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CAPÍTULO - I
INTRODUÇÃO
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II - ANÁLISE QUALITATIVA
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Para cada valor de “x”, calcula-se o valor de “y” correspondente. É no valor de “y”
calculado que estão expressos os erros. Os valores dos coeficientes angular “a”, que é a
inclinação da reta, e linear “b”, que é a interseção da reta com o eixo “y”, são calculados
aplicando as equações:
1,2
1,0
Propriedade Medida
0,8
0,6
0,4
0,2
a=
(∑ y ∑ x ) − (∑ y∑ yx )
2
b=
n∑ xy − ∑ x∑ y
n∑ y − (∑ y )
2 2
n∑ y 2 − (∑ y )
2
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O coeficiente de correlação linear “r” diz o quanto uma reta é linear. Uma reta perfeita,
onde todos os pontos calculados ficariam exatamente encima da reta, apresentaria um
coeficiente de correlação linear r=1, ou seja, 100% reta. Dependendo da precisão do método e
da faixa linear dinâmica, pode-se trabalhar com coeficientes de correlação inferior a um, até
0,95 ( 95%)
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CAPÍTULO - II
1- EXAME PRELIMINAR
Com uma simples inspeção visual cuidadosa e com consumo mínimo de material e
tempo podemos obter informações valiosas sobre a composição da amostra em análise.
1.3- Cor: Uma parcela significativa dos compostos orgânicos é incolor frente a luz
natural. A observação da cor fornece informações importantes tais como a presença de grupos
cromóforos que podem conferir colorações características à substância, presença de
determinados metais, oxidação, impurezas etc. A observação de mudanças na coloração da
amostra, se expontânea podem indicar degradação da substância mas quando induzidas por
reativos pode fornecer informações estruturais.
1.3- Odor: A verificação das propriedades organolépticas pode dar pistas a respeito da
composição da amostra através de Odores e Sabores característicos e familiares. Desde que
muitos compostos orgânicos não apresentam cheiro, esta informação poderá ser de grande
valia na identificação da presença de certos compostos conhecidos pelos seus odores
característicos, sobretudo aqueles componentes de óleos essencias tais como eugenol (cravo),
limoneno (limão e laranja), mentol (hiortelã), eucalipetol (eucalipto), pineno (pinho),
cinamaldeído (canela) entre outros. Devido a grande sensibilidade do olfato, estes compostos
podem ser identificados mesmo quando presentes em baixíssimas concentrações. A presença
de odor é também um indicativo da presença de estruturas voláteis e de baixo PM.
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2 - DETERMINACÃO DA PUREZA
Figura 2.1 - a) composto puro por CCF, b) amostra impura, c) composto puro por CGAR ou
CLAE e d) amostra impura.
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- Apresentar ponto de fusão (PF) e ou ponto de ebulição (PE) constantes (Figura 2.2). Neste
caso um bom critério de pureza aceita uma variação de ± 0,50C
3 - PROPRIEDADES FÍSICAS
Toda substância após sua purificação deverá ter suas constantes físicas determinadas
e comparadas com os dados da literatura, em alguns casos estes parâmetros por si só podem
permitir a identificação de substâncias bem conhecidas.
O ponto de fusão pode ser definido como sendo a temperatura na qual a fase sólida e a
fase líquida de uma substância estão em equilíbrio. A maioria dos compostos orgânicos fundem
abaixo de 300 0C. Substâncias como açúcares e proteinas são degradadas a temperaturas
elevadas antes mesmo de atingir seu ponto de fusão. O ponto de fusão de uma espécie
química depende da energia da rede cristalina a qual está diretamente relacionada a estrutura
molecular. Assim, o valor do ponto de fusão permite de certo modo uma avaliação das forças
de interação intermoleculares e intramoleculares , destacando as pontes de hidrogênio,
interações dipolo-dipolo e o tamanho da cadeia carbônica.
No processo de fusão, as moléculas ordenadamente agrupadas na rede cristalina,
passam a se movimentar livremente deslizando umas sobre as outras. A temperatura em que
isto ocorre depende da intensidade das forças de atração na rede cristalina o que permite
inferir dados com respeito ao tamanho e arranjo estrutural das moléculas.
