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O guia de ondas retangular é uma região do espaço delimitada por dois condutores em
0≤ x≤a e 0≤ y≤b
2 2
(∇ t + k c ) H z = 0 (2.68)
[
H z ( x, y ) = [A'. cos( k x .x ) + B '.sin( k x .x )]. C '. cos( k y . y ) + D '.sin( k y . y ) ] (2.69)
∂H z ∂H z
As equações (2.26) nos mostram que Ex e Ey são dependentes de e
∂y ∂x
respectivamente, devido ao fato de que as paredes do guia são metálicas, tem-se que:
∂H z
E x = 0 em y = 0 e em y = b, logo = 0, em y = 0 e em y = b (2.70)
∂y
∂H z
E y = 0 em x = 0 e em x = a, logo = 0, em x = 0 e em x = a (2.71)
∂x
∂H z
∂x
[ ]
= {C '.cos(k y . y ) + D'.sin (k y . y ) .[− A'.k x . sin (k x .x ) + B'.k x cos(k x .x )]} (2.72)
∂H z
∂y
[ ]
= {[A'.cos(k x .x ) + B '.sin (k x .x )]. − C '.k y . sin (k y . y ) + D '.k y cos(k y . y ) } (2.73)
Aplicando-se as condições de contorno (2.70) e (2.71) nas equações (2.72) e (2.73), tem-
se que:
⎛ ∂H z ⎞
⎜ [ ]
⎟ = 0 = {C '.cos(k y . y ) + D'.sin (k y . y ) .[− A'.k x . sin (k x .0 ) + B'.k x cos(k x .0 )]} → B' = 0
⎝ ∂x ⎠ x =0
(2.74)
⎛ ∂H z ⎞
⎜⎜ [ ]
⎟⎟ = 0 = {[ A'.cos(k x .x ) + B'.sin (k x .x )]. − C '.k y . sin (k y .0 ) + D'.k y cos(k y .0) } → D' = 0
⎝ ∂y ⎠ y =0
(2.75)
Mas,
⎛ ∂H z ⎞ ⎛ ∂H z ⎞
⎜ ⎟ = 0 e ⎜⎜ ⎟⎟ = 0 (2.77)
⎝ ∂x ⎠ x = a ⎝ ∂y ⎠ y =b
m.π
kx =
a
(2.78)
n.π
ky =
b
2 2 2
kc = k x + k y (2.80)
j.ω.µ ∂H z j.η .k y . f
Ex = − . = .H 0 . cos(k x .x). sin(k y . y )
kc
2
∂y kc . f c
j.ω.µ ∂H z j.η .k x . f
Ey = . =− .H 0 . sin(k x .x). cos(k y . y ) \
kc
2
∂x kc . f c
γ ∂H z Ey (2.81)
Hx = − . =−
kc
2
∂x Z TE
1
−
γ ∂H z E ⎛ ⎛ f ⎞2 ⎞ 2
Hy = − . = x Z TE = η ⎜1 − ⎜⎜ c ⎟⎟ ⎟
kc
2
∂y Z TE ⎜ ⎝ f ⎠ ⎟
⎝ ⎠
2 2
kcc ⎛m⎞ ⎛n⎞
fc = = . ⎜ ⎟ +⎜ ⎟ (2.82)
2.π . µ.ε 2 ⎝ a ⎠ ⎝ b ⎠
2.π 2
λc = = (2.83)
kc 2
⎛m⎞ ⎛n⎞
2
⎜ ⎟ +⎜ ⎟
⎝ a ⎠ ⎝b⎠
1
−
⎡ ⎛ f ⎞2 ⎤ 2
• Impedância de onda Z TE = η ⎢1 − ⎜⎜ c ⎟⎟ ⎥
⎢⎣ ⎝ f ⎠ ⎥⎦
λ c (TE 10 )
= 2.a (2.85)
Para este modo, as equações dos campos eletromagnéticos são dadas por:
⎛ π .x ⎞
H z = H 0 . cos⎜ ⎟
⎝ a ⎠
Ex = H y = 0
