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IEFP - ISG

Ficha Técnica

Colecção MANUAIS PARA APOIO À FORMAÇÃO EM CIÊNCIAS EMPRESARIAIS

Título Contabilidade Geral II


Suporte Didáctico Guia do Formando
Coordenação e Revisão Pedagógica IEFP – Instituto do Emprego e Formação Profissional -
Departamento de Formação Profissional
Coordenação e Revisão Técnica ISG – Instituto Superior de Gestão
Autor Gracinda Santos/ISG
Capa IEFP
Maquetagem ISG
Montagem ISG
Impressão e Acabamento JERAMA – Artes Gráficas, Lda.
Propriedade Instituto do Emprego e Formação Profissional, Av. José
Malhoa, 11 1099-018 Lisboa
Edição Portugal, Lisboa, Dezembro de 2004
Tiragem 1000 exemplares
Depósito Legal 218232/04
ISBN 972-732-910-1

Copyright, 2004
Todos os direitos reservados ao IEFP
Nenhuma parte deste título pode ser reproduzido ou transmitido,
por qualquer forma ou processo sem o conhecimento prévio, por escrito, do IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando


ÍNDICE GERAL IEFP

Índice Geral

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO........................................................................................................... 1

1. Noção ...................................................................................................................................................... 4
2. Balancete de Verificação......................................................................................................................... 6
3. Lançamento de Rectificação e Regularização...................................................................................... 14
4. Balancete Rectificado............................................................................................................................ 40
5. Apuramento de Resultados................................................................................................................... 50
6. Balancete Final...................................................................................................................................... 78
7. Balanço.................................................................................................................................................. 88
8. Demonstração de Resultados ............................................................................................................... 98
9. Anexos ao Balanço e Demonstração de Resultados.......................................................................... 114
10. Demonstração das Origens e das Aplicações de Fundos - DOAF (Anteriormente Designada Mapa de
Origens e Aplicação de Fundos) ......................................................................................................... 118
11. Encerramento das Contas................................................................................................................... 134

II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO....................................................................... 145

1. Reabertura das Contas ....................................................................................................................... 148


2. Aplicação de Resultados..................................................................................................................... 152

QUESTÕES E EXERCÍCIOS ........................................................................................................................... 163

RESOLUÇÕES ................................................................................................................................................ 164

BIBLIOGRAFIA................................................................................................................................................ 167

GLOSSÁRIO .................................................................................................................................................... 169

ÍNDICE REMISSIVO ........................................................................................................................................ 171

Contabilidade Geral II Guia do Formando


I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

CONTABILIDADE
GERAL II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Objectivos

No final desta unidade temática o formando deverá estar apto a:

• registar todas as operações necessárias ao apuramento de resultados e encerramento de


contas;

• efectuar o preenchimento e elaboração dos mapas obrigatórios e respectivos anexos.

Temas:

1. Noção

2. Balancete de verificação

3. Lançamento de rectificação e regularização

4. Balancete rectificado

5. Apuramento de resultados

6. Balancete Final

7. Balanço

8. Demonstração de Resultados

9. Anexos ao Balanço e Demonstração de Resultados

10. Demonstração das Origens e das Aplicações de Fundos (anteriormente designada Mapa de
Origens e Aplicação de Fundos)

11. Encerramento das Contas

• Resumo

• Questões e Exercícios

• Resoluções

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Contabilidade Geral II Guia do Formando 3
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Neste capítulo vamos estudar o trabalho contabilístico de fim de exercício, procedimentos a


desenvolver e mapas a elaborar em cada uma das fases que o compõem.

1. NOÇÃO

Os trabalhos de fim de exercício envolvem a transformação de um conjunto de dados, coligidos


manual ou automaticamente e armazenados de forma automática, noutro conjunto de dados
apresentados de forma normalizada para permitirem comparações e análises diversas.

Estes trabalhos englobam três fases distintas:

• Fase 1 - Trabalhos preparatórios à preparação das demonstrações financeiras, tais como

1. O inventário geral e o balancete de verificação,

2. Os lançamentos de rectificação e regularização ou a chamada regularização e rectificação


de contas,

3. O balancete rectificado ou de inventário,

4. O apuramento de resultados,

5. O balancete final ou de apuramento de resultados,

Trata-se de uma fase de conferências e validações;

• Fase 2 - Elaboração propriamente dita das demonstrações financeiras, sendo estas compostas
por:

1. Balanço,

2. Demonstração de Resultados,

3. Anexos ao Balanço e Demonstração de Resultados,

4. Demonstração das Origens e da Aplicação de Fundos ,

Fase de preparação dos documentos a apresentar aos diversos utilizadores da informação


financeira de cada organização;

• Fase 3 - Encerramento das Contas, engloba:

1. Lançamentos de encerramento ou de fecho,

2. Balancete de fecho,

É a fase operacional, e pode ser total ou parcialmente automática. Corresponde ao fecho


efectivo do exercício contabilístico e ao início do novo exercício contabilístico.

I
4 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Esquematicamente podemos ter:

Trabalho corrente efectuado mensalmente

Balancetes de verificação

Lançamentos de rectificação e regularização

Balancete rectificado

Demonstração de Resultados

Lançamentos de Apuramento de Resultados

Balancete de Apuramento de Resultados

Balanço

Anexo ao Balanço e Demonstração de Resultados

Demonstração de Origem e Aplicações de Fundos

O trabalho corrente já foi alvo de estudo anterior pelo que vamos iniciar o nosso estudo a partir da
etapa - Balancetes de verificação.

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 5
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

2. BALANCETE DE VERIFICAÇÃO

Este balancete dá a conhecer os saldos contabilísticos. É necessário fazer a verificação destes


saldos em função dos saldos reais que através do inventário geral vão ser determinados. Por vezes
existem divergências entre estes valores.

Inventário Geral

A inventariação dos bens, direitos e obrigações existentes no património de cada empresa implica a
sua determinação, descrição e valorização.

O Plano Oficial de Contabilidade (decreto-lei nº 410/89 de 21 de Novembro) determina os critérios


de valorimetria que deverão ser aplicados na inventariação das disponibilidades, das dívidas de
terceiros e a terceiros, nas existências e nas imobilizações, no seu capítulo 5.

Além dos critérios valorimétricos há ainda que respeitar os princípios de contabilidade geralmente
aceites, previstos no Plano Oficial de Contabilidade no seu capítulo 4, nomeadamente:

• Princípio da continuidade – Considera-se que a empresa opera continuadamente, com duração


ilimitada;

• Principio da consistência – Considera-se que a empresa não altera as suas politicas


contabilisticas de um exercicio para o outro;

• Principio da especialização ou do acréscimo – Os Proveitos e os custos são reconhecidos


quando obtidos ou incorridos, indepenedentemente do seu recebimento ou pagamento,
devendo incluir-se nas demonstrações financeiras dos periodos a que respeitam;

• Principio do custo histórico – Os registos contabilisticos devem basear-se em custos de


aquisição ou de produção, quer a escudos nominais, quer a escudos constantes;

• Principio da prudência – Significa que é possivel integrar nas contas um grau de precaução ao
fazer as estimativas exigidas em condições de incertez sem, contudo, permitir a criação de
reservas ocultas ou provisões excessivas ou a deliberada quantificação de activos e proveitos
por defeito ou de passivos e custos por excesso;

• Principio da substância sobre a forma – As operações devem ser contabilizadas atendendo à


sua substância e à realidade financeira e não apenas à sua forma legal;

• Principio da materialidade – As demosntrações financeiras devem evidenciar todos os


elementos que sejam relevantes e que possam afectar avaliações ou decisões pelos utentes
interessados.

O inventário geral é obtido pela soma dos diversos inventários parcelares, designadamente:

• inventário das existências;

• inventário do imobilizado;

• inventário das contas de terceiros e de disponibilidades.

I
6 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Vamos analisar cada um deles em particular.

O Inventário das Existências

Aplicado nas empresas comerciais e industriais, não se resume a uma simples contagem de
existências, pois tem que ter em conta um conjunto de regras relacionadas com:

• a definição da data de separação dos dois exercícios ou dos dois períodos de contabilização,
chamada a data de “cut-off”, ou seja, a data--limite para considerar os movimentos
contabilísticos e respectivos movimentos reais de mercadorias ou de produtos.

Imaginemos que a contabilização das facturas relativas às matérias primas adquiridas não é
efectuada imediatamente com a entrada das mesmas, pois as matérias primas são acompanhadas
da guia de remessa e a factura é endereçada à empresa por correio.

Pode acontecer que esta factura só seja recepcionada durante a primeira semana de Janeiro do
ano (N+1), logo, no inventário de 31/12/N as matérias primas já estão em armazém, mas não estão
registadas na contabilidade.

Para evitar distorções deverão ser verificadas:

• as últimas facturas de compras e de vendas e sua movimentação física nos armazéns;

• os últimos registos de entradas e saídas de armazém e sua movimentação contabilistica;

• todos os documentos referentes a devolução aos fornecedores ou dos clientes;

• as transferências verificadas entre armazéns, para evitar duplicações ou omissões.

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 7
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

As contagens devem ser efectuadas com rigor e método, devendo ser definidos de uma forma
muito objectiva os seguintes factores:

• a unidade da contagem - se observarmos a figura junta, constatamos que as caixas de cartão


não apresentam um tamanho uniforme, há portanto que classificá-las e contá-las dentro dessas
classificações;

• a hora de realização da contagem - esta deverá ser definida de acordo com as possibilidades
dos intervenientes, não esquecer que se for efectuada com o novo exercício iniciado, há que
corrigir as entradas e saídas respectivas;

• o método da contagem - dependendo do número de itens diferentes a contar e da sua


diversidade assim se analisa se é possível fazer uma contagem integral ou por amostragem;

(Amostragem - processo de selecção de partes de um todo que nos permitem retirar conclusões
sobre esse todo).

Este método depende também do tipo de inventário utilizado, se for o inventário permanente
existirão listagens actualizadas que poderão ser confirmadas por amostragem, se for o
inventário intermitente poderá ser necessário fazer uma contagem exaustiva de todos os bens.

• os intervenientes - as pessoas que vão efectuar as leituras e medições, (tem que se definir
quem observa o quê e em que medida, acautelando sempre o principio da segregação de
funções).

(Principio da segregação de funções - o executante de uma tarefa não deve ser o único
interveniente na inventariação dos grandezas associadas a essa tarefa).

Os intervenientes deverão assinar as listagens de inventário.

As existências podem ser valorizadas através de vários Métodos de Custeio, nomeadamente:

• Custo Especifico;

• Custo Médio Ponderado;

• FIFO – First In First Out;

• LIFO – Last In Fist Out;

• Custo Padrão;

Este Métodos variam entre si pela forma como é efectuada a valorização dos bens saídos de
armazém e consequentemente a valorização dos que ficam.

I
8 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

O Inventário do Imobilizado

As empresas devem manter actualizados ficheiros relativos aos seus bens de imobilizado.

O artigo 51 do Código do IVA indica quais os elementos que devem constar desse registo:

1. Número de código;

2. Descrição do bem;

3. Localização do bem;

4. Data de aquisição;

5. Identificação do fornecedor;

6. Data de entrada em funcionamento;

7. Vida útil estimada;

8. Data do início da amortização;

9. Taxa anual de amortização;

10. Valor do IVA suportado ou deduzido;

11. Classificações contabilísticas;

12. Reavaliações verificadas;

13. Seguros;

14. Contratos de assistência.

O inventário de imobilizados tem que responder não só à verificação da existência dos bens, mas
também à verificação daqueles que se encontram obsoletos e dos que não estando em uso
apresentam características de bom funcionamento.

Teremos um registo do seguinte tipo:

Nº Descrição Local Data aquisição Data utilização Fornecedor Preço aquisição Vida útil

1 Mesa reuniões Sede Mai-95 Mai-95 Mobel1 59.000 10


2 Computador Fábrica Jun-97 Jan-98 COPX 400.000 3

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Contabilidade Geral II Guia do Formando 9
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

O Inventário das Contas de Terceiros e de Disponibilidades

Para garantir que os saldos evidenciados na contabilidade nas contas de Disponibilidades e de


Terceiros são os verdadeiros, deveremos efectuar:

• contagens de caixa, ou seja contar o dinheiro físico existente nos cofres da empresa no final
do ano;

Ao fazermos uma contagem de caixa vamos elaborar um registo onde consta o número de
notas e de moedas de cada valor, por exemplo da seguinte forma:

Contagem de caixa em 31/12/N efectuada por António Euro

Quantidade Descrição Valor unitário Valor total


10 notas 10.000 u.m. 100.000 u.m.
5 notas 5.000 u.m. 25.000 u.m.
30 notas 2.000 u.m. 60.000 u.m.
12 notas 1.000 u.m. 12.000 u.m.
1 notas 500 u.m. 500 u.m.
Total em notas 197.500 u.m.
30 moedas 200 u.m. 6.000 u.m.
10 moedas 100 u.m. 1.000 u.m.
50 moedas 10 u.m. 500 u.m.
14 moedas 5 u.m. 70 u.m.
Total em 7.570 u.m.
moedas
Total do caixa 205.070 u.m.

• circularização de saldos, aos bancos, aos clientes e aos fornecedores, ou seja, pedir aos
bancos com que a empresa trabalha, aos devedores e aos credores que nos confirmem o valor
do saldo das nossas contas.

Quando obtemos a resposta é necessário comparar o saldo que temos na contabilidade com a
informação fornecida pelas entidades que foram alvo da circularização.

Quando os saldos não são coincidentes vamos efectuar a sua reconciliação, isto é, compatibilizar
os saldos evidenciados pelos bancos, clientes ou fornecedores, com os da empresa. Esta prática é
denominada de reconciliação de contas.

I
10 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

No caso dos bancos as diferenças podem ocorrer por existirem:

• depósitos em trânsito - são depósitos que já estão considerados como recebidos na nossa
contabilidade mas ainda não chegaram ao banco, ou pelo contrário são depósitos efectuados
por terceiras entidades que já estão movimentados na conta bancária, mas que a empresa
ainda contabilizou;

• cheques por descontar - a empresa emite os cheques e lança-os na contabilidade nessa altura,
os beneficiários só procedem ao desconto desses cheques quando os recebem, logo entre a
data em que o cheque sai da empresa e a data em é descontado esse cheque consta dos
registos da empresa mas não consta dos registos do banco;

• outros movimentos constantes dos registos contabilísticos mas não dos movimentos bancários -
podem existir valores lançados por erro numa conta bancária que são de outra, ou cheques que
não chegaram a ser utilizados por terem sido anulados, são situações de erro que devem ser
corrigidas;

• outros movimentos constantes dos registos bancários mas não dos contabilísticos - podem
existir valores referentes a operações bancárias cujos documentos ainda não foram
recepcionados na empresa, nomeadamente débito ou crédito de juros, débito de despesas,
devoluções de cheques. Quando detectados, estes movimentos devem ser lançados na
contabilidade tendo como suporte a cópia do extracto de conta. É necessário um cuidado
acrescido para que ao recepcionarmos o documento definitivo não seja efectuado outro
lançamento, mas apenas seja agrafado ao documento do lançamento já efectuado
anteriormente.

A reconciliação dos saldos pode-se fazer da seguinte forma:

• Ao saldo apresentado pela conta bancária na contabilidade da empresa vamos:

1. diminuir os movimentos a débito que estão na contabilidade da empresa mas ainda não
constam do saldo bancário no banco;

2. adicionar os movimentos a crédito que estão na contabilidade da empresa mas ainda não
constam do saldo bancário no banco;

3. adicionar os movimentos a débito que estão no saldo bancário do banco mas ainda não
constam da contabilidade da empresa;

4. diminuir os movimentos a crédito que estão no saldo bancário do banco mas ainda não
constam da contabilidade da empresa;

• Depois destas operações chegamos ao valor apresentado pelo banco para o saldo da nossa
conta bancária.

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Contabilidade Geral II Guia do Formando 11
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Exemplo de carta a dirigir ao banco para circularização de saldos:

Ao
Banco Avenida
Lisboa

Exmos senhores,

Vimos pela presente solicitar que nos informem dos saldos apresentados pelas seguintes contas
à data de 31.12.N:

Conta de Depósitos à ordem nº 123456 ____________


Conta de Empréstimos nº 987654 _____________

Antecipadamente gratos, solicitamos a v/ resposta no envelope selado que anexamos.

A resposta do banco Avenida informou que os saldos eram os seguintes:

Conta de Depósitos à ordem nº 123456 - saldo credor de 123 u.m.


Conta de Empréstimos nº 987654 - saldo devedor de 100.000 u.m.

Na contabilidade da empresa os saldos apresentados são:

Conta de Depósitos à ordem nº 123456 - saldo devedor de 150 u.m.


Conta de Empréstimos nº 987654 - saldo credor de 100.000 u.m.

No tocante à conta de empréstimos está tudo correcto, enquanto na conta de depósitos à ordem o
mesmo não acontece. Vamos observar o extracto bancário e detectamos que existe um cheque
devolvido do cliente X, que ainda não foi recepcionado na empresa, que está por lançar no valor de
27 u.m..

Teríamos a seguinte folha de reconciliação bancária.

Saldo da conta bancária na empresa - + 150 u.m.


Movimento a crédito no banco e não considerado pela empresa - 27 u.m.
Saldo da conta bancária no banco - 123 u.m.

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12 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

No final do ano devemos efectuar este movimento e tentar que o documento chegue o mais rápido
possível.

Também aos clientes e fornecedores devem ser dirigidas cartas a solicitar a confirmação dos
saldos evidenciados na contabilidade, neste caso as cartas podem mencionar os saldos pedindo
aos clientes e fornecedores que assinalem se estão ou não de acordo com o valor apresentado, ou
não indicar o valor e esperar que os clientes e fornecedores nos informem do seu saldo.

Exemplo de carta dirigida a um cliente:

Ex.mos. Senhores
Francisco Pinguins Lda
Lisboa

Exmos Senhores,

Vimos pela presente solicitar que nos informem se concordam com o seguinte saldo evidenciado
pela conta corrente nos nosso livros contabilísticos, à data de 31.12.N.
O saldo é de 1.250.000 u.m. a nosso favor:
Concordo ________
Não concordo _________ o saldo é de _____________ .

Queiram fazer o favor de devolver esta carta devidamente assinada no envelope selado que
juntamos.

Antecipadamente gratos,

Se o cliente responder que concorda, está tudo bem. Se o cliente responder que não concorda e
indicar qual o seu saldo, vamos reconciliar os dois saldos e identificar as diferenças.

Imagine que este cliente informa que só nos deve 1.000.000 u.m.. Vamos observar o extracto da
primeira semana de Janeiro do ano N+1 e confirmamos que foi recepcionado a 2 de Janeiro um
cheque de 250.000 u.m., cheque este datado de 28/12/N. Está justificada a diferença, o cliente já
tem o cheque abatido na sua contabilidade em 31.12.N, mas nós ainda não.

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Contabilidade Geral II Guia do Formando 13
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

3. LANÇAMENTO DE RECTIFICAÇÃO E REGULARIZAÇÃO

Os lançamentos de rectificação e de regularização apoiam-se nos inventários.

Estes lançamentos tem por objectivo adequar os saldos contabilísticos aos saldos reais apurados
pelos inventários.

Tipo de Lançamentos de Rectificação e Regularização

Divergências entre os Saldos Contabilísticos e os Valores Apurados no Inventário


Devidas a Erros ou Omissões

Nomeadamente:

• Falhas de Caixa;

• Diferenças entre os saldos das contas de bancos e os extractos correspondentes;

• Movimentos anormais de stocks;

• Facturas não lançadas de clientes ou fornecedores;

• Imobilizados alienados e não evidenciados na contabilidade.

• Falhas de Caixa;

Ao verificarem-se os valores existentes no Caixa podemos detectar diferenças entre o valor


constante do balancete e o valor físico em dinheiro.São as denominadas Falhas de Caixa.

Devemos determinar a razão de ser destas diferenças e efectuar os movimentos respectivos.

Exemplo

Considere que o saldo de caixa apresentado no balancete era de 100 u.m., mas no inventário
efectuado em 31.12.N o valor existente era de 95 u.m., sendo a diferença da responsabilidade do
tesoureiro.

Efectuamos o seguinte lançamento:

1 26 - Outros Devedores e Credores


262 - Pessoal
2629 - Outras operações com o pessoal
a 11 Caixa
Diferença apurada em caixa 5 5
------------------------//---------------------------

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14 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

O saldo da conta Caixa fica corrigido sendo o tesoureiro responsável pela diferença.

Consideremos agora que esta diferença não era da responsabilidade de ninguém, tratou-se de um
documento indevidamente eleborado, sendo considerada a diferença uma falha de caixa a
contabilizar em custos extraordinários.

Teriamos o seguinte lançamento:

2 69 – Custos e Perdas Extraordinárias


698 – Outros Custos e Perdas Extraordinárias
6983 – Diferença de Caixa
a 11 Caixa
Diferença apurada em caixa 5 5
------------------------//---------------------------

Diferenças Entre os Saldos das Contas de Bancos e os Extractos Correspondentes

Conforme já referimos anteriormente, os saldos apurados no Inventário podem ser diferentes do


balancete. Devemos em primeiro lugar encontrar justificação para essas diferenças e:

• corrigir os lançamentos, quando se detectem erros, ou;

• efectuar os lançamentos que sejam perfeitamente identificados em termos de cabimento no


exercício económico que estamos a encerrar.

Exemplo

Ao efectuarmos as reconciliações bancárias referentes a 31/12/N das duas contas bancárias de


que a empresa é titular, detectámos os seguintes factos:
• Conta 129 - Banco do Sul - não está lançado na contabilidade o cheque número 800435 de
10.000 u.m. descontado no banco em 15/12/N;
• Conta 126 - Banco do Oriente - a contabilidade apresenta um lançamento referente a um cheque
com o número 800435 de 10.000 u.m. que não se encontra descontado no banco;

Como podemos constatar trata-se do mesmo cheque, vamos efectuar o movimento de


regularização:

2 12 - Depósitos à ordem
126 - Banco do Oriente
a 12 - Depósitos à ordem
129 - Banco do Sul
Regularização cheque 435 10.000 10.000
------------------------//---------------------------

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 15
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Se na mesma reconciliação bancária for evidenciado que em 31/12/N foram-nos creditados pelo
Banco do Oriente os juros da aplicação financeira Nº1 que se venceu nessa data no valor de 800
u.m., tendo havido retenção na fonte de IRC de 20%, podemos efectuar o lançamento e quando for
recepcionado o documento respectivo juntá-lo-emos ao lançamento já efectuado:

3 Diversos
a 78 Proveitos e Ganhos Financeiros
781 - Juros Obtidos
7815 Outras aplicações de tesouraria
Contabilização dos juros da aplicação Nº3
12 - Depósitos à ordem
126 - Banco do Oriente 800
24 - Estado e outros entes públicos
241 Imposto sobre o rendimento
2412 Retenções na fonte 200 1.000
------------------------//---------------------------

Movimentos Anormais de Stocks

Uma empresa que utilize o Sistema de Inventário Permanente pode, através do inventário de
existências, detectar diferenças substanciais.

Exemplo

O balancete evidencia um valor de 9.500 u.m. referentes a 950 peças pelo valor unitário de 10 u.m.
cada e pelo inventário físico apenas se encontraram 450 peças.

Temos que analisar todos os movimentos de entrada e saída em armazém para justificar esta
diferença e concluímos que não foi dada saída das mercadorias referentes a uma venda de 500
peças cujo custo era de 10 unidade. Vamos efectuar o lançamento correspondente:

4 61 - Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas


612 - Mercadorias
a 32 - Mercadorias
321 - Peças
Regularização de existências 500 500
------------------------//---------------------------

I
16 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Facturas Não Lançadas de Clientes ou Fornecedores

Algumas facturas dos últimos dias do ano podem estar por lançar. Devemos sempre efectuar os
lançamentos dentro do respectivo mês, com especial cuidado no encerramento do ano.

Exemplo

Estava por pagar e por registar uma factura do fornecedor Artez Lda, de material de escritório no
valor de 170 u.m..

5 62 - Fornecimentos e serviços externos


622 - Fornecimentos e serviços
62217 - Material de escritório
a 26 Outros devedores e credores
268 Devedores e credores diversos
2681 Artez Lda 170 170
------------------------//---------------------------

Imobilizados Alienados e Não Evidenciados na Contabilidade

No inventário de imobilizados detectou-se que a máquina de código 1234 foi alienada, não estando
registado o seu abate, as informações relativas a esta máquina são as seguintes:
• Aquisição no ano N-4;
• Valor de aquisição de 5.000 u.m.;
• Amortizações acumuladas na data da venda de 4.000 u.m.;
• Valor de venda de 1.250 u.m..

Vamos efectuar o correspondente lançamento de abate:

6 Diversos
a Diversos
Alienação da máquina 1234
48 - Amortizações acumuladas 4.000
12 - Depósitos à ordem 1.250
a 42 - Imobilizações corpóreas 5.000
79 – Proveitos e ganhos extraordinários 250 5.250
------------------------//---------------------------

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 17
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Divergências Entre os Saldos Contabilísticos e os Valores Apurados no Inventário

Divergências entre os saldos contabilísticos e os valores apurados no inventário devidas à


incorrecta aplicação de critérios valorimétricos, nomeadamente:

• Valorização das existências;

• Critérios de valorimetria dos imobilizados.

A observância do principio da consistência obriga-nos a utilizar os critérios valorimétricos de uma


forma consistente ao longo dos vários exercícios económicos, porque a sua alteração provoca
alterações significativas nos resultados apresentados.

Tomemos o seguinte exemplo:

No inventário de existências observou-se a seguinte ficha de mercadorias:

Quantidade Preço unitário Saldo final


Descrição
(unidades) (u.m.) (u.m.)

Existências iniciais 1.000 50 50.000


Entrada 300 80 74.000
Saída 200 80 58.000

Como neste caso a empresa utilizou o LIFO (Last In First Out), o saldo final é composto por 1.000
unidades ao preço unitário de 50 u.m. e 100 unidades ao preço unitário de 80 u.m.. Valor total para
balanço: 58 000 u.m.