TEMPERATURA
250
200
150
FUSÃO
100
50
0 15 20 25 30
TEMPO
Figura 2.2 - Comportamento da fusão de uma substância pura e de uma substância impura.
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O ponto de ebulição pode ser definido como sendo a temperatura na qual as fases
líquida e de vapor de uma substância se encontram em equilíbrio a uma determinada pressão.
Também podemos definir como a temperatura na qual a pressão de vapor de um líquido é igual
a pressão que está sendo exercida na sua superfície. O valor do ponto de ebulição pode ser
considerado uma medida imprecisa das forças de interação intermolecular (as forças que
mantém as moléculas unidas). Estas forças de atração são eletrostáticas e variam com a
estrutura das moléculas e vão desde as fracas interações das forças de Van der Waals
passando pelas interações dipolo-dipolo de várias intensidades até as fortes linterações por
ligações de hidrogênio. Assim, algumas informações estruturais como tamanho, disposição
espacial, flexibilidade, polaridade e natureza química das moléculas podem ser estimadas a
partir dos valores destas propriedades físicas.
O estudo do ponto de ebulição, assim como do ponto de fusão, permite a obtenção de
importantes correlações estruturais como ilustrado no gráfico da figura 2.3 que correlaciona os
pontos de ebulição de séries homólogas. Observa-se nestas correlações que se pode predizer
estruturas e propriedades, por ex. o aumento do ponto de ebulição com o aumento da cadeia
carbônica numa série homóloga; ou o aumento do ponto de ebulição com o aumento da
polaridade numa série heteróloga. Assim podemos destacar a importância da polaridade e da
natureza química dos grupos funcionais nas forças de atração molecular.
P.E.
200
150
100
50
0 HIDROC.
ÉTER
ALDEIDO
-50 CETONA
ÁLCOOL
-100
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É a temperatura na qual uma substância líquida passa para o estado sólido. Na prática,
quando um composto orgânico é sólido a pressão e temperatura ambiente, determina-se o
ponto de fusão. Por outro lado, quando a substância for líquida, pode-se determinar o ponto de
congelamento, que é o equivalente ao ponto de fusão. Porém, como o ponto de congelamento
de um líquido é muito difícil medir com precisão, é mais útil determinar o ponto de ebulição.
mA
DA = × DH 2 O
mH 2 O
Mr =
(
M n2 − 1 )
(
d n2 + 2 )
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[α ]TD = α ⋅ 100
l ⋅c
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K ⋅ m1 ⋅ 100
Mol =
ΛT ⋅ m0
K B ⋅ m1 ⋅ 100
Mol =
ΛT ⋅ m0
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Neste tipo de análise determina-se a natureza química dos elementos que compõem
a amostra. A amostra ao ser submetida a fusão com sódio produzirá deternadas substâncias
inorgânicas simples que são caracterizadas através de reações químicas específicas que
resultam na formação de complexos coloridos e ou precipitados característicos do elemento.
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6 - TESTES DE SOLUBILIDADE
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Grupo 1: Ácidos e Bases de baixo peso molecular com até cinco átomos de carbono e
compostos neutros de baixa polaridade.
Grupo 2: Sais orgânicos, áçúcares, amino ácidos e outros compostos neutros polifuncionais de
alta polaridade.
Grupo 3 : Ácidos Orgânicos Fortes com mais de seis carbonos.
Grupo 4: Ácidos orgânicos fracos com mais de seis carbonos.
Grupo 5: Compostos básicos com mais de ouito carbonos.
Grupo 6: Hidrocarbonetos, Haletos de alquila e aromáticos
Grupo 7: Álcoois, aldeídos, ctonas, ésteres com mais de cinco carbonos.
Grupo 8: Alcenos, alcinos, étres com mais de seis carbonos
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químicas específicas. Isto envolve o conhecimento da reatividade das funções orgânicas obtida
Esteres -Saponificação
-Cloridrato de hidroxilamina
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-Nitrato cérico
-Ácido periódico
Hidrocarbonetos Aromáticos -Sulfonação - ácido sulfúrico fumegante
-Azo - cloreto de alumínio e azoxibenzeno
8- PREPARO DE DERIVADOS
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CAPÍTULO - III
1 – CRISTALIZAÇÃO
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2 – DESTILAÇÃO
Existem várias técnicas de destilação as quais deverão ser selecionadas para cada tipo
de problema em particular e de acordo com os objetivos a serem alcançados.
