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a) autorizadas por Decreto.
b) autorizadas somente por Lei específica.
c) realizadas somente através de contratos.
d) autorizadas por Lei, podendo a autorização estar contida na própria lei
orçamentária
e) autorizadas somente na lei orçamentária.
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+ /. Vide artigo 165, § 8º, da Constituição Federal.
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a) receita não prevista no orçamento, por lapso.
b) como receita extraordinária
c) como receita extra-orçamentária
d) como receita orçamentária
e) como receita vinculada
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+ /. O Estado, em dadas situações, arrecada recursos que, em última
análise, não lhe pertence. Dessa forma, detém a ` dos valores mas não sua
 

. A titularidade pertence, portanto, a ente diverso do Poder Público. É o
caso dos valores recebidos a título de depósito judicial realizado para garantir a
interposição de um recurso. Nesta mesma categoria se enquadram, ainda, as
cauções feitas em dinheiro por um eventual licitante para a garantia de seu
contrato bem como as antecipações de receita s orçamentárias (ARO¶s), dentre
outros.
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a) de Capital
b) Correntes
c) eventuais
d) extraordinárias
e) extra-orçamentárias.
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+ /. As operações de crédito por antecipação de receita orçamentária,
por decorrerem de empréstimos de curto prazo tomados, classificam -se como
receita extra-orçamentária em razão de o Poder Público não dispor de seu
domínio, mas tão-somente de sua posse, conforme discorremos na questão
anterior. Essa categoria de receita está disciplinada no art. 38 da Lei
Complementar nº 101/2000.

c : ³São considerados estágios da despesa pública os listados a seguir,


EXCETO´:
A) empenhamento;
B) fixação;
C) pagamento;
D) liquidação;
E) adiantamento.

    : alternativa ³E´.
c : ³As amortizações de empréstimos contraídos causam um tipo de
variação patrimonial denominado´:
A) mutações passivas;
B) interferências ativas;
C) decréscimos patrimoniais;
D) mutações ativas;
E) interferências passivas.

    : alternativa ³D´.

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c : ³São considerados estágios da despesa pública os list ados a seguir,
EXCETO´:
A) empenhamento;
B) fixação;
C) pagamento;
D) liquidação;
E) adiantamento.

    : alternativa ³E´.
)*+: o Adiantamento não se constitui num á da realização da despesa
pública. Constitui -se, isto sim, numa 
particularizada de sua realização, vale dizer,
numa forma
á

de sua realização. Também conhecido como Suprimento de
Fundos, o Adiantamento está disciplinado nos artigos nºs 65, 68 e 69 da Lei nº
4.320/64. Cada esfera de governo, por sua vez, poderá baixar outras normas visando
à regulamentação desses artigos no âmbito de sua própria Administração. Ele é a
solução criada pelo legislador, a fim de que o Poder Público realize determinadas
despesas em   
á á
 , isto é, fora do processo normal de aplicação da
despesa, conforme disciplina o art. 68 daquele Diploma Legal. E qual é o processo
normal de aplicação da despesa pública? Bem, em circunstâncias normais todo e
qualquer gasto do Poder Público deve obedecer a, pelo menos, quatro etapas: Fixação,
Empenho, Liquidação e Pagamento. São também conhecidos como á  de
execução da despesa. As alternativas ³A´, ³B´, ³C´ e ³D´ fazem referência a eles. Por
Fixação deve ser entendida a etapa em que o Poder Legislativo fixa, para todo o Poder
Público (inclusive, para ele mesmo) os limites máximos dos gastos governamentais
para um determinado ano. Esse limite é o valor que consta na Lei Orçamentária Anual.
Por Empenho, considera-se o momento em que o Poder Público elege um fornecedor e
com ele contrata a aquisição de um bem ou uma prestação de serviço de que necessita.
Na Liquidação o fornecedor entrega o bem ou serviço encomendado pelo Poder Público
e este atesta que o bem ou serviço entregue está de acordo com as especificações que
ele solicitou. Por fim, no Pagamento, há o desembolso financeiro correspondente, isto
é, o pagamento efetivo pertinente ao bem ou serviço entregue uma vez que, do
contrário, haveria enriquecimento ilícito do Poder Público, fato esse vedado pela
legislação. Este é, em síntese, o processo normal de aplicação da despesa pública.
Todavia, em determinadas situações, não será possível a execução, nessa ordem,
dessas etapas, muito embora, em última análise, todas elas serão cumpridas. É em
tais situações que nascem as despesas realizadas por intermédio de 

á  .
Nestas situações há uma  á entre os estágios da liquidação e pagamento da
despesa, isto porque, primeiramente, o Poder Público paga a despe sa e depois faz a
sua liquidação. Assim, na realização da despesa pública por meio de Adiantamentos, as
etapas serão: Fixação, Empenho, 

á á
, e não Fixação, Empenho,
Liquidação e Pagamento, como ocorreria no processo comum. Uma outra diferença,
aliás, decorrente dessa, é que o Poder Público não contrata diretamente com o
fornecedor. Ele contrata com um funcionário seu, no momento em que entrega o
numerário (dinheiro) em suas mãos autorizando-o a aplicá-lo em determinada despesa.
Este funcionário, por sua vez, é que irá contratar com um fornecedor. Como esse
funcionário terá de prestar contas dos valores aplicados 1, nesse momento, isto é,
quando efetivar a sua prestação de contas, é que ocorrerá o estágio da 
da
despesa. Assinale-se, por fim, que as despesas realizadas por intermédio de
Adiantamentos alcançam somente a aquisição de bens de consumo excluídos, portanto,
os bens permanentes.
c : ³As amortizações de empréstimos contraídos causam um tipo de
variação patrimonial denominado´:
A) mutações passivas;
B) interferências ativas;
C) decréscimos patrimoniais;
D) mutações ativas;
E) interferências passivas.

    : alternativa ³D´.
)*+: em Contabilidade Pública, as Mutações Ativas são constituí das a
partir de duas situações: ou das desincorporações de valores do grupo de contas do
³Passivo Permanente´ ou das incorporações de valores no grupo de contas do ³Ativo
Permanente´. As amortizações de empréstimos referidas na questão remetem às
amortizações da dívida de longo prazo, que se constitui num item componente do
Passivo Permanente. Logo, a Mutação Ativa assinalada na alternativa decorre da
primeira situação, isto é, da desincorporação de valores do Passivo Permanente.
c ,: ³O Balanço Financeiro de um órgão público apresentou as seguintes
contas principais e seus respectivos saldos´:
*  - ./0
Receitas Orçamentárias 30.350
Despesas Orçamentárias 26.450
Retenções de Terceiros 23.000
Restos a Pagar Inscritos 8.000
Pagamento de Restos a Pagar 25.750
Sabendo que o saldo disponível do exercício anterior era de $ 35.850, o saldo que
passa para o disponível do exercício seguinte é de:
A) $ 31.000;
B) $ 34.450;
C) $ 45.000;
D) $ 52.200;
E) $ 56.100.

    : alternativa ³C´.
)*+: o Balanço Financeiro está previsto no art. 103 da Lei nº 4.320/64. Para
resolver a questão basta aplicar a estrutura prevista neste dispositivo: Saldo do
1 É possível, ainda, que o funcionário não gaste todo o dinheiro que pegou. Em razão
disso terá de devolver o valor não aplicado. Para tanto, terá de registrar essa situação
em sua prestação de contas.
exercício anterior ($ 35.850) + Receita Orçamentária ($ 30.350) + Receita Extra-
Orçamentária ($ 23.000 + $ 8.000) ± Despesa Orçamentária ($ 26.450) ± Despesa
Extra-Orçamentária ($ 25.750) = Saldo para o exercício seguinte ($ 45.000).

