Sei sulla pagina 1di 18

O SAQUE

O saque é o fundamento utilizado para colocar a bola em jogo,


portanto é com ele que o rally é iniciado. O saque não sofre influência
da trajetória e do ponto de queda da bola. Em comparação com os
outros fundamentos do voleibol, no saque surgem poucos problemas
técnicos, porque o jogador tem a bola sob seu controle antes de
sacar, não dependendo de ações de seus colegas de equipe e nem é
influenciado pelo adversário. Após o apito do árbitro autorizando o
saque, o sacador tem até 8 segundos para executá-lo.
O saque assumiu uma grande importância no voleibol moderno.
Durante o jogo, a equipe que recebe o saque e arma o ataque tem
maiores chances de vencer o rally do que a equipe que saca e irá
defender. Um saque bem executado que dificulte a recepção do
adversário proporcionará maiores chances de bloqueio e defesa para
a equipe do sacador. Portanto, uma equipe que disponha de bons
sacadores conseguirá, no decorrer do jogo, superar o adversário
através de pontos conseguidos com o saque, o bloqueio e contra-
ataques.
Além da força e da velocidade imprimidas na bola, o sacador
tem que ser capaz de sacar em diferentes partes da quadra do
adversário, a fim de dirigir a bola para uma área vulnerável, ou na
direção de um jogador que seja mais fraco na recepção.

Técnica de Execução do Saque:


No saque, a bola pode ser enviada para o outro lado da rede
com ou sem efeito. Quando o saque é executado com efeito (com
rotação da bola) sua trajetória é retilínea, o que facilita a antecipação
do ponto de queda da bola (fig 22).

Fig 22 – Saque tipo tênis (com efeito).

Um saque sem efeito (sem rotação da bola) muda de direção


durante a sua trajetória, e a dificuldade do adversário em recebê-lo,
está justamente nestes desvios, pois a ela muda ligeiramente para a
esquerda, direita, acima e abaixo, dificultando o cálculo exato do
ponto de queda da bola. Este é o tipo de saque mais executado no
feminino e nas categorias de base no masculino e recebe o nome de
saque flutuante (fig 23).
Fig 23 – Saque Flutuante (sem rotação da bola)

Classificação do Saque:

O saque pode ser classificado em relação à trajetória da bola,


podendo ser:

a) Sem variação da trajetória (com efeito):

 Saque por cima tipo tênis.


 Saque em suspensão (“viagem”).

b) Com variação da trajetória (sem efeito):

 Saque por baixo.


 Saque flutuante frontal.
 Saque flutuante lateral.

Técnica de Execução do Saque por Baixo:


O primeiro saque a ser aprendido por iniciantes, por ser o mais
fácil de ser executado é o saque por baixo, inclusive nas categorias
de base da Federação Mineira de Voleibol (pré-mirim), somente o
saque por baixo é permitido (fig 24).

O jogador fica posicionado atrás da linha de fundo, de frente


para a rede, com o pé oposto ao braço que golpeará a bola à frente.
Os joelhos estão ligeiramente flexionados com o peso do corpo
incidindo mais sobre o pé que está atrás.

O braço cuja mão golpeará a bola fica estendido ou


ligeiramente flexionado. A bola pode ser batida com a mão aberta ou
fechada. A bola é sustentada a frente do corpo pela mão contrária ao
“braço” que golpeará a bola.
Com um movimento natural de pêndulo, o braço que executa o
saque realiza o trajeto de trás para frente, com a mão passando por
baixo e golpeando a bola. No momento do contato da mão com a
bola, ela deverá estar no ar e deverá ser golpeada para frente e para
cima de forma que passe rente à rede.
Juntamente com o movimento de pêndulo do braço, a perna
que está atrás se desloca ligeiramente para frente a fim de facilitar o
equilíbrio.

Fig. 24 – Saque por Baixo.

Técnica de Execução do Saque Flutuante Frontal

Preparação:
A perna esquerda é colocada à frente, com um afastamento
ligeiramente maior que a largura dos ombros. A perna direita suporta
mais o peso do corpo. Os joelhos ficam ligeiramente flexionados. A
bola é posicionada à frente do ombro direito, sustentada na palma da
mão esquerda. A mão direita apóia-se na parte posterior da bola para
ajudar na localização visual. O braço esquerdo fica ligeiramente
flexionado e o sacador fixa o olhar na bola (fig 25 a, b).

