Sei sulla pagina 1di 11

Lei das precedências do Protocolo do Estado Português

Lei n.º 40/2006, de 25 de Agosto

A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:

SECÇÃO I
Princípios gerais
Artigo 1.º
Objecto

1 - A presente lei dispõe sobre a hierarquia e o relacionamento protocolar das altas entidades públicas.

2 - A presente lei dispõe também sobre a articulação com tal hierarquia de outras entidades inseridas no
esquema de relações do Estado e ainda sobre a declaração do luto nacional.

Artigo 2.º
Âmbito de aplicação

A presente lei aplica-se em todo o território nacional e nas representações diplomáticas e consulares de Portugal
no estrangeiro.

Artigo 3.º
Garantia de pluralismo

1 - Em cerimónias oficiais e em outras ocasiões de representação do Estado, das Regiões Autónomas e do


poder local deve ser assegurada a presença de titulares dos vários órgãos do âmbito correspondente à entidade
organizadora, bem como do escalão imediatamente inferior.

2 - A representação dos órgãos de composição pluripartidária deve incluir sempre membros da maioria e da
oposição.

Artigo 4.º
Representação

Para efeitos da presente lei, a representação de uma alta entidade por outra só pode fazer-se ao abrigo de
disposição legal expressa.

Artigo 5.º
Prevalência

Para as altas entidades públicas, a lista de precedências constante da presente lei prevalece sempre mesmo em
cerimónias não oficiais.

Artigo 6.º
Presidência das cerimónias oficiais

1 - As cerimónias oficiais são presididas pela entidade que as organiza.

2 - Fica ressalvado o que sobre esta matéria expressamente se dispõe na presente lei.

SECÇÃO II
Precedências
Artigo 7.º
Lista de precedências

1
Para efeitos protocolares, as altas entidades públicas hierarquizam-se pela ordem seguinte:

1) Presidente da República;

2) Presidente da Assembleia da República;

3) Primeiro-Ministro;

4) Presidente do Supremo Tribunal de Justiça e Presidente do Tribunal Constitucional;

5) Presidente do Supremo Tribunal Administrativo e Presidente do Tribunal de Contas;

6) Antigos Presidentes da República;

7) Ministros;

8) Presidente ou secretário-geral do maior partido da oposição;

9) Vice-presidentes da Assembleia da República e presidentes dos grupos parlamentares;

10) Procurador-Geral da República;

11) Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas;

12) Provedor de Justiça;

13) Representantes da República para as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira;

14) Presidentes das Assembleias Legislativas das Regiões Autónomas;

15) Presidentes dos Governos Regionais;

16) Presidentes ou secretários-gerais dos outros partidos com representação na Assembleia da República;

17) Antigos Presidentes da Assembleia da República e antigos Primeiros-Ministros;

18) Conselheiros de Estado;

19) Presidentes das comissões permanentes da Assembleia da República;

20) Secretários e subsecretários de Estado;

21) Chefes dos Estados-Maiores da Armada, do Exército e da Força Aérea;

22) Deputados à Assembleia da República;

23) Deputados ao Parlamento Europeu;

24) Almirantes da Armada e marechais;

25) Chefes da Casa Civil e Militar do Presidente da República;

2
26) Presidentes do Conselho Económico e Social, da Associação Nacional dos Municípios Portugueses e da
Associação Nacional das Freguesias;

27) Governador do Banco de Portugal;

28) Chanceleres das Ordens Honoríficas Portuguesas;

29) Vice-presidente do Conselho Superior da Magistratura;

30) Juízes conselheiros do Tribunal Constitucional;

31) Juízes conselheiros do Supremo Tribunal de Justiça, do Supremo Tribunal Administrativo e do Tribunal de
Contas;

32) Secretários e subsecretários regionais dos Governos das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira;

33) Deputados às Assembleias Legislativas das Regiões Autónomas;

34) Comandante-geral da Guarda Nacional Republicana e director nacional da Polícia de Segurança Pública;