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c 1: ³As entidades listadas a seguir são abrangidas pelo campo de aplicação
da Contabilidade Pública, EXCETO´:
A) o Supremo Tribunal Federal;
B) os Tribunais de Contas;
C) as empresas estatais dependentes de recursos do orçamento federal;
D) as Câmaras Municipais;
E) empresas controladas pelo Poder Executivo, que dele não dependam
financeiramente.

    : alternativa ³E´.
)*+: a incidência das normas da Contabilidade Pública abrange, em regra,
toda a administração direta e indireta do Poder Executivo, os Poderes Legislativo e
Judiciário, os Tribunais de Contas e o Ministério Público. Todavia, permanecem
excluídas desse universo as empresas estatais não dependentes, que compõem a
administração indireta. Segundo a LC nº 101/2000 1, empresa estatal não dependente
é a ³empresa controlada que receba do ente controlador recursos financeiros para
pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos,
no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária´. Em
última análise, são todas as empresas estatais que não dependem do caixa do governo
para se manterem, uma vez que possuem recursos próprios. Ex: as empresas estatais
do Governo Federal que comercializam energia elétrica inserem-se nesse conceito.
Sobrevivem a partir dos recursos gerados na venda de energia elétrica ao mercado
consumidor nacional. Estas empresas, por sua vez, podem assumir a modalidade de
empresas públicas ou sociedades de economia mista. Se, no entanto, tais empresas
dependam do governo para se manterem certamente passará a incidir sobre elas as
normas da Contabilidade Pública, ainda que seja privada a sua personalidade jurídica.
c 2: ³Constituem em ingresso financeiro que se incorpora definitivamente ao
patrimônio público´:
A) consignações;
B) retenções de terceiros;
C) receita de operações de crédito;
D) salários não reclamados;
E) recebimento de cauções em dinheiro.

    : alternativa ³C´.
)*+: muito embora o gabarito assinalasse a letra ³C´ como a
alternativa correta, esta questão foi anulada após os recursos interpostos pelos
candidatos. Talvez porque as receitas de operações de crédito, na verdade, não se
incorporem definitivamente ao patrimônio público uma vez que, no futuro, terão que
ser devolvidas ao seu real proprietário, juntamente com o pagamento de juros e
outros encargos decorrentes. Mencione-se, por oportuno, que as receitas de operações
de crédito são geradas a partir de empréstimos tomados pelo poder público, conforme
autoriza o art. 98 da Lei nº 4.320/64. Também a anulação poderá ter decorrido do fato
1 Art. 2º, III.
de algumas retenções de terceiros (alternativa ³B´) incorporarem-se definitivamente
ao patrimônio público, conforme requer a questão, a exemplo das retenções do
imposto de renda retido na fonte feitas pelos Estados e Municípios sobre os
pagamentos por ele efetuados, consoante determina a Constituição Federal 2; outras,
contudo, não se incorporariam, a exemplo do Imposto Sobre Serviços retido na fonte
por um Estado da Federação ou o ICMS retido por uma Prefeitura, na aquisição de
mercadorias sujeitas à sua incidência. Nesses dois exemplos os respectivos entes
teriam que entregar aos legítimos proprietários os impostos por ele retidos.
c 3: ³As receitas de 
á recebidas por Estados pela produção de
petróleo ou gás natural, são classificadas como receitas´:
A) patrimoniais;
B) de concessões e permissões;
C) da indústria extrativa mineral;
D) da indústria de transformação;
E) de transferências da União.

    : alternativa ³E´.
)*+: o pagamento de 
á está previsto no § 1º do art. 20 da
Constituição Federal. Além de serem pagos em decorrência da produção de petróleo e
de gás natural, também decorrem da utilização de recursos hídricos destinados à
geração de energia elétrica e recursos minerais. No caso dos 
á pagos pela
produção de petróleo e gás natural os recursos são transferidos pela Secretaria do
Tesouro Nacional aos Estados, DF, Municípios e órgãos da administração direta da
União. Assim, caberá à União a responsabilidade por transferir os recursos.
2 Arts. 157, I e 158, I.
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c 4: ³As despesas relativas a contratos, convênios, acordos ou ajustes de
vigência superior a 1 exercício serão empenhados´:
A) em 2 (dois) exercícios financeiros;
B) em 3 (três) exercícios financeiros;
C) em 4 (quatro) exercícios financeiros;
D) total e exclusivamente no exercício em que começar a sua execução;
E) em cada exercício financeiro pela parte nela a ser executada.

    : alternativa ³E´.
)*+: é o Princípio da Anualidade que impõe o empenhamento de frações de
despesas, em cada exercício, cuja vigência ultrapasse um exercício financeiro, isto é,
01 ano, a exemplo dos contratos, convênios, acordos ou ajustes. A Lei nº 4.320/64 faz
alusão ao princípio em seu art. 2º, parte final. Por sua vez, a Lei nº 8.666/93 ± Lei de
Licitações e Contratos ± reforçou esse entendimento ao condicionar a realização de
licitação para a aquisição de Obras e Serviços à prévia existência de dotações
orçamentárias que assegurem o pagamento de obrigações geradas apenas no exercício
financeiro corrente, conforme assinalado no art. 7º, § 2º, III, da referida Lei. Assim, as
obrigações geradas nos exercícios subseqüentes serão atendidas, cada uma, pelas
dotações orçamentárias de cada exercício.
c 5: ³Compõem o Ativo Compensado´:
A) Valores Nominais Emitidos e Valores em Poder de Terceiros;
B) Valores Nominais Emitidos e Bens de Uso Comum do Povo;
C) Valores em Poder de Terceiros e Bens de Uso Comum do Povo;
D) Dívida Ativa e Contrapartida de Valores Nominais Emitidos;
E) Dívida Flutuante e Valores em Poder de Terceiros.

