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CENTRO DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
ANALÍTICA E FÍSICO-QUÍMICA
MANUAL DE PRÁTICAS
DISCIPLINA: FÍSICO-QUÍMICA APLICADA A FARMÁCIA
CURSOS: Farmácia
2009.2
1
Sumario_Farmacia_090209.doc (09/02/09)
2
LEMBRETE AO ESTUDANTE DE FÍSICO - QUÍMICA
Nesta apostila estão contidos os roteiros das práticas a serem realizadas. Por isso, espera-se que
antes de iniciá-las você tenha lido não só o roteiro respectivo, mas, também, consultado outras fontes
que abordem o assunto do experimento.
Sempre que possível, durante a realização da prática, tente comparar os dados obtidos
experimentalmente com aqueles esperados. Isso é útil como meio de checar a consistência dos
resultados. Assim procedendo, você tem chance de verificar se seus dados estão situados nos limites
previstos.
Quando concluir o experimento, faça, de imediato, os respectivos cálculos e gráficos. Isso
facilitará muito a confecção do relatório, que deverá ser apresentado de acordo com o modelo fornecido
e entregue no prazo máximo de uma semana, contada a partir da data de realização do experimento..
Finalmente, visando principalmente sua segurança, é OBRIGATÓRIO o uso de bata no
laboratório.
Durante o curso serão realizadas tarefas como resolução de listas de exercícios (L.E.),
confecção de relatórios (R), argüições (Arg.) em sala e avaliações progressivas (A.P.). Desse modo, a
contribuição da média da parte experimental para a média final da disciplina, é calculada a através da
seguinte expressão:
j k
(∑ L.E. + ΣArg + ∑ R)
n
APE = {( ) x[ i =1 i =1
]x0,3 + APT x0,7}x0,3 , onde:
N M
∑ L.E =
i =1
Soma das notas de listas de exercícios consideradas para correção;
∑ Ar
i =1
= Soma das notas das argüições sobre os assuntos das práticas;
∑R=
i =1
Soma das notas dos relatórios corrigidos;
∑ L.E
i =1
= Soma das notas de listas de exercícios => 18, nas duas listas escolhidas para correção;
∑ Ar
i =1
= Soma das notas das argüições => 21, nas três argüições feitas;
∑R
i =1
= Soma das notas dos relatórios corrigidos => 32, nos quatro relatórios escolhidos para correção;
M= Número de tarefas consideradas para a composição de APE => 2 listas de exercício corrigidas, 3
argüições e 4 relatórios tomados para correção, totalizando 9 tarefas;
APT = Média das notas das avaliações progressivas da parte experimental => 8,0, em duas avaliações
realizadas;
APE = Contribuição da média da parte experimental para a média final da disciplina => 2,23;
20 (18 + 21 + 32)
APE = {( ) x[ ]x0,3 + 8,0 x0,7}x0,3 = (1,82 + 5,60) x0,3 = 2,23; caso todas as
26 9
tarefas tivessem sido entregues, este valor seria 2,39.
OBS.:
1) Todas as atividades (L.E., R, Arg e APs) terão uma nota atribuída de zero a dez.
2) As tarefas previstas (listas de exercícios, relatórios etc), e não entregues, acarretarão
diminuição na média final da disciplina, como pode ser comprovado através do exemplo
acima.
3) Os requerimentos solicitando 2a chamada das Avaliações Progressivas deverão, de acordo
com a legislação em vigor, ser providenciados, junto à Secretaria do Departamento de
Química Analítica e Físico-Química até 3 (três) dias úteis após a realização de cada prova.
Lembrete3_090209.doc (09/02/09)
4
MODELO PARA RELATÓRIO DE LABORATÓRIO
1. INFORMAÇÕES DETALHADAS
TÍTULO: Evite empregar um título muito curto e vago, como também muito grande e tedioso.
CURSO/TURMA:
DATA: (da prática) DATA: (da entrega)
NOME: No DE MATRÍCULA:
FINALIDADE:
Faça uma frase ou parágrafo explicando a finalidade do experimento e os objetivos
procurados. Em geral, já está definida no roteiro da prática
SUMÁRIO (Abstract):
Escreva um sumário resumindo o experimento e os resultados.
INTRODUÇÃO:
Escreva sempre uma “introdução geral”, sem tecnicismos, num nível de comunicação
adequado aos seus colegas e leitores. Não apresente desenvolvimento teórico de fórmulas.
Não escreva muitas páginas. Seja breve, claro e conciso.
MÉTODO EXPERIMENTAL:
Reagentes e Soluções: relacione os reagentes usados. No caso de ser usada alguma solução especial,
sua preparação deve ser descrita concisa e claramente, de modo a que um leitor possa prepará-las a
partir de suas anotações.
Aparelhagem ou Equipamento Especial: não relacione material comum de laboratório, tal como
balança, termômetro, vidraria etc.
Método: mencione de que fonte foi retirado o roteiro da prática. Sempre que possível forneça o
máximo de informações a respeito do roteiro para que possibilite ao leitor a repetição da prática a
partir de suas informações. No nosso caso, cite apenas “Roteiro fornecido pelo Professor”.
DISCUSSÃO:
DISCUTA OS RESULTADOS OBTIDOS. Além disso, discuta suposições,
aproximações, consistência das leituras, erros sistemáticos e aleatórios, limitações dos
aparelhos e equipamentos, comportamentos anormais, sugestões para melhoramento do
experimento, comparação dos resultados com os esperados etc.
REFERÊNCIAS:
Enumere as referências (seguindo as normas adequadas) e cite-as, caso tenham sido
usadas em alguma parte da prática ou na confecção do relatório. Cite os sites da internet,
acaso consultados.
PROBLEMAS:
Se for dado algum problema ou feita alguma pergunta, resolva-o ou responda-a neste
item.
OBSERVAÇÕES:
1. Seja tão breve quanto possível, consistente e claro.
2. Escreva sempre em voz passiva (tempo passado, modo impessoal) evitando imperativos
(Fez-se, notou-se, mediu-se, foi feito, foi notado, foi medido).