j.β .Z TE .H 0 ⎛ π .x ⎞ (2.86)
Ey = − . sin ⎜ ⎟
kc ⎝ a ⎠
j.β .H 0 ⎛ π .x ⎞
Hx = . sin ⎜ ⎟
kc ⎝ a ⎠
Nas paredes do guia de onda são induzidas correntes e cargas que estão associados
aos campos através das condições de contorno:
Solução
r r
eˆn x h = J s (2.87)
y
⎛ π .x ⎞
H z = H 0 cos⎜ ⎟.zˆ
⎝ a ⎠
(2.88)
j.β .H 0 ⎛ π .x ⎞
Hx = . sin ⎜ ⎟.xˆ
kc ⎝ a ⎠
1) x = 0
Em x = 0, tem-se que
H x = 0; H z = H 0 .e − j .β . z ; eˆn = xˆ (2.89)
Em x = a, tem-se que:
H x = 0; H z = − H 0 .e − j .β . z ; eˆn = − xˆ (2.92)
3) y = 0
Em y = 0, tem-se que:
j.β .H 0 ⎛ π .x ⎞ − j . β . z ⎛ π .x ⎞ − j . β . z
Hx = .sin⎜ ⎟.e .xˆ; H z = H 0 cos⎜ ⎟.e .zˆ; eˆn = yˆ (2.94)
kc ⎝ a ⎠ ⎝ a ⎠
4) y = b
j.β .H 0 ⎛ π .x ⎞ − j . β . z ⎛ π .x ⎞ − j . β . z
Hx = . sin⎜ ⎟.e .xˆ; H z = H 0 cos⎜ ⎟.e .zˆ; eˆn = − yˆ (2.96)
kc ⎝ a ⎠ ⎝ a ⎠
r j.β .Z TE .H 0 ⎛ π .x ⎞ − j . β . z
Ey = − . sin⎜ ⎟.e yˆ (2.99)
kc ⎝ a ⎠
Desta forma, o cálculo da distribuição de cargas induzidas reduz-se a y = 0 e a y = b.
a) y = 0
Para y = 0, tem-se que o vetor normal é dado por eˆn = yˆ . Portanto, aplicando-se a
condição de contorno da equação (2.94), tem-se que:
j.β .Z TE .H 0 ⎛ π .x ⎞ − j . β . z
σ = ε. − . sin⎜ ⎟.e (2.100)
kc ⎝ a ⎠
⎛ j.β .Z TE .H 0 ⎛ π .x ⎞ − j .β . z j .ω .t ⎞⎟ β .Z TE .H 0 ⎛ π .x ⎞
σ = Re⎜⎜ ε . − . sin⎜ ⎟.e .e ⎟ = ε. . sin⎜ ⎟. sin (ω.t − β .z )
⎝ kc ⎝ a ⎠ ⎠ kc ⎝ a ⎠
(2.101)
b) y = b
Para y = b, tem-se que o vetor normal é dado por eˆn = − yˆ . Portanto, aplicando-se a
condição de contorno da equação (2.95) tem-se que o valor instantâneo da densidade
de carga é dado por:
⎛ j.β .Z TE .H 0 ⎛ π .x ⎞ − j .β . z j .ω .t ⎞⎟ β .Z TE .H 0 ⎛ π .x ⎞
σ = Re⎜⎜ − ε . − . sin⎜ ⎟.e .e ⎟ = −ε . . sin⎜ ⎟. sin (ω.t − β .z )
⎝ kc ⎝ a ⎠ ⎠ kc ⎝ a ⎠
(2.102)
2 2
(∇ t + k c ) H z = 0 (2.103)
⎛ m.π .x ⎞ ⎛ n.π . y ⎞
E z = E 0 . sin ⎜ ⎟. sin ⎜ ⎟ (2.106)
⎝ a ⎠ ⎝ b ⎠
Os modos são designados por TMm,n, onde m e n, similarmente aos modos TE, indicam
as variações meio senoidais nas direções x e y. Notar que m ou n não podem ser nulos.
