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CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA IZABELA HENDRIX

CURSO DE PEDAGOGIA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Ana Paula Martins Neroze

BELO HORIZONTE
2009
ANA PAULA MARTINS NEROZE

ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Registros realizados por Ana Paula


M.N, Referente ao Estágio
Supervisionado, do 4º período de
Pedagogia, habilitação em Anos
Iniciais.

BELO HORIZONTE
2009
CURSO DE PEDAGOGIA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DO ESTAGIÁRIO

Aluno(a): Ana Paula Martins Neroze

Período: 6º Disciplina: ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ANOS INICIAIS

Endereço da aluna

Residente na rua Cisne , Nº 460

Bairro: Goiânia CEP: 31950-500

Cidade: Belo Horizonte Estado: MG

Celular: (31)9762 – 3948; e-mail anipaulinha@ig.com.br

Realizará as atividades do ESTÁGIO SUPERVISIONADO no seguinte Estabelecimento

de ensino: Escola Municipal Honorina Rabello

Situado na Rua: Maria da Conceição Bonfim nº315 Bairro: Goiânia

Belo Horizonte – MG CEP: 31 950 – 540

Contato: (31) 3277. 66 82 (31) 3277. 66 83

Nome do Diretor do estabelecimento concedente do estágio: Rosemeire Silva Amorim


SUMÁRIO

Introdução ...............................................................................................................p. 05
1 Caracterização da Unidade Escolar......................................................................p. 07
1.1 Dados de Identificação da Instituição ................................................................p. 07
2. Identificação do Campo de Estágio .....................................................................p. 08
3. Gestão Educacional da Unidade Escolar ............................................................p. 10
3.1 Dados Gerais...........................................................................................p. 10
3.2 Estrutura Física da Escola ......................................................................p.11
4 Proposta Pedagógica da Unidade Escolar ...........................................................p. 13
4.1 Análise do Projeto Político-Pedagógico ..................................................p. 13
5 Currículo Escolar ..................................................................................................p. 14
5.1 Estágios de Avaliação do Desempenho Escolar ....................................p. 14
5.2 Calendário Escolar ................................................................................. p. 14
5.3 Organização do Trabalho Escolar ...........................................................p. 15
5,4 Descrição dos Processos a Serem Utilizados para Promover a Articulação
com a comunidade ........................................................................................p. 15
5.5 Meios utilizados para informar os país ou responsáveis, quando menores,
sobre freqüência e desempenho dos alunos ................................................p. 15
5.6 Programa de Educação Continuada dos Profissionais da Educação ...p. 16
5.7 Procedimentos de Avaliação Institucional Interna Externa .....................p.16
6. Outros Aspectos Peculiares da Unidade Escolar ................................................p. 17
7 Estágio Observação e Regência ..........................................................................p. 18
7.1Caracterização da Turma ........................................................................p. 18
8 Relatório das Sessões de Estágio e Regência ....................................................p. 20
8.1 Observação.............................................................................................p. 20
8.2 Regência ................................................................................................p. 22
Conclusão ...............................................................................................................p. 25
Referências Bibliográficas ......................................................................................p. 26
CAPÍTULO MONOGRÁFICO ..................................................................................p. 27
INTRODUÇÃO

É notória a expansão e preocupação dos sistemas de ensino no que se refere a


educação básica. Atualmente, o Ensino Fundamental ganha papel de destaque na
elaboração de políticas publicas que buscam incluir no cenário da educação nacional a
formação integral dos educandos inseridos dentro do ensino fundamental. De acordo com
a Lei nº. 11.274, de 6 de fevereiro de 2006, o ensino fundamental passa a ser oferecido
em 9 anos. Contribuindo assim para um desenvolvimento integral da criança1.
A partir dessas considerações percebemos também que a sociedade esta mais
consciente da importância dos anos iniciais para a vida das crianças e como parte
fundamental para seu desenvolvimento.
No Brasil, o Ensino Fundamental busca ampliar seus objetivos para essa
modalidade, garantindo assim, um aprendizado de qualidade para todos. Nesse processo
a criança é vista e reconhecida como sujeito de direitos, que se situa, significa e constrói
conhecimento sobre o mundo.2 A criança passa a ter direito de estudar e também de ser
criança. Dentro desse contexto esta o professor. Cabe ao educador (a) compreender os
processos de desenvolvimento de cada um de seus alunos, ver e aceita-los como são,
respeitar o tempo de aprendizado que cada um precisa para se situar dentro do contexto
educacional.
Dentro dessa perspectiva, percebemos que o ensino fundamental é de grande
importância para a vida de qualquer ser humano, e visa formar sujeitos autônomos e
conscientes. Por isso, durante o ensino fundamental a criança tem que ser equipada com
os conhecimentos, com as habilidades e com os valores culturais dominantes que já
estão determinados, socialmente sancionados e prontos para serem administrados – um
processo de reprodução ou transmissão – tem também de ser treinada para se adaptar
às demandas estabelecidas pelo ensino obrigatório.

A escola e seu modo de se organizar constituem um ambiente


educativo, isto é, um espaço de formação e de aprendizagem
construído por seus componentes, Acredita-se que não são apenas
1
Lei Federal nº. 11.274 ampliação do ensino fundamental para 09 anos.
2
LIBÂNEO, José Carlos. Educação Escolar: Políticas, Estruturas e Organização. Cortez. São Paulo, 2003, p.58.
os professores que educam, mas sim todas as pessoas que
trabalham na escola realizam ações educativas, que propiciem um
espaço recebedor de todos de forma igual3.

