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GESTÃO DE PESSOAS NA POLÍCIA: A REALIDADE

SEM MAQUIAGEM

Sérgio Siqueira

Tem sido de grande valia no serviço público de uma forma geral, os avanços
na área de seleção de pessoal, o que se deve não só ao grau de exigências adotado
pela administração, como também a questões sociais, já que a escassez e
instabilidade de empregos no setor privado motivam as pessoas a buscarem a
segurança do serviço público. Por um motivo ou outro, a administração pública tem
se beneficiado, já que o nível de qualificação dos candidatos tem sido cada vez
maior, o que se coaduna perfeitamente com o princípio da eficiência pregado em
nossa Constituição Federal. Porém, em nossa instituição parece que o referido
princípio vem sendo invocado apenas na seleção de pessoal. Desconsidera-se ou
distorce-se a eficiência quanto à sua aplicação na filosofia de trabalho empregada na
máquina administrativa da Polícia Civil de Pernambuco.

Eficiência é bem mais que simplesmente escolher um perfil adequado para


um determinado cargo! A eficiência deve ir para além do processo seletivo! Ser
eficiente é poder garantir a superação da “falta” de uma política efetiva e concreta de
valorização dos cargos e conseqüentemente dos servidores, pois é essa realidade
caótica que vem provocando uma grande insatisfação e desmotivação na categoria
policial civil do nosso Estado, e trazendo uma série de conseqüências adversas,
dentre as quais, a preocupante quantidade de exonerações voluntárias, já que do
início de 2009 até o final de abril do corrente ano se chegou a um número de
aproximadamente 403 pedidos de exonerações, sendo que a grande maioria das
pessoas que estão optando por abandonarem a carreira, estão próximos de
completarem, no máximo, apenas 3 anos de exercício nos seus respectivos cargos,
o que me parece, apesar do pouco tempo, já terem percebido a situação
desfavorável e estarem buscando horizontes que lhes propiciem retornos
condizentes com seus esforços e desempenhos na realização de suas atribuições.

Para que esse quadro comece a mudar e verdadeiramente se tenha o


princípio da eficiência sendo utilizado satisfatoriamente em nossa categoria, é
necessário que conhecimentos básicos e há muito já consolidados nas áreas que
envolvem Gestão de Pessoas sejam efetivamente adotados. Não há como atingir a
tão clamada eficiência policial exigida pela sociedade, com um modelo de gestão de
pessoas que não se preocupa com o servidor, que não se preocupa em gerar
condições para que o policial tenha psicológica e fisicamente, durante toda sua
carreira, condições de ter seu desempenho otimizado a partir de políticas de
valorização pessoal e profissional, deixando-se de lado a exploração e a opressão,
as quais são estratégias arcaicas, pouco produtivas, que ferem a dignidade da
pessoa humana e que não podem mais existir dentro de órgãos públicos.

Não se é mais admissível dentro do serviço público tratar o policial como uma
máquina que não tem aspirações, família, auto-estima e necessidades. É necessário
perceber que os policiais estão sujeitos, quando expostos demasiadamente a
situações de extremo desgaste físico e mental, ao adoecimento e ao afastamento do
trabalho, o que afeta a prestação satisfatória do serviço à população.
Não é mais admissível haver chefes que não têm a menor habilidade no
gerenciamento de pessoas;

Não é mais admissível que pessoas que passam toda a carreira cumprindo
dignamente com suas atribuições sejam preteridas e injustiçadas, tendo todas suas
contribuições de anos de trabalho descartadas como se não tivessem nenhum
significado;

Não é mais admissível que a Administração se aproveite dos péssimos


salários que paga aos policiais civis, para escraviza-los com cotas de gratificações
desproporcionais com o trabalho realizado e que podem ser retiradas a qualquer
tempo, não tendo nenhuma incorporação na remuneração do policial.

Não é mais admissível se buscar dar respostas à sociedade com uma visão
equivocada de eficiência, a qual tem como pilar o submetimento de policiais a cargas
de trabalho desumanas, sendo sugados ao máximo, até que extrapolem seus limites
físicos e psíquicos;

É diante dessas e outras situações que estão escandalosamente explícitas


aos olhos de todos, que se percebe quais são os motivos de tantos policiais estarem
torcendo pela chegada rápida do momento da aposentadoria, de tantos policiais
estarem procurando tratamento médico e de tantos policiais estarem buscando uma
aprovação em outros concursos públicos. Enquanto houver a insistência na
perpetuação dessa política equivocada de direção, todos continuarão a perder,
porque a perda não só é para o policial massacrado, mas para instituição, para o
Estado e conseqüentemente para toda a sociedade.

Mudanças têm que ocorrer, não é mais possível continuarmos nesta


situação! A grande oportunidade que teremos de iniciarmos mudanças que
venham a corrigir essas atrocidades é a possibilidade de promover uma
renovação na gestão do Sinpol, que é a entidade que nos representa e que vem
sendo conivente com tudo o que vem ocorrendo.

“Vamos nos filiar e votar!”

RENOVAÇÃO JÁ!!!

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