j.ω.ε ∂E z j.k y . f
Hx = . = .E 0 . sin (k x .x ) cos(k y . y )
kc
2
∂y k c .η . f c
j.ω.ε ∂E z j.k x . f
Hy = − . =− .E 0 . cos(k x .x )sin( k y . y )
kc
2
∂x k c .η . f c
E x = Z TM .H y (2.107)
E y = − Z TM .H x
1
⎡ ⎛ f ⎞2 ⎤ 2 kc ⎛m⎞ ⎛n⎞
c
2 2
Z TM = η ⎢1 − ⎜⎜ c ⎟⎟ ⎥ fc = = . ⎜ ⎟ +⎜ ⎟
⎢⎣ ⎝ f ⎠ ⎥⎦ 2.π . µ .ε ε r .2 ⎝ a ⎠ ⎝ b ⎠
2.a.b
λc = (2.108)
a2 + b2
β 2 c 2 = ω 2 − ωc 2 (2.109)
ωc = 2.π . f c
dω
tgα = vg =
dβ
ω
tgθ = v f =
β
Observar que a figura acima é tal que constantes de fase negativas e positivas
representam as direções de propagação da onda. Para freqüências consideravelmente
acima da freqüência de corte, as velocidades de fase e de grupo tendem à velocidade da
luz. O coeficiente angular em qualquer ponto da curva representa a velocidade de grupo
da onda.
⎡⎛ m ⎞ 2 ⎛ n ⎞ 2 ⎤ 1
⎟ +⎜ ⎟ ⎥ > → β > 0 (Há propagação)
2
Se ⎢⎜
⎢⎣⎝ 2.a ⎠ ⎝ 2.b ⎠ ⎥⎦ λ
⎡⎛ m ⎞ 2 ⎛ n ⎞ 2 ⎤ 1
⎟ +⎜ ⎟ ⎥ < → β < 0 (Não há propagação)
2
Se ⎢⎜
⎢⎣⎝ 2.a ⎠ ⎝ 2.b ⎠ ⎥⎦ λ
Solução: Conforme visto na figura 13, tem-se que os modos que podem se propagar são:
TEm,n = 1,0; 2,0; 3,0; 4,0; 0,1; 1,1; 2,1; 3,1; 4,1; 0,2; 1,2; 2,2.
TMm,n = 1,1; 2,1; 3,1; 4,1; 1,2; 2,2
As linhas de força elétrica e magnética são, em geral, difíceis de construir a não ser para
os modos mais simples. De forma geral, é possível construir os demais modos à partir de
três modos básicos : O TE10, o TE11 e o TM11.
Figura 14 – Modos fundamentais utilizados para o traçado das linhas de força em guias
retangulares
_______
( - Campo elétrico; _ _ _ _ - Campo magnético)
Fonte: Plot of modal fields in rectangular and circular waveguides, C.S Lee, W. Lee and S. L. Chuang, IEEE Transactions on
Microwave Theory and Techniques, 33. No 3, Mar 1985, pp 271-274.
Da mesma forma, o modo TE23 é igual ao modo TE11 repetido 2 vezes na horizontal e 3
na vertical como se observa na figura abaixo:
Um outro exemplo: Traçado do modo TM32: Basta tomarmos o modo TM11 3 vezes na
horizontal e
2 na vertical:
⎧ E = 0 (Ondas TM)
∇T 2 + k c 2 . ⎨ z (2.111)
⎩ H z = 0 (Ondas TE)
Onde o operador laplaciano transversal é dado por:
∂2 1 ∂ 1 ∂2
∇T 2 = + . + . (2.112)
∂r 2 r ∂r r 2 ∂φ 2
Ez ⎫
⎬ = R(r ).F (φ ) (2.113)
Hz ⎭
1 ⎛ 2 ν2⎞
R '' + .R ' + ⎜⎜ k c − 2 ⎟⎟.R = 0 (2.114)
r ⎝ r ⎠
F + ν .F = 0
'' 2
(2.115)
Ez ⎫
⎬ = A'.cos(n.φ ).J n .(k c .r ) (2.117)
Hz ⎭
Devido ao fato de que a função é periódica em relação a φ , o fator ν deve ser um inteiro.
Não há perda de generalidade em se considerar somente a função em seno ou em
cosseno.
