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CAPÍTULO UM.
Café e necrofilia, o defunto nunca esfria.
Opiniões.
As pessoas estão cheias delas.
E eu estou cheio delas.
Delas e das pessoas.
(...)
Aqui se escreve um testamento.
Aqui se faz aqui se paga.
Aqui se nega um juramento.
Aqui se nasce aqui se mata.
(...)
Já eu.
Eu não.
Eu não quero e não sei.
E já nem quero saber.
(...)
Só sei que pulso.
Pulso e sangro.
Não sei mais nada.
Nem sei se quero.
***
***
***
Quando eu era criança tinha uma mulher velha que jogava um palito de fósforo aceso no
café e via o futuro na mancha que fazia quando o palito apagava.
Sempre me levavam lá pra tirar quebrante.
Ficava nessa mesma rua aqui da quitanda.
Acho.
Tipo mais lá pra baixo.
Uma vez eu tomei um fora na escola e chorei em casa.
Minha mãe achou que era quebrante.
A velha jogou o fósforo.
Falou que era amor.
No dia seguinte foi a mesma merda.
Botei a culpa na velha.
Depois com o tempo descobri que o problema era o café.
Porque café não tem nada a ver com amor.
Café desce rasgando e te deixa ligado.
Amor não.
Amor é tipo leite.
Tem prazo de validade curto e azeda muito rápido.
E longa vida tem conservante.
Uma mentira embalada.
Só parece seguro porque está em uma caixinha.
Depois que abre é igual a qualquer outro.
Não sei como chorei por aquela ridícula da escola.
Ela era horrível.
Amor é tipo isso, derivado de leite com embalagem bonita na geladeira do mercado.
Você quer muito, as vezes fica doente de vontade, mas depois que bebe vê que nem foi
tudo aquilo.
E sem as embalagens, no fundo, danone, queijo, manteiga... é tudo a mesma merda.
Fica lá em você boiando até sumir.
Teu corpo absorve o bom.
E o ruim vai embora.
***
***
Nesse livro não tem aventura.
Eu sempre volto pra casa.
Sento no sofá.
Coloco um disco pra tocar.
Olho pra TV desligada.
Nesse livro não tem herói.
Não tem mensagem.
E ninguém é salvo.
Na banca tem Jornal de Esportes.
Odeio esportes.
São cerca de cento e cinqüenta passos da banca até minha sala.
Sabia também quantos paralelepípedos davam, mas esqueci.
Nesse livro não tem romance.
Só um dia igual.
Que nunca acaba.
***
***
***
Eu bebo.
Dizem que o álcool dificulta a cicatrização.
Por isso tenho marcas.
E sinto as feridas abertas.
(...)
Também já tive fratura exposta.
Carne aberta e nervos.
Vermelho por dentro... as bordas do corte escurecem rápido.
Você só sabe mesmo do que é feito depois que vê.
(...)
Outro nome.
Outra ofensa.
Outro tapa.
O mesmo inferno.
(...)
Ando até a janela.
O cachorro ainda está lá.
Aposto que fede.
Fede quando late no buraco do tatu.
***
O telefone toca.
Ela pergunta como estou.
Disse que ficou sabendo por uma amiga.
Eu não digo nada.
Ela diz que se eu precisar de alguma coisa...
A TV desligada.
Enquanto isso Matador e Mata A. Dor...
Ela fala que quer me ver bem.
Que é pra eu animar.
Ela faz piada.
Deve também fritar panqueca, fazer escova e andar de monociclo.
Tudo ao mesmo tempo se for preciso.
Café e necrofilia.
O defunto nunca esfria.
O filme nunca para.
Mas odeio muito quando repete.
***
***
Levanta do sofá.
Olha pela janela.
Olha pro fim da rua.
Ninguém vai aparecer.
Nada vai acontecer.
Ainda assim olha.
Volta.
Senta.
Pensa.
Levanta.
Janela.
Ninguém.
Nunca.
Pensa.
Esquece.
Deseja.
Envelhece.
