Bloco 3 – Localização de Instalações

LOCALIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES
Fatores mais relevantes para localização de
empresas:

• Fatores de pessoal: disponibilidade de pessoal

qualificado, atitude sindical
• Proximidade com os mercados consumidores
(fundamental para empresas de serviços, mas nem
tanto para empresas industriais) e rede de
transportes adequada
• Qualidade de vida e serviços: aspectos culturais,
escolas, hospitais, bancos, arquitetura da cidade e
da região, clima
• Materiais e fornecedores: existência de suprimentos
com qualidade, quantidade e preços competitivos

LOCALIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES
• Serviços públicos: água, energia elétrica,
telecomunicações
• Facilidades: isenção de taxas e impostos
• Outros fatores: proximidade de empresas de
mesmo tipo, custo do terreno, custo da
construção, regulamentos ambientais,
atitudes da comunidade, existência de
prestadoras de serviços de vigilância, limpeza
e outros serviços especializados
• Em empresas de serviços, também pesam:
facilidade de acesso e comunicação dos
clientes e presença de concorrência nas
proximidades

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1) MÉTODO DA PONDERAÇÃO QUALITATIVA

• Usado quando não se consegue apropriar uma
estrutura de custos a cada localidade considerada
• Consiste em determinar uma série de fatores julgados
relevantes para a decisão, nos quais cada localidade
alternativa recebe um julgamento
• Este julgamento é convertido em uma nota, por uma
escala numérica arbitrária
• A cada fator, segundo sua importância relativa, é então
atribuído um peso
• A soma ponderada das notas pelos pesos dos fatores
dará a pontuação final para cada localidade
• Será escolhida a localidade que ostentar a maior
pontuação final

1) MÉTODO DA PONDERAÇÃO QUALITATIVA

• Sejam k fatores,
indicados por Fij, em
que i se refere à
localidade e j ao fator k
particular. Assim, F23
indica o valor do fator
3 para a localidade 2.
Ni   Fij  Pj
Chamando de Pj o j1
peso relativo do fator j,
a ponderação final para
a localidade i (Ni) pode
ser expressa como:

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EXERCÍCIO: PONDERAÇÃO
QUALITATIVA
• Consideremos os fatores a seguir, que estão
sendo ponderados em uma escala de 5
(muito favorável) a 1 (muito desfavorável).
Estão sendo julgadas 2 localidades A e B,
para as quais os fatores receberam os
julgamentos que comparecem na tabela a
seguir. Os pesos relativos dos fatores (sua
importância) variam de 1 (os menos
importantes) até 4 (os mais importantes)

FATOR Peso Faj pj·Faj Fbj pj·Fbj

Mão-de-obra 3 3 2
Clima 1 1 2
Condição de vida 2 3 2
Transportes 3 3 5
Assistência médica 4 2 1
Escolas 2 3 5
Atitudes – comunidade 2 1 3
Água 4 5 2
Energia 3 5 4
SOMA

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EXERCÍCIO: PONDERAÇÃO QUALITATIVA -

COMENTÁRIOS
• Neste exemplo, a localidade ___ será preferida à
localidade ___, pois somou ___ pontos contra
apenas ____.
• Este método, embora simples, apresenta alguns
inconvenientes: a escala usada pode não ser hábil
para captar diferenças reais de custos entre os
fatores
• Em outras palavras, a diferença entre 2 graus
consecutivos da escala pode, em um caso,
representar pouco e, em outro, representar muito
em termos de conseqüências medidas em valores
monetários

2) COMPARAÇÃO ENTRE CUSTOS FIXOS E

CUSTOS VARIÁVEIS
• Exemplo:
A Mercúrio Industrial S.A. é uma fábrica de baterias para veículos
que deseja construir uma nova fábrica para atender certa parte do
mercado. 2 localidades foram previamente selecionadas (Serra
Brava e Monjolinho), sendo levantados em cada uma os custos
fixos anuais e os custos variáveis por bateria padrão fabricada. O
custo variável da bateria padrão resulta dos custos unitários de
cada tipo de bateria, ponderados pela estimativa de suas
participações nas vendas. Os custos obtidos são os seguintes:
custos fixos anuais (em R$ mil) – Serra Brava, 320 x Monjolinho,
280, e custo variável unitário em R$ - Serra Brava, 40 x
Monjolinho, 42.
Espera-se vender 100.000 baterias por ano, ao preço médio de R$
80 cada
a) Qual a melhor localização para a Mercúrio Industrial
considerando-se o lucro esperado em cada localidade?
b) Haveria alguma diferença se a escolha da localidade fosse feita
com base no menor ponto de equilíbrio?