    : alternativa ³A´.
)*+: o Ativo Compensado, em se tratando da Contabilidade Pública, é
constituído a partir das informações geradas no Sistema de Compensação. É este
sistema de contas que registra as Responsabilidades de cada ente público. Tais
responsabilidades ou são Ativas ou Passivas. Em linhas gerais, classificam-se como
responsabilidades ativas todas aquelas em que o ente público entrega a terceiros bens
e valores que compõem seu patrimônio sem que, contudo, estes últimos adquiram o
seu domínio. Estas responsabilidades são registradas no Ativo Compensado. Por outro
lado, constituem-se em responsabilidades passivas a situação inversa, qual seja, todas
as vezes em que o ente público junta ao seu patrimônio bens e valores pertencentes
ao patrimônio de terceiros sem, contudo, adquirir-lhe o domínio. Estas
responsabilidades são registradas no Passivo Compensado. Em relação à alternativa
assinalada, a conta ³Valores Nominais Emitidos´ registra, dentre outros, a emissão de
títulos públicos por parte de uma entidade governamental visando ao financiamento de
sua dívida pública. Tais emissões acabam por gerar responsabilidades do ente emissor
perante aqueles que adquirem seus títulos, uma vez que o ente se compromete a
pagar rendimentos em troca do uso dos valores assim tomados do particular. É
possível, ainda, que referido ente possa comprometer-se a resgatar, isto é, recomprar
o título público em data futura, previamente ajustada com seu credor, nascendo daí as
operações compromissadas. Já a conta ³Valores em Poder de Terceiros´ registra o
montante de títulos públicos entregues a terceiros pelo ente público, mas com
finalidade diversa da conta ³Valores Nominais Emitidos´. Os títulos que se encontram
nessa situação têm por fim servir de garantia de uma outra operação; um contrato, p.
exemplo, ajustado entre o ente público e uma outra entidade em que esta última exige,
para a assinatura contratual, que o ente ofereça valores em garantia. Se a garantia
assim ofertada for dada em títulos, então a operação deverá ser registrada nesta conta.
--* 6 7878: os Bens de Uso Comum do Povo não são registrados
pela Contabilidade Pública. Exceção feita se tais bens passarem à categoria de Bens de
Uso Especial ou Bens de Domínio. Nesse caso, os primeiros serão obrigatoriamente
registrados enquanto os últimos apenas facultativamente.
--* 6 78: a Dívida Ativa é objeto de registro do Sistema Patrimonial e
não do Sistema de Compensação.
--* 6 78: nem toda Dívida Flutuante será objeto de registro no
Sistema de Compensação. Desta feita, as obrigações decorrentes da execução do
orçamento corrente são todas elas registradas apenas no Sistema Financeiro de contas.
Ex: as obrigações assumidas em decorrência da folha de pagamento do funcionalismo
público (imposto de renda retido na fonte, seguridade social, valor líquido da
remuneração a pagar). Todavia, é possível que alguns itens que compõe a Dívida
Flutuante sejam também registrados no Sistema de Compensação, a exemplo dos
Depósitos (vide art. 92, III, da Lei nº 4.320/64). Nesta hipótese, um depósito judicial
em dinheiro recebido por um Tribunal de um particular objetivando assegurar a
interposição de um recurso em instância superior será também registrado no Sistema
de Compensação.
c 9: ³O cancelamento da Dívida Ativa é contabilizado nas Demonstrações das
Variações Patrimoniais como´:
A) Variação Passiva ± Mutação Patrimonial ± Cancelamento da Dívida Ativa;
B) Variação Passiva ± Independente da Execução Orçamentária ± Cancelamento da
Dívida Ativa;
C) Variação Ativa ± Resultante da Execução Orçamentária ± Cancelamento da Dívida
Ativa;
D) Variação Ativa - Mutação Patrimonial ± Cancelamento da Dívida Ativa;
E) Variação Ativa ± Independente da Execução Orçamentária ± Cancelamento da
Dívida Ativa.

    : alternativa ³B´.
)*+: a Dívida Ativa é registrada no Ativo Permanente de um ente
governamental, correspondendo a valores que ele tem a receber perante terceiros.
Tais valores gozam de liquidez e certeza. A Lei nº 4.320/64 em seu art. 39 os
denomina de Créditos da Fazenda Pública e os classifica em créditos de natureza
tributária e não tributária. Pois bem, todas as vezes em que um ente público, qualquer
que seja o motivo, venha a ter que dar baixa num bem ou direito que tem a receber,
terá que desincorporar esse valor do rol dos valores que compõem seu patrimônio.
Esta baixa, por sua vez, independerá da execução do orçamento uma vez que a
operação não possui nenhum vínculo direto com o mesmo. Em se tratando da baixa da
Dívida Ativa em razão de seu cancelamento ocorrerá uma morte de um ativo que a
doutrina classificou como I    

. Esse desaparecimento do item
patrimonial acabará por gerar uma Variação Passiva em razão de o fato puxar o
resultado do exercício em direção ao déficit contábil no final do exercício. Isto porque o
Ativo literalmente encolherá frente ao Passivo reduzindo-se, em conseqüência, a
diferença entre ambos.

www.editoraferreira.com.br 1 Prof. Alipio Reis


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c : No âmbito da Contabilidade Pública, com relação às normas que
orientam o registro e o controle dos fatos patrimoniais, é correto afirmar que:
A) as receitas e as despesas são contabilizadas pelo regime de competência, em
obediência aos princípios fundamentais da contabilidade;
B) as receitas orçamentárias e as extra-orçamentárias são contabilizadas pelo regime
misto;
C) somente as receitas extra-orçamentárias são contabilizadas pelo regime de caixa;
D) as receitas orçamentárias são contabilizadas pelo regime de caixa e as despesas
orçamentárias pelo regime de competência;
E) todas receitas e despesas são contabilizadas pelo regime de caixa.

     : alternativa ³D´.
)*+: o art. 35 da Lei nº 4.320/64, que estabelece normas gerais de Direito
Financeiro para todos os entes da Federação brasileira, consagrou a Contabilidade
Pública de nosso País ao regime misto. Por força disso, todas as receitas orçamentárias
deverão ser contabilizadas pelo regime de caixa; enquanto as despesas orçamentárias
deverão observar o regime de competência.
c ,: Com relação à elaboração e divulgação do Relatório de Gestão Fiscal, é
correto afirmar que:
A) o Relatório de Gestão Fiscal deve ser elaborado semestralmente, exigindo-se
divulgação quadrimestral somente para os Municípios que possuírem déficit financeiro;
B) os prazos de divulgação do Relatório de Gestão Fiscal têm relação também, no caso
de Municípios, com população inferior a 50.000 habitantes, com observância dos
limites relativos à despesa total com pessoal e dívida consolidada;
C) se determinado Estado estiver cumprindo os limites de dívida e pessoal pode,
facultativamente, optar pela divulgação semestral dos resultados;
D) deve ser elaborado de forma consolidada abrangendo todos os Poderes, não sendo
cabível a divulgação segregada por Poder;
E) o descumprimento dos prazos de divulgação impedirá que o Ente receba
transferências constitucionais.

     : alternativa ³B´.
)*+: o art. 63, II, ³b´, da Lei Complementar nº 101/2000 (Lei de
Responsabilidade Fiscal) faculta aos Municípios com população inferior a 50.000
habitantes a possibilidade de vir a divulgar o seu Relatório de Gestão Fiscal a cada seis
meses; ao invés de fazê-lo quadrimestralmente, conforme disposto no art. 54, 
,
da mesma Lei. Essa prerrogativa, contudo, deixará de existir na hipótese do Município
vir a ultrapassar os limites relativos à despesa com pessoal ou à dívida consolidada e,
ainda, enquanto perdurar esta situação, conforme dispõe o §2º do art. 63. Quanto às
demais afirmativas, todas incorrem em erro.
--* 6 78: o prazo de divulgação do Relatório é quadrimestral. Esse
prazo vale para todos os entes, excetuados apenas os Municípios com população
inferior a 50.000 habitantes e desde que preencham os requisitos do art. 63 da LC nº
101/2000, conforme comentamos anteriormente.
--* 6 78: aos Estados não foi conferida essa faculdade.
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--* 6 78: o Relatório não é elaborado de forma consolidada, mas de
maneira segregada por Poder, conforme dispõe o art. 54 da LC nº 101/2000.
--* 6 78: o descumprimento do prazo de divulgação do Relatório
impedirá que o Ente receba transferências voluntárias e não as constitucionais. É o que
estabelece o §3º do art. 55 da LC nº 101/2000.
c :: Pode-se dizer, acerca da elaboração, divulgação e dados constantes do
Relatório Resumido da Execução Orçamentária, que:
A) deve ser divulgado de forma segregada, por Poder;
B) foi criado pela LRF, cabendo, todavia, a cada Ente definir os demonstrativos que o
compõem;
C) substitui a Prestação de Contas anual;
D) a apuração dos resultados é bimestral;
E) dentre os demonstrativos que o compõem, destaca-se o relativo à apuração dos
gastos com pessoal.