Para este modo, tem-se que a solução para a componente longitudinal do campo
magnético Hz é dada por:
H z = H 0 .J n (k c .r ). cos(n.φ ) (2.118)
∂H z
Tal que, por condições de contorno, tem-se que = 0 , para r = a. Assim, tem-se que:
∂r
J n (k c .a ) = 0
'
(2.119)
A equação acima determina um número finito de raízes desiguais designadas por p ' nl . O
modo TE correspondente é referido como TE nl , onde n indica o número de variações
cíclicas segundo φ e o segundo ℓ, se refere a raiz de ordem ℓ da função de bessel
J ' n (k c .a ) . Portanto:
p ' nl 2.π .a
k c .a = p nl
'
→ kc = → λc = (2.120)
a p ' nl
Abaixo tem-se uma tabela com alguns valores das raízes de J ' n (k c .a )
n(vertical) - 1 2 3
ℓ(horizontal)
0 3,832 7,016 10,174
1 1,841 5,331 8,536
2 3,054 6,706 9,970
Tabela 2 – raízes da função de Bessel J ' n (k c .a )
O modo com a freqüência de corte mais baixa e portanto o modo dominante é o modo
TE11, cujo comprimento de onda de corte é dado por:
2.π .a
λc (TE ) = = 3,41.a (2.121)
11
1,841
Para o modo TM tem-se que a solução para o campo elétrico longitudinal E z é dada por:
E z = E 0 .J n (k c .r ). cos(n.φ ) (2.124)
2.π .a
J n (k c .a ) = 0 → k c .a = p nl → λc (TM ) = (2.125)
p nl
Abaixo tem-se uma tabela das raízes p nl das funções de bessel J n (k c .a ) = 0
n(vertical) - 1 2 3 4
ℓ(horizontal)
0 2,405 5,520 8,654 11,792
1 3,832 7,016 10,174 13,324
2 5,135 8,417 11,620 14,796
Tabela 3 – raízes da função de Bessel J n (k c .a )
Da tabela (3), tem-se que o modo TM dominante é modo TM01, cujo comprimento de
onda de corte λc é dado por:
2.π .a
λc (TM 11 ) = = 2,61.a (2.126)
2,40
As demais componentes de campo podem ser escritas como:
E z = E 0 .J n (k c .r ). cos(n.φ ).e − j .β . z
j.ω.ε 1 ∂E z j.n. f
Hr = . . =− .E 0. J n (k c .r ). sin (n.φ ).e − j .β . z
kc
2
r ∂φ k c η
. .r . f c
j.ω.µ ∂E z j. f
Eφ = − . =− .E 0 .J n ' (k c .r ). cos(n.φ ).e − j .β . z (2.127)
kc
2
∂r η. f c
1
⎡ ⎛f ⎞ ⎤ 2 2
Eφ = − H r .Z TM Z TM = η .⎢1 − ⎜⎜ c ⎟⎟ ⎥
E r = H φ .Z TM
⎢⎣ ⎝ f ⎠ ⎥⎦
Representam-se abaixo as freqüências de corte em relação ao modo dominante TE11.
1 – A faixa do modo dominante é estreita, pois não há muita diferença entre um modo e o
modo seguinte.
2 – Devido à simetria circular a onda propagante é circularmente polarizada.
Exemplo 3 – Um guia de ondas de seção transversal circular deve transmitir o modo
λ
dominante na freqüência de 10 GHz. As dimensões do guia são tais que = 0,5 para
λc
este modo. Calcular o diâmetro do guia.
λc
a= = 1,76 cm (2.128)
3,41
J n (k c .a ) N n (k c .a )
= (2.132)
J n (k c .a ) N n (k c .a )
∂H z
Para os modos TE, = 0 , portanto:
∂r
Similarmente aos guias de ondas retangulares, os traçados dos campos dos modos em
guias de ondas circulares podem ser obtidos à partir de 4 modos fundamentais: TE01,
TM01, TE11 e TM11.
Figura 21 – Modos fundamentais utilizados para o traçado das linhas de força em guias
retangulares
_______
( - Campo elétrico; _ _ _ _ - Campo magnético)
Os modos TE0,ℓ e TM0,ℓ podem ser considerados como ℓ configurações TE0,1 ou TM01 na
direção radial.
Abaixo tem-se o modo TE02 que pode ser representado por duas configurações do modo
TE01 na direção radial.
Figura 27 – Supressor de modos TEm,n(n ≠ 0) e modos TM m,n(n ≠ 0), constituído por fios
metálicos dispostos numa seção transversal do guia)
Figura 28 – supressor de modos TMn,ℓ em guias circulares, constituído por fios metálicos
circulares concêntricos dispostos numa seção transversal do guia.