Nesse livro ninguém é salvo.
***
Paixão inútil.
Também tive lá minhas feministas.
Mas não ficaram famosas.
Meu muro é a TV desligada onde contemplo o vazio.
O idiota da família.
Morreu cego e sem pulmão.
Não vejo adiante.
Nunca respirei.
Somos iguais.
Eu não sei como vou morrer.
E hoje tanto faz.
***
***
O cachorro levanta.
Desiste.
Senta.
Existe.
O velho bebe.
Esquece.
Some.
O pombo vem.
Vai.
Suja.
Bruce estica o braço.
Pega uma cenoura.
Tenho nojo de cenoura.
Desde que aquele ator de novela.
Enfiou uma no cu.
***
***
***
***
***
***
É um hotel simples.
Ele observa ela descansar.
Conhece esse corpo como a palma de sua mão.
Esse cheiro.
Sabe o que ela quer.
O que ela sente.
Como gosta.
Como goza.
E ainda assim, silêncio.
Ele levanta.
Janela de prédio é outra coisa.
Arouche.
Esse lugar é imundo.
Esse lugar lhe pertence.
Ele pertence ao lugar.
Ela acorda.
Ela sabe.
Não entende.
Contém a lágrima.
Tudo bem.
Ele não sabe.
Mas entende.
Dorme um pouco escutando ela falar.
Nesse quarto não tem TV.
Acende o palito e joga no copo.
É tudo uma grande piada.
E o diabo é o Costinha.
***
***
***
CAPÍTULO DOIS
A sua vida é um outdoor que ninguém entende.
***
Coloquei a mesa.
Servi dois pratos.
Não há ninguém ali.
(...)
Eu sei.
Tudo bem.
(...)
Esquentei no microondas dois pedaços de pizza.
Palmito e lágrimas.
Um pra você e outro pra mim.
Enchi duas taças de vinho barato.
Brindei e o segundo copo tombou na mesa.
Escorre e pinga em minha sombra.
Não havia ninguém ali.
(...)
Eu sei.
Tudo bem.
***
O telefone toca.
Jogo pela janela.
Cansei de tocar fogo nos móveis.
Cansei de quebrar copos no quintal.
Cansei de toda essa porra.
A campainha toca.
Atiro a cadeira.
Não era ela.
Nenhuma delas.
Era a palavra do Senhor.
Jucas Chaves Delivery.
Cada um tem o que merece.
Mas no final é só o Costinha.
No final é só o inferno e mais nada.
(...)
Me divirto com piadas sobre minhas próprias desgraças.
Adeus Sofia.
Vou embora dessa merda.
***
É um hotel sujo.
É uma frase parecida.
Quatro semanas adiantas e uma lista de recomendações.
Não vai se matar aqui não né garoto?
Garoto...
Deja vu de eu mesmo.
Não, não vou, só quero paz.
Todo mundo que vem aqui como você acaba fazendo besteira.
Não, não vou.
O corredor da morte.
Faxineiras com caras de impressões digitais.
Penso na capa do Brigada do Ódio.
Abro a janela.
Quinze andares.
Estou acima dos pombos, acima das câmaras, acima de deus.
Um cuspe ao acaso.
Espero anoitecer.
***
***
***
***
E se eu disser que eu nunca sei mesmo a direção?
E se eu disser que toda vez que eu achei que ia acertar eu na verdade só arrisquei?
Você ainda ia querer?
Diz.
Eu seria ainda o que sou para você?
E se eu disser que eu nunca soube nada de minha vida, que eu sempre deixei tudo passar
por mim e as vezes ia, as vezes não ia, dependendo do gosto do café.
Você ia querer?
Será que ia mesmo?
Minha vida é correr contra os carrinhos na montanha russa esperando vencer o impossível e
não ser levado outra vez para trás.
Você entende?
Ainda assim quer?
Pensa...
Eu não sei nada.
Só sei ser assim.
Eu sequer me entendo.
Nunca consegui brincar de ter certeza.
