1. A Procuradoria da Fazenda Nacional em Minas Gerais, em razão
das intimações que vem recebendo para pagamento das diligências de oficiais de justiça, nos feitos de seu interesse, como condição para seu cumprimento, vem comunicar a impossibilidade legal de efetuar os referidos pagamentos na forma de preparo ou custas, bem como de antecipar o pagamento das diligências, por contrariar a Lei nº 4.320/64. 2. Por outro lado, a realização do depósito individual dessas diligências é atividade que onera demasiadamente a cobrança executiva e, em conseqüência, o povo brasileiro, atentando contra os princípios da eficiência e da moralidade. 3. A alternativa encontrada, para a eficiente solução da questão, foi o convênio firmado por esta Procuradoria e o Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Ocorre que, quando da renovação do convênio, o Tribunal apresentou minuta que esta Procuradoria entende como violadoras da legalidade do mesmo, uma vez que se retirou a identificação da Certidão de Dívida Ativa, que permitiam a conferência da regularidade no uso do recurso, nos termos do convênio, bem como se suprimiu a indicação da forma de restituir, à União, os pagamentos indevidos a oficiais de justiça. 4. Como, até o momento, não houve resposta do TJMG ao pedido de revisão da citada redação e, com o objetivo de resguardar o interesse da União e a responsabilidade pelo prejuízo, que a paralisação dos atos processuais possa causá-la, solicitamos o cumprimento desses atos, cuja despesa será ressarcida quando firmado o novo convênio. 6. Se diverso for o entendimento desse Juízo, em razão dos fatos expostos, solicitamos que, em respeito aos princípios da efetividade, da economicidade, da moralidade, não sejam renovadas as intimações para pagamento das referidas verbas e sejam mantidos, em cartório, os processos que dependam de atuação de oficiais de justiça, até a notícia da regularização do convênio em questão. 7. Aproveitamos o ensejo para solicitar prioridade na utilização do sistema Bacen Jud - penhora on-line, amparado nos mesmos princípios acima citados e, sobretudo, em razão da prevalência do interesse público. 8. Certos de contarmos com a sabedoria e atenção desse Juízo,colocamo-nos à disposição para maiores informações.
Respeitosamente,
MARÍLIA APARECIDA SILVA DO CARMO
SUBPROCURADORA-CHEFE DA FAZENDA NACIONAL PROCURADORIA DA FAZENDA NACIONAL DE MINAS GERAIS