazendo barulho”, afirma a pes- pra da Alvos Consultoria, empresa
O Journal of Food Science é quisadora Henriette Azeredo. de fomento que detinha a licença
uma publicação científica ligada ao A pesquisadora produziu filmes da tecnologia da Fiocruz desde
Institute of Food Technologists (IFT), comestíveis à base de polpa de 2005. “A Ourofino é uma empresa
sediado em Chicago (EUA), que manga adicionada de diferentes que acredita e investe na pesquisa
abrange várias áreas da Ciência e concentrações de nanofibras de nacional. Entendemos que o futuro
Tecnologia de Alimentos. celulose. Em seguida, analisou pro- está na prospecção da biotecnolo-
O artigo trata da pesquisa de- priedades mecânicas, de barreira e gia e no controle das doenças por
senvolvida por Henriette Azeredo térmicas dos filmes, e observou que meio da prevenção”, afirma o dire-
durante o pós-doutorado, realizado praticamente todas as proprieda- tor de Pesquisa e Inovação, Carlos
no Departamento de Agricultura dos des foram melhoradas pela adição Henrique.
Estados Unidos, em 2008. A pes- de nanofibras. A médica Miriam Tendler, pes-
quisadora estudou filmes comes- Segundo Henriette Azeredo, quisadora titular da Fiocruz e coorde-
tíveis à base de polpa de manga como ainda não se conhecem pos- nadora da equipe que desenvolveu
adicionada de diferentes concentra- síveis efeitos adversos que as na- a vacina contra a esquistossomose,
ções de nanofibras de celulose. O nofibras possam, eventualmente, está confiante na produção da vaci-
estudo mostrou que, com a adição ter sobre o organismo humano, a na pela Ourofino. “De nada adianta
das fibras muito pequenas de celu- aplicação da tecnologia ainda está tanto esforço se as pesquisas per-
lose, os filmes tornaram-se mais for- limitada. O próximo passo é a rea- manecerem dentro do laboratório.
tes, com melhor barreira à umidade lização de testes toxicológicos das A tecnologia gerada precisa chegar
e melhor estabilidade térmica nanofibras de celulose. Um projeto às populações a que se destina e
A Embrapa aparece ainda em recentemente aprovado pela pes- para isto precisamos de parceria in-
outro artigo da lista dos dez mais quisadora Morsyleide Rosa, tam- dustrial”, diz.
importantes em nanotecnologia do bém da Embrapa Agroindústria Foi no início dos anos 90 que
Journal of Food Science, segundo a Tropical, prevê a realização des- o grupo de pesquisadores da
Wiley-Blackwell. O artigo, que trata ses testes, o que deve contribuir Fiocruz descobriu a proteína SM
de propriedades de novos filmes para que a tecnologia seja utiliza- 14, um antígeno contra o verme
contendo nanopartículas de quito- da comercialmente em um futuro Schistossoma mansoni, causador
sana, foi produzido durante o dou- próximo. Os testes toxicológicos da esquistossomose. A substância
torado da autora, Márcia Moura, serão coordenados pelo pesquisa- foi um dos seis antígenos prioritá-
sob orientação do pesquisador Luiz dor Eraldo José Madureira Tavares rios selecionados pela Organização
Henrique Mattoso, da Embrapa (Embrapa Amazônia Oriental), que Mundial da Saúde (OMS). Isso
Instrumentação Agropecuária. também faz parte da Rede Brasileira porque a proteína descoberta por
Para Henriette Azeredo, a im- de Nanotecnologia Aplicada ao Mirian está em todos os helmintos
portância atribuída aos artigos Agronegócio. causadores da doença e a técnica

20 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


utilizada permite a produção de uma vacina mais segura e com
maior qualidade. Mais tarde, apenas duas vacinas se mostra-
ram promissoras, sendo a brasileira a mais abrangente e de
maior impacto.
Descobriu-se também, posteriormente, que a mesma prote-
ína SM 14 também serve na proteção contra a fasciolose hepá-
tica, doença que atinge 300 milhões de cabeças de bovinos e
ovinos no mundo e causa prejuízos superiores a três bilhões de
dólares por ano.
O grupo Ourofino, que atua há 23 anos no setor de saúde
animal, vai construir uma nova planta para a produção da vaci-
na contra a esquistossomose, que poderá estar disponível até
2015. Já a vacina contra a fasciolose hepática, que se encontra
em estágio mais avançado e poderá ser produzida no próprio
complexo da empresa, em Cravinhos-SP, deve chegar ao mer-
cado dentro de dois anos. 

Seja um patrocinador do Jantar ABC 2010


A Associação Brasileira de Cosmetologia promoverá no
dia 26 de novembro, a partir das 20h30, a mais importante
festa do setor cosmético, que conta com mais de 1.200 con-
vidados, no Clube Monte Líbano, em São Paulo. Para pre-
parar esse evento especial, a Associação busca empresas
parceiras que queiram ajudar com cotas de patrocínio.
Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail jorda-
na@abc-cosmetologia.org.br ou telefone (11) 5044-5466.

Incoterm amplia escopo de serviço com nova


acreditação do INMETRO
Com o reconhecimento do Instituto Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO),
a empresa Incoterm passa a ser o terceiro laboratório no
Brasil, único no RS, a realizar o procedimento de calibração
de densímetros.
O serviço foi acreditado pelo Inmetro depois de passar
por uma avaliação criteriosa do seu processo de cumpri-
mento de normas nacionais e internacionais, feita por equi-
pe do centro do país. Atualmente são feitas calibrações
em cerca de 200 densímetros ao mês, oriundos de todo o
Brasil. A previsão é de que, a partir de agora, essa marca
seja dobrada e a indústria obtenha um incremento no volu-
me de negócios de até 40%.
Segundo o gerente de qualidade, Pery Rocha Filho, os
auditores do INMETRO avaliaram todos os requisitos exigi-
dos para a acreditação, entre eles: o cumprimento da norma
da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), utili-
zação de equipamentos adequados, ambiente climatizado,
uso de Manual de Calibração e de Procedimentos, capaci-
tações técnicas dos colaboradores, entre outros itens que
garantem a qualidade dos serviços oferecidos à indústria
petroquímica, farmacêutica, de bebidas e outras.

Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 21


notícias

Notícias da Química I em 2001, o prêmio tem o objetivo Serão consideradas as seguin-


Tomou posse no dia 2 de agosto de promover a inovação e o aumen- tes linhas temáticas: elaboração de
a nova diretoria da ABEQ, eleita para to da competitividade do setor quí- materiais destinados a atividades
o biênio 2010-2012. A apuração dos mico no País. Informações: www. de divulgação científica e tecnológi-
votos ocorreu durante Assembléia abiquim.org.br/premiotecnologia ca; promoção de eventos, cursos,
Geral Extraordinária, no dia 1 de ju- ABEQ oficinas; produção de conteúdos
lho, na sede da Associação, em São destinados aos diferentes meios de
Paulo (SP). O novo diretor presiden- Notícias da Química III comunicação; produção de livros,
te da ABEQ é o engenheiro químico O CNPq - Conselho Nacional softwares, vídeos; entre outros.
Dr. Edson Bouer. de Desenvolvimento Científico As propostas aprovadas se-
ABEQ e Tecnológico, abriu as inscri- rão financiadas com recursos da
ções para o edital 48/2010 – ordem de R$ 2 milhões, oriundos
Notícias da Química II Divulgação Científica para o Ano do FNDCT - Ação Transversal. O
Empresas, pesquisadores e em- Internacional da Química. As pro- proponente deve ser professor e
presas nascentes que tenham de- postas podem ser submetidas especialista com formação supe-
senvolvido projetos ou casos de ino- até 5 de outubro. O objetivo é rior na área de química ou afins,
vação tecnológica na área química apoiar projetos de popularização além de ter seu currículo cadas-
podem se inscrever para o Prêmio da química junto à sociedade trado na Plataforma Lattes e vín-
Abiquim de Tecnologia 2010. brasileira, seja em universida- culo formal com a instituição de
Os vencedores serão anuncia- des, instituições de pesquisa, execução do projeto.
dos durante o Encontro Anual da museus, centros de ciência, pla- Informações:
Indústria Química, que será realiza- netários, fundações, entidades e www.cnpq.br/editais/ct/2010/048.htm
do no dia 10 de dezembro. Criado sociedades científicas. ABEQ

Trabalho comprova maior sensibilidade de Uma nova forma para a realização do diagnóstico de leishmaniose
método para detecção da leishmaniose visceral em crianças foi alvo de estudo desenvolvido pelo Instituto
Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). A iniciativa, realizada em parceria com a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, analisou
amostras de sangue periférico para confirmar a infecção por meio da técnica molecular de reação em cadeia de polimerase
(PCR, na sigla em inglês), baseada na identificação da presença de material genético do parasito. Mais sensível do que os
métodos tradicionais, a PCR detectou o DNA do parasito causador da doença em 95,6% das amostras analisadas e confir-
mou o diagnóstico em seis crianças que tiveram resultados negativos por outras técnicas convencionais (como a microscopia
direta, cultura e sorologia).
“A leishmaniose visceral é a forma mais grave entre as leishmanioses e os sintomas podem ser confundidos com outras
doenças, por isso a importância da confirmação do diagnóstico. Já é sabido que a técnica de PCR tem sensibilidade mais alta,
mas o que estamos mostrando é a possibilidade da utilização de uma técnica não invasiva para uma população muito atingida,
no caso a população infantil”, explica Claude Pirmez, pesquisadora do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas Médicas do
IOC e atual vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocruz. Durante o estudo, foram analisadas amos-
tras de 45 pacientes internados entre maio de 2008 e março de 2009 para tratamento da doença.
Segundo Claude, não só aspectos como a maior sensibilidade e menor invasividade tornam o PCR uma boa solução.
“Além disso, o PCR é uma técnica rápida de fácil execução, que diminui o tempo de diagnóstico e possibilita o tratamento
precoce, fazendo com que as chances do paciente se recuperar aumentem e as taxas de morbidade e mortalidade diminu-
am”, avalia a coordenadora do estudo.
A pesquisadora ainda chama atenção para outros fatores positivos da utilização da técnica. “Existe um mito de que o diag-
nóstico molecular é um diagnóstico caro. Hoje em dia, a realização dessa técnica tornou-se uma rotina na maioria absoluta
dos laboratórios, e os insumos tornaram-se muito mais accessíveis. Além disso, por causa da alta sensibilidade, o resultado é
obtido muito mais rapidamente e é possível utilizar sangue periférico em vez de punção de medula óssea, uma técnica invasiva
para uma criança já debilitada”, esclarece.
A validação do método na rotina do dia-a-dia é o próximo desafio dos pesquisadores. O estudo foi publicado na revista
Memórias do Instituto Oswaldo Cruz.
Agência Fiocruz de Notícias

22 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 23
c a pa

Transformando e Gerando
Oportunidades*
De maneira ativa, a PerkinElmer vem
aprimorando a saúde e o bem-estar das
pessoas e do meio ambiente para um presente
mais saudável e um futuro ainda melhor

C onsolidação e transforma-
ção são palavras-chave que
refletem o atual momento
da PerkinElmer na sua missão de
melhorar a saúde e segurança das
pessoas e do meio ambiente ba-
seada em sua nova marca For The
Better. A consolidação também
está presente no que se refere às
diversas mudanças e investimen-
tos realizados nos últimos dois
anos a fim de atender de forma
completa as necessidades dos
clientes. Simultaneamente a isso,
a empresa está em constante
transformação de seus conceitos
e práticas de acordo com as ten-
dências e demandas de mercado,
o que a torna uma empresa de
vanguarda. “A empresa entende a
importância de firmar as ações já
iniciadas, mas não deixa de acom-
panhar a evolução do mundo em
que vivemos. As transformações
são necessárias para gerar mais
oportunidades.”, ressalta a Direto-
ra Presidente para América Latina,
Denise Schwartz.
Nos últimos dois anos a empre-
sa remodelou as áreas de serviços
e vendas. A assistência técnica re-
cebeu novas bases nas capitais do
Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul,
Segurança e proteção dos produtos Bahia, Minas Gerais e São Paulo,
para o consumidor estão entre as
prioridades da PerkinElmer aumentando significativamente seu
quadro de funcionários e investindo
Fotos: Divulgação

26 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


em um forte programa de treina- parcerias com grupos regulamen- de seus profissionais, a empresa
mentos internacionais. Como con- tadores, colabora com organiza- identifica e previne os efeitos cola-
sequência, conta com profissionais ções internacionais como a Water terais de medicamentos, garantin-
mais especializados, além de mais Environment Federation e fornece do a qualidade dos alimentos para
agilidade no atendimento aos clien- soluções especializadas para as consumo, além de características
tes. “Tudo isto contribuiu para uma aplicações. No que se refere a como frescor, sabor, textura e con-
melhora significativa nos nossos energia renovável, a empresa con- teúdo nutricional. As metodolo-
indicadores de qualidade incluindo tribui para o desenvolvimento de gias analíticas desenvolvidas pela
tempo de atendimento e de resolu- fontes de novas energias tais como PerkinElmer são transferíveis ao
ção de problemas”, pontua Denise. biocombustíveis e painéis solares, longo de toda a cadeia de for-
Ao mesmo tempo, grandes esforços fornecendo instrumentação e me- necimento, assim os clientes se
foram direcionados para uma ampla todologias personalizadas. mantêm atualizados com as re-
e completa cobertura de território, gulamentações e certificações in-
através de uma atuação mais dire- Segurança & Proteção dustriais e internacionais.
ta do time de vendas. Sempre an- A globalização da cadeia de
tenada às evoluções, a PerkinElmer fornecimento causou um aumen- Indústria
investiu no desenvolvimento da área to significativo no número de pro- A PerkinElmer acompanha a
de marketing que passou a atuar de dutos importados e exportados evolução e fornece suporte ao
forma intensa através de estratégias globalmente, despertando uma crescimento industrial através de
e planos, identificando grupos de preocupação em termos de se- uma ampla gama de aplicações
clientes em potencial com objetivos gurança e proteção dos produtos para monitoramento pró-ativo,
de alcançar e conquistar nichos es- para o consumidor. A PerkinElmer prevenção de problemas e contro-
pecíficos de mercado, além de con- oferece várias soluções que de- le de qualidade e processos. De-
tribuir para uma maior produtividade tectam a presença de materiais nise Schwartz explica como isso
e efetividade em vendas. potencialmente nocivos, incluindo é viabilizado: “Nós estabelecemos
O alinhamento das ações de chumbo e ftalatos em brinquedos parcerias com as marcas mais res-
marketing da corporação com para garantir a segurança do uso peitadas do mundo dentro de in-
segmentos de mercado resultou ou consumo humano. Por meio dústrias químicas, petroquímicas,
na formatação das áreas-chave da aplicação do conhecimento mineradoras, siderúrgicas, entre
na empresa: Meio Ambiente, Se-
gurança & Proteção e Indústria.

Meio Ambiente
A área de meio ambiente está
atualmente focada em testes am-
bientais e desenvolvimento de
energia renovável. As soluções
ambientais PerkinElmer foram de-
senvolvidas para todos se mante-
rem seguros no trabalho e em casa
todos os dias. “Nossos recursos
são usadas para a determinação
de chumbo e arsênio em fontes
de água potável, bem como no
monitoramento de precursores de
ozônio que indicam a qualidade
do ar que respiramos”, exemplifica
a Diretora. A PerkinElmer realiza

Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 27


c a pa

ção de marcas, mobilização da completos com o recurso de um


população; único equipamento, alcançando
• inovação global em ciência de uma maior efetividade nos seus
materiais: necessidade de no- laboratórios.
vos materiais, necessidades de Prover tecnologias únicas com
energia solar e eólica, desen- diferenciais de valor para seus
volvimentos na área farmacêu- clientes vem sendo outra forma de
tica, proteção de marcas; se tornar relevante no mercado.
• diversificação do portfólio de Os lançamentos de produtos de
energia: instabilidade dos pre- Espectrometria de Massas aco-
ços de combustíveis, aqueci- plados a técnicas cromatográficas
mento global, necessidade de e espectrofotométricas são bons
combustíveis limpos; exemplos disto. A célula universal
• pressões e custos nos labo- do novo ICP-MS NexION permite a
ratórios: necessidades de re- escolha da técnica mais adequada
dução de custos e aceleração para as amostras e aplicações, pois
de retorno sobre investimen- oferece num único equipamento a
tos (ROI). simplicidade da célula de colisão
Além de questões e preocu- e também a excepcional sensibili-
pações globais, a empresa se dade de uma verdadeira célula de
questiona em “como ser relevan- reação. Ampla faixa de massas, in-
Denise Schwartz, Diretora Presidente para
América Latina, destaca novas bases de te para os clientes e mercados terfaces UltraSpray (ESI) e Ultras-
assistência técnica fundamentais para em que atua”. E, como respostas, pray 2TM (ESI duplo), tecnologia
melhora de índices de qualidade
surgem estratégias em termos de
produtividade, efetividade, dife-
renciação e valores.
outras, mantendo suas máquinas
funcionando de forma eficiente e Tecnologia e produtividade
com baixo custo”. A crescente necessidade de
A partir de todas essas ações, produtos e soluções cada vez
observa-se claramente que o mais produtivos vem sendo soma-
foco da empresa está relaciona- da à demanda de efetividade, ou
do a questões e preocupações seja, alcançar maiores e melhores
globais, que direcionam os in- resultados com recursos cada vez
vestimentos e decisões de seu mais escassos. Exemplos podem
portfólio. Dentre estas questões ser vistos nos mais recentes lan-
globais, destacam-se: çamentos de produtos e soluções
• aumento da preocupação am- da PerkinElmer. A nova família
biental: regulamentações, de- de cromatógrafos a gás Clarus
manda para novas fontes de PerkinElmer, lançada este ano na
água, necessidade de infraes- Pittcon, apresenta inúmeras ca-
trutura em países emergentes; racterísticas de produtividade: au-
• globalização da cadeia de for- toamostradores com maior capa-
necimento: aumento da preo- cidade e sistema de pré-lavagem
cupação com o risco à saúde, da seringa, sistemas rápidos de
regulamentações para segu- resfriamento de forno e injetores,
rança dos alimentos e produtos entre outras. Tudo isto permite ao
para consumo humano, prote- cliente obter resultados rápidos e

28 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


CID - Collision Induced Dissocia- nos seus diversos estágios de de-
tion, são características do novo senvolvimento.
LCMS Flexar SQ300 possibilitan- Nesta nova era, a PerkinElmer
do maior flexibilidade em análises se preocupa em desenvolver, con-
confirmatórias com o compromis- solidar e compartilhar conheci-
so inigualável da robustez, veloci- mentos através da integração de
dade e sensibilidade. seus diversos produtos, serviços e
Produtividade e diferenciação soluções tecnológicas, estabele-
são também obtidas através de cendo parcerias com seus clientes
investimentos da empresa nas e alcançando uma diferenciação
áreas de Consumíveis e Serviços. no mercado que agregue valor às
“Nós entendemos o quanto os questões globais.
itens consumíveis são essenciais
*Com a colaboração de Denise Schwartz,
para as operações de laboratório
Diretora Presidente; Deolinda Martins,
e estamos comprometidos com Gerente de Marketing; e Natalia Ronchi,
a entrega dentro do prazo, com Coordenadora de Marketing
qualidade superior e com desem-
penho confiável”, destaca Denise.
Além disto, como forma de solu- PerkinElmer
ção às demandas de controle de Fone: (11) 3868-6200
custos e otimização de produtivi- www.perkinelmer.com.br
dade dos laboratórios, a PerkinEl-
mer desenvolveu o OneSource,
com capacidade de atendimento
a equipamentos de outras marcas,
completa relocação e serviços de
gerenciamento de ativos.
Além de a empresa contar com
um portfólio completo de produ-
tos com capacidades em automa-
ção, detecção, imagem, software,
reagentes e ferramentas analíti-
cas, sua política centrada nas ne-
cessidades dos clientes somada
à constante preocupação com a
evolução dos mercados, vêm le-
vando ao longo dos anos a uma
transformação no modelo de ne-
gócios, que vai desde o simples
fornecedor de produtos tecnoló-
gicos do passado, passando pelo
provedor de soluções produto/
software/serviço integradas e, al-
cançando as aplicações destas
soluções integradas na forma de
conhecimento, o que proporciona
um valor agregado e diferenciado
nas relações com seus clientes

Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 29


p erfil
E m p r esari al

PRODUTOS HERAEUS
ESPECIFICIDADE PARA EXTENSA
GAMA DE APLICAÇÕES

U
ma infinidade de aplicações. Assim Nesses quase 160 anos de constante
a Heraeus Sensor Technology de- desenvolvimento, constituiu-se a Heraeus
fine a utilidade de seus produtos, Holding, baseada em cinco áreas: WC He-
distribuídos no país desde abril de 2009. raeus, Heraeus Electro-Nite, Heraeus Kul-
Produtos em vidro de quartzo para apli- zer, Heraeus QuarzGlas e Heraeus Noble-
cações especiais e fontes de luzes ultra- light (ver box). Por aqui, a empresa já está
violeta (UV) e infravermelha (IR) são as presente há mais de 30 anos com a divi-
novidades da multinacional alemã que, são Electro-Nite, fabricante de sensores
desde 1851, atua em diversos continen- de temperatura de alta precisão. Afora as
tes por meio de suas divisões. divisões QuarzGlas e Noblelight, todas as
demais possuem seus escritórios ou fábri-
cas no país. Dessa forma, está a cargo da
Sensor Technology a distribuição dos pro-
dutos dessas áreas, que são responsáveis
pelos vidros de quartzo especiais e fontes
de luzes ultravioleta e infravermelha, res-
pectivamente, com uma representação
Fotos: Divulgação

exclusiva da QuarzGlas e subsidiada para


distribuição da Noblelight.
Atendendo, principalmente, os mer-
cados siderúrgico, automotivo, semicon-
dutores, eletrônicos, odontológico, quí-
mico, farmacêutico e médico, a Heraeus
Sensor Technology pretende com esses
novos produtos ampliar sua atuação, já
que há uma diversidade imensa de apli-
cações para eles acontecendo no merca-
do mundial. “Aplicações com vidros es-
peciais que podem ser temperados com
altas temperaturas (600°C até 1300°C);
aplicações ópticas; espaciais; laborato-
riais; prismas diferenciados para labora-
tórios analíticos; visores, tubos, lingotes,
tarugos, placas, lãs e discos sinteriza-
dos; formas geométricas customizadas
(bidestiladores, cadinho, cápsula, cubeta
e reatores); opacos ou transparentes”,
enumera algumas das utilizações do vi-
Vidros de quartzo alcançam temperaturas de até 1300ºC: ideais dro de quartzo o Engenheiro de Aplica-
para necessidades específicas dos laboratórios ção da empresa, Ricardo Gama. Já as

32 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


luzes especiais podem ser utilizadas para
cura ou secagem de pinturas em geral,
tratamento de água (tecnologia já utiliza-
da com frequência na Europa em que a
lâmpada de ultravioleta na água elimina
as bactérias), aplicações médicas como
a cura de icterícia, entre outras. Para as
luzes UV, especificamente, ainda podem
ser fabricadas lâmpadas de baixa, média
e alta pressão, sistemas e cassetes; os
produtos para IR são aquecedores, lâm-
padas de ondas curtas, médias e altas,
sistemas e cassetes.