3. Se for possível, faça um teste preliminar rápido, para acostumar-se ao procedimento e como
coletar os resultados.
4. Faça referência no texto a todas as tabelas e figuras.
5. MOSTRE TODOS OS CÁLCULOS.
6. Se possível, datilografe ou imprima o relatório em papel formato A4.
7. ATENÇÃO: só serão aceitos relatórios manuscritos em folha de papel almaço.
8. Os relatórios deverão ser entregues uma semana após a prática. A não observância deste
item acarretará diminuição na nota ou conceito atribuído ao relatório.
9. OS RELATÓRIOS SÃO INDIVIDUAIS
modelo_de_relatorio_090209.doc (09/02/09)
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ELABORAÇÃO DE GRÁFICOS
1.01. Identifique, se possível, a variável independente. Lembre-se: ela deverá ser locada no eixo
horizontal
1.02. Determine a faixa de variação para cada variável.
1.03. Reserve o eixo maior para a variável com a maior faixa de variação de valores.
1.04. Normalmente, use o papel com seu eixo menor servindo de base. No entanto, caso a variável
independente tenha a maior faixa de variação, gira-se o papel, ou seja, seu eixo maior passará a
ser a base.
1.05. Escolha as escalas para cada eixo de modo a utilizar o máximo do papel tendo também o cuidado
de escolher escalas que facilitem a leitura dos dados. Isto implica em efetuar a divisão das faixas
de variação das variáveis independente e dependente pelos respectivos comprimentos dos eixos
onde serão locadas.
1.06. Enumere, somente, as divisões maiores em cada eixo (ex.: de 5 em 5 cm ou de 3 em 3 cm, em
papel milimetrado). Não o faça de cm em cm a fim de evitar acúmulo de dados nos respectivos
eixos.
1.07. Dê nome aos eixos; caso o papel não tenha margem, reserve espaço para tal fim.
1.08. Coloque o título do gráfico. O espaço comumente utilizado é abaixo do eixo dos x ou no canto
superior direito do gráfico, se for o caso.
7
1.09. Grafe os dados usando um ponto, um círculo, uma cruz ou qualquer símbolo que seja facilmente
entendido. Escreva as coordenadas dos pontos nos respectivos eixos. Após a conclusão do
gráfico, apague-as vez que apenas os valores das grandes marcações devem permanecer.
1.10. Desenhe uma curva que passe intermediariamente pela maioria dos pontos grafados, sem fazer
zig-zag. Use régua flexível se necessário.
1.11. As divisões dos eixos devem ter o mesmo número de algarismos significativos que as medidas.
(Não se pode aumentar a precisão das medidas através do gráfico).
A partir dos dados abaixo, obtidos em um experimento sobre a variação do volume de um gás
com o inverso da pressão aplicada, trace o gráfico correspondente.
REGRESSÃO LINEAR
Quando os dados obtidos em um experimento seguem uma relação linear, existem três
procedimentos para determinar os coeficientes angular e linear da equação da reta que descreve o
fenômeno. São eles:
a) Método Gráfico
b) Método das Médias
c) Método dos Mínimos Quadrados.
Finalmente, o método dos mínimos quadrados, que é o mais trabalhoso dos três, porém
possibilita a obtenção de melhores valores para os coeficientes anteriormente mencionados. Seu uso só
se justifica se dispusermos de sete ou mais pontos com boa precisão, ou seja, um coeficiente de
correlação próximo a +1 ou -1.
8
Segue abaixo a ilustração dos três métodos para um mesmo conjunto de dados, através do
seguinte exemplo:
60,0
X Y
1,00 5,4 50,0
3,00 10,5
5,00 15,3 40,0
8,00 23,2 Y
10,00 28,1 30,0
15,00 40,4
20,00 52,8 20,0
10,0
0,0
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0
X
Figura : Variação de Y em função de X.
Calcular os coeficientes angular (m) e linear (b) da equação da reta
Y = mX + b
a) Método Gráfico: do gráfico acima podem-se tomar os dois pontos sobre a reta, ou seja:
P1{X1=4,00;Y1=13,0} e P2{X2=18,00;Y2=47,8}, para os cálculos de m e b. Assim:
m = (y2 - y1)/ (x2 - x1) tem-se:
m = (47,8 - 13,0) / (18,00 - 4,00)
b) Método das Médias: Este método é baseado na suposição de que a soma dos resíduos é
igual a zero, ou seja Σr = 0.
Resíduo (r) é definido como a diferença entre o valor experimental de Y e o valor
calculado através da expressão mX + b. Pode-se expressar matematicamente como:
r = Y - (mX + b)
Para aplicar o método, dividem-se os dados em dois grupos. Isto fornece duas equações que
podem ser resolvidas simultaneamente, para a obtenção de m e b. Atenção: quando o número
de pares coordenados for impar, o primeiro conjunto de equações deverá sempre ter um par
coordenado a mais que o segundo conjunto. Neste exemplo, tem-se, no total, sete pares
coordenados; portanto, o primeiro conjunto de equações tem quatro pares, enquanto que o
segundo tem três pares. Utilizando-se os dados acima, divide-se o conjunto em duas partes
com 4 e 3 equações, respectivamente.
9
o O
1 GRUPO 2 GRUPO
5,4 = 1,00m + b
10,5 = 3,00m + b 28,1 = 10,00m + b
15,3 = 5,00m + b 40,4 = 15,00m + b
23,2 = 8,00m + b 52,8 = 20,00m + b
54,4 = 17,00m + 4b (1) 121,3 = 45,00m + 3b (2)
A partir das equações (1) e (2) obtém-se: m = 2,50 e b + 2,98. A equação da reta será:
Y= 2,50X + 2,98.
c) Método dos Mínimos Quadrados: O princípio deste método é baseado nas seguintes
suposições:.
