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Estruturalismo

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O estruturalismo é uma corrente de pensamento nas ciências humanas que se inspirou


do modelo da linguística e que apreende a realidade social como um conjunto formal de
relações.

Índice
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• 1 Origem
• 2 O Curso de Saussure
• 3 Estruturalismo na Linguística
• 4 Estruturalismo na Antropologia
• 5 Estruturalismo na Filosofia da Matemática
• 6 Estruturalismo no pós-Guerra
• 7 Estruturalismo na Psicologia
• 8 Reações ao Estruturalismo
• 9 Representantes

• 10 Ligações externas

[editar] Origem
O termo estruturalismo tem origem no Cours de linguistique générale de Ferdinand de
Saussure (1916), que se propunha a abordar qualquer língua como um sistema no qual
cada um dos elementos só pode ser definido pelas relações de equivalência ou de
oposição que mantém com os demais elementos. Esse conjunto de relações forma a
estrutura.

O estruturalismo é uma abordagem que veio a se tornar um dos métodos mais


extensamente utilizados para analisar a língua, a cultura, a filosofia da matemática e a
sociedade na segunda metade do século XX. Entretanto, "estruturalismo" não se refere a
uma "escola" claramente definida de autores, embora o trabalho de Ferdinand de
Saussure seja geralmente considerado um ponto de partida. O estruturalismo é mais bem
visto como uma abordagem geral com muitas variações diferentes. Como em qualquer
movimento cultural, as influências e os desenvolvimentos são complexos.

De um modo geral, o estruturalismo procura explorar as inter-relações (as "estruturas")


através das quais o significado é produzido dentro de uma cultura. Um uso secundário
do estruturalismo tem sido visto recentemente na filosofia da matemática. De acordo
com a teoria estrutural, os significados dentro de uma cultura são produzidos e
reproduzidos através de várias práticas, fenômenos e atividades que servem como
sistemas de significação. Um estruturalista estuda atividades tão diversas como rituais
de preparação e do servir de alimentos, rituais religiosos, jogos, textos literários e não-
literários e outras formas de entretenimento para descobrir as profundas estruturas pelas
quais o significado é produzido e reproduzido em uma cultura. Por exemplo, um antigo
e proeminente praticante do estruturalismo, o antropólogo e etnógrafo Claude Lévi-
Strauss, analisou fenômenos culturais incluindo mitologia, relações de família e
preparação de alimentos.

Lévi-Strauss explicou que os antônimos estão na base da estrutura sócio-cultural. Em


seus primeiros trabalhos demonstrou que os grupos familiares tribais eram geralmente
encontrados em pares, ou em grupos emparelhados nos quais ambos se opunham e se
necessitavam ao mesmo tempo. Na Bacia Amazônica, por exemplo, duas grandes
famílias construíam suas casas em dois semi-círculos frente-a-frente, formando um
grande círculo. Também mostrou que os mapas cognitivos, as maneiras através das
quais os povos categorizavam animais, árvores, e assim por diante, eram baseados em
séries de antônimos. Mais tarde, em seu trabalho mais popular, "O Cru e o Cozido",
descreveu contos populares amplamente dispersos da América do Sul tribal como inter-
relacionados através de uma série de transformações - como um antônimo aqui
transformava-se em outro antônimo ali. Por exemplo, como o título indica, Cru torna-se
seu oposto, Cozido. Esses antônimos em particular (Cru/Cozido) são simbólicos da
própria cultura humana que, por meio do pensamento e do trabalho, transforma
matérias-primas em roupas, alimento, armas, arte, idéias. Cultura, explicou Lévi-
Strauss, é um processo dialético: tese, antítese, síntese.

Ao fazer estudos em literatura, um crítico estruturalista examinará a relação subjacente


dos elementos ('a estrutura') em, por exemplo, uma história, ao invés de focalizar em
seu conteúdo. Um exemplo básico são as similaridades entre 'Amor Sublime Amor' e
'Romeu e Julieta' . Mesmo que as duas peças ocorram em épocas e lugares diferentes,
um estruturalista argumentaria que são a mesma história devido à estrutura similar - em
ambos os casos, uma garota e um garoto se apaixonam (ou, como podemos dizer, são
+AMOR) apesar de pertencerem a dois grupos que se odeiam (-AMOR), um conflito
que é resolvido por suas mortes. Considere agora a história de duas famílias amigas
(+AMOR) que fazem um casamento arranjado entre seus filhos apesar deles se odiarem
(-AMOR), e que os filhos resolvem este conflito cometendo suicídio para escapar da
união. Um estruturalista argumentaria que esta segunda história é uma 'inversão' da
primeira, porque o relacionamento entre os valores do amor e dos dois grupos
envolvidos foi invertido. Adicionalmente, um estruturalista argumentaria que o
'significado' de uma história se encontra em descobrir esta estrutura ao invés de, por
exemplo, descobrir a intenção do autor que a escreveu.

[editar] O Curso de Saussure


Ferdinand de Saussure é geralmente visto como o iniciador do estruturalismo,
especificamente em seu livro de 1916 'Curso de Linguística Geral'. Ainda que Saussure
fosse, assim como seus contemporâneos, interessado em linguísticas históricas,
desenvolveu no Curso uma teoria mais geral de semiologia (estudo dos signos). Essa
abordagem se concentrava em examinar como os elementos da linguagem se
relacionavam no presente ('sincronicamente' ao invés de 'diacronicamente'). Assim ele
focou não no uso da linguagem (o falar, ou a parole), mas no sistema subjacente de
linguagem (idioma, ou a langue) do qual qualquer expressão particular era
manifestação. Enfim, ele argumentou que sinais linguísticos eram compostos por duas
partes, um 'significante' (o padrão sonoro da palavra, seja sua projeção mental - como
quando silenciosamente recitamos linhas de um poema para nós mesmos - ou sua
realização física como parte do ato de falar) e um 'significado' (o conceito ou o que
aquela palavra quer dizer). Era totalmente diferente das abordagens anteriores à
linguagem, que se focavam no relacionamento entre palavras e as coisas que elas
denominavam no mundo. Concentrando-se na constituição interna dos sinais ao invés
da sua relação com os objetos no mundo, Saussure fez da anatomia, estrutura da
linguagem, algo que pode ser analisado e estudado.

[editar] Estruturalismo na Linguística


O Curso de Saussure influenciou muitos linguistas no período entre a I e a II Grandes
Guerras. Nos EUA, por exemplo, Leonard Bloomfield desenvolveu sua própria versão
de linguística estrutural, assim como fez Louis Hjelmslev na Escandinávia. Na França,
Antoine Meillet e Émile Benveniste continuariam o programa de Saussure. No entanto,
ainda mais importante, membros da Escola de Linguística de Praga como Roman
Jakobson e Nikolai Trubetzkoy conduziram pesquisas que seriam muito influentes.

O mais nítido e mais importante exemplo do estruturalismo da Escola de Praga


encontra-se na fonética (estudo dos fonemas). Ao invés de simplesmente compilar uma
lista dos sons que ocorrem num idioma, a Escola de Praga procurou examinar como elas
se relacionavam. Determinaram que o catálogo de sons em um idioma poderia ser
analisado em termos de uma série de contrastes.

Por exemplo, em inglês as palavras 'pat' e 'bat' são diferenciadas devido ao contraste de
sons do /p/ e do /b/. A diferença entre eles é que as cordas vocais vibram enquanto se
diz um /b/ e não vibram quando se diz um /p/. Também no inglês existe um contraste
entre consoantes pronunciadas e não-pronunciadas. Analisar sons em termos de
características contrastantes também abre um espaço comparativo - deixa claro, por
exemplo, que a dificuldade que falantes japoneses têm em diferenciar o /r/ do /l/ no
inglês deve-se ao fato de esses dois sons não serem contrastantes em japonês. Enquanto
essa abordagem é agora padrão em linguística, foi revolucionária na época. A fonologia
viria a tornar-se a base paradigmática para o estruturalismo num diferente número de
formas.

[editar] Estruturalismo na Antropologia


Ver artigo principal: Antropologia estrutural

Claude Lévi-Strauss é o expoente da corrente estruturalista na Antropologia. Para


fundá-la, Lévi-Strauss buscou elementos das ciências que, no seu entender, haviam feito
avanços significativos no desenvolvimento de um pensamento propriamente objetivo.
Sua maior inspiração foi a Lingüística estruturalista da qual faz constante referência, por
exemplo, a Jakobson.

