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Os transportes são efetuados por via terrestre, aérea, aquáticas ou especiais, utilizando
veículos e procedimentos adequados a cada via, constituindo cada conjunto de vias, veículos e
normas de circulação uma modalidade de transporte.
1.1.1. Modalidades
Vias arteriais (inclusive vias expressas): alto nível de mobilidade para grandes volumes de
trafego, com restrições para os acessos.
Vias coletoras: com funções de mobilidade e acesso.
Vias locais: com função de acesso, restringindo a mobilidade.
Classe Especial ou classe 0: vias expressas (pista dupla), com controle total dos acessos.
Classe I A: vias de pista dupla, com controle parcial dos acessos.
Classe I B; vias de pista simples com controle parcial de acessos de volume horário (Vh)
acima de 200 veículos/hora ou volumes diários médios (VDM) acima de 1400 veículos/dia (v/d)
no 10o. ano.
Classe II: pista simples com VDM entre 700 e 1400 v/d no 10 o. ano.
Classe III: pista simples com VDM entre 300 e 700 v/d no 10 o. ano.
Classe IV A: pista simples com VDM entre 50 e 200 v/d no ano de abertura ao trafego.
Classe IV B: pista simples com VDM menor de 50 v/d no ano de abertura.
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Tabela 1.1. Características geométricas de novas estradas (fonte: DNIT):
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1.1.6. Planos de viação:
Plano nacional de viação: relaciona as rodovias, ferrovias, portos e aeroportos sob jurisdição
federal, atendendo principalmente ao transporte internacional ou interestadual. Classifica as
estradas de rodagem ou de ferro segundo a sua orientação geográfica em estradas:
a) radiais: partem da capital ou sede em direção a pontos extremos (litoral, fronteira ou
divisa).
b) longitudinais: apresentam a direção norte – sul.
c) transversais: orientam-se na direção leste – oeste.
d) diagonais: situam-se nas direções nordeste – sudoeste ou noroeste – sudeste.
e) ligação: ramal destinado a ligar pontos entre estradas, litoral, fronteira ou divisa,
instalações turísticas ou militares e áreas populacionais ou industriais.
As estradas federais, estaduais e municipais têm a sua nomenclatura oficial segundo as normas
preconizadas pelo plano nacional de viação, à exceção das rodovias estaduais de São Paulo.
As rodovias apresentam uma sigla com duas letras maiúsculas - identificando o país (BR) ou
estado (SC), ou com três letras – identificando o município, seguido de três algarismos: a centena
identifica a orientação geográfica (centena 0 para as radiais; 1 nas longitudinais; 2 – transversais; 3
– diagonais e centena 4 para as ligações), a dezena e a unidade seguem uma numeração crescente
em determinadas direções. Exemplos: BR-101, SC-470.
As ferrovias adotam a sigla EF seguindo-se três algarismos identificando a orientação
geográfica, ex.: EF-116.
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1.2 Projetos componentes do estudo da estrada:
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Os elementos das seções transversais das ferrovias que tem denominações ou conceitos
diferentes das rodovias são: pista - parte da plataforma que suporta o lastro; banqueta - larguras
laterais ao leito; entrevia - espaço entre duas vias paralelas.
As seções transversais são projetadas de acordo com os abaulamentos (inclinações transversais
na pista, do eixo para os bordos) nas tangentes, e superelevações (inclinações transversais na pista,
do bordo externo para o bordo interno) e superlarguras (acréscimo de largura da pista) necessários
nas tangentes e curvas horizontais do traçado.
A etapa final do projeto geométrico consiste na locação do traçado, ou seja, transpor para o
terreno com aparelhagem topográfica o projeto elaborado, com as amarrações dos pontos
importantes e com referencias de nível e de coordenadas ao longo do trecho.
Compreende três etapas: estudo geológico geral, consistindo na verificação da geologia por
levantamento bibliográfico e algumas observações de campo objetivando definir possíveis opções
geológicas; estudo geológico regional, com investigação da faixa do traçado através de
fotointerpretação e reconhecimento de campo; e estudo geológico local, com informações
horizontais e verticais por meio de fotointerpretação, investigação de campo e sondagens. Obtêm-
se volumes disponíveis em jazidas e as classificações por categoria e tipo de solo, com indicações
de taludes para cortes e aterros e remoções.