35) Secretários-gerais da Presidência da República, da Assembleia da República, da Presidência do Conselho


de Ministros e do Ministério dos Negócios Estrangeiros;

36) Chefe do Protocolo do Estado;

37) Presidentes dos tribunais da relação e tribunais equiparados, presidentes do Conselho de Reitores das
Universidades Portuguesas e do Conselho Coordenador dos Institutos Politécnicos, bastonários das ordens e
presidentes das associações profissionais de direito público;

38) Presidentes da Academia Portuguesa da História e da Academia das Ciências de Lisboa, reitores das
universidades e presidentes dos institutos politécnicos de direito público;

39) Membros dos conselhos das ordens honoríficas portuguesas;

40) Juízes desembargadores dos tribunais da relação e tribunais equiparados e procuradores-gerais-adjuntos,


vice-reitores das universidades e vice-presidentes dos institutos politécnicos de direito público;

41) Presidentes das câmaras municipais;

42) Presidentes das assembleias municipais;

43) Governadores civis;

44) Chefes de gabinete do Presidente da República, do Presidente da Assembleia da República e do Primeiro-


Ministro;

45) Presidentes, membros e secretários-gerais ou equivalente dos conselhos, conselhos nacionais, conselhos
superiores, conselhos de fiscalização, comissões nacionais, altas autoridades, altos-comissários, entidades
reguladoras, por ordem de antiguidade da respectiva instituição, directores-gerais e presidentes dos institutos
públicos, pela ordem dos respectivos ministérios e dentro destes da respectiva lei orgânica, provedor da
Misericórdia de Lisboa e presidente da Cruz Vermelha Portuguesa;

46) Almirantes e oficiais generais com funções de comando, conforme a respectiva hierarquia militar,
comandantes operacionais e comandantes de zona militar, zona marítima e zona aérea, das Regiões Autónomas

3
dos Açores e da Madeira;

47) Directores do Instituto de Defesa Nacional e do Instituto de Estudos Superiores Militares, comandantes da
Escola Naval, da Academia Militar e da Academia da Força Aérea, almirantes e oficiais generais de 3 e 2
estrelas;

48) Chefes de gabinete dos membros do Governo;

49) Subdirectores-gerais e directores regionais;

50) Juízes de comarca e procuradores da República;

51) Vereadores das câmaras municipais;

52) Assessores, consultores e adjuntos do Presidente da República, do Presidente da Assembleia da República


e do Primeiro-Ministro;

53) Presidentes das juntas de freguesia;

54) Membros das assembleias municipais;

55) Presidentes das assembleias de freguesia e membros das juntas e das assembleias de freguesia;

56) Directores de serviço;

57) Chefes de divisão;

58) Assessores e adjuntos dos membros do Governo.

Artigo 8.º
Equiparações

1 - As altas entidades públicas não expressamente mencionadas na lista constante do artigo anterior serão
enquadradas nas posições daquelas cujas competências, material e territorial, mais se aproximem.

2 - Aos cônjuges das altas entidades públicas, ou a quem com elas viva em união de facto, desde que
convidados para a cerimónia, é atribuído lugar equiparado às mesmas quando estejam a acompanhá-las.

Artigo 9.º
Eleição e antiguidade

1 - Entre as entidades de idêntica posição precede aquela cujo título resultar de eleição popular.

2 - Entre entidades com igual título precede aquela que tiver mais antiguidade no exercício do cargo, salvo se
outra regra resultar do disposto na presente lei.

SECÇÃO III
Órgãos de soberania
Artigo 10.º
Presidente da República

1 - O Presidente da República tem precedência absoluta e preside em qualquer cerimónia oficial em que esteja
pessoalmente presente, à excepção dos actos realizados na Assembleia da República.

2 - O Presidente da República é substituído, nos termos constitucionais, pelo Presidente da Assembleia da

4
República, que goza então, como Presidente da República interino, do estatuto protocolar do Presidente da
República.

3 - Para efeitos da presente lei, o Presidente da República não pode fazer-se representar por ninguém, não
gozando, portanto, de precedência sobre entidades mais categorizadas qualquer delegado pessoal dele.

