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A CARTA DE PERO VAZ DE CAMINHA

Senhor: Neste dia, a horas de véspera, houvemos vista de


terra! Primeiramente dum grande monte, mui alto e
Posto que o Capitão-mor desta vossa frota, e assim os redondo; e doutras serras mais baixas ao sul dele; e
outros capitães escrevam a Vossa Alteza a nova do de terra chã, com grandes arvoredos: ao monte alto o
achamento desta vossa terra nova, que ora nesta capitão pôs nome – o Monte Pascoal e à terra – a
navegação se achou, não deixarei também de dar Terra da Vera Cruz.
disso minha conta a Vossa Alteza, assim como eu
melhor puder, ainda que -- para o bem contar e falar Mandou lançar o prumo. Acharam vinte e cinco
-- o saiba pior que todos fazer. braças; e ao sol posto, obra de seis léguas da terra,
surgimos âncoras, em dezenove braças -- ancoragem
Tome Vossa Alteza, porém, minha ignorância por limpa. Ali permanecemos toda aquela noite. E à
boa vontade, e creia bem por certo que, para quinta-feira, pela manhã, fizemos vela e seguimos em
aformosear nem afear, não porei aqui mais do que direitos à terra, indo os navios pequenos diante, por
aquilo que vi e me pareceu. dezessete, dezesseis, quinze, catorze, treze, doze, dez
e nove braças, até meia légua da terra, onde todos
Da marinhagem e singraduras do caminho não darei lançamos âncoras em frente à boca de um rio. E
aqui conta a Vossa Alteza, porque o não saberei chegaríamos a esta ancoragem às dez horas pouco
fazer, e os pilotos devem ter esse cuidado. Portanto, mais ou menos.
Senhor, do que hei de falar começo e digo:
Dali avistamos homens que andavam pela praia, obra
A partida de Belém, como Vossa Alteza sabe, foi de sete ou oito, segundo disseram os navios
segunda-feira, 9 de março. Sábado, 14 do dito mês, pequenos, por chegarem primeiro.
entre as oito e nove horas, nos achamos entre as
Canárias, mais perto da Grã- Canária, e ali andamos Então lançamos fora os batéis e esquifes, e vieram
todo aquele dia em calma, à vista delas, obra de três a logo todos os capitães das naus a esta nau do
quatro léguas. E domingo, 22 do dito mês, às dez Capitão-mor, onde falaram entre si.
horas, pouco mais ou menos, houvemos vista das
ilhas de Cabo Verde, ou melhor, da ilha de S. E o Capitão-mor mandou em terra no batel a Nicolau
Nicolau, segundo o dito de Pero Escolar, piloto. Coelho para ver aquele rio. E tanto que ele começou
de ir para lá, acudiram pela praia homens, quando aos
Na noite seguinte, segunda-feira, ao amanhecer, se dois, quando aos três, de maneira que, ao chegar o
perdeu da frota Vasco de Ataíde com sua nau, sem batel à boca do rio, já ali havia dezoito ou vinte
haver tempo forte nem contrário para que tal homens.
acontecesse. Fez o capitão suas diligências para o
achar, a uma e outra parte, mas não apareceu mais! Eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que lhes
cobrisse suas vergonhas. Nas mãos traziam arcos
E assim seguimos nosso caminho, por este mar, de com suas setas. Vinham todos rijos sobre o batel; e
longo, até que, terça-feira das Oitavas de Páscoa, que Nicolau Coelho lhes fez sinal que pousassem os
foram 21 dias de abril, estando da dita Ilha obra de arcos. E eles os pousaram.
660 ou 670 léguas, segundo os pilotos diziam,
topamos alguns sinais de terra, os quais eram muita Ali não pôde deles haver fala, nem entendimento de
quantidade de ervas compridas, a que os mareantes proveito, por o mar quebrar na costa. Somente deu-
chamam botelho, assim como outras a que dão o lhes um barrete vermelho e uma carapuça de linho
nome de rabo-de-asno. E quarta-feira seguinte, pela que levava na cabeça e um sombreiro preto. Um
manhã, topamos aves a que chamam fura-buxos. deles deu-lhe um sombreiro de penas de ave,
compridas, com uma copazinha de penas vermelhas e
pardas como de papagaio; e outro deu-lhe um ramal