Ao apropriar-se do pensamento estruturalista para aplicá-lo à Antropologia, Lévi-


Strauss pretende chegar ao modus operandi do espírito humano. Deve haver, no seu
entender, elementos universais na atividade do espírito humano entendidos como partes
irredutíveis e suspensas em relação ao tempo que perpassariam todo o modo de pensar
dos seres humanos.
Nesta linha de pensamento, Lévi-Strauss chega ao par de oposições como elemento
fundamental do espírito: todo pensamento humano opera através de pares de oposição.
Para defender essa tese, Lévi-Strauss analisa milhares de mitos nas mais variadas
sociedades humanas, encontrando modos de construção análogos em todas.

[editar] Estruturalismo na Filosofia da Matemática


Estruturalismo na matemática é o estudo de que estruturas dizem o que um objeto
matemático é, e como a ontologia (estudo do Ser) dessas estruturas deveria ser
entendida. É uma filosofia crescente dentro da matemática que não deixa de ter sua
porção de críticos. Em 1965, Paul Benacerraf escreveu um ensaio intitulado: "O Que os
Números Não Poderiam Ser." É um artigo seminal em estruturalismo matemático, num
estranho modo de dizer: ele iniciou o movimento pela resposta que gerou. Benacerraf
endereçou uma noção em matemática para tratar enunciados matemáticos em valor
nominal, e nesse caso estamos comprometidos a uma abstrata e eterna esfera de objetos
matemáticos. O dilema de Bernacerraf é como nós viemos a saber desses objetos se não
nos encontramos em relação casual com os mesmos. Esses objetos são considerados
casualmente inertes ao mundo. Outro problema levantado por Bernacerraf são as
múltiplas teorias de grupos que existem através da redução de teoria elementar dos
números para teoria de grupos. Decidir qual das teorias é verdadeira não foi praticável.
Benacerraf concluiu em 1965 que números não são objetos.

A resposta às reivindicações negativas de Benacerraf é como o estruturalismo tornou-se


um programa filosoficamente viável dentro da matemática. O estruturalismo responde a
essas reivindicações negativas que a essência dos objetos matemáticos são relações em
que os objetos sejam pacientes com as estruturas. Estruturas são exemplificadas em
sistemas abstratos em termos de relações que contêm a verdade para aquele sistema.

[editar] Estruturalismo no pós-Guerra


Após a II Guerra Mundial, e particularmente nos anos 60, o estruturalismo emergiu à
proeminência na França e foi a popularidade inicial do estruturalismo nesse país que o
levou a se expandir pelo globo.

Durante as décadas de 40 e 50, o existencialismo como era praticado por Jean-Paul


Sartre era o modo dominante. O estruturalismo rejeitava a noção existencialista de
liberdade humana radical e, ao invés disso, concentrava-se na maneira que o
comportamento humano é determinado por estruturas culturais, sociais e psicológicas.
O mais importante trabalho nesse sentido foi o volume de 1949 de 'As Estruturas
Elementares do Parentesco' de Claude Lévi-Strauss. Lévi-Strauss havia conhecido
Jakobson durante sua estada em Nova Iorque durante a II Guerra Mundial e foi
influenciado tanto pelo estruturalismo de Jakobson quanto pela tradição antropológica
americana. Em 'Estruturas Elementares' ele examinou os sistemas de relações de
parentesco de um ponto de vista estrutural e demonstrou o quanto organizações sociais
aparentemente diferentes eram de fato permutações de algumas poucas estruturas de
parentesco. No final dos anos 50 ele publicou 'Antropologia Estrutural', uma coleção de
ensaios que delineavam seu programa para o estruturalismo.
No início dos anos 60 o estruturalismo como movimento começava a andar com suas
próprias pernas e alguns acreditavam que isso ofereceu uma singular abordagem
unificada da vida humana que poderia abraçar todas as disciplinas. Roland Barthes e
Jacques Derrida se concentraram em como o estruturalismo poderia ser aplicado à
literatura. Jacques Lacan (e, de outro modo, Jean Piaget) aplicaram o estruturalismo ao
estudo da psicologia, combinando Freud e Saussure. O livro de Michel Foucault 'A
Ordem do Discurso' examinou a história da ciência para estudar como estruturas de
epistemologia (teoria da ciência) davam forma a como as pessoas imaginavam o
conhecimento e o saber (apesar de que Foucault, mais tarde, negaria explicitamente uma
pretensa afiliação com o movimento estruturalista). Louis Althusser combinou
Marxismo com estruturalismo para criar seu próprio tipo de análise social. Outros
autores na França e no exterior têm desde então estendido a análise estrutural a
praticamente toda disciplina.

A definição de 'estruturalismo' também mudou como resultado de sua popularidade.


Como sua popularidade como movimento passava por altos e baixos, alguns autores se
consideravam 'estruturalistas' e logo depois abandonavam o rótulo. Adicionalmente, o
termo teve significados levemente diferentes em inglês e em francês. Nos EUA, por
exemplo, Derrida é considerado o paradigma do pós-estruturalismo enquanto na França
é rotulado como estruturalista. Enfim, alguns autores escreveram em vários estilos
diferentes. Barthes, por exemplo, escreveu livros claramente estruturalistas e outros que
claramente não o eram.

[editar] Estruturalismo na Psicologia


O estruturalismo define a psicologia como ciência da consciência ou da mente,
definição herdada de Wundt. Mostra-nos que a mente seria a soma dos processos
mentais. Edward Titchener afirmava que cada totalidade psicológica compõe-se de
elementos. O objetivo da psicologia seria a tarefa de descobrir quais são os elementos
mentais, o conteúdo e a maneira pela qual se estrutura. Três parâmetros estão em
relação ao objeto: "o que é?" - através da análise se chega aos componentes da vida
mental; "o como?" - a síntese mostra como os elementos estão associados e estruturados
e que leis determinam essas associações; e "o por quê?" - investiga a causa dos
fenômenos. Titchener afirma que, embora o sistema nervoso não seja a causa da mente,
pode ser usado para explicá-la.

Titchener considera que os elementos ou as unidades que compõem o conteúdo da


mente são as sensações, as imagens, as afeições e os sentimentos. Usa-se a introspecção
para chegar a eles, através de uma observação treinada e preparada para garantir os dois
pontos essenciais de toda a observação: a atenção e o registro do fenômeno.

[editar] Reações ao Estruturalismo


Hoje o estruturalismo tem sido substituído por abordagens como o pós-estruturalismo e
desconstrutivismo. Há muitas razões para isso. O estruturalismo tem sido
frequentemente criticado por ser não histórico e por favorecer forças estruturais
determinísticas em detrimento à habilidade de pessoas individuais de atuar. Enquanto a
turbulência política dos anos 60 e 70 (e particularmente os levantes estudantis de maio
de 68) começou a afetar a academia, questões de poder e briga política tornaram-se o
centro das atenções da população. Nos anos 80, o desconstrutivismo e sua ênfase na
ambiguidade fundamental da língua - ao invés de sua estrutura cristalina lógica - tornou-
se popular. No final do século o estruturalismo era visto historicamente como uma
importante escola de pensamento, mas eram os movimentos que ele gerou, e não o
próprio estruturalismo, que detinham a atenção.

[editar] Representantes
• Estruturalismo europeu
o Ferdinand de Saussure
o Émile Benveniste
o Claude Lévi-Strauss
o Jacques Lacan
o Michel Foucault
o Jacques Derrida
o Louis Althusser

• Estruturalismo americano
o Franz Boas
o Leonard Bloomfield
o Edward Sapir
o Zellig Harris
o Charles F. Hockett

Funcionalismo (ciências sociais)


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Índice
[esconder]

• 1 História
• 2 Conceitos funcionais
o 2.1 Função social
o 2.2 Analogia orgânica
o 2.3 Alternativa funcional
• 3 Estruturo-funcionalismo
• 4 Críticas
• 5 Funcionalistas Famosos
• 6 Ver também

• 7 Referências
Funcionalismo (do Latim fungere, ‘desempenhar’) é um ramo da Antropologia e das
Ciências Sociais que procura explicar aspectos da sociedade em termos de funções
realizadas por instituições e suas consequências para sociedade como um todo. É uma
corrente sociológica associada à obra de Émile Durkheim.

Para ele cada instituição exerce uma função específica na sociedade e seu mau
funcionamento significa um desregramento da própria sociedade. Sua interpretação de
sociedade está diretamente relacionada ao estudo do fato social, que segundo Durkheim,
apresenta características específicas: exterioridade e a coercitividade. O fato social é
exterior, na medida em que existe antes do próprio indivíduo, e coercitivo, na medida
em que a sociedade impõe tais postulados, sem o consentimento prévio do indivíduo.