Nunca consegui 100% de não dúvida.
Ainda?
Ninguém esqueceu a sombra em meu quarto.
Ainda assim eu fugi.
Ninguém passou com pressa por mim.
Ainda assim segui... e caí no buraco da árvore.
Eu sempre fui...
Sempre passei...
Sempre acreditei em minhas próprias estórias.
E nunca dormi.
Sempre vi tudo chacoalhar meus cabelos e me deixei levar.
É isso?
Nunca morei em uma só casa.
Nunca fiquei em um só plano.
E é sempre o gosto do café.
Nada concreto.
Nenhuma teoria.
Nenhum cálculo.
Só correr contra a brisa pra sentir o gosto da chuva na boca.
Nunca cresci.
Agora perdi o trem.
E ele não pára mais pra mim.
E se eu dissesse que também não quero que ele pare.
Você ia querer?
Será que ia mesmo?
Eu mesmo nunca sei...
***
Num hotel em que as pessoas alugam quartos por 13 reais pra trepar por uma hora tem
sempre uma Bíblia no criado mudo.
Essa tem jeito de ser antiga, com páginas rasgadas, grudadas, cheias de manchas, cheirando
a bebida barata, porra e tudo mais.
"Não trarás o salário da prostituta nem o aluguel do sodomita para a casa do Senhor teu
Deus por qualquer voto, porque uma e outra coisa são igualmente abomináveis ao Senhor
teu Deus."
Definitivamente lugar errado, hora errada.
Pessoa errada.
Arrisco um telefonema.
Enquanto desenho pregos na cabeça da minha foto do RG ela me manda pro inferno.
Agora é tarde pra me mandar pra lá..
Arrisco outro.
Ganho um filho da puta.
Onde e quando?
A essa hora?
Esquece.
Tá, eu vou.
Na TV só pega o cinco.
Mais uma dose.
Ela chega.
Me diz de uma vez o que você quer de mim.
Me diz antes.
Eu não quero nada.
Nunca vou querer.
E sempre digo.
Mesmo sem você pedir.
E sempre ganho outro filho da puta.
E esse cheiro que me faz sentir em casa.
Gosto mais do cheiro que das perguntas.
E ligo mesmo sabendo que amanhecer vai ser uma bosta.
(...)
Me beija com tanta força quanto me odeia.
Me enche de marcas.
Por isso ligo.
(...)
E no papel que me limpo tem uma frase escrita.
"E enlouquecerás pelo que hás de ver com os teus olhos."
Faz sentido.
***
Solidão mundana.
Maldição eterna.
Por todas as vezes em que tentei gritar
com a língua presa entre os dentes.
E fiz promessas de sol
para iludir a sombra.
Porque é conforto sim, ainda que placebo.
É auxílio.
E é certo que a mão que segura o corpo
à beira do penhasco
guarda mil segredos
embora seja fato,
Tenha apenas cinco dedos
***
***
***
***
Poltergeist.
Não deixo mais no cinco.
Prefiro o chiado.
(...)
Então Carol Anne decidiu quebrar o espelho.
Alice estava lá por décadas.
Decidiu mostrar o retrado de Dorian Gray para ela, que por tanto tempo só viu o avesso.
E gargalhou a observá-la virar pó.
(...)
A maldade reina no coração de Carol Anne
E já não há dúvidas.
Agora ninguém mais conta histórias.
E ela torce o pescoço das bonecas.
(...)
Unilateral mundo de Carol Anne.
***
***
A história da minha vida se resume em piadas sem graças que eu tento esquecer.
Imagem e semelhança?
Mais um motivo pra não gostar de você.
(...)
Pelo menos Saturno comia os filhos e não ficava fazendo eles de palhaços.
Bah.
(...)
Eu sou o problema eterno de Jack.
Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá e eu não tenho uma metralhadora.
(...)
Eu gosto mesmo é do Ozzy... ele comeu morcego.
***
***
***
Eu?
Eu sempre acabo no cuspe com sangue.
Sempre assim.