Na destilação simples o líquido a ser destilado é colocado num balão de destilação o qual
é aquecido até atingir a temperatura de ebulição do líquido que é marcada no termômetro. O
vapor ao passar pelo condensador (normalmente refrigerado pela passagem de água corrente)
condensa e o líquido é recolhido num segundo balão imerso em banho de gelo.
Este processo pode separar eficientemente um líquido volátil de uma ou mais substâncias
não voláteis, como solutos sólidos ou líquidos não voláteis. Porém falha na separação de dois
ou mais líquidos voláteis mesmo que seus pontos de ebulição sejam bem diferentes. Isto
porque o líquido menos volátil sempre terá uma determinada pressão de vapor e estará
presente no vapor do líquido mais volátil sendo arrastado por ele, resultando na contaminação
do composto volátil.
Nos casos de líquidos com alto ponto de ebulição, cuja elevada temperatura poderia
degradar as substâncias ou mesmo ser difícil atingir o equilíbrio para a destilação, usa-se o
artifício de aumentar a pressão de vapor pela diminuição da pressão exercida na superfície do
líquido em ebulição, através de uma destilação a vácuo, fig 3.1. Fazendo-se pressão negativa
(menor que 1 atm. = 760 mmHg) diminui-se a temperatura de ebulição dos líquidos. A pressão
negativa aplicada pode ser controlada através de um manômetro apropriado.
Um outro método muito útil na remoção de solventes de substâncias sólidas a
temperaturas relativamente baixas e com bastante rapidez é a evaporação rotatória. Este
método faz uso de um equipamento denominado evaporador rotatório ou rotavapor, no qual o
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solvente a ser removido é colocado num balão imerso em Banho Maria e acoplado a um eixo
que gira a uma velocidade controlada e a um sistema de vácuo. A evaporação do solvente é
facilitada por dois fatores: diminuição da pressão de vapor e aumento da superfície de
evaporação. Desta forma é possível destilar água rapidamente a 40 0C por exemplo.
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A figura 3.3 mostra um esquema alternativo para a destilação por arraste de vapor do
tipo clevenger. O próprio frasco extrator gera o vapor d'água que arrasta os constituintes
voláteis até o condensador e o condensado é recolhido no frasco de separação.
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condensador
fase oleosa
fase aquosa
frasco extrator
e gerador de vapor
banho de aquecimento
Figura 3.3 - Esquema alternativo de um aparelho para destilação por arraste de vapor.
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pA = pA ' xA
“a pressão de vapor de um componente a uma dada temperatura é igual a pressão de vapor da
substância pura multiplicada pela sua fração molar na solução”
Considerando uma mistura formando uma solução ideal e aplicando a lei de Raout para
cada componente:
pA = pA ' xA pB = pB ' xB
a pressão total será a soma aritmética das pressões parciais pA e pB, assim a composição da
fase de vapor será dada por:
pA pB
x Av = xBv =
p A + pB pB + p A
Tomando como exemplo dois componentes A e B cujas pressão de vapor são 60 e 100
mmHg e a fração molar 0,25 e 0,75 respectivamente, a composição molar da fase de vapor
será xA = 0,167 e xB = 0.833. Assim esta solução está em equilíbrio com um vapor contendo
16,7 moles por cento do componente A e 83,3 moles por cento do componente B. O
componente B com pressão de vapor maior está relativamente mais concentrado na fase de
vapor que na fase líquida.
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Considerando que ao longo de uma coluna de fracionamento temos “n” equilíbrios fase
líquida-fase de vapor, e que a cada equilíbrio superior temos um aumento da fração molar do
componente B em relação ao componente A na fase de vapor, a partir do equilíbrio “ni” a fase
de vapor será composta de 100% do componente B. Desta forma poderemos dimensionar
colunas de fracionamento para problemas específicos de separação.
2.4 – MICRODESTILAÇÃO
Figura 3.6 - Esquema para microdestilação. (a) um tubo de vidro é dobrado formando dois “U”.
A amostra é colocada na parte da esquerda e esta extremidade é então selada. A primeira
dobra em “U” (que contém a amostra) é aquecida e os vapores serão condensados na
segunda dobra em “U” que é colocada num banho de gelo. (b) a amostra é colocada no bulbo
inferior e então aquecida. Os vapores se condensam na parede do tubo refrigerada e o líquido
condensado pode ser recolhido com uma seringa ou capilar nos bulbos laterais.
