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MONÓTONO
REPETITIVO
ÍNDICE
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INTRODUÇÃO ..................................................................................... 3
1. TRABALHO REPETITIVO ................................................................ 4
2. TRABALHO MONÓTONO / MONOTONIA NO TRABALHO .... 4
3. CAUSAS DO TRABALHO MONÓTONO ........................................ 5
3.1. FACTORES EXTERNOS .................................................................... 5
3.2. FACTORES INTERNOS ..................................................................... 6
4. EFEITOS PSICOLÓGICOS DO TRABALHO MONÓTONO E
6
REPETITIVO ........................................................................................
5. LESÕES PROVOCADAS POR MOVIMENTO REPETITIVO ..... 8
6. IMPACTO NO MUNDO LABORAL/SOCIAL DESTAS LESÕES 8
7. LESÕES POR ESFORÇOS REPETITIVOS (LER) ......................... 10
8. DOENÇAS QUE PODEM SER DESENCADEADAS OU
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AGRAVADAS POR ESFORÇO REPETITIVO ...............................
9. DESCRIÇÃO DE ALGUMAS DOENÇAS ........................................ 12
10. CLASSIFICAÇÃO DAS LER ............................................................. 17
11. COMO PREVENIR AS LER ............................................................... 20
12. A GINÁSTICA LABORAL ................................................................. 23
CONCLUSÃO ....................................................................................... 29
BIBLIOGRAFIA ................................................................................... 31
INTRODUÇÃO
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aconselhava períodos de repouso no trabalho, exercício e posturas
1. TRABALHO REPETITIVO
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Isto acontece em muitas profissões dos mais variados tipos de
actividade. Por exemplo, uma empregada de caixa executa durante a
maior parte do dia a mesma sequência de movimentos: estende a mão
para um produto, segura-o, levanta-o, fá-lo deslizar diante do leitor
óptico e larga-o. Esta sequência de movimentos repete-se para cada
produto.
Os movimentos definem-se repetitivos não apenas quando são
exactamente os mesmos mas também quando são semelhantes e
solicitam mais ou menos do mesmo modo os mesmos músculos e os
mesmos nervos.
Este tipo de trabalho leva a que as pessoas estejam perante situações
de trabalho demasiado uniformes em que existe pouca variedade e que
para agravar a situação muitos deles nem sequer apresentam estímulos
ou então muito poucos.
Todas estas situações levam a que os organismos humanos reagem sob
a forma de monotonia.
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fadiga ou monotonia, o que leva a uma diminuição de vigilância e a
uma diminuição da precisão da condução. Isto é acentuado se for
durante a noite e nos auto-estradas.
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3.2. FACTORES INTERNOS
- O cansaço;
- O trabalho nocturno, quando o trabalhador não se encontra
adaptado a esse turno;
- A falta de motivação;
- Pessoas com capacidades intelectuais para outro tipo de
trabalho;
- Pessoas que têm prazer com a actividade e com o rendimento no
trabalho.
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- A saturação; uma pessoa quando se encontra num estado de
saturação (entende-se um estado de excitação e de rejeição da
actividade que provoca a monotonia), apresenta-se como um
estado de “deixar andar” chegando a tratar-se de um estado de
conflito interior, opondo o “dever de trabalhar” e o “desejo de
parar de trabalhar”, devido a este conflito, as pessoas
apresentam uma tensão interna cada vez maior.
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paratendite, afecção cérvico-braquial, paritendinite, epicondilite. Estas
afecções são designadas geralmente por “LER”. Todas as
perturbações causadas por LER dizem respeito a afecções dos
músculos, tendões, tecidos conjuntivos e ligamentos, incluindo os
nervos correspondentes.
Podemos então dizer que estes são as consequências físicas que se
manifestam lentamente, após meses ou anos de trabalho repetitivo.
Estas afecções atravessam fases diferentes e começam na maior parte
das vezes com uma ligeira dor no momento de executar determinada
actividade, até ao ponto de sentir dores insuportáveis e alguns casos
extremos de perda de funções. Esta perda pode ser temporária ou
permanente.
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Como é do conhecimento de todos, o impacto das actividades
profissionais na saúde das pessoas tem uma expressão
elevadíssima, mesmo que se não tenha em consideração
o facto das estatísticas não retractarem fielmente a
realidade, pecando por defeito.
Se os cerca de 1,1 milhões de indivíduos que, anualmente, morrem
devido a acidentes de trabalho ou doenças profissionais
são a face de um problema de grande magnitude, não é
menos verdade que as lesões constituem um outro
flagelo quer para trabalhadores quer para as empresas.