Objetiva obter elementos que possibilitem analises de obras de arte existentes e as necessárias
ao longo do trecho em vista da determinação das descargas afluentes. Consistem em caracterizar o
comportamento pluviométrico, as áreas das bacias de captação, o tempo de recorrências
(usualmente 5 ou 10 anos para drenagem superficial, 10 anos para bueiros como canal e 20 ou 25
anos como orifício, e 50 anos para pontes), o tempo de concentração da bacia e estimativas de
vazão em cada obra de arte para se conhecer a seção útil necessária.
As seções transversais são utilizadas para o cálculo das áreas das seções transversais e através
destas ao cálculo dos volumes de escavação, aterro, empréstimos, refugos e remoções. O projeto
de terraplanagem busca definir a localização e distribuição dos volumes em conformidade com os
projetos geotécnicos e geométricos, compreendendo notas de serviço de terraplanagem nas seções
correspondentes a cada estaca (a cada comprimento de 20,00 metros) do projeto; quadros de
origem e destino, com volumes envolvidos em cada intervalo, distâncias e momentos de
transporte.
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Através das sondagens realizadas classificam-se os materiais a serem escavados por categoria
(1 - solos escavados por lamina; 2 ª - solos escarificados ou com presença de matacos; ou 3 ª -
ª
O leito da estrada poderá ser natural (simples abertura), revestido com saibro ou pavimentado
com lajotas, paralelepípedos, briquetes, concreto de cimento, materiais asfálticos como tratamento
superficial, pré-misturados a quente ou a frio, concreto asfáltico ou lama asfáltica. O projeto de
pavimentação determinará o dimensionamento (larguras e espessuras), materiais e a seção tipo de
pavimentação.
Prevê a execução de sarjetas, valetas, meios-fios, descidas de água, drenos profundas, saídas
de dreno, banquetas de condução, travessia sobre sarjetas, galerias pluviais e de esgotos.
Estabelece os locais necessários, a vista do projeto geométrico, bem como os materiais e
dimensões, e as necessidades de escavação de valas classificadas por categoria.
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1.2.9. Projeto de obras complementares:
Os cruzamentos ou junções com outras vias necessitam ser estudadas quanto ao volume de
trafego para compatibilizar com a capacidade da interseção. Em interseções em nível, o numero de
faixas; faixas de conversão; faixas de aceleração e desaceleração; dispositivos físicos como
canalizadores, rótulas ou ilhas; sinalização e semáforos são opções para o projeto da interseção.
Quando o volume de trafego exceder a capacidade da interseção em nível, ou uma das vias é uma
via expressa, projeta-se uma interseção em desnível tipo trevo ou diamante.
Ao largo do traçado busca-se identificar a situação do meio ambiente nos seus componentes
físicos (relevo, hidrografia), bióticos (florestas, capoeiras, fauna) e antrópicos (construções,
cultivos) passíveis de receberem impactos ambientais, com a definição de medidas preventivas ou
mitigadoras dos impactos. O estudo de impacto ambiental e o relat6rio de impacto no meio
ambiente – EIA/RIMA são obrigat6rios nos projetos de estradas conforme estabelece a legislação
federal sobre o meio ambiente. A legislação estabelece ainda as áreas de preservação permanente e
os parques e reservas a serem protegidos.
1.2.13. Orçamento:
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1.2.14. Viabilidade técnica econômica:
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2. PROJETO GEOMÉTRICO EM PLANTA:
2.1.1 Reconhecimento:
2.1.2 Exploração:
Exemplo 2.1: Conhecidas as coordenadas cartesianas leste e norte dos pontos A (1000; 4000),
B (6000; 6000) e C (12000; 3000), quais as distancias AB e BC, os azimutes AB e BC e a
deflexão entre as retas AB e BC?
As tangentes são concordadas com curvas circulares simples, curvas circulares compostas sem
transição ou curvas circulares com transição.
2.2.1 Estaqueamento:
Exemplo 2.3: Considerando o ponto A do exemplo 1 como OPP, qual a estaca do ponto B?
Solução: Como a distancia AB é 5385,165 m, estaca B = 269 + 5,165 m.
Exemplo 2.4: Qual a distancia entre os pontos P = 122 + 12,50m e Q = 209 + 0,00m ?
Solução: 1727,5 m.
2.3.1. Introdução
O DNIT estabelece para os raios mínimos de curvas circulares simples os raios constantes da
tabela 2.1.
