Sei sulla pagina 1di 8
ISSN 0101-708X i UFG — 10G DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA BOLE TIM GOIANO DE GEOGRAF IA PUBLICAGAO ANUAL — VOL. 7/8 N. 1/2 — JANEIRO/DEZEMBRO 1987/1988 B. Goiano Geogr. 7 e 8(1-2):193-197, jan./dez 1987/88 0 ESTUDO BO QUATERNARIO NO CENTRO-OESTE (BACIA HIDROGRAFICA DO RIO MEIA PONTE-GO) Idelvone Mendes Ferreira* Lucelena Fatima de Melo Luiz Aparecido Arantes Congorme entendimentos mantidos com representantes do projeto Paleoclimas no Brasil (Convénio ORSTOM-CNPq), em setem bro de 1983, ficou estabelecido que a Universidade Federal de Goids, responderia pelos Estudos Quaterndrios da BACIA HIDRO- GRAFICA DO R10 MEIA PONTE - GO (Figura 01), cujos trabalhos sé iniciaram a partir de 1987, em fungdo da liberagdo de de Bolsas de pesquisa por parte do CNPq. © Projeto Paleoclima da Bacia Hidrografica do Rio Meia Ponte, encontra-se representado pelos Bolsistas IDELVONE MENDES FERREIRA, LUCELENA FATIMA DE MELO e LUIZ APARECIDO ARAN TES, sob a orientagao local do Prof. Dr. VALTER CASSETI e ten- do come coordenadores representantes do convénio no Brasil os Profs, Drs. KENITIRO SUGUTO ¢ BRUNO TURCQ. COMPARTIMENTAGAO MORFOLOGICA DA BACIA HIDROGRAFICA DO RIO MEIA PONTE - GO A Bacia Hidrografica do Rio Meia Ponte, referente AL MEIDA (1956), encontra-se inserida nos seguintes compartimen - tos morfoestruturai 1 - Planalto Cristalino; 2 - Depressdo Periférica Goiana; 3 - Derrames basdlticos da Bacia do Parana. 0 Planaito Cristalino, corresponde a Alta Bacia Hi- drografica do Rio Meia Ponte, constitui-se de rochas metamorfi cas e eruptivas pré-Cambrianas, com coberturas locais de sedi- mentos dentriticos e Cenozéicos. * Bolsistas do CNPq - UFG. 194 B. Goiano Geogr. 7 e 8 (1-2): 193-197, jan./dez. 1987/88 Destacam-se as rochas do Grupo AraxA caracterizadas pelos micaxistos com ocorréncias de quartzitos ou quartzo-xis tos. Também inserido no Planalto Cristalino, o Complexo Goia~ no, caracterizado predominantemente pelos gnaises, horblenda gnaises e anfibolitos, sendo observados na Bacia Hidrografi- ca no eixo Inhumas/Nerdpolis. AN-NE da Bacia Hidrogrdfica do Rio Meia Ponte (And polis) sobre a massa cristalina ocorre uma unidade geomorfold gica constitufda de planaltos em estédio maturo ouco avangado, com evolugdo geomérfica a partir de um vasto pediplano Terci- rio denominado por ALMEIDA (1956) de Superficie de Brosdo Pra tinha, representando a Superficie de Aplainamento de Cimeira Regional. Manifestada em extensa superficie através deum su- blevantamento médio dos principais interfliivios em altitudes que oscilam entre 900 a 1,100 metros. Sendo notdveis nesse sen tido N-NE "chapaddes" nos altos das serras quartiziticas co- bertas por carapagas de laterito (canga) com trés metros ou mais de espessura constituindo estreita mas bem destacada cor nija 4 borda das escarpas, onde elas vem sendo intensamente a tacadas pelas erosdes das vertentes. A Depressdo Periférica Goiana compreende a Média Ba cia Hidrogrdfica do Rio Meia Ponte, estendendo-se no sentido NW-SE, escavada sobre a Superficie Pratinha, num processo ero sivo pés-Cretéceo sofreu intensa destruigéo restando apenas resquicios da mesma na regido de Morrinhos-Joviania-Aloandia. Em consequéncia desta erosdo, sua altitude varia entre 450 a 800 metros, sendo a parte mais baixa no yale do Paranaiba na soleira da Cuesta bas@ltica. Seu relevo € pouco acentuado, com declives modestos e vales pouco profundos, no geral jovens, a comodands cursos correntosos € fortemente encaixados as estru turas antigas. Por Gltimo, os derrames basalticos da Bacia do Para na dominam a Baixa Bacia Hidrografica, estruturada num empi - hamento sedimentar eruptivo. Seus derrames aconteceram inter calados &s sequéncias sedimentares predominantemente arenosa, edlica (arenito Botucatu). Os declives sdo mais acentuados, provocando uma maior erosdo das vertentes, causando disfarca - dos degraus (intertrapes). Ai se deixam atravessar por profun dos entalhes epigénicos dos rios, tributdrios do Paranaiba, que trazem suas aguas dos elevados Fianaltos Cristalinos situados ao Norte evidenciando anti os acidentes da orla do Planalto Ba siltico. B. Goiano Geogr. 