Portanto o presente relatório tem o objetivo de demonstrar a rotina da minha prática


de estágio, na Escola Municipal Honorina Rabello e a importância do Ensino Fundamental
para o desenvolvimento da criança, valorizando o espaço escolar, e possibilitando que
cada aluno sinta prazer de aprender, brincar, sonhar, sorrir; dessa forma cada criança tem
oportunidade de desenvolver e construir seu mundo interior.
Dentro desse contexto também busco apresentar as etapas do desenvolvimento
infantil; realizar a articulação da proposta de trabalho do Estágio Curricular
Supervisionado com as disciplinas pedagógicas já estudadas no curso; compreender os
efeitos recíprocos da relação professor-aluno; analisar os documentos buscando
compreender qual a concepção presente de ensino aprendizagem que orienta o trabalho
da equipe escolar; planejar atividades, a partir do planejamento da professora, que serão
realizadas na escola na semi-regência.
Diante disso acredito que o ensino fundamental é o momento de consolidar o
aprendizado e levar para o alunado conhecimentos indispensáveis para o
desenvolvimento de todas as atividades que venham a realizar ao longo de sua vida,
tornando-o assim um sujeito atuante e autônomo.

3
HORN, Cláudia Inês; SILVA, Jacqueline Silva da; POTHIN, Juliana, Brincar e Jogar, Porto Alegre, 2007,
Editora: Mediação, p.10.
CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR

1.1 Dados de identificação da instituição

Nome da escola: Escola Municipal Honorina Rabello (EMHR)


Local: Rua, Maria da Conceição Bonfim, n* 315
Bairro: Goiânia
CEP: 31. 950. 540
Belo Horizonte, MG
Data de fundação: 12/12/1970
Rede: Pública Municipal
Níveis de ensino oferecido pela escola: Educação Infantil, Ensino Fundamental,
Ensino Médio, Alfabetização de Jovens e Adultos e Educação Especial.
Profissionais técnicos administrativos: 10
Número de salas anos iniciais: 10 turmas
Número alunos atendidos: 250

A Escola Municipal Honorina Rabello, está situada no bairro Goiânia na região


Nordeste de Belo horizonte, foi fundada em 12/12/1970 pela Prefeitura de Belo Horizonte .
As Respectivas salas de aulas são amplas e arejadas, com boa luminosidade contendo
ainda ventiladores de teto, armários de ferros e madeiras.
A escola atende os seguintes níveis de educação, Educação Infantil, Ensino
Fundamental, Ensino Médio, Alfabetização de Jovens e Adultos e Educação Especial.
Para melhor atender aqueles que estão inseridos no espaço escolar, a instituição
conta ainda com cantina (refeitório e cozinha), quadra esportiva, vestiários, sala multiuso,
brinquedoteca, biblioteca, sala de vídeo, sala de computação e pátio.
1. IDENTIFICAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO

O estágio caracteriza-se pelo conjunto de diretrizes e estratégias que expressam e


orientam a prática pedagógica de todos os envolvidos com a dinâmica do curso de
pedagogia. Não se restringe à mera organização de campo de estágio, mas a adoção, por
parte dos atores envolvidos (coordenadores, professores, acadêmicos e comunidade), em
um processo contínuo de reflexão sobre a identidade do curso e o comprometimento com
a qualidade e a eficácia de suas ações4.
O estágio é campo de conhecimento e espaço de formação, propicia aproximação
à realidade na qual poderá vir a atuar.
O Estágio Curricular Supervisionado do Curso de Pedagogia do Centro
Universitário Metodista, nessa primeira fase, busca inserir o/a aluno/a na dinâmica das
atividades práticas que envolvem a formação e profissionalização docente habilitando
para há docência nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
O presente estágio teve início no dia 28 de Agosto e termino no dia de Setembro.
Em primeiro momento apresentei meu desejo de estagiar nesse local, sendo bem
recebida por todos (alunos, professores, coordenadores).Fiquei surpreendida pela
organização da Instituição.Foram sanadas todas as dúvidas em relação às atividades,
interação com os alunos, visão da escola, regimentos internos, modo de conduta,
horários, planos de aulas, e foram-me apresentados todos os documentos que solicitei,
como; Projeto Político Pedagógico, plano de trabalho, regimento interno da instituição.
Durante o período de observação ficou nítida a relação amigável entre professores,
alunos e toda a equipe da Escola Municipal Honorina Rabello, compreendendo que há
grande respeito e carinho com todos os funcionários da mesma.5
Durante todo o estágio consegui manter um bom relacionamento com a
supervisora do estágio, tendo em vista, que a mesma estava sempre á disposição para
esclarecimento de dúvidas e dificuldades, sendo bastante flexível nos horários de
atendimento, disponibilizando também conversas via e-mail. Todavia, todas as visitas
foram cumpridas de acordo com o cronograma elaborado.
4
PIMENTA, Selam Garrido e LIMA, Maria Socorro Lucena.Estágio e docência, São Paulo, Corterz editora, 2004. p.
29.
5
Informações cedidas pela coordenador Luciana .
Posso concluir que a identificação do campo de estágio , foi de grande relevância
para a compreensão de como é o trabalho dentro do contexto do ensino fundamental, e
como conseqüência pratica para minha docência, visando assim um ensino de qualidade
para todos os educandos.