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2) COMPARAÇÃO ENTRE CUSTOS FIXOS E

CUSTOS VARIÁVEIS
Solução:
a) melhor localização com base no lucro:

2) COMPARAÇÃO ENTRE CUSTOS FIXOS E

CUSTOS VARIÁVEIS

Solução:
b) melhor localização pelo ponto de equilíbrio

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3) MÉTODO DA ANÁLISE DIMENSIONAL

• É técnica muito útil quando se deseja comparar
alternativas para as quais alguns custos puderam ser
qualificados, mas coexistem com fatores puramente
qualitativos
• Os passos são os seguintes:

1) Estabelecem-se os valores numéricos para todos os

custos onde isso for possível
2) Ponderam-se os fatores qualitativos segundo uma escala
de valores relativos
3) A cada fator, qualitativo ou quantitativo, atribui-se um
peso que indique a sua importância relativa para a decisão
4) Calcula-se, para cada localidade em relação às outras, um
coeficiente de mérito CM

3) MÉTODO DA ANÁLISE DIMENSIONAL

• Dados:
- Fij = valor do fator j na localidade i
- Pj = peso relativo (importância) do fator j
• Dados k fatores diferentes, o coeficiente de mérito
CM1,2 da localidade 1 em relação à localidade 2 é
definido como:
P1 P2 Pk
 F1,1   F1,2   F1, k 
CM1,2 =      
 F2,1   F2,2   F2, k 

5) Se CM1,2 for maior que 1, a localidade 2 será a

preferida, pois isto indica que seus custos serão
relativamente menos significativos. Se CM1,2 for
menor que 1, a localidade 1 será a preferida

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3) ANÁLISE DIMENSIONAL: EXERCÍCIO

FATOR LOCAL 1 LOCAL 2 PESO
Preço do terreno 16 24 2
(em milhões de R$)
Preço da construção 40 48 3
(em milhões de R$)
Custos de treinamento 240 160 1
(em milhares de R$)
Clima 5 2 3

Reação da Comunidade 4 3 4

Rede Hospitalar 6 4 3

3) ANÁLISE DIMENSIONAL: EXERCÍCIO

• Na tabela, os valores dos fatores qualitativos
(clima, reação da comunidade e rede
hospitalar) foram obtidos numa escala de 1
(excelente) a 10 (muito ruim). Segue-se que,
quanto menor o valor atribuído ao fator, mais
desejável se torna a localidade
• Esta forma de construir a escala é coerente
com os custos, de forma que, de um modo
geral, quanto menores os números da tabela,
melhor a localidade

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3) ANÁLISE DIMENSIONAL: EXERCÍCIO

• Calcula-se o coeficiente de mérito CM1,2:
2 3 1 3 4 3
 16   40   240   5   4   6 
CM1,2 =            
 24   48   160   2   3   4 

CM = ___________________________________

• Como _____ é maior do que ___, segue-se que a localidade

___é preferível à localidade___, pois esta tem
desvantagens maiores
• Obs: se a escala dos fatores qualitativos for tomada com
números maiores correspondendo a benefícios maiores, o
CM é calculado da mesma forma, bastando-se inverter a
potência (ou seja, a potência será negativa)

4) MÉTODO DO CENTRO DE GRAVIDADE

• Procura-se avaliar o local de menor custo para a instalação da
empresa, considerando o fornecimento de matérias-primas e os
mercados consumidores
• Usa-se quando se quer localizar uma nova instalação dentro de
uma rede de instalações e/ou mercados já existentes
• Busca-se uma coordenada horizontal e outra vertical, sendo o
centro de gravidade de custos de transportes (menor custo)
A localização horizontal (Gx) e a localização vertical (Gy) são
calculadas como:
dix = coordenada horizontal da instalação ou
Gx =  dix  pi  Ci mercado i
 pi  Ci diy = coordenada vertical da instalação ou
mercado i

Gy =
 diy  pi  Ci pi = custo de transporte na direção da
instalação ou do mercado i
 pi  Ci
Ci = volume transportado de/para a instalação
ou mercado i