[editar] História
Nas Ciências Sociais, especificamente na Sociologia e na Antropologia Sociocultural, o
Funcionalismo (também chamado Análise Funcional) é uma filosofia sociológica que
originalmente tenta explicar as instituições sociais como meios coletivos de satisfazer
necessidades biológicas individuais, vindo mais tarde a se concentrar nas maneiras
como as instituições sociais satisfazem necessidades sociais, especialmente a
solidariedade social. Juntamente com a Teoria do Conflito e o Interacionismo,
funcionalismo é uma das três principais tradições sociológicas.

O Funcionalismo é tradicionalmente associado a Émile Durkheim e, mais recentemente,


a Talcott Parsons. Segundo as teses de funcionalistas como Talcott Parsons, a sociedade
e a respectiva cultura formam um sistema integrado de funções. Proposto como uma
alternativa a explicações históricas ao mesmo tempo que o Behaviorismo se
popularizava, o Funcionalismo foi uma das primeiras teorias antropológicas do século
XX, até ser superado pela Análise Estruturo-funcional ou Estrutural-funcionalismo.

[editar] Conceitos funcionais


A idéia de função tem um papel muito importante no Funcionalismo, modelando o
desenvolvimento de toda a Análise Funcional. De fato, o Funcionalismo é basicamente
o estudo das funções e suas conseqüências.

[editar] Função social

Uma função social é a contribuição que um fenômeno provê a um sistema maior do que
aquele ao qual o fenômeno faz parte.[1] Esse uso técnico não é o mesmo da idéia popular
de função como um evento, ocasião, obrigação, responsabilidade, ou profissão.

Termo que em Sociologia exprime a idéia de uma sociedade vista como um organismo
vivo onde cada parte tem uma função (semelhante à Biologia).

A grande critica sobre esta visão reside no fato de, como num organismo vivo, haver a
tendência a identificar partes deste como mais importantes (órgãos vitais), justificando
assim a existencia e manutenção ou extinção daqueles considerados como menos
importantes. Seriam as partes descartáveis da sociedade. (Vêr Sociologia Critica de
Pedrinho Guareschi).
Uma distinção, primeiramente feita por Robert K. Merton, é feita entre funções
evidentes e funções latentes[2] e também entre funções com efeitos positivos (funcionais
ou positivamente funcionais) e negativos (disfuncionais).[1] Assim, descrever uma
instituição como "funcional" ou "disfuncional" para os homens equivale a declará-la,
respectivamente, "recompensadora" ou "punitiva".

[editar] Analogia orgânica

Visto que a Análise Funcional estuda todas contribuições feitas pelo fenômeno sócio-
cultural para os sistemas dos quais fazem parte, muitos funcionalistas argumentam que
instituições sociais são funcionalmente integradas para formar um sistema estável e que
uma mudança em uma instituição irá precipitar uma mudança em outras instituições.
Esse fenômeno é denominado analogia orgânica por Durkheim e outros.[3]

[editar] Alternativa funcional

Alternativa funcional (também chamada equivalente funcional ou substituto funcional)


é o fenômeno pelo qual a mesma função pode ser suprida por mais de um componente
de um sistema social.[4] O conceito pode servir como um antídoto para "as suposições
injustificadas da indispensabilidade funcional de estruturas sociais particulares."[5]

[editar] Estruturo-funcionalismo
O Estruturo-funcionalismo, ou Funcionalismo Estrutural, foi a perspectiva dominante
de antropologistas culturais e sociólogos rurais entre a II Guerra Mundial e a Guerra do
Vietnã. O Estruturo-funcionalismo tem a visão de que a sociedade é constituída por
partes (polícia, hospitais, escolas, fazendas etc.). Cada parte possui suas próprias
funções e trabalhando em conjunto para promover a estabilidade social

[editar] Críticas
Nos anos 60, o Funcionalismo era criticado por prover modelos ineficazes para
mudanças sociais, contradições estruturais e conflitos; por isso mesmo, a Análise
Funcional ficou conhecida como Teoria do Consenso. Funcionalistas respondem que
Durkheim usou uma forma radical de socialismo corporativo juntamente com
explicações funcionalistas, o Marxismo reconhece contradições sociais e utiliza
explicações funcionais e a teoria evolucionária de Parsons descreve os sistemas e
subsistemas de diferenciação e reintegração.[4]

Críticos mais fortes incluem o argumento epistemológico que diz que o Funcionalismo
tenta descrever instituições sociais apenas através de seus efeitos e assim não explica a
causa desses efeitos. Também é frequente a referência ao argumento ontológico que a
sociedade não pode ter "necessidades" como os seres humanos, e até que se a sociedade
tem necessidades elas não precisam ser satisfeitas. Anthony Giddens argumenta que
explicações funcionalistas podem todas ser reescritas como descrições históricas de
ações e consequências humanas individuais.[4]

Anterior aos movimentos sociais dos anos 60, o funcionalismo foi a visão dominante no
pensamento sociológico; após tais movimentos, a Teoria de Conflito desafiou a
sociedade corrente, defendida pela teoria funcionalista. Conforme alguns opositores, a
Teoria Funcionalista sustenta que conflito e disputa pelo status quo é danosa à
sociedade, tendendo a ser a visão proeminente entre os pensadores conservadores.

Como resposta às críticas ao determinismo, alguns autores, como Jeffrey Alexander,


enxergam o Funcionalismo como uma ampla escola e não como um método ou sistema
específico, como o de Parson. Deste modo, o Funcionalismo seria capaz de tomar o
equilíbrio como ponto de referência ao invés de suposição e trata a diferenciação
estrutural como principal forma de mudança social. O termo "Funcionalismo"
implicaria, então, em uma distinção de métodos ou interpretações inexistentes. De
maneira análoga, Cohen argumenta que mais do que necessidades, a sociedade tem fatos
tendenciais: característica do ambiente social que sustenta a existência de instituições
sociais particulares mas não as causa.[4]

[editar] Funcionalistas Famosos


O Funcionalismo foi um movimento muito popular nas Ciências Sociais, entretanto não
produziu muitos teóricos. Ainda assim o adeptos desta visão de mundo foram muito
significantes para o avanço científico. Dentre eles, podemos citar Bronislaw
Malinowski, Alfred Reginald Radcliffe-Brown, Émile Durkheim, Talcott Parsons,
Niklas Luhmann, George Murdoch, Kinglsey Davis, Wilbert Moore, Jeffrey
Alexander,G. A. Cohen, Michel Foucault, Pierre Bourdieu, Louis Althusser, Nikos
Poulantzas e Herbert J. Gans

Behaviorismo
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Behaviorismo (Behaviorism em inglês, de behaviour (RU) ou behavior (EUA):


comportamento, conduta), também designado de comportamentalismo, ou às vezes
comportamentismoPB, é o conjunto das teorias psicológicas (dentre elas a Análise do
Comportamento, a Psicologia Objetiva) que postulam o comportamento como o mais
adequado objeto de estudo da Psicologia. Comportamento geralmente é definido por
meio das unidades analíticas respostas e estímulos. Historicamente, a observação e
descrição do comportamento fez oposição ao uso do método de introspecção.

Índice
[esconder]

• 1 Tipos de Behaviorismo
o 1.1 Behaviorismo Clássico
o 1.2 Neobehaviorismo Mediacional
 1.2.1 Edward C. Tolman
 1.2.2 Clark L. Hull
o 1.3 Behaviorismo Filosófico
o 1.4 Behaviorismo Metodológico
o 1.5 Behaviorismo Radical
• 2 Argumentos behavioristas
• 3 Críticas
• 4 Behavioristas famosos
• 5 Referências
• 6 Ver também

• 7 Ligações externas

[editar] Tipos de Behaviorismo

Ivan P. Pavlov

Como precedentes do Comportamentismo podem ser considerados os fisiólogos russos


Vladimir Mikhailovich Bechterev[1] e Ivan Petrovich Pavlov[2]. Bechterev, grande
estudioso de neurologia e psicofisiologia, foi o primeiro a propor uma Psicologia cuja
pesquisa se baseasse no comportamento, em sua Psicologia Objetiva[1]. Pavlov, por sua
vez, foi o primeiro a propor o modelo de condicionamento do comportamento
conhecido como condicionamento reflexo, e tornou-se conceituado com suas
experiências de condicionamento com cães. Sua obra inspirou a publicação, em 1913,
do artigo Psychology as the Behaviorist views it, de John B. Watson. Este artigo
apresenta uma contraposição à tendência até então mentalista (isto é, internalista, focada
nos processos psicologicos internos, como memória ou emoção) da Psicologia do início
do século XX, além de ser o primeiro texto a usar o termo Behaviorismo. Também é o
primeiro artigo da vertente denominada Behaviorismo Clássico.

