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Departamento de Microbiologia

Instituto de Ciências Biológicas


Universidade Federal de Minas Gerais
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Agentes etiológicos das micoses cutâneas


Introdução
As micoses cutâneas podem ser classificadas em dermatofitoses ou ceratofitoses. As derma-
tofitoses são infecções causadas pelos fungos dermatófitos pertencentes aos gêneros Epider-
mophyton, Microsporum, e Trichophyton. Eles colonizam a pele, pêlos e unhas dos hospedei-
ros atingindo apenas os tecidos queratinizados. Porém, possuem maior propriedade invasiva
do que fungos ceratófitos, causadores de infecções superficiais. Isto ocorre porque este gru-
po de fungos utiliza a queratina como fonte de carbono. São responsáveis por várias doen-
ças não sistêmicas, sendo que alguns desenvolveram uma relação de comensalismo com o
hospedeiro.

As ceratofitoses incluem as seguintes infecções fúngicas e seus agentes etiológicos: pitiríase


versicolor ou tinea versicolor (Malassezia furfur); piedra negra (Piedraia hortae); piedra branca
(Trichosporon cutaneum (beigelii)); tinea nigra palmaris (Hortaea werneckii, também conhecido
pelos nomes Exophiala werneckii, Cladosporium werneckii, Phaeoannellomyces werneckii). Essas
micoses superficiais determinam alterações apenas na camada mais superficial da pele e não
induzem, na maioria das vezes, resposta inflamatória no hospedeiro.

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A candidíase da pele e unha, e infecções da unha causadas por Alternaria spp., Scopulariopsis
spp. e Aspergillus spp. estão entre as dermatomicoses.

Cerafitoses

Pitiríase versicolor ou Tinea versicolor

Etiopatogênese
Manchas geralmente brancas, descamantes, na forma de confete, que tendem a se confluir
especialmente na região do pescoço, tórax, costas. Geralmente não há irritação ou coceira. O
agente etiológio é o fungo Malassezia furfur.

Habitat
Couro cabeludo de humanos.

Diagnóstico laboratorial
Observação ao microscópio óptico: Deve-se depositar material obtido de escamas da lesão no
hospedeiro em uma lâmina. Adiciona-se uma gota de KOH a 10%. Após colocar a lamínula,
aquece-se o material e o observa no microscópio óptico com aumento de 10 e 45 vezes.


Método da fita adesiva
Deve-se pressionar um pedaço de fita durex sobre as lesões. Em seguida colocar a fita sobre
a lâmina e examinar ao M.O.

O exame direto
Também pode ser realizado após coloração com iodo ou com hematoxilina férrica, por exem-
plo.

No hospedeiro o fungo possui células arredondadas ou ovais, com broto separado das célu-
las.

A cultura deve ser realizada utilizando-se escamas retiradas das lesões e meio Mycosel (Ágar
Sabouraud, cloranfenicol, cicloheximida). Deve-se cobrir a placa com uma camada de azeite
de oliva. Incubar a 37ºC.

Tratamento
Aplicação tópica de hipossulfito de sódio a 30%, violeta de Genciana, iodo, ácido salicílico,
ácido benzóico, Miconazol, Ketoconazol, xampu com sais de selênio. As roupas devem ser
desinfetadas.

Piedra negra

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Etiopatogênese
Nódulos negros, irregulares e firmes, aderidos às hastes dos pelos causados pelo fungo Pie-
draia hortae (Ascomycotina).

Habitat
Plantas e árvores de clima tropical.

Diagnóstico
Exame direto: Fragmentos de pêlos infectados devem ser depositados na lâmina e adicionada
uma gota de KOH. Após o aquecimento do material, observar ao M.O., utilizando aumento de
10 e 45X. Os ascósporos do fungo no hospedeiro possuem forma de fuso.

Cultiva-se o material infectado em ágar Sabouraud com cloranfenicol.

Tratamento
Os pêlos infectados devem ser raspados.

No tratamento tópico utiliza-se HgCl2 (1:2000), ácido salicílico, ácido benzóico, enxofre a 3%,
formalina a 2%.


Piedra Branca

Etiopatogênese
Nódulos brancos, macios, geralmente nos pêlos da barba, axilas e região inguinal que têm
como agente etiológico Trichosporon cutaneum (T. beigelii).

Habitat
Solo, ar, água, escarro, pele.

Diagnóstico
Fragmentos de pêlos infectados devem ser depositados na lâmina e adicionada uma gota de
KOH. Após o aquecimento do material, observar ao M.O., utilizando aumento de 10 e 45X.

Amostras do material infectado devem ser utilizadas para cultura em ágar Sabouraud com
cloranfenicol.

Tratamento
Semelhante a piedra negra.

Tinea nigra palmaris


Etiopatogênese
Manchas escuras na palma da mão ou planta dos pés são causadas pelo fungo Hortaea werne-

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ckii (também conhecido por Exophiala werneckii, Cladosporium werneckii, Phaeoannellomyces
werneckii).

Diagnóstico
Amostra de pele infectada deve ser depositada na lâmina e adicionada uma gota de KOH.
Após o aquecimento do material, observar ao M.O., utilizando aumento de 10 e 45X. Observa-
se a presença de material marrom incluindo hifas septadas e células leveduriformes escuras
com brotamento.

Cultivam-se amostras de material infectado em ágar Sabouraud com cloranfenicol.

Tratamento
No tratamento tópico utiliza-se HgCl2 (1:2000), ácido salicílico, ácido benzóico, enxofre a 3%,
formalina a 2%.

Dermatofitoses

As lesões causadas por dermatófitos começam na camada córnea da pele, na pele glabra, cen-
tripetamente. Ocasionam reação eritematosa e descamativa, com posterior inflamação.

As reações alérgicas associadas são denominadas dermatofítides (ides).


Os dermatófitos se distribuem em todo o mundo e são classificados de acordo com o ha-
bitat preferencial em geofílicos, zoofílicos e antropofílicos. As infecções no homem ocorrem
quando há contanto com a terra e animais infectados. Podem decorrer também de contatos
isolados com pentes, escovas, costas de cadeiras, roupas de cama, toalhas e roupas íntimas
contaminadas. Alguns fatores predisponentes à infecção são traumas, sudorese, tendência
genética e variação sazonal.

Diagnóstico laboratorial

Exame direto de raspado de lesões: Após adicionar KOH a 20% observa-se em M.O. hifas septa-
das e artrósporos.

Para a cultura utiliza-se meio de Mycosel. Colônias cotonosas ou pulverulentas com produção
de pigmentos. Pode-se observar a presença de macroconídia, microconídia, hifas espiraladas
(Figura 1, 2 e 3 ).

Tratamento

Utiliza-se iodo, ácido salicílico, ácido benzóico, griseofulvina (Grifulvin). Imidazólicos: Micona-
zol (Vodol, Daktrain), Ketoconazol (Nizoral), Tioconazol, Terbinafina e Amorolfina.

Bibliografia

MURRAY, P.R. et al. Microbiologia Médica. 4.ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan,
2004.

Agentes etiológicos das micoses cutâneas - Departamento de Microbiologia - ICB/UFMG - Net Micro
TORTORA G.J. et al. Microbiologia. 8.ed. Editora ArtMed, 2005.

RESENDE, M. A. Etiologia das micoses cutâneas (dermatomicoses). In: AULA PARA A


DISCIPLINA MICROBIOLOGIA MÉDICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA, 2006,
UFMG, Belo Horizonte.

Microsporum canis, Trichophyton mentagrophytes e Trichophyton rubrum.


Ilustrações: Mário Silva

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