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OS EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS SÃO “corporalmente espirituais”

e “espiritualmente corporais”
As quatro primeiras adições sobre a oração

“Os joelhos por terra para adorar e as mãos vazias para o alto são os gestos primeiros da pessoa livre”

S. Inácio, que foi um pedagogo da experiência espiritual, sabia da importância


que tem os mínimos detalhes para o encontro com Deus. A partir de sua
experiência pessoal elaborou uma série de “anotações”, “adições”, “regras”, “notas”,
“preâmbulos”, etc... para ajudar o exercitante a fazer também ele sua experiência
de Deus.
Os EE. são, no fundo, uma pedagogia espiritual, e, como toda pedagogia, os
pormenores, mesmo aparentemente insignificantes, tem uma importância
decisiva.
Sabemos que a força de expressão e o valor de uma obra de arte dependem do
cuidado e da exatidão com que são executados todos e cada um dos
pormenores.
1ª e 2ª adição (EE 73 e 74) – Preparação remota e próxima da oração

Sabemos por experiência, que para poderem ser verdadeiros e profundos, para
produzirem frutos de comunhão, os encontros devem ser preparados antes no
coração.
Para orar, para encontrar-se com Deus, é necessário preparar-se com tempo,
devagar e com carinho.
Para que aconteça um verdadeiro encontro é necessário deixar-se invadir e
mover pelo desejo do encontro. É necessário “vestir o coração”.
“Teria sido melhor voltar à mesma hora – disse a raposa.
Se você vem, por exemplo, às quatro horas da tarde, a partir das três eu começarei a estar
feliz. Às quatro horas, estarei toda agitada e inquieta: descobrirei o preço da felicidade!
Mas se você vem a qualquer hora, nunca poderei saber a que hora tenho de vestir o coração...
Os ritos são necessários”. (O pequeno Príncipe).
Não se “entra” na oração de repente e atropeladamente. Entra-se devagar,
passo a passo.
A preparação envolve não só a memória que recorda, a inteligência que
resume e a vontade que toma decisões práticas sobre a hora e o lugar da
oração, mas envolve também a imaginação e os sentimentos, que devem
concentrar-se sobre a matéria a ser meditada ou contemplada e sobre a graça a
ser alcançada.
3ª adição (EE 75) – “Entrar” na oração

Trata-se de um verdadeiro ritual de entrada na oração.


A oração ocupa um “tempo”, que começa e termina, e um “espaço”, no qual
se entra e do qual se sai.
A oração é feita dentro de um espaço delimitado, interior, que só Deus pode
abrir.
Mas para “entrar” nele é preciso atravessar um limiar, o “limes”.
Situar-se na presença de Deus, conscientizar-se de que Deus “olha” o
exercitante com amor, através do gesto de erguer o olhar para o alto, faz parte
do ritual de preparação para a oração.
Trata-se de um gesto externo de reverência, de humildade, de verdade, que expressa a
relação originária da criatura diante do seu Criador.
Esse gesto nos prepara para a relação pessoal com Deus, para a receptividade
da Palavra e dos dons de Deus, para a disponibilidade e a obediência ao que for
revelado durante a oração como sendo Vontade de Deus. Não só prepara; é já
oração. A verdade-autenticidade da relação interior com Deus é expressa na
verdade-autenticidade dos gestos corporais externos.
Essa adição traduz no nível do corpo, das atitudes exteriores e dos gestos
corporais, a atitude interior de situar-se na presença de Deus, respondendo à
sua iniciativa.
4ª adição (EE. 76) – Durante a oração

Mais uma vez S. Inácio detém-se na dimensão corporal do encontro com Deus: a
estabilidade do corpo é paralela à docilidade ao Espírito.
A máxima liberdade, tanto exterior quanto interior, está a serviço do “fim que se
pretende”; quer no nível do corpo, quer no nível do espírito, o ritmo durante toda
a oração deve estar marcado pelo que mais nos ajuda a “sentir e saborear as coisas
internamente” (EE. 2).

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