[editar] Behaviorismo Clássico

O Behaviorismo Clássico (também conhecido como Behaviorismo Watsoniano, menos


comumente Psicologia S-R e Psicologia da Contração Muscular[3]) apresenta a
Psicologia como um ramo puramente objetivo e experimental das ciências naturais. A
finalidade da Psicologia seria, então, prever e controlar o comportamento de todo e
qualquer indivíduo.
A proposta de Watson era abandonar, ao menos provisoriamente, o estudo dos
processos mentais, como pensamento ou sentimentos, mudando o foco da Psicologia,
até então mentalista, para o comportamento observável[3]. Para Watson, a pesquisa dos
processos mentais era pouco produtiva, de modo que seria conveniente concentrar-se no
que é observável, o comportamento. No caso, comportamento seria qualquer mudança
observada, em um organismo, que fossem consequência de algum estímulo ambiental
anterior, especialmente alterações nos sistemas glandular e motor. Por esta ênfase no
movimento muscular, alguns autores referem-se ao Behaviorismo Clássico como
Psicologia da Contração Muscular[3].

O Behaviorismo Clássico partia do princípio de que o comportamento era modelado


pelo paradigma pavloviano de estímulo e resposta conhecido como condicionamento
clássico. Em outras palavras, para o Behaviorista Clássico, um comportamento é sempre
uma resposta a um estímulo específico. Esta proposta viria a ser superada por
comportamentalistas posteriores, porém. Ocorre de se referirem ao Comportamentismo
Clássico como Psicologia S-R (sendo S-R a sigla de Stimulus-Response (estímulo-
resposta), em inglês).

É importante notar, porém, que Watson em momento algum nega a existência de


processos mentais. Para Watson, o problema no uso destes conceitos não é tanto o
conceito em si, mas a inviabilidade de, à época, poder analisar os processos mentais de
maneira objetiva. De fato, Watson não propôs que os processos mentais não existam,
mas sim que seu estudo fosse abandonado, mesmo que provisoriamente, em favor do
estudo do comportamento observável. Uma vez que, para Watson, os processos mentais
devem ser ignorados por uma questão de método (e não porque não existissem), o
Comportamentismo Clássico também ficou conhecido pela alcunha de Behaviorismo
Metodológico.

Watson era um defensor da importância do meio na construção e desenvolvimento do


indivíduo. Ele acreditava que todo comportamento era consequência da influência do
meio, a ponto de afirmar que, dado algumas crianças recém-nascidas arbitrárias e um
ambiente totalmente controlado, seria possível determinar qual a profissão e o caráter de
cada uma delas. Embora não tenha executado algum experimento do tipo, por razões
óbvias, Watson executou o clássico e controvertido experimento do Pequeno Albert,
demonstrando o condicionamento dos sentimentos humanos através do
condicionamento responsivo.

[editar] Neobehaviorismo Mediacional


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O Behaviorismo Clássico postulava que todo comportamento poderia ser modelado por
conexões S-R; entretanto, vários comportamentos não puderam ser modelados desta
maneira. Em resposta a isso, vários psicólogos propuseram modelos behavioristas
diferentes em complemento ao Behaviorismo Watsoniano. Destes podemos destacar
Edward C. Tolman, primeiro psicólogo do comportamentalismo tradicionalmente
chamado Neobehaviorismo Mediacional.

[editar] Edward C. Tolman

Tolman publicou, em 1932, o livro Purposive behavior in animal and men. Nessa obra,
Tolman propõe um novo modelo behaviorista se baseando em alguns princípios
dissoantes perante a teoria watsoriana. Esse modelo apresentava um esquema S-O-R
(estímulo-organismo-resposta) onde, entre o estímulo e a resposta, o organismo passa
por eventos mediacionais, que Tolman chama de variáveis intervenientes (em oposição
às variáveis independentes, i. e. os estímulos, e às variáveis dependentes, i. e. as
respostas). As variáveis intervenientes seriam, então, um componente do processo
comportamental que conectaria os estímulos e as respostas, sendo os eventos
mediacionais processos internos.

Baseado nesses princípios, Tolman apresenta uma teoria do processo de aprendizagem


sustentada pelo conceito de mapas cognitivos, i. e., relações estímulo-estímulo, ou S-S,
formadas nos cérebros dos organismos. Essas relações S-S gerariam espectativas no
organismo, fazendo com que ele adote comportamentos diferentes e mais ou menos
previsíveis para diversos conjuntos de estímulos. Esses mapas seriam construídos
através do relacionamento do organismo com o meio, quando observa a relação entre
vários estímulos. Os processos internos que permitem a criação de um mapa mental
entre um estímulo e outro são usualmente chamados gestalt-sinais.

Como se vê, Tolman aceitava os processos mentais, assim como Watson, mas, ao
contrário desse, efetivamente os utilizava no estudo do comportamento. O próprio
Tolman viria a declarar que sua proposta behaviorista seria uma reescrita da Psicologia
mentalista em termos comportamentalistas. Tolman também acreditava no caráter
intencional do comportamento: para ele, todo comportamento visa alcançar algum
objetivo do organismo, e o organismo persiste no comportamento até o objetivo ser
alcançado. Por essas duas características de sua teoria (aceitação dos processos mentais
e proposição da intencionalidade do comportamento como objeto de estudo), Tolman é
considerado um precursor da Psicologia Cognitiva.

[editar] Clark L. Hull

Em 1943, a publicação, por Clark L. Hull, do livro Principles of Behavior marca o


surgimento de um novo pensamento comportamentalista, ainda baseada o paradigma S-
O-R, que viria a se opor ao behaviorismo de Tolman.

Hull, assim como Tolman, defendia a idéia de uma análise do comportamento baseada
na idéia de variáveis mediacionais; entretanto, para Hull, essas variáveis mediacionais
eram caracterizadamente intra-organísmicas, i. e., neurofisiológicas. Esse é o principal
ponto de discordância entre os dois autores: enquanto Tolman efetivamente trabalhava
com conceitos mentalistas como memória, cognição etc., Hull rejeitava os conceitos
cognitivistas em nome de variáveis mediacionais neurofisiológicas.
Em seus debates, Tolman e Hull evidenciavam dois dos principais aspectos das escolas
da análise do comportamento. De um lado, Tolman adotava a abordagem dualista
watsoniana, onde o indivíduo é dividido entre corpo e mente (embora assumindo-se que
o estudo da mente não possa ser feito diretamente); de outro, Hull, embora
mediacionista, adota uma posição monista, onde o organismo é puramente
neurofisiológico.

[editar] Behaviorismo Filosófico

O Behaviorismo Filosófico (também chamado Behaviorismo Analítico e Behaviorismo


Lógico[4]) consiste na teoria analítica que trata do sentido e da semântica das estruturas
de pensamento e dos conceitos. Defende que a idéia de estado mental, ou disposição
mental, é, na verdade, a idéia de disposição comportamental ou tendências
comportamentais. Afirmações sobre o que se denomina estados mentais seriam, então,
apenas descrições de comportamentos, ou padrões de comportamentos. Nesta
concepção, são analisados os estados mentais intencionais e representativos. Esta linha
de pensamento fundamenta-se basicamente nos postulados de Ryle e Wittgenstein[4].

[editar] Behaviorismo Metodológico

O termo foi primeiramente utilizado por Watson, em 1945, para se referir a proposta de
ciência do comportamento dos positivistas lógicos, ou neopositivistas, que tiveram
grande influência nas idéias dos behavioristas norte-americanos da primeira metade do
século XX. Provavelmente, e mais especificamente, as críticas se referiram às
considerações de Stanley Smith Stevens, em seu artigo "Psychology and the science of
science" de 1939.

O behaviorismo metodológico de S. S. Stevens entende o comportamento apenas como


respostas públicas dos organismos. A questão da observabilidade é central. Somente
eventos diretamente observáveis e replicáveis seriam admitidos para tratamento por uma
ciência, inclusive uma ciência do comportamento. Essa admissão decorre apenas por
uma questão de acessibilidade, ou seja, não seria possível uma ciência de eventos
privados simplesmente por eles serem desta ordem, privados. Essa visão, chamada de
"behaviorismo meramente metodológico" por Watson, se distancia da visão
Behaviorista Radical que inclui os eventos privados no escopo das ciências do
comportamento e a interpretação como método legítimo.