3 – SUBLIMAÇÃO
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a) se a substância for líquida nas condições ordinárias, ela entra em ebulição a uma
temperatura definida que depende da pressão,
b) se a substância for sólida nas condições ordinárias, a medida em que for aquecida,
primeiramente sofrerá o processo de fusão a uma temperatura definida e finalmente entra
em ebulição como um líquido ordinário,
c) um sólido pode volatilizar antes de entrar em processo de fusão, a uma temperatura
definida que depende da pressão.
condensador
vácuo
tipo dedo frio
composto sublimado
Por outro lado, a condensação do vapor de uma substância estável poderá ocorrer de
três maneiras diferentes:
a) o vapor condensa voltando a fase líquida,
b) o vapor é liqüefeito e em seguido se solidifica,
c) o vapor condensa diretamente para o estado sólido sem a formação intermediária de um
líquido.
A compreensão do fenômeno da sublimação pode ser alcançada com o estudo dos
equilíbrios sólido-líquido-vapor mostrado na figura 3.8. Como se pode observar, no diagrama
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4- EXTRAÇÃO
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Esta expressão segue a Lei de Ação das Massas para o Equilíbrio dado pela equação:
(X A )
Kp = (X B )
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necessárias e qual o volume de solvente extrator mais adequado para uma completa
recuperação do soluto X.
Considerando a extração de um soluto X a uma concentração de 5 g em 300 ml de
água, cujo Kp = 10 num sistema água/éter, é extraído com 100 ml de éter. Quando o
equilíbrio for atingido:
( X eter )
K p = ( X água ) 10 =
(5 − x 100 )
'
x'
300
n
⎛ ⎞
( )
(C A ) = C .⎜⎜ VA ⎟⎟
0
⎝ KV B+VA ⎠
A
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+ H3O + H2O
Considerando uma mistura de ácido bernzóico (ácido mais forte), fenol (ácido mais
fraco), anilina (base) e tolueno (composto neutro), cada componente desta mistura pode ser
Primeiro se faz uma extração com água acidificada com HCl para remover a anilina na
forma de íon anilinium. A anilina é então recuperada após uma segunda extração com éter
etílico da fase aquosa basificada com hidróxido de sódio.
A fase orgânica contendo Tolueno, Ácido Benzóico e Fenol é primeiramente extraída
com solução aquosa de bicarbonato de sódio (uma base fraca) para a extração do ácido
benzóico (ácido mais forte) na forma de benzoato. Segue uma segunda extração com solução
aquosa de hidróxido de sódio (base forte) para extrair o fenol (ácido mais fraco) na forma de
fenolato, deixando o tolueno puro. O ácido benzóico e o fenol são posteriormente recuperados
após a acidificação das respectivas fases aquosas, extração com éter etílico seguido de
remoção do éter por destilação.
A formação de emulsões ocorre com bastante freqüência sobretudo quando se agita
muito vigorosamente e também conforme for a composição do material que está sendo
extraído. Em geral a emulsão se desfaz com o tempo ou aplicando um movimento circular
suave ao funil de separação. Em sistemas mais fortemente emulsionados, estas podem
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romper-se aplicando-lhe uma agitação vigorosa com um bastão de vidro ou através de uma
centrifugação. Uma outra maneira de romper a emulsão é a saturação da fase aquosa com
NaCl que também traz uma vantagem adicional de diminuir a solubilidade de moléculas
orgânicas em água devido ao efeito salino.
Nos casos em que o coeficiente de partição for altamente desfavorável o que deve
requerer infinitas extrações e quando o sistema forma emulsões estáveis, recorre-se aos
métodos de extração contínua.