Organizando o mercado
“O nosso foco é ajudar o mercado
latino-americano a se organizar. No Brasil
não temos empresas trabalhando nessa
área com a mesma tecnologia de ponta
utilizada pela Heraeus. Hoje vemos um
mercado carente “, opina Gama, sobre a
situação geral da área. Para o engenheiro,
a entrada dos novos produtos por meio da Tratamento de água e pintura estão entre as aplicações de UV
Heraeus Sensor Technology evitará que o
mercado continue a comprar esses produ-
tos no exterior, esbarrando em empecilhos
como barreiras de idioma, alfandegárias e Assim como foi com as demais divi-
comerciais. “Estamos trazendo o melhor sões da empresa quando iniciaram suas
produto, alta qualidade, preço interessan- atividades no país, Ricardo Gama prevê
te e apoio técnico para o desenvolvimento que as expectativas nas áreas QuarzGlas
do parque nacional”, reforça. e Noblelight seguirão o mesmo rumo,
antecipando o que acontecerá com a
empresa nos próximos dez anos: “A ex-
pectativa é se solidificar como as outras
Quem é a Heraeus Holding
divisões, acompanhando o crescimento
econômico do país e ajudando com esse
WC Hearaeus
tipo de tecnologia no desenvolvimento
Produtos feitos de metais preciosos
do Brasil, pois já temos percebido nesse
Heraeus Electro-Nite
pouco mais de um ano de atuação com
Sensores de temperatura de alta precisão
essas linhas a expansão de serviços e
Heraeus Kulzer volumes de vendas”, comemora.
Produtos odontológicos, resinas sintéticas
Heraeus QuarzGlas
Vidros especiais, em quartzo para
aplicações especiais
Heraeus Noblelight Heraeus Sensor Technology
Fontes de luzes infravermelhas e (11) 4070-5922
ultravioletas especiais Info-hstbr@heraeus.com
www.heraeus-sensor-technology.com.br

Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 33


p erfil
E m p r esari al

34 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


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em foco

Roupas técnicas e EPIs

A Cotebras atua na fabricação de roupas técnicas para uso em salas limpas, ambientes controlados, viro-
logia, microbiologia, farmácia e indústria em geral.
Entre suas linhas de produtos estão: roupas com carbono para sala limpa ISO 6; uniformes em geral
(aventais, macacão, propé); limpeza-toalhas de alta absorção; capa de vassoura para sala limpa; embalagens
em SMS (material com barreira bacteriana % BFE), baixo desprendimento
de partículas; equipamentos de proteção individual, sapatos com barreira Saiba Mais
aos efeitos da ESD, touca para uso em ambientes com alto índice de con- (11) 5667-2979
taminação por hormônio, óculos, luvas, máscaras respiratórias, botas em cotebras@cotebrasbrasil.com.br
PVC; entre outros.

Workshop: Polimorfismo e nanofármacos - oportunidades,


tendências e desafios na indústria farmacêutica

A empresa NanoBusiness®, associada a labo- NanoBusiness, juntamente com a PUC-Rio, está


ratórios de P&D e consultores técnicos especiali- organizando o workshop sobre “Polimorfismo e
zados, lança no mercado o e-Diffraction Pharma nanofármacos: oportunidades, tendências e de-
(www.e-diffraction.com). Graças a um modelo safios na indústria farmacêutica” que será reali-
inovador de prestação de serviços, o e-Diffrac- zado no dia 08/10/2010 no Espaço Amex (Prédio
tion Pharma permite que os fabricantes de fár- IAG / PUC-Rio).
macos e medicamentos atendam com agilidade O evento contará com a presença de pales-
as exigências da Agência Nacional de Vigilância trantes renomados da Unicamp, Fiocruz, INPI,
Sanitária (Anvisa) relacionadas aos testes de de- UFABC, Panalytical, DEMa/PUC-Rio e Ceprocor
terminação e caracterização de polimorfismo. (Argentina), além do Reitor da PUC-Rio Padre
A legislação brasileira vem seguindo as di- Josafá Carlos Siqueira, S.J. realizando a abertu-
retrizes e tendências internacionais no que diz ra do encontro. O público-alvo são estudantes
respeito ao controle de polimorfismo em todo de engenharia de materiais, engenharia química,
o processo de fabricação e utilização de fárma- engenharia em nanotecnologia, farmácia, quími-
cos sólidos. A Anvisa determina que ao registrar ca, direito, medicina, biologia além de profissio-
insumos farmacêuticos ativos e medicamentos nais da indústria farmacêutica.
novos, genéricos e similares, é necessário de- As inscrições são gratuitas e podem ser feitas
clarar se os fármacos utilizados estão sujeitos pelo e-mail workshop@nanobusiness.com.br.
a polimorfismo. No caso de fármacos sujeitos As vagas são limitadas. Mais informações em
a polimorfismo, os fabricantes devem fornecer www.nanobusiness.com.br
informações sobre o método analítico adotado
e apresentar os resultados dos testes de determi-
nação dos prováveis polimorfos.
Com os objetivos de disseminar a temática
na sociedade e, em particular, na indústria far-
macêutica; apresentar soluções para a indús-
tria farmacêutica para os desafios impostos pe-
las tendências da legislação, do mercado e das
questões patentárias; reduzir a barreira técnica
percebida por profissionais da indústria farma-
cêutica na técnica de difração de raios-X e ou- Saiba Mais
tras técnicas correlatas; e apresentar as oportu- (21) 3527-1242
nidades de trabalho e carreira para os atuais e contato@e-diffraction.com
futuros profissionais da indústria farmacêutica, a workshop@nanobusiness.com.br

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Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 37
em foco

Spectra Instrumentos Analíticos:  análises de TOC em bancada ou em linha

Desde 1996, a Spectra representa com exclusivi- águas PW, WFI e Validação de Limpeza. Seu princí-
dade os analisadores de TOC da consagrada marca pio de oxidação é por UV utilizando a detecção por
Sievers da GE Analytical Instruments para indústrias condutividade com membrana permeável a CO2,
farmacêuticas em todo o território nacional. tornando-o imune aos interferentes halogenados.
Sua robusta linha Sievers 900 nas versões portá- Não utilizam linhas de gases e sua calibração é rea-
til, de bancada e em linha, possui faixa de leituras lizada a cada 12 meses.
de TOC de 0,03 ppb a 50 ppm sendo indicado para O recente modelo 500RL foi projetado para fun-
cionar em linha nos sistemas de geração de água.
Possui faixa de leituras de TOC de 0,03 ppb  a 2,5
ppm tornando-o ideal para águas PW e WFI. É com-
patível com amostras de condutividade de 0,01 a
35 µS/cm. Não utiliza reagentes e possui comunica-
ção via Ethernet, USB e 4-20 mA.
As linhas Sievers 900 e 500RL utilizam os Proto-
colos de IQ/OQ/PQ e foram projetadas para atender
aos requisitos da 21 CFR Part 11.
Atuando no mercado de instrumentos analíticos
há mais de 15 anos, a equipe da Spectra valoriza os
princípios de credibilidade técnica e profissional.
Spectra é o canal da GE Analytical Instruments para
indústrias farmacêuticas em todo o território nacional

Saiba Mais
(21) 2437-0106 / (11) 3020-9007
vendas@spectraonline.com.br

Conceito GWP® da Mettler Toledo: método gerencia riscos


em instrumentos de pesagem e controle da qualidade

Baseada em princípios científicos, a Mettler Toledo desenvolveu uma metodologia para a análise de riscos
nos processos de pesagem  que abrange todo o ciclo de vida da balança. Única no mercado, a ferramenta
denominada Good Weighing Practice® (Boas Práticas de Pesagem) faz um mapeamento completo sobre a
aplicação do instrumento, os riscos específicos daquele instrumento ao processo de indústrias (farmacêuticas,
químicas e petroquímicas e aromas, por exemplo) e a correlação com a tolerância do processo.
Com esse levantamento, além de analisar se a balança está em conformidade com todos os requisitos
da qualidade, em alguns casos identifica-se a necessidade de troca por balanças de 0,00001 µg. Também é
possível verificar recomendações para testes mais efetivos e para a verificação periódica, a fim de determinar
a periodicidade da calibração.
Aplicável a todos os setores da indústria, o método contempla, entre outros pontos, redução de custos na
contratação de serviços de calibração e na demanda por tempo de mão de obra, já que o funcionário respon-
sável pela manutenção não precisará gastar horas para checar todas as balanças da fábrica.
O programa passa por cinco estágios do ciclo de vida de uma balança, iniciando com uma avaliação com-
pleta das características do processo de pesagem como: riscos e impacto no processo, regulamentações ou
normas relevantes. A partir deste levantamento, o programa fornece ao usuário
uma recomendação específica e individual para cada balança com informações
sobre o peso mínimo, testes necessários para verificações periódicas, periodi- Saiba Mais
cidade de verificações e calibrações, pesos padrão necessários e tolerâncias de (11) 4166-7400
controle para cada teste. daniela.soares@mt.com

38 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


em foco

Como a automatização de
procedimentos pode melhorar o
desempenho do laboratório

Há mais de 20 anos a LEAPTEC fabrica


equipamentos automatizados para prepara-
ção de amostras para GC e LC usando as
plataformas PAL/CTC.
Alguns dos procedimentos que podem
ser automatizados são:
Filtração de amostras para HPLC em li- Empresa propõe automação para suprir
nha, com substituição dos filtros de seringa; necessidades de qualquer laboratório
Preparação de amostras semissólidas (geles, pastas, cremes, cosmé-
ticos, alimentos) com realização de diluições gravimétricas, ressuspensão, filtração etc.;
Automatização de procedimentos de pesagem para diluições precisas, adição de reagentes e/ou padrões
internos ou simplesmente para acelerar a pesagem de amostras;
Injeção e coleta de frações para isolamento e purificação de compostos em amostras complexas.
Muitos outros procedimentos podem ser automatizados com os sistemas customizados da LEAPTEC, fa-
zendo com que o laboratório se torne mais produtivo.
A Penta Analytical acaba de formalizar uma parceria com a LEAPTEC, tor-
nando-se sua representante oficial no Brasil, estando apta a oferecer suporte Saiba Mais
técnico para a definição da melhor configuração do sistema para laborató- (11) 5181-5555
rios, e prestar assistência técnica aos produtos novos e aos já instalados. vendas@pentanalytical.com.br

Pipetman M: resultados mais exatos e


precisos aliado ao total conforto

A Analitica traz ao
Brasil o novo lançamen-
to da Gilson, líder mun-
dial em micropipetas: a Pipetman M, com a tradicional
confiabilidade e robustez da marca aliada ao conforto.
Com a Pipetman M é possível conduzir os trabalhos de
forma simples, fácil e rápida com os benefícios de um
equipamento de operação eletrônica.
Traz funções extras como modo repetitivo e de mistura,
permite ajuste da velocidade de aspiração e dispensa para
facilitar o trabalho com líquidos de naturezas diversas.
Para que o usuário tenha sempre uma pipeta pronta
pode ser carregada durante o uso ou ser descansada em
um suporte carregador. Além disso, sua bateria, das mais
modernas na atualidade, carrega 80% de sua capacidade em
uma hora. A Pipetman M é
a perfeita união entre avan-
Saiba Mais
ço e simplicidade. Informa-
ções adicionais estão em (11) 2162-8080
Moderna bateria carrega 80% de sua
capacidade em apenas uma hora www.analiticaweb.com.br analitica@novanalitica.com.br

40 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 41
em foco

A Gehaka apresenta A Gehaka, empresa com 54 ocupar pouco espaço de bancada.


a sua nova linha de anos de tradição no mercado na- O modelo PG 2000 ainda pos-
cional, apresenta a sua nova linha sui display com backlight, propor-
pHmetros de bancada
de pHmetros de bancada deno- cionando melhor visibilidade em
minada Linha PG. ambientes com pouca luminosida-
Os novos pHmetros de ban- de e saída Serial que atende aos
cada microprocessados Gehaka mais altos níveis de GLP (Boas
possuem design moderno, mais Práticas de Laboratório), emitin-
ergonômicos e ocupam menos do relatórios de calibração e das
espaço na bancada. São equipa- medidas com data e hora e garan-
mentos de fácil utilização e ideais tindo rastreabilidade das leituras
para uso em laboratório. geradas e impressas.
O display LCD permite uma fá- Os novos pHmetros Gehaka
cil leitura dos textos em português são os únicos fornecidos com
que auxiliam de forma interativa sensor de temperatura, suporte de
o usuário a operar o instrumento. eletrodos pantográfico e eletrodo
Dispõem de novas funções como: para soluções.
HOLD, que congela a leitura no
display; Check de Eletrodo, testa
o estado do eletrodo emitindo um
relatório completo e Seleção en-
tre uma e três decimais na leitura
de pH, garantindo total confiabili-
dade e precisão na medida.
O pantógrafo agora pode ser
montado à direita ou à esquerda Saiba Mais
Os medidores de pH de
facilitando a utilização para usuá- (11) 2165-1138
bancada PG 2000 e PG 1800,
respectivamente rios destros e canhotos, alem de marketing@gehaka.com.br

Projeto Farmacuba / Quimefa

As empresas Pharmaster, SVS e TPRO que compõe o CTFR – Consórcio Técnicas Farmacêuticas Reunidas deram, no mês
de julho, início a um projeto que terá grande repercussão no mercado nacional e internacional. Trata-se de uma nova planta
de fabricação de SPGV e CHD localizada em Havana, Cuba.
Esta planta contará com duas linhas de fabricação de SPGV e uma linha semiautomática de produção de CHD (concentrado para
hemodiálise). Os trabalhos de engenharia serão realizados em parceria entre CTFR e CIIQ - companhia cubana de engenharia.
Os equipamentos e materiais serão adquiridos em sua grande maioria de fornecedores com fabricação nacional,
aproveitando a linha de crédito criada junto ao BNDES, especificamente para este fim.
A montagem e validação total da planta ficarão a cargo do CTFR. Esta fábrica está sendo construída atendendo
aos padrões da farmacopeia cubana, que é bastante similar a farmacopeia europeia e destina-se a atender o mercado
interno de Cuba.
Está prevista a utilização dos mais modernos métodos de produção de SPGV como:
•Sistema totalmente fechado;
•Máquina de fabricação integrada de bolsas e envase;
•Sistema de filtração esterilizante;
•Esterilização final;
•Linha de embalagem automática.
No projeto estão contempladas também todas as utilidades necessárias para a fábrica Saiba Mais
como: Clean utilities; Black utilities; HVAC; Arquitetura; Vestiários; Almoxarifado de maté- (11) 3224-6868
ria-prima, material de embalagem, produto acabado. pharmaster@pharmaster.com.br

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Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 43
em foco

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em foco

A alphaCenter lança as colunas da ZirChrom no mercado brasileiro

A alphaCenter, empresa resultado desta configuração original é uma partícula


brasileira representante das com pH superior (1-14) e estabilidade térmica (até
marcas GL Sciences, Fortis 200ºC). Além disso, essa estrutura permite uma quí-
Technologies, LabHut, Cro- mica de superfície singular. Entre as aplicações, en-
nus e com diversas soluções contramos análises de DNA, RNA, carboidratos, pes-
multimarcas traz para o país a marca ZirChrom. ticidas, amostras ambientais, clínicas e farmacêuticas
A empresa ZirChrom Separations Inc. foi formada com um excelente rendimento e custo por análise.
em 1995 em Anoka, Minnesota (EUA) e conta com
uma linha completa para cromatografia com colunas
baseadas em zircônia para aplicações de UPLC/UH-
PLC, LC/MS, entre outros. Saiba Mais
A estrutura básica cristalina da zircônia lhe em- (11) 2122-0206
presta inigualável estabilidade química e térmica. O vendas@alphacenter.com.br

A Katálysis lança no Brasil o LimsLink - Pro Regulador para cilindro de


da Labtronics amostragem: VMG 100 VC da
Valmig
A Katálysis Instrumentação Científica - empresa na área de serviços,
treinamentos de instrumentos da HP/Agilent, automação laboratorial Os profissionais
(LIMS, etc), fornecedora de espectrômetros de massas e equipamentos da área de seguran-
para cromatografia gasosa multidimensional (GCxGC) apresenta o sof- ça ocupacional e
tware para integração de equipamentos com sistemas corporativos (SAP e meio ambiente po-
qualquer ERP, LIS, LIMS, ELN e SDMS): O LimsLink Pro da Labtronics. dem encontrar agora
A Labtronics é uma empresa canadense líder absoluta na integração no mercado, o novo
de instrumentos com sistemas corporativos e que conta com 15 anos de regulador VMG 1000
experiência. Na compra de licenças do LimsLink Pro a Labtronics oferece VC, fornecido pela
uma licença gratuita do software Nexxis SDMS para o gerenciamento de Valmig. Este regu-
dados de diversos instrumentos. Além disso, as soluções são 21 CFR Part 11 lador é ideal para
Full Compliant e atendem as normas da ANVISA - RDC 17/2010. A Katály- a calibração de de-
sis representa a empresa e suas soluções tectores para gases,
desde 2006 e conta com técnicos treina- Saiba Mais portáteis ou fixos.
dos e certificados pela Labtronics para (11) 2122-0206 De fácil manu-
atender todo o mercado nacional. sac@katalysiscientifica.com.br seio, garante signi- Regulador VMG 1000
ficativa economia VC em um cilindro
no consumo de gás descartável
com vazão constante, sendo as mais usadas
0,3 l/min e 0,5 l/min.
Sua aplicação principal é em cilindros
descartáveis para gás inerte ou corrosivo,
pois apresenta corpo e capa inox.

