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Maria Maeno

Pesquisadora da Fundacentro – MTE

Representante da Fundacentro na Comissão de


Acompanhamento do NTEp – MPS
27/11/2009
Florianópolis - Santa Catarina
Estabelecimento do nexo causal entre o
agravo e o trabalho
1. Doenças peculiares relacionadas ao trabalho.
2. Doenças relacionadas a condições especiais
de trabalho.
3. Doenças relacionadas ao trabalho não
constantes das listas.
4. Doenças com significado epidemiológico em
determinados ramos econômicos.
Estabelecimento do nexo causal entre o
agravo e o trabalho

• Formas tradicionais de adoecimento no


trabalho, produzida ou desencadeada pelo
trabalho peculiar a determinada atividade e
constante da respectiva relação do
Ministério do Trabalho e Ministério da
Previdência Social : doenças profissionais.
Como essa forma de adoecimento tem sido sistematizada e
acolhida?
Pelo Ministério da Previdência Social - Lei 8213/1991
Decreto 3048/99, alterado pelo Decreto 6957/2009

Lista B - Anexo II – Agentes patogênicos


causadores de doenças profissionais ou do trabalho -
Lista exemplificativa

 XIV - Pneumoconiose devida à poeira de Sílica


(Silicose) (J62.8): por exposição ocupacional a
poeiras de sílica-livre (Z57.2) (Quadro XVIII)
Como essa forma de adoecimento tem sido sistematizada e
acolhida?
Pelo Ministério da Previdência Social - Lei 8213/1991
Decreto 3048/99, alterado pelo Decreto 6957/2009

Lista B - Anexo II – Agentes patogênicos


causadores de doenças profissionais ou do trabalho –
Lista exemplificativa

 IX - Mesotelioma (C45.-):Mesotelioma da pleura


(C45.0), Mesotelioma do peritônio (C45.1) e
Mesotelioma do pericárdio (C45.2): por exposição
a asbesto ou amianto (X49.-; Z57.2)
Estabelecimento do nexo causal entre o
agravo e o trabalho

2. Doenças relacionadas a condições especiais


de trabalho. Estudos têm associado com
determinadas formas de trabalhar. São
doenças com múltiplas causas, entre elas o
trabalho.
Como essa forma de adoecimento tem sido sistematizada e
acolhida?
Pelo Ministério da Previdência Social - Lei 8213/1991
Decreto 3048/99, alterado pelo Decreto 6957/2009

Lista B - Anexo II – Agentes patogênicos


causadores de doenças profissionais ou do trabalho
Lista exemplificativa

 Neoplasia maligna da cavidade nasal e dos seios


paranasais (C30-C31.-): por exposição a
radiações ionizantes (W88.-; Z57.1); níquel;
poeiras de madeira e outras poeiras orgânicas da
indústria do mobiliário (X49.-; Z57.2)
Como essa forma de adoecimento tem sido sistematizada e
acolhida?
Pelo Ministério da Previdência Social - Lei 8213/1991
Decreto 3048/99, alterado pelo Decreto 6957/2009
Lista B - Anexo II – Agentes patogênicos
causadores de doenças profissionais ou do trabalho -
Lista exemplificativa

Grupo V - Transtornos mentais relacionados com o


trabalho
 VII - Episódios Depressivos (F32.-): por
exposição a substâncias químicas (tolueno e
outros solventes aromáticos neurotóxicos (X46.-;
Como essa forma de adoecimento tem sido sistematizada e
acolhida?
Pelo Ministério da Previdência Social - Lei 8213/1991
Decreto 3048/99, alterado pelo Decreto 6957/2009

Grupo V - Transtornos mentais relacionados com o


trabalho
- Transtornos mentais orgânicos: por determinadas
substâncias químicas
- Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso
do álcool: por problemas relacionados com o emprego e
com o desemprego. Condições difíceis de trabalho
(Z56.5). Por circunstância relativa às condições de
trabalho (Y96).
Como essa forma de adoecimento tem sido sistematizada e
acolhida?
Pelo Ministério da Previdência Social - Lei 8213/1991
Decreto 3048/99, alterado pelo Decreto 6957/2009

Grupo V - Transtornos mentais relacionados com o


trabalho
 Reações ao “stress” grave e transtornos de
adaptação (F43); estado de stress pós-traumático
(F43.1): Outras dificuldades físicas e mentais
relacionadas com o trabalho : reação após
acidente do trabalho grave ou catastrófico, ou
após assalto no trabalho (Z56.6)
Como essa forma de adoecimento tem sido sistematizada e
acolhida?
Pelo Ministério da Previdência Social - Lei 8213/1991
Decreto 3048/99, alterado pelo Decreto 6957/2009
.
Grupo V - Transtornos mentais relacionados com o
trabalho
“X - Outros transtornos neuróticos especificados
(Inclui “Neurose Profissional”) (F48.8)
• Problemas relacionados com o emprego e com o desemprego (Z56.-):
• Desemprego (Z56.0); Mudança de emprego (Z56.1);
• Ameaça de perda de emprego (Z56.2); Ritmo de trabalho penoso (Z56.3);
• Desacordo com patrão e colegas de trabalho (Condições difíceis de trabalho)
(Z56.5);
• Outras dificuldades físicas e mentais relacionadas com o trabalho (Z56.6)”
Como essa forma de adoecimento tem sido sistematizada e
acolhida?
Pelo Ministério da Previdência Social - Lei 8213/1991
Decreto 3048/99, alterado pelo Decreto 6957/2009
Lista B - Anexo II – Agentes patogênicos
causadores de doenças profissionais ou do trabalho
Lista exemplificativa