[editar] Behaviorismo Radical


Ver artigo principal: Behaviorismo Radical

Como resposta às correntes internalistas do Comportamentalismo e inspirado pelo


Behaviorismo Filosófico, Burrhus F. Skinner publicou, em 1945, o livro Science and
Human Behavior. A publicação desse livro marca o início da corrente
comportamentalista conhecida como Behaviorismo Radical.

O Behaviorismo Radical foi desenvolvido não como um campo de pesquisa


experimental, mas sim uma proposta de filosofia sobre o comportamento humano. As
pesquisas experimentais constituem a Análise Experimental do Comportamento,
enquanto as aplicações práticas fazem parte da Análise Aplicada do Comportamento. O
Behaviorismo Radical seria uma filosofia da ciência do comportamento. Skinner foi
fortemente anti-mentalista, ou seja, considerava não pragmáticas as noções
"internalistas" (entidades "mentais" como origem do comportamento, sejam elas
entendidas como cognição, id-ego-superego, inconsciente coletivo, etc.) que permeiam
as diversas teorias psicológicas existentes. Skinner jamais negou em sua teoria a
existência dos processos mentais (eles são entendidos como comportamento), mas
afirma ser improdutivo buscar nessas variáveis a origem das ações humanas, ou seja, os
eventos mentais não causam o comportamento das pessoas, os eventos mentais são
comportamentos e são de natureza física. A análise de um comportamento (seja ele
cognitivo, emocional ou motor) deve envolver, além das respostas em questão, o
contexto em que ele ocorre e os eventos que seguem as respostas. Tal posição
evidentemente opunha-se à visão watsoniana do Behaviorismo, pela qual a principal
razão para não se estudar fenômenos não fisiológicos seria apenas a limitação do
método, não a efetiva inexistência de tais fenômenos de natureza diferente da física. O
Behaviorismo skinneriano também se opunha aos neobehaviorismos mediacionais,
negando a relevância científica de variáveis mediacionais: para Skinner, o homem é
uma entidade única, uniforme, em oposição ao homem "composto" de corpo e mente,
ou seja, a visão de homem é a visão monista.

Skinner desenvolveu os princípios do condicionamento operante e a sistematização do


modelo de seleção por consequências para explicar o comportamento. O
condicionamento operante segue o modelo Sd-R-Sr, onde um primeiro estímulo Sd, dito
estímulo discriminativo, aumenta a probabilidade de ocorrência de uma resposta R. A
diferença em relação aos paradigmas S-R e S-O-R é que, no modelo Sd-R-Sr, o
condicionamento ocorre se, após a resposta R, segue-se um estímulo reforçador Sr, que
pode ser um reforço (positivo ou negativo) que "estimule" o comportamento (aumente
sua probabilidade de ocorrência), ou uma punição (positiva ou negativa) que iniba o
comportamento em situações semelhantes posteriores.

O condicionamento operante difere do condicionamento respondente de Pavlov e


Watson porque, no comportamento operante, o comportamento é condicionado não por
associação reflexa entre estímulo e resposta, mas sim pela probabilidade de um estímulo
se seguir à resposta condicionada. Quando um comportamento é seguido da
apresentação de um reforço positivo ou negativo, aquela resposta tem maior
probabilidade de se repetir com a mesma função; do mesmo modo, quando o
comportamento é seguido por uma punição (positiva ou negativa), a resposta tem menor
probabilidade de ocorrer posteriormente. O Behaviorismo Radical se propõe a explicar
o comportamento animal através do modelo de seleção por consequências. Desse modo,
o Behaviorismo Radical propõe um modelo de condicionamento não-linear e
probabilístico, em oposição ao modelo linear e reflexo das teorias precedentes do
Comportamentalismo. Para Skinner, a maior parte dos comportamentos humanos são
condicionados dessa maneira operante.

Para Skinner, os comportamentos são selecionados através de três níveis de seleção. Os


componentes da mesma são: 1 - Nível Filogenético: que corresponde aos aspectos
biológicos da espécie e da hereditariedade do indivíduo; 2 - Nível Ontogenético: que
corresponde a toda a história de vida do indivíduo; 3 - Nível Cultural: os aspectos
culturais que influenciam a conduta humana.

Através da interação desses três níveis (onde nenhum deles possui um status superior a
outro) os comportamentos são selecionados. Para Skinner, o ser humano é um ser ativo,
que opera no ambiente, provocando modificações no mesmo, modificações essas que
retroagem sobre o sujeito, modificando seus padrões comportamentais.

Apesar de ter sido e ainda ser bastante criticado, muitos dos preconceitos em relação às
ideias de Skinner são, na verdade, fruto do desconhecimento de quem critica. Muitas
das críticas feitas ao behaviorismo radical são, na verdade, críticas ao behaviorismo de
Watson. Mesmo autores que ficaram amplamente conhecidos por suas críticas ao
behaviorismo, como Chomsky "A Review on Skinner's Verbal Behavior", pouco
conheciam acerca da abordagem e, com isso, cometeram diversos erros. A crítica de
Chomsky já foi respondida por Kenneth MacCorquodale "On Chomsky's Review of
Skinner's Verbal Behavior".

O behaviorismo skinneriano, hoje em dia, é o mais popular, se não o único,


behaviorismo ainda vivo. A ABAI (Association for Behavior Analysis International)
possui cerca de 13.500 membros mundo inteiro (lembrando que isso nem de longe
corresponde ao número real) e cresce cerca de 6.5% ao ano, o que desmente a alegação
comum que o behaviorismo está morto.

[editar] Argumentos behavioristas


Os comportamentalistas apresentam várias razões pelas quais seria razoável adotar uma
postura behaviorista. Uma das razões mais comuns é epistêmica[5]: afirmações sobre
estados internos dos organismos feitas por observadores são baseadas no
comportamento do organismo. Por exemplo, a afirmação de que um rato sabe o
caminho para o alimento em uma caixa de Skinner é baseada na observação do fato de
que o animal chegou até o alimento, o que é um comportamento. Para um behaviorista,
os chamados fenômenos mentais poderiam muito bem ser apenas padrões de
comportamento.

Comportamentalistas também fazem notar o caráter anti-inatista típico do


Behaviorismo. Muito embora o inatismo não seja inerente ao mentalismo, é bastante
comum que tais teorias assumam que existam procedimentos mentais inatos.
Behavioristas, por crerem que todo comportamento é conseqüência de
condicionamento, geralmente rejeitam a idéia de habilidades inatas aos organismos.
Todo comportamento seria aprendido através de condicionamento[5].

Outro argumento muito popular a favor do Behaviorismo é a idéia de que estados


internos não provêm explicações para comportamentos externos por eles mesmos serem
comportamentos. Explicar o comportamento animal exigiria uma apresentação do
problema em termos diferentes do conceito sendo apresentado (isto é, comportamento).
Para um comportamentalista (especialmente um comportamentalista radical), estados
mentais são, em si, comportamentos, de modo que utilizá-los como estímulos resultaria
em uma referência circular. Para o behaviorista, estados internos só seriam válidos
como comportamentos a serem explicados; uma teoria que seguisse tal princípio,
porém, seria comportamentalista.

Para Skinner, em especial, utilizar estados internos como elementos essencialmente


diferentes dos comportamentos abriria possibilidades para uso de conceitos
anticientíficos na argumentação psicológica, como substâncias imateriais ou
homúnculos que controlassem o comportamento[5]. Entretanto, é importante notar que,
para Skinner, não havia nada de inadequado em se discutir estados mentais no
Behaviorismo: o erro seria discuti-los como se não fossem comportamentos.

Vale notar, entretanto, que o argumento do estado interno como comportamento é


polêmico, mesmo entre vários comportamentalistas[5]. O Neo-behaviorismo
Mediacional, por exemplo, trata os estados internos como elementos mediadores
inerentemente diferente dos comportamentos[3].

[editar] Críticas
O Behaviorismo, embora ainda muito influente, não é o único modelo na Psicologia[6].
Seus críticos apontam inúmeras prováveis razões para tal fato.

Uma das razões comumente apontadas é o desenvolvimento das neurociências. Essas


disciplinas jogaram nova luz sobre o funcionamento interno do cérebro, abrindo
margens para paradigmas mais modernos na Psicologia. Por seu compromisso com a
idéia de que todo comportamento pode ser explicado sem apelar para conceitos
cognitivos, o Behaviorismo leva a uma postura por vezes desinteressada em relação às
novas descobertas das neurociências[6], com exceção do behaviorismo radical, Skinner
enfatizou sempre a importância da neurociência como sendo um campo complementar
essencial para o entendimento humano. Os behavioristas afirmam, porém, que as
descobertas neurológicas apenas definem os fenômenos físicos e químicos que são parte
do comportamento, pois o organismo não poderia exercer comportamentos
independentes do ambiente por causas neurológicas. Outro aspecto que também é
enfatizado por behavioristas radicais é de que embora as neurociências possam lançar
luz a alguns processos comportamentais, ela não é prática. Por exemplo, se o objeto for
promover uma mudança comportamental em um indivíduo, a modificação das
contingências ambientais seria muito mais eficaz que uma modificação direta no
sistema nervoso da pessoa.

