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Tópico 7
TEMPERATURA DO SOLO E DO AR
UFES-CEUNES
Temperatura do ar e do solo
A energia radiante que atinge a superfície terrestre será destinado,
basicamente, a três processos físicos, dentre os quais dois estão
associados à temperatura: fluxo convectivo de calor sensível
(temperatura do ar) e o fluxo por condução de calor no solo (temperatura
do solo).
Superfície úmida - dia
Sr
Aquecimento do ar
Aquecimento
do solo
1
Temperatura do solo
O regime térmico de um solo é determinado pelo aquecimento da superfície
pela radiação solar e transporte, por condução, de calor sensível para seu
interior. Durante o dia, a superfície se aquece, gerando um fluxo de calor para
o interior. À Noite, o resfriamento da superfície, por emissão de radiação
terrestre (ondas longas), inverte o sentido do fluxo, que agora passa a ser do
interior do solo para a superfície.
solo ao longo do 0
dia (temporal) e da -5
(espacial) é -15
-50
Fatores Externos
Relacionados aos elementos meteorológicos: irradiância
solar global, temperatura do ar, nebulosidade, chuva e
vento.
Fatores Intrínsecos
Relacionados ao tipo de solo, ao relevo e ao tipo de
cobertura do terreno
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Tipo de Solo
Relacionado à textura, estrutura e teor de matéria orgânica do solo. Solos arenosos
tendem a apresentar maiores amplitudes térmicas diárias nas camadas superficiais
e menores em profundidade. Isso ocorre pelo fato dos solos arenosos terem maior
porosidade, havendo um menor contato entre as partículas do solos, dificultando
assim o processo de condução. Os solos argilosos, por sua vez, apresentam maior
eficiência na condução de calor, tendo menor amplitude térmica diária.
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Variação horária da
temperatura de um solo 60
Relevo
Este é um fator topoclimático, que condiciona o terreno a diferentes exposições à
radiação solar direta e, também, ao acúmulo de ar frio durante o inverno. Como visto na
aula de fatores climáticos, os terrenos de meia-encosta voltados para o norte (no
hemisfério Sul) recebem mais energia do que os voltados para o sul. Já nas baixadas
ocorre um maior acúmulo de ar frio durante o inverno, o que acaba condicionando
redução da temperatura do solo também nessa área.
Faces sul
e sudoeste Face
norte
Ar frio
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Cobertura do Terreno
Este é um fator microclimático. Solos sem cobertura (desnudos) ficam
sujeitos a grandes variações térmicas diárias nas camadas superficiais. A
cobertura com vegetação ou resíduos vegetais (mulch) modifica o balanço de
radiação e de energia, pois a cobertura intercepta a radiação solar,
impedindo que esta atinja o solo. Esse fator é importante no sistema de
plantio direto e nos pomares, onde as plantas ficam bem espaçadas. Em
períodos críticos (inverno) e em locais sujeitos a geadas, a cobertura do
terreno é um fator agravante das geadas, pois impede que o solo armazene
calor durante o dia e liberando-o para a superfície à noite
o
Temperatura do s olo ( C)
20 25 30 35 40 45 50
0
5
Profundidade (cm)
10
15
20
25
0t/ha(6h) 14t/ha(6h) 28t/ha(6h)
0t/ha(14h) 14t/ha(14h) 28t/ha(14h)
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Variação Temporal da Temperatura do Solo
Diária
Varia com a profundidade. Nas camadas mais superficiais, varia de acordo com a
incidência de radiação solar, tendo o valor máximo entre 12 e 14h. Em profundidades
maiores, as máximas tendem a ocorrer mais tarde, assim como as mínimas.
Temperatura do solo (o C)
15 20 25 30 35 40 45
0
-5
Profundidade do solo (cm)
-10
-15
-20
-25
13h
-30
19h
-35
23h
-40 5h
-45 9h
-50
Anual
Também segue a disponibilidade de energia na superfície, com valores máximos no
verão e mínimos no inverno. Em profundidade, ocorre um pequeno atraso nos valores
máximos e mínimos. A figura ao lado ilustra a variação anual da temperatura do solo
em duas profundidades. Observe que no verão a temperatura média mensal é maior na
superfície. Já no inverno, isso se inverte.
29
27
Temperatura do solo ( C)
o
25
23
21
19
17
2 cm 100 cm
15
Jul
Nov
Out
Jun
Fev
Dez
Set
Jan
Ago
Mar
Abr
Mai
5
Variação anual da temperatura do solo em região de clima temperado, onde, durante o
inverno, o solo fica coberto com neve.