Fig 25 a, b – Preparação para o Saque Flutuante Frontal.


Posição de Partida:
A posição de partida é dividida em três movimentos: a mão
esquerda levanta a bola, o braço direito é deslocado para trás e o pé
esquerdo avança para frente. Estes três movimentos são iniciados e
finalizados ao mesmo tempo (Fig 26 a, b).

Lançamento da Bola:
O sacador lança a bola para cima sem rotação. A mão deve
permanecer o maior tempo possível em contato com a bola. A bola
não deve ser lançada mais do que, aproximadamente 30 centímetros
após perder o contato com a mão, porque um lançamento muito alto
irá dificultar a precisão do golpeio na bola.
A mão direita se distancia da bola quando ela é lançada para
cima. O cotovelo permanece alto enquanto o braço é colocado para
trás até que seja bloqueado pela articulação do ombro. A palma da
mão é girada ligeiramente para fora.
O cotovelo direito é colocado o máximo possível para trás. O
antebraço direito é elevado ficando pronto para o golpeio na bola. A
coluna é arqueada muito ligeiramente enquanto o braço direito vai
para trás (Fig 26 c, d).

O Passo:
O sacador realiza um pequeno passo para frente no momento
de lançar a bola. O peso do corpo é transferido para a perna direita.
Este passo mede aproximadamente uns 30 centímetros, e está
orientado para frente. A perna esquerda deve ser ligeiramente
flexionada no momento em que toca o solo. O tronco é deslocado
suavemente para frente ao mesmo tempo em que o passo é realizado
(Fig 26 d).

Rotação do Corpo:
O sacador gira o quadril e os ombros na direção da bola. O
movimento é dirigido pelo ombro direito. O braço esquerdo é
abaixado enquanto a mão direita se prepara para golpear a bola. O
cotovelo é direcionado para a bola, ultrapassando a linha do ombro,
enquanto o corpo gira (Fig 26 e, f).

Deslocamento do Peso do Corpo:


Pouco antes de golpear a bola, o peso do corpo é transferido da
perna posterior para a anterior, pouco a pouco até que o corpo
adquira firmeza. O cotovelo é elevado em direção à bola, e quando
chega à altura da orelha, acontece uma extensão do cotovelo
elevando o antebraço (Fig 26 e, f).

O Golpeio da Bola:

No momento de golpear a bola os ombros devem estar de


frente para o local onde a bola será enviada. O peso do corpo fica
concentrado na perna esquerda. O braço esquerdo fica flexionado
para dar maior firmeza ao ombro e um melhor controle do
movimento.
O antebraço direito é acelerado até o contato com a bola,
ficando na vertical com o cotovelo ligeiramente flexionado, a mão é
posicionada espalmada e tensa, com o pulso firme.
No momento do contato com a bola o antebraço é
desacelerado, para que a energia seja transferida para a bola com
uma batida “seca” e firme. Somente a palma da mão toca na bola
(não deve haver contato dos dedos com a bola).
Após o golpe na bola, todo o peso do sacador é transferido para
a perna esquerda e o braço direito continua seu caminho enquanto o
sacador entra na quadra para dar seqüência às suas ações no jogo
(Fig 26 g, h).

Fig 26 – a, b, c, d, e, f, g, h

Detalhes importantes a serem observados em todos os tipos de


saque:

 Adotar uma boa posição em relação ao local que se pretende


enviar a bola.
 O lançamento da bola deve ser seguro e exato.
 Golpear a bola com decisão.

Tática Individual:

Quando o sacador emprega qualquer dos recursos abaixo,


mesmo não conquistando o ponto, pode dificultar a recepção de
saque da equipe adversária:
 Sacar fora do corpo do adversário para forçar um deslocamento de
quem recebe o saque.
 Intercalar o saque: com velocidade e colocado.
 Sacar no jogador mais fraco na recepção.
 Sacar entre dois jogadores para provocar indecisão.
 Sacar alternadamente no fundo da quadra e próximo à rede.
A execução do saque exige uma grande concentração. O
jogador deve dirigir-se para a zona de saque de forma calma e decidir
no caminho como e onde sacar.

