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2.

6 – RESERVATÓRIOS DE PAREDE FINA SOB PRESSÃO


O cálculo de tensões normais em vasos de parede fina que armazenam ou
transportam fluidos sob pressão é de simples realização, desde que se possa admitir
simetria circunferencial para a atuação da pressão (caso de gases e caso de líquidos em
reservatórios cilíndricos com eixo na posição vertical) como também uma distribuição
uniforme dessas tensões ao longo da pequena extensão da parede do reservatório
(menor que 10% do raio de curvatura da casca).
Analisando o equilíbrio dos esforços atuantes nos elementos indicados na Fig. 32
podemos determinar os valores das componentes de tensão normal (circunferencial e
longitudinal), para o caso mais comum de um reservatório cilíndrico de raio R e
parede de espessura e (menor que R/10).
L

σ c
σ L

P σ L

σ c P
σ L

σ c fluido
σ c

P σ σ L
L
σ c fluido R
(b)

P
e σ c σ c
(a)
Fig. 32 – Tensões Circunferencial e Longitudinal em reservatórios cilíndricos de parede fina sob pressão p (pressão
manométrica – diferença entre a pressão absoluta do fluido pabs e a pressão do meio externo patm).

O equilíbrio das forças atuantes no corpo livre representado na Fig. 32(a)


(metade do cilindro, secionado por um plano longitudinal, com extensão L, incluindo o
fluido em seu interior) permite escrever:
p x (2R x L) = 2σ c x e x L >>>>>>> σ c = pR/e
σ c = pd/2e
ou seja, .............................................................................................(2.3)

1
O equilíbrio das forças atuantes no corpo livre representado na Fig. 32(b) (parte
do tubo, fechado na outra extremidade e secionado por um plano transversal, incluindo
o fluido) permite escrever:
P x π R2 = σ L x 2π R x e (já que e << R) e então σ L= pR/2e
ou seja, ...............................................................................................
σ L = pd/4e (2.4)

Para o caso de um reservatório esférico, a tensão circunferencial será a mesma


em todas as direções e seu valor será igual àquele correspondente à tensão longitudinal
presente em um reservatório cilíndrico de mesmo diâmetro e espessura de parede, sob
a mesma pressão (a dedução seria idêntica, utilizando a Fig. 32 b). Esta é a razão de se
utilizar reservatórios esféricos para gases em alta pressão, já que a tensão na casca será
a metade daquela correspondente a um reservatório cilíndrico de mesmas proporções.
Exemplo 1 – O reservatório cilíndrico da Fig. 33, de tampas hemisféricas, com
diâmetro interno D = 1,00m, comprimento L = 3,00m, é fabricado em chapa de aço (E = 200
GPa, ν = 0,300 e σ escoamento = 250 MPa), com espessura e = 2mm. Pede-se determinar:
a) a pressão admissível (em atmosferas) para o reservatório, supondo um coeficiente de
segurança 2,5 para a tensão normal, com relação ao escoamento, e
b) os acréscimos do diâmetro D e da dimensão L, devido às deformações do reservatório.
e P

NOTA – 1 atmosfera = 105 N/m2 = 100 kPa (~ 1,0 kgf/cm2 ~ 14,7 lbf/pol2 ~ 14,7 psi)
Solução - A maior tensão normal de tração na chapa do reservatório ocorrerá em seu corpo
cilíndrico, na direção circunferencial e terá para valor admissível:
σ adm =σ esc / C.S. = 250 x 106 / 2,5 = 100MPa = pD/2e = p (1,0)/2(0,002 = 100x106 e
então, .............. p = 4 x 105 = 4 atmosferas (resposta a).

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Quanto às deformações, verifica-se que a tensão circunferencial provocará um
aumento do perímetro do recipiente (e, portanto, de seu diâmetro) que será, em parte,
diminuído pelo efeito lateral (Poisson) decorrente do aumento da dimensão longitudinal L,
em decorrência da tensão longitudinal.
As tensões circunferencial e longitudinal no corpo cilíndrico valerão:
σ c = pD/2e = 100MPa e σ L = pD/4e = 50 MPa
Portanto, à luz da Lei de Hooke Generalizada, podemos escrever:
ε c = (1/E) [ σ c - ν σ L ] = (1/200x109) [ 100 – 0,3 (50) ] x 106 = 0,425 x 10-3
δ D=ε c x D = 0,425 x 10-3 x (1,0 m) = 0,425 mm (resposta b).
ε L = (1/E) [ σ L -ν σ c ] = (1/200x109) [ 50 – 0,3 (100) ] x 106 = 0,100 x 10-3
δ L=ε L x L = 0,100 x 10-3 x (3,0 m) = 0,300 mm (resposta b).
OBS.: (o efeito da pressão, como uma terceira tensão σ 3 = -p, agindo na parede interna do
duto, no sentido de diminuir a espessura, é desprezivel, como também sua influência na
variação das outras dimensões).
Exemplo 2 - O eixo maciço de aço (Eaço = 210 GPa 150,3
e α aço = 12 x 10-6 °C-1), com diâmetro de 150,1 mm, mm
vai ser encamisado por uma bronzina (Ebronze = 100 3,0mm
GPa e α bronze = 17 x 10 °C ) com diâmetro interno
-6 -1

de 150,0mm e espessura 3,0 mm. Para a montagem é


dado um acréscimo de temperatura δ T à camisa e,
após o resfriamento do conjunto até a temperatura
ambiente, a peça ficará montada com interferência.
150
Pede-se determinar:
mm
a) o acréscimo δ T mínimo para permitir a
montagem;
b) a tensão circunferencial despertada na
camisa após restabelecido o equilíbrio
térmico.