3. GESTÃO EDUCACIONAL DA UNIDADE ESCOLAR


3.1 Dados Gerais

Nome: Escola Municipal Honorina Rabello


Endereço: Rua Sebastião Santana Filho, nº 111 bairro: Ipê
Entidade mantedora: Prefeitura Municipal de Belo Horizonte
Conhecer o histórico de qualquer escola é de grande importância para se ter
clareza sobre seus aspectos e o que ela oferece seja ao corpo docente, discente e a
comunidade.
A Escola Municipal Honorina Rabello foi inaugurada em 12 de dezembro de 1970,
sendo uma escola da rede publica de ensino. Esta Situada no bairro Goiânia, bairro onde
o poder aquisitivo e pequeno. As maiorias dos alunos que freqüentam a escola são da
própria comunidade, e outras de comunidades próximas.
Os níveis de ensino oferecidos pela escola são: Educação Infantil, Ensino
Fundamental, Ensino Médio, Alfabetização de Jovens e Adultos e Educação Especial.
A relação escola e comunidade são muita objetivas, e se da por meio de parcerias
na utilização do espaço escolar. Também são articulando nos finais de semana para a
prática de jogos de futebol, reuniões de associação de bairro, pastorais da igreja católica,
cultos da igreja evangélica e demais atividades sem fins lucrativos produzidos por
entidades filantrópicas do bairro.6
Visando um bom funcionamento para o Ensino Fundamental, a escola Municipal
Honorina Rabello, conta com uma equipe de 25 profissionais, 14 dedicam-se a docência,
4 à coordenação pedagógica, diretor, vice-diretor, coordenador pedagógico e
coordenador de turno, 1 à gestão da biblioteca, 1 às atividades da secretária, 3
à manipulação da merenda escolar, 1 auxiliar de serviços gerais e 2 no monitoramento e
controle da portaria, em regime de rodízio, assim interagindo para promoção da gestão
escolar.
Minhas primeiras impressões em relação à escola foram muito boas, pois seu
aspecto é de muita organização. Percebi também que há uma preocupação por parte da
Diretora Rosimeire, em manter um bom funcionamento para todos de um modo geral.

3.2 Estrutura Física da Escola:

6
Informações retiradas do Projeto Político Pedagógico da Escola Municipal Honorina Rabello
O conjunto predial da Escola Municipal Honorina Rabello, é composto de 15
salas de aula, sendo no total 12 salas de aula e uma como sala de multimídias, as salas
são amplas, bem iluminadas e com paredes claras, todas elas possuem equipamento de
ventiladores de teto, bancadas com armários em alvenaria para serem utilizado pelos
professores.
O mobiliário inclui carteiras em fórmica, mesa em alvenaria e cadeiras em
excelente estado para os professores, quadro de giz e quadros de pincéis e ainda contam
com murais, algumas das salas possuem armários de aço.
A biblioteca é ampla e bem organizada, possui ventiladores de parede, onde reúne
um grande acervo de livros didáticos, obras literárias, dicionários, revistas, jornais,
videoteca, mapas, globo terrestre, modelos de peças anatômicos e planetários.
Sua organização se dá em armários de madeira, estantes de aço e prateleiras de
alvenarias, estão disponíveis mesas redondas de fórmica com cadeiras.
A biblioteca funciona de segunda a sexta, nos turnos da manhã, tarde e noite, e
também pode ser utilizada por toda comunidade escolar, se estabelecendo como um
espaço de formação no desenvolvimento do gosto pela leitura e práticas individuais e
coletivas de pesquisa e estudos.
O auditório e a sala de multimídias, possuem 1 televisão e 1 vídeo cassete,
ventiladores de parede e uma tela para projeção de imagens, é um local destinado como
espaço para formação e realização de dinâmicas como os professores, eventos sociais e
culturais, reuniões e assembléias escolares.
A cantina é um local não somente do preparo da merenda, mas se estabelece
como um espaço de cultivo de hábitos e atitudes de boa prática alimentar.
Possuem mesas e bancos em granito, piso em cerâmica, paredes azulejadas, pias
em inox com bancadas em granito, está equipada como 2 fogões industriais, 1 forno
elétrico e 1 forno de microondas, 1 processador de alimentos e prateleiras em alvenaria.
A escola ainda conta com 2 grandes banheiros, sendo 1 masculino e 1 feminino, o
revestimento dos banheiros são em azulejos brancos e estão em bom estado de
conservação.
As quadras de esportes são 2 sendo 1 coberta e outra descoberta, em conjunto
com o pátio, formam espaços de formação possibilitando a socialização dos alunos; são
utilizadas durante o intervalo diário, nas práticas de jogos, eventos sociais e culturais e
esportivos, a quadra coberta é também utilizada pela comunidade na realização de
encontros e palestras.
Percebi que a escola é bem estruturada, o prédio está em bom estado de
conservação, os banheiros estavam sempre limpos e a biblioteca bem suprida de livros,
enfim, a escola atende a todas necessidades dos educandos inseridos dentro de seu
espaço escolar.

4. PROPOSTA PEDAGÓGICA DA UNIDADE ESCOLAR


4.1 Análise do Projeto Político-Pedagógico

O Projeto Político Pedagógico tem por objetivo reunir e explicitar os princípios


norteadores da Escola e os fundamentos que balizam sua ação pedagógica de forma a
garantir que a comunidade escolar tenha ciência e que todas as áreas e segmentos de
ensino atuem com coerência segundo as mesmas diretrizes filosóficas, pedagógicas e
administrativas.
Por ser um instrumento de gestão democrática será objetivo de permanente
reflexão coletiva no que se refere aos princípios e valores que fundamentam a pratica da
escola e sua estrutura organizacional.
Assim, Projeto Político Pedagógico da Escola Municipal Honorina Rabello7,
incorpora ações, estratégias e dinâmicas que condicionam o ensino fundamental como
direito, condição e pleno exercício da cidadania.Um processo que inclui as vertentes da
escolarização( o direito ´a alfabetização e á educação básica) e da educação continuada
que garantam o direito a aprender por toda a vida, face as constantes e crescentes
mudanças na sociedade moderna.
Diante disso sua concepção deve abranger vários autores, sendo professores,
equipe técnica administrativa, pais, alunos, e representantes da comunidade, pois se trata
de um componente importante para o processo educacional.

5 Currículo Escolar

7
Projeto Político Pedagógico da Escola Municipal Honorina Rabello.
O currículo abrange as seguintes áreas de conhecimento: Português, Matemática,
Ciências, Geografia, História, Educação Física, Informática. No decorrer do ano letivo os
professores desenvolvem atividades especiais para apresentação na feira de cultura.

5.1 Estratégias de Avaliação do Desempenho Escolar

A avaliação é um processo que visa diagnosticar os alunos em todas as etapas do


seu desenvolvimento e construção do saber.

As avaliações não podem continuar a ser um instrumento de torturas. Eles


devem trazer ao educando o prazer não a raiva e a insatisfação. WERNECK,
Hamilton. Prova, Provão, camisa de força da educação. Petrópolis, 19958.

