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Olmecas.
O povo olmeca habitou a região das terras baixas tropicais no golfo do México entre
1800 a.C. e 100 d.C. “Hoje é considerada a „cultura mãe‟ do antigo México” (p.22). O termo
Olmeca significa “habitantes do país da borracha”.
“É possível considerar como uma civilização rural surgiu e consolidou-se uma „elite‟
governante que, pela primeira vez na história mesoamericana, quis expressar através de
monumentos duradouros um poder que assumia em si prerrogativas políticas e religiosas.”
(p.25).
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No âmbito religioso praticavam o culto xamanístico e nele está contida a origem do
conceito de “nahualismo”, “segundo o qual o bruxo-xamã podia se transformar em animal, em
particular no jaguar, já que os animais nahuales eram na verdade uma espécie de alter ego das
divindades.” (p.26). As estatuetas e outros objetos encontrados eram provavelmente oferendas
ou recipientes usados durante os ritos e cerimônias.
Zapotecas.
Os zapotecas habitaram a região mexicana de Oxaca. Tem fortes influências dos olmecas.
Esse povo perdurou entre 600 a.C. e 800 d.C. A sociedade era dividida em um sistema
hierárquico cuja elite detinha o poder político e religioso.
Por volta de 600 a.C. surgiu centro cerimonial Monte Albán e este é considerado a
“capital” dos zapotecas. É neste centro que são encontradas duas edificações importantes sendo
elas a “Plataforma dos dançantes” – “cuja denominação provém das 140 figuras em baixo-relevo
visíveis na superfície externa do embasamento, similares a dançarinos” (p.28) – e o “Edifício J”
– que é considerado pelos estudiosos como sendo um observatório astronômico.
Mixtecas.
Aparentemente esse povo era dividido em pequenos reinos. Uma unificação foi tentada
pelo governante cujo nome entende-se por Oito Veado, porém, logo após sua morte houve a
fragmentação.
Dois centros cerimoniais assumem maior importância. Monte Albán e Mitla. “Enquanto
em Mitla foram erguidos diversos edifícios destinados ao culto, Monte Albán enriqueceu-se com
um grande número de sepulturas.” (p.31).
Junto com os mortos, os mixtecas enterravam objetos, joias e adornos em ouro. “Os
mixtecas foram provavelmente os difusores da arte da ourivesaria, até então praticamente
desconhecida na Mesoamérica.” (p.31).
Civilização de El Tajin
Desenvolveu-se entre 250 e 1150 d.C., na região de Veracruz. O nome “El Tajin” deriva
da divindade local a qual a cidade era dedicada. Teve seu apogeu na metade do período clássico.
O que mais chama atenção nessa cultura é o chamado jogo de bola. Foram encontrados
11 edifícios para a prática do que se acredita ser um culto, um ritual da bola. “Em El Tajin
desenvolveram-se grandes celebrações competitivas, que atraíam participantes de todas as
regiões circundantes; [...]”. (p.36). Também ligadas ao jogo, foram encontradas diversas e
refinadas esculturas de pedra. “O significado simbólico e ritual fica evidenciado pelo tipo de
decoração extremamente elegante, rica em motivos zoomorfos, antropomórficos e figuras
fantásticas enriquecidas com volutas entrelaçadas.”. (p.36).
Foi encontrada uma produção cerâmica, as “estatuetas sorridentes” – que indicam uma
influencia olmeca - e pinturas murais, as mais impressionantes encontradas no interior de alguns
edifícios de Las Higueras. Acredita-se que a havia uma importante produção de tecido, mas não
há vestígio material.
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Teotihuacã.
Teotihuacã foi um centro cerimonial que fica no México central, próximo ao lago
Texcoco e ficou conhecido como a “metrópole” do planalto. Provavelmente recebeu os
sobreviventes da cidade Cuicuilco que foi destruída, em 100 a.C., por uma erupção do Vulcão
Xitle.
Seu apogeu se deu por volta de 250 d.C. Nesse período ergueram-se as Pirâmides do Sol,
da Lua, e a de Quetzalcóatl, “esta última, na qual a elegância do volume viu-se enriquecida
pelas decorações escultóricas, constitui um dos exemplos mais espetaculares da arquitetura do
México central.” (p.40). A cidade, que chegou a ter 200.000 habitantes, apresenta construções
residenciais de vários andares – feitas em pedra – no lugar das cabanas. Ainda não se sabe qual
foi o povo que dominou o local, apesar de se reconhecer que houve diversas intervenções
estrangeiras.
A cidade foi abandonada no ano 1000 após sofrer uma série de saques e ataques
destrutivos feitos provavelmente pelos chichimecas – “os da linhagem do cão” de acordo com os
astecas - entre 600 e 700 a.C.
Maias.
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A civilização maia surgiu de uma evolução de povoados agrícolas que foram se
transformando em centros cerimoniais, já no Pré-Clássico. Por volta de 300 a.C., tem-se esses
povoados ocupando as regiões dos Planaltos da Guatemala e de Chiapas, no México. Os mais
importantes centros cerimoniais desse período são: Izapa, Chiapas, El Baúl e Kaminaljuiu, sendo
o Izapa o mais antigo (algumas construções foram datadas de 800 a.C). Em Izapa foram
encontradas representações iconográficas que corresponderão à futura concepção religiosa e
cosmogônica maia: “a Árvore Cósmica, o deus da chuva, Chac, e alguns temas mitológicos
extraídos do Popol Vuh, um dos textos coloniais que compilam tradições sagradas mais.” (p.44).
Em centros localizados nas Terras Baixas, como Cerros e El Mirador, foram erguidos edifícios
piramidais que tinham as suas fachadas decoradas com máscaras, que representavam divindades,
feitas de estuque. Além de apresentarem um elemento que será muito utilizado no período
Clássico, a falsa abóbada.