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• Exemplo: calcular as coordenadas de uma nova instalação de uma

empresa, levando-se em conta as distâncias horizontais e verticais,
custos de transporte e volumes transportados dos seguintes mercados
consumidores e/ou fornecedores

Volume Custo do Coordenada Coordenada

LOCAL transportado transporte horizontal do vertical do
(R$ por t por fornecedor ou fornecedor ou
km) mercado mercado
C1 200 3 100 500
C2 400 2 200 400
C3 300 2 500 100
F1 150 4 400 500
F2 300 3 500 500
F3 50 5 300 400
F4 250 4 100 300
F5 50 3 100 100

EXERCÍCIO – CENTRO DE GRAVIDADE

• Gx =

• Gy =

• Resolvendo, tem-se que Gx = _____km e Gy =

_____ km, isto é: a nova instalação deverá ser
instalada na cidade em torno das coordenadas
obtidas

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5) O MODELO DA MEDIANA
• Serve ao mesmo propósito do modelo de C.G., ou
seja, procura localizar uma nova instalação dentro
de uma malha já existente, por meio da
minimização dos custos de transporte.
• São dados básicos do modelo:
- As coordenadas horizontais e verticais das
instalações ou mercados já existentes
- As cargas que devem ser movidas de / para cada
uma dessas instalações ou mercados
• A hipótese do modelo é que as cargas se movem
apenas por caminhos horizontais e verticais

CASO 1 -Distância Horizontal = a

a -Distância Vertical = 0
A B
-Distância Total = a

CASO 2 B -Distância Horizontal = 0

b -Distância Vertical = b
-Distância Total = b
A
CASO 3 B
-Distância Horizontal = a
b -Distância Vertical = b

A -Distância Total = a + b
a

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5) O MODELO DA MEDIANA: PASSOS

a) Efetua-se a soma das cargas que devem ser deslocadas e
determina-se sua mediana. Se a soma for ímpar, digamos 1.201,
a mediana será exatamente igual a metade da soma, ou seja,
1.201 / 2 = 600,5; se a soma for par, digamos, 1.200, teremos 2
medianas correspondentes à metade (600) e à metade mais 1
(601)
b) Para encontrar a coordenada horizontal da nova instalação:
com as instalações e os mercados devidamente localizados em
um sistema de eixos ortogonais, caminha-se na direção
horizontal (da esquerda para a direita ou vice-versa, é
indiferente), somando as cargas das localidades à medida que
vão sendo encontradas. Quando se chega a uma localidade tal
que essa soma iguale ou ultrapasse a mediana, a coordenada
horizontal da localidade será a coordenada horizontal
procurada
c) Para encontrar a coordenada vertical, o procedimento é
idêntico, caminhando-se agora de cima para baixo ou vice-
versa. A coordenada vertical procurada será aquela da
localidade onde a soma das cargas igualar ou exceder a
mediana

5) O MODELO DA MEDIANA: PASSOS

• Após a determinação do local procurado, é fácil
calcular-se o custo total de transporte:
- n = número de instalações e mercados originais na
malha
- Ci = carga movida de / para a localidade de
mercado i
- pi = custo de transporte (direção da localidade /
mercado i)
- dix = distância horizontal da localidade / mercado i
em relação ao local encontrado
- diy = distância vertical da localidade / mercado i em
relação ao local encontrado
Custo Total (CT) = Σ Ci · pi (dix + diy)

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5) O MODELO DA MEDIANA: EXERCÍCIO

• Consideremos uma cooperativa avícola que deseja construir
uma fábrica de ração, cuja localização deve ser determinada,
para atender a depósitos distribuidores situados em 4 regiões
R1, R2, R3 e R4, conforme figura no próximo slide. As cargas
mensais previstas que serão enviadas a cada um dos
armazéns e os custos associados são os seguintes:

Para Fornecimento mensal Custo por unidade de carga

previsto e distância (R$)
R1 80 10
R2 50 10
R3 20 10
R4 130 10

60 R2

40 R1

20 R4

10 R3

10 50 70

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O MODELO DA MEDIANA: EXERCÍCIO