Artigo 11.º
Presidente da Assembleia da República

1 - Na Assembleia da República, o respectivo Presidente preside sempre, mesmo que esteja presente o
Presidente da República.

2 - O Presidente da Assembleia da República preside a qualquer cerimónia oficial desde que não esteja
pessoalmente presente o Presidente da República, excepto aos actos realizados no Supremo Tribunal de Justiça
ou no Tribunal Constitucional.

3 - O Presidente da Assembleia da República é substituído e pode fazer-se representar, nos termos


constitucionais e regimentais, por um dos vice-presidentes da Assembleia da República, o qual goza então do
estatuto protocolar do Presidente.

Artigo 12.º
Primeiro-Ministro

1 - O Primeiro-Ministro preside àquelas cerimónias oficiais em que não estejam presentes nem o Presidente da
República nem o Presidente da Assembleia da República.

2 - O Primeiro-Ministro pode fazer-se representar, na sua ausência ou impedimento, por um ministro da sua
escolha, o qual goza então do respectivo estatuto protocolar.

Artigo 13.º
Presidentes do Supremo Tribunal de Justiça e do Tribunal Constitucional

O Presidente do Supremo Tribunal de Justiça e o Presidente do Tribunal Constitucional presidem sempre nos
respectivos tribunais, excepto estando presente o Presidente da República.

Artigo 14.º
Ministros

1 - Os ministros ordenam-se segundo o diploma orgânico do Governo.

2 - Nas cerimónias de natureza diplomática, o Ministro dos Negócios Estrangeiros precede todos os outros.

3 - Nas cerimónias de natureza militar, o Ministro da Defesa Nacional precede todos os outros, salvo nas que
respeitem à Guarda Nacional Republicana, em que a precedência cabe ao Ministro da Administração Interna.

4 - Nas cerimónias do âmbito de cada ministério, o respectivo ministro tem a precedência.

Artigo 15.º
Vice-presidentes da Assembleia da República

1 - Os vice-presidentes da Assembleia da República têm entre si a precedência correspondente à


representatividade do respectivo grupo parlamentar.

2 - O vice-presidente que substituir ou representar o Presidente da Assembleia da República, por motivo de

5
ausência, impedimento ou delegação deste, goza do respectivo estatuto protocolar.

Artigo 16.º
Altos dirigentes partidários e parlamentares

Os presidentes ou secretários-gerais dos partidos políticos com representação na Assembleia da República, bem
como os respectivos presidentes dos grupos parlamentares, ordenam-se conforme a sua representatividade
eleitoral.

Artigo 17.º
Altas entidades das Regiões Autónomas

1 - Os Representantes da República, os Presidentes das Assembleias Legislativas e os Presidentes dos


Governos Regionais gozam, em todo o território nacional e nas representações diplomáticas e consulares de
Portugal no estrangeiro, do estatuto protocolar dos ministros.

2 - O disposto no número anterior não prejudica as precedências estabelecidas na presente lei.

3 - Ficam salvaguardadas as honras determinadas em legislação de cada uma das Regiões Autónomas para os
presidentes dos respectivos órgãos de governo próprio.

Artigo 18.º
Conselheiros de Estado

Os conselheiros de Estado não expressamente mencionados na lista de precedências ordenam-se, de acordo


com a determinação constitucional, do modo seguinte: personalidades designadas pelo Presidente da República,
conforme o diploma de nomeação, e personalidades eleitas pela Assembleia da República, segundo a respectiva
eleição.

Artigo 19.º
Presidentes das comissões parlamentares

Os presidentes das comissões permanentes da Assembleia da República ordenam-se conforme o disposto na


resolução que as tenha instituído.

Artigo 20.º
Secretários e subsecretários de Estado

1 - Os secretários e os subsecretários de Estado ordenam-se segundo o diploma orgânico do Governo.

2 - Os secretários e os subsecretários de Estado podem representar os respectivos ministros na ausência ou


impedimento destes.

