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Isabel

Pequeno coração
que ainda não conhecia a navalha da dor,
ossudos joelhos arranhados,
olhos vidrados em quem já não sou;
É como se não possuísse mais nada
– vejo sua luz, sei onde você está,
mas a vela sobre a mesa tremula
com as punhaladas de uma brisa má.

Isabel, quem irá me proteger


nas horas em que a ausência me tocar?
Quem irá me encher de perdão
por eu não ter chegado na hora?
Se eu pudesse, pequena, voltaria.
Faria de tudo para não partir
E, talvez então,
eu conseguisse voltar a acreditar em mim.

Pois ainda penso escutar


sua respiração em meu rosto cansado,
quando você ainda era frágil ao sono
e eu a deixava adormecer ao meu lado
só para que não precisasse temer
os pesadelos e nem os trovões.
Agora, o que irei fazer
com todas essas eternas visões?

Isabel, quem mais poderá


me fazer acreditar em bons momentos?
Você era o meu elo
com a vida que hoje se perdeu no tempo.
Se ao menos eu estivesse ai,
mas não posso atravessar esse véu
E não mais a terei nos braços,
você não mais me verá sorrir, minha Isabel.

Moisés Cavalcanti

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