     : alternativa ³D´.
)*+: de acordo com o 
do art. 52 da Lei Complementar nº 101/2000
(Lei de Responsabilidade Fiscal), de fato, a publicação do Relatório será bimestral.
Quanto às demais afirmativas, todas incorrem em erro.
--* 6 78: conforme o 
do art. 52 da Lei Complementar nº
101/2000, o Relatório será publicado de forma consolidada e não segregada, devendo
abranger todos os Poderes e o Ministério Público.
--* 6 78: a afirmativa contém dois vícios. O primeiro deles refere-se
ao fato de o Relatório não ter sido criado pela Lei de Responsabilidade Fiscal. A
Constituição Federal, em seu art. 165, §3º, já fazia alusão ao mesmo. O que fez a LRF
foi estender a obrigatoriedade de sua adoção aos demais entes da Federação, uma vez
que, antes de seu advento, apenas a União estava constitucionalmente obrigada a
adotá-lo. O segundo vício refere-se aos demonstrativos que comporão o Relatório.
Diversamente do que afirma a alternativa, não cabe a cada Ente definir os
demonstrativos que comporão o Relatório, pois o art. 53 do referido diploma legal já
dispõe sobre os mesmo.
--* 6 78: o Relatório não substitui a Prestação de Contas anual,
prevista nos arts. 56, 57 e 58 da LC nº 101/2000. Ao contrário, ambas constituem-se
em instrumentos de transparência da gestão fiscal, conforme apregoa o art. 48, 
,
da mesma lei.
--* 6 78: o Relatório em cujo conteúdo destacam-se as despesas com
pessoal é o Relatório de Gestão Fiscal, conforme disposto no art. 55, I, ³a´, da LC nº
101/2000; e não o Relatório Resumido da Execução Orçamentária.

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c 1: ³Justiça, segurança pública e defesa nacional são exemplos de bens´:
A) públicos;
B) semi-públicos;
C) privados;
D) afetados;
E) tangíveis.

    : alternativa ³A´.
)*+: Numa economia, as empresas produzem bens e serviços para atender
às necessidades da coletividade. Dessa forma, a quantidade de veículos, p. ex., que
são fabricados durante um determinado período destinam-se a atender a demandas da
sociedade por essa categoria de bens. O mesmo raciocínio poderá ser aplicado no
tocante aos artigos do vestuário, calçados, sorvetes e assim por diante. Todavia, há
uma categoria de bens que, muito embora sejam demandados pela sociedade, não
podem ser ofertados pelas empresas. A essa categoria de bens as Finanças Públicas
denomina de 7*!<-=8. São exemplos dessa categoria de bens a justiça, a
segurança pública e a defesa nacional. Bens dessa natureza diferenciam-se dos bens
produzidos pela iniciativa privada em razão de seu consumo não implicar a exclusão do
consumo por parte de outro indivíduo da coletividade. Esclarecemos. Na iniciativa
privada, quando eu adquiro um automóvel automaticamente estou subtraindo, sem
perceber, o consumo desse automóvel por parte de outra pessoa. Se na concessionária
que o adquiri não existirem mais outros automóveis do mesmo modelo, por certo outra
pessoa não mais poderá consumi-lo, isto é, comprá-lo. Isso ocorrerá em relação a
todos os bens e serviços por ela produzidos. Concluí mos, portanto, que o consumo de
um bem privado por um indivíduo esgota ou reduz a sua disponibilidade aos demais
indivíduos que compõe a coletividade. O mesmo não ocorrerá com os Bens Públicos.
Seu consumo não exclui o consumo do mesmo bem por outro indiví duo. Assim, ao
consumir o bem ³justiça´ não estou esgotando ou subtraindo a sua utilização por
outros indivíduos. Essa não exclusão implica dizer que o consumo dos Bens Públicos
ocorre de forma coletiva e não individual diferenciando-se, nesse particular, dos bens
privados. O consumo coletivo dos Bens Públicos conduz a uma outra característica: É
que ao pagarmos, via tributo, pela sua ³aquisição´ não podermos garantir uma ³fatia´
do mesmo para consumo, fato que se mostra corriqueiro em relação aos bens privados.
Aliás, é possível até que sequer os consumamos. Com efeito, ao pagar o Imposto
Sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza estaremos ³comprando´ uma ³fatia´,
p. exemplo, da Justiça do Trabalho. Entretanto, se nunca formos compor uma lide
trabalhista jamais consumiremos a justiça trabalhista que ³compramos´, muito embora
mensalmente paguemos por essa justiça. O mesmo não se verificará em relação aos
bens produzidos pela iniciativa privada. Dessa forma, se pagarmos por um par de
sapatos por certo estaremos levando para casa o par de sapatos adquirido. O consumo
será, portanto, líquido e certo.
c ,2: ³O sistema tributário não deve provocar distorções na alocação de
recursos comprometedores da eficiência do sistema econômico´. Esta é a definição do
conceito tributário de:
A) especificidade;
B) simplicidade;
C) equidade;
D) progressividade;
E) neutralidade.

    : alternativa ³E´.
)*+: A oferta de bens e serviços pelas empresas gira em função do grau de
demanda dos consumidores. Isso significa dizer que a quantidade de bens e serviços
produzidos pelas empresas será tanto maior quanto maior for a sua procura;
inversamente, a oferta se reduzirá proporcionalmente à redução da quantidade
procurada. Isto porque a procura determina a oferta de bens e serviços numa
economia, conforme concluiu acertadamente a Teoria Keynesiana. Por outro lado, não
somente a quantidade de bens e serviços produzidos pela economia seria determinada
por sua demanda, mas também os seus preços. Assim, na hipótese de haver muita
demanda e poucos bens e serviços ofertados, a saída natural será a elevação dos
preços; de forma inversa, a solução será a queda nos preços dos bens e serviços
colocados à disposição dos consumidores, a fim de fazer escoar a produção excedente.
Essas, em síntese, as premissas do funcionamento de uma economia sob as leis do
mercado. Entretanto, essa estrutura poderá ser distorcida ou fortemente influenciada
pelo Estado quando este cobra seus tributos. É que ao instituir um tr ibuto o Estado
poderá influenciar tanto a quantidade ofertada de um bem ou serviço como também o
nível dos preços neles praticados. Assim, p. exemplo, ao estabelecer uma carga
tributária maior para o cigarro o Estado terá por finalidade, dentre outras, a redução
de seu consumo, em razão de suas conseqüências nocivas à saúde humana. Além
disso, supõe ele, quanto menos pessoas fumarem menos estarão expostas às doenças
ligadas ao fumo, fato que repercutirá positivamente nos gastos públicos ligados à
saúde, uma vez que o Estado provavelmente desembolsará menos recursos para
socorrer os doentes. Vê-se, portanto, que a instituição de uma carga maior de tributos
repercutirá fortemente na demanda e oferta de cigarros. Essa repercussão, por sua vez,
poderá quebrar as premissas do funcionamento da economia, na forma que
expusemos, isto é, a oferta e demanda de bens e serviços não estará mais sujeita tãosomente
às leis do mercado, mas será influenciada também pela carga tributária. Daí o
princípio da neutralidade no sen tido de
  á
  
 á 



áá    ááá 
á 
  á
á  
, vale
dizer, não interfira em suas premissas básicas.
c ,3: ³Considere a tabela abaixo´:
Receitas totais do governo 10
Despesas totais não
financeiras do governo
6
Despesas financeiras do
governo (juros)
4
O resultado primário apurado foi de:
A) 10;
B) 6;
C) 4;
D) 2;
E) 0.