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Temperatura do ar
A temperatura do ar é um dos efeitos mais importantes da radiação solar. O
aquecimento da atmosfera próxima à superfície terrestre ocorre principalmente
por transporte de calor, a partir do aquecimento da superfície pelos raios
solares. O transporte de calor sensível (H) na atmosfera se dá por 2 processos:
Ar frio
Condução Molecular
Processo lento de troca de H,
Condução molecular
ocorrendo pelo contato entre as
Sup, quente
Difusão Turbulenta
Processo rápido de troca de energia, em
que parcelas de ar aquecidas pela
superfície entram em movimento convectivo
desordenado, transportanto calor (H), vapor
(LE), etc, para camadas superiores da
atmosfera.
Processos de convecção
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Fatores Determinantes da Temperatura do Ar
Fatores Macroclimáticos
Relacionados à latitude, altitude, correntes oceânicas,
continentalidade / oceanidade, massas de ar e frentes
Fatores Topoclimáticos
Relacionados ao relevo, mais especificamente à
configuração e exposição do terreno
Fatores Microclimáticos
Relacionados à cobertura do terreno
Tmax
Temperatura
Radiação Solar
Temperatura
Tmin
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24
Horas
8
A variação diária normalmente observada da temperatura do ar pode
sofrer variações, especialmente com a entrada de frentes frias ou
dias nublados, quando a temperatura do ar praticamente não varia
Anual
Também segue a disponibilidade de energia na superfície, com
valores máximos no verão e mínimos no inverno.
não varia
25
24
23
22
21
20
M
M
J
J
S
Mês/Ano
9
REPRESENTAÇÃO DA TEMPERATURA DO AR
MÉDIAS DIÁRIAS
MÉDIAS MENSAIS
MÉDIAS ANUAIS
MÁXIMAS ABSOLUTAS
MÉDIA DAS MÁXIMAS
MÍNIMAS ABSOLUTAS
MÉDIA DAS MÍNINAS
10
http://siag.incaper.es.gov.br/index.htm
http://www.agritempo.gov.br
11
http://www.agritempo.gov.br
http://www.agritempo.gov.br
12
Medida da Temperatura do Ar
O padrão para a medida da temperatura do ar visa homogeneizar as condições de
medida, com relação ao topo e microclima, deixando essa variável dependente
unicamente das condições macroclimáticas, o que possibilita a comparação entre
locais. Assim, mede-se a temperatura do ar com os sensores instalados em um abrigo
meteorológico, a 1,5 – 2,0 m de altura e em área plana e gramada.
Abrigo meteorológico
utilizado em estações
meteorológicas
automáticas
Abrigos meteorológicos
utilizados em estações
meteorológicas
convencionais
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Termometria – Princípios
•Dilatação de líquidos: os mais comuns => capilar de
vidro onde uma coluna de líquido (Álcool ou Mercúrio)
se dilata/contrai com o aquecimento/resfriamento
•Dilatação de sólidos
•Par termoelétrico
•Resistência elétrica (Termistores)
•Radiação infravermelha
Ts Tu
Tmáx
Tmín
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Dilatação de sólido: Instrumento que se baseia no princípio de que um
sólido ao se aquecer sofre dilatação proporcional ao aquecimento. O
sensor é uma placa metálica, que se dilata e contrai com a variação de
temperatura. O termógrafo é um tipo desse sensor, São utilizados em
estações meteorológicas convencionais, onde ficam instalados dentro
do abrigo meteorológico. Eles medem a temperatura do ar
continuamente, com o registro sendo feito com uma pena sobre um
diagrama (termograma).
Arco metálico
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Pares termoelétricos: utilizam junções de dois metais diferentes. A
diferença de temperatura entre as duas junções (uma no abrigo e
outra numa temperatura de referência) gera uma força eletromotriz
proporcional. Na figura abaixo vemos sondas de termopar, nas
quais uma junção é o sensor e a outra junção se encontra conectada
ao sistema de aquisição de dados (referência)
Sondas de Termopar
Sensor de temperatura
Efeito Peltier-Seebeck
Tipos de termopares:
Tipo K (Cromel / Alumel); Tipo E (Cromel / Constantan); Tipo J (Ferro /
Constantan); Tipo N (Nicrosil / Nisil); Tipo B (Platina / Ródio-Platina); Tipo R
(Platina / Ródio-Platina); Tipo S (Platina / Ródio-Platina);
Tipo T (Cobre / Constantan) - É dos termopares mais indicados para med ições
na gama dos -270°C a 400°C, Constante de cerca de 13mV/ºC
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Resistência elétrica (Termistores): constituídos de material semi-
condutor, com coeficiente térmico negativo (variação da resistência
com a temperatura, ou seja maior a temperatura, menor a
resistência), permitindo seu acoplamento a sistemas de aquisição de
dados. Ao lado vemos vários tipos de termistores e uma sonda de
medida da temperatura do ar, cujo elemento sensor é um termistor.