As extrações líquido-líquido contínua empregam um dos dois aparelhos mostrados na
figura 2.10. que permitem o tratamento automático de soluções aquosas com resultados
semelhante ao que se obteria com infinitas extrações empregando pequenas quantidades de
solvente extrator. A escolha de um dos dois aparelhos de extração líquido-líquido contínua
ilustrado abaixo depende da escolha do solvente extrator:
Com solvente extrator menos denso que a água usa-se o aparelho I. O solvente
orgânico é colocado no balão de destilação “D” e submetido a ebulição. Os vapores são
condensados no condensador “A” que ao cair é conduzido ao fundo do balão extrator “C”
através do tubo “B”. Cada gota de solvente ao subir através do leito de fase aquosa extrairá a
Figura 3.10 - Aparelhos para extração líquido-líquido contínua. I) quando o solvente extrator é
menos denso que a água. II) quando osolvente extrator é mais denso que a água. A=solvente
extrator, B=material extraído, C=amostra de onde está sendo extraído os componentes, E=tubo
que conduz o solvente extrator ao fundo do baão onde se encontra a amostra, D=condensador
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quantidade de soluto regida pela lei do equilíbrio de distribuição. Quando a fase orgânica
superior atingir o nível de comunicação entre os dois balões, retorna ao balão “D” acumulando
aí os solutos extraídos.
Para a utilização de solventes mais densos que a água, escolhe-se o aparelho II. O
solvente extrator é colocado no balão “D” e posto em ebulição. Os vapores ao serem
condensados em “A” gotejam sobre a fase aquosa extraindo os solutos durante sua descida
ao fundo do balão “B”. O solvente extrator retorna ao balão “B” através do tubo comunicador
que liga o fundo do balão extrator ao colo do balão “D” concentrando aí os solutos extraídos da
fase aquosa.
4.3.2 – DECOCÇÃO
Decocção ou cozimento consiste submeter a matriz sólida submersa, em água sob
fervura por alguns minutos. Se por um lado a fervura aumenta o poder extrativo da água, por
outro lado tem a desvantagem de degradar substâncias mais termolábeis. Assim deve-se ter
muito cuidado na escolha do método de extração.
4.3.1 – INFUSÃO
A técnica de extração por infusão consiste em adicionar água fervente sobre a matriz
sólida previamente fragmentada em pequenas peças e deixar repousar por alguns minutos. O
processo conhecido popularmente por chá, é uma boa técnica de extração de metabólitos
secundários de plantas. Mesmo as substâncias que não são solúveis em água são extraídas
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para o meio aquoso. Isto é possível porque, com o extravasamento do conteúdo celular em
consequência da plasmólise, no meio aquoso estarão presentes substâncias tais como ácidos
graxos que tem a função de produzir micelas carregando no seu interior os compostos apolares
e aí permanecem na forma de colóides ou dispersas em microgotículas que as mantém em
suspensão.
4.3.3 - PERCOLAÇÃO
A percolação consiste na passagem de um solvente através de um leito preparado com
a matriz sólida a ser extraída. A matriz sólida previamente triturada é colocada dentro de um
percolador (Figura 3.11). Um solvente apropriado é adicionado até cobrir toda a matriz sólida.
Abre-se o registro na parte inferior do percolador e se deixa o solvente fluir a uma determinada
velocidade.
Em farmácias de manipulação, para obtenção de tinturas ou extratos a partir de plantas
medicinais, este procedimento é feito com alcool de cereais. Porém na pesquisa de plantas
medicinais, o procedimento de extração pode envolver outros solventes e assim obter vários
extratos da mesma matriz vegetal. Com este procedimento é possível, por ex., extrair
separadamente grupos distintos de produtos naturais ao se fazer extrações sucessivas com
solventes de polaridades crescente como hexano, éter, acetato de etila, n-butanol e etanol.
4.3.4 - MACERAÇÃO
A técnica de extração por maceração consiste em deixar o solvente extrator em contato
com a matriz sólida, devidamente triturada, por um certo tempo a temperatura ambiente. Uma
variação que permite um aumento no poder extrativo é aquecer o sistema entre 30-40 0C. O
aumento da temperatura além de aumentar a solubilidade dos compostos aumenta a
capacidade extrativa do solvente devido a diminuição de sua viscosidade.
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O processo de maceração pode ser feito num percolador (figura 3.11) desde que se
mantenha o registro fechado durante o período de maceração. Como na percolação, a
maceração também pode ser feita com diferentes solventes usando a mesma matriz vegetal. A
vantagem da maceração é a obtenção de extratos com rendimentos muito superiores aos
obtidos pelo processo de percolação.