Artigo 21.º
Deputados à Assembleia da República

1 - Os deputados à Assembleia da República ordenam-se segundo a representatividade eleitoral do respectivo


partido, conforme o princípio da proporcionalidade.

2 - No círculo eleitoral por que foram eleitos, os deputados têm entre si a precedência decorrente da ordem da
respectiva eleição, ressalvada, porém, aquela que resulte da acumulação, por qualquer deles, de outro cargo ou
precedência superior previsto na presente lei.

Artigo 22.º

6
Deputados ao Parlamento Europeu

1 - Os deputados ao Parlamento Europeu ordenam-se segundo a representatividade dos respectivos partidos


nas eleições correspondentes e dentro de cada partido por ordem da respectiva eleição.

2 - O cargo de Vice-Presidente do Parlamento Europeu confere prioridade sobre o conjunto, ordenando-se os


respectivos titulares, caso haja vários, por razão da representatividade do respectivo grupo parlamentar.

Artigo 23.º
Ordens honoríficas portuguesas

1 - Os chanceleres das ordens honoríficas portuguesas ordenam-se conforme o respectivo diploma orgânico:
antigas ordens militares, ordens nacionais, ordens do mérito.

2 - Os conselhos das ordens ordenam-se segundo a mesma regra e os seus membros conforme o respectivo
diploma de nomeação.

Artigo 24.º
Altos magistrados

Os juízes conselheiros do Tribunal Constitucional, do Supremo Tribunal de Justiça, do Supremo Tribunal


Administrativo e do Tribunal de Contas ordenam-se, dentro de cada uma das respectivas instituições, por
antiguidade no exercício das funções, precedendo os vice-presidentes.

SECÇÃO IV
Regiões Autónomas
Artigo 25.º
Representante da República

1 - O Representante da República tem, na respectiva Região Autónoma, a primeira precedência, que cede
quando estiverem presentes o Presidente da República, o Presidente da Assembleia da República e o Primeiro-
Ministro.

2 - O Representante da República não pode fazer-se representar por ninguém.

3 - O Representante da República é substituído, nos termos constitucionais, pelo Presidente da Assembleia


Legislativa, que goza então do respectivo estatuto protocolar.

Artigo 26.º
Presidente da Assembleia Legislativa

1 - O Presidente da Assembleia Legislativa segue imediatamente o Representante da República.

2 - O Presidente da Assembleia Legislativa preside sempre às sessões respectivas, bem como aos actos por ela
organizados, excepto se estiverem presentes o Presidente da República ou o Presidente da Assembleia da
República.

3 - O Presidente da Assembleia Legislativa é substituído e pode fazer-se representar por um dos vice-
presidentes, o qual goza então do estatuto protocolar do Presidente.

Artigo 27.º
Presidente do Governo Regional

O Presidente do Governo Regional segue imediatamente o Presidente da Assembleia Legislativa.

7
Artigo 28.º
Cerimónias nacionais e regionais

1 - Em cerimónias nacionais, os Representantes da República para as Regiões Autónomas, os Presidentes das


Assembleias Legislativas e os Presidentes dos Governos Regionais ordenam-se conforme a antiguidade no
exercício dos respectivos cargos.

2 - As altas entidades de cada uma das Regiões Autónomas têm na outra estatuto protocolar idêntico ao das
respectivas homólogas, seguindo imediatamente a posição correspondente.

Artigo 29.º
Altas entidades da República

As altas entidades mencionadas no artigo 7.º com precedência sobre os secretários regionais e ainda não
expressamente referidas, quando na Região Autónoma, seguem imediatamente, pela respectiva ordem, o
Presidente do Governo Regional.

Artigo 30.º
Secretários regionais

1 - Os secretários regionais ordenam-se entre si conforme o estabelecido no diploma orgânico do Governo


Regional, precedendo os vice-presidentes, se os houver.

2 - Fora dos casos previstos no artigo 29.º, os secretários regionais seguem imediatamente o Presidente do
Governo Regional.

