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FICHAMENTO

VENOSA, Sílvio de Salvo. Introdução ao estudo do direito: primeiras linhas /


Silvio de Salvo Venosa. – 2º Ed. – São Paulo: Atlas, 2006.

“O Direito – complexo como é, com múltiplas facetas que constituem uma das
suas maiores dificuldades e exigem dos seus cultores, mais do que qualquer
outro ramo de conhecimento , uma variedade enorme de qualidades, por vezes
um tanto contraditórias – por ser visto a muitas luzes, sob muitos ângulos, e
nomeadamente pode ser objeto de indagação filosófica, que não é mais do que
uma Filosofia aplicada a este setor particular do mundo e da vida.” [ Mestre
lusitano Inocêncio Galvão Telles ]

O Direito ensina a viver e a conviver, porem, mais do que isso, a compreender


a sociedade e a nos mesmos.

O Direito ensina, contudo, a distinguir o justo do injusto; o correto do incorreto.

O Direito é necessário. A sociedade não existe sem ele.

2. O que é Direito?

A palavra direito intuitivamente nos outorga (permite) a noção do que é certo,


correto, justo equânime.

O termo direito é palavra plurívoca, (possui vários significados). O direito


como arte procura melhorar as condições sociais ao sugerir e estabelecer
regras justas e equitativas de conduta.

O Direito como ciência, enfeixa (reuni) o estudo e a compreensão das normas


postas pelo Estado ou pela natureza do Homem. Nesse caso, o direito tem
como objeto analisar e estabelecer princípios para fenômenos sociais.

Pode-se definir o Direito de um país, em sentido restrito, como conjunto de


normas impostas pelo Estado para regular a sociedade. Nesse sentido, o
direito engloba a Constituição do Estado e todas as demais leis e normas.

Definir Direito é algo muito complexo, pois dificilmente será sintética e


compreensível uma definição que abranja o Direito em todas as suas
acepções.

Sob o aspecto geral, o direito se apresenta em três acepções:

- como regra de conduta obrigatória, Direito Objetivo.


- como um sistema ordenado de conhecimentos, Ciência do Direito.

- e como uma faculdade que a pessoa tem de agir para obter de outrem o que
entende por cabível. Faculdade de agir, ou seja, Direito Subjetivo.

3. Direito Objetivo e Subjetivo

O Direito Objetivo: constituído por um conjunto de regras destinadas a reger


um grupo social, cujo respeito é garantido pelo Estado. È usualmente
identificado com o direito positivo.

O Direito Subjetivo identifica-se com as prerrogativas ou faculdades ínsitas


aos seres humanos, ás pessoas, para fazer valer seus “direitos”, no nível
judicial. O direito subjetivo é aquele que adere á pessoa, á personalidade. È um
poder do individuo que vive em sociedade.

O direito busca, portanto, a adequação da sociedade, sua melhor convivência,


embora cada sistema possa usar métodos diversos.

Como deflui do até então exposto, o Direito pode ser compreendido sobre
várias acepções: como ciência, arte, norma, faculdade.

Assim, quando afirmo que é proibido importar determinada mercadoria, estou


tratado do direito como norma. Quando afirmo que tenho direito de pleitear meu
credito não pago no vencimento no Judiciário, estou me referindo ao direito
como faculdade. Se digo que todo trabalho deve ser remunerado, me refiro ao
conceito de direito com o que é justo. Quando afirmo que o direito possui
método dialético, refiro-me ao direito como ciência.

4. Natureza, valores e cultura

Ressaltam três aspectos muito claros da realidade. Há a realidade da natureza,


a realidade dos valores e a realidade da cultura.

O mundo da natureza compreende tudo quanto existe independentemente da


vontade e da atividade humana. Vigora nesse nível o princípio da causalidade,
as regras das leis naturais, que não admitem exceções ou violações.

No mundo ou na realidade dos valores, o ser humano atribui determinadas


significações, qualidades aos fatos e ás coisas conhecidas. Tudo que nos afeta
possui, nesse diapasão, um valor. A atribuição de valores ás coisas da
realidade constitui uma necessidade vital do homem. Sempre haverá algo que
nos agrada ou desagrada algo de que tenhamos maiores ou menores
necessidades. Esse é o mundo dos valores. Quando admitimos que
determinada pessoa é boa ou má, bonita ou feia, simpática ou antipática, nada
mais fizemos do que atribuir um valor.