Considerando-se a individualidade de cada um, suas habilidades e competências,


os avanços e as dificuldades encontradas. A avaliação dos alunos é o resultado de um
período determinado, em que eles estiveram envolvidos no processo educativo.
O processo de avaliação da Escola Municipal Honorina Rabello, é baseado em
conceitos, onde o professor devera analisar se o aluno atingiu os objetivos propostos
dentro daquele período.

5.2 Calendário Escolar

O calendário é estabelecido em cada escola de acordo com portaria publicada no


DOM (Diário Oficial do Município) anualmente pelo SMED. Coloca as diretrizes gerais
para aprovação do calendário em cada escola. Geralmente sendo distribuídos em 200
dias letivos e 4 escolares.
Estipula-se o número de sábados, recessos, férias e etc. As atividades a escola
tem autonomia para programar.

8
WERNECK, Hamilton. Prova Provão, camisa de força da educação. Editora: Vozes, 1995. Pg. 42.
Quanto à transferência do aluno, esta ocorre na secretaria mediante presença do
responsável legal, se os documentos estiverem em dia (histórico etc). Para o ingresso na
escola as medidas são de acordo com o número vagas e pertencer ao entorno da
Instituição.
Já a adaptação ocorre de acordo com cada caso, assim as educadoras se
encontram preparadas para atender a todos os educandos.

5.3 Organização do trabalho escolar

A organização do trabalho escolar é feita através de reuniões e do Conselho de


classe, o calendário dá oportunidades para isso, contemplado as saídas pedagógicas.

5.4 Descrição dos processos a serem utilizados para promover a articulação


com a comunidade

Os processos utilizados para a promoção de articulação com a comunidade se dão


através de variadas festas que acontecem na escola, como por exemplo: dia das mães,
festa junina, feira da cultura, reuniões de pais, entre outras. Dessa forma a escola busca
inserir a comunidade dentro do contexto escolar, assim todos participam de uma forma
efetiva na trajetória da instituição.

5.5 Meios utilizados para informar os país ou responsáveis, quando menores,


sobre freqüência e desempenho dos alunos.

Os meios utilizados para informa os pais ou responsáveis sobre notas e freqüência


dos alunos de dão através do boletim escolar que são entregues mediante reunião dos
pais ou responsáveis.Assim todos os pais podem acompanhar o desempenho escolar de
seu filho ou filha.
A escola que chama os pais para dentro dela é mais bem sucedida em todos os
aspectos, pois o professor consegue identificar os aspectos culturais, a história de vida e
as características sociais da comunidade em que o aluno vive, para assegurar condições
para a construção do conhecimento e para aquisição dos conceitos básicos e essenciais
para os diferentes componentes curriculares a serem trabalhados.
Os pais devem ter acesso ás informações básicas a respeito dos conteúdos
propostos e desenvolvidos, da metodologia utilizada e dos sistemas de avaliação que
serão aplicados.

5.6 Programa de Educação Continuada dos Profissionais da Educação

Os professores da Escola Municipal Honorina Rabello, têm acesso há programas


de capacitação para docentes que são oferecidos pela Prefeitura Municipal de Belo
Horizonte, assim fica a critério do educador participar ou não desses programas.
Portanto, vejo a formação continuada como uma forma constante de informações e
preparo profissional, dessa forma o educador sempre estará capacitado para os desafios
da vida escolar como um todo, e como conseqüência levar um ensino de qualidade para
seus educandos.

5.7 Procedimentos de Avaliação Institucional Interna Externa

Os procedimentos de avaliação interna ocorrem por meio de provas que são


elaboradas pelos educadores e conferida pela coordenação.
Já o procedimento de avaliação externa ocorrem através da Prova Brasil, que
aplicada anualmente.

6. OUTROS ASPECTOS PECULIARES DA UNIDADE ESCOLAR


A Escola como sendo pertencente da Prefeitura de Belo Horizonte, prioriza os
alunos com o programa ESCOLA INTEGRADA.
Esse tipo de programa é oferecido para os alunos que estudam na própria escola,
eles permanecem dentro da instituição em período integral.Se estudam no período da
manhã, participam da escola integrada no período da tarde.
Aqueles alunos que participam da escola integrada, têm direito a alimentação
durante o período que permanecem na escola e são acompanhados (as) por um
professor que os orientara nas atividades propostas, na qual uma delas é o para casa.
Percebi que os alunos beneficiados por esse programa, em sua maioria, gostam
das atividades desenvolvidas, já que para muitos aquele espaço é o único momento de
lazer e descontração. Compreendi também que a relação professor x aluno é bem
estruturada.

7 ESTÁGIO OBSERVAÇÃO E REGÊNCIA


7.1Caracterização da turma

A turma é composta de crianças entre 6 e 7 anos de idade.O ambiente é agradável,


acolhedor e com certeza grande propulsor do desenvolvimento infantil, pois é rico e
desafiador.
Um espaço que pode-se trocar idéias, brincar, ouvir musicas, contar historias,
enfim, iniciar qualquer tipo de aprendizado social, e com certeza, tudo isso contribui para
uma sensação de bem-estar e segurança nas crianças. De modo geral, são curiosos e
questionam sobre as atividades propostas.

O educador pode desempenhar um importante papel no transcorrer


das brincadeiras se consegue discernir os momentos em que deve
só observar, em que deve intervir na coordenação da brincadeira,
ou em que deve integrar-se como participante das mesmas9.

