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Introdução
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Gabriela de Almeida APOLÔNIO – Gabi Apolonio. Aluna especializanda do Curso de Pós Graduação
Lato Sensu FAFIRE em Gestão e Produção Cultural com ênfase em eventos.
EDUCAÇÃO BRASILEIRA E COMPLEXIDADE: UMA ÓTICA SOB O
OLHAR DE EDGAR MORIN
A educação Brasileira passa por uma crise. Crise no sentido de que, quanto mais o
tempo passa maior proximidade do indivíduo a informação, maior o distanciamento da
formação do professor. A escola nos tempos atuais, em sua maioria não acompanha esse
tempo. Desde a formação do professor/educador, defasado, antigo, fragmentado aos
nossos livros didáticos e os currículos que tratam das disciplinas, ou seja, dos
conhecimentos gerais de forma isolada, sem qualquer interligação a grande trama do
conhecimento universal.
Assim, como então ter o ensino enquanto “arte ou ação de transmitir os conhecimentos a um
aluno, de modo que ele os compreenda e assimile” e empregue em seu cotidiano de forma a
contribuir com a construção de suas habilidades?
Vemos na educação brasileira um a sequencia de inadequações entre os conhecimentos
ditos “disciplinares” cada vez mais fragmentados, e os problemas reais, cada vez mais
transversais, multidimensionais e complexos. O que Morin, apresenta em sua obra
“Cabeça bem-feita” (1999), enquanto INADEQUAÇÕES DA EDUCAÇÃO.
Morin apresenta o conhecimento enquanto algo complexo. Não complexo de difícil
compreensão, mas o que se interliga numa trama complexa com as outras áreas do
saber. Para Morin, a hiperespecialização é algo que interfere negativamente nesta
compreensão complexa de mundo. Uma vez que ela fragmenta o problema e o
soluciona á luz apenas de uma pequena parcela do saber, tornando “impossível apreender
‘o que é tecido junto’, isto é, o complexo, segundo o sentido original do termo.” (1999, p.14).
Isso faz com que as nossas escolas provoquem em nossos jovens a perda das aptidões
naturais para contextualizar os seus saberes e integrá-los em seu cotidiano.
“Devemos, pois, pensar o problema do ensino, considerando, por um lado, os efeitos cada vez mais
graves da compartimentação dos saberes e da incapacidade de articulá-los, uns aos outros; por
outro lado, considerando que a aptidão para contextualizar e integrar é uma qualidade fundamental
da mente humana, que precisa ser desenvolvida, e não atrofiada.” (1999,p.16)
Assim, nesta perspectiva do “tecer junto” o conhecimento, descompartimentalizando o
que foi anteriormente separado e transformado e conhecimentos fracionados é que
poderemos expandir o saber e fazer com que este seja capaz de considerar a condição
humana na sociedade e suas limitações e virtudes capazes de enfrentar os grandes
desafios de nossa época.
“A escola deve incentivar a comunicação entre as diversas áreas do saber e a busca das relações
entre os campos do conhecimento, desmoronando as fronteiras que inibem e reprimem a
aprendizagem. Trata-se da transcendência do pensamento linear que, sozinho, é reducionista.
Transdisciplinaridade é a prática do que une e não separa o múltiplo e o diverso no processo de
construção do conhecimento. (PETRAGLIA)
Uma vez que, “(...) o conhecimento só é conhecimento enquanto organização, relacionado com
as informações e inserido no contexto destas.” (Op Citi, p. 16)
5. A incerteza. Vivemos num mondo onde somos a cada dia surpreendido pelo
inesperado. Morin apresenta que se faz necessário ensinar a ecologia da ação.
Ou seja, “a atitude que devemos tomar quando uma ação é desencadeada e escapa aos
desejos e intenções de quem a provocou, desencadeando influencias múltiplas que
podem desviá-la até para o sentido oposto ao intencionado” (MORIN). E esta ação é
que vai dar rumo a construção do conhecimento. Essa coragem de mudar, de se
relacionar com o desconhecido.
Considerações finais
“(...) reconhecer suas limitações, permitindo que a criatividade seja um instrumento necessário
ao seu desenvolvimento em sala de aula, e que o respeito ao conhecimento prático seja a
didática primordial em sua prática docente. Só assim iniciará seu caminho para a
transformação social de sua realidade e da realidade de quem os cerca, ou seja, os educandos.”
Referencias