Não existe direito fora da sociedade. Só existe direito onde o homem, além de
viver, convive, isto é, se relaciona.

O Direito disciplina condutas, impondo princípios á vida em sociedade. Os


relacionamentos entre as pessoas levam ás relações das mais variadas
naturezas impregnadas pelo Direito; relações com o Estado, relações
familiares; relações obrigacionais etc. Para que a pessoa possa conviver e para
que essas relações entre os vários seres humanos sejam viáveis, não
acarretando o caos, surge a norma jurídica. Norma é a expressão formal do
direito, disciplinadora de condutas.

4.1. Teoria Geral, Epistemologia, Axiologia, Dogmática, Filosofia,


Sociologia e Introdução ao Direito.

Podemos situar o conhecimento jurídico em compartimentos, conforme


tradicionalmente nomeados pelos estudiosos.

A Teoria Geral do Direito estuda o fenômeno abrangente, a teoria comum a


vários direitos.

A Epistemologia (do grego, episteme, ciência, e logo, estudo) consiste na teoria


da ciência. O direito é visto como ciência. Alguns entendem como teoria do
conhecimento geral. Ela estuda as características próprias do objeto e método
de cada ciência. No campo jurídico, a epistemologia estuda a teoria da ciência
do direito.

A axiologia trata-se da ciência dos juízos, da apreciação, da estimação que


damos aos bens, a tudo que nos rodeia.

A Epistemologia e a axiologia jurídicas pertencem ao amplo campo da Filosofia


do Direito. A filosofia do direito busca essencialmente “compreender a
substância do direito como fenômeno universalmente necessário, fazer a sua
critica á luz dos ideais superiores que o dominam e responder ás questões
ultimas que ele suscita”. A filosofia, de per si, demanda permanente
questionamento.

A dogmática jurídica consiste no estudo das normas de um ordenamento em


determinado período. Um estudo dogmático tem em mira, em principio,
unicamente os textos legais de um ordenamento.
A sociologia jurídica, ciência relativamente recente, estuda o Direito sob o
prisma dos fatos ou fenômenos sociais.

5. Pensamento jurídico. A díade positivismo e jusnaturalismo. Noção


introdutória.

O idealismo jurídico traduz-se de forma geral, nas doutrinas do direito natural.


Nessa vertente, há pontos em comum como o fato de o direito emanar da
natureza.

O direito positivo é, pois, o conjunto de regras de organização e conduta que,


consagradas pelo Estado, se impõem coativamente, visando á disciplina da
convivência social.

6. As subdivisões conceituais e didáticas do Direito. Direito público e


direito privado

Em geral, as normas de direito público possuem caráter de cogência ou


obrigatoriedade, normas cogentes, como examinaremos. Não podem os
interessados dispor diferentemente do que o determinado por elas. No direito
privado há normas desse nível, cogentes, e outras que estão a disposição das
partes, as chamadas normas dispositivas.

Pertencerá ao direito público as normas que regulam o Estado quando exerce


soberania. Quando o Estado se despe da soberania e se relaciona em
condições de igualdade com os indivíduos, pessoas naturais ou jurídicas, o
campo será o do direito privado, assim como quando a relação é entre
particulares no mesmo plano de igualdade.

Melhor será considerar como direito publico aquele que tem por finalidade
regular as regulações do Estado, do Estados entre si, das soberanias, do
Estado com relação a seus súditos, quando procede com seu poder de
soberania, isto é, o poder do império. Direito privado é o que regula as relações
entre particulares naquilo que é de seu peculiar interesse.

Em resumo, o direito privado é aquele que tradicionalmente regula o


ordenamento dos interesses dos particulares, sendo o Direito Civil o ramo do
direito privado por excelência. A medida que questionamos o que devem os
membros da sociedade uns aos outros, ou o que é meu e que é teu; quando
analisamos as relações entre os individuo, na família ou fora dela, as relações
entre marido e mulher, pais e filhos e as relações dos indivíduos com as
pessoas jurídicas, associações e sociedades, estamos no ramo do direito
privado que se denomina Direito Civil.

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