Orientações para a aprendizagem do saque:

 Deve-se buscar precisão no lançamento da bola para cima. Um


lançamento fora do ponto exato ocasionará erros como:
desequilíbrio, golpe na bola com o cotovelo muito flexionado,
golpe na bola atrás da cabeça, etc.
 Assim que os alunos dominarem a técnica básica do saque, devem
sacar da zona de saque para o desenvolvimento da direção da
bola.
 A utilização de alvos é motivante e auxilia no desenvolvimento da
precisão.
 Processos de treinamento em forma de competição dão um
caráter recreativo quebrando a monotonia.
 Após o apito do árbitro o sacador tem até 8 segundos para sacar.
Ele deve aprender a usar esse tempo.

Erros mais comuns:

 Lançamento inadequado da bola (altura e direção).


 Levar o braço estendido para trás.
 Golpeio inadequado da bola devido a um mal posicionamento das
mãos.
 Golpear a bola com o cotovelo muito flexionado.
 Contração muscular geral.

A CORTADA

A cortada é a principal arma de ataque no voleibol, sendo um


dos fundamentos que exerce maior atração, tanto para os
espectadores como para os jogadores.
A recepção de saque e o levantamento servem para preparar a
jogada. O levantador passa a bola para cima e perto da rede, para
que um atacante possa saltar, encontrar a bola no ar no ponto mais
alto do salto, golpeando-a com força de cima para baixo, na direção
do campo do adversário.
Ao executar uma cortada, o jogador deverá bater na bola
evitando o bloqueio adversário, e com velocidade suficiente para não
dar tempo aos jogadores de defesa executarem os deslocamentos
para chegar até o ponto de queda da bola, e caso consigam chegar,
tenham poucas possibilidades de controlar a bola na defesa.

A cortada é um fundamento difícil de ser executado porque:


 A bola está em movimento.
 O jogador tem que saltar verticalmente após um deslocamento
horizontal, golpear a bola por cima de um obstáculo (que é a
rede), evitar outro (que é o bloqueio) e ainda manter a bola nos
limites da quadra do adversário (9 x 9 m).

Variações da Cortada:
 Cortada frontal no sentido da corrida.
 Cortada frontal após giro do corpo.
 Cortada de punho em diferentes direções.
 Largada

Técnica de Execução da Cortada:


A seqüência de movimentos para a cortada é dividida em
quatro fases que se seguem sem intervalo:

 A corrida.
 O salto.
 O golpeio na bola
 A queda

Técnica de Execução da Cortada:


A Corrida:

A melhor posição de partida para um atacante é com um pé à


frente do outro. Normalmente um atacante destro inicia a corrida com
o pé direito à frente. A corrida é realizada com dois, três ou quatro
passadas. A utilização de quatro passadas é mais fácil de aprender e
é usada na maioria das situações do jogo.
O atacante destro realiza primeiro um pequeno passo para trás
com a perna esquerda (fig 27 a, b), o que corresponde a um passo
para frente com a perna direita, mesmo que esta não tenha se
movido. Com este pequeno passo para trás, o jogador deixa a
possibilidade de uma passada a mais com a perna direita para
acelerar a corrida, caso seja necessário. Este pequeno passo para trás
é contabilizado como a primeira passada.
A segunda passada, realizada com a perna esquerda, é mais
ampla que a primeira (fig 27 c, d) e serve para acelerar a corrida.
Fig 27 a, b, c, d

A terceira passada, realizada com a perna direita, é ampla e


rápida (fig 28 a, b) e tem como objetivo acelerar ainda mais a
aproximação. A quarta passada serve para levar o pé esquerdo do
atacante ao local do salto (fig 28 c, d), também com muita
velocidade.
A terceira e a quarta passada alinham os pés do jogador. Os pés
devem ser posicionados a aproximadamente 450 à direita do objetivo
(fig 28 d). O corpo também é girado para a direita, assim como o
braço de ataque. Esta rotação é importante, porque faz com que o
atacante conserve seu quadril num ângulo de 450 quando está no ar.