Tabela 2.1. Raios mínimos de curva que dispensam curvas de transição: curvas circulares
simples:
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2.3.3. Formulário para curvas circulares simples:
T = R . tan ( / 2)
E = T . tan ( / 4 )
G = 180 . c / ( . R ) ou
G = 2 . arc sen [ c / ( 2 . R ) ] ou
G= c. /D
d=G/2
dm = d / c
dP = LP . dm
As estacas dos pontos PC e PT, quando conhecida a estaca de PI, determinam-se por:
[ Estaca PC ] = [estaca PI ] – [ T ]
[ Estaca PT ] = [estaca PC ] + [ D ]
A curva será medida por meio de segmentos retos ou cordas. Para que a corda exprima o
comprimento do arco sem erro significativo, os comprimentos máximos desta corda, em função do
raio da curva circular, podem ser os apresentados na tabela 2.2.
Para R 600 m c = 20 m
Para 600 > R 100 m c = 10 m
Para 100 > R 25 m c=5m
Para R < 25 m c=2m
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Exemplo 2.5: Considere o ponto A, do exemplo 1, como OPP do traçado, e o ponto B o PI
localizado na estaca = 269 + 5,165 m, com a deflexão = 48 o 21’ 59”. Qual o desenvolvimento,
tangente, grau da curva, espaçamento e as estacas dos pontos PC e PT, para um raio de
concordância circular R de 200 m?
Solução: = 48 o 21’ 59” = 48,366389 o
D = 2 . . 200 . 48,366389 / 360 = 168,830 m
T = 200 . tg (48 o 21’ 59” /2) = 89,81 m
G = 2,8648 o
Estaca PC = [ 269 + 5,165m ] – 89,81m = 264 + 15,355m
Estaca PT = [264 + 15,355m ] + 168,83m = 273 + 4,185m
E = 19,24 m
Atualmente, com o emprego de estação total, pode-se locar varias curvas a partir de um
mesmo ponto, dentro ou fora do traçado, com ampla visibilidade do trecho a ser locado, através
das medidas das coordenadas dos diversos pontos que compõem as tangentes e as curvas de
concordância.
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2.4. Curvas circulares compostas:
As curvas circulares compostas sem transição são utilizadas em terrenos montanhosos, onde
uma sucessão de curvas simples é necessária para adequar o traçado da via a topografia do terreno,
ou em alças de interseções. O ponto de contato entre duas curvas circulares sucessivas denomina -
se PCC.
= a+ b
Exemplo 2.9. Para Ta=124,12m, Tb=142,79m, a = 25º e b = 37º, determine: Ra, Rb,
Da, Db, Ga, Gb.
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Os pontos principais são: PI, PC, PCC e PT. Conhecido a estaca de PI, obtém-se a estaca dos
demais pontos pelas distancias entre si:
Estaca de PC = estaca PI – Ta
Estaca de PCC = estaca PC + Da
Estaca de PT = estaca PCC + Db.
Exemplo 2.10: Determine Ta, Tb, Da, Db, Dc, Ga, Gb e Gc para a concordância composta
pelos raios Ra = Rc = 55m, Rb = 20m, a = c = 18,97º , b =52,07 Ra = Rc = 55m, Rb = 20m,
a = c = 18,97º , b =52,07º .
2.5. Superelevação
Na curva o veiculo e os passageiros ficam sujeitos aos efeitos das forças centrífugas que
atuam transversalmente ao eixo no sentido de dentro para fora da curva.
Nas rodovias, parte do efeito destas forças centrifugas nas curvas é absorvida pelo atrito
entre pista e pneus do veiculo. Outra parte é contrabalançada pela superelevação, que é a
declividade transversal da pista proporcionada por uma cota superior do bordo externo da pista em
relação ao bordo interno.
O Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes – DNIT, utiliza a seguinte
expressão para o cálculo da superelevação (SE) em uma curva de raio R, em função do raio
mínimo com transição (Rmin) e da superelevação máxima (SEMAX) estipulado para a velocidade
diretriz da rodovia:
No calculo de SE se utiliza o raio mínimo com transição mesmo quando o raio R dispensar
a transição.
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Exemplo 2.12: Qual a superelevação a ser utilizada na concordância de raio R = 593,20 m
em uma rodovia classe III com velocidade diretriz 80 km/h?
