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NÓS SOMOS O QUE DESEJAMOS

“Somente Deus responde aos mais profundos desejos do coração humano”

Os EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS nos ajudam a descobrir em nós formidáveis


desejos que até então não havíamos descoberto, descobrindo-nos a nós
mesmos muito melhor do que pensávamos.
No confronto entre os desejos de Cristo e os nossos desejos vamos nos
conhecendo mais ainda.
Quando isso acontece, a pessoa se reconcilia consigo mesma e dá graças a Deus
por aquilo de bom que vai descobrindo nela.
Quanto mais profundamente procuramos identificar nossos desejos autênticos,
tanto mais eles nos revelarão o que na verdade queremos e quem somos na
realidade.
“Diga-me quais são seus DESEJOS e lhe direi quem você é”.
Ao sondar um desejo, se revelar-nos-á o íntimo de nós mesmos. Os desejos
autênticos são vias que penetram nosso interior. Eles tem a ver com algo de
paixão na própria existência.
Todos os desejos são experiências reais, mas nem todos são igualmente
autênticos.
Os autênticos são aqueles que tem relação com a nossa própria IDENTIDADE,
são os que vem de Deus e nos fazem perguntar: “para onde nos levam?”
S.Inácio desejava intensamente, mas não cegamente. Sua espiritualidade era ao mesmo tempo
experiencial e experimental; examinava cuidadosamente seus desejos, buscando sempre
entregar-se àqueles que experimentava como mais autênticos.

Nesse sentido, o desejo é vivido como experiência de consonância entre o meu


eu e um valor intuído – com suas ofertas e propostas. É uma percepção intuitiva,
supra-racional, um “farejar” que aquilo em cuja direção eu me oriento é a pérola
preciosa; é um intuir que aquele é o caminho, ainda que eu não saiba bem o
porquê. É uma experiência de gratuidade e de alegria.
É a este ponto que a vontade se põe em movimento: ela consiste em dizer
“sim” à canalização das energias no sentido da meta intuída.
Psicologicamente não se pode alcançar o que nem sequer se deseja.
Normalmente nossos desejos vão mais longe, voam mais alto que nossa ação.
Nada disso é intimismo: a aplicação de energias deve impelir à ação.
O elemento afetivo deve traduzir-se em impulso para a ação. Toda
experiência espiritual traduz-se em ação. O lugar desta ação é, antes de
tudo, o interior da pessoa que faz a experiência espiritual.
Quando S.Inácio fala de desejo sempre fala de “desejo bom”; mas esse
desejo é também frágil. Pode morrer, adormecer, anestesiar-se...
Como alimentar o DESEJO para que não morra?
O DESEJO BOM é o manancial que vai se transformando num rio, rio que vai se
alargando, se dividindo em riachos. Este mesmo manancial, à medida que vai se
convertendo em rio, muitas vezes se esparrama, outras vezes se corrompe, se
suja, se deteriora, fica represado (água morta).
O desejo que é bom, é também como o manancial, algo que está submetido à dispersão, ao
empobreci-cimento, à deterioração. Assim são os rios de nossa cidades industriais. Em
suas fontes, sua água é pura e cristalina, mas quando chega à sua
desembocadura, está poluída.
Essa é, muitas vezes, a história de nosso desejo.
O desejo é esse manancial de nossas vidas que é algo intacto, puro, vivo, alegre,
esperançoso... porque é algo que nasce... mas que pode degenerar-se em
“afeições desordenadas”.
O DESEJO é manipulado e “desvirtuado” para realidades que não estão integradas no âmbito do
FIM e é então quando surgem os afetos desordenados (desejos
mal canalizados, distorcidos).
Os Exercícios visam desfazer, romper a profunda vinculação que existe
entre o “eu” e as “afeições desordenadas”, purificar o “rio” interior,
romper os “diques”... para que os desejos se orientem para o mar.
A pessoa é capaz de DESEJAR, quando sai de si mesma
e mergulha num mundo muito maior que ela: o MAR.

Texto bíblico: Mc 5,l-20


Só podemos desejar a QUEM é a
origem de nossas aspirações mais profundas.

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