    : alternativa ³C´.
)*+: O resultado primário, juntamente com o resultado nominal e o
operacional do governo, constitui -se numa das medidas em Finanças Públicas para
avaliar a ³saúde financeira´ do Estado. Por saúde financeira entenda-se, dentre outros
aspectos, o grau de dependência do Estado dos recursos da iniciativa privada. Em
outras palavras, as três medidas têm por objetivo saber se o montante das receitas
públicas está sendo suficiente para atender às despesas públicas sem ser preciso
recorrer a empréstimos na iniciativa privada. Na hipótese, entretanto, de haver
necessidade de os recursos privados para ³fechar´ as contas públicas, as medidas
visam avaliar em que grau essa necessidade afeta o equilíbrio orçamentário.
Para atingir este objetivo o resultado primário procura confrontar as receitas
não financeiras com as despesas não financeiras. E o que são receitas e despesas não
financeiras?
As receitas e despesas não financeiras constituem-se nas receitas e despesas


 do Estado. Por

entenda-se aquelas parcelas de receitas e despesas
públicas que são genuínas, isto é, inerentes às atividades estatais. Ex: as receitas
tributárias são receitas genuínas do Estado uma vez que são inerentes à própria
natureza estatal. O mesmo podemos dizer em relação às receitas de contribuições 1.
Por outro lado, o pagamento de desp esas ligadas à manutenção do serviço público
deverão ser consideradas como despesas não financeiras, a exemplo das despesas
relacionadas à folha de pagamento, água, luz, telefone, dentre outras. São despesas
genuínas.
Entretanto, no decorrer da história das Finanças Públicas, o Estado começou a
contar com as receitas financeiras uma vez que os recursos não financeiros tornaramse
insuficientes para atender às despesas não financeiras. Assim, apareceram, ao lado
das receitas genuínas, as receitas de empréstimos tomados, os juros recebidos por
empréstimos concedidos (no passado), as receitas provenientes de operações
financeiras, dentre outras. Essas categorias de receitas, muito embora ajudassem os
cofres públicos a ³fechar´ suas contas não poderiam ser consideradas como receitas
naturais, a exemplo das receitas tributárias, uma vez que não eram recursos genuínos.
Ocorre que o aparecimento das receitas financeiras fez surgir, com elas, as
despesas financeiras, uma vez que ao tomar recursos emprestados (receitas
financeiras) o Estado comprometia-se a devolver tais recursos em data futura
juntamente com o pagamento de juros (despesas financeiras).
Ora, num contexto como esse, para medirmos a saúde financeira estatal,
conforme dissemos anteriormente, podemos recorrer ao Resultado Primário, isto é,
confrontarmos apenas o montante das receitas não financeiras com as despesas não
financeiras ³esquecendo´ as receitas e despesas financeiras estatais.
Aplicando esse entendimento na resolução da questão, bastaria reduzirmos do
total das receitas do governo (10) o montante das despesas não financeiras (6)
chegando ao resultado assinalado no gabarito (4). Todavia, temos uma observação a
fazer nesse particular.
É que, a nosso ver, a questão encontra-se mal formulada uma vez que não
discriminou, dentre as receitas totais do governo, aquela proveniente dos recursos não
financeiros e aquela originada a partir das receitas financeiras. Esse procedimento foi
observado tão-somente em relação às despesas do governo. Com efeito, é incerto
dizer que se trata de um resultado primário, pois se as receitas totais de governo
forem compostas inteiramente de recursos financeiros a questão deveria ser anulada,
uma vez que o resultado seria -6 (menos seis): receitas não financeiras (0) ± despesas
1 Receitas de Contribuições são parcelas de recursos retiradas pelo Estado da iniciativa privada e
que deverão, necessariamente, ser aplicadas numa despesa previamente determinada. São, pois,
recursos vinculados. Ex: recursos da seguridade social, que devem ser aplicadas,
necessariamente, em saúde, assistência social e no pagamento de aposentadorias e pensões.
não financeiras (6). Apenas na hipótese de se supor que o montante das receitas do
governo fossem receitas não financeiras é que chegaríamos ao resultado fixado no
gabarito. Mas isto é uma suposição e uma questão bem formulada não pode ser
construída sobre suposições. Dessa forma, entendemos que a questão deveria ser
anulada.
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c ,: ³O projeto de lei orçamentária federal anual´:
A) será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e
despesas, decorrentes de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de
natureza financeira, tributária e creditícia;
B) poderá ser de iniciativa do Presidente do Senado Federal;
C) não guardará compatibilidade com o plano plurianual;
D) poderá sofrer emendas que contrariem a Lei de Diretrizes Orçamentárias;
E) será votado apenas na Câmara dos Deputados.

    : alternativa ³A´.
)*+: Juntando a redação do enunciado da questão com o a alternativa correta
(alternativa ³A´) temos a redação do disposto no art. 165, § 6º, da Constituição
Federal. O referido demonstrativo também é referenciado no art. 5º, II, da LC nº
101/2000. Seu objetivo é quantificar o tamanho da receita pública renunciada pelo
ente federativo (isenções, anistias e remissões) ou dos gastos efetivados via realização
de subsídios. Isto porque tais aspectos interessam bem de perto ao equilíbrio das
contas públicas. Desta feita, é possível que uma isenção dada sem as necessárias
cautelas repercuta negativamente nos cofres públicos, pois o benefício concedido
poderá reduzir o volume de receitas arrecadadas. Conseqüentemente, poderá haver
falta de receita para atender às despesas públicas e, com ela, o desequilíbrio fiscal.
Por isenção entenda-se um meio que o Poder Público dispõe para impedir o nascimento
de seu crédito tributário, pois impede a incidência tributária sobre fato, ato ou pessoa.
Já a Anistia consiste num benefício tributário pelo qual o Estado perdoa as infrações
cometidas pelo contribuinte, a exemplo do paga mento de multas a ele impostas.
Quanto à Remissão, consiste ela na renúncia, por parte do Estado, em reaver um
crédito tributário seu, nascido a partir da prática, pelo contribuinte, de determinado
fato gerador. Em relação ao Subsídio, consiste ele numa ajuda financeira dada pelo
Poder Público a um particular a fim de que este consuma ou produza algum bem. Ex:
subsídio para a produção da borracha, do álcool etc.
c ,: ³São princípios orçamentários´:
A) afetação e ponderação;
B) universalidade e afetação;
C) exclusividade e afetação;
D) universalidade e exclusividade;
E) universalidade e ponderação.

    : alternativa ³D´.
)*+: O princípio da Universalidade está previsto no art. 2º, caput, da Lei nº
4.320/64 enquanto o princípio da Exclusividade é referenciado no art. 165, § 8º, da
Constituição Federal. Pelo primeiro, o Estado, ao elaborar a sua lei orçamentária,
deverá prever todas as suas receitas e todas as suas despesas; enqu anto pelo
segundo, a lei orçamentária anual não deverá tratar de matéria estranha à previsão da
receita e fixação da despesa, exceção feita apenas à possibilidade de nela constar
autorização para abertura de créditos suplementares e para a contratação de
operações de crédito, ainda que por antecipação de receitas. Mencione-se que o
objetivo da necessidade de se observar, na construção dos orçamentos públicos, o
princípio da exclusividade é de se evitar que ocorram as ³caronas orçamentárias´.
Esclarecemos. É que o projeto de lei orçamentária anual possui um trâmite especial
aos demais projetos de lei. Esse trâmite especial permite, por exemplo, que sua
apreciação pelo legislativo ocorra de forma acelerada e compulsória. Essa
peculiaridade, no passado, chamou a atenção de muitos parlamentares. Assim, não
raras vezes, colocavam no projeto de lei orçamentária matérias que não mantinham
afinidade alguma com a matéria financeira visando à sua rápida e pronta aprovação. O
resultado disso era a aprovação, quando da promulgação e publicação da lei de
orçamento anual, de matérias alheias às finanças públicas do Estado mediante as
³caronas orçamentárias´. Em razão disso, as legislações de diversos países impõe
atualmente a necessidade da observância desse princípio.
c ,,: ³Na Lei de Responsabilidade Fiscal, está previsto como limite para a
despesa total com pessoal nos Estados o seguinte percentual da Receita Corrente
Líquida´:
A) 80%;
B) 75%6;
C) 60%;
D) 54%;
E) 50%.