Figura 3.12 - Esqueme do aparelho de Soxlet para extração líquido sólido contínua
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5 - CROMATOGRAFIA
A Cromatografia pode ser definida como sendo uma série de métodos de separação e
purificação de misturas moleculares por distribuição diferencial entre duas fases. A distribuição
de uma molécula entre duas fases é regida por um equilíbrio que depende das propriedades
físico-química da molécula e das fases na qual ela está sendo distribuída.
Os processos de separação cromatográfica estão fundamentados nos equilíbrios de
interação físico-química entre três componentes: soluto, fase estacionária e fase móvel:
a) fase estacionária - A fase estacionária pode ser um Líquido ou um Sólido de grande área
superficial, que permanece estacionário e interage com as moléculas do soluto “segurando-
as” seletivamente conforme suas propriedades físico-químicas.
b) fase móvel - A fase móvel poded ser um Líquido ou um Gás que flui através da Fase
Estacionária, a uma determinada velocidade e interage com as moléculas do soluto
“arrastando-as” consigo.
c) soluto - Denominamos de Soluto os componentes da mistura molecular que se deseja
separar.
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KD = Constante de distribuição
[S]FM = Concentração do Soluto na Fase Móvel
[S]FE = Concentração do Soluto na Fase Estacionária
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CROMATOGRAFIA LÍQUIDA:
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CROMATOGRAFIA GASOSA:
Cromatografia Gás Sólido (C G S) = FM gás e FE sólido
Cromatografia Gás Líquido (C G L) = FM gás e FE líquido
a) CROMATOGRAFIA PLANAR:
Na cromatografia planar a fase estacionária é depositada em uma superfície plana na
forma de uma fina camada. A fase móvel líquida flui através da fase estacionária por
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b) CROMATOGRAFIA EM COLUNA
A fase estacionária é colocada no interior de um tubo (geralmente de vidro ou de aço)
como se fosse um recheio. A fase móvel líquida é introduzida no topo da coluna e flui através
dela por ação da gravidade. Na extremidade inferior da coluna, uma torneira controla a
velocidade de fluxo da fase móvel. O resultado da separação é visualizado quando os
componentes da mistura efluem da coluna, onde pode ser adaptado alguma forma de
detecção.
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descendente conforme for menos densa ou mais densa que a fase estacionária. As gotas de
fase móvel ao passar pela fase estacionária vão extraindo a moléculas de soluto como se
fosse uma extração líquido líquido e a separação se dá pelos diferentes coeficientes de
partição dos componentes da mistura.
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a) Polaridade das moléculas do soluto – A força com que moléculas do soluto se adsorvem
a Fase Estacionária está diretamente relacionada a sua polaridade. Por exemplo, na fase
estacionária sílica, a superfície hidroxílica interage com os grupos funcionais das moléculas de
soluto e dependendo da força desta interação adsorve preferencialmente um ou outro soluto. A
tabela abaixo lista os grupos funcionais em ordem crescente de força com que se
adsorvem.Além da polaridade, certas características estruturais do soluto também são
muitoimportantes na separação. Isto pode ser exemplificado pela separação dos isômeros o,
m, p-hidroxianilina em sílica gel (Fig. 3.16). Os isômeros meta e para interagem com os
grupos hidroxilas da superfície da sílica através de duas ligações de hidrogênio ao passo que o
isômero orto faz apenas uma destas interações. A diferenciação entre os isômeros meta e
para se faz pelas diferentes intensidades das interações devido as direfentes distâncias em
que se encontramos grupos hidroxi e amino.
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Polaridade da fase móvel (força da Fase Móvel) – A capacidade da fase móvel de remover
moléculas do soluto adsorvidas a superfície da Fase Estacionária está diretamente relaciona
com sua polaridade. Aumentando a polaridade da Fase Móvel, ocorre uma maior competição
ente soluto e fase móvel pelos sítios ativos na superfície da fase estacionária. Esta maior
interação da fase móvel com a fase estacionária e menor interação do soluto com a fase
estacionária, facilita a desorção do soluto que é arrastado para fora da Fase Estacionária. O
efeito do aumento da polaridade da fase móvel pode ser observado na Figura 3.17 que ilustra a
separação de duas cumarinas de distintas polaridades em óxido de alumínio como fase
estacionária.