Logo que se entra na mesma, pode-se observar um painel, onde constam os


ajudantes do dia e os aniversariantes do mês.
As mesas geralmente são organizadas em grupo, possibilitando a interação dos
(as) alunos (as) com o meio e a integração entre eles (as).
Há um pequeno armário de ferro, que é utilizado para guardar os materiais
pedagógicos, está ao acesso de todos. O ambiente foi criado e pensado propiciar maior
conforto aos alunos .
A sala dispõe também, de televisão que fica em cima de um móvel, esta é utilizada
para os dias em que há filmes.
A música também faz parte do cotidiano destas crianças, e é através destas
“histórias cantadas”, que aprendem a ter gosto pela literatura, segundo a professora, a
música estimula o conhecimento desenvolvendo outras habilidades através de uma
experiência prazerosa.
Já aulas de educação física favorecem o desenvolvimento em um espaço de
descobertas e recreação, no qual a criança se sente estimulada e desenvolve outras
habilidades sensório motor.
Segundo Piaget as crianças estão no estágio pré-operatório. Nesse estágio a
inteligência da criança se desenvolve do plano sensório motor para o plano da

9
ALMEIDA, Paulo Nunes.Educação lúdica .São Paulo: Loyola, 1974 8ªed. p.102
representação e imaginação.10 A criança faz jogos simbólicos, representa uma ação,
aparecendo as primeiras explicações sobre a realidade. Seu pensamento ainda é
animista e artificialista, deixando-se levar pela aparência sem relacionar os fatos.
Observa-se nessa fase que o comportamento da criança começa a dirigir-se para um fim.
Segundo Vygotsky a ação da criança são mediadas através da palavra. Ele justifica
todo o progresso da criança nas suas capacidades cognitivas pela aquisição da palavra.11
Para Wallon12 os três conjuntos funcionais são: Afetivo, Cognitivo e Motor, e
segundo ele, o mais importante é o Afetivo, pois ninguém aprende se não for afetado
positivamente pelo outro ou pelo meio.
Para assim proceder, a educação deve se organizar em torno de quatro
aprendizagens fundamentais que, ao longo de toda a vida, serão de algum modo, para
cada pessoa, os pilares do conhecimento, o aprender a conhecer, aprender a fazer,
aprender a ser e aprender a conviver.

8 RELATÓRIO DAS SESSÕES DE ESTÁGIO: OBSERVAÇÃO E


REGÊNCIA

8.1 Observação

Dia 24 de Agosto
10
PIAGET.Jean. Formação do símbolo na criança.. Rio de Janeiro: Zahar, 1978 2ª ed.p. 158.
11
VIGOTSKI, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2000 6ª ed p.126.
12
WALLON, Henri. Uma concepção dialética do desenvolvimento infantil. Rio de Janeiro: Vozes, 2003 12ª ed.p.69.
A professora recebe os no pátio da escola, já em sala, cumprimenta e permite uma
breve conversa sobre o final de semana. Então ela me apresenta às crianças e diz a eles
que iremos trabalhar juntos por alguns dias.
Em seguida começa a escrever a rotina do dia no quadro. A seguir começa a
atividade proposta para aquele dia que é um ditado das letras do alfabeto A
professora me contou que, duas vezes por semana ela apresenta esta atividade devido a
algumas crianças não conhecerem todas as letras do alfabeto, assim é uma forma de
fixação para as crianças.

Dia 25 de Agosto
Neste dia a professora inicia a rotina da sala com a correção do para casa, alguns
alunos não o fizeram.
A professora em seguida escolhe o ajudante do dia e o mesmo entrega uma
atividade de português para cada aluno. A presente atividade se refere a uma cruzadinha
de palavras.Logo a professora explica a atividade e no decorrer da aula ela faz algumas
intervenções, e orientações.
Quase no termino da aula, a professora entrega o para casa e aguarda o sinal
para a saída junto com os alunos.

Dia 26 de Agosto
Neste dia, a professora inicia a aula com uma musica que diz assim: “borboletinha
esta na cozinha fazendo chocolate para a madrinha,” etc.

(...) A iniciação musical deve ter como objetivo durante a idade pré-
escolar, estimular na criança a capacidade de percepção,
sensibilidade, imaginação, criação, bem como age como uma
recreação educativa, socializando, disciplinando e desenvolvendo a
sua atenção13.

Em seguida propôs um jogo usando então um “baralho dos números”. Então foi
entregue para as crianças dez unidades do baralho.

13
ERIKSON, Erik H. Infância e Sociedade. Rio de Janeiro: 1976 p. 97.
A dinâmica do jogo acontece da seguinte forma: a professora pede para que os
alunos formem números como, por exemplo: 10, 15, 25 , entre outros. Somente alguns
alunos não conseguiram formar uma maior quantidade de numerais, dessa forma houve
uma intervenção por parte da professora Isabel.
E assim seguiu o jogo, venceu quem conseguiu formar um numero maior de
números.
A professora disse que com este mesmo baralho também é possível trabalhar
números ímpares e pares, antecessor e sucessor.

Dia 27 de Agosto
A professora havia solicitado no dia anterior que os alunos levassem garrafas pet
de preferência coloridas, para a confecção de um vai e vem.
Alguns alunos colaboraram, mas, a professora já havia reunido certa quantidade de
garrafas, no total ela conseguiu 32 unidades.
Enquanto os alunos foram para a aula de educação física, eu e a professora
cortamos as garrafas ao meio. Quando os alunos retornaram a sala já havíamos
terminado. Logo depois a professora explicou que cada aluno teria que fazer um belo
desenho com caneta hidrocor em cada parte das garrafas cortadas.
A medida que os alunos foram terminando a professora ia montando o vai e vem
de cada aluno. O dia assim terminou com a entrega e brincadeira com o vai e vem que foi
entregue a todos. Percebi que as crianças ficaram encantadas e felizes por verem seus
respectivos desenhos estampados no brinquedo.

Dia 28 de Agosto
Cordialmente a professora recebe os alunos no pátio da escola. Já em sala a
professora anuncia o aniversario de um dos colegas, todos então cantam e lhe desejam
um feliz aniversario.
Em seguida a professora retira os livros de historia de seu armário e entrega o
cada um dos alunos, ela então começa a leitura de um pequeno capitulo que tem como
titulo a minha historia. Esse capitulo do livro faz um recorte sobre alguns dados pessoais
de cada pessoa como, por exemplo: onde moro; qual a minha idade; nomes dos pais,
entre outros.
Em seguida começou uma pequena discussão entre a professora e os alunos,
todos queriam falar ao mesmo tempo. Logo se aproximou o final da aula, então a
professora pediu que os alunos levassem o livro para casa para o termino da atividade
com a família.