grande de continhas brancas, miúdas, que querem neles seus ossos brancos e verdadeiros, de
parecer de aljaveira, as quais peças creio que o comprimento duma mão travessa, da grossura dum
Capitão manda a Vossa Alteza, e com isto se volveu fuso de algodão, agudos na ponta como um furador.
às naus por ser tarde e não poder haver deles mais Metem-nos pela parte de dentro do beiço; e a parte
fala, por causa do mar. que lhes fica entre o beiço e os dentes é feita como
roque de xadrez, ali encaixado de tal sorte que não os
Na noite seguinte, ventou tanto sueste com molesta, nem os estorva no falar, no comer ou no
chuvaceiros que fez caçar as naus, e especialmente a beber.
capitânia. E sexta pela manhã, às oito horas, pouco
mais ou menos, por conselho dos pilotos, mandou o Os cabelos seus são corredios. E andavam
Capitão levantar âncoras e fazer vela; e fomos ao tosquiados, de tosquia alta, mais que de sobrepente,
longo da costa, com os batéis e esquifes amarrados à de boa grandura e rapados até por cima das orelhas. E
popa na direção do norte, para ver se achávamos um deles trazia por baixo da solapa, de fonte a fonte
alguma abrigada e bom pouso, onde nos para detrás, uma espécie de cabeleira de penas de ave
demorássemos, para tomar água e lenha. Não que nos amarelas, que seria do comprimento de um coto, mui
minguasse, mas por aqui nos acertarmos. basta e mui cerrada, que lhe cobria o toutiço e as
orelhas. E andava pegada aos cabelos, pena e pena,
Quando fizemos vela, estariam já na praia assentados com uma confeição branda como cera (mas não o
perto do rio obra de sessenta ou setenta homens que era), de maneira que a cabeleira ficava mui redonda e
se haviam juntado ali poucos e poucos. Fomos de mui basta, e mui igual, e não fazia míngua mais
longo, e mandou o Capitão aos navios pequenos que lavagem para a levantar. O Capitão, quando eles
seguissem mais chegados à terra e, se achassem vieram, estava sentado em uma cadeira, bem vestido,
pouso seguro para as naus, que amainassem. com um colar de ouro mui grande ao pescoço, e aos
pés uma alcatifa por estrado. Sancho de Tovar, Simão
E, velejando nós pela costa, obra de dez léguas do de Miranda, Nicolau Coelho, Aires Correia, e nós
sítio donde tínhamos levantado ferro, acharam os outros que aqui na nau com ele vamos, sentados no
ditos navios pequenos um recife com um porto chão, pela alcatifa. Acenderam-se tochas. Entraram.
dentro, muito bom e muito seguro, com uma mui Mas não fizeram sinal de cortesia, nem de falar ao
larga entrada. E meteram-se dentro e amainaram. As Capitão nem a ninguém. Porém um deles pôs olho no
naus arribaram sobre eles; e um pouco antes do sol colar do Capitão, e começou de acenar com a mão
posto amainaram também, obra de uma légua do para a terra e depois para o colar, como que nos
recife, e ancoraram em onze braças. dizendo que ali havia ouro. Também olhou para um
castiçal de prata e assim mesmo acenava para a terra
E estando Afonso Lopes, nosso piloto, em um e novamente para o castiçal como se lá também
daqueles navios pequenos, por mandado do Capitão, houvesse prata.
por ser homem vivo e destro para isso, meteu-se logo
no esquife a sondar o porto dentro; e tomou dois Mostraram-lhes um papagaio pardo que o Capitão
daqueles homens da terra, mancebos e de bons traz consigo; tomaram-no logo na mão e acenaram
corpos, que estavam numa almadia. Um deles trazia para a terra, como quem diz que os havia ali.
um arco e seis ou sete setas; e na praia andavam Mostraram-lhes um carneiro: não fizeram caso.
muitos com seus arcos e setas; mas de nada lhes Mostraram-lhes uma galinha, quase tiveram medo
serviram. Trouxe-os logo, já de noite, ao Capitão, em dela: não lhe queriam pôr a mão; e depois a tomaram
cuja nau foram recebidos com muito prazer e festa. como que espantados.

