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Atividade III

Paula Silva e Nuno Miguel Oliveira


No âmbito da atividade III da Unidade Curricular de
Conceção e Avaliação do e-Learning, do Mestrado em
Pedagogia do e-Learning, foi solicitado aos alunos que
efetuassem a síntese de três artigos indicados pela
docente e respetiva reflexão

22-12-2010
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Parte I – Síntese dos Artigos
1. BARBERÀ, E. (2006) “Aportaciones de la tecnología a la e-Evaluación”. RED. Revista de
Educación a Distancia, Año V. Número monográfico VI. http://www.um.es/ead/red/M6/

Elena Barberà começa o seu artigo com a apresentação dos pontos fortes e fracos,
identificados pelos alunos, do ensino superior ao nível da educação online.

Pontos fortes:
1- A flexibilidade temporal e espacial é possível através da comunicação assíncrona;
2- Disponibilização prévia ao aluno de toda a sequência didática, acompanhada de um plano
de trabalho, guias de estudo e calendários que o orientam durante o curso;
3- O processo de ensino e o de aprendizagem decorrem na mesma estrutura, isto é, no
ciberespaço.

Pontos fracos:
1- Pouca flexibilidade instrucional e alguma rigidez causada pela existência de trabalhos
parcelares;
2- O aluno encontra-se à espera de uma maior personalização ao nível do processo de
aprendizagem, com a execução de tarefas de uma forma mais progressiva;
3- Retorno qualitativo dado aos trabalhos efetuados;
4- Os critérios de avaliação e de comunicação de resultados apresentam-se frágeis;
5- A dificuldade do aluno identificar o seu progresso apesar de executar as tarefas e obter
retorno;

Efeitos que a avaliação exerce sobre o processo aprendizagem:


1- Efeitos de natureza motivacional externa - tensão sentida pelos alunos face à repercussão
social; 2
2- A avaliação vista como um processo de consolidação dos conhecimentos aferindo se os
conteúdos transmitidos foram assimilados pelos alunos;
3- A avaliação influencia antecipadamente o processo aprendizagem, na medida em que esta
modela-o, ao orientar os alunos para os objetivos.

Conceito multidimensional sobre a avaliação:


1- Avaliação da aprendizagem;
2- Avaliação para a aprendizagem
3- Avaliação como aprendizagem
4- Avaliação desde a aprendizagem

A introdução da tecnologia, na educação, traduz-se em três grandes mudanças ao nível da


avaliação:
1- A avaliação automática
2- A avaliação do tipo enciclopédico
3- Avaliação colaborativa

O processo de avaliação deve ser analisado como um todo tendo em conta os seguintes
fatores:
1- Critérios de avaliação;
2- Objetivos da avaliação;
3- Ajustar as decisões educativas tendo em vista uma melhoria conceptual e procedimental;
4- A importância do feedback dado aos alunos, no contexto virtual;
5- Divergência de significados e de práticas no que se refere à participação e à interação;
6- Existência de um sistema de feedback do aluno para o professor sobre as ajudas recebidas.
2. PRIMO, Alex (2006) "Avaliação em processos de educação problematizadora online". In:
Marco Silva; Edméa Santos. (Org.). Avaliação da aprendizagem em educação online. São
Paulo: Loyola, v. , p. 38-49. http://www6.ufrgs.br/limc/PDFs/EAD5.pdf consultado em 22 de
Dezembro de 2010

No entender de Primo (2006), os processos de avaliação são característicos de um dado


modelo de ensino que, por sua vez, é determinado por uma visão específica sobre a
construção do conhecimento. Ao longo do artigo reflete-se criticamente sobre a problemática
de certa tendência em transpor os modelos de avaliação do ensino presencial tradicional para
a educação à distância. Baseando-se nas ideias de Jean Piaget e Paulo Freire, o autor do artigo
pretende explorar o processo de avaliação em cursos online, que deve ser problematizador e
dialógico. Para tal, analisa dois modelos de educação e estabelece a relação entre a construção
social do conhecimento e a avaliação online.