7 e 8(1-2):193-197, jan./dez 1987/88 195 DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO 0 presente trabalho tem por objetivo levantar as e- vidéncias deposicionais ocorridas, sobretudo, nos iltimos 20.000 anos AP na Bacia Hidrografica do Rio Meia Ponte - GO pro cura oferecer subsf{fdios 4 elaboracao de uma curva das oscila- gSes paleocliméticas. Essas evidéncias de deposicio sedimen - tar ocorridas nos diferentes processos morfoclimaticos , se cons tituem de subsidios indispensdveis para a reconstituicgdo das paisagens pretéritas. Apés definigdo da rea de estudo, estabelecida em a cordo com representantes do Projeto Paleoclima (ORSTOM CNPq) no Brasil, foram definidas © iniciadas as etapas da pesquisa, a seguir resumidas. Os trabalhos de fotointerpretagdo foram realizados no laboratério de Aerofotogranometria da Universidade Federal de Goids, Departamento de Geografia, onde foram analisadas a- proximadamente 400 fotografias aéreas, utilizando-se para tal, fotografias aéreas na Escola de 1:60.000 - Projeto USAF - AST 10 (1964/66). 0 objetivo da fotointerpretacdo nos 11.480 Km? que perfazem a area da bacia foram: 1 - detectar ocorréncias de de pdsitos Holocénicos; 2 - evidenciar as ocorréncias de Terra - gos aluviais e/ou estruturais; 3 - detectar os niveis de aplai, namento de cimeira regionais (com a probabilidade de ocorrén- ci de turfeiras). Posteriormente, foram extraidos os calques: referen- tes Gs superficies alveolares ou depésitos aluviais na escala das fotos, os quais foram submetidos a reducdo pantografica e transportados As bases cartogréficas correspondentes (Folhas Topogrdficas IBGE e DSG-ME na Escola de 1:100.000), que deram origem ao mapa geral da Bacia Hidrografica com os referidos "alvos". Apés essa minuciosa interpretagdo aerofotogramétri- ca e mapeamento preliminar, foram reproduzidos mapas de infor macSes geoldgicas, geomorfolégicas, pedolégicas e de vegeta- ao da rea em estudo com base nos mapeamentos do Projeto RA- DAMBRASIL (Folha SE-22 Goiania, na Escala de 1:1.000.000). A partir do referido mapeamento, foram seleciona~ das cinco areas preliminares de estudo (Inhumas - Ribeirdo Ca choeira - Brasabrantes; Vila Abaja ¢ Cérrego Cascavel - Itum 196 B. Goiano Geogr. 7 195-197, jan./dez. 1987/85 biava) as quais foram visitadas nos trabalhos de campo realiz dos nos meses de Setembro e Outubro de 1987, onde foram colcta das amostras através de tradagem com alto teor de matéria orga nica, : A partir de entio, concluida esta etapa, foram rein- terpretadas e reanalisadas as amostras coletadas, partindo pa- ra a eleigio dos “alvos" definitivos, que foram definidas e re sumidos em trés: 1 - RIBEIRAO CACHOBIRA - Municipio de Brasabrantes - co. Foi coletado pedacos de madeira em processo de decom posicdo em planicie aluvial do Ribeirdo Cachoeira, a 0,85~0,90 metros abaixo da superficie alveolar, exumado por atividade an trépica mecnica (local de extracio de material para oleiricul tura). 2 - CORREGO AGUA LIMPA - Municipio de Crominia - GO, Foi detectado, ocorréncia de material t irfoso com ele vada olcosidade em dreas alagadicas do Cérrego Agua Limpa (ho~ je dronadas) desde a superficie até a uma profundidade de 3,80 metros, intorcalada por finas camadas silto-argilos: - CORREGO DA SALINA - Municipio de Itumbiara - GO, Ocorréncia de turfa om extenso 1ébulo correspondente & planicie de inundacgdo (mais de 60 hectares), hoje drenada ¢ cultivada, As ocorréncias de turfa loc:tizam-se aproximadamen~ te a 1,50 metros abaixo da superficie com uma espessura de 1,00 metros. 0 material turfoso encontra~se sobre concregdes late - ritica sotopondo material de alta concentragdo de enxofre. A sequéncia de topo é caracterizada por sedimentos silto-argilo- sos. fm fevereiro do corrente ano (08 a 12), os represen- tantes do convénio Paleoclima no Brasil, Profs. Drs, Kenitiro Suguio - USP e Bruno Tureq - ORSTOM/Franga, visitaram os refe- ridos “alvos", momento em que foram coletadas algumas — amos~ tras correspondentes ao material de origem orgénica que foram remetidos, sob a responsabilidade do representante francés, aos Laborat6rios de Geocronologia da ORSTOM-Franga para datacées @ través do método Radiométrico (C,,). Pretende-se também, enviar Universidade Federal do Rio Grande do Sul para estu anostras ‘es palinolégicos. B. Goiano Geogr. 7 e 8(1-2):193-197, jan./dez 1987/88 197 Devido a grande quantidade de chuva, nos dias do tra balho de campo na regiao de Crominia e Itumbiara, no foi pos- sivel uma coleta sistemdtica do material, o que implicard emre torno & campo para um maior detalhamento das areas. Diante disto, pretende-se continuar as atividades em desenvolvimento com pretensdes de ‘se estender a pesquisano cam po de Paleoclima a outras areas, como a Bacia Hidrografica do Rio Turvo - GO. Os pesquisadores que tiverem interesses e/ou afinida des com "Estudos do Quaterndrio", bem como contribuigées ao mes mo, poderdo entrar em contato com a "equipe" de pesquisa no De~ partamento de Geografia da Universidade Federal de Goids. ESTADO DE GOIAS LOCALIZAGAQ DA BACIA HIDROGRAFICA DO RIO MEIA PONTE AREA OA, BACIA nioROGRAFICA BO RIG MEIA PONTE “1.880 Kat IO MEIA PONTE / © colina f [

Potrebbero piacerti anche