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DA SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA E DO
INVENTÁRIO E DA PARTILHA
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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI – URCA
CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS APLICADOS – CESA
DEPARTAMENTO DE DIREITO
ALUNO: ANDRÉ FELIPE SILVA TORRES
DISCIPLINA: DIREITO DAS SUCESSÕES
DA SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA E DO
INVENTÁRIO E DA PARTILHA
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Sumário
0. Introdução......................................................................................................................4
PARTE 1 – DA SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA.........................................................5
1. Disposições Iniciais sobre Sucessão Testamentária......................................................5
1.1. Natureza jurídica do testamento.....................................................................6
2. Capacidade de testar......................................................................................................8
3. Formas ordinárias e especiais de testamento.................................................................9
3.1. Testamento público.........................................................................................9
3.2. Testamento cerrado.........................................................................................9
3.3. Testamento particular...................................................................................10
3.4. Codicilos......................................................................................................10
3.5. Testamentos especiais: marítimo, aeronáutico e militar..............................11
4. Disposições testamentárias.........................................................................................13
5. Legados, efeitos e seu pagamento e caducidade........................................................16
5.1. Conceito e Classificação dos Legados.........................................................16
5.2. Efeitos dos legados e seu pagamento...........................................................17
5.3. Caducidade dos Legados.............................................................................18
6. Direito de acrescer entre herdeiros e legatários..........................................................20
7. Substituição Testamentária.........................................................................................21
7.1. Substituição fideicomissária.........................................................................21
8. Deserdação..................................................................................................................25
9. Redução das disposições testamentárias.....................................................................27
10. Rompimento do Testamento.....................................................................................29
11. O Testamenteiro........................................................................................................30
PARTE 2 – DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA......................................................31
1. Inventário.....................................................................................................................31
1.1. Inventariante.................................................................................................31
1.2. Processamento do Inventário........................................................................32
1.3. Arrolamento sumário....................................................................................33
1.4. Arrolamento comum.....................................................................................33
2. Institutos da Colação, Sonegado e do Pagamento das Dívidas...................................34
2.1. Colação.........................................................................................................34
2.2. Sonegados.....................................................................................................35
2.3. Do Pagamento das Dívidas...........................................................................36
3. Partilha.........................................................................................................................37
3.1. Anulação e rescisão da partilha....................................................................38
3.2. Sobrepartilha.................................................................................................38
3.3. Garantia dos quinhões hereditários...............................................................39
Referências......................................................................................................................40
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0. Introdução
Objetivamos, com este trabalho, apresentar uma noção dos institutos descritos
acima, sem, no entanto, esgotar o assunto, haja vista a quantidade de assuntos
relevantes. Trazemos conceitos tirados das mais variadas fontes, na medida do possível,
a fim de enriquecer o trabalho com várias opiniões. Mas o que encontramos,
geralmente, é a interpretação do Código Civil ao que se referem estes institutos. No
entanto, isso não foge ao espírito de nosso trabalho.
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PARTE 1 – DA SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA
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herdeiros necessários só pode dispor de metade dos seus bens, constituindo a outra
metade a legítima intangível dos herdeiros forçados (GHIARONI, et al, 2004) e de
acordo com o art. 1.789 do CC.
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2. Capacidade de testar
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3. Formas ordinárias e especiais de testamento
Pelas disposições do art. 1872 do CC, não podem fazer testamento cerrado os
analfabetos (já que é imprescindível para a feitura deste testamento a capacidade de ler).
Os surdos-mudos, contanto que o escreva todo, e o declare, no final do instrumento, em
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forma escrita que este é o seu testamento cuja aprovação pede ao tabelião poderá
também utilizar-se do testamento cerrado.
3.4. Codicilos
O codicilo, para ser válido deverá ser escrito de próprio punho (podendo ser
datilografado ou processado por computador), assinado e datado por pessoa capaz. Não
são exigidas assinaturas de testemunhas. É ato de última vontade, composto por
disposições especiais tais como determinações sobre o seu enterro, suas esmolas de
pouca monta, seus móveis, suas jóias de pouco valor e de uso pessoal. Importa notar
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que as disposições do codicilo devem referir-se a bens não valiosos, pois os de maior
valia só podem transmitir por testamento, configurando assim a diferenciação entre os
dois institutos. Apesar de sua destinação para bens de menor valor, o codicilo pode ser
meio hábil para reconhecimento de filho, reabilitar o indigno, nomear testamenteiro e
outras disposições e determinações, conforme permissões espalhadas no Código Civil.