Grupo XIII – Doenças do sistema osteomuscular e


do tecido conjuntivo relacionadas ao trabalho
 V - Síndrome Cervicobraquial (M53.1): por
posições forçadas e gestos repetitivos (Z57.8);
vibrações localizadas (W43.-; Z57.7)
Como essa forma de adoecimento tem sido sistematizada e
acolhida?
Pelo Ministério da Previdência Social - Lei 8213/1991
Decreto 3048/99, alterado pelo Decreto 6957/2009
Lista B - Anexo II – Agentes patogênicos
causadores de doenças profissionais ou do trabalho
Lista exemplificativa
Grupo XIII – Doenças do sistema osteomuscular
e do tecido conjuntivo relacionadas ao trabalho
 VII - Sinovites e tenossinovites (M65.-): por
posições forçadas e gestos repetitivos (Z57.8);
ritmo de trabalho penoso (Z56.3); condições
difíceis de trabalho (Z56.5)
Estabelecimento do nexo causal entre
o agravo e o trabalho

3. Em caso excepcional, constatando-se que a


doença não incluída na relação prevista nos
inciso I e II deste artigo resultou das condições
especiais em que o trabalho é executado e com
ele se relaciona diretamente, a Previdência
Social deve considerá-la acidente do trabalho.
Como essa forma de adoecimento tem sido sistematizada e
acolhida?
Pelo Ministério da Previdência Social - Lei 8213/1991

Exemplo

 Infecção do trato urinário em condições


especiais de trabalho: ausência de pausas para
necessidades fisiológicas.
Estabelecimento do nexo causal entre
o agravo e o trabalho

4. Nos casos em que a Previdência Social


constatar a associação estatisticamente
significativa entre determinadas formas de
adoecimento (CID) e o ramo de atividade
(CNAE), presumirá o caso ocupacional.

Nexo Técnico Epidemiológico


Como essa forma de adoecimento tem sido sistematizada
e acolhida?
Pelo Ministério da Previdência Social - Lei 8213/1991
Decreto 3048/99, alterado pelo Decreto 6957/2009

 Lista C – Anexo II- São indicados intervalos


de CID-10 em que se reconhece Nexo Técnico
Epidemiológico, na forma do § 3o do art. 337,
entre a entidade mórbida e as classes de CNAE
indicadas, nelas incluídas todas as subclasses 
cujos quatro dígitos iniciais sejam comuns. 
Como essa forma de adoecimento tem sido sistematizada
e acolhida?
Pelo Ministério da Previdência Social - Lei 8213/1991
Decreto 3048/99, alterado pelo Decreto 6957/2009
CID F30-F39
CNAE
0710  0892  0990  1011  1012  1013  1031  1220  1311  1313 
1314  1321  1330  1340  1351  1359  1411  1412  1413  1422 
1531  1532  1540  2091  2123  2511  2710  2751  2861  2930 
2945 3299  3600  4636  4711  4753  4756  4759  4762  4911
4912 4921  4922  4923  4924  4929  5111  5120  5221  5222
5223  5229  5310  5620  6110  6120  6130  6141  6142  6143 
6190  6311  6422  6423  6431  6550  8121  8122  8129  8411
8413  8423  8424  8610  8711  8720  8730  8800
Portanto, com o NTEp

Houve ampliação das possibilidades de


estabelecer o nexo causal entre um agravo e o
trabalho. Exemplo:
Na lista de agravos relacionados com o trabalho,
constavam desde 1999 os episódios depressivos
decorrentes de exposição a produtos químicos.

Com o NTEp, os episódios depressivos


relacionados a aspectos da organização do
trabalho passaram a ser reconhecidos.
No entanto, a implementação depende
No entanto, a implementação depende

 De bases legais e normativas – Lei 8213/91 e


Decreto 3048/99, alterado pelo Decreto
6957/2009 e fluxo administrativo (IN 31/2008).

Interpretações polêmicas da Lei e do Decreto:


“A empresa poderá requerer não aplicação do
nexo técnico epidemiológico, de cuja decisão
caberá recurso com efeito suspensivo, da empresa
ou do segurado, ao Conselho de Recursos da
Previdência Social.”
No entanto, a implementação depende

 De bases legais e normativas – Lei 8213/91 e


Decreto 3048/99, alterado pelo Decreto
6957/2009 e fluxo administrativo (IN 31/2008).