Saiba Mais
(19) 3865-8603
valmig@valmig.com.br

46 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 47
em foco

White Martins oferece laboratório móvel para análise de gases industriais

A White Martins oferece, com exclusividade no mercado brasileiro de gases, um laboratório móvel, to-
talmente equipado, para fazer amostragem e análises de gases de chaminés e fornos, emissões gasosas para
controle ambiental e análises ligadas a aspectos de segurança e saúde ocupacional. O White Lab presta ser-
viços de consultoria técnica com maior praticidade e comodidade para clientes dos mais diversos segmentos
da indústria.
O trabalho é realizado por equipe com larga experiência e qualificação técnica específica para esse tipo
de consultoria. A rapidez na obtenção dos relatórios de análises permite fazer os ajustes no processo com o
suporte da White Martins no local.
A área de atendimento do laboratório abrange todas as regiões brasileiras e a análise pode ser feita no
mesmo dia em que foi solicitada ou em até três dias, dependendo da localização da empresa. São oferecidos
serviços como análises cromatográficas de componentes em corren-
Saiba Mais
tes gasosas, análises de compostos orgânicos em atmosferas ambien-
tais, monitoramento de efluentes gasosos em chaminés e calibração 0800-7099000
de equipamentos de medição e ensaio. atendimento@sac.whitemartins.com.br

Nova Família GC CLARUS X80 PerkinElmer

Com a tradição e pioneirismo Atualmente, o equipamento bandeja dos frascos. Possui tam-
de mais de 50 anos na fabricação com maior velocidade de resfria- bém capacidade para a utilização
e fornecimento de soluções ex- mento do mercado, o GC Clarus, do revolucionário sistema “SWA-
clusivas e especiais em Cromato- mantém os principais benefí- FER D and S” onde, num único
grafia Gasosa aliada à filosofia da cios já conhecidos anteriormente dispositivo, oferece 13 funções
sustentabilidade e responsabilida- como economia de gás por não diferentes de programação, for-
de social “For the Better”, a Perki- necessitar da compensação de necendo maior comodidade para
nElmer lança sua nova família de “make-up” em seus principais direcionamento dos fluxos do gás
Cromatógrafos Gasosos CLARUS detectores; eficiência, robustez de arraste e aumento considerável
X80, trazendo maiores desempe- superior e economia alcançada do tempo de vida útil das partes
nho e sensibilidade, inovação e, através de injetores com sistema principais do instrumento com
principalmente, melhor relação independente de resfriamento, sistema de “backflush” de limpe-
de retorno operacional de investi- sem a necessidade de utilização za automático. A nova Família
mento (ROI) do mercado. de fluídos refrigerantes. A nova fi- CLARUS oferece três opções de
losofia “Inject-To-Inject Time” de modelos de acordo com a sua
série possibilita o preparo prévio necessidade: CLARUS 480, 580 e
do sistema de injeção antes do 680, além de mais de 100 tipos de
término do tempo de equilíbrio analisadores e soluções personali-
da programação entre as análi- zadas pré-configuradas de fábrica,
Simplicidade, robustez e
ses, eliminando o tempo ocioso disponível em todas as platafor-
tradição com as melhores
Soluções Turn Key do instrumento entre as análises mas. Desse modo, a PerkinElmer
e incrementando consideravel- redefine as facilidades operacio-
mente a produtividade de sua nais para as aplicações de rotina
rotina. Aliado a este benefício com o máximo de performance
está o aumento da capacidade de agregada.
acondicionamento de amostras
do Amostrador Automático, ago-
ra com 108 posições, permitindo Saiba Mais
também a programação de pre- (11) 3868-6200
paro das amostras diretamente na vendas.analitica@perkinelmer.com

48 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 49
em foco

MicroGC com programação de temperatura

A Analítica apresenta o novo microGC C2V-200


da Thermo Scientific, um cromatógrafo a gás de di-
mensões reduzidas que realiza análises de gases em
segundos, graças a taxas de aquecimento rápidas.
Sua tecnologia de micro chip, combinada com colu-
nas capilares narrow bore, resulta em melhor perfor- MicroGC C2V com
mance e baixo custo. O C2V-200 é um GC compacto Programação de
e transportável, de fácil operação, pouca manutenção Temperatura
e baixo consumo de gases. Suas colunas são alojadas
em módulos intercambiáveis e de fácil instalação, último canal de GC, uma bomba de vácuo pode ser ins-
com zonas de aquecimento integradas. talada opcionalmente para purgar todos os módulos.
O injetor integrado a uma pastilha - microchip - ga- O microGC C2V-200 é fornecido com um sistema
rante injeções precisas, enquanto que as altas veloci- de controle dedicado ao instrumento e um software
dades de aquecimento da coluna possibilitam análises para tratamento de dados que roda em um computa-
com duração de poucos segundos, altamente repetíveis. dor. O C2V-200 pode ser conectado à internet e ser
A temperatura das colunas pode ser programada com controlado a partir de qualquer lugar. Para aplica-
taxa de 240°C/min até 180ºC, com até 10 rampas de ção em processos, o protocolo de conexão opcional
temperatura e repetibilidade de 0,1°C. NeSSI (SP76-1.0) está disponível para comunicação
Os canais do C2V-200 operam como microGCs com computadores.
independentes que podem ser montados como um Conheça as especificações técnicas do microGC
instrumento integrado ou como instrumentos autô- C2V-200 no endereço: analiticaweb.com.br/revista
nomos. Para atualizar o C2V-200 com um canal adi-
cional não é necessário nenhum investimento.
A partir do primeiro canal de GC, um seletor de Saiba Mais
correntes para padrão e amostra pode ser instalado op- (11) 2162-8091
cionalmente, o que permite a troca controlada pelo sof- revista@novanalitica.com.br
tware entre o gás em análise e o gás de calibração. No

Coluna Zebron™ para Cromatografia Gasosa

A Phenomenex, representada no Brasil pela Allcrom, oferece as colunas ZEBRON™ para Cromatografia Gasosa com alto
desempenho, uma ampla gama de fases para atender os desafios da indústria e de várias aplicações, fornecendo uma sepa-
ração de compostos altamente reprodutível e eficaz. Além das fases tradicionais de CG, a Phenomenex oferece colunas para
análise em alta temperatura e colunas específicas.
As colunas ZEBRON™ Inferno são as primeiras colunas de CG disponíveis mun-
dialmente em material não-metal, sendo estáveis a 430°C. Elas utilizam um novo
material de revestimento de resina poliamida e um novo processo de colagem para
fornecer este desempenho à alta temperatura. O aumento da estabilidade da coluna
pode ser benéfico, mesmo para métodos que não atingem até 430°C. As rotinas de
rampas de temperatura acima de 360°C podem causar fragilidade e sangramento ex-
cessivo. Essas colunas são estáveis a 430°C, imagine quanto duram a 360°C?
As colunas ZEBRON™ Inferno estão disponíveis em quatro fases, de baixa a media
polaridade (ZB-1, ZB-5, ZB-XLT, ZB-35).
A Phenomenex desenvolveu fases especiais para atender as necessidades de cada
setor: ZB-MultiResidue 1 & 2 para análises ambientais; ZB-
BAC 1 & 2 para a análises forenses; ZB-Bioethanol para Saiba Mais
análises de bioetanol; ZB-Drug-1 para análises toxicológi- (11) 3464-8900
Colunas de CG estão disponíveis
em material não-metal cas e ZB-1XT-SimDist para análises petroquímicas. allcrom@allcrom.com.br

50 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 51
em foco

Sistema de LC/MS/MS AB SCIEX TripleTOFTM 5600:


alta resolução para análises qualitativas e quantitativas

O sistema da Applied Biosys- do. O sistema permite ao usuário


tems AB SCIEX TripleTOFTM 5600 estudar amostras complexas com
é o primeiro sistema de espectro- grande profundidade explorando
metria de massas LC/MS/MS de as características de alta resolução
alta resolução e massa exata para e exatidão em massa bem como
análises qualitativas que possui a estudos de varredura, com a ob-
velocidade e sensibilidade para tenção de análises qualitativas e
análises quantitativas com o de- quantitativas em uma mesma
Sistema é capaz de adquirir
sempenho comparável a um tri- corrida. Além disso, o sistema é 100 espectros por segundo
ploquadrupolo. Desta forma, pela capaz de quantificar analitos com
primeira vez, o usuário pode inte- High Resolution MRM para maior
grar fluxos de trabalho de análises especificidade e confiança, obten- O sistema AB SCIEX Triple-
qualitativas e quantificação em do alta resolução a massa baixa TOFTM 5600 fornece alto desem-
uma única plataforma, obtendo e massa alta no mesmo espectro penho com alta resolução, alta
respostas mais rápidas e exatas. para quantificação do tipo MRM sensibilidade, excelente estabili-
O sistema possui sensibilida- com alta resolução. Os limites de dade de exatidão em massa e al-
de para quantificação em baixos quantificação e faixa dinâmica do tas taxas de aquisição. Através de
níveis, faixa dinâmica maior de sistema são equivalentes ao que seus avanços tecnológicos e sof-
quatro ordens de magnitude e se pode obter em triploquadrupo- twares inovadores, o sistema AB
diversos avanços tecnológicos. O los de alto desempenho, inclusive SCIEX TripleTOFTM 5600 constitui
sistema é capaz de adquirir 100 es- permitindo o uso de cromatogra- a próxima geração em tecnologia
pectros por segundo, exatidão em fia rápida. A quantificação requer Quadrupolo TOF.
massa de 1 ppm por 24 horas com pouca otimização e ainda é pos-
calibração externa e resolução de sível a escolha de múltiplos frag-
25.000 FWHM em massa baixa, mentos por precursor provenien- Saiba Mais
m/z 100 e até 40.000 FWHM a m/z te dos dados de full scan MS/MS 0800-7049004
950, a 100 espectros por segun- adquiridos. vendas.ab@lifetech.com

Permution e as novidades na SIMCRO

Durante a SIMCRO 2010 (4º Simpósio Brasileiro treabilidade de diversos parâmetros tais como resisti-
de Cromatografia e Técnicas Afins), que acontece de vidade, condutividade, temperatura, tempo de troca
14 a 16 de Setembro, no Arts and Convention Center dos elementos filtrantes e lâmpada UV.
em Campos do Jordão (SP), a Permution lançará a Fabricados no país apresentam soluções diferencia-
linha laboratorial de ultrapurificadores de água, po- das para atender cada necessidade e estarão disponíveis
sicionando-se fortemente neste mercado agregando já em outubro próximo em um dos distribuidores.
cada vez mais tecnologias aos equipamentos e apre- A Permution investe pesadamente em Pesquisa &
sentando soluções inovadoras. Desenvolvimento consolidando os mais de 43 anos
Num mercado cada vez mais exigente e compe- dedicados ao conhecimento das necessidades de
titivo, a Permution traz a linha de equipamentos de aplicação de água nos mais variados processos sejam
ultrapurificação concebidos para atender às necessi- eles laboratoriais, industriais ou saúde, e espera com
dades mais exigentes dos laboratórios nos mais va- estes novos lançamentos consolidar a posição de es-
riados segmentos, nos quais a qualidade da água nos pecialista na concepção, fabricação, comercialização
processos analíticos é de fundamental importância. e atendimento pós-venda.
Os novos modelos contam com controle micro-
processado através de teclas soft-touch, painel em
LCD retroiluminado e saída USB para gerar dados Saiba Mais
gravados diretamente em pen drive. Acompanha (41) 2117-2300
software em ambiente Windows para registro e ras- sandra@permution.com.br

52 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 53
em foco

Nova série de Analisadores de Aminoácidos é apresentada ao mercado

A Analitica apresenta o novo Biochrom 30+, uma Série de Analisadores de Aminoácidos (AAA) desen-
volvidos especificamente para a análise de aminoácidos. A Série Biochrom 30+ é composta por sistemas
cromatográficos de troca iônica com derivatização pós-coluna com niridrina, o que garante a identificação e
quantificação exatas de aminoácidos livres, assim como a determinação da composição em aminoácidos de
proteínas e peptídeos. As grandes áreas de aplicação dos AAA são hospitais, indústrias, laboratórios farma-
cêuticos e de pesquisa. São aplicações específicas: a detecção e o monitoramento de doenças metabólicas e
erros inatos do metabolismo, como a fenilcetonúria na urina, plasma e LCR (líquido cefalorraquidiano), análi-
se de proteínas e peptídeos em aplicações farmacêuticas e análise nutricional e composicional de alimentos,
bebidas e ração animal.
A nova Série Biochrom 30+ permite a execução de protocolos de análise rápidos, que aumentam a pro-
dutividade do laboratório pela diminuição dos tempos de análise em comparação aos protocolos padrão. Um
software amigável controla todas as funções do instrumento, desde o amostrador automático até a análise e
tratamento de dados.
A Série Biochrom 30+ é composta pelos modelos: Biochrom
•Biochrom 30: para análise de amostras fisiológicas. 30+: Série de
Analisadores
•Biochrom 31: para análise de proteínas hidrolisadas. Específicos de
•Biochrom 32: para análise de proteínas oxidadas hidrolisadas. Aminoácidos
Estes instrumentos são fornecidos com um kit de
reagentes adequados ao sistema ordenado, os quais
contêm os produtos químicos e consumíveis neces-
sários para a maioria das análises de rotina. Os kits
ou os reagentes e consumíveis individuais podem ser
adquiridos ao longo do tempo para permitir a conti-
nuidade das análises. Existem também kits com peças de reposição. Saiba Mais
Conheça as especificações técnicas da nova Série de Analisadores de (11) 2162-8091
Aminoácidos Biochrom 30+ no endereço: analiticaweb.com.br/revista revista@novanalitica.com.br

MAGNOTEC: instalações de
gases especiais, reguladores de
pressão e solda orbital
 
A experiência de 15 anos permite à Magnotec en-
contrar soluções que atendam todas as expectativas
dos nosso clientes. A qualidade dos equipamentos e
investimentos intensos em pesquisas e desenvolvi-
mento permitiram desenvolver produtos inovadores,
satisfazendo hoje as demandas e requisitos técnicos
do mercado de amanhã.
Profissionais altamente qualificados e equipamen-
tos com tecnologia de ponta são os fatores que fazem
da Magnotec a empresa ideal para instalações de ga-
ses e fornecimento de reguladores de pressão de alta
performance.

Saiba Mais
(11) 4997-0703
Manifold central gasosa 2x1 magnotec@magnotec.net

54 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 55
em foco

Analisadores por Infravermelho próximo FT-NIR

Originalmente desenvolvida O crescimento do uso e de de aquisição de dados multiponto


para a análise de produtos agrí- áreas de aplicação da técnica têm por fibra ótica, sem multiplexação
colas por K. Norris na década de sido motivado pelas melhorias mecânica, o que era uma das prin-
60, hoje a espectroscopia NIR en- propiciadas pela técnica FT-NIR, cipais limitações nas aplicações
contra aplicações em indústrias o que inclui rapidez na obtenção on-line, em um gabinete robusto
dos mais diversos segmentos, en- de resultados, oferecendo respos- capaz de permitir sua utilização
globando as áreas de alimentos & tas em menos de 30 segundos, em ambientes industriais sujeitos
bebidas, farmacêuticas, químicas pouca ou nenhuma preparação a variações repentinas de tempe-
& petroquímicas e papel & celu- da amostra, análises não-destru- ratura e umidade.
lose, entre outras. tivas, baixo custo e simplicidade Essas e outras inovações tam-
operacional. bém são encontradas no Nicolet
Os equipamentos da série Ni- Antaris Target™, que funciona a
colet Antaris são bons exemplos bateria e possui comunicação sem
desta tecnologia aplicada, pois fio com o software operacional
oferecem maior estabilidade, me- RESULT™, tornando os Sistemas
nor custo de manutenção, melhor Nicolet Antaris a mais completa
resolução, aprimorada relação si- linha de soluções NIR disponíveis
nal/ruído e exatidão de medição no mercado hoje.
no comprimento de onda, levan- A Charis é a responsável pela
do a métodos muito mais robus- linha no mercado.
tos e confiáveis.
A espectroscopia FT-NIR tam-
bém vem despontando como a
principal escolha em controle
on-line de processo - PAT. Nesse Saiba Mais
segmento, o modelo Nicolet Anta- (19) 3836-3110
ris MX oferece um sistema único charis@charis.com.br

Área Superficial Específica

A Bel Japan, presente no mercado nacional por meio


da dpUNION, disponibiliza uma linha de instrumentos
de alta tecnologia, compactos e consumo reduzido de
nitrogênio, para testes de Quimisorção, Fisisorção, Ad-
sorção e BET na determinação de Área Superficial Es-
pecífica, Tamanho e Distribuição de Poros, por método
volumétrico ou gravimétrico, por balança de suspensão
magnética, que também possui opção de alta pressão
temperatura e gases corrosivos. A Bel Japan também
oferece instrumentos para a área de catalisadores (TPD,
TPO, TPR, Dispersão de Metais), reatores catalíticos, ava-
liadores de células de combustível. Todos os sistemas
Bel Japan possuem único e exclusivo sistema de inser-
ção de gases e tratamentos automatizados.

Saiba Mais
(11) 5079-8411
Linha Bel Japan: instrumentos de alta
info@dpunion.com.br tecnologia e compactos

56 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 57
em foco

58 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 59
em foco

Laboratório CEMSA: especializado em espectrometria de massas

Fundado em 2008, o CEMSA – Centro de Espectrometria de Massas Apli-


cada Ltda. é uma empresa que tem como objetivo principal a prestação de
serviço laboratorial utilizando a espectrometria de massas como ferramenta
para desenvolvimento de métodos analíticos eficientes, fornecendo respos-
tas rápidas com alta confiabilidade para as diversas áreas das ciências quí-
micas, farmacêuticas, biológicas e correlatas.
Os empreendedores do CEMSA, com alta qualificação administrativa e
científica, colocam à disposição do mercado todo o conhecimento e expe-
riências adquiridas em tecnologias e soluções inovadoras com a meta e o
esforço de auxiliar seus clientes a atingirem suas empreitadas, acelerando
e maximizando os objetivos na busca firme, incessante e convicta do su-
cesso.
O CEMSA inova na atuação incondicional na pesquisa e desenvolvimento junto às indústrias farmacêuticas nacionais para
auxiliar, melhorar e acelerar o processo de desenvolvimento e descoberta de novos fármacos, aplicando e conhecendo as
propriedades de Absorção, Distribuição, Metabolismo e Eliminação (ADME) para verificação das qualidades farmacológicas
do ativo descoberto, permitindo que o fármaco siga para uma etapa mais avançada do processo de desenvolvimento, com
maior segurança e menor custo.
Seu portfólio de serviços, além dos testes de ADME, inclui:
• Verificação da massa molecular do composto/fármaco e seu espectro de MS/MS: Determinação da massa molecular e seus
produtos de fragmentação para o composto-teste, utilizando o sistema de LC-MS/MS.
• Testes de impurezas em produtos de síntese ou formulação: Identificação de impurezas provenientes de síntese ou proce-
dimentos de purificação de amostra. Identificação de impurezas provenientes de síntese ou procedimentos de purificação
de amostra.
• Testes de estabilidade controlada/forçada de fármacos: Identificação de produtos de degradação provenientes de hidrólise
(ácido ou base), oxidação, fotólise e temperatura, segundo guias do FDA e ANVISAIdentificação de produtos de degrada-
ção provenientes de hidrólise (ácido ou base), oxidação, fotólize e temperatura, segundo guias do FDA e ANVISA
• Consultoria e desenvolvimento de métodos analíticos utilizando LC-MS para diferentes áreas
Saiba Mais
de aplicação (farmacêutico, alimentos, forense, clínica e outros)
(11) 3039-8358
• Cursos e treinamentos de nível básico à avançados na técnica de espectrometria de massas
contato@cemsalab.com.br
(LC-MS/MS, MALDI-TOF, MALDI-TOF/TOF) e suas aplicações

Avançando nos detalhes da norma NBR ISO/IEC 17025 Muitas vezes os usuários dos
softwares Labwin se surpreendem
Manter o cumprimento dos dutividade é um constante desa- ao receberem um alerta sobre cor-
requisitos de qualidade da ISO fio com o qual a Labwin trabalha relações pouco esperadas como
17025 sem perder o foco na pro- desde 1996 (quando ainda era balanço iônico, por exemplo, ou
usado o ISO GUIA 25). ao perceberem com que nível de
Nos últimos anos a empresa tem detalhamento as informações so-
conseguido informatizar tarefas im- bre rastreabilidade dos cálculos
portantes e complexas como: regis- são gravadas.
tros e cálculos com rastreabilidade Nos últimos meses foram fei-
completa, registros de preparos de tos muitos avanços na parte de re-
soluções e meios de cultura, con- gistros de ensaios microbiológicos
trole de revisões em documentos, e ecotoxicológicos.
cálculos de incertezas, validações
de métodos, cálculos e alertas au- Saiba Mais
tomático sobre correlações entre (71) 9962-2865
Softwares Labwin surpreendem usuários com
funções inesperadas ensaios, cartas de controle etc. fernando@labwin.com.br

60 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


em foco

Sistemas de descontaminação de efluentes

A STEQ, em parceria com a empresa francesa ACTINI, apresenta seu


exclusivo Sistema de Descontaminação de Efluentes Biológicos.
Como alternativa aos sistemas de tratamento por lote ou de trata-
mento químico, o Sistema de Descontaminação de Efluentes Biológicos
da ACTINI trabalha de forma contínua e é facilmente adaptável às ne-
cessidades da indústria de biofármacos que manipula micro-organismos
classificados como BSL 1, 2, 3 ou 4.
O processo de descontaminação de um efluente contaminado com
vírus ou bactérias consiste na eliminação de micro-organismos patogê-
nicos através da aplicação de um tratamento térmico específico durante
um tempo pré-determinado. Através de avançados recursos tecnológi-
cos, a inativação térmica garante um processo seguro e eficaz que pode
Novo sistema é alternativa aos sistemas
ser aplicado em escala laboratorial, piloto ou de produção. de tratamento por lote ou de tratamento
O princípio de descontaminação é simples: os efluentes são con- químico
tinuamente coletados em um tanque. O processo inicia-se quando os
efluentes no tanque atingem um nível determinado. Quando a tem-
peratura de tratamento é alcançada o efluente é bombeado, tratado e
eliminado através do dreno. Ao final de cada ciclo, todo o sistema é Saiba Mais
automaticamente limpo e sanitizado. Durante todo o ciclo, os parâme- (11) 5181-5570
tros são controlados via CLP. vendas@steq.com.br

Nova série de vials


na Graulab

A Comercial Graulab lança


uma nova série de vials da marca
Labware, que veem ajudar a ma-
nipulação de pequenos volumes
de amostra, como demonstrado e
descritivo a seguir:
• A série Vu permite manipular
um volume de 150ul e um vo-
lume mínimo de 15ul, sendo
o volume total deste vial de
1,5ml.
• Os vials da série u permitem o
manuseio de pequenos volu-
mes de amostras sem a necessi-
dade de uso de insert. Permite
manipular um volume de 15ul
e um volume mínimo de 10ul,
sendo o volume total deste vial
de 0,3ml.
• A Série iV2u  permite manipular
um volume de 25ul e um volu- Saiba Mais
me mínimo de 8ul, sendo o vo- (11) 5512-5744
lume total deste vial de 0,25ml. vendas@graulab.com.br

62 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 63
em foco

Há mais de 13 anos garantindo a eficácia de produtos e processos

mais precisos do mercado, com


rígido controle de calibração,
assegurando assim, a confiabi-
lidade dos resultados dos en-
saios. Como parâmetro adota as
A Air Clean é uma empresa principais normas nacionais e
sediada em Campinas (SP) e está internacionais ABNT, RDC, IES,
constituída por profissionais com FDA, ANVISA, ISO, WHO, EU-
larga experiência na área de mi- DRALEX.
crocontaminação de ambientes.  Alguns testes realizados: velo-
Há mais de 13 anos no merca- cidade do ar, uniformidade, teste
do realizando serviços de manu- de estanqueidade e integridade
tenção preventiva, corretiva, con- em filtros absolutos (DOP/PAO),
sultoria e treinamento, a empresa contagem eletrônica de partícu-
atua em indústrias farmacêuticas, las (As Built / At Rest / In Opera-
veterinárias, alimentícias, quími- tion), pressão dos filtros absolu-
cas, automobilística, hospitais, la- tos (∆P), níveis de luminosidade,
boratórios, entre outros. níveis de ruído, temperatura e Saiba Mais
Os equipamentos utilizados umidade, teste de recuperação, (19) 3252-2677
nas certificações estão entre os queda de energia, entre outros. aclean@globo.com

Tecnologia em equipamentos e mobiliário Hipperquímica

A qualidade dos produtos comercializados pela Hipperquímica é marca registrada, com a


fabricação pela Vitrine Científica de equipamentos inovadores, a parceria trouxe para o setor
de pesquisa uma linha exclusiva de Dry-Box Sppencer®, equipamentos que substituem o
dessecador de vidro com a vantagem de oferecer uma área aproveitável muito maior para
armazenagem e organização de padrões e equipamentos que necessitem em sua acomoda-
ção uma redução na umidade do ar. Os Dry Box Sppencer® conferem ao seu laboratório
maior praticidade e facilidade de manuseio e são peças desenvolvidas com qualidade e tec-
nologia aliados a um design moderno e clean, além de ser um produto com maior facilidade
de manuseio e trabalho.
Fabricado em aço carbono com pintura eletrostática e tratamento anticorrosivo;
Capacidade de redução de umidade em 20% aprox.;
visor em vidro temperado e porta com vedação e
fechos rápidos.
Acompanha duas prateleiras, uma bandeja para si-
licagel e umidostato, vacuômetro e saídas de ar. Ide-
al para trabalhos em temperaturas altas até 650ºC.
Dry-Box Sppencer®
Com o intuito de inovar e faciliitar a aquisição e
montagem de laboratório, a Hipperquimica também disponibiliza mó-
veis modulares com 1 metro, 0,5 metro, gaveteiro, módulo pia, tudo
planejado de acordo com o espaço do laboratório. Os móveis são
confeccionados em MDF – Madeira ecologicamente correta, com tra-
tamento anticupim e mofo, e as bases de sustentação possuem grande
durabilidade contra umidade.
A Linha Sppace® é sinônimo de mo- Saiba Mais
dernidade, praticidade e conforto em (11) 4428-1212
mobiliários de laboratório vendas@hipperquimica.com.br Capela

64 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 65
em foco

Microscópio se calibra?