O codicilo só pode ser revogado por outro codicilo ou por testamento posterior
que o revogue expressamente, não o confirme ou modifique-o. No entanto, o testamento
não pode ser revogado por codicilo posterior.
O testamento não valerá se ao tempo em que foi feito o navio estava em porto
onde o testador pudesse desembarcar e testar na forma ordinária.
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Quanto ao testamento militar, é o elaborado por militares ou pessoas à serviço
das Forças Armadas que estejam em campanha de guerra, praça sitiada, ou com
comunicações interrompidas.
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4. Disposições testamentárias
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inalienabilidade, exclui este último da
incomunicabilidade;
• Em certos casos dever-se-á verificar que o testador
considerou os usos locais de onde vivia, a qualidade do
legatário, a amizade, etc.; se não puderem solucionar as
dúvidas, procurar-se-á decidir em favor da sucessão
legítima;
• Compete a interpretação do testamento ao juízo do
inventário;
• Deve-se afastar restrição de inalienabilidade dos
rendimentos dos bens legados, gravados de
inalienabilidade, impenhorabilidade e
incomunicabilidade.
São regras permissivas as positivadas no art. 1.897 e 1.911 do CC. No art. 1.897,
é estabelecida a instituição de herdeiro ou legatário e determina que esta possa ser feita
de forma simples e pura (nomeação sob nenhuma condição ou encargo) ou sob condição
(a eficácia da nomeação fica condicionada a um evento futuro e incerto), ou mediante
encargo (testador impõe de forma coercitiva um ônus ou obrigação ao herdeiro ou
legatário), ou por certo motivo (no caso do testador declarar o motivo que o levou a
fazer a liberalidade) ou, finalmente, a termo (quando a eficácia da nomeação fica
condicionada a um evento futuro e certo). Neste último caso, só poderá ser feita nas
substituições fideicomissárias ou quando se tratar de nomeação de legatário.
Por fim, as regras proibitivas: o art. 1.898 do Código Civil impede a nomeação
de herdeiro a termo, salvo nas disposições fideicomissárias. Também será nula as
disposições contidas nos incisos I a IV do art. 1.900 do CC, a seguir explicitadas:
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I - que institua herdeiro ou legatário sob a condição
captatória de que este disponha, também por testamento,
em benefício do testador, ou de terceiro;
II - que se refira a pessoa incerta, cuja identidade não se
possa averiguar;
III - que favoreça a pessoa incerta, cometendo a
determinação de sua identidade a terceiro;
IV - que deixe a arbítrio do herdeiro, ou de outrem, fixar
o valor do legado;
V - que favoreça as pessoas a que se referem os arts.
1.801 e 1.802. (casos de incapacidade relativa para
herdar, de pessoas que podem influir na disposição do
testamento)
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5. Legados, efeitos e seu pagamento e caducidade
a) Legado de coisas: pode ainda ser subdividido em legado de coisa alheia, legado de
coisa do herdeiro ou do legatário, legado de coisa comum, legado de coisa
singularizada, legado de coisa localizada, entre outras.
• Legado de coisa alheia: o Código Civil, em seu art. 1.912 determina a ineficácia
do legado de coisa certa que não pertença ao testador no momento da abertura da
sucessão, o que, em outras palavras, diz que não se pode transferir o domínio se
não é proprietário; no entanto há duas exceções: quando o testador ordena que o
herdeiro ou legatário transfira bem de seu patrimônio para outrem e quando há o
legado de coisa que se determine pelo gênero;
• Legado de coisa comum: ocorre quando o legado é de coisa comum e apenas em
parte pertencer ao testador ou na hipótese de o testador ordenar que o herdeiro
ou legatário entregue coisa de sua propriedade a outrem, só quanto a esta parte
valerá o legado;
• Legado de coisa singularizada: conforme determina o art. 1.916 do CC: se o
testador legar coisa sua, especificando-a por suas características, só terá eficácia
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o legado se o bem se encontrava entre o patrimônio que corresponde à herança
ou se ainda existir entre os bens do testador, ao tempo da morte deste;
• Legado de coisa localizada: ocorre no caso do legado de coisa encontrar-se em
determinado lugar, somente terá eficácia se no local for achado o legado, salvo
se removido a título transitório.