Solução: SEMAX = 8%
Rmin = 230 m (com transição espiral)
SE = 0,05 = 5%
2.6. Superlargura
Nos trechos em curva, os veículos ocupam fisicamente espaços laterais maiores que na
tangente, e devido a um efeito visual causado pela perspectiva, há uma aparência de estreitamento
da pista à frente, causando uma sensação de confinamento.
Para compensar estes fatores, os trechos em curva podem ser alargados, denominando-se
superlargura ( S L ) a diferença entre a largura na curva (LT ) e a largura na tangente (LN ).
A superlargura para pista simples com 2 faixas de trafego é obtida pelas expressões abaixo:
SL = LT – LN onde:
LT = 2 . ( GC + G L ) + GD + F sendo
GC = LV + R – ( R2 – E2 ) 0,5
GD = [ R2 + B ( 2 . E + B ) ] 0,5 – R
F = V / [ 10 . ( R ) 0,5 ]
LV = 2,60 m
B = 1,20 m
E = 6,10 m.
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Exemplo 2.14. Qual a superlargura a ser utilizada na concordância de raio R = 300 m em
uma rodovia classe III com velocidade diretriz 80 km/h?
a) 593,2 2 70 ond.
b) 593,2 3 80 plano
c) 300 2 70 ond.
d) 214,88 2 70 ond.
e) 300 2 100 plano
f) 300 2 50 mont
g) 593,2 3 60 ond.
h) 593,2 2 100 plano
i) 593,2 2 50 mont
j) 593,2 3 40 mont
l) 593,2 4A 80 plano
m) 1200 2 100 plano
n) 1200 1 80 ond.
o) 300 3 80 plano
Solução:
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2.6.2. Superlargura para pistas com 3 e 4 faixas de rolamento de trafego:
Se denominamos a superlargura para duas faixas de SL2, a superlargura para três faixas
como SL3 e para quatro faixas de SL4, obtemos as seguintes expressões:
2.8.1. Introdução:
Nas curvas de pequeno raio, há dificuldade do veiculo com certa velocidade passar da
tangente reta para a curva, e quando esta na curva também há dificuldade para voltar a tangente
reta. Por esta razão, intercala-se entre as tangentes retas e a curva circular de pequeno raio uma
curva de raio variável, chama da de curva de transição.
Quando as duas curvas de transição (na estrada e na saída da curva circular) tem ambas o
mesmo comprimento Lc, a concordancia é chamada simétrica ou simples, neste caso Lca=Lcb, e
quando as duas curvas de transição tem comprimentos diferentes é chamada assimétrica ou
composta, neste caso temos valores diferentes para LcA e LcB
A curva espiral, também denominada de clotoide, espiral de Van Leber, espiral de Cornu,
espiral de Euler ou Radioide aos arcos, é uma curva de raio variável ( ), cujo valor em um dado
ponto P é obtido pela relação entre uma constante (c) e o comprimento de curva (L) entre o inicio
da transição e o ponto P:
=c/L
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2.8.3. Tipos de transição:
Deflexão
Pontos PI, TS, SC, CS, ST
Raio R e Desenvolvimento D
Tangente TT
Comprimento de transição Lc
Ângulo central de transição e ângulo central circular
Coordenadas cartesianas de pontos da curva de transição: X e Y
O comprimento de transição Lc deve ser igual ou superior ao maior valor calculado pelos
critérios a seguir:
Lc = R / 9
Lc = [ V3 / ( 46,656 . C . R ) ] – [ ( SE . V ) / ( 0,367 . C ) ]
e C = 1,5 – 0,009 . V
Lc = K . LF . SE / rs
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Tabela 2.4. Valores de K
O comprimento de transição Lc deve ser igual ou inferior aos valores obtidos pelos
critérios a seguir:
Lc = R
Lc = 2,2 . V
Exemplo 2.16: Qual o comprimento de transição para uma rodovia classe II terreno
ondulado, com velocidade diretriz V= 70 km/h, raio R = 300 m?
Então: Lc 42,09 m.
Então: Lc 154,00 m.
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2.8.7. Cálculo dos ângulos centrais de transição entre o ponto TS e um ponto P da
espiral situado a uma distancia LP de TS:
= – A – B
D=2 R / 360
para X, Y, L e m, e em radianos.