O auxilio dos braços para o salto:


Com o auxilio dos braços, o atacante salta mais alto, pois ao
lançar os braços para cima o corpo o segue. Este é um movimento
muito importante. Com uma boa sincronização, o quadril é colocado
adiantado em relação aos ombros (fig 28 e). Isto permite golpear a
bola com o corpo ereto e evita a quebra da cadeia cinética
(continuidade do movimento). Desta maneira, toda a energia gerada
é transferida para a bola.
Freqüentemente o movimento de auxilio dos braços acontece
de forma descoordenada. Este desajuste impede o total balanceio dos
braços para cima. O movimento é detido antes da hora e os braços
baixam muito cedo. Este movimento incompleto impede a colocação
dos ombros para trás, além de não dar tempo do quadril ser
posicionado para frente.
É durante as passadas que a ajuda dos braços deve ser
sincronizada. No momento da terceira passada (fig 28 a, b), os braços
são balanceados para trás enquanto a corrida é acelerada. A terceira
passada é o momento decisivo, os braços devem ser colocados
totalmente para trás, de uma forma natural, até que os ombros
bloqueiem o movimento. Ponto importante: o balanceio dos braços
finaliza justamente antes que o pé direito toque o solo (fig 28 b). Este
é um ponto chave para a sincronização.
O balanceio dos braços para frente se realiza durante a quarta
passada. Os braços seguem uma linha reta, cruzando o corpo ao nível
do quadril (fig 28 c). No momento do salto ultrapassam o quadril para
colocarem-se quase na horizontal (fig 28 d). Quando os pés deixam o
solo, os braços estão colocados acima da cabeça, permanecendo
quase retos (fig 28 e).
Este balanceio dos braços ajuda a elevar a parte superior do
corpo, enquanto o quadril é colocado para frente e os ombros para
trás (fig 28 c, d, e).

O posicionamento dos pés para o salto:


O posicionamento dos pés para o salto é decisivo para a
cortada. Quando realizado de forma correta, promove uma perfeita
transição entre o deslocamento e o salto, sem que se perca
velocidade e a continuidade do movimento fica garantida.
Na terceira passada, o toque do calcanhar no solo deve ser bem
acentuado (fig 28 b). Dando continuidade ao movimento, o calcanhar
do pé direito é elevado enquanto o pé esquerdo se coloca à frente do
direito sem que o calcanhar toque o solo (o calcanhar do pé esquerdo
nunca deve tocar o solo).
Com este movimento, os dedos de ambos os pés são “forçados”
para baixo (fig 28 d). Os dedos continuam sendo forçados mesmo
quando os pés deixam o solo, como se o jogador quisesse mantê-los
grudados ao chão (fig 28 e). Este movimento faz com que o quadril
tenha o seu último impulso para frente.
Na terceira e na quarta passada, os pés do jogador tocam o solo
na seguinte ordem: calcanhar, dedos, dedos. A impulsão para o salto
deve ser distribuída igualmente entre ambos os pés para assegurar
um salto equilibrado.

Fig 28 a, b, c, d, e

O Salto;
Durante o salto o corpo permanece ereto (fig 29). Saltar com o
corpo inclinado para frente leva a uma perda de altura, implicando
em golpear a bola em um ponto mais baixo. Um salto para frente de
uns 30 cm a 1 metro é permitido, porém o corpo deve permanecer na
vertical (fig 28 e). Durante o salto, os pés e o quadril são colocados á
direita do objetivo.
Para que o salto alcance o ponto mais alto, é necessário levar
os braços para trás o mais alto possível (fig 29 a), sincronizar os
braços para que equilibrem o corpo no ar (fig 29 b), manter o corpo
reto durante o salto e elevar os dois braços acima da cabeça (fig 29
c).

Fig 29 a, b, c

Quando os pés perdem o contato com o solo e o quadril está


corretamente posicionado, o cortador se arqueia e gira os ombros. A
mão esquerda permanece acima da cabeça, dando a impressão de
querer pegar a bola. O braço direito é levado para trás, o cotovelo é
elevado acima da linha do ombro e o máximo possível para trás (fig
30 a).

O Golpeio na Bola:
No movimento do golpeio na bola, o quadril e o tronco são os
primeiro a entrarem em ação (fig 30 b). Em seguida o braço de
ataque é colocado em movimento, conduzido pelo do ombro,
enquanto o braço livre é levado estendido ao lado do corpo, (fig 30 c).
O antebraço o segue (fig 30 d) e por último a parte mais veloz, a mão,
vai de encontro à bola. Quando o braço está estendido para cima, o
pulso é flexionado e a mão entra em contato com a bola. Os dedos
devem estar separados e o corpo é dirigido para o local que se
pretende enviar a bola. O corpo deve estar reto no momento do
impacto. O quadril e os ombros formam uma linha vertical (fig 30 e).

Fig. 30 a, b, c, d, e

É importante observar a rotação do atacante (fig 31 a, b), a


elevação do cotovelo em direção à bola (fig 31 c), o movimento forte
do ombro no momento de golpear a bola (fig 31 d) e a continuação do
movimento do braço para frente até a finalização do gesto (fig 31 e).