solvente fraco
H3C
H3C O O
O
O O
H
O O O O O O O O O O O O O O O O O O
Al Al Al Al Al Al Al Al Al Al Al Al Al Al Al Al Al Al Al
H3C O
H3C O HC
CH3 3
O H3C
H3C O
CH3 O H3C O
O
H3C
H3C
O CH3
H3C CH3 H3C H3C H3C
CH3 H3C CH3 CH3 CH3
O H3C CH3
H
O O O O
O O
O O O O O O O O O O O O O O O O O O O
Al Al Al Al Al Al Al Al Al Al Al Al Al Al Al Al Al Al Al Al
alumina
Figura 3.17 - Ilustração das interações do soluto com a fase estacionária alumina, num
solvente fraco (hexano) e num solvente mais forte (acetona), que compete com o soluto
pelos sítios ativos da fase estacionária.
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K part . =
[S FM ]
[S FE ]
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Na cromatografia gasosa, onde a fase móvel é um gás, o soluto quando na fase móvel
também estará na fase gasosa. Deste modo a velocidade com que as moléculas do soluto
passam da fase líquida estacionária para a fase móvel gasosa depende fundamentalmente de
sua pressão de vapor (volatilidade) que está intimamente relacionada com seu ponto de
ebulição. Assim, de modo geral, a ordem de eluição obedece a ordem de seu ponto de
ebulição. Porém devemos ressaltar que as fases líquida estacionária preparadas para a
cromatografia gasosa pode ter vários graus de polaridade o que proporciona outras interações
com o soluto também influindo na ordem de eluição.
K=
[S FE ] = k ' ⎛⎜ VFM ⎞⎟
[S FM ] ⎜⎝ VFE ⎟⎠
Onde: SFM e SFE são as quantidades de soluto na fase móvel e estacionária
K = coeficiente de distribuição
VFM = volume intersticial total da fase móvel
VFE = volume da fase móvel dentro dos poros disponível para o soluto
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A cromatografia por troca iônica utiliza como fase estacionária sólidos porosos,
geralmente resinas, contendo grupos iônicos ligados a sua estrutura. Estas resinas trocadoras
de ions podem ser de dois tipos conforme sua natureza iônica:
-Resinas Catiônicas – São aquelas cujo grupo iônico é um ânion e são utilizadas para a
separação de cátions.
-Resinas Aniônicas – São resinas cujo grupo iônico é um cátion e são utilizadas para a
separação de ânions.
Este método de separação é geralmente aplicado a compostos iônicos ou ionizáveis
como ácidos e bases. O processo de troca iônica pode ocorrer tanto em meio aquoso como em
meio não aquoso, porém a fase móvel deverá conter um contra ion oposto em carga ao grupo
iônico da superfície da resina para manter com ela um equilíbrio na forma de um par iônico.
Geralmente sistemas tampões são bastante adequados como fase móvel.
Numa resina catiônica, por ex., os cátions do soluto interagem eletrostaticamente com
a superfície da fase estacionária negativamente carregada deslocando o contra íons aí
presente. Este cátion só será deslocado quando um outro cátion, que constitui a fase móvel,
ocupar o seu lugar. Deste modo temos uma competição entre os íons do soluto e da fase
móvel pela superfície iônica da fase estacionária numa forma de equilíbrio conforme ilustrado
na Figura 3.20 representando resinas catiônica e aniônica.
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K=
[NR ⊕
][ ]
X − Cl −
[NR ][ ]
4
⊕
4 Cl − X −
OH OH
C C
R R
G G
Uma fase quiral especialmente preparada reterá apenas uma espécie do par de
enantiômeros por permitir uma melhor interação com a fase estacionária. como ilustrado na
figura abaixo. A Figura 3.22 ilustra os mecanismos de separação para as cromatografias de
adsorção, partição, toca iônica, exclusão e cromatografia quiral.
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v’R = VOLUME DE RETENÇÃO AJUSTADO é definido como o volume real de fase móvel
necessária para eluir o soluto.
vM = Volume morto é o volume intersticial de uma coluna, isto é o volume de fase móvel
dentro da coluna.
O volume de retenção é usado em cromatografia gasosa e em cromatografia líquida
em coluna e pode servir para calcular a quantidade de solvente necessário para efetuar a
separação de determinada mistura.