TTA = KA + [ ( R + pA ) tg ( / 2 ) ] + [ ( pB – pA ) / sen ]
TTB = KB + [ ( R + pB ) tg ( / 2 ) ] – [ ( pB – pA ) / sen ]
sendo: KA = YA – R sen A
pA = XA – R ( 1 – cos A )
KB = Y B – R sen B
PB = XB – R ( 1 – cos B )
Estaca TS = estaca PI - TT
Estaca SC = estaca TS + Lc
Estaca CS = estaca SC + D
Estaca ST = estaca CS + Lc
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2.8.13 Locação da espiral em relação à tangente em um ponto A (qualquer) da espiral
(teodolito em um ponto A, qualquer, da espiral):
dAV = arc tg [ ( XV – XA ) / (Y V – YA ) ] - A
jAR = A - R - dRA
2.8.14. Locação da curva espiral com deflexões a vante a partir da tangente na origem da
espiral (aparelho instalado no ponto TS ou ST):
dAV = arc tg ( XV / Y V )
Exemplo 2.17: Qual o ângulo central total de transição, o ângulo central circular,
desenvolvimento circular, coordenadas cartesianas do ponto SC e a tangente da transição, para
uma rodovia classe II terreno ondulado, com velocidade diretriz V= 70 km/h, raio R = 300 m, PI
localizado na estaca = 269 + 5,165 m, com a deflexão = 48 o 21’ 59” e comprimento de transição
(conforme exemplo 2.13) adotado como LcA= LcB = 50 m ?
Exemplo 2.18: Quais as estacas dos pontos TS, SC, CS e ST do exemplo anterior?
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Solução: Tratando-se de curva espiral simétrica, a planilha será idêntica para as espirais
entre TS e SC e entre ST e CS:
Solução:
Ponto Estaca int. Estaca frac. distância (m) deflexão (graus)
SC 263 15,29 0 0
1 264 5,29 10 0,954910
2 264 15,29 20 1,909820
3 265 5,29 30 2,864730
4 265 15,29 40 3,819640
5 266 5,29 50 4,774550
6 266 15,29 60 5,729460
7 267 5,29 70 6,684370
8 267 15,29 80 7,639280
9 268 5,29 90 8,594190
10 268 15,29 100 9,549100
11 269 5,29 110 10,504010
12 269 15,29 120 11,458920
13 270 5,29 130 12,413830
14 270 15,29 140 13,368739
15 271 5,29 150 14,323649
16 271 15,29 160 15,278559
17 272 5,29 170 16,233469
18 272 15,29 180 17,188379
19 273 5,29 190 18,143289
20 273 15,29 200 19,098199
CS 273 18,54 203,25 19,408545
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Exemplo 2.21. Determine a locação da curva espiral do exemplo 2.14 para aparelho
instalado nos pontos 1, 2, 3, 4 ou 5 da curva espiral.
Solução:
PONTO ANGULO COORDENADAS Aparelho em zero Aparelho no Aparelho no
ponto 1 ponto 2
y x Deflexão Deflexão Deflexão Deflexão Deflexão Deflexão
rd (m) (m) rd graus rd graus rd graus
0 =TS ou ST 0 0 0 xxxxxx xxxxxx 0,00222 0,12732 0,008889 0,5093
1 0,003333 9,999988 0,011111 0,001111 0,06366 xxxxx xxxxx 0,00556 0,31831
2 0,013333 19,999644 0,0888877 0,0044444 0,25465 0,00444 0,25465 xxxxx xxxxx
3 0,030000 29,997300 0,2999807 0,0099999 0,57295 0,01111 0,63662 0,00778 0,44563
4 0,053333 39,988623 0,7109666 0,0177773 1,01857 0,02 1,1459 0,01778 1,01859
5 =SC ou CS 0,083333 49,965288 1,3882001 0,0277761 1,59146 0,03111 1,78248 0,03 1,71885
Exemplo 2.22. Determine as tangentes T TA e TTB para transição assimétrica com LcA = 50,00
m, LcB = 80,00 m, raio circular R = 300,00 m e = 48 o 21’ 59” .
Solução:
XA 1,3882 m
YA 49,9653 m
XB 3,5510 m
YB 79,8579 m
A 0,083333 4,774648 º
B rd
0,133333 7,639437 º
rd
KA 24,9942 m
KB 39,9763 m
PA 0,3471 m
PB 0,8883 m
TTA 160,5938
m
TTB 174,3707
m
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Exemplo 2.23. Qual o ângulo central e o desenvolvimento da curva circular intermediaria no
exemplo 2.19?