A feição deles é serem pardos, maneira de Deram-lhes ali de comer: pão e peixe cozido,
avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem- confeitos, fartéis, mel e figos passados. Não quiseram
feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura. Nem comer quase nada daquilo; e, se alguma coisa
estimam de cobrir ou de mostrar suas vergonhas; e provaram, logo a lançaram fora.
nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto.
Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos
Trouxeram-lhes vinho numa taça; mal lhe puseram a Isto tomávamos nós assim por assim o desejarmos.
boca; não gostaram nada, nem quiseram mais. Mas se ele queria dizer que levaria as contas e mais o
Trouxeram-lhes a água em uma albarrada. Não colar, isto não o queríamos nós entender, porque não
beberam. Mal a tomaram na boca, que lavaram, e lho havíamos de dar. E depois tornou as contas a
logo a lançaram fora. quem lhas dera.

Viu um deles umas contas de rosário, brancas; Então estiraram-se de costas na alcatifa, a dormir,
acenou que lhas dessem, folgou muito com elas, e sem buscarem maneira de cobrirem suas vergonhas,
lançou-as ao pescoço. Depois tirou-as e enrolou-as no as quais não eram fanadas; e as cabeleiras delas
braço e acenava para a terra e de novo para as contas estavam bem rapadas e feitas. O Capitão lhes mandou
e para o colar do Capitão, como dizendo que dariam pôr por baixo das cabeças seus coxins; e o da
ouro por aquilo. cabeleira esforçava-se por não a quebrar. E lançaram-
lhes um manto por cima; e eles consentiram,
quedaram-se e dormiram.

A carta é um dos instrumentos mais úteis em situações diversas. É um dos mais


antigos meios de comunicação.

Em uma carta formal é preciso ter cuidado na coerência do tratamento, por exemplo, se
começamos a carta no tratamento em terceira pessoa devemos ir até o fim em terceira
pessoa: se, si, consigo, o, a, lhe, sua, diga, não digas, etc., seguindo também os
pronomes e formas verbais na terceira pessoa.

Atenção aos pronomes de tratamento como Vossa Senhoria, Vossa Excelência, eles
devem concordar sempre na terceira pessoa.

Há vários tipos de cartas, a forma da carta depende do seu conteúdo.

A carta pessoal é a carta que escrevemos para amigos, parentes namorado (a), o
remetente é a própria pessoa que assina a carta, estas cartas não têm um modelo pronto,
são escritas de uma maneira particular.

A carta comercial se torna o meio mais efetivo e seguro de comunicação dentro de


uma organização. A linguagem deve ser clara, simples, correta e objetiva.

Existem alguns tipos de carta comercial:

• Particular, familiar ou social: São tipos de correspondência que são trocadas entre
particulares, cujo assunto, se enquadra em particular, intimo e pessoal.

• Bancária: Este é focalizado nos assuntos relacionados à vida bancária.


• Comercial: Associado às transações industriais ou comerciais.

• Oficial: Destinada ao serviço militar, público ou civil.

A documentação comercial compreende os papéis empregados em todas as transações


da empresa como: Carta, Telegrama, Cheque, Pedido de Duplicatas, Faturas,
Memorandos, Relatórios, Avisos, Recibos, Fax.

Na correspondência a linguagem mais correta é aquela que é adequada ao


contexto, ao momento, e à relação entre o emissor e o destinatário.

Por exemplo: a linguagem que você usa para falar com um amigo, não é a
mesma que você usa para falar com sua avó, ou com um parente distante.