8.2 Regência

A teoria alimenta-se da prática, assim como a prática qualifica-se na


medida em que cria e se renova a partir da reflexão teórica14.

Dia 01 de Setembro
Neste meu primeiro dia de regência, recebi os alunos no pátio como de costume e
os encaminhei para a sala de aula. Chegando a sala a professora Isabel explicou para os
alunos que eu iria desenvolver algumas atividades com eles durante alguns dias.
Iniciei uma pequena conversa com as crianças, explicando o que iríamos fazer
naquele dia. Optei então por fazer um mural com os alunos a partir de uma historia que
contaria em roda que foi “A Bonequinha Preta”. O livro cumpre a tarefa de alegrar, divertir
e emocionar o espírito das crianças, levando-os de maneira lúdica e fácil, a perceberem e
interrogarem a si mesmos e ao mundo que os rodeia.
Após a contação da historia distribui uma folha branca A4, e pedi para cada um
desenhar o que foi de mais significativo para eles. A seguir com a ajuda de todos
montamos um lindo mural com os respectivos desenhos no painel da sala.

Dia 02 de Setembro
Em meu segundo dia trabalhei com os blocos lógicos. Em primeiro momento dispus
os blocos nas mesas para as crianças explorarem. Falamos sobre suas características e
sua classificação (quanto a cor, tamanho e espessura). Em segundo momento orientei

14
SANTOS, Lisiane Gazola, RODRIGUES, Carmem Lúcia e alunas. Criança, Infância e Educação –
Múltiplos Olhares. Ulbra Guaíba, 2005.p.48.
para que as crianças criassem figuras usando os blocos. Elas foram bastante criativas
inventando carros, ônibus, bonecos.
Em seguida entreguei para as crianças uma folha onde havia desenhos de várias
figuras geométricas. As crianças então as coloriram e recortaram para reproduzir a figura
que haviam criado com os blocos lógicos no papel. A presente atividade teve como
objetivo a fixação das formas geométricas para os alunos.

Dia 03 de Setembro
No terceiro dia, propus que brincássemos de presa e predador no pátio da
escola.Como não entenderam, expliquei que predador é o animal que caça e a presa é o
animal que vira alimento para o predador. Formamos uma roda e eles sortearam quem
seria a presa e quem seria o predador que deveria ficar com os olhos vedados e procurar
pela presa, combinamos que a presa e o predador ficariam dentro da roda e que a presa
tinha que se movimentar, primeiro em silêncio e depois poderia imitar o bicho escolhido.
Essa brincadeira tem como objetivo desenvolver a percepção e noção espacial. Logo em
seguida fomos para o recreio.
Na seqüência, já em sala apresentei um jogo de bingo com letrinhas. Fui então
formado as duplas e distribuído as cartelas e as letras para que colocassem no lugar
assim que a letra fosse sorteada. Essa atividade permiti que os alunos conheçam as
vogais e as letras do alfabeto, e como conseqüência a letra de seu nome.

Dia 04 de Setembro

Minha proposta para esse dia é um passeio pelo jardim da escola. Percebi que os
alunos ficaram bastante animados.
Ao chegar ao jardim fiz algumas perguntas como: o que estavam percebendo na
natureza e então sugeri que abraçassem uma árvore, propus que procurassem sentir sua
temperatura e textura, após questionamos como era essa planta, se tinha um caule
grosso ou fino, se era grande ou pequena, se sua textura era áspera ou lisa. Após as
crianças brincarem um pouco ao redor do jardim retornamos para a sala e eles tiveram
aula de informática.Essa proposta está dentro do planejamento de trabalho com o meio
ambiente.
Dia 8 de Setembro

Neste quinto dia levei um jogo de memória, pedi aos alunos para formarem as
duplas e brincamos um pouco, foi bem divertido. Esse tipo de jogo auxilia na percepção
visual e na memória.

Os jogos possibilitam o desenvolvimento integral da criança, já que


através destas atividades a criança se desenvolve afetivamente,
convive socialmente e opera mentalmente.15

Logo depois comecei a explicar a segunda atividade do dia, que seria uma pintura.
Distribui um CD para cada uma das crianças e lhes disse que poderiam colori-lo
como quisessem com cola colorida e que após colaríamos olhinhos e rabinho formando
assim um peixinho. E que após estes peixinhos secarem faríamos móbiles com eles.
Dessa forma a pintura permitiu um momento lúdico entre os alunos e como
conseqüência um desenvolvimento educacional prazeroso.

CONCLUSÃO

15
ALMEIDA, Paulo Nunes.Educação lúdica. São Paulo :Loyola, 1974 8ªed.p.45
Participar desse processo de estágio, para mim foi muito importante, pois é na
prática que se consegue adquirir mais conhecimentos e fundamentar as teorias
estudadas. O importante é estarmos disponíveis, abertos para as mudanças, respeitando
o momento do aluno, construindo regras, construindo o aprendizado com eles, pois eles
são os principais autores desse aprendizado.
Através do presente estágio, consegui adquirir novos conhecimentos e
fundamentar as teorias estudadas em sala, que são de grande relevância para minha
docência.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALMEIDA, Paulo Nunes. Educação lúdica. 8. ed. São Paulo: Loyola, 1974
ERIKSON, Erik H. Infância e Sociedade. Rio de Janeiro: Artmed 1976.

SABALA, Antoni. A Prática Educativa: Como Ensinar. Porto Alegre. ArtMed, 1998
tradução de Ernani F. da F. Rosa.