    : alternativa ³C´.
)*+: O percentual de 60% está previsto no art. 19, II, da LC nº 101/2000.
Quanto ao conceito de Receita Corrente Líquida, consulte-se o art. 2º, IV, da mesma
Lei.
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9



 

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c3 ,<= K ³Em um estado X, com uma Receita Corrente Líquida apurada de 50
milhões, o valor máximo para a despesa total com pess oal do Poder Judiciário
será de´K
A) 5 milhões;
B) 3 milhões;
C) 2 milhões;
D) 1,5 milhões;
E) 1 milhão.
 !5!$!  K alternativa ³B´.
+ / K Para solucionar a questão, basta aplicarmos o percentual de 6%
sobre 50 milhões o que equivale a 3 milhões. Esse percentual decorre do disposto
no art. 20, II, ³b´, da LC nº 101/2000. A Receita Corrente Líquida é um conceito
trazido pela Lei de Responsabilidade Fiscal a fim de servir de parâmetro no
controle de algumas despesas, a exemplo da dívida pública e da reserva de
contingência previstos, respectivamente, no art. 30, § 3º e art. 5º, III, da mesma
Lei.
c3 ,<> K ³A disciplina Finanças Públicas pode ser definida como o estudo da´K
A) obtenção, criação, gestão e dispê ndio, pelo Estado, dos meios materiais e
serviços visando à satisfação das necessidades coletivas;
B) sistemática impositiva de mecanismos de controle, transparência e
fidedignidade das informações prestadas pelos gestores públicos;
C) natureza jurídica da s relações travadas entre particulares e o Estado no
exercício do poder de polícia;
D) avaliação do cumprimento das metas previstas nos instrumentos de
planejamento orçamentário;
E) sistemática de controle das operações de crédito, avais e garantias, bem c omo
dos direitos e haveres dos entes federados.
 !5!$!  K alternativa ³A´.
+ / K Para estudar de forma mais particularizada o impacto das receitas e
despesas públicas na economia de um país é que foi criada a disciplina Finanças
Públicas. Isto porque a Macroeconomia, que também aborda alguns aspectos
inseridos no universo de informações das Finanças Públicas, também faz
referência ao tema. Assim, p. exemplo, a Macroeconomia não desce a detalhes no
tocante, p. exemplo, aos princípios teóric os da tributação, mas leva em
consideração, de forma global, o montante das despesas do governo no consumo
nacional. Ela vê o Estado sob o ponto de vista econômico.
c3 ,<? K ³Um país X adotou a tributação sobre a renda sob a forma de
alíquotas crescentes conforme o aumento do nível de renda. Um país Y fixou uma
única alíquota para a tributação sobre a renda. Comparando -se os dois países,
pode-se afirmar que a tributação sobre a renda no país X adota o conceito de´K
A) regressividade;
B) progressividade;
C) simplicidade;
D) indiferença;
E) neutralidade.
 !5!$!  K alternativa ³B´.
+ / K A progressividade consiste numa forma de se tributar em que se
estabelecem 4   , de forma crescente, para incidir sobre diferentes
bases de cálculo. À medida que a base de cálculo vai se ampliando, aplica -se uma
nova alíquota, de valor superior à primeira alíquota aplicada, sobre uma nova faixa
de valor. Para tanto, estabelecem -se 
4 em que cada uma delas
ficará sujeita à incidência de uma alíquota determinada. Um bom exemplo do
sistema progressivo de tributação reside na tabela do imposto de renda, aplicada
sobre diversas faixas de rendimentos em nosso país. O objetivo desse sistema é
tributar cada vez mais na medida em q ue se elevam os rendimentos. Desta forma,
pagará mais tributos quem auferir mais renda e vice versa. Esse sistema, todavia,
apresenta alguns problemas sendo o estímulo à sonegação o maior deles. Assim,
para se ver livre de uma maior carga tributária o cont ribuinte tende a sonegar
impostos ou, ainda, trabalhar na informalidade. Estimula -se, portanto, o
contribuinte a omitir rendimentos. Em oposição a esse sistema existe o sistema
 4 que funciona de maneira inversa ao progressivo. Naquele sistema as
alíquotas vão se reduzindo na medida em que os rendimentos irão se elevando.
Há países, inclusive, que adotam a alíquota ³0´ (zero) para faixas de rendimentos
que atinjam determinados patamares. São os conhecidos ³paraísos fiscais´. Esse
sistema, a nosso ver, é mais inteligente na medida em que através dele os
contribuintes são estimulados a perseguirem maiores níveis de produtividade e
rendimentos e ainda ofertarem mais empregos na economia gerando, com efeito,
crescimento e desenvolvimento econômico.
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9



 

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c3 ,<A K ³São fases do ciclo orçamentário´K
A) medição, execução e avaliação;
B) suspensão, controle e avaliação;
C) execução, suspensão e controle;
D) medição, suspensão e avaliação;
E) execução, controle e avaliação.
 !5!$!  K alternativa ³E´.
+ / K O ciclo orçamentário obedece a quatro fasesK a elabor ação do
projeto de lei orçamentária; a discussão, votação e aprovação do projeto de lei
orçamentária; a execução orçamentária e, por fim, o controle e a avaliação do
orçamento executado. A questão remete apenas a três etapas. Na execução do
orçamento é que ocorre o empenho, a liquidação e o pagamento da despesa. O
controle está previsto no art. 75 da Lei nº 4.320/64. A avaliação consistirá em se
saber se as metas realizadas surtiram os efeitos esperados.
c3 ,<B K ³Quanto aos créditos suplementares, é cor reto afirmar que´K
A) independem de prévia autorização administrativa;
B) destinam-se a reforço de dotação já existente na Lei Orçamentária Anual;
C) independem de indicação dos recursos correspondentes;
D) não deverão integrar a prestação de conas do gestor;
E) podem ser concedidos e utilizados em valores e períodos ilimitados.
 !5!$!  K alternativa ³B´.
+ / K Os créditos suplementares destinam-se a reforçar uma dotação
orçamentária já existente na lei orçamentária mas que se mostrou insuficiente
para cobrir a totalidade das despesas de um exercício financeiro. Vide art. 41, I, da
Lei nº 4.320/64.
c3 ,=% K ³A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) ampliou a importância da
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) como elemento de planejam ento fiscal.
Dentre outras medidas, a LRF criou o seguinte instrumento, integrante da LDO´K
A) anexo de empenhos;
B) relatório resumido da execução orçamentária;
C) relatório de gestão fiscal;
D) anexo de metas fiscais;
E) anexo quadrimestral.
 !5!$! K alternativa ³D´.
+ / K Vide art. 4º, § 1º, da LC nº 101/2000.
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c :3: ³O total dos financiamentos obtidos ou a serem tomados pelo setor
público, junto a terceiros, em determinado período´ é uma definição adequada ao
conceito de:
A) superávit primário;
B) resultado primário;
C) déficit fiscal;
D) déficit corrente;
E) necessidades de financiamento do setor público.