COMO REDIGIR TELEGRAMA – SUGESTÃO DE MENSAGEM


Prezado XXXXX,
Seguem algumas orientações básicas sobre algumas normas para redigir um
TELEGRAMA.

• O telegrama possui uma linguagem com características próprias. Omitir


palavras desnecessárias, como adjuntos adnominais e adverbiais, não tem
apenas o objetivo de reduzir seu custo. É uma forma de ser fiel à linguagem
do telegrama, o que o diferencia de uma carta.

• Utilizar palavras e abreviaturas, tais como: ATEH (para até), IMPAGO (não
pago), VOSSENHORIA (Vossa Senhoria), AVBRASIL (Av. Brasil),
GAMALIMA (Gama Lima), LAN (para lã), SDS (saudações), são alguns
exemplos.

• Há, ainda, formas convencionais para pontuação: VG (vírgula), PT (ponto


final), PTVG (ponto e vírgula), BIPT (dois pontos), INT (interrogação), EXC (
exclamação), ABRASPAS (abrir aspas), FECHASPAS (fechar aspas).

SUGESTÃO DE MENSAGEM DE CONGRATULAÇÕES:


Cara amiga VG congratulações sua eleição como prefeita de (citar o município) PT
Sinceros votos feliz administração PT
SDS VG
Assinatura
Você já observou que nos jornais e revistas há um espaço reservado para que a opinião
dos leitores seja publicada?

Estamos falando das cartas dos leitores, as quais mostram opiniões e sugestões; debatem
os argumentos levantados nos artigos e fazem críticas a respeito; trazem perguntas,
reflexões, elogios, incentivos, etc.

Para o leitor é o meio de expor seu ponto de vista em relação ao assunto lido, para o
veículo de informação é uma arma publicitária para saber o que está agradando a
opinião pública.

Não há regras estabelecidas para se fazer uma carta no estilo “carta do leitor”, a não ser
as que já são preconizadas, ou seja, recomendadas ao escrevermos a alguém:
especifique o assunto e seja breve; trace previamente o objetivo da carta (opinar,
sugerir, debater); escreva em uma linguagem clara, precisa e nunca faça uso de palavras
de baixo calão, pois sua carta não será publicada!

O objetivo do leitor ao escrever uma carta para um jornal da cidade ou uma revista de
circulação nacional é tornar pública sua ideia e se sentir parte da informação. A carta do
leitor é tão importante que pode ser fonte para uma nova notícia, uma vez que ao expor
suas considerações a respeito de um assunto, o destinatário pode acrescentar outros
fatos igualmente interessantes que estejam acontecendo e possam ser abordados!

Deve-se ter muito cuidado ao redigir uma carta, pois será lida por muitas pessoas. Por
isso, revise o texto e observe com atenção se há clareza nas frases, se os períodos não
estão muito longos e se não há repetições de ideias ou palavras, se há erros de
pontuação e grafia.

Importante: Não se preocupe apenas em dizer o que pensa, o que acha, mas dê seu
ponto de vista sempre explicando com muito cautela, e se expuser fatos, tenha certeza
que são verdadeiros.

Modelo de carta comercial

Loja da Maria

Maria e Cia. Ltda.


Comércio de utensílios
Av. João, 1000
Goiânia – GO

Goiânia, 03 de março de 2008.

Ao diretor
Joaquim Silva
Rua das Amendoeiras, 600
Belo Horizonte – MG
Prezado Senhor:

Confirmamos ter recebido uma reivindicação de depósito no valor três mil reais
referente ao mês de fevereiro. Informamo-lhe que o referido valor foi depositado no
dia 1º de março, na agência 0003, conta corrente 3225, Banco dos empresários. Por
favor, pedimos que o Sr. verifique o extrato e nos comunique o pagamento. Pedimos
escusas por não termos feito o depósito anteriormente, mas não tínhamos ainda a
nova conta bancária.

Nada mais havendo, reafirmamos os nossos protestos de elevada estima e


consideração.