Fig 31 a, b, c, d, e

Para golpear a bola o mais forte possível, o atacante


deve:

 Deixar o braço esquerdo dirigido para cima enquanto o braço


direito é colocado para trás.
 Manter o cotovelo direito acima do ombro direito durante toda a
preparação do golpeio.
 Conduzir o movimento do braço de ataque para frente com o
ombro, depois cotovelo e por último com o pulso.
 Golpear a bola o mais alto possível.
 Golpear a bola quando o corpo está perfeitamente reto.
 Dobrar o pulso em cima da bola.
 Separar os dedos no momento de golpear a bola.
 Estar de frente para onde enviará a bola, tanto quando golpear a
bola quanto no final do movimento.

A Queda:
Após o golpeio na bola o braço segue para frente, de forma
mais lenta, acabando por deter-se próximo ao tronco (fig 31 a, b, c). o
jogador deve continuar atento à bola, sem perdê-la de vista,
preparando-se para a próxima ação.
Quando os pés tocam o solo, o cortador deve ter uma especial
atenção em cair primeiro com a ponta dos pés e flexionar os joelhos
para amortecer o impacto da queda, a fim de evitar o aparecimento
de lesões provocas pela onda de choque que retorna para as
articulações do tornozelo, joelhos e a coluna quando a queda não é
amortecida.
Fig. 31 a, b, c

Aprendizagem da Cortada:
No início da aprendizagem a corrida, o salto, o golpeio na bola e
a queda, devem ser aprendidos separadamente. Os exercícios devem
ser desmembrados o quanto for necessário, para evitar a fixação de
erros. Todos os movimentos devem ser efetuados de forma relaxada.
O gesto completo da cortada deve ser praticado inicialmente
sem bola. Quando forem iniciadas as atividades com bola, a rede
deve ser colocada baixa para facilitar a aprendizagem, e à medida
que a habilidade dos alunos aumentar, a rede vai sendo elevada até a
altura oficial para a idade dos praticantes.

Pontos importantes a serem observados na didática da


cortada:
Na corrida:
 O momento da partida.
 O estudo de cada passada.
 O ritmo da corrida
 A coordenação do auxílio dos braços para o salto.
 Acelerar a corrida a cada passada.
 O posicionamento dos pés para o salto.
 Observar a trajetória da bola.

No salto (fase aérea):

 Braço de ataque posicionado bem para trás.


 Colocação do braço livre à frente do corpo e apontado para cima.
 Arquear o corpo (tronco e pernas).

No golpeio da bola:
 Rápida rotação do quadril e do tronco.
 Puxar o braço para frente a partir do movimento do ombro.
 Elevar o ombro do braço de ataque.
 Bater a bola com o cotovelo estendido.
Na queda:
 Fazer uma queda suave, elástica e equilibrada.
 Flexionar os joelhos.
 Contactar o solo com a “ponta-planta-calcanhar”.
 Cair dividindo o peso do corpo entre os dois pés.

O BLOQUEIO

O bloqueio é um fundamento realizado somente pelos


jogadores de ataque e tem como objetivo interceptar, próxima à rede,
a bola cortada pelo atacante adversário, constituindo-se na primeira
linha de defesa. Esta ação pode ser considerada como:
 Tentativa de bloqueio: Quando um jogador nas imediações da
rede, coloca uma ou ambas as mãos sobre o nível do bordo
superior da rede sem tocar a bola.
 Bloqueio: Quando a bola é tocada por um jogador, inclusive se
toca simultaneamente o jogador e o bordo superior da rede sem
tocar a bola.
 Bloqueio coletivo: Quando é executado por dois ou três jogadores
próximos entre si.

Finalidades do Bloqueio:
 Impedir a passagem da bola por cima da rede.
 Amortecer a violência da bola.
 Orientar as coberturas para a defesa.

Classificação do Bloqueio:
 Quanto ao número de participantes:
o Simples.
o Duplo.
o Triplo.

 Quanto ao posicionamento dos braços:


o Ofensivo.
o Defensivo.

