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e “espiritualmente corporais”
As quatro primeiras adições sobre a oração
“Os joelhos por terra para adorar e as mãos vazias para o alto são os gestos primeiros da pessoa livre”
Sabemos por experiência, que para poderem ser verdadeiros e profundos, para
produzirem frutos de comunhão, os encontros devem ser preparados antes no
coração.
Para orar, para encontrar-se com Deus, é necessário preparar-se com tempo,
devagar e com carinho.
Para que aconteça um verdadeiro encontro é necessário deixar-se invadir e
mover pelo desejo do encontro. É necessário “vestir o coração”.
“Teria sido melhor voltar à mesma hora – disse a raposa.
Se você vem, por exemplo, às quatro horas da tarde, a partir das três eu começarei a estar
feliz. Às quatro horas, estarei toda agitada e inquieta: descobrirei o preço da felicidade!
Mas se você vem a qualquer hora, nunca poderei saber a que hora tenho de vestir o coração...
Os ritos são necessários”. (O pequeno Príncipe).
Não se “entra” na oração de repente e atropeladamente. Entra-se devagar,
passo a passo.
A preparação envolve não só a memória que recorda, a inteligência que
resume e a vontade que toma decisões práticas sobre a hora e o lugar da
oração, mas envolve também a imaginação e os sentimentos, que devem
concentrar-se sobre a matéria a ser meditada ou contemplada e sobre a graça a
ser alcançada.
3ª adição (EE 75) – “Entrar” na oração
Mais uma vez S. Inácio detém-se na dimensão corporal do encontro com Deus: a
estabilidade do corpo é paralela à docilidade ao Espírito.
A máxima liberdade, tanto exterior quanto interior, está a serviço do “fim que se
pretende”; quer no nível do corpo, quer no nível do espírito, o ritmo durante toda
a oração deve estar marcado pelo que mais nos ajuda a “sentir e saborear as coisas
internamente” (EE. 2).