∑ X .∑ Y − n∑ XY ∑ XY .∑ X ∑Y.∑ X
2
−
m = e b =
(∑ X ) − n (∑ X 2) (∑ X ) n(∑ X )
2 2 2
−
Para calcular os valores de m e b, para os dados acima mencionados, organize a seguinte tabela:
X Y X2 X.Y
1,0 5,4 1,0 5,4
3,0 10,5 9,0 31,5
5,0 15,3 25,0 76,5
8,0 23,2 64,0 185,6
10,0 28,1 100,0 281,0
15,0 40,4 225,0 606,0
20,0 52,8 400,0 1.056,0
SOMA 62,0 175,7 824,0 2.242,0
Então:
m = [(62,00x175,7) –7x(2242,0)] / [(62,00)2 – (824,2) x 7] = 2,50
b = [(2242,0x62,00) – (175,7x824,0)] / [[(62,00)2 – (824,2) x 7] = 3,00
A reta será Y = 2,50X + 3,00
Evidentemente a incerteza no último dígito dos valores obtidos pelo método gráfico é
consideravelmente maior do que os outros dois métodos.
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INTERPOLAÇÃO LINEAR
Graficamente ter-se-ia:
AC ED
= (1 )
BC BD
Assim,
ρ = [(0,998234 – 0,997075)/(25,0 – 20,0)]x(25,0 – 24,0) + 0,997075 = 0,997307 g/cm3.
RESPOSTA: NÃO
EXERCÍCIOS
Deve-se calcular o resultado de uma operação matemática com um algarismo a mais do que o
número de algarismos significativos, para que se possa fazer o arredondamento final. Vejamos as
regras abaixo:
A - SE O PRIMEIRO ALGARISMO NÃO-SIGNIFICATIVO FOR MAIOR DO QUE 5, O ÚLTIMO
ALGARISMO SIGNIFICATIVO É AUMENTADO. SE FOR MENOR DO QUE 5, O ÚLTIMO
ALGARISMO SIGNIFICATIVO NÃO VARIA.
B - QUANDO O PRIMEIRO ALGARISMO NÃO SIGNIFICATIVO FOR 5, O ÚLTIMO
ALGARISMO SIGNIFICATIVO SERÁ AUMENTADO SE:
B.1 – FOR ÍMPAR
B.2 – APÓS O REFERIDO PRIMEIRO ALGARISMO NÃO SIGNIFICATIVO (5) HOUVER
ALGUM ALGARISMO DIFERENTE DE ZERO, INDEPENDENTEMENTE DA POSIÇÃO EM
QUE SE ENCONTRE.
Exemplo:
VALOR NÚMERO DE ALGARISMOS VALOR CALCULADO
CALCULADO SIGNIFICATIVOS DA RESPOSTA ARREDONDADO
1,167 2 1,2
8,314 3 8,31
7,785 3 7,78
1,2375 4 1,238
1,23850000001 4 1,239
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2 - OPERAÇÕES MATEMÁTICAS
A - ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO
Só se pode somar e subtrair quantidades que estejam nas mesmas unidades e com o mesmo
número de casas decimais, independentemente do número de algarismos significativos de cada
quantidade. A unidade comum fica a nossa escolha.
Exemplo: Qual o resultado da operação 28,3g + 14,7dg + 885mg.
RESPOSTA: 30,7g, 30,7x10dg ou 30,7x103mg.
B - MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO
OBS.:
1) É óbvio que “MEDIDAS” devem ser efetuadas com significâncias semelhantes. Não
tem sentido medir um fator com 7 algarismos significativos se em algum lugar nos
cálculos existem outros fatores com apenas 2 ou 3 algarismos significativos.
2) Não são levados em consideração os fatores inteiros (adimensionais) usados em
operações aritméticas. Ex.: 10 x 2,32 = 23,2, o resultado apresenta 3 algarismos
significativos.
gráficos_090209 (09/02/09)
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EXPERIMENTO 1 - PICNOMETRIA
1. Defina massa específica (ou massa específica observada), densidade, densidade relativa e
densidade absoluta.
2. O que é um picnômetro e para que serve?
3. Na determinação da massa específica de um líquido por picnometria obtiveram-se os
seguintes dados, a 25o C: massa do picnômetro vazio = 23,8632g; massa do picnômetro com
água 36,4032g, massa do picnômetro com líquido = 36,8035g.
Qual a densidade do líquido? Se a massa específica da água 25o C é 0,997075g/cm3, qual a
massa específica do líquido a esta temperatura.
4. Qual a unidade de massa específica no sistema internacional e qual a unidade geralmente
utilizada no estudo de soluções aquosas?
5. Qual a finalidade do experimento a ser realizado com o picnômetro?
2. ROTEIRO DA PRÁTICA
2.1. FINALIDADE
Determinar a massa específica e densidade dos soros fisiológico, para reidratação oral, caseiro.
Nas amostras de aguardente e álcool comercial determinar, também, o teor de etanol.
2.2. INTRODUÇÃO
Define-se massa específica (também conhecida como massa específica observada) como sendo
a razão entre a massa do corpo e seu volume. No Sistema Internacional de Unidades a massa específica
é expressa em kg/m3, muito embora a unidade geralmente utilizada seja g/cm3. Usa-se também, a
expressão “densidade absoluta” para indicar a mesma grandeza. Por outro lado, define-se “densidade
relativa” como sendo a razão entre duas massas específicas, em que o denominador é a massa
específica de uma substância tomada como padrão ou referência. Freqüentemente é usada a expressão
“densidade” para indicar a densidade relativa. Como substância padrão usa-se a água na temperatura
fixada de acordo com as necessidades, comumente, a temperatura ambiente.
O picnômetro é um aparelho com que se determina a densidade e a massa específica de líquidos.