• O primeiro passo consiste em determinar a mediana das cargas. Logo:
• Soma das cargas = 80+50+20+130 = 280
• Como a soma é par, tem-se 2 valores para a mediana, que são: 280/2 =
140 e 280/2 + 1 = 141
• Caminhando-se na direção horizontal, da direita para a esquerda, o
primeiro armazém a ser encontrado é o R3, cuja carga é 20; continuando
nessa direção, vem R2, cuja carga é 50
• Em termos acumulados, a carga até o momento é 20+50 = 70, inferior à
mediana
• Continuando, tem-se simultaneamente, R1 e R4, e a carga acumulada é
20+50+80+130 = 280, superior à mediana
• A coordenada horizontal de R1 ou R4 será a coordenada horizontal da
fábrica, ou seja, 10
• Caminhando agora no sentido sul para norte, encontra-se inicialmente
R3 (com carga de 20) e, em seguida, R4 (carga de 130), o que fornece
uma carga acumulada de 150, superior à mediana.
• A coordenada vertical da fábrica será então de 20
• A fábrica, portanto, ficará localizada em R4, junto ao armazém aí
estabelecido

O MODELO DA MEDIANA: EXERCÍCIO

• O cálculo dos custos de transporte pode ser feito com auxílio da tabela
seguinte: vê-se que o custo total mensal de transporte, localizando-se a
fábrica junto à região R4, será de R$ 70.000,00 (mínimo custo comparado)

Distância Distância Distância Custo x Carga CT

horizontal vertical total distância (2) (1) X (2)
(1)

R1 0 20 80

R2 40 40 50

R3 60 10 20

R4 0 0 130

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6) LOCALIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES DE
SERVIÇOS: UNIDADES DE EMERGÊNCIA
• Útil para determinar a localização ótima de unidades de
emergência, como corpo de bombeiros, postos de
ambulância e postos policiais de atendimento externo de
ocorrências. O critério básico é a rapidez no atendimento,
de acordo com os seguintes passos:
A) Definem-se quais as comunidades que serão servidas,
geralmente bairros relativamente próximos entre si
B) Definem-se quais as localizações possíveis para o posto de
atendimento, geralmente um dos bairros ou regiões que
serão atendidos
C) Dada uma configuração espacial dos bairros ou regiões,
determinam-se as várias rotas de ligação entre eles, bem
como os tempos de acesso correspondentes, ou seja, o
tempo para ir de um bairro a outro pelas vias de acesso
definidas

LOCALIZAÇÃO – UNIDADES DE EMERGÊNCIA

D) Supondo-se a unidade de atendimento localizada em

uma dada região X, entre as possíveis, determina-se o
mínimo tempo para atingir cada uma das outras
regiões. Anotar quais desses tempos mínimos é o
maior. Esse tempo representará o máximo tempo de
acesso da região X (onde supõe-se localizada a
unidade de atendimento) a qualquer uma outra
E) O procedimento seguido para a região X é seguido
para todas as outras onde haja possibilidade de se
instalar a unidade de atendimento
F) A unidade localizar-se-á na região que assegura o
mínimo entre os máximos tempos de atendimento

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LOCALIZAÇÃO – UNIDADES DE EMERGÊNCIA

EXERCÍCIO
Pretende-se instalar um posto de atendimento policial em
uma das regiões numeradas de 1 a 7, representadas
esquematicamente na figura a seguir. O diagrama mostra
as principais rotas de acesso de uma região à outra, sendo
marcado, sobre cada rota, o tempo médio para, partindo de
uma região, atingir outra imediatamente próxima. Em vários
casos, não há ligação direta entre 2 regiões, devendo-se
passar por pelo menos uma região intermediária. É o caso,
por exemplo, como se vê, para ir-se até a região 7 partindo-
se da região 1: o caminho mais curto passa
obrigatoriamente pela região 2. Deve-se determinar qual a
região mais conveniente para a instalação do posto policial,
com base no menor dos máximos tempos de acesso de
uma região às demais

LOCALIZAÇÃO – UNIDADES DE EMERGÊNCIA

EXERCÍCIO
5 min
3 6
5 min

1 3 min 3 min
4 min
2 7
5 min 5 min
4 min

4 5
4 min

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LOCALIZAÇÃO – UNIDADES DE EMERGÊNCIA

EXERCÍCIO: RESOLUÇÃO
De\Para 1 2 3 4 5 6 7
(min.)
1
2
3
4
5
6
7

LOCALIZAÇÃO – UNIDADES DE EMERGÊNCIA

EXERCÍCIO: RESOLUÇÃO
• Da tabela anterior, é só retirar o tempo máximo de
acesso de cada região a outra qualquer.

REGIÃO TEMPO MÁXIMO (min.)

1
2
3
4
5
6
7

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