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5.5.2 - RESOLUÇÃO
t R 2 − t R1
R=
(w2 − w1 ) / 21
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Δt SELETIVIADE
R= =
w2 EFICIÊNCIA
5.5.3 - EFICIÊNCIA
A eficiência de uma coluna cromatográfica é determinada pela largura do pico, isto é a
extensão em que cada componente de uma mistura se espalha pela fase estacionária.
A eficiência é função dos parâmetros da coluna:
- FLUXO DA FASE MÓVEL
- GRADIENTE DE ELUIÇÃO
- NATUREZA DA F. M.
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- PRESSÃO
- NATUREZA DA F. E.
- TEMPERATURA
- GRANDEZA DA PARTÍCULA
- DIÂMETRO DA COLUNA OU ESPESSURA DA CAMADA DELGADA
2 2
⎛t ⎞ ⎛t ⎞
N = ⎜ R ⎟ = 16⎜ R ⎟
⎝σ ⎠ ⎝w⎠
onde tR éo tempo de retenção e σ é o desvio padrão do pico (Fig. 3.22). O pico cromatográfico
é a distribuição Gausina do componente na coluna cujos limites na prática são dados pela
largura do pico: w = 4σ.
O número de pratos teóricos é um conceito originário da teoria da destilação e usamos
aqui para medir a eficiência da coluna (ou da capa fina). Basicamente a formula compara a
largura do pico com o tempo em que o componente permanece na coluna. Assim uma coluna
eficiente leva a obtenção de picos estreitos.
Como a largura do pico depende do tempo em que o componente permanece na
coluna, o número de pratos teóricos depende do comprimento da coluna (ou da distância
percorrida pela frente do solvente na cromatografia planar). Desta forma definimos um outro
termo mais geral para expressar quantitativamente a eficiência e comparar colunas de
diferentes comprimentos, é a altura equivalente a um prato teórico (H).
H =L
N
Na prática o número de pratos teóricos pode ser calculado a partir dos dados de um
cromatograma como segue como ilustrado na Figura 3.27.
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A - CAMINHOS MÚLTIPLOS:
As moléculas de um mesmo componente atravessam a coluna (ou a capa fina) a
diferentes velocidades resultando em tempos de retenção diferentes como mostra a ilustração
da figura 3.28. O máximo do pico representa o tempo médio. Assim:
- a velocidade média é que determina o TEMPO DE RETENÇÃO ( tR)
- diferentes velocidades causam ZONA DE DISPERSÃO (ALARGAMENTO)
A expressão para zona de alargamento é dada por:
HP = 2λ dp
B - DIFUSÃO MOLECULAR:
A difusão molecular é um fenômeno físico bastante conhecido. Qualquer soluto ao ser
colocado num meio líquido ou gasoso, suas moléculas tendem a se dispersarem até ficarem
uniformemente distribuídas por todo o meio. Num sistema cromatográfico a difusão longitudinal
ocorre tanto na fase estacionária como na fase móvel. Porém a difusão na fase estacionária é
tão lenta que pode ser ignorada para efeitos práticos.
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muito forte (ou seja, muito polar na cromatografia de adsorção) ela carrega os componentes da
mistura para a extremidade da placa sem permitir sua separação. Se a FM for muito fraca, por
outro lado, ela deixa os componentes da mistura próximo ao ponto de aplicação. No entanto,
uma FM com força intermediária e boa seletividade, promove a separação eficiente dos
componentes da mistura. A figura 3.31 ilustra estas situações.
Figura 3.31 – Ilustração da análise de uma amostra mostrando a eluição com uma FM fraca,
FM forte e uma FM ideal.
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Após a eluição a placa ccf pode ser visualisada numa câmara sob luz UV ou através de
revelarores químicos, como ilustra a figura 3.34. A migração de cada componente da amostra é
uma característica de sua estrutura e pode ser utilizada como identificação. Esta migração é
quantificada pleo fator de retenção (Rf) que é calculado pela rasão entre a distância de
migração do componente dx pela distância de migração do eluente ds (linha superior mostrada
nas ccf da figura 3.31): Rf=dx/ds. Os componentes da amostra podem então serem
identificados através da comparação dos seus Rf com os de padrões eluídos nas mesmas
condições como ilustra a figura 3.35.
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Figura 3.35 – Ilustração de uma análise por ccd hipotéticas com a identificação dos
componentes da amostra através da comparação com padrões.
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