Embora o problema não seja novo - já Ramazinni, o “pai” da
Medicina de Trabalho, descrevia em pleno século XVII, as doenças
causadas por “movimentos violentos e irregulares e posturas anti-
naturais do corpo” – o que é certo é que o problema tem vindo a
aumentar estendendo-se cada vez a maior número de profissões,
aparentemente imune à progressiva introdução de equipamento
facilitador da actividade humana e com uma expressão económica
assustadora: um estudo americano de 1989 calculava em 8300
dólares/caso a indemnização média por problemas da coluna lombo-
sagrada.
Podem definir-se as perturbações musculo-esqueléticas como “aquelas
lesões ou doenças que afectam os sistemas musculo-esquelético,
nervoso periférico ou neuro-vascular que são ocasionadas ou
agravadas pela exposição ocupacional a riscos ergonómicos”.
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Naturalmente, muitas lesões encontradas em muitas actividades
exercidas por não-profissionais tais como o desporto (cotovelo de
tenista ou de golfista), a dança (“hallux-valgus” das bailarinas);
todavia, é a sua relação com o trabalho que as coloca na mira dos
profissionais da saúde ocupacional.
Muito embora este trabalho trate de lesões relacionadas com o
trabalho repetitivo, não é de todo descabido abordar neste ponto as
lesões musculo-esquelécticas uma vez que estão habitualmente
associadas à repetição de determinados gestos, e considerarem-se
estas doenças como “patologia dos gestos repetidos”, e que na sua
génese se pensa estarem traumatismos cuja repercussão no organismo
não foi convenientemente reparada.
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automóveis), os empregados de terminais de computadores, os
bancários, os escriturários e outros.
Estas lesões são mais frequentes no sexo feminino, com uma
incidência máxima entre os 25 e os 45 anos de idade.
Clinicamente as lesões predominantes ao nível da coluna cervical e
dos membros superiores, traduzem-se por dores, tendinites, fasceites,
ligamentites e lesões musculares.
- As lesões inflamatórias causadas por esforços repetidos já eram
conhecidas desde a antiguidade sob outros nomes, como por
exemplo, na Idade Média, a “Doença dos Escribas”, que nada
mais era do que uma tenossinovite, praticamente desaparecendo
com a invenção da imprensa. Já em 1891, De Quervain
descrevia o “Entorse das Lavadeiras”.
- As LER são doenças progressivas e, em muitos casos ,
irreversíveis. Muitas vezes voltar à mesma função nas mesmas
condições torna-se impossível.
- As LER são de tal forma preocupantes que desde o ano 2000
lhes foi dedicado o último dia do mês de Fevereiro. Desde então
para cá esse dia é considerado Dia Internacional das Lesões por
Esforços Repetitivos. Trata-se de um marco de extrema
relevância, pois pela primeira vez na história uma doença
profissional (LER) passou a ser considerada como questão de
saúde pública mundial.
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• Tenossinovites (inflamação do tecido que reveste os tendões);
• Tendinite ( inflamação dos tendões);
• Miosites (inflamação dos músculos);
• Epicondilite (inflamação das estruturas do cotovelo);
• Bursite (inflamação dos bursos);
• Síndroma Túnel do Carpo ( compressão do nervo mediano ao
nível do punho);
• Síndroma do Canal Guyon;
• Síndroma do Desfiladeiro Torácico;
• Síndroma do Pronadar Redondo.
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É muito comum entre mulheres na faixa dos 35 aos 60 anos (em
aproximadamente 2/3 dos casos existir em ambas as mãos), podendo
ocorrer com menor frequência fora dessas faixas etárias, e também
algumas vezes em homens.
Qual é a causa ?
Na maioria dos casos a compressão sofrida por este nervo nesta região
deve-se a um estreitamento no canal por onde ele passa, uma espécie
de túnel na região dos ossos do carpo (o Túnel do Carpo), muitas
vezes devido a uma inflamação crónica não específica de tendões que
também passam por esse canal, e de ligamentos da região. Em outros
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casos com menor frequência podem existir doenças associadas
comprimindo o nervo.
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A cirurgia pode ser facilmente realizada sob anestesia local, em
regime ambulatorial (não existe necessidade de internamento em
Hospital).
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Observação: figuras com corte transversal ilustrativo ao nível do
punho.
b) Epicondilite
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musculares do músculo pronador redondo, ou da fáscia do bíceps, ou
na arcada dos flexores dos dedos.
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Fase 3 - Exuberância de sinais objectivos, e não desaparecendo com
repouso.
Fase 4 - Estado doloroso intenso com incapacidade funcional (não
necessariamente permanente)
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pode-se manifestar durante o exame clínico, quando comprimida a
massa muscular envolvida. Tem bom prognóstico.