É um frasco de vidro especial, de baixo coeficiente de dilatação com a boca esmerilhada e uma saída
para o escoamento do excesso de líquido. Alguns tipos contêm uma marca de referência. Esta marca
indica o volume útil “V” do instrumento, o qual pode ser 10, 25, 50 ou 100ml. Picnômetros de melhor
qualidade dispõem de um termômetro na própria tampa para a medida da temperatura do líquido. A
mudança na temperatura altera a massa específica e a densidade de um corpo devido à variação de seu
volume.
1. Determine, com uma balança analítica (precisão 10-4g), a massa m1 do picnômetro limpo,
seco e tampado.
2. Encha o picnômetro com água destilada fervida, introduza a tampa e CUIDADOSAMENTE,
enxugue-o externamente para retirar o excesso de líquido , inclusive a parte livre do capilar, e
determine a massa m2 com o instrumento tampado.
3. Após a pesagem, descarte a água e lave o picnômetro com o líquido o qual e deseja medir a
massa específica (no presente caso, soros fisiológico, para reidratação oral e caseiro, aguardente e
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álcool comercial); descarte o líquido de lavagem e encha-o com o respectivo líquido a analisar,
procedendo, em seguida, como no item anterior; determine a massa m3.
4. Repita as operações com o restante das amostras;
5. Anote a temperatura de realização do experimento.
4. CÁLCULOS E RESULTADOS:
Picnometria_Adaptado_300709.doc (30/07/09)
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EXPERIMENTO 2 – REFRATOMETRIA
2. ROTEIRO DA PRÁTICA
2.1. FINALIDADE:
Identificar, através dos teores de sólidos totais dissolvidos, amostras de soros fisiológico,
caseiro e para reidratação oral, por refratometria.
2.2. INTRODUÇÃO:
Quando um raio de luz passa de um meio para outro como, por exemplo do ar para a água,
experimenta uma variação de um certo ângulo em sua trajetória. Este desvio é denominado refração
(ver fig. 01).
A intensidade do desvio é proporcional à velocidade da luz nos dois meios, e esta velocidade
também é função das densidades óticas dos dois meios. A intensidade com que o raio é refratado
depende da concentração relativa de átomos e do seu arranjo no interior das moléculas.
A medida de quanto a luz se desvia chama-se índice de refração (n) e é matematicamente
definido como a relação entre o seno do ângulo de incidência LÔP e o seno do ângulo de refração
SÔP’ou seja:
onde V é o volume molar e n o índice de refração. Numa mistura, a refração molar [R]12 é dada por:
[R]12 = X1[R]1 + X2[R]2 (2)
FIGURA 02 – Zonas clara (fixa) e escura FIGURA 03 – Interface de separação das zonas clara
(móvel) vistas na ocular do refratômetro. e escura no cruzamento das linhas perpendiculares
vistas na ocular do refratômetro-
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
1. Recolha, com uma pipeta adequada, uma pequena quantidade da amostra Nº 1, anote a temperatura,
determine o índice de refração bem como o teor de sólidos totais dissolvidos (que será equivalente a
graus Brix), utilizando as tabelas adequadas.
2. Repita a operação acima com o restante das amostras fornecidas.
3. Ao terminar, recolha as soluções ao frasco de rejeito.
4. CÁLCULOS E RESULTADOS:
o
t= C
AMOSTRA ÍNDICE DE PERCENTUAL DE SÓLIDOS TOTAIS IDENTIFICAÇÃO
DISSOLVIDOS (CONSIDERANDO
No REFRAÇÃO DA AMOSTRA
EQUIVALENTES A GRAUS BRIX - ºBx)
01
02
03
04
Refratometria_090209.doc (09/02/09)
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EXPERIMENTO 3 – POLARIMETRIA
α = [α ] LC20
2. Na figura abaixo, simbolizando as principais partes de um polarímetro, cite o nome de cada um dos
componentes (L, P, T, A e O).
[α ]
20
3. O valor de para a lactose é 55,4º. Qual é a concentração desta substância (em gramas por
D
litro) em uma solução que apresenta um desvio angular de 7,24o, quando se utiliza um polarímetro,
cujo tubo polarimétrico mede 10 cm, a 20o C e observando-se sob a raia D da luz do sódio?
2. ROTEIRO DA PRÁTICA
2.1. FINALIDADE
2.2. INTRODUÇÃO
Sabe-se que a luz natural é constituída de ondas eletromagnéticas que se propagam em todas as
direções, em infinitos planos de vibração. Como exemplo cita-se a luz solar, uma lâmpada
incandescente etc. Por outro lado, quando a luz natural é passada através de um prisma polarizador de
Nicol a radiação emergente vibra em apenas um plano de vibração e é denominada luz polarizada.
Poderá ser policromática ou monocromática, dependendo da fonte luminosa.
α = [α ] LC
20
D
(1)
19
[α ]
20
A constante é o poder rotatório específico característico da substância e depende do
D
comprimento de onda do feixe de luz e da temperatura. É definido como sendo o ângulo-desvio (em
graus angulares) apresentado por uma alíquota de uma solução cuja concentração é de um quilograma
(1000 g) de substância oticamente ativa por decímetro cúbico (1000 mL) de solução, colocada em um
tubo polarimétrico de 1 decímetro (100 mm) de comprimento e observada, a 20,0ºC, sob luz de sódio;
L é o comprimento, em dm, do tubo polarimétrico; C é a concentração da solução em g/cm3 e α é o
desvio angular final, em graus angulares.
Pela expressão (1) vê-se que o ângulo-desvio varia linearmente com a concentração.
A 20,0ºC a rotação específica da sacarose, sob luz de sódio, é 66,53o e a da glicose 52,7o.
O polarímetro tem um dispositivo auxiliar, que torna a medida do desvio angular mais
precisa.Graças a ele o campo visual do instrumento fica dividido em três partes (ver Fig. 02). Quando o
analisador está um pouco antes da posição cruzada em relação ao polarizador a parte central do campo
visual torna-se escura e as partes laterais tornam-se claras (ver Fig.03).