b) Legado de crédito ou de quitação de dívida: neste caso, este legado só terá eficácia
até a importância deste crédito ou quitação de dívida, ao tempo da morte do testador.
d) Legado de usufruto: o usufruto por parte do legatário será vitalício, quando o testador
não dispor sobre o tempo do legado de usufruto.
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possui o ônus de entregar a coisa ao legatário. Isso após todo o procedimento de
apuração, arrecadação dos bens que compõe o patrimônio do de cujus e os respectivos
débitos e ônus deixados pelo mesmo, além da litigância sobre a validade do testamento;
se legado condicional ou a termo, o legatário só exerce o direito de petição quando
implementada a condição ou o termo.
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Caducidade significa ineficácia de disposição testamentária por motivo
superveniente à feitura do testamento, embora válido. A caducidade gera o efeito de,
embora válido o testamento, suas disposições não se aplicam ao momento, ou seja, não
são capazes de gerar o efeito da transferência da herança ou pagamento do legado. As
causas são de natureza material, e não se confundem com a nulidade do testamento, em
que este é inválido por inobservância das formalidades legais ou em razão da
incapacidade do agente.
A caducidade dos legados pode se dar em virtude de causas objetivas (na qual o
próprio bem a legar está impossibilitado de sê-lo) e causas subjetivas (na qual
circunstâncias relacionadas aos sujeitos do negócio jurídico tornam impossível o
pagamento do legado).
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6. Direito de acrescer entre herdeiros e legatários
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7. Substituição Testamentária
• Substituição vulgar: indica outra pessoa ou pessoas que irão herdar no lugar do
primeiro instituído, os favorecidos se indicam simultaneamente (arts. 1.947 e
1.949, CC). Não é admitida a substituição de herdeiro necessário.
• Substituição recíproca: alcança dois ou mais co-herdeiros ou co-legatários que se
substituem reciprocamente, ou seja, são substitutos uns dos outros (arts. 1.948 e
1.950, CC).
• Substituição fideicomissária: quando o herdeiro ou legatário recebe o bem de um
fiduciário que o recebeu para transmiti-lo, por sua morte, ou depois de certo
tempo, ou ainda, sob certa condição (arts. 1.951 a 1.960, CC).
• Substituição compendiosa: Consiste num misto de substituição vulgar e
fideicomissária. Neste tipo de substituição, o testador dá substituto ao fiduciário
ou ao fideicomissário, prevendo que um ou outro não queira ou não possa aceitar
a herança ou o legado.
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Tal instituto favorece, apenas, os não concebidos quando da morte do testador,
por expressa determinação legal. Havendo, ao ser aberta a sucessão, nascido o
fideicomissário, este terá a propriedade dos bens fideicomitidos, convertendo em
usufruto o direito do fiduciário pelo tempo previsto no testamento.
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• Ter a plena propriedade se o fideicomissário renunciar, ou se este falecer antes
do testador, ou antes de ocorrida a condição do direito do fiduciário;
• Usar de todas as ações do herdeiro, inclusive a de petição de herança.
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• Incapacidade testamentária passiva, ou exclusão do fideicomissário, ou se ele
falecer antes do testador;
• Falecimento do fideicomissário depois do testador, mas antes do fiduciário, ou
antes de realizada a condição ou termo resolutivo;
• Renúncia da herança ou legado feita pelo fideicomissário;
• Perecimento total do bem sujeito ao fideicomisso, sem que tenha havido culpa
ou dolo do fiduciário, e desde que não ocorra sub-rogação no valor do seguro
estipulado sobre a coisa.
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8. Deserdação
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IV - desamparo do filho ou neto com deficiência mental
ou grave enfermidade.