SANTOS, Lisiane Gazola, RODRIGUES, Carmem Lúcia e alunas. Criança, Infância e


Educação Infantil – Múltiplos Olhares. Ulbra Guaíba, 2005.

WERNECK, Hamilton. Prova Provão, camisa de força da educação. Editora: Vozes,


1995. Pg. 42.

CAPÍTULO MONOGRÁFICO

Tema : A importância do Brincar


Introdução

A brincadeira tem papel importante para a compreensão dos indivíduos em seu


processo de desenvolvimento e humanização, que acontece nas diversas relações sociais
estabelecidas pela criança. Assim, o brincar faz parte da vida do ser humano em qualquer
idade e não pode ser vista apenas como diversão.
O desenvolvimento de jogos e brincadeiras no ensino fundamental anos facilita a
aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural.
Assim o presente capitulo monográfico tem como objetivo abordar a importância
do brincar como ferramenta na pratica educativa e sua inserção no aprendizado da
criança nas series iniciais ,e como eixo central fundamentação teórica a partir das
considerações de Vigotski e Piaget, sobre o desenvolvimento do brincar.

Desenvolvimento

O que torna o brincar importante para o desenvolvimento da criança é o exercício


da imaginação, da capacidade de planejar, de representar papeis e situações do dia-a-
dia. Se a atividade lúdica não for livremente escolhida pela criança e seu desenvolvimento
não depender dela própria, esta atividade não será considerada lúdica, mas sim um
trabalho.
Para Kishimoto, o educador deve ser o mediador, observador, orientador,
respeitando e compreendendo o universo infantil, ele deve utilizar variadas técnicas de
aprendizagens, diversos recursos didáticos e trocas de experiências que auxiliem na
evolução e no progresso das crianças através da ludicidade.16
Paulo Almeida completa o pensamento quando afirma que:

O educador pode desempenhar um importante papel no transcorrer


das brincadeiras se consegue discernir os momentos em que deve
só observar, em que deve intervir na coordenação da brincadeira,
ou em que deve integrar-se como participante das mesmas. 17

16
KISHIMOTO, T.M.O brincar e suas teorias.São Paulo:Pioneira, 2002 2ª ed. p.134.
17
ALMEIDA, Paulo Nunes.Educação lúdica .São Paulo: Loyola, 1974 8ªed. p.102
Nesse contexto, o brincar na nos anos iniciais , não deve se pautar apenas no uso
de material pedagógico, também tem que se valorizar o brincar na sua forma mais
simples, respeitando a sua natureza de forma livre e espontânea.
Nessa perspectiva as brincadeiras ao processar-se em situações sem pressão, em
atmosfera de familiaridade, segurança emocional e ausência de tensão ou perigo
proporciona condições para a aprendizagem bem significativas. A conduta lúdica oferece
então oportunidades para experimentar comportamentos que em situações normais
jamais seriam tentadas pelo medo do erro e punição.18
A criança é essencialmente um ser brincante19 independentemente da situação de
vida em que se encontra e nas diferentes camadas socioculturais. Ao brincar, ela cria,
exercitando sua capacidade de se relacionar, de se conectar com suas motivações e, por
isso, é divertido. É através dessa carga afetiva que nasce o desejo da comunicação,
permitindo assim o desenvolvimento de todas as possibilidades de expressão.
Dessa forma, a significação do brincar se caracteriza pelo que é possível perceber
nas ações dos brincantes por intermédio dos gestos, sons, expressões, ou das próprias
relações estabelecidas por aqueles que estão brincando. Há um acervo de significados
entremeados na atitude lúdica que remetem a muitos aspectos da vida, pois quem brinca
diz alguma coisa.20 É brincando que se encontram e se constituem como ser humano. A
criança quando brinca está em estado de busca, e brincar é um ato de descobrir, indagar,
escolher, recriar. “É brincando que a criança mergulha na vida e consegue senti-la na
dimensão de suas possibilidades. Quando brinca, a criança se desenvolve e se percebe.”
21

Segundo Vigotski22, a brincadeira expressa a forma como uma criança reflete,


ordena, desorganiza e reconstrói o mundo a sua maneira. É onde ela pode expressar de
modo simbólico suas fantasias, seus desejos, medos, sentimentos e conhecimentos que
vai construindo a partir das experiências que vai acumulando.
Portanto, o brincar possibilita o desenvolvimento do pensamento, além de contribuir
significativamente para a formação das relações sociais da criança, na medida em que,
18
KISHIMOTO, T.M.O brincar e suas teorias. São Paulo : Pioneira, 2002 2ª ed.p.142,146.
19
CARVALHO, Alyssom; SALLES, Fátima; GUIMARÃES, Marilia; DEBORTOLI, J.A, Brincar (es).
Belo Horizonte: UFMG,2005.p.167,184.
20
CARVALHO, 2005.p.22,25.
21
LOPES, Maria da Gloria. Criar fazer jogar. São Paulo: Cotez, 2000 6ª ed .p 24.
22
VIGOTSKI, L. S. A formação social da mente: o papel do brinquedo no desenvolvimento.São Paulo: Martins Fontes,
2000 6ª ed .p172.
imaginando, fazendo de conta, ela assume papéis da vida adulta, podendo recriar suas
percepções, proporcionado uma mediação entre o real e o imaginário. Por isso, o ato de
brincar é aqui entendido como uma atividade formativa e expressiva. Tornando-se um
espaço rico para a elaboração da realidade, possibilitando que, pela atividade
reflexionante do pensamento, a criança conheça a si e ao mundo que a cerca.