Quando o analisador está um pouco além da posição cruzada em relação ao polarizador, a parte
central do campo visual torna-se clara e as partes laterais tornam-se escuras (ver Fig. 04).
Uma posição intermediária, em que as três partes do campo estão totalmente sombreadas,
corresponde ao cruzamento dos dois prismas (ver Fig. 05). Caso o prisma analisador esteja na mesma
posição que o prisma polarizador, o campo apresenta-se totalmente iluminado (ver Fig. 06).
A rotação específica (tal como o ponto de fusão e o de ebulição) é uma constante física
importante para a identificação de substâncias.
A polarimetria, dentre outras aplicações, é utilizada na indústria alimentícia e na análise de
produtos farmacêuticos.
Soro fisiológico
Soro caseiro
Soro para
reidratação oral
OBS.: αf é o desvio angular final, αobs é o desvio angular observado e αs é o desvio angular do
solvente.
Polarimetria_Modificado_300709.doc (30/07/09)
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EXPERIMENTO 4 – VISCOSIDADE DE LÍQUIDOS
1. PRÉ-LABORATÓRIO
2.1. FINALIDADE:
Determinar as viscosidades relativa, dinâmica e cinemática dos soros fisiológico, caseiro e para
reidratação oral, utilizando o viscosímetro de Ostwald-Fenske.
2.2. INTRODUÇÃO:
Quando um líquido escoa através de um tubo estreito, sem turbulência, isto é, de modo contínuo
e regular, a velocidade de escoamento depende, em primeiro lugar, da força que o produz. Além disso,
uma vez que as diferentes partes do líquido não se movem no interior do tubo com a mesma
velocidade, isto é, as camadas mais próximas às paredes do tubo se movem mais lentamente que as
camadas centrais, e a velocidade alcança um máximo no centro do tubo, podemos considerar a corrente
líquida como composta de um grande número de cilindros concêntricos, cada um movendo-se com
velocidade constante, à qual é superior à do vizinho imediato e de maior diâmetro. Produz-se, assim,
um deslizamento ou movimento das diferentes camadas, umas em relação às outras, na direção do
escoamento. A este deslocamento das diferentes camadas, opõe-se o atrito interno (atrito entre os
cilindros sucessivos) e o coeficiente de viscosidade de um líquido é uma medida deste atrito.
Se considerarmos uma camada retangular e delgada (de espessura dx) do líquido, cuja superfície
superior (de área A) se move relativamente à superfície inferior (também de área A) com uma
velocidade dV, a força F que se necessita aplicar, tangencialmente, às superfícies superior e inferior,
para manter o gradiente de velocidade (dV/dx), dependerá da viscosidade do líquido, isto é:
A grandeza η (eta), definida por esta equação, é o coeficiente de viscosidade dinâmica e tem por
dimensões:
ML-1T-1
22
Este coeficiente de viscosidade é numericamente igual à força tangencial, por unidade de área,
necessária para manter uma unidade de velocidade de deslocamento de dois planos paralelos, afastados
de uma unidade de distância, o espaço entre eles estando cheio com um líquido viscoso. A viscosidade
de um fluido pode ser determinada por vários métodos experimentais, como, por exemplo, a medida do
tempo de vazão de um líquido através de um capilar (neste caso o coeficiente de viscosidade é dado
pela Lei de Poiseuille); a medida do tempo de queda de uma esfera através de um líquido (utilizando-
se a lei de Stokes obtém-se o coeficiente de viscosidade) etc.
No sistema CGS a unidade de viscosidade dinâmica é o Poise (g/cm.s), simbolizada por P,
enquanto que, no S.I., é o Pa.s. Vale lembrar que 1cP = 10-3Pa.s (ou 1cP = 1mPa.s). A viscosidade
cinemática, definida como ν = η/ρ, onde η é a viscosidade dinâmica e ρ a massa específica do líquido,
tem por unidade o Stokes (cm2/s), simbolizada por St.
No caso da vazão de um líquido através de um capilar o coeficiente de viscosidade, segundo
Poiseuille, é:
η = (π r4 t P)/8VL (2)
onde P é a pressão hidrostática sobre o líquido, em N.m-2, V é o volume em m3 do líquido que flui em t
segundos através do capilar de raio r e de comprimento L, ambos em metros.
O viscosímetro de Ostwald-Fenske permite uma determinação simples do coeficiente de
viscosidade desde que seja conhecida sua constante. No entanto, quando se desconhece a constante, as
medidas de viscosidade são feitas por comparação entre os tempos de escoamento de um líquido de
viscosidade conhecida, geralmente água, e do líquido cuja viscosidade se deseja determinar.
A partir da equação (2) aplicada ao líquido de viscosidade desconhecida e ao líquido padrão,
obtém-se a equação (3), a qual nos permite determinar a viscosidade relativa do líquido:
η ρ t
η = 1
= 1 1
(3)
rel
η 2
ρ t
2 2
1. Lave o viscosímetro com uma solução sulfocrômica e seque-o muito bem. Determine o volume de
água necessário para que o bulbo maior fique cheio até 2/3 de sua altura (10 cm3).
2. Coloque o viscosímetro contendo em seu interior o volume de água determinado acima, num banho
termostático à temperatura do experimento. Espere que o sistema atinja o equilíbrio térmico.
3. Por sucção adequada, eleve o líquido no interior do tubo de menor diâmetro até ultrapassar um
pouco a marca (a).
4. Deixe o líquido escoar livremente para verificar se o fluxo está se processando convenientemente e
sem que gotas fiquem aderidas às paredes. Se isto acontecer, o viscosímetro deve ser esvaziado e
novamente limpo com cuidado.
5. Torne a aspirar o líquido até a metade do segundo bulbo superior, acima da marca “a” (reproduzir
sempre esta mesma posição em todas as medidas) não devendo elevar-se acima do nível da água
do banho termostático. Mantenha a posição pinçando o tubo de borracha.
