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Prezado estudante,

Pensar no futuro da Humanidade é uma possibilidade que a nossa espécie conquistou. Não conhecemos
outras espécies que o façam. Mas, num momento de incerteza que distribui sobre as perspectivas
pessoais e sociais pode parecer uma actividade inútil e mesmo delirante.

Todavia, não podemos desvalorizar uma capacidade que nos é importante: a Memória de Futuro.
Memória, porque se concretiza num registo e numa actividade neuronal idêntica à que desenvolvemos
para pensar o nosso passado. Do futuro, porque nos permite pensarmos e imaginarmo-nos no tempo
futuro que é condição temporal que está, no mínimo, tão distante de nós como o passado.

Vivemos no presente com a possibilidade de colocarmos os nossos olhos além do presente. Uns viram-
nos para o passado e outros viram-se para o futuro. Isto é verdade em termos pessoais e também o é
em termos das sociedades. Algumas procuram a continuidade e o retorno ao passado (a exemplo dos
fundamentalistas islâmicos que procuram recuperar o passado e a mensagem do seu Profeta) e outros o
futuro (a reinvenção do presente num futuro mais ou menos próximo, como o fazem os cientistas).

A Vida orientada para o Futuro e para o Passado são duas possibilidades magníficas para nos situarmos
no tempo presente. E, por outro lado, também podem ser possibilidades trágicas de destruir o presente
e o futuro.

O passado e o futuro podem libertar ou pesar de tal como que nos impedem de viver o presente. Se o
prezado estudante pensa que estou a falar de coisas pouco concretas, peço que se lembre das actuais
discussões sobre a economia e os orçamentos: um orçamento mais apertado no presente para
salvaguardar o futuro ou um orçamento mais liberto no presente, mas que pode comprometer o futuro.
A forma de os nossos políticos resolverem este dilema tem implicações no seu/meu/nosso presente e
no seu/meu/nosso futuro. Neste caso o presente condiciona o futuro e o futuro é já um peso no
presente.

Estas questões também se vivem em termos individuais e quase imediatos na nossa gestão quotidiana:
hipotecar as actividades de prazer actuais em função de uma tarefa futura ou satisfazer o nosso prazer
imediato e condicionar a nossa actividade futura.

Pois, nesta UC iremos falar destes dilemas que são tanto individuais como sociais. Os textos são
provocatórios, no sentido de pretenderem convocar – chamar – os prezados estudantes à reflexão sobre
a nossa condição e acção.

Espero que estas nossas aulas virtuais e presenciais sejam mutuamente enriquecedoras. Para já, e em
abertura do apetite, uma mensagem de futuro e de esperança de uma zona aparentemente sem
esperança – um exemplo de liberdade. PF vejam o seguinte vídeo:

http://www.dailymotion.com/pollux91/video/x7j7oh_orchestre-symphoni=ue-de-kinshasa_music

O Professor,

José Luís S. Ferreira

Vila Nova de Gaia, 21 de Janeiro de 2010

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