Alguns afirmam que não há necessidade de se calibrar microscópios, mas, caso seja ne-
cessário se fazer um trabalho qualquer se utilizando uma objetiva de 40x de ampliação de um
microscópio, como o laboratório que realiza este trabalho vai garantir ao seu cliente que esse
equipamento atende ao requisito do procedimento se não tiver um certificado de calibração?
E se no procedimento ainda há a informação sobre a tolerância de desvio aceitável, como o
laboratório saberá se naquela objetiva do microscópio o desvio apresentado está dentro do cri-
tério de aceitação? E quando um microscópio tem instalado um retículo para realizar medições,
a necessidade de calibração torna-se ainda mais crítica. Portanto a calibração do microscópio é
fundamental para que um laboratório possa ter confiança no trabalho que realiza e também é
uma maneira de apresentar ao seu cliente mais confiança nos serviços prestados a eles.
A Micro Óptica é pioneira na prestação de serviço de calibração de microscópios ópticos
com acreditação INMETRO. Para solicitar um orçamento, basta consultar a empresa.

Saiba Mais
Laboratório: (11) 5928-3784
Escritório: (47) 3387-5930
vendas@microoptica.com.br
assistenciatecnica@microoptica.com.br

Soluções completas

Soluções completas para arquitetura de salas limpas aplicadas em todas


as fases do processo: projetos, fabricação, logística e montagem. Todos os
produtos e processos se destacam pela tecnologia e materiais utilizados em
sua produção, baseados em alta tecnologia européia atendendo as normas e
procedimentos de GMP (Good Manufacturing Practice), exigidos pelo FDA
(Food and Drug Administration) e Anvisa (Associação Nacional de Vigilância
Sanitária), atendendo assim necessidades específicas de cada cliente. A se-
guir, dois exemplos oferecidos pela Dânica:

Sistema Click (Painel SL Click) – PUR, PIR ou LDR


Com núcleo isolante e revestimento metálico são aplicados como divisó-
rias e forros autoportantes em ambientes livres de contaminação. Junção por
meio de um perfil de alumínio e uma presilha (Click) de inox. Sistema que
possibilita a remoção dos painéis em caso de alterações no layout do projeto.
Ideal para ambientes estéreis ISO 5 (Classes A e B).

Painel SL Ar
Este tipo de painel contém um duto embutido para retorno de ar
ou saída de estações de trabalho; flange em aço inox incorporada
ao duto embutido ao painel para adaptação aos ramais de ar da ins-
talação; grelha em aço inox com canto arredondado, embutidas no
painel na altura padrão 500mm; sistema de encaixe do painel tipo
Click ou MF (macho/fêmea);
Modelos Saiba Mais
• Painel SL Click Ar PUR, PIR ou LDR (47) 3461-5300
• Painel SL MF Ar PUR, PIR ou LDR vendas@danica.com.br

66 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 67
em foco

Alem Mar inicia representação da alemã CALEVA

Durômetro permite que resultados dos testes


A empresa Caleva possui linha de equipamentos para indús-
e análises estatísticas sejam apresentados
trias farmacêuticas e centros de pesquisa na área de controle de por dois mostradores LED
qualidade de medicamentos, tais como: dissolutor, desintegra-
dor, friabilômetro, densímetro para pós e granulados, durôme- adicionais; possibilidade de conexão com sistema on-line ou off-
tro dentre outros. line (com o menu do programa de upgrade); Menus IQ / OQ
O Dissolutor CALEVA modelo Série 10 ST foi projetado para para executar uma instalação completa com Qualificação Ope-
testar pastilhas, comprimidos revestidos, oblongos e outras for- racional e submenu FDA.
mas farmacêuticas. Os modelos 10 ST, 10 ST+ e 10 ST ++ es- Já o durômetro de comprimidos, modelo THT 15, automá-
tão de acordo com as especificações conforme USP / EP.  O tico, pode operar em duas opções de medição, tanto com “ve-
equipamento está disponível com 6, 7 ou 8 estações de testes locidade constante” como com “força constante”. Realiza, no
dispostas em duas linhas com quatro cubas de fácil acesso. Para máximo, 99 medições de comprimidos dos mais diversos tipos,
os modelos 10 ST + e 10 ST 10 ++ estão disponíveis: interfaces formas e revestimentos. O menu integrado permite a configura-
ção do modo de medição, data / hora, sensibilidade da medição
de dureza e uma pausa entre os ensaios para remover a poeira
e os detritos. Os resultados dos testes e análises estatísticas são
apresentados por dois mostradores LED, juntamente com a data,
hora, número de série e a data da última calibração. Estes resul-
tados podem ser documentados por uma impressora (opcional)
conectada via saída USB padrão.
Todos os equipamentos acompanham manual de operação
em inglês.
Dissolutor CALEVA
para testar pastilhas, Saiba Mais
comprimidos revestidos,
(11) 3229-8344
oblongos e outras
formas farmacêuticas alemmar@alemmar.com.br

Inaladores COPLEY agora no Brasil

A COPLEY é a fornecedora principal no mundo dos equipamentos de testes de inaladores. Os equipamentos são projeta-
dos especificamente para seguir as exigências da Farmacopéia Americana (USP) e a Farmacopéia Européia (EP).
Os aparelhos para teste de inalação oferecidos pela Copley são: Simulation of the Human Respiratory System
• Inalador MDI: Metered Dose Inhalers (para aerosol);
• Inalador DPI:  Metered Dose Inhalers (para pó); PRESEPARATOR
10 micrometers and above
• Nebulisers (inalador aquosos por gota); stage 0
• Pulverizadores nasais e aerossóis; 9.9pm - 10.0pm
stage 1
• O controlador do fluxo crítico modela TPK & TPK 2000; 5.8pm - 9.0pm
• O medidor de fluxo modelo DFM 2 e DFM 2000; pharynx stage 2
4.7pm - 5.8pm
• Elemento Andersen Cascade Impactor (ACI);  trachea & primary bronchi stage 3
• Pré-separador para o Andersen Cascade Impactor (ACI); 3.3pm - 4.7pm

• Elemento Impactor da Geração Seguinte (NGI); secondary bronchi stage 4


2.1pm - 3.3pm
• Impinger Líquido de Vários Estágios (MSLI); terminal bronchi stage 5
• Impinger de Vidro Single-Stage (SSGI); 1.1pm - 2.1pm
alveoli stage 6
• Elemento de Impactor de Marple-Miller (MMI); 0.65pm - 1.1pm
• Simulador da respiração para Nebulisers; alveoli stage 7
0.43pm - 0.65pm
• Glaxo S/S Impactor
• entre outros.
Esses aparelhos testam em laboratório, por exemplo, onde as substâncias químicas irão depositar Saiba Mais
após uma dose de inalação, como pode ser visto na figura. (11) 2441-1475
A Catena é a representante técnica autorizada e exclusiva da COPLEY no Brasil. catena@catena.srv.br

68 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 69
em foco

Isodur participa da 26ª


edição da Fispal

A Isodur, empresa especializa-
da no desenvolvimento de solu-
ções para salas limpas e classifi-
cadas, participou entre os dias 8
a 11 de junho, da 26ª edição da
Fispal - Feira Internacional de
Embalagem, Processos e Logística
para as Indústrias de Alimentos e
Bebidas – que aconteceu no pavi-
lhão de exposições do Anhembi,
em São Paulo.
Na ocasião, como atrativo, a puderam observar em detalhes o
Isodur apresentou em seu estan- design inovador e a tecnologia
de parte de sua linha de produ- presentes nas estruturas.
tos, como o pass through (caixa A participação no evento foi
de passagem), além de duas ver- bastante positiva, propiciando a
sões de salas limpas, abertas à divulgação da marca e amplian-
visitação. A estratégia chamou a do as oportunidades de negócios, Saiba Mais
atenção dos profissionais, empre- além de projetar a Isodur no ce- (19) 3272-6244
sas e estudantes do segmento que nário nacional e internacional. isodur@isodur.com.br

70 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 71
Salas limpas

CONTAMINAÇÃO EM + F9, conforme ABNT NBR


16401, direcionado a atender
com eficácia e versatilidade
SALAS LIMPAS I às exigências da empresa.
Complementando o projeto
foi instalado um pass through
diferenciado, com intertrava-
Como prevenir a contaminação em salas mento de portas, controles
limpas? Quais as medidas a serem tomadas, de acesso frontal - com dis-
caso isso ocorra? Nessa primeira matéria play indicativo - e proteção
contra agentes químicos, que
leia sobre contaminação microbiológica e
permite a passagem do ma-
um case da empresa Traumedica terial da produção para a sala
de embalagem sem haver a
contaminação da mesma.
Se as instalações adequa-

A
máxima ‘prevenir é me- Com a intenção justamen- das são de extrema impor-
lhor que remediar’ não te de prevenir acidentes, a tância, a especialista Angela
tem aplicação mais ade- Traumedica, empresa do in- Mattos enfatiza a importân-
quada do que em um labora- terior paulista desenvolvedo- cia de um programa eficaz
tório quando o assunto é sala ra de tecnologias voltadas ao de monitoramento ambiental,
limpa ou, mais especifica- setor de ortopedia e trauma- limpeza e sanitização, ava-
mente, a contaminação nes- tologia, adotou a sala limpa liando os resultados e a ne-
ses ambientes. Muitas vezes, e construiu uma antecâmara cessidade ou não de ter ro-
testes de esterilidade de de- a fim de evitar o acúmulo de dízio de sanitizantes, pois o
terminados produtos podem particulados e a saturação que ocorre muitas vezes é a
não apresentar problemas, de substâncias no ambien- seleção de algumas espécies
mesmo que se descubra uma te para reduzir o índice de que futuramente poderão tra-
contaminação no monitora- contaminação e assegurar zer um problema maior de
mento ambiental. Assim, é maior valor ao produto final. contaminação no ambiente:
fundamental que para proces- Além dos benefícios na saú- “Normalmente em ambientes
sos assépticos seja conduzida de do consumidor, as novas encontramos bacilos Gram
investigação detalhada, “rea- instalações contribuem para negativos relacionados a pro-
valiando o produto para evitar aumentar o nível de competi- blemas com matérias-primas,
que seja liberado contamina- tividade da empresa frente ao água e Cocos Gram positivos
do”, ressalta Angela Mattos, mercado. Para a adequação ligados a pessoas e um pro-
Supervisora de Microbiologia do sistema de climatização blema grave que nem sempre
da Theraskin Farmacêutica do ambiente, vários aspectos é considerado tão grave, que
Ltda. e professora dos Cur- técnicos envolvendo a quali- são fungos e micobactérias”.
sos sobre Técnicas de Áreas dade do ar e conforto térmico Agora, caso a contami-
Limpas do CEP Cursos. “A foram avaliados pela empre- nação seja iminente, Angela
ideia é sempre a prevenção, sa Isodur – especializada em aconselha a utilização de um
pois se for verificada a conta- salas limpas – que utilizou na sanitizante mais potente, ava-
minação não é possível pro- obra climatizador horizontal liando-se caso a caso para
duzir em sala limpa antes que modular, especialmente pro- prevenir problemas futuros:
se resolva o problema, nesse jetado em gabinete metálico “Introdução novo sanitizante,
caso para processos assépti- estruturado em painéis, com avaliação por meio de moni-
cos os cuidados são maiores isolamento termoacústico toramento ambiental antes de
devido à suscetibilidade”. e eficiência de filtragem G4 reiniciar qualquer processo”.

72 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 73
Normas para publicação de Artigos

a revista da instrumentação e controle de qualidade

Uma publicação Eskalab

A REVISTA ANALYTICA, EM BUSCA CONSTANTE DE NOVIDADES EM DIVULGAÇÃO CIEN-


TÍFICA, DISPONIBILIZA ABAIXO AS NORMAS PARA PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS, AOS AUTO-
RES INTERESSADOS. CASO PRECISE DE INFORMAÇÕES ADICIONAIS, ENTRE EM CONTA-
TO COM A REDAÇÃO.

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conflito de interesse existente, em particular àqueles de palavras-chave, abstract, keywords, texto (Introdução,
natureza financeira relativo a companhias interessadas Materiais e Métodos, Parte Experimental, Resultados e
ou envolvidas em produtos ou processos que estejam Discussão, Conclusão) agradecimentos, referências bi-
relacionados com a contribuição e o manuscrito apre- bliográficas, tabelas e legendas.
sentado. As referências deverão ser enumeradas consecutiva-
Os trabalhos deverão ser enviados ao seguinte endereço: mente de acordo com a ordem de entrada no texto, a par-
tir de sua menção. Deverão ser identificadas por números
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rão ser designadas como: “no prelo” ou “in press”.
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subtítulo do artigo. Título do livro/periódico, volume, fascí-
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mas com Abstract detalhado em inglês. O Resumo e o
Abstract deverão conter as palavras-chave e keywords, Qualquer dúvida entre em contato pelo telefone:
respectivamente. (11) 3171-2190

74 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


Artigo

Eletroflotação aplicada ao
tratamento de esgoto sanitário
RESUMO
Joel Alonso Palomino Romero e
Maria Olímpia Oliveira Rezende*
Neste trabalho construiu-se um reator em escala de bancada para aplicar a eletroflotação
no tratamento do esgoto, sem etapas de pré-tratamento. Para tanto, caracterizou-se o Instituto de Química de
São Carlos, Universidade de
esgoto sanitário antes e após o tratamento quanto às suas propriedades físicas, químicas São Paulo
e bacteriológicas, comparando-se estes resultados com os valores estipulados pela Reso-
lução CONAMA No. 357 e outros métodos de tratamento. Amostras de esgoto bruto (EB) *Correspondência:
E-mail: mrezende@iqsc.usp.br
e esgoto eletroflotado (EF) foram coletadas após sete minutos de iniciado o processo de
eletroflotação e caracterizadas com a finalidade de comparar a qualidade destas e assim
poder determinar o desempenho do sistema de eletroflotação. Os parâmetros analisados
foram: turbidez, cor verdadeira, pH, sólidos totais, oxigênio dissolvido, assim como as
concentrações de Al, Cr, Mn, Fe, Co, Ni, Cu, Zn, As, Ag, Cd, Sn e Pb. O esgoto eletro-
flotado possui características físico-químicas semelhantes às estipuladas pela Resolução
CONAMA No. 357 para águas doces de classe 3. O espaço físico requerido pelo reator, a
facilidade de automação e a pouca manutenção que requer o processo de eletroflotação
são pontos favoráveis que tornam o processo de eletroflotação uma alternativa viável se
comparada a outros métodos de tratamento existentes. O processo de eletroflotação pode
ser adotado como sistema de tratamento de esgoto e águas da gestão de disposição de
resíduos e reuso de águas dos chamados “prédios verdes” que visam à sustentabilidade
das suas construções e ao reaproveitamento dos resíduos gerados nelas.

palavras chave: Eletroflotação. Tratamento de Esgoto. Reator

SUMMARY

In this paper the construction of a reactor in a bench scale is presented. The objective of
using the reactor is to apply the electroflotation in the treatment of sewage, with non-step
pre-treatment. To evaluate the process, the sewage before and after the treatment was
compared, taking in account the values established by CONAMA Resolution No. 357 and
other methods of treatment. Samples of raw sewage (RS) and electroflotated sewage (ES)
were collected after 7 minutes after the electroflotation begins and characterized in order to
compare their quality and thus evaluate the electroflotation performance. The parameters
analyzed in the samples collected were: turbidity, true color, pH, total solids, dissolved
oxygen, and the concentrations of Al, Cr, Mn, Fe, Co, Ni, Cu, Zn, As, Ag, Cd, Sn and Pb.
Comparing the results on the physical and chemical properties of the ES with the maximum
allowable values by CONAMA Resolution No. 357, it shows that the characteristics of the
so treated sewage reach similar characteristics to those specified by CONAMA Resolution
No. 357 for freshwaters class 3. The physical space required by the reactor, the easiness
of automation and low maintenance that requires the electroflotation are the positive points
that make the electroflotation a viable alternative compared to other methods of treatment.
The process can be adopted as a system of sewage treatment and water management of
waste disposal and reuse of water of the so-called “green buildings” that aim at the sustai-
nability of their buildings and the reuse of waste generated in them.

Keywords: Electroflotation. Sewage Treatment. Reactor

76 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


Introdução ESCOBAR, SOTO-SALAZAR e TORAL (11) reportaram
a remoção de 100% de espécies de chumbo, cádmio e
A água é o constituinte inorgânico mais abundante cobre por eletroflotação em águas residuárias e águas
na matéria viva (1); todas as formas conhecidas de vida naturais. A eletroflotação também é bastante empre-
precisam de água. No entanto, é importante conhecer gada na área de alimentos. ROA-MORALES et al. (12)
com que finalidade se utiliza a água. Em geral, os usos aplicaram a eletroflotação em águas residuárias pro-
da água abarcam as atividades humanas em sua glo- venientes da indústria de massas e biscoitos. ARAYA-
balidade e isso permite dizer que ela tanto pode servir FARIAS et al. (13) documentaram a clarificação de suco
para consumo como para insumo em diferentes pro- de maça por eletroflotação. Estudos da aplicação de
cessos produtivos. eletroflotação em efluentes provenientes de fábricas de
O amplo uso que o ser humano faz da água traz papel também são reportados na literatura. MANSOUR,
como consequência a poluição desta em menor ou KSENTINI e ELLEUCH (14) aplicaram a eletroflotação a
maior grau. De forma geral, a poluição das águas de- um efluente que continha uma quantidade considerável
corre da adição de substâncias ou de formas de ener- de sólidos suspensos e conseguiram uma redução na
gia que direta ou indiretamente alteram as característi- concentração destes, superior aos 95%, assim como
cas físicas, químicas e biológicas das coleções hídricas também obtiveram reduções significativas na demanda
de uma maneira tal que prejudique a utilização de suas química e bioquímica de oxigênio e nas concentrações
águas para determinados usos. de cloretos. UĞURLU et al. (15) utilizaram a eletroflota-
ção para remover a lignina e o fenol presentes em efluen-
O esgoto tes de fábricas de papel. Em recente estudo publicado
em 2009 (16) foi reportado o tratamento de efluentes de
Dentre as formas de poluição das águas, a mais co- lavanderia por eletroflotação. Os autores desenvolve-
mum é aquela causada pelo esgoto jogado nos rios. A ram um sistema que auxilia o processo. Este consiste
norma brasileira NBR 9648 (1986) (2) define o esgoto em um ultrassom acoplado ao reator; permitindo um
sanitário como o “despejo líquido constituído de esgo- aumento na eficiência da remoção da demanda quími-
tos doméstico e industrial, água de infiltração e a con- ca de oxigênio que alcançou valores superiores a 62%.
tribuição pluvial parasitária”. Eles testaram dois tipos de arranjos para os eletrodos:
O esgoto é um líquido cuja composição, quando monopolar e bipolar, e concluíram que o arranjo mono-
não contém resíduos industriais, é de aproximada- polar era o que mostrava melhor desempenho empre-
mente: 99,87% de água; 0,04% de sólidos sedimen- gando eletrodos de alumínio em comparação com os
táveis; 0,02% de sólidos não sedimentáveis e 0,07% de ferro. Também observaram que enquanto maior a
de substâncias dissolvidas. Geralmente contém nume- quantidade de eletrodos empregados, melhor era a efi-
rosos agentes patogênicos, microrganismos, resíduos ciência atingida. Em outro trabalho recente os autores
tóxicos e nutrientes que provocam o crescimento de acoplaram um pré-tratamento oxidativo empregando o
outros tipos de bactérias, vírus ou fungos presentes em método de Fenton à eletroflotação (17).
menor número. Por esta razão, os sistemas de coleta A eletroflotação é um processo que consiste na ge-
e tratamento de esgotos são importantes, não só por ração de agente coagulante devido à liberação de cá-
recuperar a água do esgoto e devolvê-la ao meio am- tions metálicos que ao se hidrolisarem formam flocos
biente, mas também para manutenção da saúde pú- de hidróxido metálicos dentro do efluente, isto devido à
blica, ao evitar riscos de contaminação e transmissão eletro-dissolução de ânodos (18), usualmente de alumí-
de doenças; e ao meio ambiente - no que se refere ao nio ou de ferro (19). Esses flocos gerados in situ atuam
controle da poluição das águas (3). como agentes coagulantes que são gerados de modo
controlado devido à corrente aplicada (20, 21), promo-
A eletroflotação vendo assim a floculação das partículas em suspensão
dentro do efluente (Figura 1).
A eletroflotação é uma técnica eletroquímica de A dissolução eletrolítica de eletrodos é um parâmetro
separação que vem ganhando espaço no tratamento que depende de fatores como a corrente aplicada, a con-
dos mais diversos tipos de efluentes e suspensões (4), dutividade da solução e a resistividade do meio. Contro-
como por exemplo: curtumes (5), separações de emul- lando todos esses fatores pode-se controlar a geração do
sões água-óleo (6, 7), remoção de espécies metálicas agente coagulante (22). A dissolução eletrolítica de ânodos
de águas subterrâneas e de águas residuárias (8 – 10). de alumínio produz espécies como Al3+ que ao serem hi-

Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 77


Artigo

drolisadas formam o agente coagulante Al(OH)3 que final- mação de flocos depende da hidrólise do alumínio (que
mente é polimerizado a Aln(OH)3n como pode ser observa- por sua vez depende do pH e da concentração final
do nas equações 1 - 4 (21, 7, 22) e que será o responsável de Al3+) e do transporte das espécies hidrolisadas, que
pela coagulação e formação das partículas coloidais (21). promovem o contato com as impurezas (22).
Além da formação do agente coagulante, a eletroflo-
tação gera microbolhas de gases que são responsáveis
pela flotação dos flocos formados (20,21). A formação
de microbolhas é um parâmetro que depende da cor-
rente aplicada, esta última acelera a formação das mes-
mas. Entretanto, altas densidades de corrente dificul-
tam a eletroflotação porque promovem a formação de
bolhas maiores, dando lugar à turbulência, que torna o
processo ineficiente (9,24,25).
No ânodo a reação de desprendimento de oxigênio
é observada segundo a equação (5), enquanto que no
cátodo a reação principal é a do desprendimento de hi-
drogênio, como descrito por MOLLAH et al. (2004) (26)
e observado na equação (6) (27).