A maior cidade foi Tikal, que chegou a ter 40.000 habitantes nos distritos residenciais e
500.000 no centro rural. NO seu auge, a civilização maia ocupou territórios dos atuais México;
Honduras; El Salvador; Guatemala e Belize. Cada cidade tinha seu governante que detinha o
poder político, religioso e bélico, e era visto pela sociedade como uma espécie de semi-deus. A
sociedade era dividida em classes entre elas, camponeses, mercadores e artesãos.
Frequentemente havia guerra entre as cidades, na maioria das vezes por disputas territoriais. “Ao
contrário do que se acreditava [...] os maias não costumavam viver em paz durante longos
períodos [...]. Nos períodos de paz, os monarcas, [...], dedicavam-se a aumentar a suntuosidade
das cortes e das cidades; dedicavam templos aos deuses, [...].” (p.48).
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relacionados com a agricultura e a fertilidade, como por exemplo, o deus da chuva, o Chac, o
deus do Sol, da Lua e o considerado sumo criador, o Itzamná.
O declínio maia começou por volta de 900 d.C, não se sabe ao certo o porque mas as
cidades foram sendo abandonadas aos poucos, o mais provável é que não seja apenas um, mas a
soma de vários fatores que impulsionaram os abandonos.
Toltecas.
O povo tolteca, cujo nome significa “artista excelente”, eram seguidores e súditos de
Quetzalcóatl. Teriam começado a partir do fundamento de uma nova capital nas planícies do
México, a Tollan, posteriormente chamada pelos espanhóis de Tula. O sacerdote (Ce Acatl
Topiltzin) que teria fundado a cidade seria filho de um rei (Mixcoatl Ce Tecpatl) dos chichitecas
que teria comandado uma invasão na região por volta de 950 d.C. “Esta civilização, no momento
do seu apogeu, tinha estendido seu domínio sobre todo o México ocidental, sobre Iucatã, que
após haver englobado a etnia sobrevivente de Teotihuacã.” (p.54). As descrições que se tem da
cidade de Tula, “uma metrópole, um centro artístico e de edifícios esplendorosos” (p.54) não
correspondem às ruinas encontradas. Alguns pesquisadores se questionam se Tula era realmente
como descrita ou se seria uma espécie de Eldorado.
Por volta de 1000 d.C., os toltecas tiveram contato com alguns povos maias que
habitavam a península de Iucatã, dominaram a região e fundaram Chichen Itzá, que se tornou a
cidade mais poderosa da península. “Em razão de tais acontecimentos, o último baluarte da
cultura maia que floresceu na zona iucateca foi definido como „civilização maia-tolteca. ‟”
(p.54). Em Chichen Itzá praticava o culto Queyzalcóatl, que se sobrepôs aos cultos dos velhos
deuses do panteão maia e, o culto do Cenote Sagrado, o deus da chuva e da fertilidade, Chac.
Havia sacrifícios humanos como oferendas, havendo inclusive o desenvolvimento de uma
espécie de plataforma para os sacrifícios, a tzompantli.
As cidades Tula e Chichen Tzá começaram seu declínio por volta de 1200 d.C. O centro
de Iucatã foi assumido pelos Maiapã que reinaram aproximadamente por dois séculos e foram
destruídos pelos cocom antes mesmo da chegada dos espanhóis na America.
Astecas.
Foram a ultima força antes da colonização. Sobre sua origem existem vários mitos e
lendas. O que se sabe é que, por volta de 1345, povos nômades que falava náuatle se assentaram
nas regiões periféricas do lago Texcoco, onde futuramente fundariam sua capital, Tenochtitlã.
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Autodenominavam-se “mexicas”, mas também receberam o nome “astecas” por causa de
sua suposta origem de Aztlán.
A partir de 1428 começaram uma campanha expansionista com objetivo de abrir novas
vias comerciais e obter tributos.
Com o passar dos tempos foram ampliando cada vez mais seu panteão religioso. “De
todo modo, sua veneração esteve sempre dirigida principalmente a Huitzilopochtli, a divindade
tribal dos antepassados, ligada à guerra e ao disco solar, da qual não existem
representações.”(p.61). Foi erguido, na área sagrada um templo piramidal que foi chamado
depois pelos colonizadores de Templo Maior. Sobre ele foram edificados dois santuários, um ao
norte – dedicado ao deus da chuva e da fertilidade, Tláloc - e outro ao sul – consagrado ao deus
Huitzilopochtli. Também adoraram o Xipetotec, Texcatlipoca, Coatlicue, e outros... “A
religiosidade dos astecas assumiu logo aspectos prepotentes e cruéis na confrontação com os
povos submetidos, que foram obrigados pela força a venerar o deus Huitzilopochtli e a serem
vítimas de sacrifícios humanos para satisfazê-los. [...] Outro aspecto dramático vinculado ao
culto de Huitzilopochtli eram as chamadas „guerras floridas‟ [...] destinadas unicamente a
proporcionar o maior número possível de prisioneiros que, uma vez sacrificados, alimentariam
o deus com sangue.” (p.62).
Os mixtecas foram destruídos pelos espanhóis, que se aliaram aos inimigos dos mixtecas.
Os sobreviventes foram convertidos ao catolicismo e passaram a servir a coroa espanhola.
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O ocidente mexicano
Durante o período Clássico eram povoados basicamente rurais que não chegaram a
desenvolver centros cerimoniais ou cidades. Destaca-se a produção artística de Guerrero, na qual
se pode verificar a influência dos olmecas e do povo de teotihuacã. Também existem registros do
jogo de bola, mas sua prática não seria semelhante aos dos outros centros culturais.
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