Se em alternativa utilizasse o FIFO (First In First Out) o saldo final seria determinado da forma
seguinte:

Quantidade Preço unitário Saldo final


Descrição
(unidades) (u.m.) (u.m.)

Existências iniciais 1.000 50 50.000


Entrada 300 80 74.000
Saída 200 50 64.000

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18 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

O saldo final é composto por 800 unidades ao preço unitário de 50 u.m. e 300 unidades ao preço
unitário de 80 u.m..

Valor total para balanço: 64 000 u.m..

Como podemos observar da aplicação não consistente dos critérios de valorimetria das existências
podem surgir grandes divergências nos resultados e nos valores apresentados no balanço.

Aplicação dos Princípios Contabilísticos

Para imputar ao exercício os custos/perdas, proveitos/ganhos respectivos é necessário observar os


princípios de contabilidade geralmente aceites, nomeadamente:

• Principio da especialização ou do acréscimo;

• Principio da prudência

Princípio da Especialização ou do Acréscimo

No sentido de permitir registar os custos e proveitos nos exercícios a que respeitam existe no POC
a conta 27 - Acréscimos e Diferimentos.

A conta 27 - Acréscimos e Diferimentos é uma conta de ACTIVO com as sub-contas:


271 - Acréscimos de proveitos
272 - Custos diferidos

e uma conta de PASSIVO com as sub-contas:


273 - Acréscimos de custos
274 - Proveitos diferidos

Vamos analisar em que condições se utiliza cada uma delas.

271 - Acréscimos de proveitos - registo de proveitos do exercício a receber em exercícios


seguintes, por exemplo:

• Juros de depósito a prazo.

Considere que uma empresa constituiu em 1/12/N um depósito a prazo com vencimento em
1/6/N+1, na data de vencimento serão creditados na nossa conta de depósitos à ordem juros no
montante de 900 u.m. líquidos do respectivo imposto.

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 19
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Em 31/12/N temos que contabilizar os juros já vencidos mas cujo recebimento só ocorrerá em
6/N+1:

Início Recebimento
dos juros
1/12 31/12 1/6/N+1

Proveito do ano Proveito do ano


N N+1

Em 31/12/N o valor dos juros a receber é de:

900 / 6 = 150 u.m.

4 27 - Acréscimos e diferimentos
271- Acréscimos de proveitos
2711 - Juros a receber
a 78 - Proveitos e ganhos financeiros
781 - Juros obtidos
7811 - Depósitos a prazo
Juros a receber em N+1 150 150
------------------------//---------------------------

272 - Custos diferidos - registo de despesas ocorridas no exercício correspondentes a custos de


exercícios seguintes:

• Rendas e alugueres pagos por antecipação na utilização de bens imóveis ou móveis de


terceiros;

• Prémios de seguros pagos, cuja vigência ultrapassa o exercício económico;

• Juros cobrados em operações financeiras em regime de desconto por dentro, “juros à cabeça”,
que representam um custo futuro.

I
20 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Exemplo

Em Dezembro do ano N pagámos por cheque, a renda do estabelecimento no valor de 1.115 u.m.
referente ao mês de Janeiro do ano N+1, vamos efectuar o seguinte lançamento:

1 27 Acréscimos e diferimentos
272 Custos diferidos
2721 Rendas de instalações
a 62 Fornecimentos e Serviços Externos
622 Fornecimentos e Serviços
62219 Rendas e Alugueres
Pagamento da renda de Janeiro 1.115 1.115
------------------------//---------------------------

Em Setembro do ano N foi pago o prémio do seguro de incêndio, cujo período é de 1/9/N a
31/8/N+1, no valor de 480 u.m., tendo sido contabilizado como custo do exercício na conta 62223 -
seguros. Que se deve fazer?

O custo não é só a este exercício económico mas também ao exercício económico seguinte:

Início Fim
1/9 31/12 31/8/N+
1

Custo do ano N Custo do ano N+1


4 meses 8 meses

O custo mensal é de 480/12 = 40 u.m.

O custo de 4 meses é de 4 x 40 u.m. = 160 u.m.

O custo de 8 meses é de 8 x 40 u.m. = 320 u.m.

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 21
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

O lançamento a efectuar é o seguinte:

2 27 Acréscimos e diferimentos
272 Custos diferidos
2722 Seguros
a 62 - Fornecimento e Serviços Externos
622 Fornecimentos e serviços
62 - Fornecimento e Serviços Externos 320 320

Rectificação do pagamento
------------------------//---------------------------

A mesma empresa obteve em 1/9/N um financiamento de 70.000 u.m. cujos juros foram pagos
antecipadamente, tendo o valor líquido recebido sido de 68.255 u.m., sabendo que o prazo total é
de 182 dias e que os dias decorridos de 1/9/N a 31/12/N são 121 devíamos efectuar o seguinte
lançamento referente aos juros suportados (70.000 - 68.255 = 1.745):

Custo do ano N - Juros de 121 dias = 1.745 / 182 x 121 = 1.160 u.m.

Custo do ano N+1 - Juros dos restantes 61 dias = 1.745 / 182 x 61 = 585 u.m..

3 Diversos
a 23 - Empréstimos obtidos
Empréstimo obtido em 1/9/N
12 - Depósitos à ordem 68.255
68 - Custos e perdas financeiras
681 - Juros suportados
6812 - Empréstimos obtidos 1.160
27 - Acréscimos e diferimentos
272- Custos diferidos
2723 - Juros pagos 585 70.000
------------------------//---------------------------

I
22 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

273 - Acréscimos de custos - registo de custos do exercício a pagar em exercícios seguintes:

• Juros de financiamentos obtidos;

• Encargos com férias e subsídios de férias vencidos no exercício e cujo processamento ocorrerá
no exercício seguinte;

• Fornecimentos e serviços diversos que já se verificaram mas cujos documentos definitivos


estão em falta, por exemplo consumos de água, electricidade ou telefones, que se pagam em
Janeiro respeitantes ao mês de Dezembro.

Exemplo

A empresa Tudo Bem Lda contraiu um empréstimo de 50.000 u.m. em 1 de Setembro do ano N à
taxa de juros de 8% ao ano com pagamento de juros ao semestre, qual o movimento a efectuar em
31.12.N?

Início Pagamento
juros
1/9 31/12 1/3/N+1

Custo do ano N Custo do ano N+1

Em 31/12/N o valor dos juros a pagar é de:

0,08
50.000,00 x -------- x 4 = 1.333 u.m.
12

1 68 - Custos e perdas financeiros


681 - Juros suportados
6811- Empréstimos bancários
a 27 - Acréscimos e diferimentos
273 - Acréscimos de custos
2733 - Juros a liquidar
Juros a pagar em N+1 1.333 1.333
------------------------//---------------------------

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 23
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

A mesma empresa não tinha ainda contabilizado o valor de encargos com férias e subsídio de
férias para no ano N+1 relativos ao ano N, sabendo que o valor mensal de ordenados é de 12.000
u.m. e que os encargos sociais representam 23,75% , que lançamento vamos efectuar?

Férias 12.000 u.m.


Subsídio de férias 12.000 u.m.
Sub - total 24.000 u.m.
Encargos 0,2375 x 24.000 5.700 u.m.
Total 29.700 u.m.

O lançamento a efectuar é o seguinte:

2 Diversos
a 27 - Acréscimos e diferimentos
273 - Acréscimos de custos
2732 - Remunerações a liquidar
Contabilização de férias e subsídio de férias a liquidar em N+1
64 - Custos com o pessoal
642 - Remunerações do pessoal
6421 - Vencimentos 12.000
6422 - Subsídio de férias 12.000
645 - Encargos sobre remunerações 5.700 29.700
------------------------//---------------------------

Vamos agora contabilizar o consumo estimado de energia referente ao mês de Dezembro, cuja
factura apenas iremos receber em Janeiro de N+1, no montante de 49 u.m.:

3 62 - Fornecimentos e serviços externos


622 - Fornecimentos e serviços
62211 - Electricidade
a 27 - Acréscimos e diferimentos
273 - Acréscimos de custos
2734 - Consumos a liquidar
Energia a pagar em N+1 49 49
------------------------//---------------------------

I
24 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

274 - Proveitos diferidos - registo de receitas ocorridas no exercício, correspondentes a proveitos


de exercícios seguintes, por exemplo:

• Rendas e alugueres recebidos

Exemplo

Recebemos em Dezembro do ano N a renda de uma loja que temos alugada, referente ao mês de
Janeiro do ano N+1, o lançamento a efectuar será o seguinte:

4 12 - Depósitos à ordem
a 27 - Acréscimos e diferimentos
274- Proveitos diferidos
2741 - Rendas recebidas
Recebimento da renda de Janeiro N+1 120 120
------------------------//---------------------------

Princípio da Prudência

O cumprimento deste princípio visa o registo das provisões do exercício por forma a efectuar as
correcções dos valores dos activos que:

• apresentem valores de realização inferiores aos do balanço, é o caso dos títulos e das
existências;

• apresentem dúvidas quanto à sua realização, como sejam os clientes que se mostrem difíceis de
cobrar.

Respeita também a este princípio a constituição de provisões para fazer face a obrigações e
encargos futuros.

Exemplo de constituição de provisões para depreciação de existências:

As existências em armazém foram avaliadas em 12.450 u.m.. O preço de mercado era inferior em
950 u.m. ao valor de aquisição das referidas existências.

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 25
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Vamos constituir provisão pelo valor de 950 u.m., o lançamento a efectuar será o seguinte:

1 67Provisões do exercício
673 - Para depreciação de existências
6732 - Mercadorias
a 39 - Provisões para depreciação de existências
392 - Mercadorias
Constituição de provisão 950 950
------------------------//---------------------------

Exemplo de constituição de provisões para cobrança duvidosa:

Relativamente ao saldo de clientes, obteve-se a seguinte informação em relação a atrasos de


pagamento:

1 Dívidas a 30 dias 300 u.m.


2 Dívidas a 90 dias 400 u.m.
3 Dívidas a 120 dias 50 u.m.
4 Dívidas a 190 dias 40 u.m.
5 Dívidas a 380 dias 100 u.m.
6 Dívidas a em processo judicial 410 u.m.

Vamos respeitar os critérios fiscais definidos no artigo 34 do Código do IRC, nomeadamente:

• 25 % para créditos em mora há mais de 6 meses e até 12 meses;

• 50 % para créditos em mora há mais de 12 meses e até 18 meses;

• 75 % para créditos em mora há mais de 18 meses e até 24 meses;

• 100 % para créditos em mora há mais de 24 meses.

I
26 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Assim teremos o seguinte valor de provisões:

Valor Valor
Divida Escalão Taxa
dívida provisão

30 dias N/A 0 300 u.m. 0 u.m.


90 dias N/A 0 400 u.m. 0 u.m.
120 dias N/A 0 50 u.m. 0 u.m.
190 dias 6 a 12 meses 25% 40 u.m. 10 u.m.
380 dias 12 a 18 meses 50% 100 u.m. 50 u.m.
em processo judicial Total 100% 410 u.m. 410 u.m.
Total 470 u.m.

O lançamento a realizar será o seguinte:

2 67Provisões do exercício
671 - Para cobranças duvidosas
6711 - Dívidas de clientes
a 28 - Provisões para Cobranças duvidosas
281 - Dívidas de clientes
Constituição de provisão 470 470
------------------------//---------------------------

Imaginemos agora que esta empresa apresentava um saldo na sua conta de provisões de 400
u.m., assim só teria que constituir a diferença entre 470 e 400 u.m., ou seja 70 u.m., o lançamento
seria:

3 67 Provisões do exercício
671 Para cobranças duvidosas
6711 Dívidas de clientes
a 28 Provisões para Cobranças duvidosas
281 Dívidas de clientes
Reforço de provisão 70 70
------------------------//---------------------------

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 27
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Se a empresa apresentasse um saldo de 500 u.m. teria que reuzir em 30 u.m. o seu saldo. Quando
estamos perante uma redução da necessidade de provisões, ou seja variação negativa da
estimatiova de riscos entre dois periodos contabilisticos consecutivos temos que utilizar um conta
de Proveitos Extraordinários.

O lançamento a efectuar seria o seguinte:

4 28 Provisões para Cobranças Duvidosas


281 Dívidas de clientes
a 79 Proveitos e Ganhos Extraordinários
796 Redução de amortizações e de provisões
7962 Provisões
Redução de provisão 30 30
------------------------//---------------------------

Movimentação das Contas de Existências para Apuramento do Custo das Vendas e da


Variação da Produção

• hipótese de utilização do sistema de inventário permanente;

• hipótese de utilização do sistema de inventário intermitente.

A principal característica que diferencia estes dois tipos de inventário é o facto de no primeiro
podermos permanentemente determinar, através dos registos contabilísticos, o custo das
mercadorias vendidas e das matérias consumidas. As contagens físicas efectuadas na
inventariação são muito importantes como meio de controlo.

Salvo se existirem diferenças entre os valores contabilísticos e os valores de inventário, não há


necessidade de efectuar qualquer movimento contabilístico para apuramento do custo das
mercadorias vendidas e das matérias consumidas.

Quando se utiliza o inventário intermitente o apuramento do custo das existências vendidas ou


consumidas vai ser efectuado com base nas contagens físicas dos stocks.

Nas empresas que utilizam este tipo de inventário as seguintes contas vão apresentar saldos:

• 31 - Compras (devedor);

• 32 - Mercadorias (devedor).

• 38 - Regularização de existências (devedor ou credor).

I
28 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Para apurarmos o custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas (valor a constar na
conta 61), iremos:
1. saldar a conta de compras por contrapartida da respectiva conta de existências;
2. saldar as contas de regularizações por contrapartida da respectiva conta de existências;
3. creditar a conta de existências pelo valor dos consumos efectuados, ou seja, pelo Custo das
Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas, debitando assim a conta 61 (CMVMC).

O CMVMC é determinado da seguinte forma:

CMVMC = Ei + C - Reg - Ef

Ei - Existências inicias

C - Compras

Reg - Regularizações

Ef - Existências finais

Exemplo

As contas da empresa apresentam os seguintes saldos:

• 31 - Compras - Saldo devedor de 100.000 u.m.;

• 32 - Mercadorias - Saldo devedor de 2.000 u.m.;

• 38 - Regularização de existências - Saldo credor de 400 u.m.

Do inventário realizado em 31/12/N soube-se que as existências finais ascendem a 1.250 unidades
monetárias.

Vamos efectuar os movimentos de apuramento do custo das mercadorias vendidas e das matérias
consumidas:

1. saldar a conta de compras por contrapartida da respectiva conta de existências:

1 32 - Existências
a 31 - Compras
Saldar conta de compras 100.000 100.000
------------------------//---------------------------

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 29
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

2. saldar as contas de regularizações por contrapartida da respectiva conta de existências:

2 38 - Regularização de existências
a 32 - Existências
Saldar conta de regularizações 400 400
------------------------//---------------------------

3. creditar a conta de existências pelo valor do Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias
Consumidas por contrapartida da conta 61.

CMCMC = 2.000 + 100.000 - 400 - 1.250 = 100.350

3 61 - CMVMC
a 32 - Existências
Apuramento do CMVMC 100.350 100.350
------------------------//---------------------------

Os lançamentos no razão serão:

31- Compras
100.000 (1) 100.000

32 - Mercadorias
2.000 (2) 400
(1) 100.000 (3) 100.350

Saldo final = Ef = 1.250

38 - Regularização de existências
(2) 400 400

I
30 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

61 - Custo Mercadorias Vendidas e das


Matérias Consumidas
(3) 100.350

Contabilização de Amortizações do Exercicio

Anualmente são contabilizados os valores correspondentes á parcela proporcional á vida útil de


cada bem a titulo de depreciação na rubrica de Amortizações,

A vida útil dos bens é o periodo durante o qual se reintegram ou amortizam os bens integralmente,
assim é expressa em anos ou meses.

As amortizações estão enquadradas pelo Decreto Regulamentar nº2/90 de 12 de Janeiro.

Neste Decreto estão definidos os diversos métodos de amortização e as taxas máximas e minimas
a que as mesmas podem ser calculdas.

Assim um equipamento adquirido em 1998 pelo valor de 10.000 u.m. cuja vida util estimada é de 5
anos poderá ser amortizado nesses cinco anos em parcelas mensais de 2.000 u.m. efectuando-se
o seguinte lançamento:

1 66 – Amortizações do exercicio
662 – Imobilizações corpóreas
a 42 – Imobilizações Corpóreas
423 – Equipamento Básico
Amortização anual Máquina X 2.000 2.000
------------------------//---------------------------

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 31
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Exercícios Propostos

1. A empresa Z Lda apresentava em 31.12.N um saldo contabilístico na conta de depósitos à


ordem devedor de 4.220 u.m.. No entanto, o saldo evidenciado na mesma data pelo seu
extracto bancário era de 2.510 u.m..

Tendo presentes as informações a seguir indicadas, efectue a reconciliação dos dois saldos e
prepare os lançamentos de rectificação ou de regularização a efectuar antes do encerramento
de N:

1. em 31/12/N foram considerados depositados cheques no valor de 923 u.m. que, por
problemas com o carro do paquete, apenas chegaram ao banco a 2/1/N+1;

2. estava lançado, com data de 28/12/N, no extracto de conta bancário a devolução do cheque
do cliente Alberto Lda, no valor de 800 u.m.;

3. constam do extracto da empresa um conjunto de cheques cujos, beneficiários ainda não


apresentaram a desconto junto do banco:

cheque 123 - 100 u.m.


cheque 148 - 4 u.m.
cheque 145 - 7 u.m.
cheque 432 - 15 u.m.
cheque 540 - 8 u.m.
cheque 840 - 4 u.m.

4. no extracto de conta bancário está debitado o valor de 125 u.m. referente ao pagamento de
juros ocorrido em 31/12/N, a empresa ainda contabilizou este facto por não ter recebido o
respectivo aviso de débito bancário.

I
32 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Resolução

1 Saldo da conta de depósitos à ordem na nossa contabilidade 4.200


2 Depósito não efectuado -923
3 Cheque devolvido por lançar -800
4 Cheques não descontados +138
5 Juros debitados -125
6 Saldo na conta de depósitos à ordem no Banco 2.510

Lançamentos a realizar:

1. Corrigir o depósito não efectuado, efectuar lançamento de estorno do depósito inicial:

1 21 - Clientes
211 - Clientes c/c
a 12 - Depósitos à ordem
Estorno de lançamento 923 923
------------------------//---------------------------

2. Lançar o cheque devolvido do cliente Alberto Lda.

2 21 - Clientes
211 - Clientes c/c
a 12 - Depósitos à ordem
Cheque devolvido de Alberto Lda. 800 800
------------------------//---------------------------

3. Lançar os juros debitados pelo banco.

3 68 - Custos e perdas financeiras


681 - Juros suportados
a 12 - Depósitos à ordem
Juros debitados em 31/12/N 125 125
------------------------//---------------------------

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 33
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

2. Com base nos elementos seguintes pretende-se que efectue a conferência da conta corrente do
fornecedor de serviços informáticos “Silva Santos Lda.”

O fornecedor informou-nos que o saldo a seu favor é de 5.800 u.m. em 31/12/N, composto
pelas seguintes facturas:

• Factura 43 - 1.250 u.m. de 6/N

• Factura 50 - 4.500 u.m. de 8/N

• Factura 55 - 55 u.m. de 9/N

Na nossa contabilidade o extracto de conta corrente do referido fornecedor apresenta o


seguinte movimento:

Data Movimento Débito Crédito

Janeiro Factura 2 1.000


Fevereiro Factura 35 500
Março Pagamento facturas 2 e 35 1.500
Abril Factura 40 4.950
Abril Pagamento factura 40 4.950
Agosto Factura 50 4.500
Setembro Factura 55 50
Totais 6.450 11.000
Saldo antes dos lançamentos 0
Saldos após os lançamentos 4.500

Resolução

Após a reconciliação da nossa conta com os valores apresentados pelo nosso fornecedor
constatamos que não foi efectuado o lançamento da factura 43 de 1.250 u.m., que por lapso foi
tomada por um recibo e como tal arquivada sem qualquer lançamento contabilístico.

O lançamento a efectuar é o seguinte.

1 62 - Fornecimentos e Serviços Externos


62236 - Trabalhos especializados
a 26 – Outros Devedores e Credores
268 – Devedores e Credores Diversos
2682 - Silva Santos Lda.
Factura 43 1.250

I
34 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

3. Com base no balancete de verificação seguinte efectue os lançamentos de regularização


decorrentes do trabalho de inventário.

Empresa dos Parafusos Unidos Lda.


Conta Nome da Conta Saldo Saldo
Devedor Credor
11 Caixa 14.000 0
12 Depósitos à ordem 123.467 0
15 Títulos negociáveis 92.000 0
19 Provisões p/ aplicação tesouraria 0 4.400
21 Clientes 382.867 0
22 Fornecedores 10.000 284.400
24 Estado e outros entes públicos 83.333 92.000
26 Outros devedores e credores 8.600 15.333
28 Provisão para cobrança duvidosa 0 9.467
29 Provisão p/ riscos e encargos 0 16.600
31 Compras 1.639.067 0
32 Mercadorias 324.200 0
39 Provisão p/ depreciação existências 0 16.333
41 Investimentos financeiros 200.000 0
42 Imobilizações corpóreas 176.133 0
43 Imobilizações Incorpóreas 16.333 0
48 Amortizações acumuladas 0 83.000
51 Capital 0 333.333
55 Reservas 0 214.000
59 Resultados transitados 0 30.667
62 Fornecimentos e serviços externos 257.067 0
64 Custos com o pessoal 831.600 0
68 Custos e perdas financeiras 54.933 0
69 Custos e perdas extraordinárias 11.200 0
71 Vendas 0 3.041.333
72 Prestações de serviços 0 36.200
78 Proveitos e ganhos financeiros 0 35.467
79 Proveitos e ganhos extraordinários 0 12.267
4.224.800 4.224.800

Informações complementares:

• As remunerações de férias e respectivo subsídio a processar no ano N+1 relativas ao trabalho


prestado no ano N, foram pagos ascendem a 12.000 u.m., sendo os encargos de 23,75%;

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 35
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

• Em Janeiro de N+1 consumos referentes ao ano N+1:

• Água - 420 u.m. (Iva incluído a 5%)

• Energia - 1.400 u.m. (Iva incluído a 5%)

• Telefone - 1.160 u.m. (Iva incluído a 17%);

• Na conta 78 está contabilizada a renda recebida em Dezembro, referente ao mês de Janeiro do


ano N+1 da loja arrendada, o valor da renda líquida de IRC foi de 1.300 u.m. (a taxa de
retenção na fonte é de 20%);

• Existem dívidas em mora de clientes nos seguintes montantes e escalonadas em função da


data de vencimento:

• 16.000 u.m. entre 6 e 12 meses;

• 10.000 u.m. entre 18 e 24 meses;

• 6.120 u.m. com mais de 24 meses.

• O inventário de existências resultou em 375.000 u.m., no entanto verifica-se a existência de


stock valorizados ao preço de custo de 27.000 u.m. cujo valor de mercado actualmente ronda
os 23.420 u.m.;

• O saldo da conta 15 - Títulos negociáveis é composto por 100 acções de valor nominal de 1.000
u.m. adquiridas por 920 u.m. cada, a cotação em 31.12/N é de 800 u.m.;

• As amortizações do exercício serão as seguintes:

• Para investimentos financeiros - 3.000 u.m.

• Para imobilizações corpóreas - 20.789 u.m.

• Para imobilizações incorpóreas - 1.980 u.m.

• O valor de Amortizações acumuladas reparte-se da seguinte forma:

• Imobilizações corpóreas - 74.800 u.m.

• Imobilizações incorpóreas - 8.200 u.m..

I
36 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Lançamento a efectuar no diário:

1 64 - Custos com o pessoal


642 - remunerações do pessoal
a 27 - Acréscimos e diferimentos
273 - Acréscimos de custos
2732 - Remunerações a liquidar
Contabilização das férias e subsidio de férias (1) 29.700 29.700
---------------------------//---------------------------
2 Diversos
a 27 - Acréscimos e diferimentos
273 - Acréscimos de custos
2739 - Outros
Serviços referentes a Dezembro
62 - Fornecimentos e serviços externos
622 - Fornecimentos e serviços
62211 - Electricidade 1.333
62213 - Água 400
62222 - Comunicações 991 2.725
---------------------------//---------------------------
3 78 - Proveitos e ganhos financeiros
a 27 - Acréscimos e diferimentos
274 - Proveitos diferidos
2741 - Rendas
Renda de Janeiro 1.625 1.625
---------------------------//---------------------------
67 - Provisões do exercício
671 - Para cobranças duvidosas
6711 - Dívidas de clientes
a 28 - Provisões para cobrança duvidosa
281 - Dividas de clientes
Constituição de provisões 8.153 8.153
-------------------------//----------------------------

5 39 - Provisões para depreciação de existências

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 37
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

392 - Mercadorias
a 79 - Proveitos e ganhos extraordinários
796 - Reduções de amortizações e de provisões
7962 - Provisões 12.753 12.753
-------------------------//----------------------------
6 68 - Custos e perdas financeiras
684 - Provisões para aplicações financeiras
6841 - Títulos negociáveis
a 19 - Provisões para aplicações de tesouraria
195 - Títulos negociáveis 7.600 7.600
-------------------------//----------------------------
7 Diversos
a Diversos
Amortizações anuais
68 - Custos e perdas financeiras
683 - Amortizações de investimentos em imóveis 3.000
66 - Amortizações do exercício
662 - Imobilizações corpóreas 10.789
663 - Imobilizações incorpóreas 1.980
a 48 - Amortizações acumuladas
481 - De investimentos em imóveis 3.000
482 - De imobilizações corpóreas 20.789
483 - De imobilizações incorpóreas 1.980 25.769
------------------------//---------------------------

Explicação dos valores:

1. Férias e subsidio de férias:

12.000 x 2 x 1,2375 = 29.700

I
38 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

2. Custos do ano N a pagar no ano N+1:

Valor total IVA Custo

Água 420 5% 400


Energia 1.400 5% 1.333
Telefones 1.160 17% 991

3. Renda recebida

1.300
Valor Bruto = ---------------- = 1625
0,8

IRC (retenção fonte 20% VB)=325

Valor líquido de renda=1300

4. Provisões de cobrança duvidosa

Mora Valor Taxa Provisão

6 a 12 meses 16.000 25% 4.000


18 a 24 meses 10.000 75% 7.500
+ de 24 meses 6.120 100% 6.120
Total 32.120 17.620

A provisão existente é de 9.467, pelo que vamos constituir a diferença

5. A provisão para depreciação de existências necessária é de (27.000 - 23.420), ou seja 3.580


u.m.. Como o valor existente é de 16.333 (12753 u.m.) pelo que temos que regularizar o
excesso.