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9. Redução das disposições testamentárias
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redução da quota do herdeiro instituído não for suficiente, procede-se a redução dos
legados (CC , art. 1.967, § 1º). A redução nos legados é proporcional aos seus valores.
Por fim, mesmo reduzindo as quotas referidas nos itens primeiro e segundo, não for
possível atingir a legítima, recorre-se então à redução das doações, começando pelas
mais novas (CC , art. 2.007, §. 4º).
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10. Rompimento do Testamento
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11. O Testamenteiro
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PARTE 2 – DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
1. Inventário
1.1. Inventariante
O art. 990 do CPC indica, em rol taxativo e preferencial, aqueles que podem ser
nomeados inventariantes. Contudo, pode o juiz, fundamentadamente, inverter essa
ordem. Feita a nomeação, deve o inventariante, nos cinco dias subseqüentes, prestar
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compromisso. Na hipótese de inventário conjunto, deve ser nomeado,
preferencialmente, herdeiro comum.
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o testamenteiro (se o de cujus tiver deixado testamento). Segue-se a avaliação dos bens
inventariados, para fins de cálculo do ITCD e da partilha. Resolvida eventuais
impugnações, será lavrado o termo de últimas declarações. Por fim, chega-se à fase da
partilha.
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2. Institutos da Colação, Sonegados e do Pagamento das Dívidas
2.1. Colação
A colação, em regra, é feita com o retorno dos bens doados à massa da herança
para posterior partilha. Se o donatário já o tiver alienado, procede-se à colação por
estimativa, ou seja, o valor do bem volta à universalidade de bens da herança. “O valor
de colação dos bens doados será aquele, certo ou estimativo, que lhes atribuir o ato de
liberalidade” (CC, art. 2.004).
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Art. 2.010. Não virão à colação os gastos ordinários do
ascendente com o descendente, enquanto menor, na sua
educação, estudos, sustento, vestuário, tratamento nas
enfermidades, enxoval, assim como as despesas de
casamento, ou as feitas no interesse de sua defesa em
processo-crime.
Art. 2.011. As doações remuneratórias de serviços feitos
ao ascendente também não estão sujeitas a colação.
2.2. Sonegados
A sonegação é ocultação dolosa dos bens que compõe o espólio. É uma infração
que reclama pena civil. Ela pode ser praticada pelo inventariante, quando omite,
intencionalmente, bens ou valores, prestando declarações que não existem outros bens a
inventariar. O herdeiro comete sonegação quando não procede à colação, não indica
bens em seu poder ou de terceiros. O testamenteiro infringe a norma se sonegar bens ao
inventário.
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como da vintena, se a sonegação disser respeito a bens
testados.
A ação de sonegados prescreve em dez anos, e deve ser ajuizada no foro onde
tramita o inventário, estando legitimados ativamente os herdeiros legítimos ou
testamentários e os credores do espólio. A Fazenda Pública também pode cobrar seus
direitos fiscais sobre os bens sonegados.
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3. Partilha
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3.1 Anulação e rescisão da partilha
Já a partilha judicial, que é julgada por sentença pode ser rescindida (art. 1.030,
do CPC):
3.2. Sobrepartilha
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3.3. Garantia dos quinhões hereditários
Em obediência aos artigos 2.017 e 2.024 do Código Civil, o herdeiro que venha
a perder determinado bem, ou parte dele, o qual lhe teria sido atribuído quando da
partilha, mas que lhe foi tirado em virtude da sentença, tem o direito de ser indenizado
pelos co-herdeiros, a fim de que não tenha prejuízos em relação aos demais. Esta perda
do bem se dá em virtude de eviccção, e o direito sucessório tem como princípio a
igualdade na distribuição do acervo hereditário. Desta feita, justifica-se a presente regra
imposta no Diploma civil.
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Referências
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito das Sucessões. 11. ed. São Paulo, Saraiva,
2009.
GHIARONI, Regina, FRANÇA, Adiel e outros. Direito das Sucessões. São Paulo,
Freitas Bastos, 2004.
Lídia Salomão. Jurisway. Direito das Sucessões/A sucessão feita por testamento -
disposições gerais. Disponível em http://www.jurisway.org.br/v2/ cursoonline.asp?
id_curso=686&pagina=4&id_titulo=8912
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