Solução: = 35,9523 graus. D= 188,25 m
Com o emprego de estação total, pode-se locar varias curvas a partir de um mesmo ponto,
dentro ou fora do traçado, com ampla visibilidade do trecho a ser locado, através das medidas
das coordenadas dos diversos pontos que compõem as tangentes e as curvas de concordância.
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3. DISTÂNCIA DE VISIBILIDADE
Dp = Do + Df
sendo: Do = 0,7 Ve
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3.2. Distância de visibilidade de parada dupla:
Distância necessária (Dd) para que dois carros parem quando ambos vêm em sentidos
contrários na mesma faixa de tráfego.
Dd = 2 . Dp
Distância necessária Du para um veiculo ultrapassar outro veiculo que se desloca a uma
velocidade inferior a velocidade de projeto da via. A distância Du é a soma das distâncias de
observação do em velocidade constante, da distância de passagem dp propriamente dita em
aceleração constante, da distância de segurança ds e da distância percorrida por um terceiro
veiculo que venha no sentido oposto dv:
Du = do + dp + ds + dc
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4. PROJETO EM PERFIL LONGITUDINAL
4.1. Introdução
O projeto em perfil é constituído por greides retos concordados 2 a 2 por curvas verticais
do tipo parábola do 2º grau.
Denominamos de greide o perfil resultante dos níveis de terraplenagem concluída, na
estrada projetada.
As curvas verticais podem ser:
quanto a concavidade: a) côncavas, quando ( i1 – i2 ) resulta valor negativo;
b) convexas, quando ( i1 – i2 ) for positivo.
quanto a simetria: a) simétricas (ou simples), quando a distância L1 entre PCV e PIV
é igual a distância L2 entre PIVe PTV.
b) assimétricas (ou compostas), quando a distância L1 (PCV-PIV)
for diferente de L2 (PIV a PTV).
4.3. Rampas
O valor da rampa longitudinal i entre dois PIVs, no greide reto, é obtido pela diferença
das cotas z1 e z2 dos PIVs, dividido pela distância horizontal d12 entre os PIVs.
i = ( z2 – z1 ) / d12
Exemplo 4.1. Qual a rampa situada entre o PIV1, de cota 54,75m e localizado na estaca
25 + 10,00m, e o PIV2 , de cota 58,13 m e localizado na estaca 38 + 10,00m?
Solução: i = 1,3 %.
f = [ ( i1 – i2 ) . x2 ] / ( 2 . L )
F = [( i1 – i2 ) . L ] / 8
Solução: a) f = 0,10 m.
b) F = 0,625 m.
c) f = 0,10 m.
Neste caso, a distância PCV-PIV (L1) e a distância PIV-PTV (L2) são diferentes. O
comprimento L da parábola será a soma de L1 e L2:
L = L1 + L2
F = L1 . L2 . ( i1 – i2 ) / 2 L
f1 = F . x12 / L1 2
f2 = F . x22 / L2 2
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4.7. Cálculo do comprimento mínimo da curva vertical convexa em rodovias:
quando Dp L:
para Dp L:
Lmin = 0,6 V
Solução: Dp = 113,5 m
b) Lmin = 48,00 m
Resultado: L 156,34 m
para Dp L:
para Dp L:
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b) pela velocidade diretriz V em km/h:
Lmin = 0,6 V
Solução: Dp = 113,5 m
b) Lmin = 48,00 m
30
Exemplo 4.7. Quais as cotas na rampa e as cotas da parábola nas estacas inteiras da curva
vertical do exemplo 4.6?
Solução:
Exemplo 4.8. Qual a cota vermelha na estaca 45 do exemplo 4.7, sabendo que a cota do
terreno no eixo projetado é 39,50 m?
Quando houver um ponto M de cota máxima ou mínima na curva vertical, este ponto pode
ser determinado pelas seguintes expressões:
Lo = i1 . L / ( i1 – i2 )
Yo = i12 . L / [ 2 . ( i1 – i2 ) ]
Solução: Lo = 96,00 m
Yo = 1,44 m
Estaca do ponto de ordenada máxima = 45 + 16,00 m.
Cota do ponto de ordenada máxima = 36,54 m.