Outra crítica ao Behaviorismo afirma que o comportamento não depende tanto mais dos
estímulos quanto da história de aprendizagem ou da representação do ambiente do
indivíduo[6]. Por exemplo, independentemente de quanto se estimule uma criança para
que informe quem quebrou um objeto, a criança pode simplesmente não responder, por
estar interessada em ocultar a identidade de quem o fizera. Do mesmo modo, estímulos
para que um indivíduo coma algum prato exótico podem ser de pouca valia se o
indivíduo não vir o prato exótico como um estímulo em si. Esta crítica só tem validade
se for aplicada ao behaviorismo clássico de Watson, o behaviorismo radical de Skinner
leva em conta, como ilustrado pelo nível ontogenético, a história de vida do indivíduo
na predição e controle do comportamento.

Vários críticos apontam para o fato de que um comportamento não precisa ser,
necessariamente, conseqüência de um estímulo postulado. Uma pessoa pode se
comportar como se sentisse cócegas, dor ou qualquer outra sensação mesmo se não
estiver sentindo nada. Algumas propriedades mentais, como a dor, possuem uma
espécie de "qualidade intrínseca" que não pode ser descrita em termos
comportamentalistas. O problema desta crítica é de que ela trata como se todos os
behaviorismos fossem mecanicistas [estímulo-resposta] o que não é verdade, o outro
problema é que esta crítica ignora outros fatores contextuais que reforçam os
comportamentos de, no caso, sentir cócegas. Por exemplo, uma criança pode se
comportar como se sentisse dor porque assim a professora poderia mandá-la para casa.

Noam Chomsky foi um crítico do Behaviorismo, e apresentou uma suposta limitação do


Comportamentalismo para modelar a linguagem, especialmente a aprendizagem. O
Behaviorismo não pode, segundo Chomsky, explicar bem fenômenos linguísticos como
a rápida apreensão da linguagem por crianças pequenas[6]. Chomsky afirmava que, para
um indivíduo responder a uma questão com uma frase, ele teria de escolher dentre um
número virtualmente infinito de frases qual usar, e essa habilidade não era alcançada
perante o constante reforçamento do uso de cada uma das frases. O poder de
comunicação do ser humano, segundo Chomsky, seria resultado de ferramentas
cognitivas gramaticais inatas[6]. Esse argumento é claramente falacioso, pois não se
aprende a dizer frase por frase, mas o próprio comportamento de dizer é uma função e
com ele que se fundou parte da psicologia cognitiva.

[editar] Behavioristas famosos


Diversos cientistas e pensadores alinharam-se com ou influenciaram significativamente
o Behaviorismo. Desses, podemos destacar:

• Ivan Pavlov
• Edward C. Tolman
• Clark L. Hull
• Burrhus Frederic Skinner
• Conwy Lloyd Morgan
• J.R. Kantor
• John Broadus Watson
• Joseph Wolpe
• Albert Bandura

Dentre muitos outros. A influência behaviorista também pode ser encontrada em


filósofos conceituados, como:

• Ludwig Wittgenstein
• Gilbert Ryle

• Introspecção
• Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
• Ir para: navegação, pesquisa



• A Introspecção é o ato pelo qual o sujeito observa os conteúdos de seus
próprios estados mentais, tomando consciência deles. Dentre os possíveis
conteúdos mentais passíveis de introspecção, destacam-se as crenças, as imagem
mental, memórias (sejam visuais, auditivas, olfativas, sonoras, tácteis), as
intenção, as emoções e o conteúdo do pensamento em geral (conceitos,
raciocínios, associações de idéias).
• Há um debate contemporâneo nos campos da Epistemologia e da Filosofia da
Mente acerca da natureza, das características e da validade do conhecimento
gerado pela introspecção (autoconhecimento). Um exemplo de questão
levantada neste âmbito é a seguinte: Na introspecção, o sujeito tem acesso direto
(não mediado, não inferencial) ao objeto?
• Muitos filósofos usaram esse método de investigação que é estimulado a partir
de um dos sete apotegmas mais famosos da filosofia de Sócrates ao propôr:
"Conhece-te a ti mesmo". Após muitos anos em declínio Descartes para chegar a
suas conclusões, como "Penso, logo existo!".
• [editar] Psicologia
• É o método original da psicologia, usado desde a sua fundação por Wundt e
William James em seus respectivos laboratórios para verificar o funcionamento
da mente. Foi usada por exemplo por Jean Piaget, Sigmund Freud, Titchener e
Aaron Beck. [1]
• É geralmente muito estimulada na psicoterapia, como na psicanálise e na terapia
cognitivo-comportamental, onde o sujeito pode ser levado a refletir sobre a
consequência de suas ações, seu modo de pensar e sobre formas de pensar mais
eficazes e que levem a diminuir seu sofrimento.
• O behaviorismo se opõe ao uso da introspecção por considerá-la pouco confiável
do ponto de vista científico, pois este exige fatos observáveis e evidências
analisáveis. Para Watson defende que é possível fazer uma psicologia sem
nenhuma introspecção pois os processos internos são analisáveis nos
comportamentos expressados.[2]

Gestalt
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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Cubo de Necker e o Vaso de Rubin, dois exemplos utilizados na Gestalt


A Psicologia da forma, Psicologia da Gestalt, Gestaltismo ou simplesmente Gestalt é
uma teoria da psicologia iniciada no final do século XIX na Áustria e Alemanha que
possibilitou o estudo da percepção (Britannica, 1992:226).

Segundo a Gestalt, o cérebro é um sistema dinâmico no qual se produz uma interacção


entre os elementos, em determinado momento, através de princípios de organização
perceptual como: proximidade, continuidade, semelhança, segregação, preenchimento,
unidade, simplicidade e figura/fundo. Sendo assim o cérebro tem princípios
operacionais próprios, com tendências auto-organizacionais dos estímulos recebidos
pelos sentidos.

Surge como uma reação às teorias contemporâneas estabelecidas que se fundamentavam


apenas na experiência individual e sensorial (Wundt). Parte do princípio de que o objeto
sensível não é apenas um pacote de sensações para o ser humano, pois a percepção está
além dos elementos fornecidos pelos orgãos sensoriais. Fundamentam-se nas
afirmações de Kant de que os elementos por nós percebidos são organizados de forma
a fazerem sentido e não apenas através de associações com o que conhecemos
anteriormente.

Max Wertheimer (1880-1943) publica o primeiro trabalho considerado iniciador dos


estudos da Gestalt em 1912, num estudo sobre a percepção visual, com seus colegas
Wolfgang Köhler (1887-1967) e Kurt Koffka (1886-1940). Os três são considerados
iniciadores do movimento da Gestalt (Britannica 1992:227). Estes consideram os
fenômenos psicológicos como um conjunto autônomo, indivisível e articulado na sua
configuração, organização e lei interna, que independem da percepção individual e que
formulam leis próprias da percepção humana.

O filósofo norte-americano William James, foi um dos que influenciaram esta escola, ao
considerar que as pessoas não vêem os objetos como pacotes formados por sensações,
mas como uma unidade. A percepção do todo é maior que a soma das partes percebidas.
Uma outra influência fundamental foi a fenomenologia de Edmund Husserl. A
fenomenologia afirma que toda consciência é consciência de alguma coisa. Assim
sendo, a consciência não é uma substância, mas uma atividade constituída por atos
(percepção, imaginação, especulação, volição, paixão, etc), com os quais visa algo.

Índice
[esconder]

• 1 Origens
• 2 Escola "dualista" de Graz
• 3 Laboratório de 1913
• 4 Fundamentos teóricos
o 4.1 Sete fundamentos básicos
• 5 Aplicações
o 5.1 Aplicações na arte
o 5.2 Gestalt-terapia
• 6 Referências
• 7 Ver também
• 8 Leituras
• 9 Notas

• 10 Ligações externas

[editar] Origens
Max Wertheimer (1880-1943), Wolfgang Köhler (1887-1967) e Kurt Koffka (1886-
1940), depois de 1910, na Universidade de Frankfurt, criticaram fortemente as idéias de
Wilhelm Wundt (1832-1920), considerado o fundador da psicologia moderna e
responsável pelo primeiro laboratório de psicologia experimental.