Reação de Desprendimento de Oxigênio:


2H2O → O2(g) + 4H+(aq) + 4e- (5)

Reação de Desprendimento de Hidrogênio:


Figura 1. Diagrama esquemático de uma cela de eletroflotação
2H2O + 2e- → H2 + 2OH- Ered = -0,83V (6)

Neste trabalho construiu-se um reator em escala


Oxidação do Alumínio Sólido (Reação Anódica) de bancada para aplicar a eletroflotação no tratamento
Al (s)→ Al3+(aq) + 3e- Eoxi = +1,66V (1) do esgoto, sem etapas de pré-tratamento. Para tanto,
caracterizou-se o esgoto sanitário antes e após o trata-
Solvatação do Cátion Formado mento quanto às suas propriedades físicas, químicas e
Al3+(aq) + 6H2O → Al(H2O)63+ (2) bacteriológicas, comparando-se estes resultados com
os valores estipulados pela Resolução CONAMA No.
Formação do Agente Coagulante 357 (28) e outros métodos de tratamento.
Al(H2O)63+ → Al(OH)3 (s) + 3H+(aq) (3)
Material e Métodos
Reações Secundárias
nAl(OH)3 → Aln(OH)3n (s) (4) Caracterização da qualidade dos efluentes

A equação (4) indica que vários complexos de alumí- Amostras de esgoto bruto (EB) e esgoto eletroflotado
nio podem ser formados, os quais são os responsáveis (EF) foram coletadas após 7 minutos de iniciado o proces-
pela remoção de contaminantes ao se adsorverem às so de eletroflotação e caracterizadas com a finalidade de
partículas e formar os flocos. No entanto, dependendo comparar a qualidade destas e assim poder determinar o
do pH do meio, outras espécies iônicas como Al(OH)2+, desempenho do sistema de eletroflotação. Os parâmetros
Al (OH)+2, Al(OH)-4 e Al2(OH)24+ podem estar presentes. analisados nas amostras coletadas foram: turbidez, cor
Estes podem remover eficientemente poluentes por ad- verdadeira, pH, sólidos totais, oxigênio dissolvido. Assim
sorção devido à neutralização da carga e por aprisiona- como também foram feitas análises para identificar espé-
mento no precipitado (21,23). cies metálicas e não metálicas presentes no EB e no EF.
A etapa da formação dos flocos, denominada de Neste sentido foram determinadas as concentrações de
floculação, consiste em uma maior desestabilização do Al, Cr, Mn, Fe, Co, Ni, Cu, Zn, As, Ag, Cd, Sn e Pb.
sistema. É nessa etapa que os flocos podem ser remo- A cor verdadeira foi determinada medindo-se as ab-
vidos por decantação, filtração ou flotação. Essa for- sorbâncias das amostras em 550 nm em um espectro-

78 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 79
Artigo

fotômetro da marca HACH® modelo Odyssey DR/2500


(29). A turbidez foi determinada pelo método nefelomé-
trico (30, 31) em um turbidímetro da marca Micronal
modelo B250. O pH requer um monitoramento acurado
devido à dependência das espécies de alumínio com
a acidez do meio. Utilizou-se um pH-metro da marca
Tecnovolt e o método 4500 do Standard Methods (31).
A condutividade das amostras foi determinada utilizan-
do-se um condutivímetro da marca Micronal, modelo
Digimed DM31, método 2510 do já citado Standard
Methods (31). Para a caracterização do esgoto bruto
e tratado, determinaram-se os sólidos totais a partir de
20 mL das amostras, por gravimetria. As medições de
Figura 2. Seção transversal do reator de eletroflotação
oxigênio dissolvido foram realizadas com o auxílio do REF. (1) Entrada do efluente bruto; (2) eletrodos de
medidor multiparâmetro, marca Horiba modelo U-10. alumínio; (3) Saída do efluente; (4) e (5) Tampas laterais
Foram determinadas as concentrações de espécies com o-ring, contato elétrico em aço do tipo inox e suportes
do tipo gavetas; (6) Parafusos de fixação por pressão
metálicas e não metálicas por espectroscopia de emissão
atômica com plasma de argônio induzido em um equipa-
mento da marca Perkin Elmer, modelo Optima 3000DV.
Para poder determinar a concentração destas espécies
foram construídas curvas analíticas no espectrômetro com
soluções padrão de cada espécie. Utilizou-se ácido nítrico
para dissolver as espécies metálicas complexadas e ad-
sorvidas no material particulado (32). Para determinar as
espécies presentes nos efluentes, 100 mL de cada amos-
tra foram colocados em tubos distintos de um bloco di-
gestor, em seguida, foram adicionados cerca de 30 mL de
ácido nítrico concentrado e 10 mL de peróxido de hidrogê-
nio (30% v/v). Após três horas no bloco digestor, à 95ºC,
o volume foi corrigido com água purificada pelo processo
Mili-Q®, procedendo-se à determinação dos elementos
em meio aquoso.

RESULTADOS E DISCUSSÃO Figura 3. Desenho em explosão do reator REF

O reator de eletroflotação – REF – foi construído em


forma cilíndrica (15,0 cm altura x 6,0 cm diâmetro), em ma-
terial acrílico, com capacidade de 0,5 L. Esse reator está
constituído por um sistema de cinco eletrodos de alumínio, Os eletrodos estão dispostos em paralelo, sustenta-
de dimensões: 13,5 x 4,5 x 0,25 cm (comprimento x largu- dos por um suporte do tipo gaveta, Figura 4. O suporte
ra x espessura), os quais ficam sustentados por suportes contém pinos em acrílico que possuem a finalidade de
do tipo gaveta. Na Figura 2 mostra-se em detalhe a área evitar o deslocamento do eletrodo durante a operação,
da seção transversal do reator REF (33). além de manter os eletrodos separados entre si a uma
Como pode ser observado na Figura 2, o REF possui distância de 0,9 cm.
o canal de entrada e de saída de efluente em posições O contato elétrico entre os eletrodos do reator e a
opostas. Assim, com o auxílio de uma bomba, o efluente fonte externa é feito por meio de bastonetes de aço
entra pela parte inferior do reator, percorre todo o sistema inox, com dimensões de 0,4 x 20,0 cm (diâmetro x
de eletrodos e sai pela parte superior, onde, então, pode comprimento) com ranhuras em suas pontas. Essas ra-
ser conduzido para uma câmara de separação. Na Figura nhuras têm a finalidade de se encaixarem no eletrodo,
3 mostra-se o desenho “em explosão” das linhas de con- promovendo o contato (33). A Figura 5 apresenta o de-
torno do REF com os detalhes destacados (33). senho do bastonete.

80 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


densidade de corrente de 13,82 A m -2. Na Tabela 1
apresentam-se os resultados das análises feitas em
amostras de EF e EB. As amostras de EF foram co-
letadas após 7 minutos de tratamento.
Na Figura 6 pode-se observar o esgoto antes de
ser submetido à eletroflotação e ao final, após 7 mi-
nutos de tratamento. A significativa diminuição da
turbidez (Tabela 1), assim como também a formação
de uma camada de lodo eletroflotado na superfície,
pode ser facilmente percebida.

Figura 4. Modelo das tampas laterais com o-ring e suporte dos


eletrodos do tipo gaveta

Figura 6. Reator REF. Esgoto antes e após 7 minutos de tratamento


por eletroflotação

Figura 5. Bastonete em aço inox com ranhura


Outro parâmetro importante nos processos ele-
troquímicos é a condutividade do meio. O cloreto
Ensaios em batelada de sódio é comumente utilizado para aumentar a
condutividade da água ou de efluentes que serão
Graças aos resultados obtidos pelos ensaios em tratados eletroquimicamente. Além de sua contri-
batelada no reator REF, determina-se a densidade buição iônica no transporte de cargas elétricas foi
de corrente que será aplicada quando em fluxo con- observado que os íons cloreto podem reduzir sig-
tínuo. Observou-se que a maior diminuição da tur- nificativamente os efeitos tamponantes dos ânions
bidez no menor tempo foi alcançada aplicando uma HCO-3 e SO42− (34).

Tabela 1. Comparação das características físico-químicas de amostras de esgoto bruto (EB) e de esgoto eletroflotado (EF) por ensaios em batelada

Valores do Efluente
Parâmetro Unidade EB EF DP C V (%) Remoção (%)
Min. Max. Média
Turbidez NTU 155 3,8 7 4,88 1,49 0,30 96,85
Cor Verdadeira mg Pt Co L -1
143 19 27 23,50 3,42 0,15 83,57
Oxigênio Dissolvido mg O2 L-1 1,8 6,31 8,72 7,42 1,12 0,15 412,221
pH - 6,36 7,21 8,06 7,53 0,37 0,05 Não se aplica
Sólidos Totais mg L-1 615 53,7 61,2 57,55 3,35 0,02 90,64
D P: Desvio padrão, para 4 amostras • C V: Coeficiente de variância

Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 81


Artigo

Considerando estas propriedades do NaCl, diferen- sem adição de NaCl. Isto traz um menor consumo de
tes quantidades foram adicionados ao esgoto com a energia para efetuar o mesmo processo, que se refletirá
finalidade de conferir-lhe diferentes condutividades e, em uma economia significativa no custo operacional.
assim, poder determinar qual destas permitia menor
consumo de energia no processo eletroquímico. Ensaios em fluxo contínuo
O aumento na concentração de NaCl no esgoto
trouxe como consequência o aumento proporcional na Uma vez determinada a densidade de corrente a
condutividade deste, como mostra a Tabela 2. ser aplicada no REF, procedeu-se à determinação da
vazão de entrada e saída do esgoto no reator. Várias
vazões foram testadas e, posteriormente, calculados os
Tabela 2. Condutividade do esgoto segundo a concentração de respectivos tempos de detenção hidráulicos (36,37).
NaCl adicionado
As diversas vazões foram testadas para determinar
Concentração de NaCl (g L-1) Condutividade (µS cm-1) o melhor compromisso entre o tempo e o conteúdo de
Sem adição 390 Al3+ no efluente tratado. Os parâmetros adotados para
determinar a vazão mais adequada foram eficiência na
0,17 970
remoção de DBO5 e a concentração de Al3+ no esgoto
0,33 1700
tratado, como mostrado na Figura 8.
0,50 2300
Uma remoção de DBO5 acima de 80% aliada a um
baixo conteúdo de Al3+ no efluente foi alcançada quan-
do se utilizou a menor vazão. Considerando estes resul-
Uma maior concentração de NaCl no esgoto conduz tados a vazão de trabalho adotada foi 0,07 L min-1.
a um aumento na condutividade e a uma diminuição
na tensão oferecida pelo efluente, reduzindo, assim, a
quantidade de energia necessária para poder efetuar o
0.25
processo de eletroflotação (35). 84
0,07 L min
-1
82
Trabalhando com as concentrações citadas na Ta- 80
0.20
bela 2 e aplicando uma densidade de corrente de 13,82 78 % Remoção de DBO

Concentração Al3+ (mg L-1)


5
A m-2 (densidade de corrente de trabalho), procedeu-se 76 3+
% Remoção DBO

Concentração Al
5

74
aos ensaios de eletroflotação. Os resultados são mos- 72
0.15

trados na Figura 7. 70
68
Como pode ser observado, a tensão registrada pelo 0.10
66
esgoto com adição de 0,50 g de NaCl L-1 foi a menor de 64
todas, chegando-se a trabalhar estavelmente em 4,25 62 0.05
60
V, quase a metade da tensão registrada pelo esgoto 58
56 0.00
0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 0.30 0.35 0.40 0.45

Sem NaCl Vazão (L min-1)


-1

8,5 NaCl = 0,17 g L-1


NaCl = 0,33 g L-1 Figura 8. Eficiência na remoção de DBO5 e concentração de Al3+
8,0 NaCl = 0,50 g L em função da vazão
7,5

7,0 Novos ensaios foram realizados, sendo os resulta-


dos apresentados na Tabela 3.
Tensão (V)

6,5

6,0 Os resultados obtidos em fluxo contínuo são bastan-


5,5 te parecidos aos registrados em ensaios em batelada,
5,0
isto é, devido à baixa vazão empregada, que permite
4,5
que o tempo de contato entre as placas de alumínio
com o efluente seja o suficiente para diminuir signifi-
4,0
cativamente a turbidez, cor verdadeira, sólidos totais e
0 5 10 15 20 25 30
Tempo de Operação (min)
também aumentar significativamente a concentração
de oxigênio dissolvido, devido à liberação de microbo-
Figura 7. Comportamento da tensão em função da concentração de NaCl lhas de oxigênio.

82 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


Tabela 3. Comparação das características físico-químicas de amostras de esgoto bruto (EB) e de esgoto eletroflotado (EF) por ensaios em
fluxo contínuo

Valores do Efluente
Resolução
Parâmetro Unidade EB EF DP C V (%) Remoção (%)
CONAMA No. 357
Min. Max. Média
Turbidez NTU 155 3,37 7,1 4,91 até 100 1,60 0,33 96,84
Cor Verdadeira mg Pt Co L -1
143 23 27 24,25 75 1,89 0,08 83,05
Oxigênio Dissolvido mg O2 L -1
1,8 7,45 9,54 8,07 >4 0,94 0,12 448,331
pH - 6,36 7,28 8,05 7,54 6,0 a 9,0 0,35 0,05 Não se aplica
Sólidos Totais mg L -1
615 53,4 62 58,73 500 3,92 0,07 90,45
D P: Desvio padrão, para 4 amostras • C V: Coeficiente de variância • 1: Aumento

Foi feita também uma determinação de espécies me- e alumínio, estas se encontravam acima dos valores
tálicas e não metálicas em amostras de EB e EF obtidas máximos permissíveis estipulados pela Resolução CO-
do reator operando em fluxo contínuo e, comparadas NAMA No. 357 (28), para lançamento de efluentes nos
com os valores estipulados pela Resolução CONAMA corpos de água. Mas, no caso do cobre, esta concen-
No. 357 (28) (Tabela 4). tração atende aos valores estipulados para lançamento
O efluente estudado apresenta baixas concentra- de efluentes que é de 1 mg Cu L-1 (28).
ções de espécies metálicas e não metálicas no seu Mesmo sendo as concentrações iniciais baixas,
estado bruto. Como pode ser observado, as concen- verificou-se que após o processo de eletroflotação as
trações de arsênio, cádmio cobalto, cromo e manganês concentrações das espécies diminuíram. No caso do
não foram registradas por estarem abaixo do limite de estanho, níquel e prata a diminuição foi de 18%, 19% e
detecção do equipamento. 26%, respectivamente, e no caso do chumbo, cobre e
Já no caso do chumbo, cobre, ferro, estanho, níquel, ferro foi de 76%, 97% e 86% respectivamente.
prata, zinco e alumínio, suas concentrações no EB con- Já no caso do alumínio, a diminuição das concentra-
seguiram ser registradas. Porém, só no caso do cobre ções iniciais foi de 67%. Esta diminuição permite que

Tabela 4. Concentração de espécies em amostras de esgoto bruto (EB) e de esgoto eletroflotado (EF) operando em fluxo contínuo,
comparada com os limites máximos estipulados na Resolução CONAMA No. 357

Resolução CONAMA Valores do Efluente


Espécies DP C V (%)
No. 357 (mg L-1) EB (mg L-1) EF Média (mg L-1)
As 0,033 < LD < LD - -
Cd 0,01 < LD < LD - -
Pb 0,033 0,00546 0,0013 9,57x10 -5
0,07
Co 0,2 < LD < LD - -
Cu 0,013 0,01729 0,0005 8,16x10-5 0,16
Cr 0,05 <LD < LD - -
Fe 5,0 0,26880 0,0351 2,58x10 -4
0,01
Sn N.E. 0,05824 0,0472 0,001 0,02
Mn 0,5 < LD < LD - -
Ni 0,025 0,00315 0,0025 4,20x10 -4
0,16
Ag 0,05 0,00133 0,0007 5,25x10 -4
0,54
Zn 5,0 0,02296 0,0234 8,41x10 -4
0,04
Al 0,2 0,4354 0,1420 1,91x10 -3
0,01
D P: Desvio padrão, para 4 amostras • C V: Coeficiente de variância • < LD: Abaixo do limite de detecção • N.E.: Não estipulado

Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 83


Artigo

os valores das concentrações no EF não ultrapassem para posterior desaguamento. A quantidade de lodo
os valores máximos permitidos. gerado é de 0,16 m3, o qual, depois de ser submetido à
secagem pesa 0,368 kg.
Passivação e desgaste dos eletrodos Tomando-se como exemplo alguns dados da SA-
BESP (40), o consumo médio de água por habitante é
Observou-se uma diminuição leve na tensão registra- estimado em 6,63 m3 por mês. Já o SAAE da cidade de
da após duas horas de processo eletroflotativo, graças São Carlos estima esse valor em 6,0 m3 por mês. Assu-
à passivação dos cátodos que no decorrer do processo mindo que cada pessoa ingira 2 L de água por dia, o res-
produzem excesso de OH-, fazendo com que a superfície tante seria convertido em esgoto; sendo assim, seriam
seja atacada por estes ânions e promovendo a formação gerados 5,94 m3 de esgoto por mês por habitante.
de um filme passivo (38). Esta fina camada de óxido de Considerando os 0,16 m3 de lodo gerado no pro-
alumínio é formada espontaneamente na presença de oxi- cesso de eletroflotação, estima-se que a quantidade de
gênio do ar. lodo gerado por habitante por mês seja de 0,9494 m3
Uma forma de evitar tal passivação é aplicar uma den- de lodo eletroflotado.
sidade de corrente inversa nos eletrodos (39). Esta não só
ajuda a minimizar os efeitos da passivação, mas também a Conclusões
distribuir homogeneamente o desgaste das placas de alu-
mínio. Com tal finalidade, a cada 90 minutos foi realizada O processo de eletroflotação mostrou-se eficiente
a inversão da polaridade no sistema, via fonte retificadora. no tratamento de esgoto doméstico tanto na escala de
Tal inversão foi feita invertendo as posições dos contatos bancada ao ser aplicada uma densidade de corrente
das placas de alumínio nos terminais de saída da fonte re- próxima a 13,82 A m-2, quanto em fluxo contínuo. A
tificadora. comparação dos resultados das análises físico-quími-
A constante formação do agente coagulante Al(OH)3 cas do esgoto eletroflotado com os valores máximos
deve-se ao constante desgaste dos ânodos de alumínio permissíveis estipulados pela Resolução CONAMA No.
devido à aplicação de uma diferença de potencial. O cál- 357 mostram que as características deste atingem as
culo da massa teórica de alumínio desgastada nos ânodos condições estipuladas para lançamento de efluentes
foi feito a partir da 1° lei de Faraday como observado na nos corpos de água. O esgoto eletroflotado possui ca-
equação (7) (26). racterísticas físico-químicas semelhantes às estipula-
das pela Resolução CONAMA No. 357 para águas do-
lxtxM ces de classe 3.
W= (7)
zxF O aumento da condutividade do esgoto graças à
Onde: adição de um sal facilita o tratamento e diminui o con-
w = Massa de eletrodo desgastado (g) sumo de energia gasta. O espaço físico requerido pelo
I = Intensidade de corrente (A) reator, a facilidade de automação e a pouca manuten-
t = tempo de tratamento (s) ção que requer o processo de eletroflotação são pon-
M = Massa molecular do eletrodo de sacrifício (para o tos favoráveis que tornam o processo de eletroflotação
Al: M = 27 g mol-1) uma alternativa viável se comparada a outros métodos
z = Número de elétrons envolvidos (para o Al: z = 3) de tratamento existentes.
F = Constante de Faraday (96485,3415 C mol-1) O processo de eletroflotação pode ser adotado
como sistema de tratamento de esgoto e águas da ges-
Com base na equação (7) foi calculado um desgaste tão de disposição de resíduos e reuso de águas dos
de 15,7 g de alumínio por metro cúbico de esgoto tra- chamados “prédios verdes” que visam à sustentabili-
tado. Para evitar que este desgaste se dê unicamente dade das suas construções e ao reaproveitamento dos
nos ânodos, foi realizada a inversão da polaridade no resíduos gerados nelas.
sistema, assim, o desgaste é distribuído uniformemente
em todas as placas. AGRADECIMENTOS

Lodo gerado no processo de eletroflotação Os autores agradecem à CAPES, CNPq e FAPESP


pelo auxilio financeiro. Aos profs. Sérgio Spinola Ma-
O lodo gerado no processo de eletroflotação acu- chado do IQSC e Luiz Daniel do EESC da USP São Car-
mula-se na superfície do reator e tem de ser removido los pelos equipamentos e infra-estrutura prestados.

