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HISTÓRICA
RESUMO
O presente trabalho é uma tentativa de resgatar o significado do conceito de
marginalidade, pobreza e exclusão, percorrendo a sua evolução e
características históricas. Mais especificamente, procura-se mostrar que o
conceito de exclusão social, faz referência aos mesmos problemas que a
noção de marginalidade fazia nas primeira décadas do século XX : a
desintegração social e a discriminação de pessoas e grupos, produto do modo
de produção capitalista, com uma diferencia importante, é um conceito
relacional adequado ao estudo das mudanças econômicas e sociais do mundo
ocidental neste século.
1. Considerações preliminares
Sem embargo, a Park lhe resulta mais atrativa, por referir-se a uma
grande diversidade de fatos e permitir a explicação de um maior número de
situações, o que ele denomina “teoria catastrófica da civilização” que teria suas
origens no pensamento de Hume, na Inglaterra e Turgot, na França. Segundo
tal teoria, mais importante que as raças e a manutenção de suas
características, é o contraste, fusão, incluso o antagonismo entre elas.
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4. A noção de pobreza
não era o conteúdo do conceito mas quem o define, propondo-se, para esse
efeito, a participação ativa dos próprios pobres.
Nesse sentido, a pobreza começa pela não participação, pelo que os
aspectos mais relevantes, segundo esta abordagem, serão necessariamente a
falta de dignidade, de auto-estima, de segurança e de justiça, que impedem a
participação, para além do acesso à saúde e a uma vida social, mais do que a
um rendimento.
É neste contexto mais amplo que o conceito de exclusão social tem vindo
a ganhar importância, relativamente à definição de pobreza.
países ricos, mas especialmente, nos países de terceiro mundo. De tal modo,
que na década de 1990, começam a manifestarem-se novos fenômenos que
exigem novos conceitos para identificá-los. Os termos “marginal” e “nova
pobreza” vão ser os dois mais utilizados no contexto europeu.
Aspectos de
Pobreza Exclusão social
diferenciação
Situação É um estado É um processo
Caráter básico Pessoal Estrutural
Sujeitos afetados Indivíduos Grupos sociais
Basicamente Multidimensional (aspectos
Dimensões unidimensional laborais,econômicos, sociais,
(Carências econômicas) culturais)
Sociedades industriais Sociedades pós-industrais e/ou
Âmbito histórico
(ou tradicionais) tecnológicas avançadas
Enfoque analítico
Sociologia do desvio Sociologia do conflito
aplicado
Variáveis
Culturais e econômicas Laborais
fundamentais
Tendências sociais
Pauperização Dualismo social
associadas
Riscos agregados Marginalização social Crise dos vínculos sociais
Dimensões pessoais Fracasso, passividade Desafiliação, ressentimento
Evolução Residual, estática Em expansão. Dinâmica
Distâncias sociais Acima - abaixo Dentro-fora
Variáveis ideológico- Liberalismo não
Neoliberalismo desregulador
políticas que influem assistencial
Nos anos 70, o conceito de pobreza relativa passa a figurar como medida
para identificar qual a « posição social » do pobre vis-a-vis o padrão médio de
consumo da população como um todo. É pobre relativamente ao conjunto da
população quem se situa abaixo desse padrão médio de consumo, tanto na
renda, quanto no acesso a bens e serviços. Passa-se de uma abordagem
centrada exclusivamente na renda para um enfoque mais amplo, o da falta de
recursos. A pobreza (a intensidade da pobreza) passa a ser calculada com
base numa medida de desigualdade (LAVINAS, 2002).
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portanto, não das pessoas componentes do chamado Quarto Mundo, mas das
pessoas que nunca vivenciaram condições de carência material em toda sua
vida.
econômicas, também nos bairros de moradia, nos clubes que freqüentam, nas
redes de amigos forjadas nas instituições que estudaram, etc. Encontram-se
muito protegidos de qualquer risco.
REFERÊNCIAS BILBIOGRÁFICAS
Lenoir, R. Les exclus, un Français sur dix». Ed. du Seuil, París. 1974.
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