6. A provisão para títulos negociáveis necessária é de 120 u.m. por cada título, ou seja:

120 x 100 = 12.000 u.m.

Como existe uma provisão de 4.400 u.m. vamos constituir a diferença (7600u.m.).

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 39
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

4. BALANCETE RECTIFICADO

O balancete rectificado é aquele em que os saldos apresentados estão de acordo com os


inventários efectuados.

Neste balancete as contas de custos e perdas, proveitos e ganhos expressam as componentes


negativas e positivas do resultado do exercício.

É o balancete rectificado que serve de ponto de partida para o apuramento de resultados.

Exemplo

1. Suponhamos que a empresa Luar de Agosto apresentava o balancete anexo referente a


31/12/N, sendo também conhecidas as seguintes informações:

• Desdobramento da conta 31 - Compras:

Mercadorias - 1.476.555 u.m.

Matérias-primas 168.064 u.m. 1.644.619 u.m.

• Existências finais (inventário)

Mercadorias 366.959 u.m.

Matérias-primas 87.716 u.m.

Produtos acabados 11,298 u.m. 465.973 u.m.

• Amortizações do exercício.

Imobilizações corpóreas - 81.708 u.m.

Imobilizações incorpóreas - 6.895 u.m.

• Juros a pagar do financiamento bancário - 2.704 u.m.

• A renda do escritório referente ao mês de Janeiro foi liquidada e contabilizada em Dezembro


na conta 62 - Fornecimentos e serviços externos no valor de 3.260 unidades monetárias.

• Não se encontram ainda contabilizadas as férias e subsidio de férias a liquidar no ano N+1,
o valor mensal é de 30.000 u.m. e os encargos sociais ascendem a 23,75%.

Para obtermos o balancete rectificado temos que efectuar estes movimentos de regularização.
Vamos efectuá-los no Diário e no Razão e, posteriormente, elaboramos o balancete rectificado:

Anexo - Balancete de verificação

I
40 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Balancete de 1º grau
Empresa “Luar de Agosto” unid:u.m.

Conta Nome da Conta Acumulados anuais Saldo

Débito Crédito Devedor Credor


11 Caixa 4.062.339 4.057.658 4.681
12 Depósitos à ordem 5.756.920 5.700.857 56.063
21 Clientes 6.186.975 5.383.279 803.696
22 Fornecedores 2.622.226 3.037.170 414.944
23 Empréstimos obtidos 1.345.162 1.697.662 352.500
24 Estado e outros entes públicos 1.839.331 1.859.584 20.253
25 Sócios 49.270 193.329 144.059
26 Outros devedores e credores 596.982 597.193 211
27 Acréscimos e diferimentos 69.745 152.293 82.548
28 Provisão para cobrança duvidosa 0 14.009 14.009
31 Compras 1.766.151 121.532 1.644.619
32 Mercadorias 239.970 0 239.970
33 Produtos acabados e intermédios 10.283 0 10.283
36 Matérias primas, subsidiárias e de consumo 59.890 0 59.890
41 Investimentos financeiros 53.547 0 53.547
42 Imobilizações corpóreas 1.290.198 101.306 1.188.892
43 Imobilizações Incorpóreas 39.491 0 39.491
44 Imobilizações em curso 59.697 4.392 55.305
48 Amortizações acumuladas 42.452 504.804 462.352
51 Capital 0 295.567 295.567
55 Ajustamentos partes de capital 409.962 420.455 10.493
56 Reservas de reavaliação 24.442 338.867 314.425
57 Reservas 266.574 699.954 433.380
59 Resultados transitados 64.173 64.173 0
62 Fornecimentos e serviços externos 579.231 34.252 544.979
63 Impostos 18.799 32 18.767
64 Custos com o pessoal 469.427 0 469.427
65 Outros custos operacionais 1.206 0 1.206
68 Custos e perdas financeiras 121.612 2.348 119.264
69 Custos e perdas extraordinárias 58.839 5.812 53.027
71 Vendas 149.608 2.899.227 2.749.619
72 Prestações de serviços 5.090 28.343 23.253
73 Proveitos suplementares 0 4.655 4.655
78 Proveitos e ganhos financeiros 283 36.845 36.562
79 Proveitos e ganhos extraordinários 16.838 21.115 4.277
88 Resultado Liquido do exercício 64.173 64.173 0
Total 28.340.886 28.340.886 0

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 41
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Lançamentos no diário de operações diversas - regularizações:


(1) 321 Mercadorias
a 312 Compras
Transferência das compras 1.476.555 1.476.555
------------------//-----------------
(2) 361 Matérias primas, subsidiárias e de
consumo
a 316 Compras
Transferência das compras 168.054 168.064
------------------//-----------------
(3) 612 Custo mercadorias vendidas e
consumidas (1)
a 321 Mercadorias
Apuramento do custo das mercadorias 1.349.566 1.349.566
vendidas
------------------//-----------------
(4) 616 Custo mercadorias vendidas e
consumidas (2)
a 361 Matérias primas, subsidiárias e de
consumo
Apuramento do custo das matérias 140.238 140.238
primas consumidas
------------------//-----------------
(5) 66 Amortizações do exercício
a 482 Amortizações acumuladas
Imobilizados corpóreos 81.708 81.708
------------------//-----------------
(6) 66 Amortizações do exercício
a 483 Amortizações acumuladas
Imobilizados incorpóreos 6.895 6.895
------------------//------------------
(7) 681 Custos financeiros
a 273 Acréscimos de custos
Juros a liquidar 2.704 2.704
------------------//------------------
(8) 272 Custos diferidos
a 622 Fornecimentos e serviços externos
Renda de Janeiro 3.260 3.260
------------------//------------------

I
42 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

(9) Diversos
a 273 Acréscimos de custos
Remunerações a liquidar (3)
642 Remunerações do pessoal 60.000
645 Encargos sobre remunerações 14.250 74.250
------------------//------------------

(1) O Custo das mercadorias vendidas e consumidas (CMVC)é calculado da seguinte forma:

CMVC = Existências iniciais + Compras - Existências finais

CMVC = 239.970 +1.476.555 - 366.959

CMVC = 1.349.566

(2) O Custo das matérias primas consumidas (CMPC) é calculado da seguinte forma:

CMPC = Existências iniciais + Compras - Existências finais

CMPC = 59.890 + 168.064 - 87.716

CMPC = 140.238

(3) O valor das remunerações a pagar é calculado da seguinte forma:

valor de 1 mês de ordenados - 30.000 u.m.

valor de 2 meses de ordenados - 30.000 u.m. x 2 = 60.000 u.m.

valor dos encargos - 60.000 u.m. x 0,2375 = 14.250 u.m.

Procedemos em seguida aos lançamentos no razão:

321 - Mercadorias
239.970 (3) 1.349.566
(1) 1.476.555

1.716.525 1.349.566
Saldo devedor de 366.959

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 43
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

31 - Compras
1.766.151 121.532
(1) 1.476.555
(2) 168.064
1.766.151 1.766.151
Conta saldada

36 - Matérias primas, subsidiárias e de consumo


59.890
(2) 168.064 (4) 140.238

227.954 140.238
Saldo devedor de 87.716

61- Custo das mercadorias vendidas e consumidas


(3) 1.349.566
(4) 140.238

1.489.804
Saldo devedor de 1.489.804

66 - Amortizações do exercício
(5) 81.708
(6) 6.895

88.603
Saldo devedor de 88.603

48 - amortizações acumuladas
42.452 504.804
(5) 81.708
(6) 6.895
42.452 593.407
Saldo credor de 550.955

I
44 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Sendo de Imobilizações Incorpóreas - 39.491 u.m. e de Imobilizações Corpóreas 511.464 u.m.

68 - Custos financeiros
121.612 2.348
(7) 2.704

124.316 2.348
Saldo devedor de 121.968

27 - Acréscimos e diferimentos
69.745 152.293
(8) 3.260 (7) 2.704
(9) 74.250
73.005 229.247
Saldo credor de 156.242

62 - Fornecimentos e serviços externos


579.231 34.252
(8) 3.260

579.231 37.512
Saldo devedor de 541.719

64 - Custos com o pessoal


469.427
(9) 74.250

543.677
Saldo devedor de 543.677

Balancete rectificado antes do apuramento de resultados

Balancete de 1º grau

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 45
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Empresa “Luar de Agosto”


Acumulados anuais Saldo (u.m)
Conta Nome da Conta
Débito (u.m.) Crédito (u.m.) Devedor Credor

11 Caixa 4.062.339 4.057.658 4.681


12 Depósitos à ordem 5.756.920 5.700.857 56.063
21 Clientes 6.186.975 5.383.279 803.696
22 Fornecedores 2.622.226 3.037.170 414.944
23 Empréstimos obtidos 1.345.162 1.697.662 352.500
24 Estado e outros entes públicos 1.839.331 1.859.584 20.253
25 Sócios 49.270 193.329 144.059
26 Outros devedores e credores 596.982 597.193 211
27 Acréscimos e diferimentos 73.005 229.247 156.242
28 Provisão para cobrança duvidosa 0 14.009 14.009
31 Compras 1.766.151 1.766.151 0 0
32 Mercadorias 1.716.525 1.349.566 366.959
33 Produtos acabados e intermédios 10.283 0 10.283
36 Mat. primas, subsidiárias consumo 227.954 140.238 87.716
41 Investimentos financeiros 53.547 0 53.547
42 Imobilizações corpóreas 1.290.198 101.306 1.188.892
43 Imobilizações Incorpóreas 39.491 0 39.491
44 Imobilizações corpóreas em curso 59.697 4.392 55.305
48 Amortizações acumuladas 42.452 593.407 550.955
51 Capital 0 295.567 295.567
55 Ajust. partes cap.fil. e assoc. 409.962 420.455 10.493
56 Reservas de reavaliação 24.442 338.867 314.425
57 Reservas 266.574 699.954 433.380
59 Resultados transitados 64.173 64.173 0 0
61 Custo mercadorias vendidas e consumidas 1.489.804 0 1.489.804
62 Fornecimentos e serviços externos 579.231 37.512 541.719
63 Impostos 18.799 32 18.767
64 Custos com o pessoal 543.677 0 543.677
65 Outros custos operacionais 1.206 0 1.206
66 Amortizações do exercício 88.603 0 88.603
68 Custos e perdas financeiras 124.316 2.348 121.968
69 Custos e perdas extraordinárias 58.839 5.812 53.027
71 Vendas 149.608 2.899.227 2.749.619
72 Prestações de serviços 5.090 28.343 23.253
73 Proveitos suplementares 0 4.655 4.655
78 Proveitos e ganhos financeiros 283 36.845 36.562
79 Proveitos e ganhos extraordinários 16.838 21.115 4.277
88 Resultado Liquido do exercício 64.173 64.173 0
Total 31.644.126 31.644.126 0 0

I
46 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

2. Vamos preparar o balancete rectificado antes de apuramento de resultados da empresa


Parafusos Unidos, para tal peguemos no Balancete após movimento de regularização, obtido
anteriormente

Conta Descrição Saldo devedor Saldo credor


11 Caixa 14.000 0
12 Depósitos à ordem 123.467 0
15 Títulos negociáveis 92.000 0
19 Provisões p/ aplicação tesouraria 0 12.000
21 Clientes 382.867 0
22 Fornecedores 10.000 284.400
24 Estado e outros entes públicos 83.333 92.000
27 Acréscimos e diferimentos 0 34.050
26 Outros devedores e credores 8.600 15.333
28 Provisão para cobrança duvidosa 0 17.620
29 Provisão p/ riscos e encargos 0 16.600
31 Compras 1.639.067 0
32 Mercadorias 324.200 0
39 Provisão p/ depreciação existências 0 3.580
41 Investimentos financeiros 200.000 0
42 Imobilizações corpóreas 176.133 0
43 Imobilizações Incorpóreas 16.333 0
48 Amortizações acumuladas 0 108.769
51 Capital 0 333.333
55 Reservas 0 214.000
59 Resultados transitados 0 30.667
62 Fornecimentos e serviços externos 259.792 0
64 Custos com o pessoal 861.300 0
66 Amortizações do exercício 22.769 0
67 Provisões do exercício 8.153 0
68 Custos e perdas financeiras 65.533 0
69 Custos e perdas extraordinárias 11.200 0
71 Vendas 0 3.041.333
72 Prestações de serviços 0 36.200
78 Proveitos e ganhos financeiros 0 33.842
79 Proveitos e ganhos extraordinários 0 25.020
Total 4.298.747 4.298.747

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 47
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Resolução

Vamos apurar o Custo das Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas, sabendo que as
existências finais apuradas pelo Inventário são de 165.754 u.m.:

CMVMC = 324.200+ 1.639.067 - 165.754 = 1.797.513

O lançamento a efectuar é o seguinte:

32 Existências
321 Mercadorias
a 31 Compras
312 Mercadorias
Transferência das compras 1.639.067 1.639.067
------------------//------------------
61 Custo das mercadorias vendidas
e das matérias consumidas
612 Mercadorias
a 32 Existências
321 Mercadorias
Apuramento do custo das 1.797.513 1.797.513
mercadorias vendidas
------------------//------------------

I
48 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Obtemos o seguinte balancete rectificado antes de apuramento de resultados:

Conta Descrição Saldo devedor Saldo credor

11 Caixa 14.000 0
12 Depósitos à ordem 123.467 0

15 Títulos negociáveis 92.000 0


19 Provisões p/ aplicação tesouraria 0 12.000

21 Clientes 382.867 0

22 Fornecedores 10.000 284.400

24 Estado e outros entes públicos 83.333 92.000


27 Acréscimos e diferimentos 0 34.050

26 Outros devedores e credores 8.600 15.333


28 Provisão para cobrança duvidosa 0 17.620

29 Provisão p/ riscos e encargos 0 16.600


31 Compras 0 0

32 Mercadorias 165.754 0

39 Provisão p/ depreciação existências 0 3.580


41 Investimentos financeiros 200.000 0
42 Imobilizações corpóreas 176.133 0
43 imobilizações Incorpóreas 16.333 0

48 Amortizações acumuladas 0 108.769


51 Capital 0 333.333

55 Reservas 0 214.000
59 Resultados transitados 0 30.667
61 Custo merc. vendidas e mat. Cons. 1.797.513 0
62 Fornecimentos e serviços externos 259.792 0

64 Custos com o pessoal 861.300 0


66 Amortizações do exercício 22.769 0
67 Provisões do exercício 8.153 0

68 Custos e perdas financeiras 65.533 0

69 Custos e perdas extraordinárias 11.200 0

71 Vendas 0 3.041.333
72 Prestações de serviços 0 36.200

78 Proveitos e ganhos financeiros 0 33.842


79 Proveitos e ganhos extraordinários 0 25.020

Total 4.298.747 4.298.747

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 49
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

5. APURAMENTO DE RESULTADOS

Tendo por objectivo final apurar o valor do resultado líquido do exercício que estamos a encerrar,
vamos transferir os saldos das contas de Custos e Perdas e de Proveitos e Ganhos para as
principais contas de Resultados, e fazer transferências entre saldos das próprias contas de
Resultados.

Relembremos as contas de que estamos a tratar:

Classe 6 - Contas de Custos e Perdas

Conta 61 - Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas

Conta 62 - Fornecimentos e serviços externos

Conta 63 - Impostos

Conta 64 - Custos com o pessoal

Conta 65 - Outros custos e perdas operacionais

Conta 66 - Amortizações do exercício

Conta 67 - Provisões do exercício

Conta 68 - Custos e perdas financeiros

Conta 69 - Custos e perdas extraordinárias

Classe 7 - Contas de proveitos e ganhos

Conta 71 - Vendas

Conta 72 - Prestações de serviços

Conta 73 - Proveitos suplementares

Conta 74 - Subsídios à exploração

Conta 75 - Trabalhos para a própria empresa

Conta 76 - Outros proveitos e ganhos operacionais

Conta 78 - Proveitos e ganhos financeiros

Conta 79 - Proveitos e ganhos extraordinários

I
50 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Classe 8 - Resultados

Conta 81 - Resultados operacionais

Conta 82 - Resultados financeiros

Conta 83 - Resultados correntes

Conta 84 - Resultados extraordinários

Conta 85 - Resultados antes de impostos

Conta 86 - Imposto sobre o rendimento do exercício

Conta 88 - Resultado liquido do exercício

Conta 89 - Dividendos antecipados

O apuramento de resultados faz-se sequencialmente, respeitando os códigos das contas


mencionadas na classe 8 (Resultados). Serão as seguintes as fases a considerar:

1. Apuramento dos resultados operacionais;

2. Apuramento dos resultados financeiros;

3. Apuramento dos resultados correntes;

4. Apuramento dos resultados extraordinários;

5. Apuramento dos resultados antes de impostos;

6. Cálculo da estimativa de Imposto (IRC);

7. Apuramento do resultado liquido do exercício.

As contas de resultados são movimentadas:

• a débito pelos saldos devedores das contas de custos e perdas, e,

• a crédito pelos saldos credores das contas de proveitos e ganhos;

pelo que,

• um saldo devedor numa conta de resultados representa um prejuízo, e,

• um saldo credor numa conta de resultados representa um lucro.

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 51
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Apuramento dos Resultados Operacionais

Vamos movimentar a conta 81 - Resultados Operacionais:

• A débito

1. pelos saldos das contas da classe 6 - Custos e perdas, e,

2. pelo valor das existências iniciais de:

produtos acabados e intermédios (conta 33);


subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos (conta 34);
produtos e trabalhos em curso (conta 35)

• A crédito

1. pelos saldos das contas da classe 7 - Proveitos e ganhos, e,

2. pelo valor das existências finais de:

produtos acabados e intermédios (conta 33);


subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos (conta 34);
produtos e trabalhos em curso (conta 35)

Esquematicamente:

81 - Resultados
Débito Crédito
Operacionais
Conta 61 → ← Conta 71
Conta 62 → ← Conta 72
Conta 63 → ← Conta 73
Conta 64 → ← Conta 74
Conta 65 → ← Conta 75
Conta 66 → ← Conta 76
Conta 67 →
Existências Iniciais: Existências Finais:
Conta 33 → ← Conta 33
Conta 34 → ← Conta 34
Conta 35 → ← Conta 35

O saldo da conta 81 representa o Resultado Operacional.

I
52 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Exemplo

1. Sabendo a empresa Fruta Verde apresenta os seguintes dados. Vamos calcular os diversos
tipos de resultados:
32 - Existências iniciais de mercadorias 5.000 u.m.
32 - Existências finais de mercadorias 7.000 u.m
31 - Compras 100.000 u.m.
61 - Custo das mercadorias vendidas 98.000 u.m.
62 - Fornecimentos e serviços externos 25.000 u.m.
64 - Custos com o pessoal 15.000 u.m.
68 - Custos e perdas financeiros 4.500 u.m.
69 - Custos e perdas extraordinários 8.050 u.m.
71 - Vendas 140.000 u.m
73 - Proveitos suplementares 1.200 u.m.
79 - Proveitos e ganhos extraordinários 10.000 u.m.

O Resultado Operacional será obtido com o seguinte lançamento no Diário:

(1) Diversos Resultados Operacionais


a 81
Transferência de Proveitos
71 Vendas 140.000
73 Proveitos suplementares 1.200 141.200
------------------//----------------
(2) 81
a Diversos Resultados operacionais
Transferência de Custos
a 61 Custo das mercadorias vendidas 98.000
a 62 Fornecimentos e serviços externos 25.000
a 64 Custos com pessoal 15.000 138.000
-----------------//----------------

61 - Custo das mercadorias vendidas


163.000 (2) 163.000

Saldo = 0

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 53
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

62 - Fornecimentos e serviços externos


25.000 (2) 25.000

Saldo = 0

64 - Custos com o pessoal


15.000 (2) 15.000

Saldo = 0

71 - Venda de mercadorias
(1) 140.000 140.000

Saldo = 0

73 - Proveitos suplementares
(2) 1.200 1.200

Saldo = 0

81 - Resultados operacionais
(2) 98.000 (1) 140.000
(2) 25.000 (1) 1.200
(2) 15.000
Saldo 3.200
Credor
141.200 141.200

Apuramento dos Resultados Financeiros

Vamos movimentar a conta 82 - Resultados Financeiros

O resultado financeiro resulta da comparação dos saldos das contas 68 - Custos e perdas
financeiros e da conta 78 - Proveitos e ganhos financeiros.

I
54 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

É movimentada:

• A débito pelo saldo da conta 68 - Custos e perdas financeiras

• A crédito pelo saldo da conta 78 - Proveitos e ganhos financeiros

Esquematicamente:

Débito 82 - Resultados Financeiros Crédito

Conta 68 → ← Conta 78

O saldo da conta 82 representa o Resultado Financeiro.

No exemplo apresentado efectuaremos o seguinte lançamento no Diário:

(3) 82 Resultados Operacionais


a 68 Custos e perdas
financeiras
Transferência de Custos 4.500 4.500

68 - Custo e perdas financeiros


4.500 (3) 4.500

82 - Resultados financeiros
(3) 4.500

Apuramento dos Resultados Correntes

Esta conta pode ser ou não movimentada, desse facto dependerá a forma de apuramento do
resultado na conta 85 - Resultado antes de impostos.

Vamos movimentar a conta 83 - Resultados Correntes.

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 55
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Esta conta recebe os saldos das duas contas movimentadas anteriormente:

• 81 - Resultados Operacionais, e,

• 82 - Resultados Financeiros

Consoante as contas 81 e 82 apresentem saldo devedor ou credor assim será movimentada a


débito ou a crédito a conta 83 - Resultados Correntes.

Esquematicamente:

83 - Resultados
Débito Crédito
Correntes

Conta 81 e 82 → ← Conta 81 e 82
quando quando
saldo devedor saldo credor

O saldo da conta 83 representa o Resultado Corrente.

No seguimento do nosso exemplo teremos:

(4) 83 Resultados Correntes


a 82 Resultados Financeiros
Transferência do 4.500 4.500
resultado financeiro

(5) 81 Resultados Operacionais


a 83 Resultados Correntes
Transferência de 3.200 3.200
Resultados Operacionais

82 - Resultados financeiros
(3) 4.500 (4) 4.500

I
56 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

81 - Resultados operacionais
(2) 98.000 (1) 140.000
(2) 25.000 (1) 1.200
(2) 15.000
(5) 3.200
141.200 141.200

83 - Resultados Correntes
(4) 4.500 (5) 3.200

Apuramento dos Resultados Extraordinários

Vamos movimentar a conta 84 - Resultados Extraordinários

O resultado extraordinário resulta da comparação dos saldos das contas 69 - Custos e perdas
extraordinários e da conta 79 - Proveitos e ganhos extraordinários.

É movimentada:

• A débito pelo saldo da conta 69 - Custos e perdas extraordinárias

• A crédito pelo saldo da conta 79 - Proveitos e ganhos extraordinários

Esquematicamente:

84 - Resultados
Débito Crédito
Extraordinários

Conta 69 → ← Conta 79

O saldo da conta 84 representa o Resultado Extraordinário.

No exemplo apresentado teremos:

(6) 84 Resultados
Extraordinários
a 69 Custos e perdas
extraordinárias
Transferência dos custos 8.050 8.050
extraordinários

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 57
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

(7) 79 Proveitos e ganhos


extraordinários
a 84 Resultados
Extraordinários
Transferência dos 10.000 10.000
proveitos extraordinários

69 - Custos e perdas extraordinárias


8.050 (6) 8.050

79 - Proveitos e ganhos extraordinários


(7) 10.000 10.000

84 - Resultados Extraordinários
(6) 8.050 (7) 10.000

Apuramento dos Resultados antes de Impostos

Esta conta tem movimentação facultativa, dela dependendo a forma de movimentação da conta 88
- Resultado liquido do exercício.

Este apuramento faz-se na conta 85 e esta pode ser movimentada de duas formas, dependendo da
movimentação ou não da conta 83 - Resultados Correntes, como anteriormente referimos.

Se tivermos utilizado a conta 83 esta conta receberá os saldos das contas movimentadas
anteriormente:

• 83 - Resultados Correntes, e,

• 84 - Resultados Extraordinários.

Consoante as contas 83 e 84 apresentem saldo devedor ou credor assim será movimentada a


débito ou a crédito a conta 85 - Resultados antes de impostos.

I
58 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Esquematicamente:

85 - Resultados antes de
Débito Crédito
impostos

Conta 83 e 84 se → ← Conta 83 e 84 se
saldo devedor saldo credor

O saldo da conta 85 representa o resultado antes de impostos.

No nosso exemplo teremos:

(8) 85 Resultados antes de


impostos
a 83 Resultados correntes
Transferência dos 1.300 1.300
resultados correntes

83 - Resultados correntes
(4) 4.500 (5) 3.200
(8) 1.300

(9) 84 Resultados
extraordinárias
a 85 Resultados antes de
impostos
Transferência dos 1.950 1.950
resultados
extraordinários

84 - Resultados extraordinários
(6) 8.050 (7) 10.000
(9) 1.950

85 - Resultados antes de impostos


(8) 1.300 (9) 1.950

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 59
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

O resultado antes de impostos é de 650 u.m.- Saldo Credor - Lucro.

Alternativamente

Esta conta receberá os saldos das contas movimentadas anteriormente:

• 81 - Resultados operacionais;

• 82 - Resultados financeiros, e,

• 84 - Resultados extraordinários

Consoante as contas 81, 82 e 84 apresentem saldo devedor ou credor assim será movimentada a
débito ou a crédito a conta 85 - Resultados antes de impostos.