Técnica de Execução do Bloqueio:

Posição de Expectativa para o Bloqueio (preparação):


Os pés são colocados alinhados, com um apoio simétrico,
afastados aproximadamente na largura dos ombros, com o peso do
corpo ligeiramente desequilibrado para frente. As mãos são colocadas
na altura dos ombros com as palmas voltadas para frente. Os dedos
estão separados e os joelhos ligeiramente flexionados. O tronco fica
ereto, e o bloqueador deve seguir atentamente a movimentação do
adversário (fig 32).
Fig 32

Quando o bloqueador posiciona-se na frente do atacante


adversário, deve flexionar os joelhos até formar um ângulo reto,
colocando o quadril para trás. O tronco fica ereto e a cabeça
permanece elevada, com o olhar dirigido para a bola (fig 33 a).
O bloqueador deve saltar verticalmente, estendendo totalmente
os braços para cima, seguindo a linha dos ombros. As mãos devem
estar contraídas, com os dedos separados. A separação das mãos
deve ser de aproximadamente 20 cm, distância que impede que a
bola passe entre elas (fig 33 b). Se a bola foi bloqueada e voltou para
a quadra do adversário, o jogador deve se preparar para bloquear
novamente (fig 32 c).

Fig 33 a, b, c

Variação do Posicionamento dos Braços e do Tronco em


Relação à Altura do Salto:
 Se os pulsos ultrapassam a rede, as mãos devem ser projetadas
para frente, para que ao tocar a bola ela volte ao campo do
adversário (fig 34 a).
 Se o bloqueador consegue passar seus antebraços e seus
cotovelos acima da rede, eles devem ser projetados para frente.
Deste modo os antebraços penetrarão no lado do adversário e a
bola será tocada imediatamente após o golpe de ataque (fig 34 b).
 Se o bloqueador consegue passar seus ombros acima da rede, ele
pode projetar a parte superior do corpo para frente. Isto permite
uma maior “invasão” do espaço aéreo da quadra contrária,
dificultando a ação do atacante adversário (fig 34 c).

Fig 34 a, b, c
Técnicas para o Deslocamento:
Antes de iniciar o deslocamento o bloqueador deve observar
alguns pontos importantes que irão ajudá-lo a realizar um bloqueio
melhor. Primeiramente, o bloqueador deve observar a qualidade da
recepção do saque, verificando se a bola chegou próxima à rede ou
se está longe dela. Em segundo lugar deve observar os gestos do
levantador, procurando descobrir antecipadamente para qual
atacante a bola será levantada, para que possa iniciar o
deslocamento, para o local em que a bola será cortada, o mais rápido
possível. Por último deve observar o deslocamento do atacante e o
posicionamento do seu braço de ataque para saltar no local e no
“tempo” certo.

Deslocamento com Passada Lateral:


O deslocamento lateral é a maneira mais fácil do jogador colocar-
se corretamente no ponto em que a bola será atacada, sendo usado
principalmente em distâncias curtas. Este deslocamento proporciona
ao bloqueador permanecer sempre de frente para a rede, e
conseqüentemente, de frente para o atacante adversário (fig 35 a, b,
c, d)

Fig 35 a, b, c, d
Deslocamento com Passada Cruzada:
A passada lateral torna-se lenta quando há a necessidade de
um deslocamento superior a 3 metros, executado na maioria das
vezes pelo bloqueador central. Para aumentar a velocidade do
deslocamento o jogador pode utilizar a passada cruzada.
Para o lado esquerdo, o jogador inicia o deslocamento fazendo
a primeira passada com a perna esquerda, em seguida faz uma
passada cruzada com a perna direita, quando o bloqueador preparar-
se para tocar o solo, o pé direito deve ser virado para a rede (fig 35 a,
b, c). Logo após, o bloqueador deve apoiar o pé esquerdo ao lado do
direito, ficar de frente para a rede e executar o salto p (fig 35 d, e).

Fig 36 a, b, c, d, e

Deslocamento Frontal e Salto com o Auxilio dos Braços:


Quando a distância a ser percorrida pelo bloqueador é grande
ele pode realizar este tipo de passada, principalmente, por exemplo,
no caso do bloqueador da posição 4 deslocar-se ao longo da rede
para fazer um bloqueio triplo na posição 2.
O bloqueador fica de lado para a rede e usa quantas passadas
forem necessárias para chegar até o local em que deva bloquear. Nas
duas passadas finais o jogador lança os braços para trás, semelhante
ao movimento da cortada (fig 37 a, b, c). Antes do salto o bloqueador
ainda está de lado para a rede, e ao saltar gira progressivamente seu
tronco até ficar totalmente de frente para a rede, “invadindo” o
espaço aéreo do adversário.