Termistores
Sensor de temperatura
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Cálculo da Temperatura Média do Ar
Estação Convencional:
Estação Automática:
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A estimativa da temperatura média normal de um local
é de extrema utilidade para a agricultura, pois muitas
vezes necessita-se dos dados de temperatura para o
planejamento agrícola e a única forma de obtê-los é
por meio de estimativas.
A estimativa da Temperatura média mensal normal é
obtida com o emprego de uma regressão linear
múltipla:
Tmed = a + b.ALT + c.LAT + d.LONG
em que: ALT = altitude, em metros; LAT = latitude e
LONG = longitude, ambas em graus. As letras a, b, c e
d, representam os coeficientes da equação, obtidos
estatisticamente.
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Estimativas para o estado do Espírito Santo
Temperatura MÉDIA
Exemplos: Janeiro
Tmed = [-11,7915 + (-0,0067*727)+(-0,9718*-41,2)] =
23,4oC
Venda Nova Imigrante
Julho
Lat. = 20,38ºS = -20,38 Tmed = 22,7931 +(- 0,0073*727) = 17,5oC
Long. = 41,2ºW = -41,2
Ano
Alt = 727m
Tmed = -12,9848 +(- 0,0071*727)+( 0,4690*-20,38)+
(-1,1761*-41,2)= 20,8oC
Janeiro
São Mateus Tmed = [-11,7915 + (-0,0067*9)+(-0,9718*-39,8)] =
26,8oC
Lat. = 18,72oS
Long. = 39,8ºW Julho
Tmed = 22,7931 - 0,0073*9 = 22,7oC
Alt = 9m)
Ano
Tmed = -12,9848 +(- 0,0071*9)+( 0,4690*-18,72)+
(-1,1761*-39,8)= 25,0oC
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A partir de um modelo
digital de elevação (MDE)
do Estado do Espírito
Santo gerado a partir de
dados de radar SRTM
(Shuttle Radar Topography
Mission) (Castro, 2008)....
M UCURICI
BA
HI
A Pode-se gerar um mapa
MONTANHA
PED RO CANÁRIO
com as temperaturas
ECOPORANGA
PONTO BELO
2008) ou mensais.......
ÁGUAD OCE DO NORTE
VILA PAVÃO
SÃO MATEUS
NOVAVENÉCIA
MANTENÓPOL IS
SO ORETAM A
SÃO DOM INGOS DO NORTE
PANCAS
GOVERNADO R LINDENBERG
RIO BANANAL
IS
L INHARES
RA
M ARIL ÂNDIA
GE
COL ATINA
AS
BAIXO GUANDU
IN
M
JOÃO NEIVA
ITAGU AÇ U SÃO ROQUE DO CANAÃ
ARACRUZ
CO
IBIRAÇU
TI
ITARAN A
FUNDÃO
AT
O
IBATIBA
C ARIACICA VITÓRIA
DOM INGOS MARTINS
IRUPI
IÚNA CO NCEIÇÃO D O CASTEL OVENDANO VA DO IMIGRANTE
< 10 °C
VIANA
MUNIZ FREIRE MARECHAL FL ORIANO VIL AVELH A
IBIT IRAMA 10 - 12 °C
DIVIN O DESÃO L OURENÇO
CASTEL O AL FREDO CHAVES
GUARAPARI 12 - 14 °C
DORES DO RIO PRETO VARGEM ALTA
14 - 16 °C
16 - 18 °C
ANCHIETA
ALEG RE
ICONH A
GUAÇU Í
18 - 20 °C
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
J ERÔNIMO M ONTEIRO PIÚM A
RIO NOVO DO SUL
20 - 22 °C
MUQUI
ATÍLIO VIVÁCQUA ITAPEMIRIM 22 - 24 °C
SÃO J OSÉDO CALÇADO
> 24 °C
APIACÁ
MIMOSO DO SUL MARATAÍZES
BOM JESUS DO NORTE
µ
PRESIDENTE KENNEDY
0 7.5 15 30 45
IO
R
DE Km
JA
NE Projeção Un iversal Transversa de Mercator (UTM)
IR O
Fu so 2 4 - South American Datum 1969 (SAD 6 9)
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Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
(EMBRAPA, 2006)
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(Medeiros et al., 2006)
Ts = a + b,Tar
Os valores de a e b dependem do tipo de solo e também da profundidade de
determinação de Ts, Veja a seguir os valores dos coeficientes para um Latossolo Roxo
desnudo:
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Profundidade Equação
2 cm Ts2cm = -4,56 + 1,38.Tar
5 cm Ts5cm = -3,61 + 1,33.Tar
10 cm Ts10cm = -2,59 + 1,28.Tar
20 cm Ts20cm = -1,70 + 1,22.Tar
40 cm Ts40cm = 0,62 + 1,12.Tar
100 cm Ts100cm = 7,27 + 0,81.Tar
Exemplos:
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