6. Abra a pinça e, quando o menisco do líquido passar pelo traço superior (a), dê a partida do
cronômetro. Quando o menisco alcançar a marca inferior (b), trave o cronômetro. Repita a
determinação duas vezes com o mesmo líquido.
7. Retire o viscosímetro do banho termostático lave-o com a substância cuja viscosidade se quer
determinar e seque-o muito bem.
8. Utilizando tabelas adequadas obtenha a massa específica e a viscosidade da água na temperatura do
experimento.
9. Torne a colocar o viscosímetro no banho termostático.
10. Por meio de uma pipeta coloque no viscosímetro a substância cuja viscosidade deve ser
determinada, no mesmo volume (10cm3) que o do líquido de referência, no caso a água.
11. Espere cerca de 2 minutos para que se restabeleça o equilíbrio térmico.
12. Execute duas determinações do tempo de escoamento, tendo o cuidado de conduzir as operações
nas mesmas condições anteriores.
13. Com o auxílio do picnômetro, determine as massas específicas dos líquidos, à temperatura do
experimento.
Construa uma tabela semelhante a esta para organizar seus dados experimentais, lembrando que
ηrel = (ρ1t1/ ρ2t2), η = ηrelxηH2O e ν = η/ρ .
Temperatura = ºC;
Viscosidade_de_liquidos_modificado_300709.doc (30/07/09)
24
EXPERIMENTO 5 - BALANÇA DE WESTPHAL E DENSÍMETROS
2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS
A balança de Westphal é constituída por uma barra metálica móvel, apoiada sobre um cutelo e
tendo braços diferentes. O braço maior é dividido em 10 seções iguais, tendo no extremo da última
seção um pequeno gancho no qual é pendurado um mergulhador suportado por um fio fino e resistente.
Estando a balança inicialmente em equilíbrio, a resultante das forças que atuam sobre seus
braços é nula (Figura 01).
Para retornar o braço da balança à posição inicial os cavaleiros são colocados nos entalhes, na
ordem decrescente de seus pesos, a partir do entalhe 1 (Figura 03).
Ao ser retornada à posição inicial, a soma dos momentos de força em torno do ponto “0” é nula.
Como sabemos, o momento de uma força em torno de um ponto é definido como o produto entre a
força e a distância desta força ao ponto.
No caso em estudo as forças atuantes são os pesos dos cavaleiros e o empuxo do líquido,
enquanto que as distâncias são os segmentos medidos desde o ponto “0” até os entalhes de onde
pendem os cavaleiros e o pêndulo.
• D, a distância entre o ponto “0” e o entalhe de onde pende o mergulhador (pêndulo) (ver Fig.
03).
• D1, D2, D3 e D4 as distâncias entre o ponto “0” e os entalhes de onde pendem os cavaleiros I,
II, III e IV, respectivamente (ver Fig 03).
• ρ, a massa específica do líquido contido na proveta.
• E, o empuxo do líquido.
26
Como o sistema está em equilíbrio, podemos escrever a expressão, lembrando que a balança
tem dois cavaleiros I:
mas, P = mg e E = mliq.g.
ρ = (10/10 x 10)D1 + (10/10 x 10)D1 +(1/10 x 10)D2 +(0,1/10 x 10)D3 +(0,01/10 x 10)D4
ou
ρ = (D1 x 10-1 + D1 x 10-1 + D2 x 10-2 + D3 x 10-3 + D4 x 10-4 ) g/cm3 (4)
3.1. FINALIDADE
Determinar, através das massas específicas das amostras de aguardente e álcool, diversos tipos
de teores alcoólicos, utilizando-se uma balança de Westphal, densímetros e alcoômetro.
3.2. INTRODUÇÃO
OBS.: Existem balanças cujos conjunto de pesos (cavaleiros) e o volume do mergulhador são,
respectivamente, 5g, 0,5g, 0,05g, 0,005g e 5cm3.
Quando dois ou mais cavaleiros ocupam a mesma posição no braço da balança, um é colocado
no entalhe e os restantes suspensos nos seus ganchos.
28
Exercícios de fixação:
01 - 9 7 4 5
Amostras
Pendurado no Pendurado no
02 3 4 2
gancho do braço Cav. III
03 2 8 7 8 6
Em uso, a balança de Westphal é armada numa superfície plana: o pêndulo é suspenso pela
extremidade direita do braço telescópico, o qual é levantado de modo a permitir que a pequena proveta,
contendo o líquido em estudo, seja trazida para baixo do pêndulo, sem tocá-lo. O nivelamento da
balança é feito através de um parafuso apropriado. A proveta é manualmente elevada até que o nível
do líquido cubra completamente o pêndulo e, em seguida, um calço ou suporte é colocado embaixo
dela. Os cavaleiros são então colocados nos entalhes do braço da balança para retornar o ponteiro à
posição inicial, ocasião em que é feita a leitura da massa específica. A temperatura deve ser obtida
através do termômetro contido no pêndulo, se for o caso, ou através de um termômetro comum. Antes
do início das determinações a balança deve ser zerada no ar atmosférico. Esta etapa é realizada com o
auxílio do parafuso nivelador e do contrapeso móvel localizado na extremidade direita do braço da
balança. Em trabalho comum de laboratório nenhuma correção para o empuxo do ar é necessária, ao
contrário dos trabalhos de precisão, em que tal fato deve ser levado em consideração, vez que os
cavaleiros são usualmente ajustados de modo a levar em conta o mencionado empuxo. Uma pequena
correção pode também ser feita para a tensão superficial do fio da platina, caso o trabalho seja de alta
precisão.
3.2.2. DENSÍMETROS
Em geral os densímetros vêm graduados na escala peso-específico (20/4). Como a 4ºC a massa
específica da água é 1,000g/cm3, o valor lido na escala corresponde à massa específica do líquido em
estudo, a 20,0ºC. Os alcoômetros também são graduados a 20,0ºC.