1. Modelos de educação

1.1. O modelo “bancário” de educação, baseado numa visão empirista e behaviorista, que
assenta nos valores da transmissão e reprodução de conteúdos, valorizando, por isso, a
vertente do ensino (unidireccionalidade) transposto para um curso online, consiste em
oferecer textos sequenciais e em testar de forma automatizada o que foi retido pelo
estudante, o que decorre num processo de interação reativa.

1.2. A educação dialógica e problematizadora baseia-se nas ideias de produção e criação


(Piaget) e organiza-se em torno da visão pessoal dos estudantes que trabalham em atividades
deliberadas, na busca de soluções para problemas contextualizados e relevantes da sua vida
(Freire). A estratégia de ensino passa pelo método de resolução de problemas, pelo que a 3
avaliação passa a contemplar todo o processo construtivo do formando, valorizando também
os trabalhos de grupo (ensino cooperativo). Na educação online, os processos educacionais
problematizadores são desenvolvidos por meio de ferramentas de comunicação, tais como:
fóruns (de discussão), mensagens instantâneas e blogues. A interação mútua é importante no
processo dialógico, mediado por computador, junto com a mediação do formador.

2. A construção social do conhecimento e avaliação online


Na senda de Piaget, a cooperação é um fator indispensável para a elaboração racional. O
trabalho em grupo é sinónimo de iniciativa e um processo ativo. No ambiente online assume
relevância a comunidade de aprendizagem que permite a criação colaborativa de
conhecimento e de sentidos. Os trabalhos dos formandos devem ser partilhados e avaliados
no grupo. Na avaliação passam a ser relevantes artigos (relatórios e/ou reflexões) escritos
pelos próprios estudantes, publicados na Web, de forma a permitir uma intervenção
problematizadora. Os diários de bordo e os blogues permitem que o formador acompanhe o
processo de aprendizagem e que o formando se consciencialize do seu percurso formativo. A
relação cooperativa é estabelecida por meio de mensagens instantâneas e fóruns. Os
trabalhos, sobretudo, na variante de projeto, são instrumentos privilegiados para avaliação
dos formandos. A autoavaliação bem como a avaliação do curso pelos formandos são
elementos a não descurar.
3. Gomes M. J. (2009) "Problemáticas da avaliação online" Actas da VI Conferência
Internacional das TIC na Educação - Challenges 2009.

1. A avaliação de cursos online é importante para acompanhamento das iniciativas e


consolidação de práticas, devendo ser feito “em processo” e de forma participada, com o
objetivo de assegurar a qualidade. Esta avaliação deve ser abrangente, multifacetada,
heurística e ao longo do processo, devendo ter em conta: a adequação da tecnologia de
suporte, o nível de interação, relevância dos conteúdos e das atividades, qualidade dos
materiais de apoio, tipos e funções de avaliações previstas, estruturas e estratégias de suporte
e competências dos professores.

2. Avaliação das aprendizagens online


Alguns aspetos comuns aos modelos de educação presencial: função, aspetos a valorizar,
quem avalia quem, o que avaliar.
Aspetos específicos: como verificar a identidade dos estudantes online, como avaliar os
processos (e não apenas os produtos), como conhecer os estudantes (sem contacto direto),
como dar feedback relevante e oportuno?
A problemática da verificação da identidade do sujeito avaliado está ligada à verificação da
identidade e à própria conceção da avaliação. Uma solução tradicional da EaD: exames ou
provas finais em regime presencial; hoje usam-se as funcionalidades de contacto vídeo,
associadas a outros serviços da Web.