3 - Aquele dos secretários regionais que substituir o Presidente do Governo Regional, por motivo de ausência,
impedimento ou delegação deste, goza do respectivo estatuto protocolar.

SECÇÃO V
Poder local
Artigo 31.º
Presidentes das câmaras municipais

1 - Os presidentes das câmaras municipais, no respectivo concelho, gozam do estatuto protocolar dos ministros.

2 - Os presidentes das câmaras municipais presidem a todos os actos realizados nos paços do concelho ou
organizados pela respectiva câmara, excepto se estiverem presentes o Presidente da República, o Presidente da
Assembleia da República ou o Primeiro-Ministro, nas Regiões Autónomas, têm ainda precedência o
Representante da República, o Presidente da Assembleia Legislativa e o Presidente do Governo Regional.

3 - Em cerimónias nacionais realizadas no respectivo concelho, os presidentes das câmaras municipais seguem
imediatamente a posição das entidades com estatuto de ministro e, se mesa houver, nela tomarão lugar, em
termos apropriados.

4 - Em cerimónias das Regiões Autónomas realizadas no respectivo concelho, os presidentes das câmaras
municipais seguem imediatamente a posição dos secretários regionais e, se mesa houver, nela tomarão lugar,
em termos apropriados.

Artigo 32.º
Presidentes das assembleias municipais

1 - Os presidentes das assembleias municipais, no respectivo concelho, seguem imediatamente o presidente da


câmara.

2 - Os presidentes das assembleias municipais presidem sempre às respectivas sessões, excepto se estiverem

8
presentes o Presidente da República, o Presidente da Assembleia da República ou o Primeiro-Ministro, e, nas
Regiões Autónomas, ainda o Representante da República, o Presidente da Assembleia Legislativa ou o
Presidente do Governo Regional.

Artigo 33.º
Presidentes das juntas e das assembleias de freguesia

Os presidentes das juntas e das assembleias de freguesia, como representantes democraticamente eleitos das
populações, têm, na respectiva circunscrição, estatuto análogo ao dos presidentes das câmaras e das
assembleias municipais, somando-se estes últimos às entidades a quem devem ceder a precedência e que são
as mencionadas nos artigos 31.º e 32.º

SECÇÃO VI
Outras entidades
Artigo 34.º
Altas entidades estrangeiras e internacionais

As altas entidades de Estados estrangeiros e de organizações internacionais têm tratamento protocolar


equivalente às entidades nacionais homólogas.

Artigo 35.º
Altas entidades da União Europeia

1 - O Presidente do Parlamento Europeu, quando em Portugal, segue imediatamente o Presidente da


Assembleia da República e as entidades parlamentares europeias as suas congéneres portuguesas.

2 - O Presidente do Conselho Europeu segue imediatamente o Primeiro-Ministro, excepto se for chefe de


Estado, caso em que segue imediatamente o Presidente da República.

3 - O Presidente da Comissão Europeia segue imediatamente o Primeiro-Ministro e os comissários europeus os


ministros portugueses homólogos.

4 - Às entidades judiciais e administrativas da União Europeia deverá ser dado tratamento análogo ao disposto
nos números anteriores.

Artigo 36.º
Altas entidades diplomáticas

1 - Os embaixadores estrangeiros acreditados em Lisboa, quando não puder ser-lhes reservado lugar à parte,
seguem imediatamente o secretário-geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros, ordenando-se entre si por
razão de antiguidade da apresentação das respectivas cartas-credenciais, salvaguardada a tradicional
precedência do Núncio Apostólico, como decano do corpo diplomático.

2 - Quando em visita oficial, devidamente participada, às Regiões Autónomas ou a distritos ou concelhos do


território continental da República, os embaixadores estrangeiros acreditados em Lisboa têm direito a tratamento
equivalente ao dos ministros.

3 - Por ocasião de visitas oficiais de delegações estrangeiras de alto nível, o embaixador do país em questão
integra a comitiva da entidade que a ela preside, ocupando, com honras idênticas, posição imediatamente a
seguir àquelas que nela têm tratamento equivalente ao de ministro.