Atenciosamente,

Amélia Sousa
Gerente comercial
Que tipos de texto usamos habitualmente?
Mesmo com o progresso veloz dos instrumentos de comunicação neste final de milênio, ainda
há ocasiões em que, de fato, precisamos escrever uma carta, redigir um requerimento ao
diretor de uma empresa, montar um currículo, fazer um recibo ou remeter um simples
telegrama. Estes textos apresentam diferentes graus de formalidade, mas, de qualquer
maneira, exigem do remetente a habilidade de expor-se com clareza e precisão para se fazer
compreender pelo destinatário. Além disso, é indispensável dominar o idioma em que se
escreve e conhecer as regras básicas de formulação desses textos, pois o sucesso da
mensagem também depende de uma boa apresentação.

1. Carta
A carta é a forma mais freqüente de correspondência, usada desde a Antiguidade. A primeira
carta de que se tem registro foi escrita há mais de 4 mil anos, na Babilônia, e era uma
correspondência amorosa. Há três tipos básicos de carta:

- Correspondência particular: dirigida a amigos, conhecidos; trata de assuntos particulares e é o


registro menos formal de todos.
- Correspondência comercial: ligada a assuntos comerciais e financeiros; utilizada para pedidos
de emprego, demissões, vendas. Segue fórmulas fixas que devem ser observadas.
- Correspondência oficial: dirigida a instituições públicas ou delas provenientes; são portarias,
certidões ou avisos. Bastante formal, respeita padrões determinados.
São Paulo, 20 de fevereiro de 2001

Luísa

Há tanto tempo não temos notícias suas que quase começo a duvidar
que sejamos da mesma família.
Aqui, tudo continua do mesmo jeitinho que você deixou. A única novidade
é que parece que vão construir um shopping bem na esquina da casa da
Estela, sabe?
Por favor, encontre um tempinho pelo menos para nos dizer se já está
instalada na nova casa e como está se saindo na faculdade.
Espero que tudo esteja correndo às mil maravilhas como você sonhava!
Um beijo de seu irmão que não se esquece de você.
Daniel

P.S.: Mamãe manda dizer que seu casaco de tricô já está pronto.

Cartas particulares
Costumam ser escritas em uma linguagem mais simples e espontânea, até subjetiva. No
entanto, a correspondência que será lida por mais de uma pessoa (convites, participações)
deve ser mais objetiva. As cartas particulares em geral trazem:

- O lugar e a data, que normalmente são colocados no início da carta à esquerda ou à direita ou
no final, abaixo da assinatura.
- Introdução: fórmula de cortesia que varia segundo o destinatário (Caros amigos, Estimado
senhor, Rosa querida etc.). Pode ser seguida de dois-pontos, de vírgula ou não trazer
pontuação nenhuma.
- Texto: numa carta amistosa, a linguagem é livre, espontânea, podendo incluir gírias.
- Despedida: também uma fórmula de cortesia, que nesse tipo de carta varia muito (Um forte
abraço, Uma beijoca etc.).
- Assinatura: em geral sem sobrenome.
- P.S.: é o post scriptum; traz as anotações que se fazem depois das despedidas.

Cartas comerciais
As cartas comerciais são bem mais formais do que as particulares. Devem iniciar-se com
fórmulas respeitosas – Prezado Senhor, Prezado Senhor Diretor – e encerrar-se com protestos
de estima, agradecimentos e saudações formais – Atenciosamente, Cordialmente.
O tratamento dado ao destinatário, nos casos de maior formalidade, deve ser o de V.Sa.
(Vossa Senhoria) ou V.Sas. (quando no plural). Se os assuntos da carta são múltiplos, pode-se
organizá-los em tópicos, indicados por letras maiúsculas. Se a empresa é muito grande,
convém indicar o departamento a que se destina a carta, assim como destacar o assunto de
que se trata acima da introdução, indicando-o como Ref. (Referência). Exemplo:

Madeireira Olímpia
Dados do
Rua José Benedito, 110
remetente
80000-000 – Curitiba – PR

Curitiba, 16 de junho de 2000


Sr. Martim Felipe Fernandes Dados do
Rua João Goulart, 80 destinatário
86600-000 – Rolândia – PR

Ref.: Projeto de impermeabilização de assoalhos Referência

Prezado Senhor

É com satisfação que comunicamos a V.Sa. que seu


projeto, tendo sido examinado por nossos técnicos,
apresentou resultados confiáveis, além de uma vantajosa
relação custo/benefício.
Assim sendo, gostaríamos de que entrasse em contato
com nosso departamento comercial para agilizarmos um
contrato de prestação de serviço.