Esquematicamente:

85 - Resultados antes de
Débito Crédito
impostos

Conta 81, 82 e 84 → ← Conta 81, 82 e 84


se saldo devedor se saldo credor

O saldo da conta 85 representa o resultado antes de impostos.

No nosso exemplo teremos:

(10) 81 Resultados correntes


a 85 Resultados antes de
impostos
Transferência dos 3.200 3.200
resultados correntes

81 - Resultados operacionais
(2) 98.000 (1) 140.000
(2) 25.000 (1) 1.200
(2) 15.000
(10) 3.200
141.200 141.200

I
60 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

(11 85 Resultados antes de


impostos
a 82 Resultados financeiros
Transferência dos 4.500 4.500
resultados financeiros

82 - Resultados financeiros
(3) 4.500 (11) 4.500

(12) 84 Resultados
extraordinários
a 85 Resultados antes de
impostos
Transferência dos 1.950 1.950
resultados
extraordinários

84 - Resultados extraordinários
(6) 8.050 (7) 10.000
(12) 1.950

85 - Resultados antes de impostos


(11) 4.500 (10) 3.200
(12) 1.950

O resultado antes de impostos apurado é de 650 u.m., saldo credor da conta 85.

Cálculo da Estimativa de Imposto (IRC)

Numa economia sujeita a imposto sobre o rendimento, no caso português o IRC - Imposto sobre o
Rendimento das pessoas Colectivas, este valor tem que ser expresso nas contas das empresas:

• porque se traduz numa obrigação - Imposto a pagar ao Estado, e,

• porque representa uma afectação de resultados - diminuindo o valor de resultado líquido da


empresa.

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 61
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

É uma realidade cuja movimentação não se limita às contas da classe 8 - Resultados e que
engloba dois movimentos:

1. Reconhecimento da obrigação de pagar ao Estado o montante da estimativa feita:

• Débito - conta 86 - Imposto sobre o rendimento do exercício;

• Crédito - conta 24 - Impostos sobre o rendimento.

86 - Imposto sobre 24 - Imposto sobre


rendimento do o rendimento
exercício
(1) (1)

2. Transferência da estimativa feita para a conta 88 - Resultado líquido:

• Débito - conta 88 - Resultado liquido do exercício;

• Crédito - conta 86 - Imposto sobre o rendimento do exercício.

86 - Imposto sobre 88 - Resultado


rendimento do líquido do
exercício exercício
(2) (2)

Vamos considerar que no nosso exemplo o valor da estimativa é de 34% para IRC, incidindo a taxa
de derrama de 10%, ou seja (34% x 1,1 = 37,4%)

O valor da estimativa de imposto a pagar é de:

650 u.m. x 37,4% = 243 u.m.

3. Reconhecimento da obrigação de pagar ao Estado o montante da estimativa feita:

86 - Imposto sobre 24 - Imposto sobre


rendimento do o rendimento
exercício
(12) 243,1 243,1 (12)

I
62 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

4. Transferência da Estimativa feita para a conta 88 - Resultado Liquido:

86 - Imposto sobre 88 - Resultado


rendimento do Liquido do
exercício exercício
243,1 243,1 (13) 243,1

Apuramento do Resultado Liquido do Exercício

Este apuramento faz-se na conta 88. Esta pode ser movimentada de duas formas, dependendo da
movimentação ou não das contas 83 - Resultados Correntes e 85 - Resultados Correntes, como
anteriormente referimos.

Esta conta receberá os saldos das contas movimentadas anteriormente:

• 85 - Resultados antes de impostos, e,

• 86 - Estimativa de imposto sobre o rendimento

se tivermos utilizado a conta 85.

Consoante a conta 84 apresente saldo devedor ou credor assim será movimentada a débito ou a
crédito a conta 88 - Resultado Líquido do Exercício.

Esquematicamente:

88 - Resultado liquido do
Débito Crédito
exercício

Conta 86 →
Conta 85 se → ← Conta 85 se
saldo devedor saldo credor

O saldo da conta 88 representa o resultado liquido do exercício.

Alternativamente esta conta receberá os saldos das contas movimentadas anteriormente:

• 81 - Resultados operacionais;

• 82 - Resultados financeiros,

• 84 - Resultados extraordinários, e,

• 86 - Estimativa de imposto sobre o rendimento

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 63
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Consoante as contas 81, 82 e 84 apresentem saldo devedor ou credor assim será movimentada a
débito ou a crédito a conta 88 - Resultado liquido do exercício.

Esquematicamente:

88 - Resultado liquido do
Débito Crédito
exercício

Conta 86 →
Conta 81, 82 e 84 → ← Conta 81, 82 e 84
se saldo devedor se saldo credor

O saldo da conta 88 representa o Resultado liquido depois de impostos.

No nosso exercício teremos o seguinte movimento:

(14) 85 Resultados antes de


impostos
a 88 Resultados líquidos
Transferência dos 650
resultados antes de
impostos

88 - Resultado liquido do
Débito Crédito
exercício

(13) 243,1 (15) 650

Saldo credor (Lucro) de 406,9

I
64 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Exercício de Aplicação 2

Vamos efectuar o apuramento de resultados da empresa Luar de Agosto:

Do Balancete rectificado antes do apuramento de resultados apenas nos interessam as contas das
classes 6 e 7 e as informações referentes às suas existências de produtos acabados:

Balancete de 1º grau

unid:u.m.
Empresa “Luar de Agosto”
Conta Descrição Acumulados anuais Saldo

Débito Crédito Devedor Credor

61 Custo mercadorias vendidas e consumidas 1.489.804 0 1.489.804


62 Fornecimentos e serviços externos 579.231 37.512 541.719
63 Impostos 18.799 32 18.767
64 Custos com o pessoal 543.677 0 543.677
65 Outros custos operacionais 1.206 0 1.206
66 Amortizações do exercício 88.603 0 88.603
68 Custos e perdas financeiras 124.316 2.348 121.968
69 Custos e perdas extraordinárias 58.839 5.812 53.027
71 Vendas 149.608 2.899.227 2.749.619
72 Prestações de serviços 5.090 28.343 23.253
73 Proveitos suplementares 0 4.655 4.655
78 Proveitos e ganhos financeiros 283 36.845 36.562
79 Proveitos e ganhos extraordinários 16.838 21.115 4.277
88 Resultado Liquido do exercício 0 0 0 0

Sabendo que:

1. as existências iniciais de produtos acabados totalizam 10.283 u.m;

2. as existências finais (inventário) de produtos acabados ascendem a 11.299 u.m.;

3. a taxa de imposto sobre o rendimento é de 34%.

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 65
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Vamos efectuar os lançamentos no diário e razão de apuramento de resultados:

(1) Diversos
a 81 Resultados Operacionais
Transferência de Proveitos
71 Vendas 2.749.619
72 Prestação de serviços 23.253
73 Proveitos suplementares 4.655 2.777.527
------------------//----------------
(2) 81 Resultados operacionais
a Diversos
Transferência de Custos
a 61 Custo das mercadorias 1.489.804
vendidas
a 62 Fornecimentos e serviços 541.719
externos
a 63 Impostos 18.767
a 64 Custos com pessoal 543.677
a 65 Outros custos operacionais 1.206
a 66 Amortizações do exercício 88.603 2.683.776
-----------------//----------------
(3) 82 Resultados financeiros
a 68 Custos e perdas financeiras
Transferência de Custos 121.968 121.968
financeiros
-----------------//----------------
(4) 78 Proveitos e ganhos
financeiros
a 82 Resultados financeiros
Transferências de proveitos 36.562 36.562
financeiros
-----------------//----------------

I
66 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

(5) 83 Resultados Correntes


a 82 Resultados Financeiros
Transferência do resultado 85.406 85.406
financeiro
-----------------//----------------
(6) 81 Resultados Operacionais
a 83 Resultados Correntes
Transferência de Resultados 93.751 93.751
Operacionais
-----------------//----------------
(7) 84 Resultados Extraordinários
a 69 Custos e perdas
extraordinárias
Transferência dos custos 53.027
extraordinários
-----------------//----------------
(8) 79 Proveitos e ganhos
extraordinárias
a 84 Resultados Extraordinários
Transferência dos proveitos 4.277
extraordinários
-----------------//----------------
(9) 83 Resultados correntes
a 85 Resultados antes de
impostos
Transferência dos 8.345
resultados correntes
-----------------//----------------
(10) 85 Resultados antes de
impostos
a 84 Resultados correntes
Transferência dos 48.750
resultados extraordinários
-----------------//----------------
(11) 88 Resultados liquido do
exercício
A 85 Resultado antes de
impostos
Apuramento do resultado 40.405
liquido do exercício

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 67
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Vamos efectuar os lançamentos correspondentes no Razão:

61 - Custo das mercadorias vendidas e consumidas


1.489.804 (2) 1.489.804

1.489.804 1.489.804

62 - Fornecimentos e serviços externos


541.719 (2) 541.719

541.719 541.719

63 - Impostos
18.767 (2) 18.767

18.767 18.767

64 - Custos com o pessoal


543.677 (2) 543.677

543.677 543.677

65 - Outros custos operacionais


1.206 (2) 1.206

1.206 1.206

66 - Amortizações do exercício
88.603 (2) 88.603

88.603 88.603

I
68 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

68 - Custos e perdas financeiras


121.968 (3) 121.968

121.968 121.968

69 - Custos e perdas extraordinárias


53.027 (7) 53.027

53.027 53.027

71 - Vendas
(1) 2.749.619 2.749.619

2.749.619 2.749.619

72 - Prestações de serviços
(1) 23.253 23.253

23.253 23.253

73 - Proveitos suplementares
(1) 4.655 4.655

4.655 4.655

78 - Proveitos e ganhos financeiros


(4) 36.562 36.562

36.562 36.562

79 - Proveitos e ganhos extraordinários


(8) 4.277 4.277

4.277 4.277

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 69
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

81 - Resultados operacionais
(2) 1.489.80 (1) 2.749.619
(2) 541.719 (1) 23.253
(2) 18.767 (1) 4.655
(2) 543.677
(2) 1.206
(2) 88.603
(6) 93.751
2.777.527 2.777.527

82 - Resultados financeiros
(3) 121.968 (4) 36.562
(5) 85.406

121.968 121.968

83 - Resultados correntes
(5) 85.406 (6) 93.751
(9) 8.345

93.751 93.751

84 - Resultados extraordinários
(7) 53.027 (8) 4.277
(10) 48.750

53.027 53.027

I
70 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

85 - Resultados antes de impostos


(10) 48.750 (9) 8.345
(11) 40.405

48.750 48.750

88 - Resultado Liquido do exercício


(11) 40.405

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 71
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Exercício de Aplicação 3

Vamos efectuar o apuramento de resultados da empresa Parafusos Unidos:

Conta Descrição Saldo Saldo credor


devedor
11 Caixa 14.000 0
12 Depósitos à ordem 123.467 0
15 Títulos negociáveis 92.000 0
19 Provisões p/ aplicação tesouraria 0 12.000
21 Clientes 382.867 0
22 Fornecedores 10.000 284.400
24 Estado e outros entes públicos 83.333 92.000
27 Acréscimos e diferimentos 0 34.050
26 Outros devedores e credores 8.600 15.333
28 Provisão para cobrança duvidosa 0 17.620
29 Provisão p/ riscos e encargos 0 16.600
31 Compras 0 0
32 Mercadorias 165.754 0
39 Provisão p/ depreciação existências 0 3.580
41 Investimentos financeiros 200.000 0
42 Imobilizações corpóreas 176.133 0
43 imobilizações Incorpóreas 16.333 0
48 Amortizações acumuladas 0 108.769
51 Capital 0 333.333
55 Reservas 0 214.000
59 Resultados transitados 0 30.667
61 Custo mercadorias vendidas e matérias 1.797.513 0
consumidas
62 Fornecimentos e serviços externos 259.792 0
64 Custos com o pessoal 861.300 0
66 Amortizações do exercício 22.769 0
67 Provisões do exercício 8.153 0
68 Custos e perdas financeiras 65.533 0
69 Custos e perdas extraordinárias 11.200 0
71 Vendas 0 3.041.333
72 Prestações de serviços 0 36.200
78 Proveitos e ganhos financeiros 0 33.842
79 Proveitos e ganhos extraordinários 0 25.020
Total 4.298.747 4.298.747

I
72 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Vamos efectuar os lançamentos no diário e razão de apuramento de resultados:

1 Diversos
a 81 Resultados Operacionais
Transferência de Proveitos
a 71 Vendas 3.041.333
a 72 Prestação de serviços 36.200 3.077.533
----------------//----------------
2 81 Resultados operacionais
a Diversos
Transferência de Custos
a 61 Custo das mercadorias vendidas 1.797.513
a 62 Fornecimentos e serviços externos 259.792
a 64 Custos com pessoal 861.300
a 66 Amortizações do exercício 22.769
a 67 Provisões do exercício 8.153 2.949.527
----------------//----------------
3 82 Resultados financeiros
a 68 Custos e perdas financeiras
Transferência de custos financeiros 65.533 65.533
----------------//----------------
4 78 Proveitos e ganhos financeiros
a 82 Resultados financeiros
Transferências de proveitos financeiros 33.842 33.842
----------------//----------------
5 83 Resultados Correntes
a 82 Resultados Financeiros
Transferência do resultado financeiro 31.691 31.691
----------------//----------------
6 81 Resultados Operacionais
a 83 Resultados Correntes
Transferência de Resultados Operacionais 128.006 128.006
----------------//----------------

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 73
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

7 84 Resultados Extraordinários
a 69 Custos e perdas extraordinárias
Transferência dos custos extraordinários 11.200 11.200
----------------//----------------
8 79 Proveitos e ganhos extraordinárias
a 84 Resultados Extraordinários
Transferência dos proveitos extraordinários 25.020 25.020
----------------//----------------
9 83 Resultados correntes
a 85 Resultados antes de impostos
Transferência dos resultados correntes 96.315 96.315
----------------//----------------
10 84 Resultados extraordinários
a 85 Resultados antes de impostos
Transferência dos resultados extraordinários 13.820 13.820
----------------//----------------
11 86 Estimativa de IRC
a 24 Estado e outros entes públicos
Estimativa de IRC 37.446 37.446
----------------//----------------
12 88 Resultado liquido do exercício
a 86 Estimativa de IRC
Estimativa de IRC 37.446 37.446
----------------//----------------
13 85 Resultados antes de impostos
a 88 Resultado liquido do exercício
Apuramento do resultado liquido do exercício 110.135 110.135

I
74 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Vamos efectuar os lançamentos correspondentes no Razão:

61 - Custo das mercadorias vendidas e consumidas


1.797.513 (2) 1.797.513

1.797.513 1.797.513

62 - Fornecimentos e serviços externos


259.792 (2) 259.792

259.792 259.792

64 - Custos com o pessoal


861.300 (2) 861.300

861.300 861.300

67- Provisões do exercício


8.153 (2) 8.153

8.153 8.153

66 - Amortizações do exercício
22.769 (2) 22.769

22.769 22.769

68 - Custos e perdas financeiras


65.533 (3) 65.533

65.533 65.533

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 75
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

69 - Custos e perdas extraordinárias


11.200 (7) 11.200

11.200 11.200

71 - Vendas
(1) 3.041.333 3.041.333

3.041.333 3.041.333

72 - Prestações de serviços
(1) 36.200 36.200

36.200 36.200

78 - Proveitos e ganhos financeiros


(4) 33.842 33.842

33.842 33.842

79 - Proveitos e ganhos extraordinários


(8) 25.020 25.020

25.020 25.020

81 - Resultados operacionais
(2) 1.797.513 (1) 3.041.333
(2) 259.792 (1) 36.200
(2) 861.300
(2) 8.153
(2) 22.769

(6) 128.006
3.077.533 3.077.533

I
76 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

82 - Resultados financeiros
(3) 65.533 (4) 33.842
(5) 31.691

65.533 65.533

83 - Resultados correntes
(5) 31.691 (6) 128.006
(9) 96.315

128.006 128.006

84 - Resultados extraordinários
(7) 11.200 (8) 25.020
(10) 13.820

25.020 25.020

85 - Resultados antes de impostos


(13) 110.135 (9) 96.315
(10) 13.820
110.135 110.135

86 - Estimativa de Imposto a pagar


(11) 37.446 (12) 37.446

37.446 37.446

24 - Estado e outros entes públicos


(11) 37.446

88 - Resultado Liquido do exercício


(12) 37.446 (13) 110.135

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 77
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

6. BALANCETE FINAL

Balancete Final também designado por Balancete de apuramento de resultados, neste as contas
das classes 1, 2, 3,4 e 5, evidenciam os saldos de acordo com o inventário, as classes 6 e 7,
encontram-se saldadas e das contas da classe 8 - Resultados apenas a 88 - Resultados Líquidos
do exercício apresenta o resultado gerado apurado nesse exercício após a consideração da
estimativa de imposto a pagar.

Este balancete designa-se por final porque é com base nele que se elaboram os balanços finais e
se efectuam os lançamentos de fecho do exercício.

Exemplo de Aplicação 1

Retomando os nossos exemplos anteriores para a empresa Luar de Agosto o Balancete Final será
o seguinte:

Acumulados anuais Saldo


Conta Nome da Conta
Débito Crédito Devedor Credor
11 Caixa 4.062.339 4.057.658 4.681
12 Depósitos à ordem 5.756.920 5.700.857 56.063
21 Clientes 6.186.975 5.383.279 803.696
22 Fornecedores 2.622.226 3.037.171 414.944
23 Empréstimos obtidos 1.345.162 1.697.662 352.500
24 Estado e outros entes públicos 1.839.331 1.859.584 20.253
25 Sócios 49.270 193.329 144.059
26 Outros devedores e credores 596.982 597.193 211
27 Acréscimos e diferimentos 73.005 229.247 156.242
28 Provisão para cobrança duvidosa 0 14.009 14.009
31 Compras 1.766.151 1.766.151 0 0
32 Mercadorias 1.716.525 1.349.566 366.959
33 Produtos acabados e intermédios 10.283 0 10.283
36 Matérias primas, subsidiárias e de consumo 227.954 140.238 87.716
41 Investimentos financeiros 53.547 0 53.547
42 Imobilizações corpóreas 1.290.198 101.306 1.188.892
43 imobilizações Incorpóreas 39.491 0 39.491
44 imobilizações em curso 59.697 4.392 55.305
48 Amortizações acumuladas 42.452 593.407 550.955
51 Capital 0 295.565 295.567

I
78 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Acumulados anuais Saldo


Conta Nome da Conta
Débito Crédito Devedor Credor
55 Ajustamentos partes de capital 409.962 420.455 10.493
56 Reservas de reavaliação 24.442 338.867 314.425
57 Reservas 266.574 699.954 433.380
59 Resultados transitados 64.173 64.173 0 0
61 C.M.V.M. 1.489.804 1.489.804 0 0
62 Fornecimentos e serviços externos 579.231 579.231 0 0
63 Impostos 18.799 18.799 0 0
64 Custos com o pessoal 543.677 543.677 0 0
65 Outros custos operacionais 1.206 1.206 0 0
66 Amortizações do exercício 88.603 88.603 0 0
68 Custos e perdas financeiras 124.316 124.316 0 0
69 Custos e perdas extraordinárias 58.839 58.839 0 0
71 Vendas 2.899.227 2.899.227 0 0
72 Prestações de serviços 28.343 28.343 0 0
73 Proveitos suplementares 4.655 4.655 0 0
78 Proveitos e ganhos financeiros 36.845 36.845 0 0
79 Proveitos e ganhos extraordinários 21.115 21.115 0 0
81 Resultados Operacionais 2.777.527 2.777.527 0 0
82 Resultados financeiros 121.968 121.968 0 0
83 Resultados Operacionais 93.751 93.751 0 0
84 Resultados extraordinários 53.027 53.027 0 0
85 Resultados antes de impostos 48.750 48.750 0 0
88 Resultado Liquido do exercício 40.405 40.405 0
Total 37.533.747 37.533.747 0

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 79
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Para os Parafusos Unidos teremos:

Conta Descrição Saldo devedor Saldo credor

11 Caixa 14.000 0
12 Depósitos à ordem 123.467 0
15 Títulos negociáveis 92.000 0
19 Provisões p/ aplicação tesouraria 0 12.000
21 Clientes 382.867 0
22 Fornecedores 10.000 284.400
24 Estado e outros entes públicos 83.333 129.446
27 Acréscimos e diferimentos 0 34.050
26 Outros devedores e credores 8.600 15.333
28 Provisão para cobrança duvidosa 0 17.620
29 Provisão p/ riscos e encargos 0 16.600
31 Compras 0 0
32 Mercadorias 165.754 0
39 Provisão p/ depreciação existências 0 3.580
41 Investimentos financeiros 200.000 0
42 Imobilizações corpóreas 176.133 0
43 imobilizações Incorpóreas 16.333 0
48 Amortizações acumuladas 0 108.769
51 Capital 0 333.333
55 Reservas 0 214.000
59 Resultados transitados 0 30.667
61 Custo mercadorias vendidas e matérias consumidas 0 0
62 Fornecimentos e serviços externos 0 0
64 Custos com o pessoal 0 0
66 Amortizações do exercício 0 0
67 Provisões do exercício 0 0
68 Custos e perdas financeiras 0 0
69 Custos e perdas extraordinárias 0 0
71 Vendas 0 0
72 Prestações de serviços 0 0
78 Proveitos e ganhos financeiros 0 0
79 Proveitos e ganhos extraordinários 0 0
88 Resultado Liquido do exercício 0 72.689
Total 1.272.487 1.272.487

I
80 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Exercícios Propostos

1. Sr. Joaquim não tem conhecimentos de contabilidade e utiliza um sistema em que todos os
factos modificativos que ocorrem na sua empresa são “contabilizados” numa conta de Perdas e
Ganhos.

Sabendo que no ano passado ocorreram os movimentos a seguir indicados, determine o saldo
dessa conta:

Descrição do movimento Valor (mil u.m.)

1. Venda de mercadorias 12.567


2. Pagamento de clientes 4.320
3. Compra de uma viatura 5.400
4. Ordenados ao pessoal 2.340
5. Juros do empréstimo 435
6. Descontos de pronto pagamento concedidos 50
7. Amortização do equipamento 1.600
8. Valor das mercadorias saídas de armazém 6.421
9. Imposto de selo 15
10. Publicidade no jornal local 499

Na sua qualidade de estudante de contabilidade explique ao Sr. Joaquim de que forma a sua
conta de Perdas e Ganhos deve ser encarada do ponto de vista contabilístico, nomeadamente
explicando-lhe as contas apropriadas e demonstrando o resultado obtido.

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 81
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

2. Sabendo que em 31.12.N após o apuramento de resultado a informação disponível sobre a


KAPA S.A. era como abaixo se indica, determine as incógnitas A, B, C, D, E, F.

Conta Descrição Valor (mil u.m.)


61. Custo das mercadorias vendidas e consumidas A
62. Fornecimentos e serviços externos 5.420
63. Impostos 198
64. Custos com pessoal 2.130
65. Outros custos e perdas operacionais 200
66. Amortizações do exercício 453
67. Provisões do exercício 1.500
68. Custos e perdas financeiros B
69. Custos e perdas extraordinários 552
71 Vendas 20.000
72 prestação de serviços 1.800
75 Trabalhos para a própria empresa 400
78 Proveitos e ganhos financeiros 450
79 Proveitos e ganhos extraordinários 435
81 Resultados operacionais C
82 Resultados financeiros 100
83 Resultados correntes D
84 Resultados extraordinários 117
85 Resultados antes de impostos 1.000
86 Imposto sobre o rendimentos do exercício 400
88 Resultado Líquido do exercício C

O passo seguinte consiste na elaboração das Demonstrações Financeiras.

Demonstrações Financeiras são os documentos que apresentam a situação económico-financeira


da empresa bem como a sua situação patrimonial e monetária.

A nível económico vamos elaborar a Demonstração de Resultados por Natureza, e a Demonstração


de Resultados por Funções.

A nível financeiro, patrimonial e monetário vamos elaborar, o Balanço, a Demonstração das Origens
e Aplicações de Fundos e a Demonstração de Fluxos de Caixa.

I
82 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Estes documentos, são apresentados pelo Plano Oficial de Contabilidade no seu capítulo 2:

• Balanço;

• Demonstração de Resultados por Natureza;

• Demonstração de Resultados por Funções;

• Anexo ao Balanço e Demonstração de Resultados;

• Demonstração da Origem e da Aplicação de Fundos;

Todas as empresas que apliquem o Plano Oficial de Contabilidade são obrigadas a elaborar este
conjunto de informação, nomeadamente as referidas no nº 1 do artigo 2º do Decreto-lei 410/89:

• Sociedades nacionais e estrangeiras abrangidas pelo Código das Sociedades Comerciais;

• Empresas individuais reguladas pelo Código Comercial;

• Estabelecimentos individuais de responsabilidade limitada;

• Empresas públicas;

• Cooperativas;

• Agrupamentos complementares de empresas e agrupamentos europeus de interesse


económico;

• Outras entidades que, por legislação especifica, já se encontrem sujeitas à sua adopção ou
venham a estar.

De salientar que o Plano Oficial de Contabilidade não se aplica aos bancos e empresas financeiras,
às empresas de seguros ou a outras entidades para as quais esteja prevista a utilização de planos
específicos.

Refere ainda o plano oficial de Contabilidade no seu capítulo 3º as principais características da


informação financeira, nomeadamente:

• Objectivos:

As demonstrações financeiras são da responsabilidade dos órgãos de gestão de cada entidade,


devendo estar preparadas de forma a prestarem todo um conjunto de informações económico -
financeiras de forma normalizada e compreensível a todos aqueles que delas necessitam;

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 83
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

• Características qualitativas

1. A informação deve ser compreensível para poder ser utilizada pelos utentes, pois só assim
esta informação se torna útil;

2. A informação útil caracteriza-se por ser:

Relevante - toda aquela informação cuja omissão pode alterar as decisões tomadas pelos
utentes;

Fiável - a informação apresenta de forma apropriada os factos;

Comparável - a informação deve ser preparada de forma uniforme ao longo da vida da


entidade.