3. Abordagem pedagógica e influência na avaliação das aprendizagens


A avaliação das aprendizagens depende do modelo pedagógico que está subjacente à
organização de um curso. Em termos gerais, os cursos online tendem a ser organizados de 4
acordo com duas tendências distintas:

3.1. Modelo com tendência para a reprodução do modelo organizacional mais tradicional de
ensino presencial
- Centrado na apresentação/disponibilização de conteúdos e na avaliação do desempenho
académico dos estudantes (reproduzir e aplicar os conteúdos lecionados);
- Requer auto‐estudo e aprendizagem feita individualmente e de forma isolada;
- Instrumentos de avaliação: baseados nas capacidades de automatização dos sistemas de
gestão de aprendizagens (LMS, como o Blackboard e o Moodle) e instrumentos por eles
disponibilizados (ex. testes de escolha múltipla, testes de preenchimento de espaços lacunares
ou similares, eventualmente com correção automática pelo sistema e por vezes com geração
automática a partir de um banco de questões e/ou com delimitação automática do tempo de
resposta/realização).

3.2.Modelo baseado em princípios sócio-construtivistas


- Focalizado na natureza do processo, voltado para a aprendizagem e desenvolvimento de
competências;
- Instrumentos e técnicas de avaliação: fóruns de discussão, conversação síncrona (chats e
VoIP), portefólios digitais, mapas conceptuais.

É fundamental ter em conta as diversas funções da avaliação (diagnóstica, formativa e


sumativa) para uma maior credibilização do processo.
5
Parte II – Considerações Finais
As perspetivas sobre a avaliação pedagógica, nomeadamente no que concerne à avaliação das
aprendizagens em contexto online, são vastas e assumem contornos diferentes consoante o
enfoque dado por determinado autor. No entanto, dado a importância que esta vertente
assume, urge um esforço no sentido de percecionar as principais problemáticas e linhas de
orientação, pois a qualidade dos cursos online está ligada a questões de avaliação.

Gomes (2009) refere que a avaliação dos cursos online deve ser feita “em processo” e deve
assumir um caráter abrangente e heurístico, ora tais princípios devem também prevalecer na
avaliação das aprendizagens. Depreende-se da análise dos três artigos que esta problemática
está associada às conceções de ensino e de aprendizagem vigentes em cada momento,
condicionando o tipo de função da avaliação privilegiada (diagnóstica, formativa ou sumativa),
mas também os instrumentos e técnicas utilizadas com objetivos avaliativos (Gomes, 2009, p.
1678). Primo (2006) extrapola a associação dos modelos, relacionando-os com a visão
específica sobre a construção do conhecimento. Tal como Gomes (2009), Primo também
aborda duas tendências de modelos na organização de cursos online: o modelo mais
tradicional transposto do ensino presencial (que apelida de “bancário”) e o modelo baseado
em princípios sócio-construtivistas (ligado à educação dialógica e problematizadora e refletido
na construção social do conhecimento). Gomes associa e descreve para cada tendência os
instrumentos de avaliação mais adequados: uns existentes nas próprias plataformas de
aprendizagem e outros existentes gratuitamente em inúmeras ferramentas da Web.

Barberá (2005) identificou no seu texto todo um conjunto de efeitos exercidos pela avaliação
no processo de aprendizagem apresentando ainda um conceito multidimensional de avaliação,
isto é, a avaliação da aprendizagem, a avaliação para a aprendizagem, a avaliação como
aprendizagem e a avaliação desde a aprendizagem. A introdução da tecnologia na educação
traduz-se em três grandes mudanças ao nível dos sistemas de avaliação, a saber: a avaliação 6
automática, a avaliação do tipo enciclopédico e a avaliação colaborativa, devendo, no entanto,
o processo de avaliação ser tido como um todo.

Um aspeto final a considerar quando se desenharem contextos de ensino e aprendizagem é o


facto de ser necessário contemplar um processo de avaliação completo que aponte para o
conceito multidimensional da avaliação, para critérios válidos, juízos, decisões educativas,
comentários, feedback dos professores e alunos, com o fim último de se obter uma
aprendizagem progressiva e sólida.

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