Cabeça abaixada.
Baba bêbada.
Saliva vermelha na pia branca.
E não reflete.
Saca?
Nem pensa.
Só escorre.
(...)
Se reflete, reflete o nada.
Não enxerga nada.
Só o nada.
(...)
Olhar do inferno.
Corpo maldito.
Se queimar não faz fumaça.
Nem gelo.
(...)
Pensa.
Esquece.
Pensa.
Não.
Pensa.
Grita.
(...)
Bom dia, odeio passarinho na janela.
Bom dia, odeio sol na planta.
Bom dia, odeio saber que o ódio passa.
E eu fico aqui.
Com o bom dia.
Passado.
Nada.
(...)
Menina boazinha vai pro céu, tirar pó de corredor e limpar pena de anjo sem pau.
Menina ruim sangra.
Mas vive.
(...)
E ciclope não fica vesgo.
É fato.
***
***
***
***
***
***
CAPÍTULO TRÊS
A arte não comove.
***
***
***
Amanheceu na Rua Direita.
Pombos.
Ergueu a porta do bar.
Primeiro cliente.
Não, eu não durmo.
Não, eu não tenho vergonha de estar sujo.
Não, eu não pretendo mudar de vida.
(...)
Café.
Conhaque.
Café.
As pessoas passam.
Os pombos voam.
Pra onde eu vou agora?
O que fazer da vida Nancy Boy?
(...)
Eu ligo.
Diz que no final da tarde.
Deito num colchão fedendo a umidade.
João Dias.
3 reais o prato feito.
15 reais a pernoite.
Maldito Caulfield.
***
Para se errar com classe o erro deve ser magnânimo, pois afinal, até para o erro existem
expectativas... você sabe.
E como existem!
E ah, caro caríssimo, quem dera eu cometer o mais perfeito dos erros.
Ganhar no inverso da loteria.
Mover montanhas.
Quem dera eu ser o Maomé da falha, o Zeus do fracasso, o Alah do equívoco.
Seria estrela que vive no escuro sem brilhar, e aí sim minha loucura seria a mais sábia entre
os homens.
(...)
Caro caríssimo, quem me dera ser tão capaz quanto as pragas que cospes em meu nome, e
pelas quais agradeço.
Sim, manche meu sangue que dele respirarão as flores que avivarão teus olhos.
A flor de Lótus não nasce de meu passo, mas sim o espinho.
Buda morava na casa ao lado, não aqui...
Aqui reside o nada, caro caríssimo.
O que, para muitos, não é nem um pouco bom.
(...)
Não há mais limites e tampouco bom senso.
Não há mais sorrisos com zero porcento de cáries.
Só o absoluto, incontrolável e irremediável nada.
Tranque as janelas.
A poesia não enche o tanque.
Nunca encheu.
Era um placebo.
Sempre foi.
A arte não comove.
***
***
***
Alice dá as costas.
Nem sei porque as vezes falo certas coisas.
Me sinto aquele garoto que não tem nada o que fazer e atira tijolos na Dutra por cima das
passarelas, só pra ver se provoca algum tipo de acidente envolvendo pessoas que
desconhece.
Bizarro modo de alterar o curso da história.
Alice volta e me xinga.
Diz que fez planos.
Mas eu... eu só vivi.
O que os amigos vão dizer...
Eu sou um estilete sem cabo.
Você não era assim...
Mãe, Gregor está rastejando pra fora do quarto.
(...)
Outro dia estava filosofando bêbado com um amigo e cheguei a conclusão de que a CIA
colocava ácido nas papinhas de algumas crianças.
Assim elas viajavam pro resto da vida.
O caminho da colher à boca era colorido, e nele sempre a Barbie conseguia o Ken que
queria.
Porque era linda.
Amor da mamãe.
Alice narcoléptica.
Tudo culpa da CIA.
Alice era culpa da CIA e do ácido nas papinhas.
E eu tenho um copo vazio.
E um saco de Jó.
***
***
Eu nunca paro.
Nunca fico quieto.