I
84 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Resoluções

1. Determinação do resultado:

1. 71 - Vendas 12.567
2. 61 - Custo das Mercadorias Vendidas e 6.421
Consumidas
3. Margem nas Vendas (1-2) 6.146
4. 62 - Fornecimentos e Serviços Externos 499
5. 63 - Impostos 15
6. 64 - Custos com o Pessoal 2.340
7. 66 - Amortizações do Exercício 1.600
8. 68 - Custos e Perdas Financeiras 435
9. 68 - Custos e Perdas Financeiras 50
10. Total de custos Operacionais e Financeiros 4.889
11. Resultado 1.257

2. Vamos começar pelo fim:


Determinar O Resultado Líquido do Exercício - Incógnita E:
Resultado Líquido = Resultado Antes de Impostos - Imposto sobre o rendimento
E = 1.000 - 400
E = 600

Determinemos agora a Incógnita D - Resultados Correntes

Resultados Antes de Impostos = Resultados Correntes + Resultados Extraordinários, é preciso


verificar o sinal dos resultados Extraordinários, ou seja como os Custos extraordinários são
superiores aos Proveitos Extraordinários, este resultado apresenta o sinal negativo

1.000 = D + (-117)

D = 1.000 + 117

D = 1.117

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 85
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Vamos determinar os resultados operacionais:

Resultados Operacionais = Resultados Correntes - Resultados Financeiros

C = 1.117 - 100

C = 1.017

Para determinar os Resultados Financeiros vamos efectuar:

Resultado Financeiro = Proveitos Financeiros - Custos Financeiros

100 = 450 - B

B = 350

Para determinarmos o valor de A - Custo das mercadorias Vendidas e Consumidas vamos partir do
Resultado Operacional e do Total de Proveitos para determinarmos o Total de Custos e
posteriormente o nosso A:

Resultado Operacional = Total de Proveitos Operacionais - Total de Custos operacionais:

Total de Proveitos Operacionais = 20.000 + 1.800 + 400 = 22.200

Total de Custos Operacionais = A + 5.420 + 198 + 2.130 + 200 + 453 + 1.500 = A + 9.901

1.017 = 22.200 - ( A + 9.901)

A = 22.200 - 9.901 - 1.017

A = 11.282

I
86 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Teremos o nosso quadro final seguinte:

Conta Descrição Valor (mil u.m.)

61 Custo das mercadorias vendidas e 11.282


consumidas
62 Fornecimentos e serviços externos 5.420
63 Impostos 198
64 Custos com pessoal 2.130
65 Outros custos e perdas operacionais 200
66 Amortizações do exercício 453
67 Provisões do exercício 1.500
68 Custos e perdas financeiros 350
69 Custos e perdas extraordinários 552
71 Vendas 20.000
72 prestação de serviços 1.800
75 Trabalhos para a própria empresa 400
78 Proveitos e ganhos financeiros 450
79 Proveitos e ganhos extraordinários 435
81 Resultados operacionais 1.017
82 Resultados financeiros 100
83 Resultados correntes 1.117
84 Resultados extraordinários 117
85 Resultados antes de impostos 1.000
86 Imposto sobre o rendimentos do exercício 400
88 Resultado Líquido do Exercício 600

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 87
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

7. BALANÇO

Documento de informação patrimonial, financeira e monetária.

Como pode ser observado no capítulo 6 do Plano Oficial de Contabilidade são apresentados dois
tipos de Balanços:

• Balanço Analítico;

• Balanço Sintético.

O modelo do Balanço, seja o analítico ou o sintético é similar:

Poderá ter uma disposição Horizontal:

Activo Capital Próprio e Passivo

ou Vertical:

Activo

Capital Próprio e Passivo

I
88 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

A página referente ao Activo apresenta a seguinte estrutura:

Códigos das Exercícios


contas
CEE POC Activo N N-1
AB AP AL AL

1 2 3 4 5 6 7

A coluna 1 destina-se ao código de contas da CEE de acordo com a Directiva Contabilística nº4.

A coluna 2 destina-se ao códigos das contas do POC.

A coluna 3 destina-se à enumeração de todas as rubricas constantes nos modelos apresentados


pelo POC. Se algumas não se mostrarem necessárias são enumeradas sendo o seu valor de zero,
não se podem deixar de enumerar as rubricas apresentadas pelos modelos oficiais.

As colunas 4, 5 e 6 destinam-se a apresentar os valores correspondentes ao exercício económico a


que se referem as contas:

• coluna 4 - AB - valores de Activo Bruto, ou seja os valores constantes nas contas de activo não
modificados por qualquer amortização ou provisão;

• coluna 5 - AP - valores de Amortizações e de Provisões acumuladas, apresentados no balanço


referentes às contas de activo;

• coluna 6 - AL - Activo Líquido é calculado pela diferença entre AB e AP, ou seja:

• Activo Líquido = Activo Bruto - Amortizações e Provisões

A coluna 7 destina-se ao valor do Activo Líquido do exercício económico anterior, para cada uma
das rubricas apresentada

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 89
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

A página referente ao Capital próprio e Passivo apresenta a seguinte estrutura:

Códigos das Exercícios


contas
CEE POC CAPITAL PRÓPRIO E N N-1
PASSIVO

1 2 3 4 5

A coluna 1 destina-se ao código de contas da CEE de acordo com a Directiva Contabilística nº4.

A coluna 2 destina-se ao códigos das contas do POC;

A coluna 3 destina-se à enumeração de todas as rubricas constantes nos modelos apresentados


pelo POC. Se algumas não se mostrarem necessárias são enumeradas sendo o seu valor de zero
pois não se podem deixar de enumerar as rubricas apresentadas pelos modelos oficiais.

A coluna 4 destina-se a apresentar os valores correspondentes ao exercício económico a que se


referem as contas (Ano N).

A coluna 5 destina-se a apresentar os valores correspondentes ao exercício económico anterior


(Ano N-1).

I
90 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Apresentamos o modelo de Balanço sintético, a utilizar:

BALANÇO (Artigo 3º do Decreto-lei nº 410/89)

Código das Exercícios


contas
CEE POC N N+
1
AB AP AL AL
ACTIVO
C Imobilizado:
I 43+441/6+4 Imobilizações incorpóreas X X X X
49
II 42+441/6+4 Imobilizações corpóreas X X X X
48
III 41+441/6+4 Imobilizações financeiras X X X X
47
X X X X
D Circulante:
I 32 a 37 Existências X X X X
II 21+22+24+2 Dívidas de terceiros:
5+ 26
médio e longo prazo X X X X
curto prazo X X X X
III 15+18 Títulos negociáveis X X X X
IV 11 a 14 Depósitos bancários e X X X
caixa
X X X X
E 27 Acréscimos e X X X
diferimentos:
Total do Activo X X X X

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 91
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Códigos das Exercícios


contas
CEE POC N N-1
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
A Capital próprio:
I 51 Capital X X
II 54 Prémios de emissão de acções X X
(quotas)
III 56 Reservas de reavaliação X X
IV 571 Reservas legais X X
52+53+55+ Restantes reservas e outros ±X ±X
572/9 capitais próprios
V 59 Resultados transitados ±X ±X
Subtotal ±X ±X
VI 88 Resultado líquido do exercício ±X ±X
89 Dividendos antecipados -X -X
Total do capital próprio ±X ±X

Passivo:
B 29 Provisões para riscos e encargos X X
C 21 a 26 Dívidas a terceiros:
médio e longo prazo X X
curto prazo X X
X X
D 27 Acréscimos e diferimentos: X X
Total do passivo X X
Total do capital próprio e do X X
passivo

I
92 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Exercício de Aplicação 1

Com base no balancete rectificado da empresa Luar de Agosto vamos elaborar o seu Balanço para
o ano em curso. Como não dispomos de elementos sobre os valores do ano anterior não
colocamos as colunas respectivas:

Sabemos ainda que as amortizações acumuladas se repartem da seguinte forma:

• Imobilizado corpóreo - 511.464 u.m.

• Imobilizado incorpóreo - 39.491 u.m.

Acumulados anuais
Conta Nome da Conta
Débito Crédito Saldo

11 Caixa 4.062.339 4.057.658 4.681


12 Depósitos à ordem 5.756.920 5.700.857 56.063
21 Clientes 6.186.975 5.383.279 803.696
22 Fornecedores 2.622.226 3.037.171 -414.944
23 Empréstimos obtidos 1.345.162 1.697.662 -352.500
24 Estado e outros entes públicos 1.839.331 1.859.584 -20.253
25 Sócios 49.270 193.329 -144.059
26 Outros devedores e credores 596.982 597.193 -211
27 Acréscimos e diferimentos 73.005 229.247 -156.242
28 Provisão para cobrança duvidosa 0 14.009 -14.009
31 Compras 1.766.151 1.766.151 0
32 Mercadorias 1.716.525 1.349.566 366.959
33 Produtos acabados e 10.283 0 10.283
intermédios
36 Matérias primas, subs. e de 227.954 140.238 87.716
cons.
41 Investimentos financeiros 53.547 0 53.547
42 Imobilizações corpóreas 1.290.198 101.306 1.188.892
43 imobilizações Incorpóreas 39.491 0 39.491
44 imobilizações em curso 59.697 4.392 55.305
48 Amortizações acumuladas 42.452 593.407 -550.955
51 Capital 0 295.565 -295.567
55 Ajustamentos partes de capital 409.962 420.455 -10.493
56 Reservas de reavaliação 24.442 338.867 -314.425
57 Reservas 266.574 699.954 -433.380
59 Resultados transitados 64.173 64.173 0
61 C.M.V.M. 1.489.804 1.489.804 0
62 Fornecimentos e serviços 579.231 579.231 0
externos
63 Impostos 18.799 18.799 0

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 93
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Acumulados anuais
Conta Nome da Conta
Débito Crédito Saldo

64 Custos com o pessoal 543.677 543.677 0


65 Outros custos operacionais 1.206 1.206 0
66 Amortizações do exercício 88.603 88.603 0
68 Custos e perdas financeiras 124.316 124.316 0
69 Custos e perdas extraordinárias 58.839 58.839 0
71 Vendas 2.899.227 2.899.227 0
72 Prestações de serviços 28.343 28.343 0
73 Proveitos suplementares 4.655 4.655 0
78 Proveitos e ganhos financeiros 36.845 36.845 0
79 Proveitos e ganhos 21.115 21.115 0
extraordinários
81 Resultados Operacionais 2.777.527 2.777.527 0
82 Resultados financeiros 121.968 121.968 0
83 Resultados Operacionais 93.751 93.751 0
84 Resultados extraordinários 53.027 53.027 0
85 Resultados antes de impostos 48.750 48.750 0
88 Resultado Liquido do exercício 40.405 40.405
Total 37.533.747 37.533.747 0

As parcelas sombreadas, são as que constarão no Balanço.

I
94 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Activo Bruto Amortizações Activo Liquido Ano N


Activo Capital Próprio e Passivo
e Provisões
Imobilizado Capital Próprio
43 Imobilizado incorpóreo 39.491 39.491 0 51 Capital 295.567
42 Imobilizado corpóreo 1.188.892 511.464 677.428 55 Ajustamentos partes de capital em 10.493
filiais e associadas
41 Imobilizado financeiro 53.547 53.547 56 Reservas de reavaliação 314.425
44 Imobilizado em curso 55.305 55.305 57 Reservas 433.380
Circulante 59 Resultados transitados 0
Existências 1.053.865
36 Matérias primas, subsidiárias e de 87.716 87.716 88 Resultado Liquido do exercício (40.405)
consumo
33 Produtos acabados e intermédios 10.283 10.283 Total do capital próprio 1.013.460
32 Mercadorias 366.959 366.959 Passivo
Dividas de terceiros Dividas a terceiros - curto prazo
21 Clientes 803.696 14.009 789.687 23 Empréstimos obtidos 352.500
Depósitos bancários e caixa 22 Fornecedores 414.944
12 Depósitos bancários 56.063 56.063 24 Estado e outros entes públicos 20.253
11 Caixa 4.681 4.681 25 Sócios 144.059
Acréscimos e diferimentos 26 Outros devedores e credores 211
27 Acréscimos e diferimentos 73.005 73.005 27 Acréscimos e diferimentos 229.247
Total do passivo 1.161.214
Total do Activo 2.739.638 564.964 2.174.674 Total do capital próprio e passivo 2.174.674

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 95
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Balancete rectificado da Parafusos Unidos

Saldo
Conta Descrição Saldo credor
devedor
11 Caixa 14.000 0
12 Depósitos à ordem 123.467 0
15 Títulos negociáveis 92.000 0
19 Provisões p/ aplicação tesouraria 0 12.000
21 Clientes 382.867 0
22 Fornecedores 10.000 284.400
24 Estado e outros entes públicos 83.333 129.446
27 Acréscimos e diferimentos 0 34.050
26 Outros devedores e credores 8.600 15.333
28 Provisão para cobrança duvidosa 0 17.620
29 Provisão p/ riscos e encargos 0 16.600
31 Compras 0 0
32 Mercadorias 165.754 0
39 Provisão p/ depreciação existências 0 3.580
41 Investimentos financeiros 200.000 0
42 Imobilizações corpóreas 176.133 0
43 imobilizações Incorpóreas 16.333 0
48 Amortizações acumuladas 0 108.769
51 Capital 0 333.333
55 Reservas 0 214.000
59 Resultados transitados 0 30.667
61 Custo Merc. Vend. Mat. Cons. 0 0
62 Fornecimentos e serviços externos 0 0
64 Custos com o pessoal 0 0
66 Amortizações do exercício 0 0
67 Provisões do exercício 0 0
68 Custos e perdas financeiras 0 0
69 Custos e perdas extraordinárias 0 0
71 Vendas 0 0
72 Prestações de serviços 0 0
78 Proveitos e ganhos financeiros 0 0
79 Proveitos e ganhos extraordinários 0 0
88 Resultado Liquido do exercício 0 72.689
Total 1.272.487 1.272.487

As amortizações acumuladas repartem-se em:

• Imobilizado corpóreo - 92.436

• Imobilizado incorpóreo - 16.333

I
96 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Activo Bruto Amortizações Activo Ano N


Activo Capital Próprio e Passivo
e Provisões Liquido
Imobilizado Capital Próprio
43 Imobilizado incorpóreo 16.333 16.333 0 51 Capital 333.333
42 Imobilizado corpóreo 176.133 92.436 83.697 57 Reservas 214.000
41 Imobilizado financeiro 200.000 200.000 59 Resultados transitados 30.667
478.000
Circulante 88 Resultado Liquido do exercício 72.689
Existências Total do capital próprio 650.689
32 Mercadorias 165.754 3.580 162.174 Passivo
Dividas de terceiros 29 Provisões para riscos e encargos 16.600
21 Clientes 382.867 17.620 365.247
24 Estado 83.333 83.333 Dividas a terceiros - curto prazo
22 Fornecedores 10.000 10.000
26 Outros devedores 8.600 8.600 22 Fornecedores 284.400
Títulos negociáveis 24 Estado e outros entes públicos 129.446
15 Títulos negociáveis 92.000 12.000 80.000 26 Outros credores 15.333
Depósitos bancários e caixa Acréscimos e diferimentos
12 Depósitos bancários 123.467 123.467 27 Acréscimos e diferimentos 34.050
11 Caixa 14.000 14.000 Total do passivo 479.829
Total do Activo 1.272.487 141.969 1.130.518 Total dos capitais próprios e do Passivo 1.130.518

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 97
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

8. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

Demonstração de Resultados por Natureza

Trata-se de um documento de informação de carácter económico.

Apresentadas no capítulo 7 do Plano Oficial de Contabilidade as demonstrações de resultados


previstas são duas.

• a demonstração dos resultados por natureza,

• a demonstração dos resultados por funções.

A primeira respeita a classificação de custos e perdas, proveitos e ganhos apresentada pelo Plano
Oficial de Contabilidade, pelo que é também denominada de Demonstração de resultados por
Natureza.

A segunda apresenta características variáveis em função da empresa.

Também a disposição da Demonstração de Resultados pode ser:

Horizontal:

Custos e Perdas Proveitos e Ganhos

Resumo

I
98 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

ou Vertical:

Custos e Perdas

Proveitos e Ganhos

Resumo

A estrutura de cada página será a seguinte:

Códigos das Rubricas Exercícios


contas
CEE POC N N-1

1 2 3 4 5 6 7

A coluna 1 destina-se ao código de contas da CEE de acordo com a Directiva Contabilistica nº4.

A coluna 2 destina-se ao códigos das contas do POC.

A coluna 3 destina-se à enumeração de todas as rubricas constantes nos modelos apresentados


pelo POC. Se algumas não se mostrarem necessárias são enumeradas sendo o seu valor de zero
pois não se podem deixar de enumerar as rubricas apresentadas pelos modelos oficiais.

As colunas 4 e 5 destinam-se a apresentar os valores correspondentes ao exercício económico a


que se referem as contas (Ano N).

As colunas 6 e 7 destinam-se a apresentar os valores correspondentes ao exercício económico


anterior (Ano N-1).

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 99
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

A área 8 - Resumo apresenta-nos um conjunto de resultados, para cada um dos anos:

• operacionais;

• financeiros;

• correntes;

• antes de impostos, e,

• resultado liquido do exercício.

Apresentamos o modelo mais simples, a utilizar:

(Artigo 3º do Decreto-lei nº 410/89)

Códigos das Exercícios


contas
CEE POC N N-1
A Custos e perdas
2. a) 61 Custo das mercadorias vendidas e das matérias X X
consumidas
2. b) 62 Fornecimentos e serviços externos X X X X
3 Custos com o pessoal:
3.a) 641+642 Remunerações X X
3.b) 643 a 648 Encargos sociais X X X X
4.a) 66 Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo X X
4.b) 67 Provisões X X X X
5 63 Impostos X X
5 65 Outros custos e perdas operacionais X X X X
(A) X X
6 683+684 Amortizações e provisões de aplicações e X X
investimentos financeiros
7 Juros e custos similares X X X X
(C) X X
10 69 Custos e perdas extraordinárias X X
(E) X X
8+11 86 Imposto sobre o rendimento do exercício X X
(G) X X
13 88 Resultado liquido do exercício ±X ±X

I
100 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

B Proveitos e ganhos
71+72 Vendas e prestações de serviços X X
Variação da produção ±X ±X
75 Trabalhos para a própria empresa X X
74 Subsídios à exploração X X
73+76 Outros proveitos e ganhos operacionais X X X X
(B) X X
784 Rendimentos de participações de capital X X
Rendimentos de títulos negociáveis e de outras aplicações X X
financeiras
Outros juros e proveitos similares X X X X
(D) X X
79 Proveitos e ganhos extraordinários X X
(F) X

Resumo:
Resultados operacionais (B) - (A) =
Resultados financeiros (D-B) - (C-A) =
Resultados correntes (D) - (C) =
Resultados antes de impostos (F) - (E) =
Resultado líquido do exercício (F) - (G) =

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 101
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Exercício de Aplicação 2

Vamos elaborar a Demonstração de Resultados por natureza da Luar de Agosto.

Para tal temos que ter presente o balancete antes de apuramento de resultados, respeitante às
contas da classe 6 e 7:

Acumulados anuais
Descrição
Débito Crédito Saldo
61 Custo mercadorias vendidas e consumidas 1.489.804 0 1.489.804
62 Fornecimentos e serviços externos 579.231 37.512 541.719
63 Impostos 18.799 32 18.767
64 Custos com o pessoal 543.677 0 543.677
65 Outros custos operacionais 1.206 0 1.206
66 Amortizações do exercício 88.603 0 88.603
68 Custos e perdas financeiras 124.316 2.348 121.968
69 Custos e perdas extraordinárias 58.839 5.812 53.027
71 Vendas 149.608 2.899.227 -2.749.619
72 Prestações de serviços 5.090 28.343 -23.253
73 Proveitos suplementares 0 4.655 -4.655
78 Proveitos e ganhos financeiros 283 36.845 -36.562
79 Proveitos e ganhos extraordinários 16.838 21.115 -4.277

Os custos com pessoal são repartidos da seguinte forma:

• Remunerações - 450.000 u.m.

• Encargos sociais - 93.677 u.m..

I
102 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Resolução

Custos e perdas
61 Custo das Merc. Vend. e das Mat. Cons. 1.489.804
62 Fornecimentos e serviços externos 541.719 2.031.523
Custos com o pessoal:
641+6 Remunerações 450.000
42
643 a Encargos sociais 93.677 543.677
648
66 Amortizações do imobilizado corp. e incorp. 88.603
67 Provisões 0 88.603
63 Impostos 18.767
65 Outros custos e perdas operacionais 1.206 19.973
(A) 2.683.776
683+6 Amort. e prov. de aplic. e inv. financeiros 0
84
Juros e custos similares 121.968 121.968
(C) 2.805.754
69 Custos e perdas extraordinárias 53.027
(E) 2.858.781
86 Imposto sobre o rendimento do exercício 0
(G) 2.858.781
88 Resultado Liquido do exercício (40.405)
2.818.366

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 103
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Proveitos e ganhos
71+72 Vendas e prestações de serviços 2.772.872
Variação da produção
75 Trabalhos para a própria empresa
74 Subsídios à exploração
73+76 Outros proveitos e ganhos operacionais 4.655 2.777.527
(B) 2.777.527
784 Rendimentos de participações de capital
Rend. de Tít. Neg. e de outras apl. Financ.
Outros juros e proveitos similares 36.562 36.562
(D) 2.814.089
79 Proveitos e ganhos extraordinários 4.277
(F) 2.818.366
Resumo:
Resultados operacionais (B) - (A) = 93.751
Resultados financeiros (D-B) - (C-A) = -85.406
Resultados correntes (D) - (C) = 8.345
Resultados antes de impostos (F) - (E) = -40.405
Resultado líquido d exercício (F) - (G) = -40.405

Vamos elaborar a Demonstração de Resultados da empresa Parafusos Unidos sabendo que os


Custos com pessoal se repartem da seguinte forma:

• Remunerações - 600.000 u.m.

• Encargos sociais - 261.300 u.m..

Lembro que no apuramento de resultados se calculou Imposto sobre o rendimento no montante de


37.446 u.m..

I
104 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Parafusos Unidos

61 Custo mercadorias vendidas e matérias consumidas 1.797.513 0


62 Fornecimentos e serviços externos 259.792 0
64 Custos com o pessoal 861.300 0
66 Amortizações do exercício 22.769 0
67 Provisões do exercício 8.153 0
68 Custos e perdas financeiras 65.533 0
69 Custos e perdas extraordinárias 11.200 0
71 Vendas 0 3.041.333
72 Prestações de serviços 0 36.200
78 Proveitos e ganhos financeiros 0 33.842
79 Proveitos e ganhos extraordinários 0 25.020

Demonstração de Resultados por Natureza referente ao ano N

Custos e perdas
61 Custo das merc. Vend. e das mat. Cons. 1.797.513
62 Fornecimentos e serviços externos 259.792 2.057.305
Custos com o pessoal:
641/ 2 Remunerações 600.000
643/8 Encargos sociais 261.300 861.300
66 Amortizações do imobilizado corp. e inc. 22.769
67 Provisões 8.153 30.922
63 Impostos 0
65 Outros custos e perdas operacionais 0
(A) 2.949.527
683/4 Amort. e prov. de aplic. Inv. Financeiros 0
Juros e custos similares 65.533 65.533
(C) 3.015.060
69 Custos e perdas extraordinárias 11.200
(E) 3.026.260

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 105
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

86 Imposto sobre o rendimento do exercício 37.446


(G) 3.063.706
88 Resultado Liquido do exercício 72.689
3.136.395
Proveitos e ganhos
71+72 Vendas e prestações de serviços 3.077.533
Variação da produção
75 Trabalhos para a própria empresa
74 Subsídios à exploração
73+76 Outros proveitos e ganhos operacionais 3.077.533
(B) 3.077.533
784 Rendimentos de partic. de capital
Outros juros e proveitos similares 33.842 33.842
(D) 3.111.375
79 Proveitos e ganhos extraordinários 25.020 25.020
(F) 3.136.395

128.006
-31.691
96.315
110.135
72.689

Demonstração de Resultados por Funções

A Demonstração de Resultados por Funções dá uma visão mais funcional e analítica de


importância acrescida para os gestores.

Para a podermos efectuar é necessário classificar os custos/perdas e proveitos/ganhos numa


perspectiva das funções ou dos produtos ou das actividades existentes na empresa.