Wertheimer pôde provar experimentalmente que diferentes formas de organização


perceptiva são percebidas de forma organizada e com significado distinto por cada
pessoa. Como pode ser visto nas figuras do Cubo de Necker e do Vaso de Rubin, acima.
O todo é maior do que a soma das partes que o constituem. Por exemplo: uma cadeira é
mais do que quatro pernas, um assento e um encosto. Uma cadeira é tudo isso, mas é
mais que isso: está presente na nossa mente como um símbolo de algo distinto de seus
elementos particulares.

Em uma série de testes Wertheimer demonstrou que pode ser realizada uma ilusão
visual de movimento de um determinado objeto estacionário se este for mostrado em
uma sucessão rápida de imagens. Assim se consegue uma impressão de continuidade e
chamou este movimento percebido em sequência mais rápida de "fenômeno phi" (o
cinema é baseado nessa ilusão de movimento, a imagem percebida em movimento na
realidade são conjuntos de 24 imagens fixas projetadas na tela durante 1 segundo).

[editar] Escola "dualista" de Graz


A tentativa de visualização do movimento marca o início de outra escola da psicologia
da Gestalt: a Escola de Graz ou “corrente dualista”, (Áustria). Esta identificou dois
processos distintos na percepção sensorial: um, a sensação, a percepção física pura dos
elementos de uma configuração (o formato de uma imagem ou as notas de uma música),
próprio ao objeto percebido; e o outro, a representação, que seria um processo “extra-
sensorial” através do qual os elementos, agrupados, excitam a percepção e adquirem
sentido (a forma visual ou a melodia da música), que já é particular do trabalho mental
do homem.

A outra concepção, divergente do “dualismo”, era a chamada “corrente monista” (de


mono, único), defendida pelos alemães. Pelo ponto de vista monista, tanto sensação
como representação se dariam simultaneamente, e não em separado. A forma, ou seja, a
compreensão que os dualistas chamaram de “extra-sensorial”, não pode ser dissociada
da sensação do objeto material. Por ocorrerem ao mesmo tempo, percepção sensorial e
representativa vão se completando até finalizarem o processo de percepção visual. Só
quando uma é concluída que a outra pode ser concluída também.

[editar] Laboratório de 1913


Em 1913, a Academia Prussiana de Ciências instalou, na ilha de Tenerife, nas Canárias,
uma estação para estudo do comportamento do macaco. Wolfgang Köhler foi nomeado,
então, diretor da estação - ainda muito jovem e com quase nenhuma experiência em
biologia e psicologia de animais. Suas pesquisas pioneiras com antropóides enfatizaram
que não só a percepção humana, mas também nossas formas de pensar e agir
funcionam, com freqüência, de acordo com os pressupostos da Gestalt da reorganização
perceptiva.

Observou-se que ato cognitivo corresponde a uma reestruturação do conhecimento


anterior (informações disponíveis na memória) tal como posteriormente estudada pelos
construtivistas a exemplo de Piaget. Medidas da estimulação elétrica cortical em gatos e
os seus clássicos experimentos com chimpanzés (empilhando caixotes para alcançar
alimentos) comprovaram que estes têm condições de resolver problemas relativamente
mais complexos do que os experimentos de contornar um obstáculo e abrir fechaduras
para fuga, aproximando-se da inteligência humana.

[editar] Fundamentos teóricos


Segundo a Gestalt, existem quatro princípios a ter em conta para a percepção de
objectos e formas: a tendência à estruturação, a segregação figura-fundo, a pregnância
ou boa forma e a constância perceptiva.

Outros conceitos dessa teoria são supersoma e transponibilidade.[1] Supersoma refere-se


a idéia de que não se pode ter conhecimento de um todo por meio de suas partes, pois o
todo é maior que a soma de suas partes: "(…) "A+B" não é simplesmente "(A+B)", mas
sim um terceiro elemento "C", que possui características próprias".[carece de fontes?] Já
segundo o conceito da transponibilidade, independentemente dos elementos que
compõem determinado objeto, a forma se sobressai. "(…) uma cadeira é uma cadeira,
seja ela feita de plástico, metal, madeira ou qualquer outra matéria-prima."[carece de fontes?]

[editar] Sete fundamentos básicos

Os sete fundamentos básicos da Gestalt - muito usado hoje em dia em profissões como
design, arquitetura, etc - são:

• Continuidade
• Segregação
• Semelhança
• Unidade
• Proximidade
• Pregnância
• Fechamento

[editar] Aplicações
[editar] Aplicações na arte

A tendência à estruturação por exemplo explica a tendência dos diferentes povos a


distinguir grupos de estrelas e reconhecer constelações no céu; a boa forma ou
configuração ideal mais conhecida é a Proporção áurea dos arquitetos e geômetras
gregos que explica muitas das formas que são agradáveis aos olhos humanos. As
empresas de publicidade e criadores de signos visuais (marcas) parece que são os
maiores usuários da descoberta dos símbolos que possuem alto poder de atração
(pregnância). Vários artistas se utilizaram das ilusões de óptica muitas delas explicadas
pela lei da segregação da figura e fundo a exemplo de Escher e Salvador Dalí ou os
discos ópticos de Marcel Duchamp. A ilusão de perspectiva e proposição cubista de
criação de uma cena com (sob) múltiplos pontos de vista também são explicados pela
teoria da gestalt. Através dos estudos realizados e das teorias elaboradas na escola
Gestalt, no início do século XX, referentes a teoria da psicologia das imagens, foi
possível criar condições favoráveis para a racionalização na construção de projetos
gráficos.Reforça-se a idéia que o todo, é mais que a soma das suas partes, existindo
envolvimento psicológico.Compreender a construção de imagens é imprescindível para
a elaboração e desenvolvimento de mensagens visuais, viabilizando a ampliação do
acervo de soluções gráficas autoras de sentidos qualificados.

[editar] Gestalt-terapia
Ver artigo principal: Gestalt-terapia

A partir da teoria da Gestalt e da psicanálise, o médico alemão Fritz Perls (1893-1970)


desenvolveu uma forma de psicoterapia de orientação gestáltica. A gestaltoterapia ou
terapia Gestalt orienta-se segundo o conceito que o desenvolvimento psicológico e
biológico de um organismo se processa de acordo com as tendências inatas desse
organismo, que tentam adaptá-lo harmoniosamente ao ambiente. A prática
psicoterapêutica é, normalmente, realizada em grupo e ao longo das suas sessões
destaca-se a realização de um conjunto de exercício sensório-motores (que trabalham as
áreas sensoriais e motoras do nosso corpo) e meditativos (de relaxamento). Estes
exercícios pretendem, principalmente, que os indivíduos descubram novas forças
existentes em si, para poderem ultrapassar as suas dificuldades.

Psicanálise
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa

Psicanálise é um campo clínico e de investigação teórica da psicologia desenvolvido


por Sigmund Freud, médico neurologista vienense nascido em 1856 que se propõe à
compreensão e análise do homem, compreendido enquanto sujeito do inconsciente e
abrange três áreas:

1. um método de investigação da mente e seu funcionamento;


2. um sistema teórico sobre a vivência e o comportamento humanos;
3. um método de tratamento psicoterapêutico[1].

Essencialmente é, assim, uma teoria da personalidade e um procedimento de


psicoterapia; a psicanálise, contudo, influenciou muitas outras correntes de pensamento
e disciplinas das diversas ciências humanas, gerando uma base teórica para uma forma
de compreensão da ética, da moralidade e da cultura humana.[2]

Importante ainda é observar que em linguagem comum, o termo psicanálise é muitas


vezes usado como sinônimo de psicoterapia ou mesmo de psicologia. Em linguagem
mais própria, no entanto, psicologia refere-se à ciência que estuda o comportamento e
os processos mentais, psicoterapia ao uso clínico do conhecimento obtido por ela - ou
seja, ao trabalho terapêutico baseado no corpo teórico da psicologia como um todo - e
psicanálise refere-se à forma de psicoterapia baseada nas teorias oriundas do trabalho
de Sigmund Freud; psicanálise é, assim, um termo mais específico, sendo uma entre
muitas outras formas de psicoterapia.