Aceite nossos protestos de elevada estima. Fecho

Cordialmente,

Fernando Zampieri
Departamento Comercial

Requerimento
É o texto administrativo mais freqüente, por meio do qual se faz um pedido, uma solicitação.
Quando o requerimento traz a solicitação de várias pessoas, chama-se memorial. Confira, a
seguir, um modelo de requerimento:

Ilmo. Sr. Diretor da Escola Técnica de Valinhos

Caio Márcio Paim, natural desta cidade, portador do RG


nº......................................., aluno regularmente matriculado neste
estabelecimento sob nº............................, no intuito de promover maior
entrosamento entre alunos do 1º ano e veteranos, vem requerer de V.Sa.
a permissão para utilizar o ginásio de esportes para a realização de um
campeonato de futebol, na semana de 2 a 9 de março.

Certo de sua compreensão, p. deferimento.

Assinatura

Valinhos, 8 de março de 2001

Aviso
É uma forma de correspondência muito utilizada por bancos, repartições e órgãos públicos.
Não traz um destinatário específico, mas coletivo: público em geral, correntistas, clientes ou a
população de uma cidade. Dele devem constar:

- Nome da pessoa ou instituição que emite o aviso.


- Comunicação que se quer transmitir.
- Dados objetivos e essenciais.
- Local, data e assinatura.
AVISO

Casa de Machado de Assis

Informamos aos pesquisadores desta instituição que a partir de abril


próximo estaremos funcionando em novo horário, das 8h às 17h30.
Até o final do semestre, contrataremos mais dois auxiliares. Com essas
medidas, esperamos melhorar ainda mais nosso atendimento.

Rio de Janeiro, 17 de março de 1994

Sônia Regina Sampaio Vianna


Diretora

2. Ata
É o registro do que se passou numa reunião, num congresso ou em uma convenção para
futura comprovação das discussões e decisões tomadas. Segue uma forma fixa, não admitindo
parágrafos (a não ser o inicial) para evitar adulterações. Pelo mesmo motivo, é assinada pelos
participantes do encontro logo após a última linha. Deve conter:

- Número da ata.
- Data e local da reunião.
- Registro do nome dos presentes.
- Pauta ou ordem do dia, isto é, a descrição do assunto que vai ser tratado.
- Relato dos assuntos tratados, nomeando-se as pessoas que se manifestaram.
- Registro das conclusões e soluções. Além disso, a ata, antes de ser assinada, deve ser lida e
aprovada pelos presentes à reunião.
ATA nº 0173

Aos vinte dias do mês de novembro do ano de dois mil, reuniram-se na


sala do Conselho da Têxtil Pedrense S.A. os senhores Raul Leonardo
Silveira, Paulo de Tarso Marquesi e Mário Luiz Pereira da Silva para
deliberar sobre a remessa [...]

3. Currículo – Curriculum Vitae


Documento cujo nome é tomado por empréstimo do latim (e significa "carreira de vida"), o
currículo reúne informações sobre o preparo profissional e as experiências anteriores de
alguém que se candidata a um emprego. Seu modelo mais comum, que tradicionalmente
conserva a identificação escrita em latim, contém os seguintes itens:

CURRICULUM VITAE

Caio Márcio Rodrigues de Freitas,


brasileiro, 25 anos, solteiro.
Praça Coronel Lisboa, 38, apto. 3
Dados pessoais
04735-030 – São Paulo – SP
Tel.: 816-2972

Bacharel em Direito, pela Faculdade de Direito da


Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Formação

Curso de História da Arte, na Faculdade de História


Outros
da Universidade de São Paulo, 1990
cursos/Especialização

- Francês (fluência) Domínio de idiomas


- Inglês (fluência) estrangeiros
- Alemão (noções básicas)

São Paulo, agosto de 2000

Atenção: O currículo também deve informar a experiência profissional de seu autor e fornecer
telefone de duas referências pessoais.