Para corrigir as leituras dos alcoômetros utiliza-se a seguinte fórmula empírica:
Pr = PL – [0,4x(TL – Tc)], onde
Pr Î Percentual real (grau real, em graus Gay-Lussac) de etanol, corrigido para a temperatura
de calibração do aparelho; PL Î Percentual lido (grau aparente, em graus Gay-Lussac) diretamente no
alcoômetro; TL ÎTemperatura de leitura da amostra e Tc Î Temperatura de calibração do alcoômetro
(normalmente, 20,0ºC ).
Com os dados obtidos e as tabelas adequadas, organize uma tabela semelhante a essa
abaixo:
BalancaDensimetros_Modificado300709.doc (30/07/09)
30
EXPERIMENTO 6 – CONCENTRAÇÃO MICELAR CRÍTICA – CMC
1. PRÉ-LABORATÓRIO
2.1. FINALIDADE:
2.2. INTRODUÇÃO:
LEGENDAS DA TABELA:
V, ml C, mM Lobs , µ S Lf , µ S
Um modelo para este gráfico deve ter o perfil semelhante ao do apresentado na Figura 01 (página
seguinte), com duas retas distintas que acompanham os dois conjuntos de pontos diferentes e se
cruzam num ponto que corresponde, no eixo das abscissas, à CMC procurada.
32
CMC_090209.doc (09/02/09)
33
EXPERIMENTO 7: MEDIDA DO CALOR DE COMBUSTÃO
1. INTRODUÇÃO:
Uma vez que o calorímetro opera a volume constante, o calor desprendido na reação de
combustão (Qr) é absorvido por ele (Qg) e se terá:
Qr = Qg = ∆E = - C∆t,
onde ∆E é o calor de reação a volume constante, em calorias; C, a capacidade calorífica de todo o
sistema (também conhecido como o equivalente de água do calorímetro), em caloria/grau e ∆t a
variação de temperatura devido a combustão (em ºC).
Para a medição de ∆E é necessário conhecer, portanto, a capacidade calorífica total do
calorímetro; ela é determinada numa experiência preliminar, em que se faz a combustão do ácido
benzóico, cujo calor de combustão serve de parâmetro para a medida (6.318 cal/g).
Uma vez conhecida a variação de temperatura produzida pela reação de combustão e a
capacidade calorífica total do calorímetro, pode-se determinar o calor de combustão da substância em
estudo. No nosso experimento utilizamos a sacarose (C12H22O11), cuja reação de comustão é
2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
1. Pese uma massa aproximada de 1,0g de ácido benzóico cristalino, preferivelmente pastilhada.
2. Coloque a amostra pesada no receptáculo da bomba calorimétrica, fazendo o contato entre o fio de
ignição e a pastilha (tendo pastilhador apropriado é possível empastilhar o ácido com o fio
embutido).
3. Coloque o receptáculo com a pastilha e o fio na bomba calorimétrica, faça as conexões elétricas do
fio e atarraxe cuidadosamente a tampa rosqueada.
34
4. Admita oxigênio sob pressão à bomba calorimétrica, fazendo a conexão entre a válvula de agulha do
balão de oxigênio e a câmara de combustão. Opere com cuidado e vagarosamente.
5. Depois de cheia a bomba calorimétrica, apure o ouvido para verificar se há algum vazamento
grosseiro, procurando ouvir o ruído sibilante do gás a escapar. Para certificar-se de escapamento,
faça a imersão da bomba calorimétrica em um recipiente com água e observe se há ou não
desprendimento de bolhas.
6. Coloque a bomba calorimétrica na cuba adequada no interior do calorímetro e adicione 1,8 litro (ou
o suficiente para cobrir adequadamente a bomba calorimétrica) de água.
7. Ajuste os demais pertences do calorímetro (termômetro de Beckmann, agitador etc.) e anote, de
minuto a minuto, durante o intervalo de uns 5 minutos, a temperatura lida no termômetro.
8. Depois deste intervalo, provoque a ignição da substância e continue a ler, a cada minuto, a
temperatura. Estenda esta leitura por uns 10 minutos.
9. Finda a série de leituras, retire a bomba calorimétrica do interior do calorímetro, abra
cuidadosamente a válvula de agulha para deixar escapar o oxigênio excedente e os gases da
combustão e desatarraxe a tampa.
10. Repita então as operações anteriores com sacarose em lugar de ácido benzóico.
ATENÇÃO:
Não se esqueça de colocar na cuba do calorímetro quantidade de água igual à utilizada
anteriormente (1,8 litro). Use também fio de ignição de mesmo tamanho que o empregado na
combustão do ácido.
3. CÁLCULOS - DETERMINE:
1. A capacidade calorífica total (C) do calorímetro;
2. O calor de combustão, a volume constante (∆E), da sacarose;
3. A entalpia molar de combustão (∆H ) da sacarose.
OBSERVAÇÕES.
a. A experiência pode ser feita também com qualquer substância orgânica cristalina (ácido
salicílico, antraceno etc.). No caso de utilizar um líquido, é preciso fazer a correção da entalpia
de vaporização no cálculo da combustão.
b. No item 3 “Cálculos”, retro, a estimativa de variação de temperatura é feita simplesmente pela
diferença de leitura entre as temperaturas no início e no término da combustão. É a mais fácil,
mas não a melhor. O procedimento adotado no item “4. Cálculo Sofisticado do Calor de
Combustão” a seguir descrito (juntamente com um exemplo) é recomendável quando se quer
obter resultado mais significativo.
c. Para apurar a experiência é preciso levar em conta a combustão do fio de ferro. Para isto, será
necessário pesá-lo ou medi-lo em cada experimento antes e depois da queima. A menos que se
queiram resultados muito significativos, a correção introduzida não é muito importante. Em
qualquer caso, no entanto, é conveniente utilizar o menor fio possível.
Evitar, na experiência, variações muito grandes ou muito pequenas da temperatura. O
conveniente é medir diferenças da ordem de 2 a 3 graus.