Interpretações polêmicas da Lei e do Decreto,


expressas na IN 31, que motivou uma Notificação
Recomendatória do Ministério Público do
Trabalho de Chapecó – SC – Procurador Sandro
Eduardo Sardá.
A Notificação Recomendatória
sobre a IN 31 assinala

O equívoco terminológico e jurídico ao


utilizar-se do termo “nexo técnico” para denominar
o “nexo causal”, já consagrado pelos §§ 6º e 7º do
art. 337 do Decreto 3.048/99, bem como pela
melhor doutrina pátria.
A Notificação Recomendatória
sobre a IN 31 assinala
O caput do art. 3º da IN 31, introduz de forma
inovadora e antijurídica o conceito de nexo de natureza “não
causal”.

A terminologia “nexo não causal”, encerra


verdadeiro contraditio in terminus, porquanto do ponto de
vista conceitual nexo é justamente a relação entre a causa e o
efeito.
A Notificação Recomendatória
sobre a IN 31 assinala
O § 1º do Art. 4º da IN 31 prevê a possibilidade de a
empresa interpor recurso visando à desconstituição do nexo
causal em relação as doenças profissionais.

No caso das doenças profissionais, o nexo causal


gera presunção absoluta da natureza ocupacional do agravo.
O empregador não pode sequer tentar elidir essa
presunção.

Gustavo Felipe Barbosa Garcia:


In Acidentes do trabalho – doenças ocupacionais e nexo
técnico epidemiológico, São Paulo: Método, 2007, p. 95)
A Notificação Recomendatória
sobre a IN 31 assinala

A exclusão do item explicitado na IN 16,


revogada, que garantia ao segurado receber “cópia da
conclusão pericial e de sua justificativa, em caso de não
aplicação do NTEP pela perícia médica.”
A IN 31 ainda
O ônus não passa novamente a ser do segurado,
contrariando o que norteou o NTEp?
Diz a lei que a empresa pode requerer a não
aplicação do critério epidemiológico (NTEp) para o
estabelecimento do nexo causal.

O fluxo determinado pela IN 31 não coloca a


obrigatoriedade de defesa do NTEp por parte do INSS, e sim
por parte do segurado, que “será oficiado...” e “apresentará a
documentação probatória, com o objetivo de demonstrar a
inexistência do nexo técnico entre o trabalho e o agravo.”
E o que o INSS considera para
descaracterizar um caso de NTEp?

Documentos auto-declaratórios de conformidade legal


PPRA A mesma empresa que não
PCMSO emite CAT, poderá
PPP apresentar documentos
produzidos por ela mesma?
Laudo ergonômico
Avaliações ambientais específicas
etc
No entanto, a implementação depende
No entanto, a implementação depende
No entanto, a implementação depende
No entanto, a implementação depende
No entanto, a implementação depende
No entanto, a implementação depende

Centralizada, fechada e pouco permeável.

Participação da sociedade limitada. Integração com


a sociedade limitada.
No entanto, a implementação depende

Diretrizes de incapacidade de Ortopedia e Saúde


Mental entraram em consulta pública, mas ora em
vigência não são acessíveis.

Dificuldades em obter informações. Ex.:


justificativa de não aplicação do NTEp.
No entanto, a implementação depende

Por lei, o perito pode descaracterizar um agravo que


tenha nexo epidemiológico com o ramo de
atividade. Mas quais têm sido os argumentos para
descaracterizar uma associação decorrente do maior
estudo de benefícios por incapacidade do país?
Em caso de contestação da empresa, o INSS deve
defender o NTEp. A defesa por parte do segurado é
facultativa. Isso tem ocorrido?
No entanto, a implementação depende
No entanto, a implementação depende

Dos Recursos Humanos do INSS (médicos peritos)

Formação acadêmica insuficiente para a compreensão


saúde e trabalho.

Formação e treinamento internos preconceituosos,


enviesados.

Sistema que não propicia contato humanizado com o


segurado.
No entanto, a implementação depende

Dos Recursos Humanos do INSS (médicos peritos)

Falta de retaguarda clínica especializada.

Sistema que não coíbe conflito de interesses.

Alto índice de afastamentos dos peritos, por doença,


não é analisado.
Adicionalmente a esses múltiplos problemas
Adicionalmente a esses múltiplos problemas
Ausência de avaliação real da implementação
do NTEp:

• Sabemos quantos benefícios têm sido concedidos. E


os requerimentos de benefícios por incapacidade
indeferidos?
• Só sabemos quantos benefícios acidentários têm sido
concedidos. Quantos casos requeridos como
acidentários têm sido indeferidos? Desses, quantos
com NTEp têm sido descaracterizados nas perícias?
• Quais têm sido as justificativas alegadas nas perícias
para as descaracterizações? Elas têm sido analisadas?
Isto é justificativa para descaracterizar caso de NTEp?
O que quer dizer o texto abaixo?

Informamos, ainda, que foi afastada a aplicação do


nexo epidemiológico entre o agravo e a
profissiografia, conforme parágrafo 6º do artigo 337
do Decreto 3048, de 06/05/1999. O benefício foi
concedido em espécie não-acidentária. Eventuais
discordâncias poderão motivar recurso por parte de
V.Sa à Junta de Recursos da Previdência Social, pelo
prazo de 30 dias.

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