Solução – a) O aumento de diâmetro da luva, necessário para a montagem, será alcançado através de
uma deformação circunferencial, aumentando o perímetro (π d), pelo efeito da dilatação térmica.
Assim, δ d = α do δ T, e portanto, δ T = δ d / α do = 0,1 / 150 x 17 x 10-6 = 39,2ºC. (Resp. a)
b) Ao ser resfriado o conjunto, retornando à temperatura ambiente, a luva ficará com uma tensão
circunferencial σ c = pd / 2e = E ε c = 100 x 109 x (0,1)/(150) = p (150) / 2 x 3, de onde se tira:
p = 2.667 MPa. Portanto: σ c = 2,667 x 150 / 2 x 3 = 66,7 MPa (valor que, pela Tabela 1,
corresponderia a um coeficiente de segurança igual a 2,1, com relação ao escoamento) (Resp. b)
O efeito da pressão p sobre o eixo maciço provocaria uma diminuição em seu diâmetro, que não foi
considerada nos cálculos, porque é desprezível em presença da interferência entre as dimensões.
Realmente, ε 3 = (1/E)[(-p) - ν (-p)] = (1/E) (1 - ν )(-p) = (1/210x109)(1 – 0,3)(-2,667x106) =8,889 x 10-9,
o que daria uma diminuição de diâmetro da ordem de 150 x 8,889 x 10-9 = 0,00133 mm.

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O caso geral de reservatórios de parede fina, com dupla curvatura, satisfazendo às
hipóteses simplificadoras de simetria circunferencial para a pressão σ e
uniformidade na distribuição da tensão ao longo da espessura da parede, é tratado
1
ds1
σ
através da equação de Laplace: σ
1 1 ds
( σ 1..............................................................(2.5)
/ R1 ) + ( σ 2 / R t 2)= (p/e)2 ds1
σ
σ 2 σ
R1 dϕ 2
1 R2 2
dϕ 2

σ
1

Fig. 33 – Cascas de parede fina com dupla curvatura. Equação de Laplace.

O equilíbrio de forças agindo no sentido da normal ao elemento da casca (ds1 x ds2) fornece:

p x ds1 x ds2 = 2(σ 1 x ds2 x e) sen(dϕ 1/2) + 2(σ 2 x ds1 x e) sen(dϕ 2/2) .

Como ds1 = R1 dϕ 1 e ds2 = R2 dϕ 2; sen(dϕ ) ∼ (dϕ ), tem-se:


p R1 R2 = σ 1 R2 e + σ 2 R1 e, que nos leva à (2.5)

O caso particular de uma casca esférica (R1 = R2 = R) nos permite obter o


valor para a tensão circunferencial (uniforme para todas as direções) como sendo σ c
= pR/2e. Já nos casos de cascas cilíndricas ou cônicas (onde R2 ∞),  tem-se σ c =
pR/e. A outra componente da tensão será determinada analisando-se o equilíbrio de
forças atuantes numa seção transversal do duto.

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Exemplo 3 – Um recipiente em forma de um toróide
(como uma câmara para pneu), com espessura e na parede
e os raios R e r indicados na figura, é submetido a uma
pressão interna p . Pede-se determinar o valor da maior
R tensão normal na parede do recipiente, indicando o ponto
r onde ela ocorre.
Solução: Analisaremos os pontos A, B e C mostrados,
através do equilíbrio de esforços atuantes nas partes do
e duto correspondentes, assinaladas nas figuras abaixo:

A A
p p
C

A σ c σ c

B p B B p

σ c σ c

Para o PONTO A, o equilíbrio das forças verticais no corpo livre esquematizado fornece:
σ c x 2 π (R + r) e = p π [(R + r)2 – R2 ]; portanto, σ c = (pr/2e)[(2R+r)/(R+r)].
Levando em (2.5), obtem-se σ L = pr/2e.
Para o PONTO B, obtem-se, analogamente:
σ c x 2 π (R - r) e = p π [(R)2 - (R - r)2]; portanto, σ c = (pr/2e)[(2R-r)/(R-r)].
Levando em (2.5), obtem-se, da mesma forma, σ L = pr/2e.
Convém realçar que o valor da tensão longitudinal é o mesmo para
todos os pontos da parede, conclusão a que se pode chegar analisando
o equilíbrio de forças atuantes em um setor infinitesimal em qualquer
r σ L posição no duto, escrevendo:
dθ σ L x e x r dθ = p x ½ (r dθ ) r ⇒ σ L = pr/2e.
p
No PONTO C, teremos, de (2.5): (σ c / r) + (σ L / ∞ ) = p/e ∴
σ c = (pr/2e).
Como para R>r, (2R-r)/(R-r) < (2R+r)/(R+r), conclui-se que B é o
ponto crítico do toro, pela maior tensão circunferencial atuante:
σ c = (pr/2e)[(2R-r)/(R-r)]. Note que, para R→∞, σ c = (pr/e) e para
R→ r, σ c →∞.

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