Grau 2 - Dor em vários locais durante a realização da actividade
causadora da síndroma. A dor é mais persistente e intensa e aparece
durante o tempo de trabalho de modo intermitente. É tolerável e
permite o desempenho da actividade profissional, mas já com
reconhecida redução da produtividade nos períodos de exacerbação. A
dor torna-se mais localizada e pode estar acompanhada de
formigamento e calor, além de leves distúrbios de sensibilidade. Pode
haver uma irradiação definida. A recuperação é mais demorada
mesmo com o repouso, e a dor pode aparecer, ocasionalmente, quando
fora do trabalho durante outras actividades. Os sinais, de modo geral,
continuam ausentes. Pode ser observado, por vezes, pequena
nodulação acompanhando bainha de tendões envolvidos. A palpação
da massa muscular pode revelar hipertonia e sofrimento. Prognóstico
favorável.
Grau 3 - Dor desencadeada em outras actividades da mão e
sensibilidade das estruturas; pode aparecer dor em repouso ou perda
de função muscular; a dor torna-se mais persistente, é mais forte e tem
irradiação mais definida. O repouso em geral só atenua a intensidade
da dor, nem sempre fazendo-a desaparecer por completo, persistindo o
sofrimento. Há frequentes paroxismos dolorosos mesmo fora do
trabalho, especialmente à noite. É frequente a perda de força muscular
e paralisias. Há sensível queda da produtividade, quando não
impossibilidade de executar a função. Os sinais clínicos estão
presentes, sendo o edema frequente e recorrente; a hipertonia
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muscular é constante, as alterações de sensibilidade estão quase
sempre presentes, especialmente nos paroxismos dolorosos e
acompanhadas de manifestações como palidez, hiperemia e sudorese
das mãos. A mobilização ou palpação do grupo muscular acometido
provoca dor forte. Nos quadros com comprometimento neurológico
compressivo a eletromiografia pode estar alterada. Nessa etapa o
retorno à actividade produtiva é problemático.
Grau 4 - Dor presente em qualquer movimento da mão, dor após
actividade com um mínimo de movimento, dor em repouso e à noite,
aumento da sensibilidade, perda de função motora. Dor intensa,
contínua, por vezes insuportável, levando o paciente a intenso
sofrimento. Os movimentos acentuam consideravelmente a dor, que
em geral se estende a todo o membro afectado. Os paroxismos de dor
ocorrem mesmo quando o membro está imobilizado. A perda de força
e a perda de controle dos movimentos se fazem constantes. O edema é
persistente e podem aparecer deformidades, provavelmente por
processos fibróticos, reduzindo também o retorno linfático. As
atrofias, principalmente dos dedos, são comuns. A capacidade de
trabalho é anulada e os actos da vida diária são também altamente
prejudicados. Nesse estágio são comuns as alterações psicológicas
com quadros de depressão, ansiedade e angústia.
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compreensão da prevenção, podem ser considerados um dos primeiros
passos para que se estabeleça um processo de modo a enfrentar os
problemas oriundos dessas relações de trabalho.
As LER têm sido, na área da saúde, pauta de discussão e debates
buscando soluções tanto para prevenir, como para tratar as pessoas
que já adquiriram alguma patologia.
b) Mecanizar
c) Automatizar
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Principalmente quando haja actividades extremamente repetitivas.
d) Organização do trabalho
e) Formação; informação
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- Os trabalhadores devem ser informados sobre uma correcta
organização e técnica de trabalho. A responsabilidade compete à
entidade empregadora.
- Os novos trabalhadores devem ser formados desde o início na
técnica de trabalho correcta.
f) Exercícios compensatórios
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solicitadas. Durante este trabalho o objectivo maior é prevenir as LER.
A grande campeã de afastamentos de trabalhadores das empresas,
desenvolvidos pela fadiga decorrente da tensão e repetitividade dos
movimentos, prejudicando as articulações, músculos, nervos, etc.
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Ombro - Puxar com uma das mãos o cotovelo até sentir
alongar a região posterior do ombro.
Exercícios de alongamento
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Punho - Flexionar o polegar e segurá-lo com os dedos e
realizar um movimento de desvio para baixo.
Exercícios de aquecimento
Rolagem de Ombro -
Com os braços soltos e com as mãos apontadas para baixo,
execute um movimento giratório nos ombros para frente, por
três vezes, e para trás, por três vezes.
Exercícios de aquecimento
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Rotação de Antebraço -
Levante os braços esticados, com as palmas das mãos
voltadas para cima, até a altura dos ombros. Gire os braços
lentamente para dentro até que o dorso das mãos fiquem de
frente um para o outro. Gire os braços novamente, retornando-
os à posição inicial.
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Alongamento e compressão dos dedos -
Com as mãos para frente e as palmas voltadas para baixo,
estique os dedos tanto quanto puder, mantenha-os nessa
posição por alguns segundos; em seguida feche as mãos com
força.
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As estatísticas referem como principais constrangimentos à
esqueléticos.
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Para podermos virar esta página, temos que investir em prevenção e
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