Fundamentação Teórica

Autores clássicos como Piaget e Vigotski apresentam suas contribuições e estudos


sobre o brincar e sua relação com o desenvolvimento infantil. Estes autores atribuem ao
brincar da criança um papel decisivo na evolução dos processos de desenvolvimento
humano.
Para Vigotski, o ato lúdico só começa a aparecer por volta dos três
anos de idade. Para uma criança com menos de três anos de idade
é essencialmente impossível envolver-se numa situação imaginária,
uma vez que isso seria uma forma nova de comportamento que
liberaria a criança das restrições impostas pelo ambiente imediato. 23

O comportamento de uma criança muito pequena é determinado, de maneira


considerável pelas condições em que a atividade ocorre, posteriormente na fase pré-
escolar que ocorre uma divergência entre os campos do significado (pensamento) e da
visão (situações reais). 24
Nesta fase, no brinquedo o pensamento está separado dos
objetos e a ação surge das idéias e não das coisas. Os objetos perdem força
determinadora sobre o comportamento da criança que começa a agir independentemente
daquilo que vê, pois a ação, numa situação imaginaria, ensina a criança a dirigir seu
comportamento não somente pela percepção imediata dos objetos ou pela situação que
afeta de imediato, mas também pelo significado dessa situação.
As maiores aquisições de uma criança são conseguidas no
brinquedo, aquisições que no futuro tornar-se-ão seu nível básico de
ação rela e moralidade. 25

23
VIGOTSKI, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2000 6ª ed p.126.
24
VIGOTSKI, 2000 , p.128.
25
VIGOTSKI, 2000 , p.150.
Na visão sócio-histórica de Vigotski, a brincadeira é uma atividade específica da
infância, em que a criança recria a realidade usando sistemas simbólicos, sendo
componente importante para o desenvolvimento. É também uma atividade humana
criadora, na qual imaginação, fantasia e realidade integram na produção de novas
possibilidades de interpretação e de expressão, constituídas pouco a pouco pelas
crianças.
Já para Piaget, a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais e
sociais da criança, sendo por isso, indispensável á pratica educativa. 26
Então o brincar torna-se mais significativo à medida que a criança se desenvolve,
pois a partir da livre manipulação de materiais variados, ela passa a reconstruir objetos,
reinventar as coisas, o que já exige uma “adaptação” mais completa. Essa adaptação,
que deve ser realizada pela infância, consiste numa síntese progressiva da assimilação
com a acomodação. É por isso que pela própria evolução interna, os jogos e brincadeiras
se transformam pouco a pouco em construções adaptadas, exigindo sempre mais do
trabalho efetivo, a ponto de, nas classes elementares de uma escola ativa, todas as
transições espontâneas ocorrer entre as brincadeiras.
Portanto, é necessário oferecer ás crianças material conveniente, a fim de que
brincando elas cheguem a assimilar as realidades intelectuais.

Piaget afirma que o sinônimo de infância é o brinquedo, o brincar e


a brincadeira, sendo isto para a criança o que e para o trabalho para
o adulto, caracterizando-se desta forma, sua principal atividade
nesta fase de sua vida. 27

A brincadeira, na visão de Piaget, é vista numa perspectiva romântica, onde a


criança expressa a sua vontade de forma espontânea pelo simples prazer de brincar. 28
A partir das perspectivas de Piaget e Vigotski, é notável que o brincar é de grande
importância para o desenvolvimento, compreendendo que o brincar não é aspecto
predominante na infância, mas é um fator contribuinte, pois fornece ampla estrutura para
mudanças das necessidades e da consciência.

26
PIAGET, Jean. O nascimento da inteligência na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1975 2ª ed. p.145.
27
PIAGET. 1975, p. 202.
28
PIAGET.Jean. Formação do símbolo na criança.. Rio de Janeiro: Zahar, 1978 2ª ed.p. 158.
Conclusão

Afirma-se a convicção da importância do brincar nos processos de


desenvolvimento. Nesse sentido, a inserção do brincar pode constituir-se como um
importante elemento dentro das instituições de ensino.
Assim, o brincar é parte integrante da vida de cada criança, pois está ligado ao
afetivo, cognitivo, e permite à criança um contato com o objeto e com seu corpo. Nesse
contexto, a criança se envolve e experimenta novas sensações, em cada situação vivida,
por meio dos jogos e brincadeiras.
Portanto, o brincar possibilita o desenvolvimento do pensamento, da linguagem, da
imaginação, da criatividade, do movimento. Por isso o brincar é uma atividade de
grande relevância para as series iniciais , e um forte instrumento pedagógico, pois permite
que a criança conheça a si e ao mundo que a cerca.
Assim, diante dessas situações por meio das brincadeiras, as crianças passam a
compreender pouco a pouco o que acontece ao seu redor, e adquirem habilidades
necessárias para sua vida.
Neste contexto, o brincar na escola, não deve se pautar apenas no uso de material
pedagógico, sendo necessária também, a valorização do brincar na sua forma mais
simples, respeitando a sua natureza de forma livre e espontânea, pois a escola é
reconhecida como espaço de aprendizagem e interação.
As perspectivas teóricas apresentadas consideram o brincar como componente
indispensável para o desenvolvimento da criança, pois o brincar se constitui como o berço
obrigatório das atividades intelectuais e sociais da criança.
Conclui-se que o brincar exerce papel importante para a compreensão dos
indivíduos em seu processo de desenvolvimento e humanização, que acontece nas
diversas relações sociais estabelecidas pela criança. Assim, o brincar é parte intrínseca
do ser humano em qualquer idade ou cultura, devendo ser compreendida, não apenas
como diversão.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, Paulo Nunes. Educação lúdica. 8. ed. São Paulo: Loyola, 1974.
CARVALHO, Alyssom; SALLES, Fátima; GUIMARÃES, Marilia; DEBORTOLI, J.A.
Brincar (es). Belo Horizonte: UFMG, 2005.

KISHIMOTO, T.M. O Brincar e suas teorias. 2. ed. São Paulo: Pioneira, 2002.

LOPES, Maria da Gloria. Criar fazer jogar. 6. ed. São Paulo: Cotez, 2000.

PIAGET. Jean. O Nascimento da inteligência na criança. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar,


1975.

_____. Jean. Formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.

VIGOTSKI, L. S. A formação social da mente: o papel do brinquedo no


desenvolvimento. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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