I
106 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

O modelo a adoptar deverá ser o seguinte:

Demonstração dos resultados por funções (Artigo 25º da 4ª Directiva da CEE):

Exercícios
N N-1
1 Vendas e prestações de serviços
2 Custo das vendas e prestações de serviços
3 Resultados brutos
4 Custos de distribuição
5 Custos administrativos
6 Outros proveitos operacionais
Resultados operacionais
7 Rendimentos de participações de capital
Relativos a empresas interligadas
Relativos a outras empresas
8 Rendimentos de títulos negociáveis e de outras
aplicações financeiras
Relativos a empresas interligadas
Outros
9 Outros juros e proveitos similares
Relativos a empresas interligadas
Outros
10 Amortizações e provisões de aplicações e
investimentos financeiros
11 Juros e custos similares
Relativos a empresas interligadas
Outros
Resultados correntes
14 Proveitos e ganhos extraordinários
15 Custos e perdas extraordinárias
Resultado antes de impostos
Imposto sobre o rendimentos do exercício
19 Resultado líquido do exercício

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 107
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Exercício de Aplicação Resolvido

Acumulado a Acumulado a Saldo Saldo


Conta Descrição
Débito Crédito Devedor Credor

11 Caixa 437 420 17 0


12 Depósitos à ordem 7.487 2.133 5.354 0
13 Depósitos a prazo 1.000 0 1.000 0
21 Clientes 8.967 2.667 6.300 0
22 Fornecedores 1.564 4.400 0 2.836
24 Estado e outros entes públicos 200 103 200 103
26 Outros devedores e credores 80 167 80 167
28 Provisão para cobrança duvidosa 27 67 0 40
31 Compras 7.567 0 7.567 0
32 Mercadorias 2.753 0 2.753 0
41 Investimentos financeiros 33 0 33 0
42 Imobilizações corpóreas 647 0 647 0
48 Amortizações acumuladas 0 147 0 147
51 Capital 0 10.667 0 10.667
62 Fornecimentos e serviços externos 735 0 735 0
63 Impostos 80 0 80 0
64 Custos com o pessoal 3.067 0 3.067 0
68 Custos e perdas financeiras 10 0 10 0
71 Vendas 333 13.533 0 13.200
78 Proveitos e ganhos financeiros 0 367 0 367
79 Proveitos e ganhos extraordinários 0 316 0 316
Total 34.987 34.987 27.843 27.843

Do inventário realizado em 31/12/N obtiveram-se os seguintes elementos:

1. Em caixa havia apenas 10 u.m. sendo que a diferença de 7 u.m. respeita a uma despesa por
regularizar do tesoureiro.

I
108 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

2. O saldo de depósitos à ordem do banco com que a empresa trabalha apresentava um saldo de
4.500 u.m., sendo a diferença explicada por:

1. Não estar ainda descontado o cheque 131 de 200 u.m.;

2. Estar por contabilizar o valor de juros pagos em 30/12/N referentes ao empréstimo que
terminou nessa data, os juros ascendem a 653 u.m.;

3. As amortizações do exercício referentes ao imobilizado corpóreo são de 65 u.m.;

4. Está por contabilizar o pagamento da renda de janeiro do escritório, no valor de 500 u.m., esta
renda foi paga por cheque. Está também por contabilizar uma factura de compra de material
de escritório no valor de 100 u.m. e IVA a 17%;

3. Sabe-se que no saldo de clientes existem dividas em mora, nomeadamente:

• 5.1. a 30 dias - 5.050 u.m.

• 5.2. a 90 dias - 600 u.m.

• 5.3. a 150 dias - 400 u.m.

• 5.4. a 200 dias - 150 u.m.

• 5.5. a 400 dias - 100 u.m.;

• As existências em armazém foram avaliadas em 500 u.m., o preço de mercado era inferior em
40 u.m. ao valor de aquisição relativamente às 50 unidades armazenadas;

• O saldo devedor da conta 24 respeita a pagamentos por conta de IRC e o valor a crédito
respeita a IRS retido em salários e IVA a entregar ao Estado.

Este exercício tem por objectivo aplicar todos os elementos estudados nesta unidade temática,
desde os lançamentos de rectificação até à elaboração das Demonstrações Financeiras.

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 109
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Exercício por Resolver 1

Conta Descrição Débito Crédito Devedor Credor

11 Caixa 3.620 2.520 1.100 0


12 Depósitos à ordem 14.920 12.800 2.120 0
13 Depósitos a prazo 6.000 0 6.000 0
21 Clientes 24.000 16.000 8.000 0
22 Fornecedores 9.384 26.400 0 17.016
24 Estado e outros entes públicos 2.200 2.840 300 940
26 Outros devedores e credores 480 2.500 80 2.100
28 Provisão para cobrança duvidosa 60 380 0 320
29 Provisões para riscos e encargos 100 180 0 80
31 Compras 45.200 800 44.400 0
32 Mercadorias 16.520 0 16.520 0
41 Investimentos financeiros 200 0 200 0
42 Imobilizações corpóreas 3.880 0 3.880 0
48 Amortizações acumuladas 0 880 0 880
51 Capital 0 4.000 0 4.000
62 Fornecimentos e serviços externos 4.912 0 4.912 0
63 Impostos 480 0 480 0
64 Custos com o pessoal 19.400 0 19.400 0
68 Custos e perdas financeiras 60 0 60 0
69 Custos e perdas extraordinárias 84 0 84 0
71 Vendas 2.000 82.200 0 80.200
78 Proveitos e ganhos financeiros 0 800 0 800
79 Proveitos e ganhos extraordinários 0 1.200 0 1.200
153.500 153.500 107.536 107.536

Do inventário realizado em 31/12/N obtiveram-se os seguintes elementos:


1. O saldo do banco com que a empresa trabalha apresenta um valor devedor de 2.000 u.m., a
diferença em relação ao saldo evidenciado pela empresa refere-se a um cheque devolvido do
cliente “Aroma Lda” que ainda não foi recepcionado na tesouraria da empresa, e como tal ainda
não se encontra movimentado.
2. As amortizações do exercício referentes ao imobilizado corpóreo ascendem a 120 u.m..

I
110 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

3. Não estão ainda contabilizadas as férias e o subsidio de férias a apagar no ano N+1 referentes
ap ano N, o valor mensal é de 1.617 u.m. estando previsto um acréscimo de 3% e uma taxa de
encargos patronais de 23,755.
4. Sabe-se que no saldo de clientes existem dividas em mora com o seguinte escalonamento
temporal, a 30 dias, 1.000 u.m., a 150 dias, 200 u.m. e a 370 dias, 800 u.m..
5. As existências finais ascendem a 9.500 u.m..

Tem este exercício por objectivo aplicar todos os elementos estudados neste capítulo, desde os
lançamentos de rectificação até à elaboração das Demonstrações Financeiras.

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 111
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Exercício por Resolver 2

Conta Descrição Acumulado Acumulado Saldo Saldo


a débito a crédito devedor credor
11 Caixa 22.000 21.720 280 0
12 Depósitos à ordem 32.000 28.000 4.000 0
13 Depósitos a prazo 8.000 0 8.000 0
211 Clientes c/c 72.800 60.000 12.800 0
212 Clientes - titulos a receber 62.000 54.000 8.000 0
213 Clientes - titulos a desconto 240 240 0 0
221 Fornecedores c/c 52.000 76.400 0 24.400
222 Fornecedores -titulos a pagar 30.000 40.000 0 10.000
24 Estado e outros entes públicos 3.200 3.800 0 600
26 Outros devedores e credores 52.800 52.680 200 80
28 Provisão para cobrança duvidosa 880 1.800 0 920
31 Compras 122.000 1.600 120.400 0
32 Mercadorias 80.000 0 80.000 0
39 Provisão p/ depreciação existências 200 1.200 0 1.000
41 Investimentos financeiros 2.000 0 2.000 0
42 Imobilizações corpóreas 12.000 800 11.200 0
48 Amortizações acumuladas 1.600 4.200 0 2.600
51 Capital 0 20.000 0 20.000
57 Reservas 0 11.600 0 11.600
62 Fornecimentos e serviços externos 9.600 0 9.600 0
63 Impostos 2.000 0 2.000 0
64 Custos com o pessoal 61.600 0 61.600 0
68 Custos e perdas financeiras 1.400 0 1.400 0
69 Custos e perdas extraordinárias 720 0 720 0
71 Vendas 1.000 236.000 0 235.000
78 Proveitos e ganhos financeiros 0 10.000 0 10.000
79 Proveitos e ganhos extraordinários 0 6.000 0 6.000
630.040 630.040 322.200 322.200

I
112 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

O inventário a que se procedeu em 31/12/N forneceu os seguintes elementos:

1. Em caixa apenas estava a quantia de 120 u.m..

2. Faltavam contabilizar os juros vencidos do depósito a prazo desde 1/9/N à taxa de 5% e cujo
pagamento ocorrerá em 1/3/N+1.

3. As dividas em mora são as seguintes:

• facturas vencidas entre 6 e 12 meses - 1.000 u.m.;

• facturas reclamadas judicialmente - 1.400 u.m.;

• facturas com menos de 6 meses - 5.600 u.m.

4. A inventariação física das existências mostrou que as mesmas valem 30.000 u.m. ao seu preço
de custo, verificando-se uma quebra face ao valor de mercado de 1.950 u.m..

5. As amortizações das imobilizações corpóreas ascendem a 2.200 u.m. por ano.

6. O valor de férias e subsidio de férias ascendem a 5.000 u.m. por mês estando previsto um
aumento de 3% e encargos sociais obrigatórios de 23.75%.

7. Estava paga a renda do armazém referente ao mês de Janeiro do ano N+1 no valor de 200 u.m.

Tem este exercício por objectivo aplicar todos os elementos estudados neste capítulo, desde os
lançamentos de rectificação até à elaboração das Demonstrações Financeiras.

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 113
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

9. ANEXOS AO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

Os anexos são os conjuntos de informações descritivas sobre as Demonstrações Financeiras,


nomeadamente Balanço Demonstração de Resultados e, ainda, algumas informações
complementares que explicam a situação apresentada nessas Demonstrações.

Trata-se de uma lista de 48 pontos, nem todos são preenchidos por todas as empresa, e também
alguns dos pontos estão em branco para serem preenchidos face às necessidades de cada
empresa;

O Anexo está contido no capítulo 8 do Plano Oficial de Contabilidade, vamos analisar


resumidamente cada um dos pontos:

1. Indicar e analisar as disposições do Plano Oficial de Contabilidade que não tenham sido
devidamente aplicadas, quantificando o seu impacto nas Demonstrações Financeiras.

2. Indicar e comentar as contas em que os métodos aplicados sejam diferentes dos do exercício
anterior, para se poderem comparar.

3. Apresentar os critérios valorimétricos e métodos adoptados nas diferentes rubricas do Balanço


e da Demonstração de Resultados.

4. Indicar as cotações utilizadas quando existam saldos em moedas estrangeiras.

5. Apresentar as alterações no resultado do exercício provocadas por alterações de critérios de


valorimetria ou de métodos de cálculo de amortizações ou provisões.

6. Indicar situações que afectem os impostos futuros.

7. Indicar o número médio de pessoas ao serviço.

8. Justificar o conteúdo das contas “431 - Despesas de instalação” e “432 - Despesas de


investigação e de desenvolvimento”.

9. Se existirem Trespasses com amortização além de cinco anos, apresentar justificação.

I
114 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

10. Apresentar os movimentos ocorridos nas rubricas de imobilizado e respectivas amortizações e


provisões, de acordo com o seguinte quadro:

Activo Bruto

Rubricas Saldo Reava- Aumentos Aliena- Transfe- Saldo


Inicial liação ou ções rências e Final
ajusta- abates
mento

Imobilizações
Incorpóreas:
(discriminar)

Imobilizações corpóreas:
(discriminar)

Imobilizações
financeiros:
(discriminar)

Amortizações e provisões

Rubricas Saldo Reforço Regularizações Saldo


Inicial Final

Imobilizações Incorpóreas:
(discriminar)

Imobilizações corpóreas:
(discriminar)

Imobilizações financeiros:
(discriminar)

11. Indicação dos custos incorridos no exercício no recursos a empréstimos para financiamento de
imobilizações em construção e que tenham ficado terminadas neste exercício.

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 115
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

12. Indicação dos diplomas legais à luz dos quais se efectuaram as reavaliações do imobilizado.

13. Elaboração de mapa discriminativo das reavaliações, indicando rubrica a rubrica o custo
histórico, o valor de acréscimo provocado pela reavaliação e o valor após a reavaliação.

14. Indicar para as imobilizações corpóreas e em curso as suas características no tocante a origem,
financiamento e prazos de conclusão.

15. Indicação dos bens utilizados em locação financeira e respectivos valores contabilisticos.

16. Informações relativas a empresas pertencentes a um mesmo grupo.

17. Indicação das parcelas integradas em “Títulos negociáveis” cujo peso seja superior a 5% do
activo circulante da empresa.

18. Discriminação da conta 4154 - Fundos.

19. Indicação de diferenças entre os valores apresentados no Balanço e os valores de mercado


para os elementos do Activo Circulante.

20. Justificação da atribuição de valor inferior ao do valor de mercado a bens do activo circulante.

21. Indicação e justificação de provisões extraordinárias referentes a abens do activo circulante.

22. Valores de existências em poder de terceiros, à consignação.

23. Valores de dividas de cobrança duvidosa incluídas nas rubricas de balanço.

24. Indicação de eventuais movimentos financeiros verificados entre a empresa e os seus órgãos
de administração, de direcção e de fiscalização, no tocante a adiantamentos ou empréstimos.

25. Valor global de dividas activas e passivas respeitantes ao pessoal da empresa.

26. Valor de dividas tituladas que no balanço não evidenciem tal característica.

27. Quantidades e valores de títulos emitidos pela empresa com indicação dos direitos que
conferem.

28. Discriminação de dividas incluídas na rubrica Estado, se em mora.

29. Valor de dividas a terceiros com prazo superior a cinco anos.

30. Valor de dividas de terceiros cobertas por garantias reais.

31. Valor global de compromissos financeiros que não figurem no balanço.

32. Descrição das responsabilidades da empresa por garantias prestadas.

33. Indicação de eventuais diferenças entre as dividas a pagar e quantias já recebidas por conta
dessas dividas.

I
116 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

34. Desdobramento das contas de provisões e movimento do ano.

35. Forma de realização do capital social ou aumentos de capital.

36. Numero de acções e seu valor nominal que compõem o capital social da empresa.

37. Indicação dos titulares do capital desde que superiores a 20%.

38. Numero e valor nominal das acções subscritas durante o exercício.

39. Indicação das variações das reservas de reavaliação durante o exercício.

40. Explicitação de outras alterações nas rubricas de capitais próprios, ainda não referidas.

41. Demonstração do custo das mercadorias vendidas e da matérias consumidas.

42. Demonstração da variação da produção.

43. Indicação do valor das remunerações atribuídas aos órgãos de gestão.

44. Repartição dos valores apresentados nas contas 71 - Vendas e 72 - Prestação de serviços pelo
mercado interno e externo.

45. Demonstração de resultados financeiros.

46. Demonstração de resultados extraordinários.

47. Informações exigidas por diplomas legais.

48. Outras informações que sejam consideradas relevantes.

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 117
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

10. DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E DAS APLICAÇÕES DE FUNDOS - DOAF


(ANTERIORMENTE DESIGNADA MAPA DE ORIGENS E APLICAÇÃO DE FUNDOS)

Quando observamos e analisamos um Balanço e uma Demonstração de Resultados nada nos é


dito sobre algumas vivências da empresa, nomeadamente:

• Que investimentos foram efectuados?

• Como foram financiados esses investimentos?

• Como foi financiada a actividade corrente?

• Se foram distribuídos lucros,

• etc.

A Demonstração de Origens e Aplicação de Fundos vem responder a estas perguntas.

Tratando-se de um documento de informação patrimonial, financeira e monetária é um importante


auxilio e complemento das demonstrações financeiras.

Origens e Aplicações de Fundos

Origem de fundos é considerada toda a fonte de fundos próprios ou alheios que nos permitem
financiar a vida da empresa e que se vão reflectir em:

• Aumentos das contas do passivo e da Situação Líquida, ou

• Reduções das contas do Activo.

Aplicação de fundos é o destino dado a todos os fundos obtidos pela empresa e que se vão
materializar em:

• Aumentos das contas do Activo, ou,

• Reduções das contas do passivo e da Situação Líquida.

Analisemos os seguintes factos e determinemos a origem e aplicação respectiva:

1. Compra de uma máquina de 10.000 u.m. a pronto pagamento:

• Aplicação - Aumento do imobilizado corpóreo;

• Origem - Diminuição de depósitos à ordem.

I
118 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

2. Renegociação de uma dívida de curto prazo por utilização de um novo empréstimo de médio e
longo prazo:

• Aplicação - Diminuição do passivo de curto prazo;

• Origem - Aumento do passivo de médio e longo prazo.

3. Venda de mercadoria a crédito:

• Aplicação - Aumento de dívidas de terceiros

• Origem - Diminuição dos activos de curto prazo.

4. Aplicação financeira:

• Aplicação - Aumento das aplicações financeiras;

• Origem - Diminuição de disponibilidades.

5. Aumento de capital próprio por entrada de “dinheiro fresco”:

• Aplicação - Aumento da Situação Líquida;

• Origem - Aumento de disponibilidades.

6. Compra de matérias primas a crédito:

• Aplicação - Aumento das existências;

• Origem - Aumento do passivo de curto prazo.

De todos os custos reflectidos na Demonstração de Resultados existem dois tipos de custos a que
não estão associados desembolsos de fundos, são eles:

• as amortizações, e

• as provisões.

Estamos perante dois tipos de movimentos que não se traduzem em pagamentos, logo os valores
recuperados nas vendas para suportar estes dois tipos de custos são também uma origem de
fundos, surgindo a noção de Autofinanciamento, ou seja, todos os fundos gerados e que
permanecem ao serviço da empresa, ou seja:

• Resultados Líquidos;

• Amortizações;

• Provisões.

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 119
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

A Elaboração da Demonstração de Origens e Aplicação de Fundos

Para elaborarmos a DOAF necessitamos de ter os Balanços de dois anos sucessivos da empresa,
com base nestes elementos são elaborados três mapas:

• um Mapa de Mutação de Valores, ou seja, um simples quadro em que mencionamos todas as


rubricas do Balanço e encontramos as variações verificadas de um ano para o outro, é com
base neste mapa que elaboraremos os seguintes:

• a Demonstração das Variações de Fundos Circulantes - que apresenta as variações das


rubricas do Balanço relacionadas com o curto prazo, excluindo as amortizações e as provisões,
e

• a Demonstração das Origens e Aplicação de Fundos, que nos apresenta as variações nas
rubricas de natureza permanente, ou seja de médio e longo prazo e onde vamos encontrar uma
linha com o resultado da Demonstração das Variações de fundos Circulantes (aumento ou
diminuição dos fundos circulantes).

I
120 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Apresentamos seguidamente os modelos de mapa a utilizar:

Mapa de Mutação de Valores

Rubricas Ano N Ano N+1 Variação

Activo
Imobilizados
Existências
Dividas de terceiros
Médio e longo prazo
Curto prazo
Disponibilidades
Total

Capital próprio
Capital
Reservas
Resultados
Passivo
Dividas a terceiros
Médio e longo prazo
Curto prazo
Total

Demonstração das Variações dos Fundos Circulantes

1 Aumentos das X 1 Diminuições das X


existências existências
2 Aumentos das dividas de X 2 Diminuições das dividas X
terceiros a curto prazo de terceiros a curto prazo
3 Diminuições das dividas X 3 Aumentos das dividas a X
a terceiros a curto prazo terceiros a curto prazo
4 Aumentos das X 4 Diminuições das X
disponibilidades disponibilidades
5 Diminuição dos fundos X 5 Aumento dos fundos X
circulantes circulantes
X X

Os valores para preenchimento deste mapa são obtidos directamente do mapa de mutação de
valores, compreendem todas as rubricas de curto prazo e permite-nos obter o resultado verificado
nos findos circulantes.
As rubricas de médio e longo prazo serão tratadas na elaboração da DOAF.

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 121
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Demonstração da origem e da aplicação de fundos


Origem dos fundos Aplicação dos fundos

Internas Distribuições
Resultado liquido do exercício ±x Por aplicação de resultados x
Amortizações ±x Por aplicação de reservas x x
Variação de provisões ±x ±x
Diminuições de capitais próprios
Externas Diminuições de capital e de prestações suplementares x
Aumentos dos capitais próprios:
Aumentos de capital e prestações suplementares x Movimentos financeiros a médio e longo prazo:
Aumentos de prémios de emissão e de reservas especiais x Aumentos de investimentos financeiros x
Cobertura de prejuízos x x Aumentos das dívidas de terceiros a médio e longo prazo x
Movimentos financeiros a médio e longo prazo: Diminuições das dívidas a terceiros a médio e longo prazo x x
Diminuições de investimentos financeiros x
Diminuições das dívidas de terceiros a médio e longo prazo x Aumento de imobilizações
Aumentos das dívidas a terceiros a médio e longo prazo x x Trabalhos da empresa para ela própria x
Diminuição de imobilizações Aquisição de imobilizações x x
Cessão de imobilizações x

Diminuição dos fundos circulantes x Aumento dos fundos circulantes x


x

I
122 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Todas as rubricas devem ser desdobradas de acordo com os balanços de cada empresa.

Análise das Rubricas Individuais que Compõem a DOAF:

Origens internas:

1. Resultado Líquido do Exercício - considera-se o saldo da conta 88 (Resultado Líquido do


Exercício), se lucro com o sinal positivo, se prejuízo com o sinal negativo.

2. Amortizações - Somam-se os saldos das diversas contas da classe 66 - Amortizações do


exercício

3. Variação de provisões - vamos determinar a diferença entre o saldo do final do ano anterior e
o saldo final do ano em causa, relativamente a todas as provisões constantes do balanço, por
exemplo:

Conta 31/12/N-1 31/12/N

28 Provisões para cobrança duvidosa 10.000 7.000


29 Provisões para riscos e encargos 4.000 0
39 Provisões para depreciação de 3.000 5.000
existências
Total 17.000 12.000

A rubrica “Variação de provisões” origem terá sinal negativo e valor de 5.000 u.m.

Origens externas:

1. Aumentos de capital e prestações suplementares, aumentos de prémios de emissão e de


reservas especiais ou cobertura de prejuízos

Nestas rubricas apenas se consideram as entradas de “dinheiro fresco”, não são consideradas
as outras formas de aumento de capital ou de cobertura de prejuízo, nomeadamente por
incorporação de reservas;

2. Movimentos financeiros a médio e longo prazo - resultam da comparação dos dois balanços,
obtêm-se directamente do mapa de mutação de balanços;

3. Diminuição de imobilizações - regista-se o valor líquido do imobilizado alienado,


independentemente do valor do resultado obtido nessa alienação, porque esse já está reflectido
nos resultados líquidos, por via da mais ou menos valia gerada;

A linha de diminuição de fundos circulantes será preenchida alternativamente à linha aumentos


de fundos circulantes e depende do resultado do mapa variação de fundos circulantes.

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 123
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Aplicações

1. Distribuições

Por aplicação de resultados ou por aplicação de reservas - representa as saídas de dinheiro


para os detentores do capital ou outros órgãos das sociedades.

2. Diminuições de capitais próprios

Diminuições de capital e de prestações suplementares que se materializam em saídas de


fundos.

3. Movimentos financeiros a médio e longo prazo - determinam-se pelas variações dos dois
balanços, obtêm-se directamente do mapa de mutação de valores.

4. Aumento de imobilizações - compreende os investimentos efectuados mas especial atenção


ao facto de termos que retirar os valores resultantes da reavaliação de imobilizados.

Exemplo de Aplicação 1

São conhecidos os seguintes elementos da empresa XPTO, de que se apresenta o Mapa de


Mutação de Valores:

Ano N Ano (N+1) Variação

ACTIVO

Imobilizações corpóreas 5.000 12.000 7.000


Imobilizações em curso 1.400 0 -1.400
Amortizações acumuladas -1.600 -2.500 -900
Investimentos financeiros 600 800 200
Mercadorias 3.600 5.000 1.400
Clientes 8.000 9.810 1.810
Fornecedores 200 0 -200
Outros devedores 300 300 0
Provisão p/ cob. Duvidosa -400 -520 -120
Caixa e títulos negociáveis 500 1.200 700
Provisão p/ aplic. Tesouraria -80 -90 -10
Custos diferidos 80 0 -80
Total 17.600 26.000 8.400

I
124 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Ano N Ano (N+1) Variação

CAPITAL PRÓPRIO E
PASSIVO
Capital 4.000 10.000 6.000
Reservas 1.300 2.000 700
Resultados transitados 840 0 -840
Resultado liquido do exercício 1.660 2.400 740
Empréstimos obtidos m/l prazo 0 1.000 1.000
Fornecedores C/C 8.900 8.700 -200
Estado e outros entes públicos 900 1.900 1.000
Total 17.600 26.000 8.400

E ainda que:

1. Foram vendidos imobilizados corpóreos, por 60 u.m., que estavam integralmente amortizados e
cujo custo de aquisição tinha sido 800 u.m..

2. O acréscimo das reservas (de 1.300 para 2.000) resultou da reavaliação dos imobilizados
corpóreos. Esta reavaliação provocou um acréscimo nos valores de aquisição de 1.200 u.m..

3. No ano N+1 os resultados foram afectados da seguinte forma: 1.700 u.m. para accionistas e
800 u.m. para aumento de capital.

4. Os imobilizados em curso ficaram concluídos no ano N+1.

Pretende-se elaborar a Demonstração de Origens e Aplicações de Fundos.

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 125
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Resolução

Demonstração da Variação dos Fundos Circulantes

1 Aumentos das 1 Diminuições das 0


existências existências
Mercadorias 1.410 2 Diminuições das dividas de
terceiros a curto prazo
2 Aumentos das dividas Fornecedores 200
de terceiros a curto
prazo
Clientes 1.810 Custos diferidos 80
3 Diminuições das 3 Aumentos das dividas a
dividas a terceiros a terceiros a curto prazo
curto prazo
Fornecedores 200 Estado e outros entes 1.000
públicos
4 Aumentos das 700 4 Diminuições das 0
disponibilidades disponibilidades
5 Diminuição dos fundos 0 5 Aumento dos fundos 2.830
circulantes circulantes
4.110 4.110

Cálculos complementares para elaboração da Demonstração de origens e Aplicação de Fundos:

Investimento em Imobilizado Corpóreo:

Imobilizado Corpóreo no ano N 5.000 u.m.


Alienação de Imobilizado - 800 u.m.
Actualização provocada pela reavaliação + 1.200 u.m.
Investimento em imobilizado corpóreo + X u.m.
Imobilizado corpóreo no ano N+1 = 12.000 u.m.

+ 5.000 - 800 + 1.200 + X = 12.000


X = 6.600 u.m.

Deste investimento há uma parte que se encontrava em Imobilizado em Curso pelo que o
Investimento de Imobilizado Corpóreo a considerar é de

6.600 u.m. - 1.400 u.m. = 5.200 u.m. .

I
126 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Determinação das amortizações do exercício:

Amortizações acumuladas no ano N 1.600 u.m.


Alienação de Imobilizado - 800 u.m.
Actualização provocada pela reavaliação + Z u.m.
Amortizações do exercício + Y u.m.
Amortizações acumuladas no ano N+1 = 2.500 u.m.

