Sei sulla pagina 1di 5

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA DE

FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE APARECIDA DE GOIÂNIA.

Processo n.º xxxxxxxxx


Requerente: UGUINHO
Requerido: ZEZINHO

ZEZINHO, já devidamente qualificado nos autos supra


referidos, por seus procuradores, os advogados que esta subscrevem,
estabelecidos profissionalmente no endereço constante no rodapé do presente,
vem à presença de Vossa Excelência com o acato e respeito de costume,
apresentar a presente CONTESTAÇÃO, na ação de alimentos que lhe move
UGUINHO, menor impúbere, representado por sua genitora, MARGARIDA,
menor púbere, assistida por sua genitora, VÓ MARGA, já devidamente
qualificados nos autos em epígrafe, aduzindo os motivos de fato e de direito que
seguem:

O requerido tomou ciência da ação de alimentos proposta,


através do mandado de citação fls. o qual demonstra na inicial o pedido de
alimentos em quantia equivalente a 50% do salário mínimo. Alega o requerente
que o requerido não tem auxiliado na alimentação, saúde, vestuário, lazer,
educação, moradia, etc. do menor.

Tais alegações não se fazem verdadeiras tendo em vista que o


requerido, na medida do possível, tem honrando com a sua condição de pai.

Os alimentos requeridos, no importe de 50% (cinqüenta por


cento) do salário mínimo, destoam da possibilidade do requerente, frente à
ausência de elementos outros que autorizem a conclusão de que o mesmo possua
condições de arcar com esse montante. Pelo contrário, juntou-se provas
suficientes a demonstrar a impossibilidade de prestar pensão dessa monta.

1
Rua R-, Fone/Fax:
E-Mail:
De mais a mais, a fixação da verba alimentar não pode superar
as forças financeiras do devedor a ponto de impor-lhe sacrifício excessivo,
devendo haver, por isso, uma proporcional distribuição dos encargos, entre o pai
e a mãe, na medida da disponibilidade do alimentante. No mesmo instante em
que se procura atender às necessidades daqueles que os reclama, há que se levar
em conta os limites da possibilidade do responsável por sua prestação.

Preleciona MARIA HELENA DINIZ, em seu "Código Civil


Anotado", 4ª ed., editora Saraiva, p. 361, que:

"Imprescindível será que haja proporcionalidade na fixação dos alimentos


entre as necessidades do alimentando e os recursos econômico- financeiros
do alimentante, sendo que a equação desses dois fatores deverá ser feita, em
cada caso concreto, levando-se em conta que a pensão alimentícia será
concedida sempre 'ad necessitatem'".

Nesse sentido:

"AÇÃO REVISIONAL DE ALIMENTOS -


NECESSIDADE/POSSIBILIDADE - PROVA DA ALTERAÇÃO NA
SITUAÇÃO ECONÔMICA DO ALIMENTANTE - REDUÇÃO DO
""QUANTUM"" DA VERBA ALIMENTÍCIA - HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS - BASE DE CÁLCULO - PROCEDÊNCIA
PARCIAL DO PEDIDO. Os alimentos devem ser fixados levando-se em
consideração o dueto ""capacidade do alimentante - necessidade do
alimentado"", inclusive para que a obrigação venha a se tornar
exeqüível, pela existência de capacidade econômica do sujeito
passivo de poder prestar os alimentos sem lhe faltar mínimo
necessário à sua própria sobrevivência. Inexiste julgamento ""ultra
petita"" na fixação dos alimentos acima dos limites do pedido inicial,
porquanto o Juiz fixará a verba segundo seu convencimento, pois o critério
é a necessidade do alimentado e a possibilidade do alimentante. A base de
cálculo dos honorários advocatícios é o somatório de 12 (doze) prestações
de alimentos." (A.C. 1.0024.02.712618-4/001. Oitava CC do TJ/MG. Rel.
Des. Silas Vieira. j. 11/08/2005). (grifo nosso).