4 - Os embaixadores portugueses acreditados no estrangeiro, quando em Portugal, são tratados nos mesmos
termos protocolares dos embaixadores estrangeiros.

5 - Os representantes diplomáticos de grau inferior ao de embaixador são equiparados aos diplomatas

9
portugueses da mesma categoria e estes, por seu turno, aos outros servidores do Estado de idêntico nível.

6 - Os cônsules-gerais, cônsules e vice-cônsules de carreira precedem os cônsules e vice-cônsules honorários,


ordenando-se todos eles, em cada categoria, pela antiguidade das respectivas cartas-patentes.

7 - Nas sedes das representações diplomáticas no estrangeiro, o respectivo titular preside sempre, excepto
estando presente o Presidente da República, o Presidente da Assembleia da República, o Primeiro-Ministro ou o
Ministro dos Negócios Estrangeiros.

8 - Nas visitas de delegações portuguesas chefiadas por entidades com estatuto protocolar de ministros caberá a
estas a precedência em todos os actos externos do respectivo programa.

Artigo 37.º
Familiares de chefes de Estado estrangeiros

Os familiares de chefes de Estado estrangeiros deverão ser tratados como convidados especiais do Presidente
da República e colocados junto dele ou, não estando presente, de quem tiver, por virtude da mais alta
precedência protocolar, a presidência.

Artigo 38.º
Autoridades religiosas

As autoridades religiosas, quando convidadas para cerimónias oficiais, recebem o tratamento adequado à
dignidade e representatividade das funções que exercem, ordenando-se conforme a respectiva implantação na
sociedade portuguesa.

Artigo 39.º
Autoridades universitárias

1 - Os reitores das universidades e os presidentes dos institutos politécnicos presidem aos actos realizados nas
respectivas instituições, excepto quando estiverem presentes o Presidente da República ou o Presidente da
Assembleia da República.

2 - As deputações dos claustros académicos que participem em cerimónias oficiais seguem imediatamente os
respectivos reitores ou presidentes.

Artigo 40.º
Entidades da sociedade civil

Os dirigentes das confederações patronais e sindicais e de quaisquer outras entidades da sociedade civil,
quando convidados para cerimónias oficiais, ocupam lugar adequado à sua relevância e representatividade.

Artigo 41.º
Governadores civis

1 - Os governadores civis, no respectivo distrito, seguem imediatamente a posição do presidente da assembleia


municipal do concelho onde se realizar a cerimónia, salvo quando se encontrarem em representação expressa
de membro do Governo convidado para a presidir, caso em que assumirão a presidência.

2 - Em cerimónias oficiais no âmbito da segurança, protecção e socorro, se não estiverem presentes membros
do Governo, os governadores civis, no respectivo distrito, assumem a posição protocolar dos ministros,
precedendo o presidente da câmara municipal do concelho onde tais cerimónias tenham lugar.

SECÇÃO VII
Luto nacional
Artigo 42.º

10
Declaração

1 - O Governo declara o luto nacional, sua duração e âmbito, sob a forma de decreto.

2 - O luto nacional é declarado pelo falecimento do Presidente da República, do Presidente da Assembleia da


República e do Primeiro-Ministro e ainda dos antigos Presidentes da República.

3 - O luto nacional é ainda declarado pelo falecimento de personalidade, ou ocorrência de evento, de


excepcional relevância.

SECÇÃO VIII
Disposições finais
Artigo 43.º
Norma revogatória

São revogados os preceitos de quaisquer diplomas legais ou regulamentares anteriores que estabeleçam
precedências protocolares diferentes ou contrárias às da presente lei.

Artigo 44.º
Entrada em vigor

A presente lei entra em vigor no 30.º dia posterior à sua publicação.

Aprovada em 20 de Julho de 2006.


O Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama.

Promulgada em 11 de Agosto de 2006.


Publique-se.
O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.

Referendada em 12 de Agosto de 2006.


O Primeiro-Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.
Governo da República Portuguesa www.portugal.gov.pt

11

Potrebbero piacerti anche