Sou uma pessoa absolutamente atormentada.
E, por isso, as vezes, não me suporto.
(...)
Sim... eles estão aqui Carol Anne.
Nesse hotel que nem o cinco pega.
(...)
O fato é que nunca consegui entender porque a gente não supera certas coisas.
Ninguém em sã consciência estaria em um hotel imundo do centro, sentindo cheiro de mofo
e ouvindo filosofia teletubbie sobre relacionamentos fúteis.
Mas é a sina.
É o preço a pagar por sermos filhos de uma lógica incompleta que defende criadores sem
criação.
Galinha sem ovo.
Juca, meu amigo imaginário.
(...)
Vai com deus, meu filho.
Não tia, só tenho dinheiro pra pagar a minha diária.
E não, não dou minha bebida pro santo.
(...)
Nesse hotel em que Carol Anne me protege, hoje amo esta Alice como se nossa respiração
dependesse do mesmo compasso.
Bonito...
Sério... acho mesmo.
Mas hoje eu queria uma Regan, com sua boca suja e seu cuspe na minha cara.
Juro que eu queria.
***
Olho no asfalto.
Pigarro na garganta.
Seria considerável se não fosse tão cinza.
De canto do olho, de costas para o mundo.
Minha vida resume-se a uma montanha russa de descasos.
Já disse isso né?
Apago o cigarro.
Nada faz sentido.
Sequer lembro o dia em que tudo passou a ser desse jeito.
Mas os passos vacilam e embriagada seja a questão.
Não me cabe a clemência, a passividade à vida sem paixão.
Nem que seja paixão pela queda.
Nem que seja paixão pelo nada.
O próprio Nietzsche morreu cedo.
Ele e seu bigode muito feio.
Nada disso me tira a vontade de assustas as pombas na calçada quando quase 6 as padarias
abrem e eu passei a encarnar 24 horas tudo o que mais amo.
"I will give you even my body, Spiritwalker".
Foda-se.
É, foda-se a boa postura, o bom caminho, a boa virtude.
Eu sou o avesso de eu mesmo e meus olhos queimam em descrenças.
Odeio a vizinhança.
Odeio a cidade quando desperta.
Penso Taxi Driver.
Tem muito mais sujeira nas pessoas do que nas calçadas.
As pessoas não deviam ter nojo das baratas, pelo menos elas são o que são.
Jás as baratas...
O café abençoa as blasfêmias.
Puro, "dusty" e nunca com o gosto que você quer que ele esteja.
Maldito seja aquele que inventou as escadas.
***
***
***
***
***
***
***
***
Eu me lembro dos dias em que o sangue nos lábios não cicatrizava as palavras.
Mas não há de ser nada...
Confie em seus passos.
A esperança é a única que morre
***
Reprises malditas.
Hotel imundo.
Alice.
(...)
Abro a janela.
Cuspo nos pombos.
Ah, Av. São João... o verdadeiro tédio.
O ciclo se fecha.
(...)
No prédio em frente uma mulher pendura uma calça pela janela.
Penso Joelma.
Na calçada uma menina desfila com seu cabelo ruim e com o passo típico daquelas que
ficam felizes se ganham buzinadas da geração "da poltrona".
Os carros enfileiram.
Os motoboys costuram.
Os copos esvaziam.
Os pombos observam.
E tudo seca, Buk...
(...)
Não sei que dia é hoje, nem da semana nem do mês.
Não sei que horas são.
E eu sempre nado para o fundo.
De Alice em Alice.
Um palhaço para Juca Chaves.
(...)
A disputar com abutres em fúria a carne a cair em sua benção,
que já se faz um banquete de vermes, não importa qual deles vençam,
se arrastam víboras sedentas pelo sangue do mal original,
quando fez-se nascer outra guerra, sob a sombra do poeta enforcado.
(...)
É pegar ou largar.
Porque a carne imita a vida... suja, curta e perdida
(...)
Caro caríssimo...
Vai tomar no cu.
***
***
***
***