Sala com o divã de Freud

Índice
[esconder]

• 1 Conceituação
• 2 Correntes, dissensões e críticas
• 3 Ver também
• 4 Autores importantes
• 5 Referências
• 6 Bibliografia

• 7 Ligações externas

[editar] Conceituação
De acordo com Freud, psicanálise é o nome de (1) um procedimento para a investigação
de processos mentais que são quase inacessíveis por qualquer outro modo, (2) um
método (baseado nessa investigação) para o tratamento de distúrbios neuróticos, e (3)
uma coleção de informações psicológicas obtidas ao longo dessas linhas, e que
gradualmente se acumulou numa "nova" disciplina científica. [3] A essa definição
elaborada pelo próprio Freud pode ser acrescentada um tratamento possível da psicose e
perversão, considerando o desenvolvimento dessa técnica.

Ainda segundo o seu criador a psicanálise cresceu num campo muitíssimo restrito. No
início, tinha apenas um único objetivo — o de compreender algo da natureza daquilo
que era conhecido como doenças nervosas ‘funcionais’, com vistas a superar a
impotência que até então caracterizara seu tratamento médico. Os neurologistas daquele
período haviam sido instruídos a terem um elevado respeito por fatos químico-físicos e
patológico-anatômicos e não sabiam o que fazer do fator psíquico e não podiam
entendê-lo. Deixavam-no aos filósofos, aos místicos e — aos charlatães; e
consideravam não científico ter qualquer coisa a ver com ele.[4]

Os primórdios da psicanálise datam de 1882 quando Freud, médico recém formado,


trabalhou na clínica psiquiátrica de Theodor Meynert, e mais tarde, em 1885, com o
médico francês Charcot, no Hospital Salpêtrière (Paris, França). Sigmund Freud, um
médico interessado em achar um tratamento efetivo para pacientes com sintomas
neuróticos ou histéricos. Ao escutar seus pacientes, Freud acreditava que seus
problemas se originaram da inaceitação cultural, ou seja, seus desejos eram reprimidos,
relegados ao inconscientes. Notou também que muitos desses desejos se tratavam de
fantasias de natureza sexual. O método básico da psicanálise é o manejo da
transferência e da resistência em análise. O analisado, numa postura relaxada, é
solicitado a dizer tudo o que lhe vem à mente (método de associação livre). Suas
aspirações, angústias, sonhos e fantasias são de especial interesse na escuta, como
também todas as experiências vividas são trabalhadas em análise. Escutando o
analisado, o analista tenta manter uma atitude empática de neutralidade. Uma postura de
não-julgamento, visando a criar um ambiente seguro.

A originalidade do conceito de inconsciente introduzido por Freud deve-se à proposição


de uma realidade psíquica, característica dos processos inconscientes. Por outro lado,
analisando-se o contexto da época observa-se que sua proposição estabeleceu um
diálogo crítico à proposições Wilhelm Wundt (1832 — 1920) da psicologia com a
ciência que tem como objeto a consciência entendida na perspectiva neurológica (da
época) ou seja opondo-se aos estados de coma e alienação mental. [5]

Muitos colocam a questão de como observar o inconsciente. Se a Freud se deve o


mérito do termo "inconsciente", pode-se perguntar como foi possível a ele, Freud, ter
tido acesso a seu inconsciente para poder ter tido a oportunidade de verificar seu
mecanismo, já que não é justamente o inconsciente que dá as coordenadas da ação do
homem na sua vida diária.

Não é possível abordar diretamente o inconsciente (Ics.), o conhecemos somente por


suas formações: atos falhos, sonhos, chistes e sintomas diversos expressos no corpo.
Nas suas conferência na Clark University (publicadas como Cinco lições de psicanálise)
nos recomenda a interpretação como o meio mais simples e a base mais sólida de
conhecer o inconsciente. [6]

Outro ponto a ser levado em conta sobre o inconsciente é que ele introduz na dimensão
da consciência uma opacidade. Isto indica um modelo no qual a consciência aparece,
não como instituidora de significatividade, mas sim como receptora de toda significação
desde o inconsciente. Pode-se prever que a mente inconsciente é um outro "eu", e essa é
a grande ideia de que temos no inconsciente uma outra personalidade atuante, em
conjuntura com a nossa consciência, mas com liberdade de associação e ação.

O modelo psicanalítico da mente considera que a atividade mental é baseada no papel


central do inconsciente dinâmico. O contato com a realidade teórica da psicanálise põe
em evidência uma multiplicidade de abordagens, com diferentes níveis de abstração,
conceituações conflitantes e linguagens distintas. Mas isso deve ser entendido um em
um contexto histórico cultural e em relação as próprias características do modelo
psicanalítico da mente.[7]

[editar] Correntes, dissensões e críticas


Diversas dissidências da matriz freudiana foram sendo verificadas ao longo do século
XX, tendo a psicanálise encontrado seu apogeu nos anos 50 e 60.

As principais dissensões que passou o criador da psicanálise foram C. G. Jung e Alfred


Adler, que participavam da expansão da psicanálise no começo do século XX. C. G.
Jung, inclusive, foi o primeiro presidente do Instituto Internacional de Psicanálise
(IPA), antes de sua renúncia ao cargo e a seguidor das idéias de Freud. Outras
dissidências importantes foram Otto Rank, Erich Fromm. No entanto, a partir da teoria
psicanalítica de Freud, fundou-se uma tradição de pesquisas envolvendo a psicoterapia,
o inconsciente e o desenvolvimento da práxis clínica, com uma abordagem puramente
psicológica.

Desenvolvimentos como a psicoterapia humanista/existencial, psicoterapia reichiana,


dentre diversas e tantas terapias existentes, foram, sem dúvida, influenciadas pela
tradição psicanalítica, embora tenham conferido uma visão particular para os conteúdos
da psicologia clínica.

O método de interpretar os pacientes e buscar a cura de enfermidades físicas e mentais


através de um diálogo sistemático/metodológico com os pacientes foi uma inovação
trazida por Freud desenvolvido a partir de suas observações e experiência de tratamento
através da hipnose. Até então, os avanços na área da psicoterapia eram obsoletas e
tinham um apelo pela sugestão ou pela terapia com banhos, sangrias e outros métodos
antigos no combate às doenças mentais. [8]

Sua contribuição para a Medicina, Psicologia, e outras áreas do conhecimento humano


(arte, literatura, sociologia, antropologia, entre outras) é inegável. O verdadeiro choque
moral provocado pelas ideias de Freud serviu para que a humanidade rompesse, ou pelo
menos repensasse muito de seus tabus e preconceitos na compreensão da sexualidade, e
atingisse um maior grau de refinamento e profundidade na busca das verdades psíquicas
do ser humano.

Na atualidade, a Psicanálise já não se limita à prática e tem uma amplitude maior de


pesquisa, centrada em outros temas e cenários, desenvolvendo-se como uma ciência
psicológica autônoma. Hoje fica muito difícil afirmar se a Psicanálise é uma disciplina
da Psicologia ou uma Psicologia própria.

Após Freud, muitos outros psicanalistas contribuíram para o desenvolvimento e


importância da psicanálise. Entre alguns, podemos citar Melanie Klein, Winnicott, Bion
e André Green. No entanto, a principal virada no seio da psicanálise, que conciliou ao
mesmo tempo a inovação e a proposta de um "retorno a Freud" veio com o psicanalista
francês Jacques Lacan. A partir daí outros importantes autores surgiram e convivem em
nosso tempo, como Françoise Dolto, Serge André, J-D Nasio e Jacques-Alain Miller.

Uma das recentes tendências é a criação da neuropsicanálise segundo Soussumi [9] tendo
como antecedentes a fundação do grupo de estudos de neurociência e psicanálise no
Instituto de Psicanálise em 1994 com a participação de Arnold Pfefer, e o neurocientista
da Universidade de Columbia como James Schwartz, que a partir de 1996, fica sobre a
coordenação de Mark Solms, psicanalista inglês com formação em neurociência, que
vinha trabalhando em Londres e publicando trabalhos sobre o assunto desde a década de
1980 que juntamente com Pfeffer, em Londres, julho de 2000 , organizam o I Congresso
Internacional de Neuro-Psicanálise, onde é criada a Sociedade Internacional de Neuro-
Psicanálise.

Destaca-se ainda nesse intere a publicação do artigo intitulado Biology and the future of
psychoanalysis: a new intellectual framework for psychiatry (em português, “A biologia
e o futuro da psicanálise: uma nova estrutura intelectual para a psiquiatria”) do
neurocientista Eric Kandel, em 1999 . Segundo Kandel, a neurociência poderia fornecer
fundamentos empíricos e conceituais mais sólidos à psicanálise. Um ano após a
publicação do referido texto, em 2000, Kandel recebe o prêmio Nobel de medicina por
suas contribuições à neurobiologia, introduzindo o conceito de plasticidade neural

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