    : alternativa ³E´.
)*+: As necessidades de financiamento do setor público inserem-se como um
dos capítulos mais importantes no estudo da dívida pública de um país. É uma forma
de ³medir´ o grau de dependência do setor público junto ao setor privado ou, ainda,
junto ao Banco Central, em se tratando de suas necessidades de recursos para
³fechar´ as suas contas. É que o Estado, da mesma forma que uma empresa, precisa
dispor de recursos para atender aos seus dispêndios. Se a totalidade das receitas
próprias é capaz de financiar os gastos governamentais, nenhum problema haverá: as
finanças públicas estarão ³sadias´. Todavia, quando os recursos próprios não são
suficientes para cobrir a totalidade dos gastos públicos, o Estado, inevitavelmente, terá
de recorrer ao setor privado para equilibrar as suas contas. Pois bem, as necessidades
de financiamentos irão dizer onde o Poder Público buscará tais recursos: se vendendo
títulos públicos no mercado nacional ou fora do País; se contraindo empréstimos junto
a instituições internacionais multilaterais, a exemplo do Bird ou Bid, dentre outros.
Esse, em síntese, o objetivo das necessidades de financiamento do setor público.
c :: ³Modernamente, a intervenção estatal na economia, por meio da política
fiscal, se dá para o desempenho das seguintes funções básicas´:
A) distributiva, desenvolvimentista e financiadora;
B) alocativa, distributiva e desenvolvimentista;
C) alocativa, distributiva e estabilizadora;
D) desenvolvimentista, financiadora e alocativa;
E) desenvolvimentista, financiadora e estabilizadora.

    : alternativa ³C´.
)*+: % *B -= 6 : uma considerável fatia dos bens e serviços
consumidos num país são produzidos e colocados à disposição dos consumidores pelo
setor privado. Isso ocorre com sapatos, automóveis, navios, alfinetes, aeronaves etc.
Todavia, em relação a alguns bens e serviços, igualmente demandados pelos
consumidores, o setor privado é incapaz de produzi -los. O motivo reside no fato de tais
produtos requererem elevadas somas para sua produção ou, ainda, um tempo
demasiadamente elástico para o retorno do valor investido. São exemplos dessa
categoria de bens os referentes à infra-estrutura econômica, tais como os transportes
(rodovias) e a energia (hidrelétricas). Em outras situações, entretanto, o empecilho
reside na natureza do produto, uma vez que o bem produz ido reveste-se de
características diferentes daquelas encontradas no setor privado. São os chamados
á   . Tais bens, por exemplo, não excluem de seu consumo um consumidor
que não paga por ele. Um bom exemplo são as medidas do governo contra a polu ição.
Este serviço não está sujeito às mesmas normas que regem os serviços privados, uma
vez que o seu consumo por um particular não reduz a quantidade produzida,
restringindo, em conseqüência, o consumo por parte de outros particulares, conforme
ocorre com os serviços produzidos pelo setor privado. Também quem não paga pelo
bem necessariamente não estará excluído de seu consumo. % *B  6 :
Numa economia, existem diversos fatores que influenciam significativamente a
distribuição da renda. Por exemplo: uma pessoa que possui mais habilidades no
desempenho de uma tarefa terá mais probabilidade de acumular renda do que aquelas
que não dominam, no mesmo grau, igual ofício. Com efeito, a renda se apresentará
má distribuída: algumas pessoas disporão de mais renda que outras. Ora, a parcela da
população que se encontrar nesta última situação poderá ter problemas para suprir as
suas necessidades mínimas de sobrevivência, uma vez que os recursos que disporão
estarão abaixo do desejado. Por força disso, o problema deixará de ser eminentemente
de cunho particular para incorporar-se aos interesses do Estado, pois revestir-se-á de
um problema de ordem também social e não exclusivamente de natureza econômica.
Para solucionar problemas como este é que o Estado desempenhará a função
distributiva visando, em última análise, a corrigir falhas de distribuição de renda
provocados pelo mecanismo de mercado. % *B -C  : O Estado persegue
alguns objetivos ao ³reger´ a sua economia. Dois desses objetivos são r eputados como
fundamentos de primeira grandeza para se ter uma economia ³sadia´: a manutenção
de um elevado índice de pessoas empregadas (e, conseqüentemente, a manutenção
de um baixo índice de desemprego) e preços estabilizados. O primeiro objetivo
possibilita que haja uma regular distribuição de renda. Quando a quase totalidade dos
indivíduos de uma economia está emprega, garante-se uma renda mínima a cada um
deles sem ser preciso que o Estado intervenha recorrendo, muitas vezes, a políticas
como o do ³Bolsa Família´, pagos pelo Governo Federal. Além disso, os gastos
governamentais com tais benefícios reduzem-se, na mesma proporção, fato que
aliviará a pressão sobre sua demanda por recursos privados (vide comentários à
questão 51, acima). O segundo objetivo, por sua vez, garante que a coletividade tenha
condições de obter os produtos de que necessita. Todavia, havendo um processo de
desemprego ou de elevação nos preços, todos esses benefícios estarão ³em perigo´.
Daí a necessidade de o Estado á 
 
a economia reconduzindo-a ao nível ótimo de
emprego e de nível de preço.
c :: ³São objetivos da regulação´:
A) bem-estar do consumidor, melhoria da eficiência alocativa-distributiva e produtiva
dos mercados e sistemas econômicos, universalização e qualidade dos serviços;
B) bem-estar do consumidor, melhoria da eficiência alocativa-distributiva e produtiva
dos mercados e sistemas econômicos, redução dos preços e tarifas;
C) melhoria da eficiência alocativa-distributiva e produtiva dos mercados e sistemas
econômicos, universalização e qualidade dos serviços, redução dos preços e tarifas;
D) universalização e qualidade dos serviços, redução dos preços e tarifas, maximização
do lucro dos concessionários;
E) maximização do lucro dos concessionários, bem-estar do consumidor, abertura dos
mercados.

    : alternativa ³A´.
)*+: Nos dias atuais, o Estado passou a incorporar uma nova função: a
regulação de serviços públicos desestatizados. Esta função decorre essencialmente do
fato de o Poder Público vir renunciando à prestação de determinados serviços públicos,
antes só exercidos exclusivamente por ele. Um exemplo bem próximo de nós são os
serviços de telecomunicações. Tais serviços, até algum tempo atrás, eram prestados
por entidades estatais: Telebrás e suas concessionárias regionais (Telebahia,
Telamazon e outras). Atualmente, contudo, os serviços de telecomunicações são
prestados por entidades privadas. Assim, o espaço ocupado anteriormente pelo Estado
passa à esfera do empresário particular. Contudo, o Estado continua sendo titular do
serviço. Transferiu, apenas, a sua execução. Por força disso, e também em decorrência
do interesse coletivo envolvido, construiu as agências reguladoras cujos objetivos
resumem-se, essencialmente, nos descritos na alternativa ³A´.
c :,: ³Quanto aos sistemas de controle da Administração Pública, é correto
afirmar que´:
A) a fiscalização exercida pelos Tribunais de Contas restringe-se ao critério de
legalidade;
B) é atribuição exclusiva dos Tribunais de Contas a avaliação dos resultados da gestão
orçamentária;
C) é dispensável a instituição de órgãos de controle interno no âmbito estadual;
D) os Tribunais de Contas realizam o controle externo da execução orçamentária dos
órgãos da Administração Pública;
E) apenas o Presidente da República, Governadores de Estado e Prefeitos de Municípios
estão obrigados a prestar contas aos Tribunais de Contas.