35
4. CÁLCULO SOFISTICADO DO CALOR DE COMBUSTÃO
C (Tm + X − T0 ) + Σb
∆E = − , onde:
G
1 Tm −1
T + Tm
F=M− ( Σ ti + 0 − M .Tv ) , onde
Tn − Tv i =T0 +1 2
Σ
i =T0 +1
ti = Soma das temperaturas do teste principal, excluindo a 1ª leitura (To + 1) e a
OBS:
a) Se o crescimento da temperatura durante o 1º minuto do teste principal for maior do que o
crescimento durante o 2º minuto, F = 1,00;
b) Se o crescimento da temperatura durante o 1º minuto do teste principal for aproximadamente igual
ao crescimento durante o 2º minuto, F = 1,25;
c) Se o crescimento da temperatura durante o 1º minuto do teste principal for menor do que o
crescimento durante o 2º minuto, F = 1,50.
Calor_combustao_090209.doc (090209)
36
U N IVER SID AD E FED ER AL D O C EAR Á
C EN TR O D E C IÊN C IAS
D EPAR TAM EN TO D E Q U ÍM IC A AN ALÍTIC A E FÍSIC O -Q U ÍM IC A
D AD O S D E EN TR AD A: 19-jul-07
Tem peratura am biente: 28,5 ºC 05:37:35 PM
M ATER IAL U TILIZAD O : Sacarose (C 12H22O11)
PR É-TESTE TESTE PR IN C IPAL PóS-TESTE
Tem po,m in Tem p.grau Tem po,m in Tem p.grau Tem po,m in Tem p.grau
Calor_combustao_090209.doc (09/02/09)
38
EXPERIMENTO 8 – CINÉTICA
1. PRÉ-LABORATÓRIO
2.1. FINALIDADE:
2.2. INTRODUÇÃO:
onde “a” é a concentração inicial do acetato de etila, “b” a concentração inicial do hidróxido e x o
número de moles por litro que reagiu após um tempo t. Se as concentrações iniciais do acetato de etila e
do hidróxido forem iguais, a equação anterior transforma-se em
dx/dt = k(a - x)2 (2)
Trace um gráfico de (L0 - Lt) / (Lt - L∞) versus t. A partir do gráfico obtido determine a
constante de velocidade da reação (k), usando a relação:
k = (coef. ang)/a = litros/mol.s
40
3. MEDIDAS DE CONDUTIVIDADE ELÉTRICA EM SOLUÇÕES ELETROLÍTICAS
3.1. DEFINIÇÕES:
Como visto no mencionado roteiro, para uma reação de segunda ordem a lei da velocidade é
dada pela equação (3), ou seja,
kat = x/(a - x) (1)
Por outro lado, se os reagentes têm as mesmas concentrações (a), a condutância elétrica da
solução, em qualquer instante, é dada por
Lt = (1/a){[(a - x)LOH- + (a – x)LNa+] + [xLAc- + xLNa+]}
Explicitando-se x nesta equação, obtém-se:
x = a[LOH- - (Lt - LNa+)] / (LOH- - LAc-) (2)
Mas, de acordo com a cinética da reação:
1. Quando t = 0, x = 0 bem como LAc- = 0 (3). Levando-se estes valores para a equação (2) e
rearranjando os termos, obtém-se:
L0 = LNa++ LOH- (4)
2. Quando t = ∞, x = a bem como LOH- = 0 (5). Substituíndo-se estes valores na equação (2) e
rearranjando os termos, obtém-se:
L∞ = LAc- + LNa+ (6)
A equação (2) pode ser reescrita como
x = a[(LNa+ + LOH-) - Lt]/ (LOH- - LAc-) (7)
Subtraíndo-se a equação (6) da equação (4), obtém-se:
L0 - L∞ = LOH- - LAc- (8)
Substituindo-se as equações (4) e (8) na equação (7), obtém-se:
x = a(L0 - Lt) / (L0 - L∞) (9)
Por fim, substituíndo-se a equação (9) na equação (1) e rearranjando os termos, obtém-se:
x/(a - x) = kat e
kat = (L0 - Lt) / (Lt - L∞), conforme se utilizou.
CinSapAcEtila_090209.doc (09/02/09)
41
ANEXOS
o o o o
C η(cP) C η(cP) C η(cP) C η(cP)
0 1,787 26 0,8705 52 0,5290 78 0,3638
1 1,728 27 ,8513 53 ,5204 79 ,3592
2 1,671 28 ,8327 54 ,5121 80 ,3547
3 1,618 29 ,8148 55 ,5040 81 ,3503
4 1,567 30 ,7975 56 ,4961 82 ,3460
5 1,519 31 ,7808 57 ,4884 83 ,3418
6 1,472 32 ,7647 58 ,4809 84 ,3377
7 1,428 33 ,7491 59 ,4736 85 ,3337
8 1,386 34 ,7340 60 ,4665 86 ,3297
9 1,346 35 ,7194 61 ,4596 87 ,3259
10 1,307 36 ,7052 62 ,4528 88 ,3221
11 1,271 37 ,6915 63 ,4402 89 ,3184
12 1,235 38 ,6783 64 ,4398 90 ,3147
13 1,202 39 ,6654 65 ,4335 91 ,3111
14 1,169 40 ,6529 66 ,4273 92 ,3076
15 1,139 41 ,6408 67 ,4213 93 ,3042
16 1,109 42 ,6291 68 ,4155 94 ,3008
17 1,081 43 ,6178 69 ,4098 95 ,2975
18 1,053 44 ,6067 70 ,4042 96 ,2942
19 1,027 45 ,5960 71 ,3987 97 ,2911
20 1,002 46 ,5856 72 ,3934 98 ,2879
21 0,9779 47 ,5755 73 ,3882 99 ,2848
22 ,9548 48 ,5656 74 ,3831 100 ,2818
23 ,9325 49 ,5561 75 ,3781
24 ,9111 50 ,5468 76 ,3732
25 ,8904 51 ,5378 77 ,3684
Anexos_090209.doc (09/02/09)