Fig 37 a, b, c, d, e
Aprendizagem do Bloqueio:
A complexidade das ações de ataque que o bloqueador deve
estar em condições de resolver faz com que na fase inicial da
aprendizagem, a capacidade de observação e os aspectos táticos do
bloqueio sejam bem trabalhados, para que o jogador alcance no
futuro níveis de prestações mais altas.
Ao construir-se uma progressão didática deve-se considerar que
a aprendizagem do gesto técnico em sua globalidade é difícil, em
função do desenvolvimento simultâneo de uma adequada capacidade
de observação e elaboração tática, tornando-se necessário, uma
aprendizagem com o método parcial.
Deve-se também considerar que o controle da precisão do
golpeio da bola na cortada tem uma evolução lenta, requerendo um
treinamento específico e prolongado. Dificilmente pode-se utilizar a
cortada para o treinamento do bloqueio em exercícios de elevado
conteúdo tático, antes de um longo período de aperfeiçoamento do
gesto de ataque.
Baseando-se nas considerações anteriores, a seqüência didática
para a aprendizagem do bloqueio não deve requerer, pelo menos
num primeiro momento, a participação da cortada. Através do toque
e sem a participação do cortador, é possível criar situações táticas de
ataque que permitam a prática do bloqueio simples ou duplo.
Posteriormente, quando o nível técnico do fundamento de ataque
permitir o desenvolvimento dos temas táticos, a cortada é inserida
em todos os exercícios de bloqueio.
Os exercícios da didática do bloqueio devem ser construídos
sob uma escala hierárquica de conceitos, onde a passagem ao tema
motor sucessivo aconteça somente quando se tenha desenvolvido
plenamente o precedente.

Etapas da Progressão Didática:


 Técnica elementar de deslocamento (posição de partida e
deslocamento lateral específico do bloqueio).
 Observação visual e elaboração tática elementar.
 Observação e memorização das características táticas dos
atacantes e conceito de posteridade.
 Observação e memorização das características técnico-táticas do
jogador que recebe a bola (primeiro passe).
 Observação e memorização dos deslocamentos dos atacantes.
 Observação e memorização das características táticas e dos
gestos de quem levanta a bola.
 Observação dos tempos de ataque e dos tempos de bloqueio.
 Observação da trajetória da bola, quando levantada, e da corrida
do atacante.
 Observação dos gestos do atacante.
 Ação dos membros superiores do bloqueador (sensibilização
sinestésica e estudo dos ângulos de rebote).
 Acoplamento para o bloqueio (formação do bloqueio duplo ou
triplo).
 Passadas especiais (cruzada e frontal).
 O salto. O salto só é praticado mais tarde, quando o aluno já
consiga unir observação - elaboração tática - deslocamento.

Posição Inicial e Técnica Elementar de Deslocamento:


O aluno deve ser levado a desenvolver a capacidade de
observar e controlar os membros inferiores na posição de partida e no
deslocamento para o bloqueio. Somente com um apoio simétrico, é
possível a manutenção do corpo constantemente de frente para a
rede durante o deslocamento e no momento do salto, pois um apoio
assimétrico exige uma rotação do tronco, que tende a transferir-se
sobre o mesmo plano nos membros inferiores (fig 38 a, b, c). A
eventual tentativa de compensação, com uma rotação do tronco
geralmente é insuficiente e torna o equilíbrio precário.
Portanto o apoio simétrico é importante para a obtenção de
uma adequada superfície de rebote (fig 38 b) para contrapor-se ao
ataque do adversário, permitindo também uma melhor observação,
tanto da trajetória da bola quanto do comportamento do atacante.
Uma situação que deve ser corrigida sempre é a simetria do apoio
dos pés no plano frontal no momento do salto. Pois uma posição
incorreta do tronco comprometerá o retorno da bola quando esta
tocar nas mãos do bloqueador, dirigindo-se para fora, e não para
dentro da quadra, conforme exemplificado na Fig 39 .
Durante a aprendizagem o deslocamento lateral é o que deve
ser usado pelo iniciante, para que ele possa manter constantemente
o corpo de frente para a rede. Os deslocamentos com passada
cruzada e frontal só devem ser aprendidos posteriormente.

Fig 38 a, b, c
Fig 39

Potrebbero piacerti anche