84 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


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Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 87
Artigo

APLICAÇÃO DO PROGRAMA JV.NH-1 NA ANÁLISE


DA QUALIDADE DO BIODIESEL ETÍLICO DE LIMÃO
ROSA, UMA FONTE NÃO CONVENCIONAL
RESUMO
Seme Youssef Reda¹*,
Renato Sossela² e
Este trabalho envolveu a caracterização de uma amostra de biodiesel etílico obtido Bill Costa³
a partir de das sementes de limão rosa (Citrus limonia), em que foi determinado o
¹Departamento de Pós-
índice de iodo, índice de acidez e glicerina livre através do JV.NH-1 programa es- Graduação em Processos
crito em Visual Basic 5.0, cujos campos de entrada e saída de dados específicos Biotecnológicos – Universidade
foram fundamentadas na análise de espectros integrados de RMN de hidrogênio Federal do Paraná

da amostra. Os resultados mostraram que o biodiesel estudado manteve-se dentro ²Departamento de Pós-
das normas definidas pela ANP e que é possível usar o programa JV.NH-1 como Graduação em Processos
uma ferramenta alternativa na análise da qualidade do biodiesel. Biotecnológicos – Universidade
Federal do Paraná: Centro
Politécnico
Palavras-chave: Limão Rosa. JV.NH-1. Biodiesel. NMR-H1. Visual Basic.
³Instituto de Tecnologia do Paraná

*Correspondência:
SUMMARY E-mail: syreda@yahoo.com.br

This work involved the characterization of an ethylic biodiesel sample obtained from
Rangpur lime, setting up the iodine value, acidity index and free glycerin through the
JV.NH-1 program written in Visual Basic-5.0, whose fields of entry and exit of spe-
cific data were substantiated in the integrated hydrogen NMR spectra analysis of
the sample. The results showed that the biodiesel studied conform to the standards
defined by ANP and it is possible to use the JV.NH-1 program as an alternative tool
in analyzing the biodiesel quality.

Keywords: Rangpur Lime. JV.NH-1. Biodiesel. 1H-NMR. Visual Basic.

INTRODUÇÃO

De acordo com Agência Nacional de Petróleo, Gás alimentação do motor, além do produto de sua trans-
Natural e Biocombustíveis (1) alguns parâmetros de formação no motor, a acroleína, ser tóxica para o meio
qualidade devem ser investigados para o biodiesel po- ambiente (4).
der ser usado em motores do ciclo diesel. Dentre es- Logo, o cálculo destes parâmetros é de notória re-
ses parâmetros, tem-se o índice de acidez, muito rele- levância na caracterização da qualidade de qualquer
vante para a determinação da qualidade do biodiesel, amostra de biodiesel (5). As determinações oficiais atu-
cujo valor deve ser o menor possível para evitar que a ais em uso para se determinar o índice de acidez, índice
corrosão do motor (2,3), o índice de iodo, que indica o de iodo e de glicerina livre, utilizam reações químicas,
nível de insaturação do biodiesel produzido e quando muitas vezes trabalhosos e complexos, que exige rigor
em níveis elevados, confere à amostra pequena pro- na aplicação da metodologia a fim de não reduzir a pre-
teção nos processos termo-oxidativos resultantes do cisão e exatidão na obtenção dos resultados (7).
trabalho do motor (6) e a quantidade de glicerina livre Neste trabalho foi utilizado o programa JV.NH-1,
no biodiesel, um resíduo não-desejado do processo de com uma nova ferramenta para se determinar alguns
transesterificação, que em concentrações maiores do parâmetros físico-químicos, com base na ressonância
que o preconizado pela ANP pode obstruir o sistema de nuclear magnética de hidrogênio, em uma amostra de

90 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


biodiesel, uma fonte não-convencional, para testar o Magnética Nuclear de hidrogênio (RMN H1), pelo pro-
modelo e a qualidade do biodiesel produzido. grama JV.NH-1, em que as seguintes determinações
foram realizadas: índice de acidez (IA), índice de iodo
MATERIAIS E MÉTODOS (I.I.)(12) e peso molecular médio (PM)(12) teor de glice-
rina livre (GL)(13).
Coleta, preparo e extração do óleo As propriedades físico-químicas da amostra em es-
tudo, também foram realizadas pelo método oficial pre-
As amostras de limão rosa (Citrus limonia, O.) fo- conizado pela AOCS (1985) (2).
ram coletadas em pomar, sendo as sementes extraí-
das após extrusão dos frutos, separadas manualmente Obtenção dos ésteres etílicos
do bagaço, lavadas com água e colocadas em estufa à por transesterificação
temperatura de 50-55°C, até peso constante (72 horas).
As sementes foram trituradas em multiprocessador e o Os ésteres etílicos foram produzidos por tran-
óleo das sementes foi extraído com hexano, em extra- sesterificação alcalina do óleo de semente de limão
tor de soxhlet. O solvente foi removido em evaporador rosa bruto com etanol anidro (p.a), em excesso es-
rotatório e o óleo obtido foi analisado (8). tequiométrico, empregando o hidróxido de potássio
(KOH), numa proporção molar etanol: óleo de 12:1 a
Determinação das propriedades físico-químicas 0,5% (m/m) de [KOH] a uma temperatura de reação
do óleo das sementes de limão rosa de 65°C por 35 min sob agitação constante. Os tra-
(Citrus limonia, O.) ços de etanol excedente ao término da reação foram
retirados da fase orgânica por evaporação, aumen-
As propriedades físico-químicas do óleo extraí- tando-se a temperatura do meio para 80ºC por 15
do das sementes de limão rosa foram realizadas por min. Após essa fase, adicionou-se hexano para se
meio da Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio extrair a fase orgânica. O hexano foi removido em
(RMN H1), utilizando-se o programa PROTEUS RMN evaporador rotatório e o biodiesel recuperado foi
H1 para nas determinações do índice de iodo, índice seco em sulfato de sódio anidro e utilizado para as
de saponificação e peso molecular médio (9). Para o determinações físico-químicas.
cálculo da acidez do óleo foi utilizado a Equação 1 e a
Equação 2: (10) Determinação quantitativa dos
etil-ésteres produzidos (%EE)
A = 3.0597x (Ro, a) 2 − 6.3181 x (Ro, a) + 3.3381 (1)
A quantidade de etil-éster produzido foi determina-
Em que: da pela análise do espectro integrado de RMN H1 do
A = Acidez; biodiesel produzido, dividindo-se o valor da integral em
Ro,a = Relação hidrogênios olefínicos/alifáticos; δ 4,2 ppm pelo valor da integral em δ 2,3 ppm, multipli-
cando-se o resultado por 100. O resultado foi dado em
porcentagem de etil-éster produzido (%EE).
V
Ro, a = (2)
a+b
Ressonância Magnética Nuclear
Em que: de Hidrogênio–1 (RMN H1)
V = hidrogênios olefínicos;
a + b = soma dos hidrogênios alifáticos da molécula de As amostras foram dissolvidas em clorofórmio deu-
triacilglicerol; terado e seus espectros de RMN foram registrados
em espectrômetro Varian, modelo Mercury-300 MHz,
Determinação das propriedades físico-químicas operando no modo FT à temperatura ambiente. Para
do biodiesel obtido do óleo das sementes de os núcleos de Hidrogênio-1 foram utilizados os se-
limão rosa (Citrus limonia, O.) guintes parâmetros de aquisição: pulso: 45º, tempo de
relaxação: 1,359 s; tempo de aquisição: 3,64s; largura
As propriedades físico-químicas dos etil-ésteres de varredura: 4.120 Hz, largura de linha 0,3 Hz. Foram
de ácido graxo obtidos após a transesterificação fo- acumuladas 16 repetições para cada decaimento in-
ram realizadas por meio da tecnologia de Ressonância duzido livre (FID).

Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 91


Artigo

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Do espectro integrado de RMN H1 do óleo das se-


mentes de limão rosa (Figura 1) foi possível calcular
pelo programa PROTEUS RMN H1, o índice de iodo
(I.I), acidez (A), o índice de saponificação (IS) e o peso
molecular médio dos triacilgliceróis do óleo extraído,
conforme demonstrado na Tabela 1.
Observam-se no espectro da Figura 1, as insatura-
ções presentes no óleo vegetal da semente de limão
rosa, especificamente em δ 5.40-5.26 ppm, bem como
em δ ~2,80 ppm, região dos hidrogênios alílicos inter-
nos às insaturações e em δ ~2,20 ppm, região dos hi-
drogênios alílicos externos às ligações duplas da molé-
cula, conferindo alto grau de insaturação ao biodiesel Figura 1. Espectro integrado de RMN H1 do óleo vegetal da
etílico produzido a partir dessa fonte. semente de limão rosa

A Figura 2 mostra o espectro integrado de RMN H1 do


Tabela 1. Análises físico-químicas do óleo vegetal, calculadas pelo
programa PROTEUS RMN H1 biodiesel de semente de limão rosa, onde se podem obser-
var os deslocamentos característicos referentes aos diver-
Análises Físico-químicas sos hidrogênios da molécula. No espectro têm-se duas re-
Resultado
calculadas por RMN H1
giões importantes para os cálculos propostos, assinalados
Índice de iodo 101,4309 como R (δ 4,2 ppm) e L (δ 5,2 ppm). L é também a região
Índice de saponificação 183,14 do espectro relativo à insaturação da molécula. Os sinais
Acidez 0,2891 inerentes a essas regiões do espectro mostram que a in-
saturação característica do óleo vegetal que deu origem ao
Peso molecular médio 912,9611
biodiesel em estudo foi transferida ao biocombustível.

Figura 3. Formato geral do programa JV.NH-1

92 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


O cálculo do total de prótons (T) é calculado pela
aplicação da Equação 5:

L+M+r (5)
T=
r
Logo, o peso molecular médio foi calculado segun-
do a Equação 6:
R

L PM = 31,999 + 7,013 x T + 6,005 x O (6)

Por fim o valor do índice de iodo (I.I) foi calculado


5,49

5,02

1,84

5,10
7,76
6,26

8,39
60,14
conforme a Equação 7:
8 7 6 5 4 3 2 1 0
126,904 x 100 x (r) (7)
Figura 2. Espectro integrado de RMN H1 do biodiesel etílico da
I.I =
PM
semente de limão rosa
Para o cálculo da acidez da amostra estudada, pri-
meiramente foi necessário encontrar o valor da variável
Foi possível calcular o índice de iodo, o índice de acidez Z e a relação Z/prótons alifáticos (Rz,a), aplicando-se
e a concentração da glicerina livre, além do peso molecular para isso as Equações 8 e 9:
médio na amostra de biodiesel estudada pelo programa
JVN-H1, cujo fundamento está na analise dos dados obti- L−R (8)
Z=
dos do espectro integrado de RMN de hidrogênio. R
O programa foi escrito em linguagem Visual Basic-5.0, Em que L e R são os valores das integrais em δ 5,2
conforme demonstrado na Figura 3 para se determinar a e δ 4,2 ppm, respectivamente.
viabilidade da sua aplicação na determinação de parâme-
tros físico-químicos de uma amostra de biodiesel. Z (9)
Rz, a =
O programa calculou automaticamente os valores do a+b
índice de iodo, índice de acidez e a concentração de gli- Em que a+b é o valor da integral entre δ 1,0 e 0,5 ppm.
cerina livre por RMN H1 do biodiesel de semente de limão
rosa, pela entrada dos dados nos campos determinados Assim, o valor do índice de acidez calculado pelo pro-
no programa. grama foi o retorno da aplicação direta da Equação 10:
Assim, no programa é possível identificar os campos
relacionados aos valores das integrais do espectro de IA = -301,22 (Rz,a)2 + 17,007 (Rz,a) + 0,5204 [r2 = 0,9520; r = 9757] (10)
RMN de hidrogênio da amostra estudada.
No campo “valor de M” foi digitado o valor da soma Na determinação da concentração de glicerina livre
da integral entre δ 2,3 e 0,5 ppm; no campo “valor de L”, (GL), o programa fez a aplicação da Equação 11, retor-
digitou-se o valor da integral em δ 5,2 ppm; no campo “va- nando ao usuário o valor desse dado.
lor de R” a entrada foi o valor da integral em δ 4,2 ppm e
L− r
no campo “valor de a + b” a soma dos valores da integral GL = (11)
entre δ 1,0 e 0,5 ppm. r x 92,1
No passo seguinte, os demais valores foram calculados Em que L é o valor da integral em δ 5,2 ppm e r é a
automaticamente pelo programa, iniciando pelo cálculo do variável integral previamente calculada pelo programa.
valor da relação prótons olefínicos/alifáticos (Ro,a), calcu-
lado pelo programa pela aplicação da Equação 3: A Tabela 2 mostra os resultados das análises reali-
zadas pelo programa e pelo método oficial, bem como
O (3)
Ro, a = a quantidade de etil-ésteres produzidos (%EE) e os li-
a+b mites preconizados pela ANP para os parâmetros de
O cálculo da variável integral (r) é a aplicação auto- qualidade estudados.
mática da Equação 4: Observa-se na Tabela 2 que o índice de acidez e o
teor de glicerina livre estão dentro dos limites oficiais
R
r= (4) determinados, assim como a quantidade de etil-éster
2
Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 93
Artigo

produzido foi satisfatória. Os resultados dos índices de para a reação se completar, resultando em um valor li-
iodo mostraram que a amostra tem alto grau de insa- geiramente menor, o que não ocorreu na determinação
turação, o que está dentro do esperado, visto que o do índice de iodo por RMN.
óleo vegetal que originou o biodiesel revelou essa ca- A diferença na determinação do índice de acidez
racterística. Os resultados obtidos pelo programa estão pode estar nas discretas oscilações na aplicação do
próximos dos obtidos pelo método oficial, embora os método de bancada, que acabaram se somando e re-
resultados do índice de iodo e de acidez estejam dis- tornando valores discretamente imprecisos.
cretamente superiores ao método oficial.
Contudo, na determinação por bancada do índice de CONCLUSÃO
iodo, algumas ligações duplas podem ter ficado intac-
tas mesmo depois de transcorrido o tempo estipulado A metodologia empregada para a produção de bio-
diesel de semente de limão rosa foi satisfatória, medido
pela quantidade de etil-ésteres de ácido graxo produ-
Tabela 2. Dados obtidos pelo programa JV.NH-1 e pelo método oficial zidos, mostrando que o processo de transesterificação
Resultado
foi eficiente.
Parâmetros Método Limites - Os resultados obtidos pela aplicação do programa
encontrado pelo
calculados oficial ANP
programa JV.NH-1 JV.NH-1 para os cálculos do índice de iodo, índice de
Índice de iodo acidez e teor de glicerina livre no biodiesel de semente
103,96 102,00 Anotar
(I.I) de limão rosa, ficaram dentro dos limites preconizados
Índice de pela ANP, para a qualificação da amostra de biodiesel.
0,66 0,60 Até 0,80
acidez (IA) Logo, como os resultados obtidos pelo programa
Teor de JV.NH-1 ficaram próximos dos resultados obtidos pelo
Glicerina livre 0,012 0,015 Até 0,020
(GL) método oficial, isso confirma a possibilidade de aplica-
ção do programa como uma ferramenta alternativa na
%EE 98,43% - ≥ 96%
análise da qualidade do biodiesel.

R efer ê ncias

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94 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


Artigo

A CASCA DE BANANA COMO BIOADSORVENTE NA


REMOÇÃO DE CORANTES TÓXICOS PRESENTES
EM EFLUENTES INDUSTRIAIS
RESUMO
Marciela Belisário1*,
Romina Zanarotto2,
Neste trabalho foi avaliada a capacidade do bioadsorvente, casca de banana em Aline Sartório Raymundo2,
remover corantes presentes em efluentes de indústrias têxteis. Este bioadsorvente é Joselito Nardy Ribeiro1 e
Araceli Verónica Flores
útil principalmente devido ao seu reduzido custo e abundância. Os dados demons- Nardy Ribeiro1,2
traram que a casca de banana conseguiu remover cerca de 90% do corante Verme-
lho Congo e 82% da mistura de corantes presentes no efluente da indústria Blink
1
Laboratório de Pesquisa em
Química Aplicada, Prédio Básico
Jeans. Essa elevada adsorção do vermelho congo foi possível devido à combinação do CBM, Centro de Ciências da
dos seguintes parâmetros otimizados: pH da solução do corante vermelho congo – Saúde da Universidade Federal
pH 8; tempo de contato de 35 minutos, 2g de massa do adsorvente e concentração do Espírito Santo (UFES)

de vermelho congo 42 mg/L. Já para a mistura de corantes do efluente industrial, a 2


Coordenadoria de Licenciatura
melhor combinação dos parâmetros otimizados foi: pH da solução do efluente – pH em Química, Instituto Federal do
Espírito Santo - IFES
6, 14g de massa do adsorvente, concentração de vermelho congo de 7mg/L.
*Correspondência:
Palavras-chave: Vermelho Congo. Adsorção. Casca de Banana. marcielabelisario@yahoo.com.br

SUMMARY

In this study was considered the capacity of banana shell as adsorbent to remove
dyes proceeding from effluents of textiles industries. This bioadsorbent is useful
particularly to its reduced costs and abundance. The statistic gives that banana
shell has removed about 90% of dye congo red (CV) and about 82% of mixing seve-
ral dyes composition existing in effluents of Blink Jeans factory. This high adsorbing
of congo red dye was possible it had only the combination of the following optimi-
zed parameters: coloring solution congo red pH = 8; contact time 35 minutes; 2g
adsorbing mass and 42mg/L congo red intent solution. To mixing several dyes from
the factory effluents the best combination of optimized paremeters was: effluent
solution pH = 6; 14g adsorbing mass; 7mg/L congo red intent solution.

Keywords: Congo Red. Adsorption. Banana Shell.