+ 1.600 - 800 + Z + X = 2.500

Nesta equações encontramos duas incógnitas vamos ter que determinar em primeiro lugar o
acréscimo de amortizações acumuladas provocado pela Reavaliação do Imobilizado:

Acréscimo do valor do imobilizado 1.200 u.m.


Acréscimo do valor das amortizações X u.m.
acumuladas
valor da reserva de reavaliação 700 u.m.

+ 1.200 - X = 700
X = 500 u.m.

Neste momento já podemos resolver o nosso problema e determinar o valor das amortizações do
exercício:

Amortizações acumuladas no ano N 1.600 u.m.


Alienação de Imobilizado - 800 u.m.
Actualização provocada pela reavaliação + 500 u.m.
Amortizações do exercício + Y u.m.
Amortizações acumuladas no ano N+1 = 2.500 u.m.

+ 1.600 - 800 + 500 + X = 2.500


X = 1.200 u.m.

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 127
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Movimentos no Capital Próprio:

Rubrica Ano N Ano N+1 Variação Observações

Capital 4.000 u.m. 10.000 +6.000 800 resultam da


u.m. u.m. afectação de
Resultados
Transitados pelo
que só 5.200 u.m.
deverão constar na
DOAF
Reservas 1.300 u.m. 2.000 u.m. +700 u.m. Trata-se do valor da
reserva de
reavaliação, não se
menciona nada na
DOAF
Resultados 840 u.m. 0 u.m. -840 u.m 800 foram afectos a
capital os restante
transitados
40 foram
distribuídos aos
sócios
Resultados 1.660 u.m. 0 u.m. -1.660 foram distribuídos
u.m. aos sócios,
líquidos
somados aos 40 de
do ano N resultados
transitados
totalizam as 1.700
u.m. atribuídas a
sócios

Podemos finalmente preencher o mapa de Dotação de Origens e Aplicação de Fundos.

I
128 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Demonstração da origem e da aplicação de fundos

Origem dos fundos Aplicação dos fundos

Internas Distribuições
Resultado liquido do exercício 2.400 Por aplicação de resultados 1.700
Amortizações 1.200 Por aplicação de reservas 1700
Variação de provisões 130 3.730

Diminuições de capitais próprios


Externas Diminuições de capital e de prestações suplementares
Aumentos dos capitais próprios:
Aumentos de capital e prestações suplementares 5.200 Movimentos financeiros a médio e longo prazo:
Aumentos de prémios de emissão e de reservas especiais Aumentos de investimentos financeiros 200
Cobertura de prejuízos 5.200 Aumentos das dívidas de terceiros a médio e longo prazo

Movimentos financeiros a médio e longo prazo: Diminuições das dívidas a terceiros a médio e longo prazo 200
Diminuições de investimentos financeiros
Diminuições das dívidas de terceiros a médio e longo prazo Aumento de imobilizações
Aumentos das dívidas a terceiros a médio e longo prazo 1.000 1.000 Trabalhos da empresa para ela própria

Diminuição de imobilizações Aquisição de imobilizações 5.200 5.200


Cessão de imobilizações

Diminuição dos fundos circulantes Aumento dos fundos circulantes 2.830


9.930 9.930

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 129
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Exercício por Resolver 1:

Retiraram-se os seguintes elementos da contabilidade da empresa Lamelas SA :

Rubricas Ano N Ano N+1

Prov. Créditos cobrança 46 100


duvidosa
Prov. Depreciação existências 70 60
Provisão para riscos e 220 182
encargos
Imobilizado corpóreo 4.680 6.640
Amortizações acumuladas de -1.400 -1.900
Imobilizados corpóreos
Imobilizado incorpóreo 200 220
Investimentos financeiros 680 740
Empréstimos obtidos m/l prazo 680 480
Capital 1.200 2.000
Reserva legal 200 208
Reserva de reavaliação 400 800
Resultados transitados -200 0
Resultado líquido exercício 80 200

Sabendo ainda que:

1. Houve uma redução de fundos circulantes de 146 u.m.;

2. As amortizações do exercício foram de 400 u.m para imobilizado corpóreo e 60 u.m. para
imobilizado incorpóreo;

3. Houve uma reavaliação do imobilizado corpóreo no ano N+1, tendo-se calculado uma reserva
de reavaliação de 800 u.m.;

4. Foi alienado um equipamento que se encontrava amortizado em 50%, tendo o seu custo sido de
280 u.m..

5. Durante o ano N+1 foram adquiridos 10% do capital da empresa ZAS LDA, no valor de 600
u.m., foi também alienada a quota que detinha na TRUZ.

Vamos elaborar a Demonstração de Origens e Aplicação de Fundos para o ano N+1.

I
130 Guia do Formador Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Resolução

Cálculos complementares para elaboração da Demonstração de origens e Aplicação de Fundos:

Investimento em Imobilizado Corpóreo:

Imobilizado Corpóreo no ano N 4.680


Alienação de Imobilizado -280
Actualização provocada pela reavaliação X
Investimento em imobilizado corpóreo Z
Imobilizado corpóreo no ano N+1 6.640
+ 4.680 - 280 + X + Z = 6.640

Nesta equações encontramos duas incógnitas vamos ter que determinar em primeiro lugar o
acréscimo de Imobilizado provocado pela Reavaliação do Imobilizado:

Determinação das amortizações do exercício:

Amortizações acumuladas no ano N 1.400


Alienação de Imobilizado -140
Actualização provocada pela reavaliação W
Amortizações do exercício 460
Amortizações acumuladas no ano N+1 1.900
1.900 = 1400 - 140 + W + 460
W = 180

Acréscimo do valor do imobilizado C


Acréscimo do valor das amortizações
acumuladas 180
Valor da reserva de reavaliação 800
C-180 = 800
C = 980

I
Contabilidade Geral II Guia do Formador 131
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Neste momento já podemos resolver o nosso problema e determinar o valor do investimento:

Imobilizado Corpóreo no ano N 4.680


Alienação de Imobilizado -280
Actualização provocada pela reavaliação X
Investimento em imobilizado corpóreo Z
Imobilizado corpóreo no ano N+1 6.640
+ 4.680 - 280 + 180 + Z = 6.640
Z = 1.260

Movimentos no Capital Próprio:

Rubrica Ano N Ano N+1 Variação Observações

Capital 1.200 u.m. 2.000 u.m. +800 u.m. 400 resultam da


afectação da
Reserva de
Reavaliação pelo
que só 400 u.m.
deverão constar na
DOAF
Reservas 600 u.m. 1.000 u.m. +400 u.m. Trata-se do valor da
reserva de
reavaliação, não se
menciona nada na
DOAF
Resultados (200) u.m. 0 u.m. -200 u.m Houve cobertura de
transitados prejuízos em 80
u.m. de afectação
de resultados e os
120 foram entrada
de fundos para
cobertura de
prejuízos
Resultados 80 u.m. 0 u.m. -80 u.m. foram transferidos
líquidos do para resultados
ano N Transitados

I
132 Guia do Formador Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Podemos finalmente preencher o mapa de Dotação de Origens e Aplicação de Fundos Demonstração da origem e da aplicação de fundos

Origem dos fundos Aplicação dos fundos

Internas Distribuições
Resultado liquido do exercício 200 Por aplicação de resultados
Amortizações 460 Por aplicação de reservas
Variação de provisões -6 654
Diminuições de capitais próprios
Externas Diminuições de capital e de prestações suplementares
Aumentos dos capitais próprios:
Aumentos de capital e prestações suplementares 400 Movimentos financeiros a médio e longo prazo:
Aumentos de prémios de emissão e de reservas Aumentos de investimentos financeiros 600
especiais
Cobertura de prejuízos 120 520 Aumentos das dívidas de terceiros a médio e longo prazo
Movimentos financeiros a médio e longo prazo: Diminuições das dívidas a terceiros a médio e longo prazo 600
Diminuições de investimentos financeiros 540
Diminuições das dívidas de terceiros a médio e longo Aumento de imobilizações
prazo
Aumentos das dívidas a terceiros a médio e longo prazo 540 Trabalhos da empresa para ela própria
Diminuição de imobilizações Aquisição de imobilizações 1.260 1.260
Cessão de imobilizações
Diminuição dos fundos circulantes 146 Aumento dos fundos circulantes
1.860 1.860

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 133
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

11. ENCERRAMENTO DAS CONTAS

Os trabalhos de fim de exercício apresentam como etapa final o chamado lançamento de


encerramento das contas.
É um lançamento em que se debitam e creditam, as contas do balancete que apresentam saldo
devedor ou credor.
Quando se faz a passagem do lançamento do Diário ao Razão todas as contas aparecem
saldadas.
Este lançamento será efectuado de forma inversa na abertura do exercício seguinte.

Balancete antes de encerramento


Acumulados anuais
Conta Rubricas
Débito Crédito Saldo
11 Caixa 22.000 21.720 280
12 Depósitos à ordem 32.000 28.000 4.000
13 Depósitos a prazo 8.000 0 8.000
21 Clientes 66.800 60.000 6.800
22 Fornecedores 30.000 40.000 -10.000
24 Estado e out. entes públicos 3.200 3.800 -600
26 Outros devedores e credores 52.800 52.680 120
28 Provisão cobrança duvidosa 880 1.800 -920
32 Mercadorias 63.600 0 63.600
39 Provisão p/ dep. Existências 200 1.200 -1.000
41 Investimentos financeiros 2.000 0 2.000
42 Imobilizações corpóreas 13.820 800 13.020
48 Amortizações acumuladas 1.600 4.200 -2.600
51 Capital 0 20.000 -20.000
57 Reservas 0 11.600 -11.600
61 Compras 122.000 122.000 0
62 Fornecimentos e serviços externos 9.600 9.600 0
63 Impostos 2.000 2.000 0
64 Custos com o pessoal 61.600 61.600 0
68 Custos e perdas financeiras 1.400 1400 0
69 Custos e perdas extraordinárias 720 720 0
71 Vendas 236.000 236.000 0
78 Proveitos e ganhos financeiros 10.000 10.000 0
81 Resultados operacionais 235.000 235.000 0
82 Resultados financeiros 10.000 10.000 0
83 Resultados correntes 51.400 51.400 0
84 Resultados extraordinários 300 300 0
85 Resultados antes de impostos 51.400 51.400 0
88 Resultados líquido do exercício 51.100 -51.100
1.088.320 1.088.320 0

I
134 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Diário: Operações diversas (fecho)

Mês de Dezembro do ano N

Lançamento de encerramento ou fecho de exercício

Conta
Nr. Descrição Conta creditada Valor
debitada

1 Fecho do exercício., pelo saldo das contas 11 280


Fecho do exercício, pelo saldo das contas 12 4.000
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 13 8.000
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 21 6.800
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 26 120
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 32 63.600
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 41 2.000
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 42 13.020
97.820

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 22 10.000


Fecho do exercício, pelo saldo das contas 24 600
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 28 920
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 39 1.000
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 48 2.600
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 51 20.000
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 57 11.600
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 88 51.100
97.820

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 135
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Balancete após o encerramento


Acumulados anuais
Rubrica
Débito Crédito Saldo
11 Caixa 22.000 22.000 0
12 Depósitos à ordem 32.000 32.000 0
13 Depósitos a prazo 8.000 8.000 0
21 Clientes 66.800 66.800 0
22 Fornecedores 40.000 40.000 0
24 Estado e outros entes públicos 3.800 3.800 0
26 Outros devedores e credores 52.800 52.800 0
28 Provisão para cobrança duvidosa 1.800 1.800 0
32 Mercadorias 63.600 63.600 0
39 Provisão p/ depreciação existências 1.200 1.200 0
41 Investimentos financeiros 2.000 2.000 0
42 Imobilizações corpóreas 13.820 13.820 0
48 Amortizações acumuladas 4.200 4.200 0
51 Capital 20.000 20.000 0
57 Reservas 11.600 11.600 0
61 Compras 122.000 122.000 0
62 Fornecimentos e serviços externos 9.600 9.600 0
63 Impostos 2.000 2.000 0
64 Custos com o pessoal 61.600 61.600 0
68 Custos e perdas financeiras 1.400 1.400 0
69 Custos e perdas extraordinárias 720 720 0
71 Vendas 236.000 236.000 0
78 Proveitos e ganhos financeiros 10.000 10.000 0
81 Resultados operacionais 235.000 235.000 0
82 Resultados financeiros 10.000 10.000 0
83 Resultados correntes 51.400 51.400 0
84 Resultados extraordinários 300 300 0
85 Resultados antes de impostos 51.400 51.400 0
88 Resultados líquido do exercício 51.100 51.100 0
1.186.140 1.186.140 0

I
136 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Exercício de Aplicação por Resolver

Exercício de Aplicação 1

Pretende-se que efectue o lançamento de encerramento de contas e apresente o balancete após o


encerramento de contas da empresa Luar de Agosto, cujo balancete antes de encerramento é o
seguinte:

Balancete rectificado da Parafusos Unidos

Conta Descrição Saldo devedor Saldo credor

11 Caixa 14.000 0
12 Depósitos à ordem 123.467 0
15 Títulos negociáveis 92.000 0
19 Provisões p/ aplicação tesouraria 0 12.000
21 Clientes 382.867 0
22 Fornecedores 10.000 284.400
24 Estado e outros entes públicos 83.333 129.446
27 Acréscimos e diferimentos 0 34.050
26 Outros devedores e credores 8.600 15.333
28 Provisão para cobrança duvidosa 0 17.620
29 Provisão p/ riscos e encargos 0 16.600
31 Compras 0 0
32 Mercadorias 165.754 0
39 Provisão p/ depreciação existências 0 3.580
41 Investimentos financeiros 200.000 0
42 Imobilizações corpóreas 176.133 0
43 imobilizações Incorpóreas 16.333 0
48 Amortizações acumuladas 0 108.769
51 Capital 0 333.333
55 Reservas 0 214.000
59 Resultados transitados 0 30.667
61 Custo Mercadorias Vendidas Mat. Cons. 0 0
62 Fornecimentos e serviços externos 0 0
64 Custos com o pessoal 0 0
66 Amortizações do exercício 0 0
67 Provisões do exercício 0 0
68 Custos e perdas financeiras 0 0
69 Custos e perdas extraordinárias 0 0
71 Vendas 0 0
72 Prestações de serviços 0 0
78 Proveitos e ganhos financeiros 0 0
79 Proveitos e ganhos extraordinários 0 0
88 Resultado Liquido do exercício 0 72.689
Total 1.272.487 1.272.487

Resolução

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 137
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Diário : Operações diversas (fecho)

Mês de Dezembro do ano N

Lançamento de encerramento ou fecho de exercício

Conta Conta
Nr. Descrição Valor
debitada creditada
1 Fecho do exercício., pelo saldo das contas 11 14.000
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 12 123.467
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 15 92.000
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 21 382.867
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 22 10.000
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 24 83.333
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 26 860
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 32 165.754
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 41 200.000
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 42 176.133
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 43 16.333
1.272.487
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 19 12.000
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 22 284.400
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 24 129.446
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 26 15.333
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 27 34.050
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 28 17.620
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 29 16.600
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 39 3.580
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 48 108.769
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 51 333.333
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 59 30.667
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 88 72.689
1.272.487

I
138 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Balancete após o fecho

Saldo Saldo
Conta Descrição
devedor credor

11 Caixa 0 0
12 Depósitos à ordem 0 0
15 Títulos negociáveis 0 0
19 Provisões p/ aplicação tesouraria 0 0
21 Clientes 0 0
22 Fornecedores 0 0
24 Estado e outros entes públicos 0 0
27 Acréscimos e diferimentos 0 0
26 Outros devedores e credores 0 0
28 Provisão para cobrança duvidosa 0 0
29 Provisão p/ riscos e encargos 0 0
31 Compras 0 0
32 Mercadorias 0 0
39 Provisão p/ depreciação existências 0 0
41 Investimentos financeiros 0 0
42 Imobilizações corpóreas 0 0
43 imobilizações Incorpóreas 0 0
48 Amortizações acumuladas 0 0
51 Capital 0 0
55 Reservas 0 0
59 Resultados transitados 0 0
61 Custo Mercadorias Vendidas Mat. Cons. 0 0
62 Fornecimentos e serviços externos 0 0
64 Custos com o pessoal 0 0
66 Amortizações do exercício 0 0
67 Provisões do exercício 0 0
68 Custos e perdas financeiras 0 0
69 Custos e perdas extraordinárias 0 0
71 Vendas 0 0
72 Prestações de serviços 0 0
78 Proveitos e ganhos financeiros 0 0
79 Proveitos e ganhos extraordinários 0 0
88 Resultado Líquido do exercício 0 0
Total 0 0

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 139
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Exercício de Aplicação 2

Pretende-se que efectue o lançamento de encerramento de contas e apresente o balancete após o


encerramento de contas da empresa Parafusos Unidos, cujo balancete antes de encerramento é o
seguinte:
Conta Nome da Conta Acumulados anuais
Débito Crédito Saldo
11 Caixa 4.062.339 4.057.658 4.681
12 Depósitos à ordem 5.756.920 5.700.857 56.063
21 Clientes 6.186.975 5.383.279 803.696
22 Fornecedores 2.622.226 3.037.171 -414.944
23 Empréstimos obtidos 1.345.162 1.697.662 -352.500
24 Estado e outros entes públicos 1.839.331 1.859.584 -20.253
25 Sócios 49.270 193.329 -144.059
26 Outros devedores e credores 596.982 597.193 -211
27 Acréscimos e diferimentos 73.005 229.247 -156.242
28 Provisão para cobrança duvidosa 0 14.009 -14.009
31 Compras 1.766.151 1.766.151 0
32 Mercadorias 1.716.525 1.349.566 366.959
33 Produtos acabados e intermédios 10.283 0 10.283
36 Matérias primas, subs. e de cons. 227.954 140.238 87.716
41 Investimentos financeiros 53.547 0 53.547
42 Imobilizações corpóreas 1.290.198 101.306 1.188.892
43 imobilizações Incorpóreas 39.491 0 39.491
44 imobilizações em curso 59.697 4.392 55.305
48 Amortizações acumuladas 42.452 593.407 -550.955
51 Capital 0 295.565 -295.567
55 Ajustamentos partes de capital 409.962 420.455 -10.493
56 Reservas de reavaliação 24.442 338.867 -314.425
57 Reservas 266.574 699.954 -433.380
59 Resultados transitados 64.173 64.173 0
61 C.M.V.M. 1.489.804 1.489.804 0
62 Fornecimentos e serviços externos 579.231 579.231 0
63 Impostos 18.799 18.799 0
64 Custos com o pessoal 543.677 543.677 0
65 Outros custos operacionais 1.206 1.206 0
66 Amortizações do exercício 88.603 88.603 0
68 Custos e perdas financeiras 124.316 124.316 0
69 Custos e perdas extraordinárias 58.839 58.839 0
71 Vendas 2.899.227 2.899.227 0
72 Prestações de serviços 28.343 28.343 0
73 Proveitos suplementares 4.655 4.655 0

I
140 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Acumulados anuais
Conta Nome da Conta
Débito Crédito Saldo
78 Proveitos e ganhos financeiros 36.845 36.845 0
79 Proveitos e ganhos extraordinários 21.115 21.115 0
81 Resultados Operacionais 2.777.527 2.777.527 0
82 Resultados financeiros 121.968 121.968 0
83 Resultados Operacionais 93.751 93.751 0
84 Resultados extraordinários 53.027 53.027 0
85 Resultados antes de impostos 48.750 48.750 0
88 Resultado Liquido do exercício 40.405 40.405
Total 37.533.747 37.533.747 0

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 141
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Resolução

Diário : Operações diversas (fecho)

Mês de Dezembro do ano N

Lançamento de encerramento ou fecho de exercício

Conta Conta
Nr. Descrição Valor
debitada creditada

1 Fecho do exercício, pelo saldo das contas 11 4.681


Fecho do exercício, pelo saldo das contas 12 56.063
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 21 803.696
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 32 366.959
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 36 87.716
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 41 53.547
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 42 1.188.892
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 43 39.491
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 44 55.305
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 88 40.405
2.696.755
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 22 352.500
23 352.500
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 24 20.253
25 144.059
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 26 211
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 27 156.242
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 28 14.009
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 48 550.955
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 51 295.567
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 55 10.493
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 56 314.425
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 57 433.380
1.272.487

I
142 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Resumo

O trabalho contabilistico de fim de exercício engloba as seguintes fases:

Balancetes de verificação - Balancetes mensais em que os saldos evidenciados permitem


efectuar conferência de contas e valores aferindo-se as correcções a elaborar.

Lançamentos de rectificação e regularização - lançamentos efectuados para adequar os


movimentos contabilisticos à realidade verificada nos inventários e cumprimento dos Princípios
de Contabilidade Geralmente Aceites

Balancete rectificado - balancete resultante dos lançamentos de rectificação e regularização


efectuados

Demonstração de Resultados - Documento de natureza Económica que nos permite demonstrar


como foram obtidos os diversos níveis de resultados

Lançamentos de Apuramento de Resultados - movimentos para apurar os resultados do


exercício nos diferentes níveis:
Resultados Operacionais
Resultados Financeiros
Resultados Correntes
Resultados Extraordinários
Resultados Antes de Impostos
Resultado Líquido do Exercício

Balancete de Apuramento de Resultados - balancete que se obtém após o lançamento de


apuramento de resultados, todas as contas de Custos e proveitos deverão surgir saldadas

I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 143
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Balanço - mapa financeiro que nos transmite a posição da empresa no dia em que é elaborado,
evidenciando todos os direitos e obrigações de que a empresa é titular

Anexo ao Balanço e Demonstração de Resultados - conjunto de informações sobre as


Demonstrações Financeiras que nos auxiliam na sua compreensão e justificação

Demonstração de Origem e Aplicações de Fundos - mapa financeiro que nos informa sobre o
natureza dos movimentos financeiros verificados entre dois períodos sucessivos

No final destes procedimentos temos o exercício económico em estudo devidamente encerrado e


foram elaborados os mapas obrigatórios.

I
144 Guia do Formando Contabilidade Geral II
II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO

CONTABILIDADE
GERAL II
II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Objectivos

No final desta unidade temática o formando deverá estar apto a:

• efectuar os movimentos que permitem reabrir as contas da empresa;

• efectuar os movimentos de aplicação de resultados.

Temas:

1. Reabertura das Contas

2. Aplicação de resultados

• Resumo

• Questões e Exercícios

• Resoluções

II
Contabilidade Geral II Guia do Formando 147
IEFP II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO

1. REABERTURA DAS CONTAS

No início de cada exercício económico há que reabrir as contas para se começar a trabalhar de
novo. Vamos efectuar o lançamento no Diário inverso ao que efectuámos para encerrar as contas
no capítulo anterior.

Assim, foi efectuado o movimento seguinte:

Mês de Dezembro do ano N


Lançamento de encerramento ou fecho de exercício

Nr. Descrição Conta debitada Conta creditada Valor


1 Fecho do exercício. pelo saldo das contas 11 280
Fecho do exercício pelo saldo das contas 12 4.000
Fecho do exercício pelo saldo das contas 13 8.000
Fecho do exercício pelo saldo das contas 21 6.800
Fecho do exercício pelo saldo das contas 26 120
Fecho do exercício pelo saldo das contas 32 63.600
Fecho do exercício pelo saldo das contas 41 2.000
Fecho do exercício pelo saldo das contas 42 13.020
97.820

Fecho do exercício pelo saldo das contas 22 10.000


Fecho do exercício pelo saldo das contas 24 600
Fecho do exercício pelo saldo das contas 28 920
Fecho do exercício pelo saldo das contas 39 1.000
Fecho do exercício pelo saldo das contas 48 2.600
Fecho do exercício pelo saldo das contas 51 20.000
Fecho do exercício pelo saldo das contas 57 11.600
Fecho do exercício pelo saldo das contas 88 51.100
97.820

II
148 Guia do Formando Contabilidade Geral II
II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Balancete após o encerramento

Acumulados anuais
Débito Crédito Saldo
11 Caixa 22.000 22.000 0
12 Depósitos à ordem 32.000 32.000 0
13 Depósitos a prazo 8.000 8.000 0
21 Clientes 66.800 66.800 0
22 Fornecedores 40.000 40.000 0
24 Estado e outros entes públicos 3.800 3.800 0
26 Outros devedores e credores 52.800 52.800 0
28 Provisão para cobrança duvidosa 1.800 1.800 0
32 Mercadorias 63.600 63.600 0
39 Provisão p/ depreciação existências 1.200 1.200 0
41 Investimentos financeiros 2.000 2.000 0
42 Imobilizações corpóreas 13.820 13.820 0
48 Amortizações acumuladas 4.200 4.200 0
51 Capital 20.000 20.000 0
57 Reservas 11.600 11.600 0
61 Compras 122.000 122.000 0
62 Fornecimentos e serviços externos 9.600 9.600 0
63 Impostos 2.000 2.000 0
64 Custos com o pessoal 61.600 61.600 0
68 Custos e perdas financeiras 1.400 1.400 0
69 Custos e perdas extraordinárias 720 720 0
71 Vendas 236.000 236.000 0
78 Proveitos e ganhos financeiros 10.000 10.000 0
81 Resultados operacionais 235.000 235.000 0
82 Resultados financeiros 10.000 10.000 0
83 Resultados correntes 51.400 51.400 0
84 Resultados extraordinários 300 300 0
85 Resultados antes de impostos 51.400 51.400 0
88 Resultados líquido exercício 51.100 51.100 0
1.186.140 1.186.140 0

II
Contabilidade Geral II Guia do Formando 149
IEFP II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO

Agora vamos efectuar o movimento seguinte de reabertura de contas:

Diário: Operações diversas (Reabertura)

Mês de Janeiro do ano N+1

Conta
Nº Descrição Conta creditada Valor
debitada
1 Abertura do exercício 11 280
Abertura do exercício 12 4.000
Abertura do exercício 13 8.000
Abertura do exercício 21 6.800
Abertura do exercício 26 120
Abertura do exercício 32 63.600
Abertura do exercício 41 2.000
Abertura do exercício 42 13.020
97,820

Abertura do exercício 22 10.000


Abertura do exercício 24 600
Abertura do exercício 28 920
Abertura do exercício 39 1.000
Abertura do exercício 48 2.600
Abertura do exercício 51 20.000
Abertura do exercício 57 11.600
Abertura do exercício 88 51.100
97.820

II
150 Guia do Formando Contabilidade Geral II
II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Após este lançamento obtemos o balancete de abertura seguinte:

Balancete de abertura

Acumulados anuais
Débito Crédito Saldo
11 Caixa 280 280
12 Depósitos à ordem 4.000 4.000
13 Depósitos a prazo 8.000 8.000
21 Clientes 6.800 6.800
22 Fornecedores 10.000 -10.000
24 Estado e outros entes públicos 600 -600
26 Outros devedores e credores 120 120
28 Provisão p/ cobrança duvidosa 920 -920
32 Mercadorias 63.600 63.600
39 Provisão p/ depreciação Exist. 1.000 -1.000
41 Investimentos financeiros 2.000 2.000
42 Imobilizações corpóreas 13.020 13.020
48 Amortizações acumuladas 2.600 -2.600
51 Capital 20.000 -20.000
57 Reservas 11.600 -11.600
88 Resultados liquido exercício 51.100 -51.100
97.820 97.820 0

Como se pode verificar as contas da classe 6 e 7 ainda não apresentam quaisquer valores,
começarão a ter movimento quando se iniciarem as operações do ano, agora aberto, todas as
outras contas, contas de Balanço, apresentam os saldos constantes do Balanço de fecho do
exercício.