4. Procuração
É um documento expedido por uma pessoa (o mandante ou outorgante) autorizando uma
segunda pessoa (o procurador ou outorgado) a tratar de seus negócios. Pode ser geral,
quando o mandante autoriza o procurador a agir em seu nome em qualquer transação, ou
específica, quando concede ao procurador um ou alguns poderes sobre determinados
assuntos. O próprio mandante pode redigir a procuração (que recebe o nome de procuração
por instrumento particular), sendo obrigatório o reconhecimento de firma. A procuração também
pode ser lavrada por tabelião público, em cartório. Exemplo:
PROCURAÇÃO

Por este instrumento particular de procuração, eu, Maria Thereza


Gugliemo, portadora do RG nº......................................., CPF
nº.............................., residente na Rua................................., nº...........,
cidade...................., nomeio e constituo meu bastante procurador o
Sr. .........................................., portador de RG nº...................................,
CPF nº............................, residente na Rua...................................,
nº...................................., para o fim específico de negociar junto ao
Banco......................... as cotas do Fundo............................, estando
autorizado a vender, ceder, transferir e dispor a quem convier as citadas
cotas, inclusive assinar recibos e documentos; enfim, praticar todos os
atos necessários ao fiel desempenho deste mandato.

Goiânia, 20 de fevereiro de 2000

Assinatura do outorgante

5. Declaração
É um documento que dá uma informação sobre determinada pessoa ou fato. Como também é
válida perante a Justiça, a declaração deve expressar a verdade e ser datada. O declarante,
assim como o beneficiário, deve vir identificado, como no exemplo abaixo:

DECLARAÇÃO

Hilda Maria Cintra, portadora do RG nº ..............................., residente na


Rua dos Cravos, 92, N/C, chefe do departamento de pessoal das
Indústrias Americanas, empresa sediada na Av. Nações Unidas, 2.692,
N/C, declara que o Sr. Fernando Viana, portador do RG
nº....................................., residente na Rua Bahia, 900, N/C, é
empregado deste departamento, exercendo a função de digitador e
percebendo a quantia de R$ 650,00 (seiscentos e cinqüenta reais) por
mês.

Salvador, 5 de outubro de 2000

Hilda Maria Cintra

6. Recibo
Documento que comprova o recebimento de um pagamento, de uma encomenda ou de uma
mercadoria qualquer. As importâncias em dinheiro devem vir em algarismos e por extenso e as
mercadorias, especificadas. É obrigatório o registro da data e do local, assim como a
assinatura:

RECIBO

Recebi do Sr. Pedro Emílio Garcia a importância de R$ 300,00 (trezentos


reais) relativa ao pagamento da taxa de inscrição para o curso de
monitores de acampamento, a realizar-se no período de 7 a 27 de
julho de 2001.

São Paulo, 2 de março de 2001

Clube de Campo Caiowás

Marília Barreto
Secretária
7. Telegrama
Utilizado para comunicação urgente, é transmitido pelo correio, pelo telégrafo ou por telefone.
Tem como principal característica a síntese, já que o número de palavras é que determina seu
preço. Assim, no telegrama, devemos suprimir:

- Qualquer palavra dispensável à compreensão da mensagem, como


artigos, preposições, conjunções.
- Sinais de pontuação, a não ser os indispensáveis, que serão grafados
PT (ponto) ou VG (vírgula).
TELEGRAMA

João da Silva
Av. Paulista, 311
Santo André – SP

Impossível expedir diploma VG motivo falta pagamento mensalidade


dezembro PT
Favor enviar recibo assinado urgente PT

Escolas Reunidas Santo André

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