    : alternativa ³D´.
)*+: As funções dos Tribunais de Contas estão delineadas, principalmente, no
art. 71 da Constituição Federal. Dentre estas funções, destaca-se a fiscalização
orçamentária dos órgãos da Administração Pública, conforme assinalado no gabarito.
Quanto às demais alternativas, elas padecem de vício. Vejamos.
Alternativa ³A´: além da legalidade, os Tribunais de Contas avaliam o ato
administrativo sob os prismas da legitimidade e economicidade. Vide art. 70 do texto
Constitucional.
Alternativa ³B´: a função de avaliar os resultados da gestão orçamentária não é
atribuição exclusiva dos Tribunais de Contas. Outros organismos, igualmente, exercem
tal função, a exemplo, em nível federal, do Ministério do Planejamento e da
Controladoria Geral da União.
Alternativa ³C´: a existência de órgãos de controle interno é uma exigência da
Constituição Federal, devendo ser, portanto, de observância compulsória pelos
Estados-membros. Vide art. 74 da CF.
Alternativa ³E´: a prestação de contas aos Tribunais de Contas não se restringe
às autoridades aqui relacionadas. Conforme parágrafo único do art. 70 da CF, o
universo é bem mais abrangente, alcançando, inclusive, a iniciativa privada, desde que,
é evidente, guarde, gerencie, aplique, ou administre recursos públicos.
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!()#* !+ #!(,!# !-. 
a) autorizadas por Decreto.
b) autorizadas somente por Lei específica.
c) realizadas somente através de contratos.
d) autorizadas por Lei, podendo a autorização estar contida na própria lei
orçamentária
e) autorizadas somente na lei orçamentária.
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+ /. Vide artigo 165, § 8º, da Constituição Federal.
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#3/#!"#!. 
a) receita não prevista no orçamento, por lapso.
b) como receita extraordinária
c) como receita extra-orçamentária
d) como receita orçamentária
e) como receita vinculada
 !.
+ /. O Estado, em dadas situações, arrecada recursos que, em última
análise, não lhe pertence. Dessa forma, detém a ` dos valores mas não sua
 

. A titularidade pertence, portanto, a ente diverso do Po der Público. É o
caso dos valores recebidos a título de depósito judicial realizado para garantir a
interposição de um recurso. Nesta mesma categoria se enquadram, ainda, as
cauções feitas em dinheiro por um eventual licitante para a garantia de seu
contrato bem como as antecipações de receitas orçamentárias (ARO¶s), dentre
outros.
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!()#* !+ #!(,!# !,#!"#!! 
## !.
a) de Capital
b) Correntes
c) eventuais
d) extraordinárias
e) extra-orçamentárias.
 !.
+ /. As operações de crédito por antecipação de receita orçamentária,
por decorrerem de empréstimos de curto prazo tomados, classificam -se como
receita extra-orçamentária em razão de o Poder Público não dispor de seu
domínio, mas tão-somente de sua posse, conforme discorremos na questão
anterior. Essa categoria de receita está disciplinada no art. 38 da Lei
Complementar nº 101/2000.

 
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+!$!#!F!!#!+G$  
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a) inclusão da contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de
previdência.
b) exclusão das parcelas entregues ao Município por determinação constitucional.
c) inclusão das parcelas entregues ao Município por determinação constitucional.
d) exclusão das receitas patrimoniais.
e) exclusão das receitas industriais.
9!$!  K C
+ / K Os Municípios, por determinação constitucional, têm direito a uma
parcela dos recursos tributários arre cadados pela União e pelos Estados. Esse
³rateio´ dos recursos está previsto nos arts. 157 a 169 da Constituição Federal, ao
disciplinar a repartição das receitas tributárias. Para fins de cálculo da receita
corrente líquida, que servirá de parâmetro para o estabelecimento do limite com
despesa de pessoal, as parcelas entregues aos Municípios, por determinação
constitucional, deverão ser a ela  
. Em compensação, deverão ser



no cálculo do ente federa tivo que fizer a transferência dos recursos,
conforme determina o art. 2º, IV, ³a´ e ³b´, da LC nº 101/2000.

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Administrativo.doc
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+!!! +! -!# !. 
a) Ao Judiciário, face ao princípio da separação dos poderes, não há como examinar o mérito do
ato
administrativo discricionário.
b) O mérito do ato administrativo discricionário, o qual reflete a conveniência e oportunidade de
sua
edição, é fato que depende exclusivamente do móvel do administrador público.
c) Só cabe ao Judiciário examinar o motivo legal, abstrato, p ois a situação material, suporte do ato
administrativo discricionário, depende dos critérios de conveniência e oportunidade elegidos pela
Administração.
d) A discricionariedade representa à Administração certa margem de liberdade por ocasião da
prática
do ato administrativo discricionário, que deve respeitar critérios de legalidade e legitimidade, o
que,
em não acontecendo, pode justificar seu exame pelo Judiciário.
e) A margem de liberdade para decidir em casos concretos é necessária à Administração,
limitandose
exclusivamente pelo sistema legal.
9

.
 +! -!LM
+ /.
'!!. O mérito do ato administrativo discricionário, segundo Hely Lopes
Meirelles, consubstanciase
na valorização dos motivos e escolha do objeto do ato a cargo da
Administração que o pratica. Por outro lado, o princípio da separação dos poderes não se constitui
em empecilho para que o Judiciário examine o mérito do ato administrativo. Esse exame sempre
será possível desde que presentes o abuso ou desvio de poder. '!!. O mérito do ato
administrativo independe do móvel do administrador público. Este, na lição de Celso Antônio
Bandeira de Melo, corresponde ao  4 4  com que o administrador público realiza as
ações a seu cargo. É a   do agente pú blico na gestão dos negócios públicos. '!!.
O
controle da legalidade do ato administrativo a cargo do Judiciário é realizado em duas frentesK
tanto
sob o ponto de vista da materialidade do ato, isto é, da verificação da existência ou não, no mundo
real, da ocorrência da situação que gerou a prática do ato; quanto à correspondência desta
situação
com o motivo previsto na norma legal. Com efeito, a crítica das autoridades judiciárias não se
limita
ao exame da situação abstrata, prevista na norma legal, mas vai além, adentrando no suporte
material do ato. ' !. De fato, tanto o sistema legal quanto critérios de legitimidade limitam o
grau de conveniência e oportunidade na prática dos atos administrativos discricionários. Vide
comentários à alternati va seguinte. '!!. A margem de liberdade da Administração para
decidir não é limitada exclusivamente pelo sistema legal. ambém critérios de legitimidade limitam
sua margem de liberdade. Isto ocorrerá quando a situação prevista na norma legal ± motivo legal
±
for descrita de uma maneira insuscetível de ser reduzida a uma objetividade absoluta ensejando,
da
parte do administração pública, quando da prática do ato, uma carga valorativa substancial. ExK
admitamos o seguinte dispositivo legalK ³é proibido comportamentos públicos atentatórios à moral´.
Com efeito, diante de uma situação concreta, caberá ao gestor público classificar se uma data
conduta se enquadra ou não na hipótese legal de imoralidade. Nesse caso, outros parâmetros,
que
não a lei, servirã o de limites à valoração realizada pelo agente público, a exemplo dos `

 4 . Há, pois, nessas hipóteses, uma indeterminação normativa suscitadora da
valoração tomada a efeito pelo agente público. Por outro lado, a margem de liberdade d a
Administração para decidir diante de uma situação concreta poderá ser ³zero´, a exemplo da
aposentadoria compulsória aos 70 anos de idade. Nessa hipótese, a liberdade da Administração é
limitada pelo sistema legal.


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