Rv = L / ( i1 – i2 )
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Exemplo 4.10. Qual o raio mínimo da curva vertical do exemplo 4.6?
Solução: Rv = 3200 m.
Solução:
ponto estaca distância flecha cota cota
rampa curva
PCV 0 40 0 0,000 34,50 34,500
1 41 20 0,038 35,10 35,062
2 42 40 0,150 35,70 35,550
3 43 60 0,338 36,30 35,962
4 44 80 0,600 36,90 36,300
PIV 5 45 100 0,938 37,50 36,562
6 46 40 0,417 37,10 36,683
7 47 20 0,104 36,70 36,596
PTV 8 48 0 0,000 36,30 36,300
32
5. PROJETO DAS SEÇÕES TRANSVERSAIS
5.1. Introdução
No estudo das seções transversais são estabelecidas as dimensões das larguras e taludes,
permitindo obterem-se os quantitativos de terraplenagem, a partir do conhecimento das áreas,
volumes e distâncias de transporte.
- Seções em corte: todos os pontos da plataforma estão abaixo das cotas do terreno,
necessitando escavação.
- Seções em aterro: todos os pontos da plataforma estão acima das cotas do terreno,
necessitando aterro.
- Seções mistas: ocorrem pontos da plataforma abaixo e acima das cotas do terreno,
necessitando escavação e aterro.
A área de uma seção transversal pode ser obtida através dos seguintes processos: processo
mecânico (utilizando planímetros), processo gráfico (divisão da seção em figuras geométricas
conhecidas), processo analítico (formulário), processo matricial (coordenadas) ou processo
informatizado (softwares, como CAD, Topograph e outros).
A = { [ i . ( h + p . i ) 2 ] / [ i2 – t2 ] } – p2 . i
A=[i.(p.t h )2 ] / [ 2 . t . ( i – t ) ]
x1 x2 x3 x4 .............. xn x1
A = 1 .
2 y1 y2 y3 y4 .............. yn y1
que resulta:
A = ½ [ ( x1 y2 + x2 y3 + ...... + xn y1 ) – ( x2 y1 + x3 y2 + ...... + x1 yn ) ]
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Exemplo 5.1. Qual a área da seção formada pelos seguintes pontos:
A [ 0 ; 5 ], B [ 5 ; 0 ], C [ 15 ; 0,2 ], D [ 25 ; 0 ], E [ 35 ; 10 ], F [ 15 ; 8 ].
Exemplo 5.2. a) Qual a área da seção plena de aterro com as seguintes dimensões: cota
vermelha no eixo h = 3,00 m, declividade media do terreno t = 0,1 (10%), talude i = 1,5:1 e a
semiplataforma p = 7,00 m? b) Qual a área da seção mista com cota vermelha h de aterro em
0,5 m, declividade media do terreno t = 0,2, semi-plataformas de 8m em direção ao corte e de
7 m em direção ao aterro, talude de corte 1:1 e talude de aterro 1:1,5?
Solução: a) A = 48,54 m2
para K entre 1,05 a 1,10. Para perdas de 10%, diferenças de densidades de 10% e sobra
para eventuais serviços adicionais de 10%, Fh pode atingir 1,30.
A partir das áreas de cada seção transversal, o volume entre duas seções pode ser obtido
através da media da área das duas seções multiplicado pela distância entre as seções, ou através
da soma destas duas áreas multiplicado pela semi-distância entre elas:
V12 = ( A1 + A2 ) . d / 2
O volume de corte (ou aterro) total ao longo do trecho será o somatório de todos os
volumes de corte (ou aterro) encontrados entre as seções:
Os volumes de aterro, em função da densidade e das perdas, são multiplicados pelo fator
de homogeneização, para se obter o volume equivalente de corte.
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Quando se tem volumes de corte e aterro na mesma estaca, só será transportada a
diferença entre ambos os volumes. O volume que não recebe transporte longitudinal é
denominado de volume lateral.
Exemplo 5.3. Para as áreas obtidas nas estacas conforme planilha abaixo determine os
volumes parciais em cada segmento, os volumes totais de corte e aterro homogeneizado no
trecho e os volumes acumulados para cada ponto da planilha.
Dados: Solução:
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Solução:
2500
2000
1500
1000
500
10
11
12
6
12+10
5+15
-500
-1000
-1500
São trechos onde ocorre aproveitamento dos volumes de corte para os volumes de aterro
homogeneizado.