E mais:

"AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALIMENTOS PROVISIONAIS -


FIXAÇÃO - VALOR INCOMPATÍVEL COM A CAPACIDADE DE
ALIMENTAR - DECOTE. O valor dos alimentos, mesmo considerada a
provisoriedade, deve observar o binômio necessidade/possibilidade, na
medida em que, no mesmo instante em que se procura atender às
2
Rua R-, Fone/Fax:
E-Mail:
necessidades daquele que os reclama, há que se levar em conta os limites da
possibilidade do responsável por sua prestação. Comprovada pelo
alimentante a impossibilidade de pagamento do "quantum" fixado
provisoriamente pelo juiz do feito, o valor deve ser reduzido a
patamar condizente com sua capacidade. Diante da realidade dos
autos deve o valor fixado ser reduzido para 50% (cinqüenta por cento) do
salário mínimo, montante razoável, compatível com o princípio da
proporcionalidade e em vista da prova produzida." Agravo de Instrumento
n.º1.0040.04.026831-6/001. Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça
do Estado de Minas Gerais. Relator Des. Gouvêa Rios. j. 14 de junho de
2005.)

Pelo entendimento doutrinário e jurisprudencial, depreende-


se que o Poder Judiciário deve apenas “tosquiar” o rendimento do pai a fim de
satisfazer as necessidades dos filhos, dentro da necessidade e real possibilidade,
jamais “esfolá-lo” a ponto de retirar-lhe a dignidade e prejudicar o seu próprio
sustento. Também não se pode impor ao filho que viva à míngua de qualquer
assistência material daquela (a mãe) que os trouxe à vida. A assistência material,
cultural e afetiva, se possível, deve ser prestada conjunta e razoavelmente pelo
pai e pela mãe.

Conforme se infere na CTPS do requerido, o salário


percebido de fato é de R$ 510,00 (quinhentos e dez reais), e por conseqüência, o
valor pedido na inicial a título de alimentos extrapola a sua condição financeira,
levando ainda em consideração que o mesmo precisa garantir também a sua
subsistência, e que a obrigação alimentar é de ambos os genitores.

Verifica-se M.M. Juiz, que o requerido não possui condições


de arcar com o pagamento dos alimentos pedidos na inicial sem prejudicar a sua
subsistência.

De modo algum o requerido se negou ou se nega em prestar o


seu dever de alimentar, no entanto, se faz necessário que o valor seja ajustado à
sua realidade econômica, consoante dispõe o artigo 400 do Código Civil in
Verbis:

“Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do


reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.”

A jurisprudência também já firmou entendimento no sentido


de que a prestação alimentícia não pode colocar em risco o sustento do
alimentante e daqueles que dele dependem.
3
Rua R-, Fone/Fax:
E-Mail:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALIMENTOS PROVISÓRIOS.
REVISÃO. RECURSO DESPROVIDO. Não é possível no âmbito
angusto do recurso de agravo de instrumento proceder-se à análise
valorativa das provas até então produzidas, porque tal importaria em
julgamento antecipado do mérito da causa principal. Se é certo que o
alimentante deve contribuir para a criação e educação da alimentanda,
não é menos correto afirmar-se que tal papel deve ser desempenhado
por ambos os genitores, segundo suas possibilidades, evitando-se,
tanto quanto possível onerar-se o prestador da contribuição
alimentar, expondo a menor ao risco de vir secar diante de si a própria
fonte de onde provém o seu sustento. (TJDF; Rec. 2008.00.2.018025-9;
Ac. 343.539; Primeira Turma Cível; Rel. Des. Lécio Resende; DJDFTE
02/03/2009; Pág. 44). (grifo nosso)

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE ALIMENTOS. FIXAÇÃO.


