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Violência no trânsito: a solução em nossas mãos

No último carnaval tivemos nas rodovias federais do estado de São Paulo um


trânsito menos violento, com a ocorrência de seis acidentes fatais, sendo três por
atropelamento. Não vendo a morte em acidentes como positiva e considerando o
aumento da frota nacional, foi uma estatística favorável, contrária aos números relativos
ao restante do Brasil, que mostra o crescimento da violência nas estradas.

Há mais de trinta anos atuo na segurança do trânsito e vejo dois caminhos para
ajudar a diminuir o número de acidentes nas estradas: uma fiscalização com cidadania e
a educação para o trânsito junto a crianças, tudo dentro de uma postura cidadã, buscando
adequar o comportamento dos condutores e pedestres às necessidade de segurança e
aproximar as instituições de segurança da população.

A fiscalização efetiva, com cidadania, se dá pela presença do agente fiscalizador


junto às rodovias, utilizando viaturas e equipamentos adequados, que resulta na
sensação de segurança, prevenindo também a criminalidade, e prevenindo a direção
perigosa que provoca acidentes. Essa medida exige um planejamento eficiente pela
administração e um controle efetivo de todas as ações, sempre observando os resultados.
Essa fiscalização também deve incluir ações educativas, para que o cidadão veja a
segurança no trânsito não como uma obrigação em função da fiscalização e da multa,
mas principalmente em função da segurança do próprio cidadão e seus familiares.

A educação para o trânsito especificamente junto a crianças é uma solução a


médio e longo prazo, porém de grande efetividade, pois desde agora estaremos
ensinando os futuros condutores e pedestres a ter um comportamento adequado não só
no trânsito, mas em toda a sociedade, pois essa abordagem vai além do trânsito, dando
noções de cidadania e convivência social. Esse trabalho já existe, inclusive pela Polícia
Rodoviária Federal, Polícia Militar Rodoviária, dentre outros órgãos, porém é fundamental
intensificar esse processo para que em pouco tempo tenhamos condutores mais
conscientes no trânsito e cidadãos exercendo seus direitos e deveres.

Enfim, uma atuação de governo adequada, sem desvios ou exageros, como as


chamadas “fábricas de multas”, aliada a uma educação de trânsito, com ênfase na
educação junto às crianças, certamente vai contribuir para que os números da violência
nas estradas, como ocorrido no último carnaval, não venham a se repetir daqui para
frente. As pessoas são mais importantes que os veículos ou as riquezas transportadas.

João Bosco Ribeiro (Torrada)


Engenheiro e Superintendente da Polícia Rodoviária Federal em São Paulo

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