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6. PROJETO DA TERRAPLENAGEM
6.1. Introdução
São desenvolvidas em três etapas: a primeira, durante os estudos iniciais do projeto, outra,
no desenvolvimento dos anteprojetos ou projetos básicos, e a última etapa na fase do projeto
final ou projeto executivo. Na fase de estudos iniciais, buscam-se informações bibliográficas
ou documentadas acerca dos materiais e geologia da região, e prepara-se o plano de sondagem
preliminar.
Por ocasião do desenvolvimento dos anteprojetos, realizam-se levantamentos de campo e
estudos em laboratório para identificação dos materiais do terreno, das jazidas de empréstimos e
pedreiras. Os materiais são identificados através de furos de sondagens executados a intervalos
de 1.000 m, com profundidade suficiente para ultrapassar em 1 m o greide de terraplenagem. Nas
jazidas, realizam-se de 5 a 8 furos, sendo 4 furos na periferia da jazida, para determinar a sua
área, e de 1 a 4 furos no centro para verificar a homogeneidade do material. Nas pedreiras,
coletam-se pedras soltas como amostra.
Na fase de projeto final, repetem-se os estudos dos materiais com mais precisão. Os
materiais do terreno são sondados a cada 100 m, nas jazidas os furos de sondagem são
executados com espaçamento máximo longitudinal e transversal de 30m e as pedreiras
(utilizadas na pavimentação) são caracterizadas através de testemunhos de três sondagens
rotativas.
Ao final do trabalho, tem-se identificados os materiais de construção aproveitáveis e
inaproveitáveis, e a localização e volumes disponíveis nas jazidas de empréstimo e em pedreiras.
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7. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
1. ADLER, Hans A. Avaliação econômica dos projetos de transporte. Rio de Janeiro. LTC. 1978.
2. BRINA, Helvécio L. Estradas de Ferro. Belo Horizonte. UFMG.1988.
3. CAMPOS, Raphael A. Projetos de Estradas. São Paulo. USP. 1978.
4. CARVALHO, Manoel P. Curso de estradas. Rio de Janeiro. Científica. 1967.
5. COMASTRI e CARVALHO. Estradas: traçado geométrico. Viçosa. UFV. 1996
6. DER/SC. Especificações gerais para obras rodoviárias. Florianópolis. 1992.
7. DNER. Diretrizes básicas para elaboração de estudos e projetos rodoviários. Rio de Janeiro. 1999.
8. _________. Manual de implantação básica. Rio de Janeiro. 1996.
9. _________. Manual de projeto de rodovias rurais. Rio de Janeiro. 1999.
10. FIGEIRA. Estudo e concepção de estradas. Coimbra. Almedina. 1984
11. FRAENKEL, Benjamin. Engenharia Rodoviária. Rio de Janeiro. Guanabara Dois. 1980.
12. INSTITUTO PANAMERICANO DE CARRETERAS. Manual internacional de conservação
rodoviária. IPC. 1982.
13. INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLOGICAS. Estradas vicinais de terra. São Paulo. IPT. 1985.
14. LEE, Shu et al. Introdução ao projeto geométrico de estradas. Florianópolis. UFSC. 2000.
15. LIMA, ROHM, BUENO. Tópicos em estradas. Viçosa. UFV. 1985.
16. PIMENTA, Carlos R. T. Projeto de estradas. São Carlos. EESC. 1981.
17. PONTES FILHO, Glauco. Estradas de Rodagem: projeto geométrico. São Carlos. 1998.
18. PORTO, Telmo F. A. Projeto geométrico de rodovias. São Paulo. T. A. Queiroz. 1989.
19. SENÇO, Wlastermiler. Estradas de Rodagem: projeto. São Paulo. Grêmio Politécnico. 1975.
20. SENÇO. Wlastermiler. Manual de técnicas de pavimentação. São Paulo. Pini. Vol I. 1997.
21. SILVA, Ricardo S. O. Projeto geométrico de vias urbanas. Brasília. EBTU. 1985.
22. VIEIRA, Jair Lot. Licitações e contratos na administração publica : lei n. 8.666, de 21 de junho de
1993, de acordo com a republicação do DOU de de 6 de julho de 1994. 9.ed. São Paulo. EDIPRO.
1994.
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