II
Contabilidade Geral II Guia do Formando 151
IEFP II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO

2. APLICAÇÃO DE RESULTADOS

Só falta uma operação para termos o trabalho de fecho do exercício completamente realizado - a
aplicação de resultados.

Os resultados contabilísticos apurados no exercício económico, lucros ou prejuízos são apreciados


pela Assembleia Geral de sócios ou accionistas, estes deliberam sobre a sua aplicação, sendo
depois sancionada essa proposta pelo órgão de fiscalização competente, quando exista.

Os resultados apurados, resultados líquidos de IRC, só podem ser de dois tipos:

• Lucros, ou

• Prejuízos.

Em função do tipo de resultado apurado assim serão deliberadas diferentes formas de aplicação do
resultado.

Independentemente da afectação de resultados que seja decidida é necessário transferir o saldo da


conta 88 - Resultado Líquido do Exercício para uma conta 59 - Resultados Transitados.

88 - Resultado Líquido do 59 - Resultados


Exercício Transitados

Saldo credor
LUCRO de
X
(Débito X ) (Crédito X)

88 - Resultado Líquido do 59 - Resultados


Exercício Transitados

Saldo
devedor
PREJUÍZO
de X
(Crédito X) (Débito X )

II
152 Guia do Formando Contabilidade Geral II
II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Lucros - Formas Obrigatórias de Afectação de Resultados

Obrigações Legais - Reserva Legal

O Código das Sociedades Comerciais no seu artigo 218º dispõe que


“É obrigatória a constituição de uma reserva legal....de limite mínimo de 997,6 €”

e no seu artigo 295º estabelece o valor desta reserva:


“Uma percentagem não inferior à vigésima parte dos lucros da sociedade é destinada
à constituição da reserva legal e, sendo caso disso, à sua reintegração, até que
aquela represente a quinta parte do capital social.”

no artigo 296º define as condições de utilização desta reserva:


“A reserva legal só pode ser utilizada:

a) Para cobrir a parte do prejuízo acusado no balanço do exercício que não possa ser coberto pela
utilização de outras reservas;

b) Para cobrir a parte dos prejuízos transitados do exercício anterior que não possa ser coberto
pelo lucro do exercício nem pela utilização de outras reservas;

c) Para incorporação no capital.”

Ou seja do resultado líquido positivo (lucro) terão obrigatoriamente que ser afectos à Reserva Legal
5% (1/20) até se atingir o montante acumulado de 20% do capital social.

Vejamos o seguinte exemplo:

Os resultados apurados pela empresa “Faz Sol” foram os seguintes nos últimos cinco anos:

Valor de
Ano
resultados

199X 1.000 u.m.


199X+1 5.000 u.m.
199X+2 200.000 u.m.
199X+3 54.000 u.m.
199X+4 87.000 u.m.

O capital social desta empresa é de 100.000 unidades monetárias.

II
Contabilidade Geral II Guia do Formando 153
IEFP II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO

O movimento de constituição de reservas será o seguinte:

Reserva a Reserva
Ano Resultado
constituir Acumulada

199X 1.000 u.m. (1) 200 u.m. 200 u.m.


199X+1 5.000 u.m. 250 u.m. 250 u.m.
199X+2 200.000 u.m. 10.000 u.m. 10.250 u.m.
199X+3 54.000 u.m. 2.700 u.m. 13.150 u.m.
199X+4 87.000 u.m. 4.350 u.m. 17.500 u.m.

(1) A reserva a ser constituída de 5% do resultado era 50 u.m., mas o valor mínimo é de 200 u.m.,
sendo que por unidades monetárias estamos a considerar a centena de escudos, no entanto
este valor será transposto para EURO em função do factor de conversão estipulado.

O valor limite da reserva legal desta empresa é de 20.000 u.m. pelo que o valor já constituído ainda
é inferior ao limite.

Suponhamos agora que o seu capital social são 75.000 u.m., o valor da reserva legal terá por limite
15.000 u.m., logo no último ano a reserva a constituir não será de 4.350 u.m. mas de 1.850
teríamos o seguinte quadro:

Reserva a Reserva
Ano Resultado
constituir Acumulada

199X 1.000 u.m. (1) 200 u.m. 200 u.m.


199X+1 5.000 u.m. 250 u.m. 250 u.m.
199X+2 200.000 u.m. 10.000 u.m. 10.250 u.m.
199X+3 54.000 u.m. 2.700 u.m. 13.150 u.m.
199X+4 87.000 u.m. 1.850 u.m. 15.000 u.m.

O movimento contabilístico a efectuar é o seguinte:

59 - Resultados 571 - Reserva Legal


Transitados

X X

II
154 Guia do Formando Contabilidade Geral II
II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Obrigações Estatutárias - Reserva Estatutária

Podem os estatutos de cada empresa definir regras para constituição de reservas ou afectação de
resultados.

O movimento contabilístico a efectuar é o seguinte:

59 - Resultados 572 - Reserva Estatutária


Transitados

X X

Obrigações Contratuais - Reservas Contratuais

Poderão ainda existir contratos entre a empresa e diferentes organismos que determinem a
afectação de resultados a finalidades específicas no seguimento de acordos ou operações
concretas.

O movimento contabilístico a efectuar é o seguinte:

59 - Resultados 573 - Reserva Contratual


Transitados

X X

Lucros - Formas Livres

Ao remanescente dos lucros da empresa podem colocar-se diversas alternativas de aplicação:

• gratificações de lucros;

• accionistas / sócios;

• outras reservas;

• resultados transitados.

II
Contabilidade Geral II Guia do Formando 155
IEFP II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO

Gratificações de Lucros

Forma de distribuir resultados aos órgãos sociais e ao pessoal que, embora decididas após o
encerramento do exercício, constituem um custo fiscalmente aceite aquando da entrega da
declaração fiscal respectiva.

O movimento contabilístico é o seguinte:

Pela deliberação da atribuição da gratificação:

59 - Resultados 262 - Outros credores


Transitados

Montante Montante
atribuído atribuído

Pelo pagamento:

262 - Outros credores 12 - Depósitos à ordem

Montante Valor líquido


pago a entregar

242 - Retenção imposto


Imposto
retido

Accionistas / Sócios - Dividendos

Dividendo é a forma de repartir os lucros proporcionalmente à quota parte do capital social de cada
sócio ou accionista.

Sobre este assunto existem diversos artigos do Código das Sociedades Comerciais, no sentido de
serem defendidos os direitos de todos os sócios / accionistas ao dividendo, da existência de lucros
que não se podem distribuir para salvaguardar a continuidade da empresa.

II
156 Guia do Formando Contabilidade Geral II
II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Por outro lado é ainda importante referir que para se distribuir dinheiro, é necessário que se
encontrem disponíveis meios monetários. Sabemos que lucro não é sinónimo de “dinheiro em
caixa”, pelo que a tesouraria de empresa deve ser devidamente preparada para que a distribuição
de resultados não limite o normal desenvolvimento financeiro da organização.

O movimento contabilístico desta forma de aplicação de resultados envolve três fases:

A atribuição do dividendo

59-Resultados Transitados 25 X 3 - Resultados


atribuídos

Montante Montante
atribuído atribuído

Na classe 25 - Accionistas ou sócios cada uma das categorias de sócios ou accionistas está
desdobrada num conjunto de contas iguais sendo sempre a 2513, 2523, 2533, 2543 ou 2553 - as
contas de resultados atribuídos, daí ser utilizado 25X3.

O pagamento pode ocorrer num momento temporal próximo, ou não. Esta conta apresenta um
saldo relativo à atribuição efectuada mas ainda não disponibilizada, ou seja a intenção está
reconhecida mas ainda não se procedeu à disponibilização destes fundos.

No momento em que se disponibiliza o montante atribuído teremos o seguinte lançamento:

25X3 - Resultados 25X4 - Lucros disponíveis


atribuídos

Dividendo Valor liquido


atribuído do dividendo

242 - Retenção imposto


Imposto
retido

II
Contabilidade Geral II Guia do Formando 157
IEFP II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO

Quando se fizer o pagamento:

25X4 - Lucros disponíveis 12 - Depósitos à ordem

Dividendo Valor líquido


líquido a pagar

Outras Reservas

A Assembleia Geral pode decidir efectuar outro tipo de aplicação constituindo as chamadas
reservas livres, para fins produtivos, sociais ou outros.

Resultados Transitados

A parcela de resultados que fica na empresa é aplicada em resultados transitados permanecendo


nessa mesma conta.

Prejuízos

Quando se verifiquem prejuízos a Assembleia Geral pode deliberar a sua transferência para
Resultados Transitados, proceder à sua cobertura através de Reservas ou ainda fazer entrada de
dinheiro dos sócios.

Movimento contabilistico para a cobertura através de reservas:

56/57 - Reservas 59- Resultados transitados

Montante do Montante do
prejuízo prejuízo

Movimento contabilístico para a cobertura através de entregas de fundos pelos sócios:

25 - Accionistas / Sócios 59 - Resultados transitados

Montante do Montante do
prejuízo prejuízo

II
158 Guia do Formando Contabilidade Geral II
II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Exemplo

1. A empresa Alfabeta procedeu à seguinte deliberação de aplicação de resultados na Assembleia


Geral realizada em 31/03/N para apreciação do resultado do ano N-1:

• para reserva legal - 300 u.m.

• para cobertura do prejuízo do ano N-2 - 450 u.m.

• para distribuição de dividendos - 500 u.m.

• para reservas livres - 200 u.m..

Sabendo que o saldo da conta 88 era credor em 2.000 u.m. determine o valor que permanecerá na
empresa em Resultados Transitados e efectue os lançamentos de aplicação de resultados no
Diário e no Razão.

Resultado a aplicar 2.000


Aplicação de resultados
Reserva legal 300
Cobertura do prejuízo do ano N-2 450
Distribuição de dividendos 500
Reservas livres 200
Resultados Transitados X 2.000

300 + 450 + 500 + 200 + X = 2.000

X = 2.000 - 1.450

X = 550

O valor que permanecerá em Resultados Transitados será de 500 u.m..

II
Contabilidade Geral II Guia do Formando 159
IEFP II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO

Lançamentos no diário:

1 88 - Resultado Líquido do exercício


a 595 - Resultados Transitados ano N
Transferências de saldo 2.000
----------------------//------------------------
2 595 - Resultados Transitados ano N
a 571 - Reserva legal 300
Aplicação de resultado ano N
----------------------//------------------------
3 595 - Resultados Transitados ano N
a 594 - Resultados Transitados ano N-1
Aplicação de resultado ano N 450
----------------------//------------------------
4 595 - Resultados Transitados ano N
a 574 - Reserva livre
Aplicação de resultado ano N 200
----------------------//------------------------
5 595 - Resultados Transitados ano N
a 255 - restantes accionistas / sócios
2553 - Resultados atribuídos
Aplicação de resultado ano N 500

----------------------//------------------------

II
160 Guia do Formando Contabilidade Geral II
II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Lançamentos no razão:

88 - Resultado Liquido do Exercício


(1) 2.000 2.000

Saldo = 0

595 - Resultados Transitados ano N


(2) 300 (1) 2.000
(3) 450
(4) 200
(5) 500

Saldo Credor de 550 u.m.

571 - Reserva Legal


(2) 300

594 - Resultados Transitados ano N-1


(3) 450

574 - Reserva livre


(4) 200

255 - Resultados atribuídos


(5) 500

II
Contabilidade Geral II Guia do Formando 161
IEFP II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO

Resumo

Os exercícios económicos sucedem-se no tempo pelo que após um encerramento de contas de um


determinado ano é necessário efectuar a reabertura dessas mesmas contas para se começarem a
efectuar os lançamentos do novo ano.

Por razões de natureza legal é normal que só durante o primeiro trimestre de cada ano sejam
deliberados pelos órgãos das sociedades comerciais os destinos a dar aos resultados obtidos no
exercício económico anterior, esta afectação pode revestir diversas formas, que apresentamos
esquematicamente:

Quanto o resultado foi de LUCRO:

1. Formas obrigatórias
Constituição de reserva legal

2. Obrigações estatutárias
Constituição de reserva estatutária

3. Obrigações contratuais
Constituição de reserva contratual

4. Formas livres
Atribuição de gratificações de lucros
Atribuição de resultados aos sócios
Outras reservas
Manter em resultados transitados

Quando o resultado foi de PREJUÍZO:

1. Deliberar a permanência em Resultados Transitados

2. Proceder à sua Cobertura por transferência de Reservas

3. Promover a entrada de “dinheiro dos sócios”.

II
162 Guia do Formando Contabilidade Geral II
II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Questões e Exercícios

A empresa Tudo em Cima AS. Procedeu à seguinte deliberação de aplicação de resultados do ano
N (lucro de 123.587 u.m.) na Assembleia Geral realizada em 25 de Março do ano N+1:

• Constituição de reserva legal no montante estipulado no Código das Sociedades Comerciais, o


capital social da empresa é de 25.000 u.m. e a reserva actual ascende a 4.100 u.m..

• Cobertura de Prejuízo do ano anterior de 26.412 u.m..

• Distribuição de Dividendos de 10.000 u.m.

• Constituição de Reserva livre de 15.000 u.m..

• O restante permanecerá na conta de Resultados Transitados.

Efectue os lançamentos de aplicação de resultados no Diário e no Razão.

II
Contabilidade Geral II Guia do Formando 163
IEFP II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO

Resoluções

Resultado a aplicar 123.587


Aplicação de resultados
Reserva legal 4.100
Cobertura do prejuízo do ano N-2 26.412
Distribuição de dividendos 10.000
Reservas livres 15.000
Resultados Transitados 123.587

4.100 + 26.412 + 10.000 +15.000 + X = 123.587

X = 123.587 - 55.512

X = 68.075

O valor que permanecerá em Resultados Transitados será de 68.075 u.m.

II
164 Guia do Formando Contabilidade Geral II
II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Lançamentos no Diário

1 88 - Resultado Líquido do exercício


595 - Resultados Transitados ano N
Transferências de saldo 123.587
----------------------//---------------------
2 595 - Resultados Transitados ano N
571 - Reserva legal 4.100
Aplicação de resultado ano N
----------------------//---------------------
3 595 - Resultados Transitados ano N
594 - Resultados Transitados ano N-1
Aplicação de resultado ano N 26.412
----------------------//---------------------
4 595 - Resultados Transitados ano N
574 - Reserva livre
Aplicação de resultado ano N 15.000
----------------------//---------------------
5 595 - Resultados Transitados ano N
255 - restantes accionistas / sócios
2553 - Resultados atribuídos
Aplicação de resultado ano N 10.000

II
Contabilidade Geral II Guia do Formando 165
IEFP II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO

Lançamentos no Razão

88 - Resultado Líquido do Exercício


(1) 123.587 123.587
Saldo = 0
595 - Resultados Transitados ano N
(2) 4.100 (1) 123.587
(3) 26.412
(4) 15.000
(5) 10.000
Saldo Credor de 68.075
u.m.
571 - Reserva Legal
(2) 4.100
594 - Resultados Transitados ano N-1
(3) 26.412
574 - Reserva livre
(4) 15.000
255 - Resultados atribuídos
(5) 10.000

II
166 Guia do Formando Contabilidade Geral II
BIBLIOGRAFIA IEFP

Bibliografia

BAPTISTA DA COSTA, Carlos e Correia Alves, Gabriel, Contabilidade Financeira, Editora Rei dos
Livros,1996.

BORGES, António e Rodrigues, Azevedo e Rodrigues, Rogério, Elemento de Contabilidade Geral ,


Editora Rei dos Livros, 15ª Edição, 1997.

BORGES, António e Ferrão, Martins, A Contabilidade e a Prestação de Contas, Editora Rei dos
Livros 7ª edição 1995.

BORGES, António e Ferrão, Martins, Manual de casos práticos, Editora Rei dos Livros 6ª edição.

GONÇALVES DA SILVA, F. V. e Esteves Pereira, J.M., Contabilidade das Sociedades, Plátano


Editora, 9ª Edição.

OLIVEIRA, António, Contabilidade Geral e Financeira, Editora Rei dos Livros 3ª Edição, 1997.

SILVA CUNHA, Carlos Alberto da, O Encerramento Anual das Contas, Editora Rei dos Livros, 1998.

VIEIRA DA SILVA, Luís, Apontamentos de Contabilidade Geral, Editora Rei dos Livros 1997

Contabilidade Geral II Guia do Formando 167


GLOSSÁRIO IEFP

Glossário

C D
Contabilidade analítica Desvio de preços
contabilidade que permite a análise de desvio verificado pela variação dos preços
custos e proveitos e consequentemente do praticados, no pressuposto de que as
resultado gerado explicando os seus valores quantidades se mantêm constantes.
de uma forma individual e desagregada.
Desvio de produção
Contabilidade geral desvio formado pelos desvios de matérias
contabilidade global da empresa, visa obter primas, de mão de obra directa e de gastos
o seu resultado global comparando o total gerais de fabrico.
de proveitos com o total de custos
Desvio de quantidades
registados num determinado período
desvio verificado pela variação das
económico.
quantidades consumidas ou produzidas, no
Custo complexivo pressuposto de que os preços se mantêm
custo formado pelos custos industriais e não constantes.
industriais excluindo qualquer componente
de recuperação de capitais investidos, limiar G
mínimo do preço de venda, corresponde ao Gastos gerais de fabrico
lucro nulo. são todas as matérias subsidiárias e custos
Custo de transformação indirectos de produção que não possam ser
representa a incorporação efectuada no classificados como mão de obra directa ou
produto de mão de obra directa e de gastos como matérias primas.
gerais de fabrico.
L
Custo económico técnico
representa o preço de venda normal que Lucro bruto
deve ser praticado, engloba o custo representa o lucro se apenas for
complexivo e os custos figurativos. considerado como custo o custo industrial
dos produtos vendidos.
Custo industrial
corresponde ao custo de produção dos Lucro liquido
produtos e engloba o custo da mão de obra é o lucro verificado entre o preço de venda e
directa dos gastos gerais de fabrico e das o custo complexivo.
matérias primas consumidas. Lucro puro
Custo primo ou directo é o lucro total verificado entre o preço de
é definido pela parcela das matérias primas venda e o custo económico - técnico.
e da mão de obra directa.
M
Custos dos períodos
custos que existem independentemente dos Mão de obra directa
produtos serem ou não produzidos. é constituída pelas remunerações e
encargos do pessoal que trabalha
Custos dos produtos directamente na produção.
são os custos relacionados com os
produtos, se não de produzir esses custos Matérias primas
não existem. engloba todos os custos suportados com as
matérias primas e materiais utilizados na
produção.

Contabilidade Geral II Guia do Formando 169


IEFP GLOSSÁRIO

Método das secções homogéneas Sistema de custeio total real


baseia-se em efectuar o cálculo do custo consideram-se todo o tipo de custos, fixos
industrial e dos custos não industriais ou variáveis, no apuramento do custo
através da determinação do custo das industrial dos produtos, a preços reais.
secções homogéneas.
Sistema de custeio variável básico
Método Directo consideram-se apenas os custos variáveis
método de determinação dos custos de no apuramento do custo industrial dos
produção utilizado na fabricação por ordens produtos, a preços básicos.
de produção ou de encomenda.
Sistema de custeio variável real
Método Indirecto consideram-se apenas os custos variáveis
método de determinação dos custos de no apuramento do custo industrial dos
produção utilizado na fabricação contínua de produtos, a preços reais.
único produto.
Sistema dualista
sistema de registo de movimentos
P
contabilistico em que não se verifica
Produção conjunta contrapartidas entre as contas da
são obtidos vários produtos de um mesmo contabilidade Geral e da Contabilidade
ciclo produtivo. Analítica.

S Sistema monista
sistema de registo de movimentos
Secção Homogénea contabilistico em que se verifica
unidade organizacional que tem um só contrapartidas entre as contas da
responsável, as funções desempenhadas contabilidade Geral e da Contabilidade
são semelhantes e é passível de ser medida Analítica.
a sua actividade.
Sistema de custeio com imputação U
racional de custos fixos básicos Unidade de custeio
na determinação do custo industrial dos unidade de medida de cada centro de custo.
produtos apenas se consideram os custos
Unidade de imputação
variáveis e os custos fixos, básicos, na
unidade de medida do centro de custo a
proporção da produção esperada para o
incorporar nos produtos finais ou noutros
período em análise.
centros de custos.
Sistema de custeio com imputação
Unidade de obra
racional de custos fixos reais
quando, num determinado centro de custo, a
na determinação do custo industrial dos
unidade de custeio corresponde à unidade
produtos apenas se consideram os custos
de imputação.
variáveis e os custos fixos, reais, na
proporção da produção esperada para o
período em análise.
Sistema de custeio total básico
consideram-se todo o tipo de custos, fixos
ou variáveis, no apuramento do custo
industrial dos produtos, a preços básicos.

170 Guia do Formando Contabilidade Geral II


ÍNDICE REMISSIVO IEFP

Índice Remissivo
A I
Acréscimos e diferimentos .................. 23, 24, Imposto sobre o rendimento do exercício .. 58,
25, 26, 27, 28, 41, 46, 51, 52, 54, 56, 88, 75, 124, 128, 132
97, 99, 112, 113, 114, 116, 118, 120, 121,
165, 168 L
Activo.................................................109, 110, Lançamento de rectificação e regularização 3,
112, 116, 117, 120, 121, 141, 142, 144, 147 16
Amostragem .................................................10 Lançamentos de encerramento ou de fecho . 4
Anexo .......................3, 4, 6, 45, 104, 140, 173 Lucros........................ 183, 184, 186, 188, 189
Aplicação de fundos ...................................144 P
Aplicação de resultados .............177, 183, 191
Passivo ...... 109, 111, 113, 116, 120, 121, 147
Apuramento de resultados .......................3, 57
Prejuízos............................................ 183, 189
B Principio da consistência ............................... 7
Balancete de fecho.........................................4 Principio da especialização ou do acréscimo7,
Balancete de verificação ......................3, 7, 45 22
Balancete rectificado .............................. 3, 6, Principio da materialidade ............................. 7
45, 51, 79, 118, 165, 172 Principio da prudência ............................. 7, 22
Balanço ............................................... 3, 4, 6, Principio da substância sobre a forma .......... 7
103, 104, 109, 112, 114, 115, 140, 142,
144, 146, 173, 182 Principio do custo histórico............................ 7
Proveitos e ganhos.............................. 20, 23,
C 38, 41, 42, 46, 52, 54, 56, 57, 59, 60, 62,
Capital próprio ............................111, 113, 147 63, 65, 67, 79, 80, 81, 84, 88, 90, 91, 93,
98, 99, 102, 115, 118, 126, 127, 129, 130,
Custos e perdas .................................. 25, 26,
132, 133, 134, 136, 138, 160, 163, 165,
36, 38, 42, 46, 52, 54, 56, 57, 59, 60, 62,
170, 179
63, 65, 67, 79, 80, 81, 84, 88, 90, 91, 92,
93, 98, 99, 102, 115, 118, 124, 127, 128, Provisões............................................. 29, 30,
130, 133, 134, 136, 138, 160, 163, 165, 31, 38, 41, 42, 44, 54, 56, 57, 88, 90, 92,
168, 179 99, 102, 110, 113, 116, 118, 120, 124, 128,
130, 136, 145, 149, 165
D
R
Demonstração das Origens e da Aplicação de
Fundos ........................................................4 Reserva estatutária ................................... 186
Demonstração de resultados .....122, 132, 143 Reserva legal............................. 156, 191, 192
Demonstração de resultados por funções..132 Resultado liquido do exercício............. 58, 67,
75, 77, 78, 91, 124, 148, 151, 155
Dividendos....................................58, 113, 195
Resultados antes de impostos ............ 58, 68,
Dividendos antecipados .......................58, 113
69, 70, 71, 73, 77, 78, 81, 87, 91, 95, 98,
102, 115, 126, 129, 160, 163, 170, 179
G
Gratificações de lucros...............................187

Contabilidade Geral II Guia do Formando 171


IEFP ÍNDICE REMISSIVO

Resultados correntes ...........................58, 69,


71, 81, 86, 91, 95, 102, 126, 129, 133, 160,
163, 179
Resultados extraordinários ..................58, 69,
71, 73, 77, 86, 91, 95, 98, 102, 115, 160,
163, 170, 179
Resultados financeiros.........................58, 63,
64, 71, 73, 77, 80, 86, 90, 95, 98, 102, 115,
126, 129, 160, 163, 170, 179
Resultados operacionais......................58, 60,
62, 65, 71, 77, 80, 86, 90, 93, 102, 126,
129, 133, 160, 163, 179
Resultados transitados ........................38, 46,
52, 54, 56, 88, 98, 99, 113, 114, 116, 118,
120, 151, 156, 165, 168, 189

172 Guia do Formando Contabilidade Geral II

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