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1. No Antigo Testamento
Herbert Wolf assinala: "Alguns eruditos consideraram que apesar de «um» ser
singular, o uso das palavras deixa espaço para a doutrina da Trindade ... este
versículo concentra-se no facto de que não há senão um único Deus e que Israel
deve lealdade exclusiva a ele (Deut 5:9, 6:5). O Novo testamento é também
estritamente monoteísta enquanto ao mesmo tempo ensina a diversidade na
unidade (Tiago 2:19, 1 Cor 8, 5-6) ... A opção "o SENHOR é nosso Deus, o SENHOR
somente" tem a seu favor tanto o contexto mais amplo do livro como o contexto
imediato". [2]
Um facto importante é que a palavra usada para indicar "um" (hebraico, 'echad)
pode indicar uma unidade composta. Assim, em Génesis 2:4 o macho e a fêmea
são chamados "uma só ['echad] carne". Podem ver-se outros exemplos em Juízes
20:8 ("Como um só ['echad] homem, todo o povo se levantou ..." ) e em Sofonias
3:9, "para que todos o sirvam com um mesmo ['echad] jugo". É interessante que
nos seus Treze Artigos da fé judaica, o grande erudito medieval Maimónides
ensinou a absoluta unicidade de Deus e mudou a palavra `echad por outro termo
hebraico, yachid, que significa "um" singular, sem possibilidade de pluralidade.
Ainda outra pista importante é dada pelo profeta Zacarias. O estudioso judeo-
cristão, Dr. David Baron, salienta: "Talvez em nenhum outro livro do Antigo
Testamento a divindade do Messias é tão claramente indicada como em Zacarias.
No segundo capítulo (versículos 8-11) o profeta chama pelo nome de Jeová
[Yahveh], aquele que há-de vir e há-de habitar no meio de Sião, o qual os judeus
sempre entenderam que se tratava do Messias. Esta deve ser uma passagem muito
difícil para um judeu ou um unitário, pois o profeta aqui representa duas pessoas e
chama pelo divino título de Jeová ambas, embora uma seja enviada pela outra para
que cumpra alguma missão na terra". [4]
Embora se pudesse dizer mais, somente acrescentarei outro texto de Isaías 48,
porque este profeta assinala várias vezes o carácter único de Deus:
Neste capítulo, quem fala é o próprio Yahveh (versículo 12), mas no versículo 16,
diz que o Senhor e o seu Espírito o enviaram! Desta passagem comenta Derek
Kidner, "O v. [16] termina com uma extraordinária mudança de orador ... em
outras palavras, o Servo em quem Jesus se vê a si mesmo. É um extraordinário
reflexo, à distância, da Trindade". [5] A divindade do Messias também fica indicada
por textos como Isaías 7:14 comparado com Mateus 1:25, Isaías 9:6 e Jeremias
23:6.
2. O Novo Testamento
A Santa Trindade
Embora possamos saber algo acerca do Criador a partir da sua obra (ver Romanos
1-3) a forma mais segura e valiosa de conhecê-lo é através do que o próprio Deus
revelou na sua Palavra. No entanto, ao tentar compreender a Escritura, mesmo
com o auxílio do Espírito Santo, a perfeição divina encontra-se com a imperfeição
humana. Simplesmente não podemos nesta vida conhecer Deus como Ele nos
conhece a nós. O nosso conhecimento é fragmentário e imperfeito.
Formulação:
Estas três Pessoas são uma em substância e essência, na realidade última do seu
ser. As três são eternas, incompreensíveis, verdadeiras, todo-poderosas,
omniscientes, supremamente boas, justas e misericordiosas.
Não, não o é. Uma contradição é uma impossibilidade lógica, por exemplo afirmar
que duas coisas opostas são verdade ao mesmo tempo e no mesmo sentido. O
conceito trinitário seria certamente contraditório se afirmasse, por exemplo, que
Deus é ao mesmo tempo uma pessoa e três pessoas, ou que Deus é um em
substância e três em substância. A doutrina ortodoxa de que o único Deus consiste
numa substância e três Pessoas pode ser difícil de entender, mas não envolve
violação alguma dos princípios da lógica.
É um mistério a Trindade?
As pessoas que rejeitam a doutrina trinitária ortodoxa muitas vezes zombam dos
que a sustentam, dizendo que deve ser aceite como um "mistério". O que
realmente querem dizer é que se trata de uma ideia ridícula ou contraditória (ver
mais acima). Todavia, o ser de Deus é certamente um mistério em sentido estrito.
Não pode ser conhecido pela razão humana fora da revelação bíblica, nem pode ser
conclusivamente demonstrado pela razão uma vez revelado.
No entanto, a doutrina trinitária pode e deve ser aceite por todos os que crêem na
Bíblia. É um facto notável e digno de cuidadosa consideração que depois de vinte
séculos, e de numerosas tentativas de evadi-la (arianismo, modalismo, triteísmo,
para nomear algumas) não forneceram uma melhor compreensão do ser de Deus.
Notas
4. David Baron, Rays of Messiah's Glory: Christ in the Old Testament; Winona Lake:
Alpha Publ., 1979, p. 77f, n. 1.