BINÔMIO NECESSIDADE E POSSIBILIDADE. GUARDA
COMPARTILHADA. CONSTITUCIONAL E CIVIL. RELAÇÃO
CONFLITUOSA ENTRE GENITORES. IMPOSSIBILIDADE. RISCO
DE OFENSA AO PRINCÍPIO QUE TUTELA O MELHOR
INTERESSE DOS INFANTES. BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA
GRATUITA. ISENÇÃO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
IMPOSSIBILIDADE. REDUÇÃODO PERCENTUAL AO MÍNIMO.
MEDIDADE RIGOR. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO EM
PARTE. Na fixação do quantum referente à pensão alimentícia, o juiz
possui amplo conhecimento sobre as peculiaridades de cada caso in
concreto. Assim, a verba alimentícia só deverá ser fixada de acordo
com o binômio necessidade do alimentado e possibilidade do
alimentante. A guarda compartilhada não pode ser exercida quando os
guardiões possuem uma relação conflituosa, sob o risco de comprometer o
bem estar dos menores e perpetuar o litígio parental. O beneficiário da
justiça gratuita pode ser condenado em honorários advocatícios; é-lhe
assegurada tão somente a suspensão da execução, se no prazo de 05
(cinco) anos o assistido/beneficiário não puder saldar a dívida sem que lhe
advenha prejuízo do sustento próprio ou da sua família. A minoração do
percentual dos honorários advocatícios é, a meu juízo, medida de rigor.
(TJMT; APL 20530/2008; Capital; Quarta Câmara Cível; Rel. Des.
Sebastião Barbosa Farias; Julg. 13/07/2009; DJMT 24/07/2009; Pág. 15).
(grifo nosso).

SEPARAÇÃO JUDICIAL. ALIMENTOS PROVISÓRIOS PARA A


SEPARANDA E PARA OS FILHOS. ADEQUAÇÃO DO
QUANTUM. PROVA. AFASTAMENTO DO VARÃO DA
MORADA COMUM DO CASAL. 1. Os alimentos provisórios
devem ser fixados com moderação, de forma a atender os encargos
4
Rua R-, Fone/Fax:
E-Mail:
das alimentadas, mas sem sobrecarregar em demasia o
alimentante. 2. Cabe a ambos os genitores concorrer para o sustento do
filho menor, devendo cada qual contribuir na medida da própria
disponibilidade, de forma a proporcionar-lhe condições de vida
assemelhadas às que desfruta 3. Os alimentos poderão ser revistos a
qualquer tempo, seja para majorar o encargo, seja para reduzi-lo, desde
que venham aos autos elementos de convicção que justifiquem a revisão.
4. Demonstrado o mau relacionamento existente entre o casal, que vive
situação de animosidade, com risco de violência física, torna-se imperioso
o afastamento do varão da morada comum, devendo permanecer no lar a
virago com os filhos. Recurso provido em parte. (TJRS; AI 70031204373;
Tramandaí; Sétima Câmara Cível; Rel. Des. Sérgio Fernando Silva de
Vasconcellos Chaves; Julg. 11/11/2009; DJERS 19/11/2009; Pág. 58).
(grifo nosso).

Por todo o exposto, o requerido pede se digne Vossa


Excelência fixar os alimentos definitivos no valor equivalente a 20% (vinte por
cento) do salário mínimo vigente, que deverão ser pagos mediante depósito em
Conta Poupança a ser indicada pela genitora do menor, ou mediante recibo da
própria genitora do autor todo o dia 10 do mês subseqüente.

Por oportuno o requerido declara ser pessoa pobre desprovido


de recursos para o pagamento de taxas, custas processuais e honorários
advocatícios, sem prejuízo do sustento próprio, pelo que, mediante as provas
carreadas aos autos pede que seja deferido os benefícios da assistência judiciária.

Protesta por todos os meios de prova em direito admitido,


requerendo, de logo, o depoimento pessoal da genitora, ouvida de testemunhas e
juntada de documentos.

Nestes termos, pede deferimento.

Goiânia, 05 de Agosto de 2010.

ADVOGADO
OAB/GO

5
Rua R-, Fone/Fax:
E-Mail:

Potrebbero piacerti anche