INTRODUÇÃO

Muitas indústrias, tais como as de tintas, têxtil, papel temente antes de serem lançados nos corpos d’água,
e plástico empregam grandes quantidades de corantes são capazes de atingir reservatórios e estações de tra-
na manufatura de seus produtos. Pelo fato deste pro- tamento, podendo provocar sérios problemas de saúde
cesso necessitar de um volume substancial de água, pública (IMMICH, 2006), uma vez que muitos corantes
o resultado é a geração de uma quantidade conside- são altamente carcinogênicos e mutagênicos (MALL
rável de efluentes contaminados com corantes (CRINI, et al., 2005). Além disso, a contaminação de rios e lagos
2005). Na indústria têxtil, o alto consumo de água é com estes compostos restringe a passagem de radia-
proveniente das operações de lavagem, tingimento e ção solar, diminuindo a atividade fotossintética natu-
acabamento dos tecidos (IMMICH, 2006). Os efluentes ral e provocando graves alterações na biota aquática
gerados nesses processos, se não tratados convenien- (GUARATINI & ZANONI, 2000). Alguns corantes têxteis

Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 95


Artigo

como o vermelho congo, podem provocar o apareci- cam-se: celulose (NAWAR & DOMA, 1989), vermiculita
mento de alergias, dermatites e tumores (LIMA, 2004; (SILVA et al., 2005), pó de madeiras (SHUKLA et al.,
PAVAN et al., 2007; LL et al., 2005). 2002), casca de arroz (FOLETTO et al., 2005), bagaço
Devido aos graves problemas gerados pela presença de cana-de-açúcar (SILVA et al., 2007) e quitosana (KI-
inadequada de corantes no meio ambiente nos últimos MURA et al., 1999).
anos, medidas governamentais têm sido adotadas com A casca de banana também apresenta um grande
a finalidade de assegurar que indústrias têxteis tratem potencial como bioadsorvente; estudos demonstraram
seus efluentes, minimizando assim o impacto ambien- sua eficiência no tratamento de efluentes radiotóxicos
tal causado por esses poluentes (ANJANEYULU et al., em que o índice de remoção de íons de urânio chegou
2005). Deste modo, o desenvolvimento de tecnologias a 65% (IPEN, 2008). Considerando-se que o Brasil é o
adequadas para tratamento destes rejeitos torna-se segundo maior produtor mundial de banana e também o
extremamente necessário (HOLME, 1984). Dentre tais maior consumidor, existe uma grande abundância deste
tecnologias destaca-se o processo de adsorção de po- adsorvente natural no país (EMBRAPA, 2007). Este traba-
luentes por adsorventes sintéticos (FERREIRA, 2006) e lho teve como objetivo avaliar a potencialidade da casca
bioadsorventes (BRASIL et al, 2007; CRISAFULLY et al, de banana como adsorvente natural para remoção do
2008). O processo de adsorção consiste em ligar/reter corante têxtil Vermelho Congo (VC) e de uma mistura de
moléculas ou íons em superfícies sólidas. Devido às dife- corantes contidos no efluente da indústria Blink Jeans,
rentes forças de interações envolvidas no fenômeno de situada no pólo industrial de Vila Velha (ES).
adsorção este é comumente distinguido em adsorção
física (fisissorção) ou química (quimissorção). Adsorção PARTE EXPERIMENTAL
física ou adsorção de Van der Waals é um fenômeno re-
versível. A fisissorção é o resultado de forças intermole- Materiais e equipamentos
culares de atração relativamente fracas entre as molécu-
las do sólido e a substância adsorvida (MEZZARI, 2002). Foram utilizados os seguintes equipamentos: ba-
Os dados de uma adsorção física podem ser expressos, lança (Shimadzu AY220, Brasil), potenciômetro (Lutron
muitas vezes, por meio de uma equação empírica. As pH-206, Brasil), espectrofotômetro Vis (Bioespectro
equações mais comuns são as isotermas de adsorção SP-220, Brasil), estufa de secagem (Quimis), placa agi-
de: Freundlich e Langmuir (FOUST et al., 1982). Já a ad- tadora (Biomixer 78HW-1, Brasil), colunas de percola-
sorção química é o resultado da interação química entre ção de vidro 3,0 x 72 cm (Roni Alzi), vidrarias comuns
o sólido e a substância adsorvida. O processo é frequen- de laboratório de química.
temente irreversível. Na quimissorção as forças de intera-
ção adsorbato-adsorvente são relativamente superiores Reagentes e amostras
quando comparadas às forças observadas na adsorção
física (TEIXEIRA, 2001; MEZZARI, 2002). Foram utilizados reagentes de grau analítico e todas
A adsorção tem sido considerada superior a outras as soluções foram preparadas utilizando água destilada.
técnicas para reuso de água em termos de custo inicial, Destacam-se: corante Vermelho Congo (Vetec, Brasil),
flexibilidade, simplicidade de projetos e facilidade de amostra de efluente real (disponibilizado pela indústria
operação. Contudo, o primeiro passo para um proces- têxtil Blink Jeans, localizada no pólo de confecções da
so de adsorção eficiente é a escolha de um adsorvente Glória, Vila Velha. E.S.), ácido clorídrico (Vetec, Brasil),
com alta seletividade, alta capacidade, longa vida e que hidróxido de sódio (Dinâmica, Brasil) e casca de banana
esteja disponível em grandes quantidades e a um bai- obtida de produtores do estado do Espírito Santo.
xo custo (FIGUEIREDO et al., 2000). O carvão ativado
é o adsorvente mais comumente utilizado (PERUZZO, Métodos
2003). No entanto, o seu elevado custo, considerando
as grandes quantidades de efluentes a serem tratados, Em todas as etapas de otimização, as amostras fo-
estimula estudos e emprego de adsorventes naturais. ram filtradas e analisadas em espectrofotômetro UV/Vis
Tais adsorventes geralmente possuem custo signifi- a 500 nm. Para determinação do teor de corante retido
cativamente inferior, quando comparados com carvão no material adsorvente foi empregada a curva de cali-
ativado e costumam estar disponíveis em abundância bração. O material retido no adsorvente foi armazenado
(VIRARAGHAVAN & FLOR, 1998; FERNANDES, 2005). em local adequado para posterior descarte. Todas as
Entre os adsorventes naturais mais estudados desta- amostras foram avaliadas em triplicata.

96 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


Preparo do material adsortivo moléculas do corante ficam adsorvidas. Este modelo é
um dos mais utilizado para verificação gráfica da quan-
As cascas foram cortadas em pedaços de aproxi- tidade máxima de corante adsorvida em uma determi-
madamente 0,5 cm de comprimento e secas em estufa nada massa do adsorvente.
durante 24 horas a 50°C. Em seguida foram trituradas Para a construção da isoterma de Lagmuir utilizou-
em gral de vidro e acondicionadas em frascos hermeti- se os dados obtidos na etapa de otimização da con-
camente fechados. centração do corante VC.

Teste da umidade do adsorvente Otimização da massa do adsorvente em colunas


de percolação
Pesou-se uma massa de 3,0 g de casca de banana e
triturou-a até obtenção de partículas menores ou iguais a Para este processo foram adicionadas diferentes
1,19 mm, em seguida colocou-a na estufa a 70ºC. O valor massas da CBT (2 ; 4; 6; 10 e 14  g) em colunas de
dessa massa foi monitorado em intervalos de 60 minutos, percolação. Posteriormente, em cada coluna de perco-
após resfriamento em dessecador. Esse procedimento foi lação, foram percolados 50 mL de solução contendo 7
repetido até obtenção de uma massa de 2,847 g, que se mg/L de VC em pH 8,0. Esta etapa teve como objetivo
manteve constante nos intervalos seguintes. verificar a capacidade de retenção de VC por parte da
CBT, em uma situação de vazão do efluente.
Otimização das variáveis pH e tempo de contato
Tratamento de efluente industrial enriquecido
Para esta etapa foram preparadas soluções conten- com vermelho congo
do corante VC na concentração de 7 mg/L em diferen-
tes pHs (3, 4, 6, 8 e 10). Em cada uma destas soluções, Amostras reais de efluente têxtil contendo o corante
a um volume de 50 mL, foram adicionados 5 g de cas- VC foram testadas para verificar a eficácia do processo
ca de banana triturada (CBT). A mistura foi mantida em otimizado. Para essa etapa foi empregado o efluente
agitação magnética, a 200 rpm, durante diferentes tem- em pH 6,0 da indústria têxtil Blink Jeans, enriquecido
pos de contato (5, 20, 35 e 60 minutos). com o corante VC na concentração de 7mg/L. Nas co-
lunas de percolação contendo as massas otimizadas,
Otimização da massa do adsorvente foram percolados 50 mL do efluente enriquecido, em-
pregando a vazão total (87 mL/min.) Para determinação
Para este ensaio foram pesadas diferentes massas do teor de corante retido no material adsorvente, fez-
da CBT (2, 4, 6, 8, 10, 12 e 14 g). A cada uma dessas se o perfil do espectro de absorbância de ambas as
massas foram adicionados 50 mL da solução de VC 7 soluções e posteriormente empregou-se a absorbância
mg/L em pH 8. Em seguida a mistura foi colocada em máxima do efluente in natura (670 nm) e do efluente
agitação durante 20 minutos, a 200 rpm. enriquecido (500 nm). O cálculo da porcentagem de
remoção dos corantes foi realizado comparando-se as
Otimização da concentração do corante absorbâncias dos corantes antes e depois do efluente
passar pela coluna de percolação. Optou-se pelo pH
Para otimização da concentração do corante foram natural do efluente para viabilizar o tratamento por par-
preparadas soluções em pH 8 contendo diferentes con- te da empresa.
centrações de VC (3, 5; 7, 14, 24, 42, 56, 70; 84; 98;
112; 126; 140; 175; 210; 245 e 280 mg/L). Em 50 mL de RESULTADOS E DISCUSSÃO
cada uma dessas soluções foram adicionadas 2 g da
CBT. Estas misturas foram agitadas magneticamente (a Teste da umidade do adsorvente
200 rpm) durante um tempo de contato de 20 minutos.
Por meio dos resultados obtidos nesta etapa, pode-
Obtenção das isotermas de adsorção se concluir que a casca de banana utilizada nos expe-
rimentos possui cerca de 4,49% de água e 95,51% de
Foi empregado o modelo de isoterma de Langmuir, outros constituintes em sua estrutura. Portanto, a casca
que considera que a superfície do sólido é constituída de banana mostrou-se como um adsorvente com baixa
por um número finito de sítios de adsorção nos quais as umidade, o que proporciona uma boa adsorção, já que

Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 97


Artigo

a maioria dos sítios ativos não estaria sendo ocupada massa da CBT no processo adsortivo. A Figura 2 revela
por um excesso de moléculas de água (LEAL, 2003). que com 2,0g de CBT obtém-se a melhor porcentagem
de adsorção de VC (65 ± 3,7%).
Otimização do pH e tempo de contato Tsai e colaboradores (2008), em estudos utilizando
casca de ovo como adsorvente na remoção de corantes,
A Figura 1 revela que em pH 8 ocorre maior adsorção demonstrou que a medida que aumentava-se a massa
(aproximadamente 75%) de VC pela CBT, ao contrário do adsorvente, diminuia-se a porcentagem de adsorção
do que se observa em pH 6,0 (aproximadamente 30%). do corante ácido laranja 51. No entanto, os autores não
De acordo com Peruzzo (2003), a adsorção de co- explicaram o motivo desse comportamento.
rantes por alguns adsorventes naturais é mais eficiente Supõe-se que as forças de interação entre o VC e
em valores de pH tendendo a básico. Isto pode ser ex- a CBT sejam fracas, assim a agitação e o acréscimo
plicado pela presença de maior concentração de cátions de massa do adsorvente promoveram o fenômeno de
H+ em valores de pHs ácidos. Neste caso, os prótons adsorção-dessorção que resultou na ligeira queda da
competiriam, com o corante protonado pelos sítios car- porcentagem de adsorção desse corante.
boxílicos e carbonílicos disponíveis na superfície destes
adsorventes. Estes íons H+ ligados aos grupos que con- Otimização da concentração do corante
tém oxigênio no interior do adsorvente proporcionariam
sítios ideais para a formação de aglomerados adsorvidos A determinação da concentração do soluto é im-
de água por pontes de hidrogênio, diminuindo assim os portante uma vez que uma dada massa de adsorvente
sítios disponíveis para a adsorção do corante. pode adsorver somente uma quantidade limitada de
Nota-se também na Figura 1, que a melhor adsorção corante. Portanto, quanto maior a concentração inicial
ocorre nos tempos de 35 e 60 minutos (pH 8,0). Portan- da solução, menor será o volume que uma dada massa
to, como as indústrias buscam reduzir seus custos e oti- de adsorvente pode purificar (SOARES, 1998).
mizar seu tempo de produção, optou-se pela utilização Com os parâmetros citados anteriormente já otimi-
do menor tempo de contato (35 min.) para realização das zados e fixados (pH 8, tempo de contato 35 min., massa
outras etapas do trabalho. Nesta etapa foram definidos de CBT 2g) foram avaliadas diferentes concentrações
os parâmetros: pH da solução do corante (pH 8,0) e tem- do corante VC a fim de se obter a concentração de sa-
po de contato de VC com a CBT (35 minutos). turação (CS). A CS indica a concentração na qual ocor-
re a maior adsorção do corante (JORDÃO et al, 2000).
Otimização da massa do adsorvente Os resultados desta avaliação apresentados na Figu-
ra 3 revelam que a maior adsorção de VC por CBT ocor-
Nesta etapa foram fixados os parâmetros pH 8,0 e re a partir de 30 mg/L deste corante, a qual representa a
tempo de contato 35 minutos, variando-se apenas a CS. Segundo Tsai e colaboradores (2008) esse resultado

S+ 

S+
 
S+
 S+
 S+ 

 

$GVRUomR 

$GVRUomR






 

 

 



       
             
7HPSR PLQ 0DVVD J

Figura 1. Porcentagem de adsorção do VC em Figura 2. Porcentagem de adsorção do VC (pH 8,0; tempo 35 min.)
função do tempo de contato em função da massa do adsorvente

98 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


está atribuído ao número fixo de sítio adsortivos dado pela A equação de Langmuir pode ser linearizada cons-
massa do adsorvente. Assim à medida que se aumenta truindo-se o gráfico de Ceq/ qe vs Ceq (NAMASIVAYAM &
a concentração do corante, aumenta-se a porcentagem SUMITHRA, 2005), ilustrado na Figura 5. A partir do qual,
de adsorção até que a CS seja atingida e todos os sítios pode-se obter a equação da reta (y= 0,6244+0,49981 * X)
adsortivos fiquem ocupados, a partir desse momento a re- e o seu coeficiente angular (0,6244), que permite calcular
moção do corante torna-se praticamente constante. Qo. A capacidade máxima adsortiva da CBT foi de 2 mg/g,
isso indica que cada grama da CBT retém 2 mg do VC.
Construção das isotermas de adsorção Mall e colaboradores (2005) utilizando carvão ativa-
do comercial e laboratorial na remoção de VC de solu-
A Isoterma de Adsorção é a relação entre a quanti- ções aquosas, obtiveram os seguintes Qo, 0,635 mg/g
dade adsorvida e a concentração do adsorvente na fase e 1,875 mg/g, respectivamente.
fluida a uma determinada temperatura (SUZUKI, 1990). Tor & Cengeloglu (2006) em experimentos utili-
A partir dela obtém-se a capacidade máxima de adsor- zando resíduo de lama vermelha como adsorvente na
ção que indica a massa de poluente retida por grama remoção de VC obtiveram uma capacidade adsortiva
do adsorvente (SOARES, 1998). Existem diversos mo- (Qo) de 4,05 mg/g.
delos de isoterma, as mais comumente adotadas são
de Langmuir e Freundlich (TSAI et al., 2008).








 
T9&


$GVRUomR 



 





           

 &HT9& PJ/

            Figura 4. Isoterma de Lagmuir para o Vermelho Congo
&RQFHQWUDomR9& PJ/
Figura 3. Porcentagem de adsorção do VC (pH 8,0; massa de CBT
2g, tempo de contato 35 min.) em função da concentração do corante 

A partir dos dados obtidos anteriormente, elaborou- 

se a isoterma de adsorção, segundo o modelo de Lang-


muir (PEREIRA & ARRUDA , 2003). A isoterma de Lang- 
&HT9&T9& J/

muir (Figura 4) é representada pela seguinte equação


(TOR & GENCELOGLU, 2006): 

Ceq/qe = 1/Qob + Ceq/Qo




Em que Ceq é a concentração de equilíbrio da solu- \  ;


ção do VC (mg/L) (TOR & GENCELOGLU, 2006), qe é a 
quantidade de corante adsorvida no equilíbrio (NAMASI-
     
VAYAM & SUMITHRA, 2005), Qo é a capacidade adsor-
&HT9& PJ/
tiva do adsorvente (mg/g) e b é a constante de adsorção
de Langmuir (L/mg) (TOR & GENCELOGLU, 2006). Figura 5. Isoterma de Langmuir Linearizada para o Vermelho Congo

Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 99


Artigo

A CBT apresenta uma capacidade adsortiva rele- Considerando os resultados obtidos, nota-se que a cas-
vante, quando comparada aos resultados apresenta- ca de banana promoveu uma remoção eficaz do corante
dos a cima para remoção do VC. Isso torna viável sua VC e também de outros corantes presentes no efluente da
aplicação em estações de tratamento de efluentes con- Indústria Blink Jeans. Isso é vantajoso, pois os efluentes
taminados com VC. do setor têxtil geralmente apresentam mais de um tipo de
corante em sua composição (MELO, 2005).
Otimização da massa do adsorvente
em colunas de percolação CONCLUSÃO

A Figura 6 mostra que com uma massa de 14,0g de De acordo com os testes apresentados, verificou-
CBT obtém-se uma porcentagem de adsorção de apro- se que a casca de banana apresenta viabilidade como
ximadamente 90%. Os experimentos utilizando a colu- material adsortivo no tratamento de efluentes têx-
na de percolação foram fundamentais, pois simulam o teis contendo o corante vermelho congo. Esse pro-
comportamento real em uma estação de tratamento de cesso mostrou-se como uma alternativa promissora
efluentes industriais (PERUZZO, 2003). do ponto de vista econômico e ambiental, uma vez
Segundo alguns autores, o aumento da massa do que o emprego de resíduos agrícolas no tratamento
adsorvente promove o aumento da porcentagem de de efluentes líquidos, principalmente como materiais
remoção do adsorbato. Isso é esperado, pois se au- adsorventes alternativos é extremamente vantajoso,
mentando a massa do adsorvente, aumenta-se o nú- pois além de remover os contaminantes de efluentes,
mero de sítios adsortivos para ligação do corante (TOR pode também contribuir para minimizar os impactos
& CENGELOGLU, 2006; TSAI et al., 2008). ambientais causados pela disposição inadequada
destes resíduos.
Tratamento de efluente industrial
enriquecido com vermelho congo AGRADECIMENTOS

De acordo com a Figura 7 a adsorção do efluente Os autores agradecem à Fundação de Apoio à Ci-
enriquecido com vermelho congo (7mg/L) em pH 6 foi ência e Tecnologia do Espírito Santo (FAPES), à FUN-
eficiente. Os resultados mostraram que a remoção de CEFETES pelos recursos financeiros e pelas bolsas
VC foi de 76,34% e a remoção dos outros corantes, concedidas e à Indústria Têxtil Blink Jeans pelo forneci-
foi de 82,16%. mento do efluente têxtil.

100 
95

90 

85
80 

Adsorção (%)

75
$GVRUomR 


70

65
60 
55

50

45
40 
2 4 6 8 10 12 14
Massa (g) 
  
&RUDQWH9& (IOXHQWH%OLQN

Figura 6. Porcentagem de adsorção do VC em colunas Figura 7. Porcentagem de remoção do corante Vermelho Congo e
de percolação em função da massa do efluente industrial

100 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


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102 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


Artigo

ESTUDO DE HIDROCARBONETOS
POLICÍCLICOS AROMÁTICOS (HPAS) EM
MATERIAL PARTICULADO ATMOSFÉRICO DE
ÁREAS URBANAS DE GOIÂNIA/GO
RESUMO
Eliane da Costa Vilela*,
Eudécio Bonfim dos Santos Dias
A emissão de poluentes na atmosfera expõe, muitas vezes, a população de forma direta e Pedro Henrique Ferri
e/ou indireta a inúmeras substâncias tóxicas gasosas ou adsorvidas em material parti-
Instituto de Química da
culado atmosférico. Neste trabalho estudou-se a composição de HPAs presentes em Universidade Federal de Goiás,
amostras de material particulado atmosférico proveniente de Goiânia (GO). Os HPAs Campus Samambaia
foram submetidos à extração por Soxhlet e SFE, comparando-se a eficiência e sele-
*Correspondência:
tividade dos dois métodos sob diferentes solvente/fluido extrator. Os extratos foram E-mail: elicosta@química.ufg.br
analisados por GC-MS, o que permitiu a identificação de vários compostos, principal-
mente derivados de biftalatos nos extratos. Nos extratos os HPAs ocorreram em nível
de traços e o melhor solvente para extração foi o diclorometano nos dois sistemas de
extração, sendo esse solvente bastante seletivo, pois em ambos os sistemas extraiu
oito dos nove HPAs estudados. No entanto, o SFE apresentou a vantagem de menor
tempo de extração e menor volume de solvente.
As quantidades de material particulado atmosférico presente nas amostras analisadas
estavam à cima da permitida pela Legislação Brasileira (CONAMA), fato esse relaciona-
do provavelmente com o período de coleta ser predominantemente na época de seca,
sendo que nesse período ocorre no cerrado brasileiro muitas queimadas, outro fator
importante é a direção dos ventos e as fontes móveis, pois em ambos sítios de amos-
tragem ocorre um intenso fluxo de veículos automotores.

Palavras-chave: HPA´s. SFE. Material Particulado.

SUMMARY

In this work, it was performed composition of HPAs hereby in particulate matter’s sam-
ples of atmosphere in an urban area (Goiânia, Brazil).The PAH’s was subjected on So-
xhlet and SFE extraction, equalizing in efficiency and in selectivetly at the two method
about differents solvent/fluid extractor systems.The extracts was analysed by GC-MS,
that permited the identification of several components, especially variations of phtalatos
in the extracts. In the extracts, the PAH’s, occurred in trace level and the best solvent
for extraction was the methylene chloride in the two systems of extraction, this solvent
being great selective, in the both systems extracted eight of the nine studied’s HPAs. But,
the SFE brought the advantage of least time of extraction and lower solvent volume. The
amounts of in litle material atmospheric gift in the analyzed samples were above
of the allowed one for Brazilian Law (CONAMA), fact this related probably with the
period of collection to be predominantly at the time of dry, being that in this period
it occurs in the Brazilian open pasture many forest fires, another important factor
are the mobile direction of the winds and sources, therefore in both small farms of
sampling an intense flow of automachine vehicles occurs.

Keywords: PAHs. SFE. Particulate Mattter´s.

Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 103


Artigo

INTRODUÇÃO depende da forma e tamanho das partículas sobre os


quais os HPAs estão adsorvidos, velocidade do vento,
A poluição do ar é causada pela presença de par- atrito atmosférico, peso molecular e polaridade da mo-
tículas totais em suspensão e de gases tóxicos, como lécula. O processo de deposição úmida é influenciado
dióxido de carbono, monóxido de carbono, dióxido de pelo tipo de tempestade (chuva, nevada) e outros parâ-
enxofre, óxidos de nitrogênio etc. (11). Assim, portanto, metros meteorológicos (8).
sendo um assunto de interesse mundial devido às suas Uma forma de controlar esses compostos na atmos-
influências na saúde humana (2,3). A contaminação do fera é localizar as fontes de emissão. Nas metrópoles
ar e os esforços para mantê-lo sob controle não são a poluição que ocorre na atmosfera é ocasionada ba-
fenômenos recentes. Relatos revelam que, no século sicamente por duas fontes: estacionárias e móveis. As
XIII, o rei Eduardo II da Inglaterra proibiu em Londres fontes estacionárias são produzidas pelas chaminés
a queima de certos materiais que em sua combustão das fábricas, pela queima de óleo bruto nas indústrias
emitiam gases altamente tóxicos (4). e postos de combustíveis. As fontes móveis são gera-
A emissão de poluentes na atmosfera muitas ve- das pelos diversos sistemas de transporte que usam
zes expõe a população de forma direta e/ou indireta combustíveis fósseis, dos quais os caminhões, ônibus
a inúmeras substâncias tóxicas. Essas emissões são e automóveis são os mais significativos (2,9,10,11).
essencialmente relevantes em áreas de grande fluxo Outras fontes de emissões são as queimadas nos
populacional devido à contiguidade entre pessoas e as canaviais, nas matas e os fornos das carvoarias (12,13).
fontes de emissões que podem ser naturais ou antro- A queima nos aterros sanitários e o processo de com-
pogênicas (3,5,6). pactação e cobertura parcial do lixo também produzem
Dentre os poluentes atmosféricos encontramos poeiras suspensas nestas áreas (14). Estudos mostra-
traços de Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos ram que a poluição atmosférica em países desenvolvi-
(HPAs) que são substâncias carcinogênicas e/ou mu- dos causou milhares de mortes e prejuízos de bilhões
tagênicas, os quais são emitidos por fontes biogê- de dólares devido às despesas com medicamentos (4).
nicas e antropogênicas (6,7), esses compostos são Neste contexto, o presente trabalho tem por objetivo
encontrados com maior facilidade em atmosferas investigar os melhores sistemas de extração de HPAs
de centros urbanos (9,10). Os HPAs estão associa- presentes em material particulado atmosférico.
dos principalmente a partículas submicrométricas -
fração do material particulado respirável (< 0,7 µm) MATERIAL E MÉTODOS
que persiste na atmosfera entre 100 a 1000 horas, na
ausência de deposição úmida. Os HPAs podem ser Todos os reagentes utilizados neste trabalho foram
encontrados na fase vapor e/ou particulada, cuja dis- de grau analítico (Merck), com exceção do diclorome-
tribuição depende da pressão de vapor do HPAs e tano (UV - HPLC, Grupo Química).
da temperatura ambiente. Os materiais particulados Para obtenção dos extratos dos HPAs foram utiliza-
urbanos com pressão de vapor de 1.10-5 kPa estão dos o Extrator de Fluido Supercrítico, no modo estático,
na fase vapor e os de pressão de vapor menores que desenvolvido e construído no Instituto de Química de
1.10-9 kPa estão na fase particulada; em aerossóis de São Carlos da Universidade de São Paulo (IQ-USP/SC),
ar limpo correspondem a 1.10-6 kPa para fase vapor e o extrator de Soxhlet, com capacidade de 250 mL.
e 1.10-10 kPa para a fase partículada. Em termos de A concentração dos extratos orgânicos foi realiza-
estruturas, a 25ºC, HPAs com três anéis condensados da em evaporador rotativo Micronal, modelo E 300,
se encontram na fase vapor, com quatro e cinco anéis acoplado a uma bomba de vácuo da Tecnal, modelo
em ambas as fases e com seis ou mais praticamente TE - 058, na temperatura de 45ºC.
na fase partícula. Em temperaturas mais baixas ha- As análises de espectrometria de massas foram de-
verá um aumento dos HPAs na fase partícula e uma senvolvidas no Laboratório de Bioatividade Molecular
possível redução na degradação química. Portanto, do Instituto de Química da Universidade Federal de
encontram-se mais HPAs associados ao material par- Goiás (IQ-UFG) em um GC-MS da Shimadzu, modelo
ticulado no inverno do que no verão. QP 5050A, nos modos SCAN e SIM.
Estes compostos infiltram-se nas vegetações, solos, A amostra de material particulado foi coletada pelo
rios, lagos e oceanos através dos processos de depo- Amostrador de Grande Volume do tipo Hi-Vol PTS, da
sição úmida e seca. O processo de deposição seca Agência Ambiental de Goiás, marca Energética, em fil-
compreende a difusão, compactação e sedimentação, tro de fibra de vidro (marca E100, do tipo P.A. da Ener-

104 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


gética), com 78 g/m2; 0,32 mm de espessura; com 1,8 As extrações de HPAs foram realizadas com um
µm de retenção de partícula líquida; com 18 segundos único filtro de amostragem coletado no dia 16 de ou-
de escoamento d’água (tempo para filtragem de 1 litro tubro de 2004 do sítio de amostragem do Terminal
de água deionizada a 20ºC através de um filtro de 9,6 Isidória.
cm2 em um vácuo de 300 mmHg); com 99,9% de efi- O procedimento de lavagem de vidraria para análise dos
ciência e 32 mmH2O/5 cm/s de queda de pressão, em HPAs foi feito com Extran (Merck). Em seguida, pesou-se
conformidade com a Norma Reguladora NBR 9547/86 cerca de 200 mg do filtro de amostragem, transferindo-o
da ABNT para determinação da concentração total de para o extrator de Soxhlet. Acrescentou-se 250 mL de cada
material particulado atmosférico através do método de solvente, e procedeu-se a extração sob aquecimento, du-
amostrador de grande volume. rante oito horas, mantendo para cada uma das extrações
O filtro foi pesado antes e após a coleta com preci- as temperaturas ideais, os solventes utilizados foram eta-
são de 0,1 mg. Antes da pesagem, o filtro foi armaze- nol, metanol, diclorometano e diclorometano:acetona(1:1).
nado em um dessecador a uma temperatura entre 15- Após o período de extração, cada extrato foi submetido
35ºC, e umidade relativa inferior a 50%, por 24 horas. ao evaporador rotativo e, posteriormente, armazenado em
Foi definido um sítio de amostragem, instalado pela um frasco de vidro âmbar de 10 mL a 5ºC.
Agência Ambiental do Estado de Goiás: sendo pró- Para as extrações dos HPAs por SFE, pesou-se cer-
ximo ao Terminal Isidória, Setor Pedro Ludovico em ca de 200 mg do filtro de amostragem, transferindo-o
Goiânia/GO. Com a seguinte localização georeferen- para a cela do extrator. Adicionou-se 30 mL do fluido
cial S 16º 42’ 8,71”; W 49º15’ 2,00”. A Figura 1 repre- extrator à cela, fechando-a em seguida. O sistema foi
senta o mapeamento da região urbana de Goiânia e o pressurizado com nitrogênio à pressão supercrítica
sítio de amostragem em tamanho menor. do fluido extrator. Foram usados os seguintes fluidos

Figura 1. Mapa da Região Metropolitana de Goiânia-GO e localização do sítio de amostragem do Terminal Isidória

Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 105


Artigo

extratores:etanol, metanol, diclorometano e a mistura dendo das condições empregadas, também podendo
diclorometano:acetona (1:1) com as respectivas tem- ser muito seletiva.
peraturas e pressões críticas 270ºC e 7,8MPa, 270ºC e Para Matta (15), a extração de HPAs em sistema
8,0MPa, 237ºC e 6,0MPa, 236ºC e 5,5 MPa. Em segui- Soxhlet é amplamente utilizada em estudos de amos-
da, colocou-se a cela no forno pré-aquecido à tempe- tras de sólidos ambientais. Vasconcellos et al. (14) uti-
ratura supercrítica, mantendo-o sob agitação por uma lizaram Soxhlet para extração de HPAs presentes no
hora. Após a remoção da cela cada extrato foi filtrado material particulado da atmosfera Amazônica. Também
e lavado com o mesmo solvente utilizado na extração e Vasconcellos et al. (16) também utilizaram esse método
concentrado sob fluxo de nitrogênio, sendo armazena- de extração para analisar HPAs em material particulado
do em vidro âmbar a 5ºC. da atmosfera de São Paulo.
A caracterização dos HPAs foi realizada através da Para a identificação o GC-MS apresentou a vanta-
técnica GC-MS nos modos SCAN (varredura) e SIM gem de fornecer informações estruturais para muitos
(monitoramento do íon seletivo). dos componentes responsáveis pelos picos cromato-
Foram injetados três grupos de três padrões em gráficos e capacidade de identificá-los a níveis de tra-
cada varredura e, intencionalmente, os isômeros foram ços. Em cada varredura do MS resulta uma série de
injetados em grupos separados. Nas seguintes con- valores de m/z e abundâncias, que são armazenadas
dições de análise: coluna 5% fenil, 95% metilpolisilo- no computador. O cromatograma gasoso reconstituído
xano (CBP-5) (Shimadzu) (30,0m x 0,25mmx 0,25µm), é rotineiramente denominado de cromatograma iônico
temperatura do injetor 270ºC, temperatura do detector total (TIC). O TIC apresenta graficamente todos os pi-
300ºc, gás de arraste He; 1,0mL/min, volume da amos- cos eluídos por GC.
tra 0,2µL com a programação 60-270ºC a 5ºC/min e o A vantagem desta técnica é que pela escolha corre-
modo de injeção “split” 1:20. Os padrões utilizados fo- ta dos valores de m/z a serem expressos graficamente,
ram naftaleno(m/z 128), acenafteno (m/z 153), fluoreno seletivamente é realizada uma análise de compostos
(m/z 166), fenantreno (m/z 178), antraceno (m/z 178), específicos ou classe de compostos, possibilitando as-
fluorenteno (m/z 202), pireno (m/z 202), criseno (m/z sim, a identificação.
228), benzo(g,h,i)perileno (m/z 252). O uso de cromatogramas iônicos pode ser muito im-
portante para a identificação se os íons característicos
RESULTADOS E DISCUSSÃO forem selecionados. Obtendo-se um pico para a mas-
sa correta e tempo de retenção para um determinado
Não obstante, neste trabalho tornou-se interessante composto específico será forte a evidência a presença
comparar a capacidade de extração de HPAs em mate- deste composto na amostra.
rial particulado atmosférico nos métodos convencional Por GC-MS foi obtido o padrão de fragmentação
e SFE utilizando o modo estático, verificou-se as van- de cada composto e também seus tempos de reten-
tagens e limitações dos métodos de extração de HPAs ção, Figura 2.
em material particulado atmosférico. A análise dos extratos de HPAs pelo método GC-
Os mesmos solventes foram utilizados para ambos MS-SCAN permitiu detectar os componentes majoritá-
os métodos, permitindo a comparação da eficiência rios do material particulado atmosférico através de seus
de extração em termos da quantidade extraída, tem- fragmentogramas de massas e dos tempos de retenção
po de extração e rendimento global. Após análise pela no cromatograma.
técnica de GC-MS-SIM se observou que os extratos
provenientes das técnicas de Soxhlet e SFE possuem
semelhanças qualitativas, apesar de apresentarem
relativamente, algumas diferenças significativas. Esse
mesmo procedimento foi previamente utilizado por
Assis (14) e por Matta (15) na extração de HPAs em
sólidos ambientais cujos resultados evidenciaram o
potencial extrativo superior da SFE em relação à ex-
tração por Soxhlet. Na análise dos extratos por Assis
(14) a comparação das metodologias demonstrou que
a SFE fornece os melhores rendimentos de extração Figura 2. Perfil cromatográfico da mistura de padrões de HPAs por
para todas as classes (AHs, HPAs e PACs) e, depen- GC-MS-SCAN

106 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


Este experimento pelo modo SCAN mostra a pre- Através das análises dos cromatogramas por GC-
sença majoritária de ftalatos (metila, etila, n-octila) na MS-SCAN, pode-se concluir que as concentrações de
amostra de material particulado atmosférico por nós HPAs nos extratos provavelmente eram baixas, portanto
estudado. Nos cromatogramas por GC-MS-SCAN não não sendo detectáveis por esta técnica. Esta dificuldade
foi possível a identificação HPAs nos extratos, contudo, também foi encontrada por Assis (14), no qual a identifi-
podem-se observar vários picos espaçados uniforme- cação de HPAs em baixa concentração em carvão mine-
mente característicos de série homólogas de compos- ral foi dificultada devido à presença de ftalatos.
tos alifáticos, tais como hidrocarbonetos. A alternativa encontrada foi a análise dos HPAs por
Zamperlini (8) descreveu sobre a interferência de fta- espectrometria de massas usando o monitoramento
latos em seus extratos durante a investigação de HPAs de íons seletivos (SIM). Foram feitas quatro janelas,
na fuligem proveniente da queima de cana de açúcar. nas quais foram monitorados nove íons. O monito-
Também, Vasconcellos et al. (14) observaram em extra- ramento dos íons em diferentes intervalos aumenta
tos do material particulado da atmosfera da Amazônia a sensibilidade e a seletividade da detecção. Assim,
a presença de ftalatos entre outros compostos, con- a técnica de GC-MS-SIM identificou os noves HPAs.
firmando a idéia que esses compostos podem ser en- De fato, Tavares et al. (19) encontraram HPAs em ní-
contrados em zonas remotas. Tsapakis et al. (17) tam- vel de traços em material particulado atmosférico de
bém observaram a presença de ftalatos em amostras Londrina. Aceves & Grimalt (5) também observaram a
atmosféricas em centros urbanos. Em adição, Souza e presença desses compostos, em nível de traços em
Carvalho (18) descreveram a presença de ácidos car- material particulado atmosférico em Barcelona, Espa-
boxílicos em material particulado atmosférico em dife- nha. As Figuras 4 a 7 apresentam os cromatogramas
rentes ambientes. dos íons totais dos extratos obtidos por Soxhlet e SFE
Várias atividades antropogênicas originam os ácidos com o mesmo fluído extrator.
carboxílicos na atmosfera como processos de com- Observou-se que o naftaleno (Naf) só foi extra-
bustão, tais como a queima de combustíveis, a quei- ído apenas utilizando etanol como solvente/fluido
ma de vegetação e a incineração de matéria orgânica. nos dois métodos e por SFE com o fluido extrator
As fontes móveis (veículos automotores) liberam para diclorometano:acetona (1:1). O fluoreno (Flu) foi extra-
a atmosfera diferentes ácidos orgânicos, essa taxa de ído por Soxhlet com etanol, e por SFE com metanol.
emissão depende da quantidade e tempo de uso des- Soxhlet com diclorometano:acetona (1:1) e em ambos
ses veículos que circulam diariamente. Também segun- métodos de extração com diclorometano. Os compos-
do Matta (15), ocorre ozonólise com os HPAs forman- tos: acenafteno (Ace), fenantreno (Fen), antraceno (Ant),
dos quinonas e ácidos ftálicos. fluoranteno (Flt); foram encontrados em todos os extra-
O cromatograma (Figura 3) obtido por GC-MS-SCAN tos de modo que o pireno foi encontrado nos extratos
apresenta os picos dos vários compostos presentes no obtidos com metanol, nos extratos obtidos com diclo-
extrato etanólico obtido por Soxhlet. rometano e diclorometano:acetona (1:1), o Benzo(g,h,i)
Perileno (BghiP) somente não foi extraído por SFE com
diclorometano:acetona(1:1). No entanto, Fernandes et
al. (20) descrevaram sobre o Bg, h, iP presente na at-
mosfera ao analisar BTX e HPAs na atmosfera do Rio
de Janeiro e concluíram que ele é proveniente de veí-
culos automotores e que juntamente com o chumbo e
o benzeno serão responsáveis por mais de 1000 novos
casos de câncer em regiões urbanas.
De acordo com Martins (12), o naftaleno (Naf) apre-
senta muita volatilidade, sendo possível a sua perda
durante as extrações em que se utilizam temperaturas
Figura 3. Análise por GC-MS-SCAN da amostra extraída por Soxhlet
usando etanol como solvente extrator, onde 1 = acetaloxima, 2 = elevadas. Vasconcellos et al. (16) também descreveram
ácido nonanóico, 3 = ácido tetradecanóico, 4= dibutilftalato, 5 = ácido a presença de pireno (Pir), criseno (Cri) e fluoranteno
tridecanóico, 6 = 2-etilhexilftalato, 7 = 9-eicoseno,
8 = Ácido octadecanoíco, 9 = 2-butil-piridina, 10 = 2-ác. propenóico- (Flt), e atribuíram a emissão destes por veículos à gaso-
3-14-metoxifenil,2-hepetil hexil éter, 11 = Ácido hexanóico, lina, sendo esta a origem provável das amostras anali-
bis[-2- etilhexilester], 12 = 7-metilheptadecano, 13 = o-n-ocftalato,
14 = 5-etil-5- propil undecano, 15 = Hexacosano, 2, 5, 13, 14-
sadas, pois os sítios de coleta são próximos a terminais
tetrametilftano, 16 = oxirano rodoviários e em ruas de grande tráfego de veículos.

Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 107


Artigo

Por outro lado, Vasconcellos et al. (14) descreveram as


presenças de criseno (Cri) e pireno (Pir) em amostras de
partículas totais em suspensão da Floresta Amazônica,
atribuindo-as às queimadas na região.
De acordo com Martins (12), a queima da vegetação
no cerrado no período de inverno, clima seco na região
centro-oeste, que vai de maio a setembro, contribui
para o aumento de material particulado na atmosfera.

Figura 6. Cromatograma dos HPAs por GC-MS-SIM do extrato


obtido com diclorometano por (a) Soxhlet; (b) SFE

Figura 4. Cromatograma dos HPAs por GC-MS-SIM do extrato


obtido com etanol por (a) Soxhlet; (b) SFE

Figura 7. Cromatograma dos HPAs por GC-MS-SIM do extrato


obtido com diclorometano: acetona (1:1) por (a) Soxhlet; (b) SFE

Adicionalmente Yang et al. (21) descreveram sobre a


presença de HPAs na atmosfera provenientes de escapa-
mentos de motocicletas em Taiwan, dessa forma pode-se
sugerir que uma das fontes de HPAs em Goiânia seja devi-
do à grande circulação desse meio de transporte.
Jaffé et al. (22) descreveram como fonte de HPAs na
Figura 5. Cromatograma dos HPAs por GC-MS-SIM do atmosfera de Montego Bay, na Jamaica, os processos
extrato obtido com metanol por (a) Soxhlet; (b) SFE de combustão de combustíveis fósseis.

108 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


Tsai et al. (23) descreveram que a maior fonte de noves HPAs estudados em nível de traços, em amos-
emissão de HPAs na atmosfera são os combustíveis tra de material particulado atmosférico de um sítio
fósseis; também citam que a topografia do local in- de amostragem da Região de Goiânia.
fluencia na amostragem, a região de amostragem deste As análises por GC-MS pelo modo SCAN permiti-
trabalho é próxima a um terminal rodoviário e em uma ram confirmar a presença majoritária de substâncias
região de grande fluxo de veículos automotivos, por- de ftalatos como sendo os constituintes principais
tanto esses podem ser uma das principais fontes de da fuligem.
emissão de HPAs. A comparação das metodologias para extração
As extrações pelo sistema Soxhlet se mostraram dos HPAs demonstrou que a extração por Soxhlet e
bastante eficientes, assim como as extrações por SFE. por SFE no modo estático, dependendo das condi-
Em nenhuma das extrações foi possível detectar todos ções empregadas, foram seletivas para os HPAs es-
os nove HPAs estudados. tudados. A rapidez com que se realiza uma extração
As extrações apresentam resultados qualitativos se- por SFE torna este método preferível em relação à
melhantes contradizendo alguns resultados previamen- extração por Soxhlet.
te descritos, indicam que o melhor método de extração Usando-se diclorometano como fluído extrator foi
foi o SFE. Matta, (15) e Crespo et al. (24) compararam possível extrair um maior número HPAs, seguido da
os métodos de extração por Soxhlet e SFE e concluí- extração com Soxhlet com metanol e SFE com diclo-
ram que o método SFE foi mais eficiente para extração rometano : acetona (1:1).
em amostras ambientais. Os cromatogramas dos íons totais usados nas
Zamperlini (8) comparou o método de extração por análises permitiram a pesquisa rápida e objetiva de
Soxlhet com o método de ultrassom e concluiu que a HPAs, porém a identificação individual de todos os
extração por Soxhlet foi mais eficiente extraindo mais compostos requer o emprego de HPAs isoméricos
substâncias da fuligem e proporcionando maior recu- ou aplicar outras técnicas de análise.
peração dos HPAs em suas amostras. Embora não se tenha feito a quantificação dos
HPAs no material particulado atmosférico, a presen-
CONCLUSÕES ça dos mesmos já é, por si só, um alerta quanto à ex-
posição da população à esses compostos altamente
Este trabalho permitiu concluir a ocorrência dos cancerígenos e/ou mutagênicos.

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110 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


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Abrabi - Associação Brasileira de Empresas de Biotecnologia Ital - Instituto de Tecnologia de Alimentos
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Abeq - Associação Brasileira de Engenharia Química Itep - Instituto Tecnológico do Estado de Pernambuco
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Abifina: Associação Brasileira de Química Fina, Instituto Uniemp – Fórum Permanente das Relações Universidade-
Biotecnologia e Suas Especialidades Empresa
www.abifina.org.br www.uniemp.org.br
Abiquif: Associação Brasileira da Indústria Farmoquímica International Institute for Environment and Development
www.abiquif.org.br www.iied.org
Abiquim - Associação Brasileira da Indústria Química International Mass Spectrometry Society
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Abipti - Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica International Union of Pure and Applied Chemistry (IUPAC)
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e Engenharia das Empresas Inovadoras http://thomson.iqm.unicamp.br
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Sociedade Brasileira de Espectrometria de Massas
Finep – Financiadora de Estudos e Projetos www.brmass.com.br
www.finep.org.br
Sociedade Brasileira de Genética
Fundação Certi www.sbg.org.br
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Sociedade Brasileira de Microbiologia
Fundação Osvaldo Cruz www.sbmicrobiologia.org.br
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Sociedade Brasileira de Microscopia e Microanálise
HPLC Portal www.sbmm.org.br
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Sociedade Brasileira de Química
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United State Pharmacopeia (USP)
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia www.usp.org
www.ibict.br
Discuta
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www.butantan.gov.br Controle Biológico
controlebiologico@yahoogrupos.com.br
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www.int.gov.br Controle de Qualidade
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112 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48


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www.ibp.org.br Inscrições: www.ispe.org.br
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De: 14 a 16 de setembro De: 05 a 08 de outubro Local: Florianópolis. SC
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114 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48

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