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de Apoio ao Professor
PARTE II – O volume 2
UNIDADE I – OS DIFERENTES POVOS DA AMÉRICA
Capítulo 1. As culturas indígenas americanas ..................................................... 8
Capítulo 2. A colonização da América espanhola ............................................. 10
Capítulo 3. A colonização da América inglesa ................................................... 12
1. A era da informação
Tornou-se lugar comum dizer que vivemos numa “sociedade da informação”
ou numa “sociedade do conhecimento”, na qual a informação, o know-how, o saber,
a competência tornaram-se, ao longo das últimas duas décadas, os bens mais pre-
ciosos. Por isso, vale a pena refletir aqui, mesmo que brevemente, sobre o signifi-
cado dessa transformação social e em como ela modifica a maneira de abordar-
mos o saber histórico na sala de aula.
A sociedade do conhecimento é marcada, em primeiro lugar, pelo desenvolvi-
mento explosivo e ininterrupto da tecnologia da informação (TI), que introduziu
novas formas de produção e, em conseqüência, novos modos de relacionamento
entre as pessoas.
A internet, o e-mail, a TV a cabo, o celular, a videoconferência, etc. sedimentaram
uma sociedade em rede, na qual as relações sociais são intensificadas e, ao mesmo
tempo, esvaziadas, aproximando pessoas distantes e distanciando pessoas próximas,
encurtando distâncias e acelerando o tempo, mas reduzindo a possibilidade que se
tem para desfrutar a companhia dos amigos e familiares.
Tudo se interliga. Os acontecimentos de uma região são formados por even-
tos que ocorrem a milhas de distância, não há mais fatos que não produzam uma
série de ecos, reflexos e ressonâncias imprevisíveis e inesperados. Um exemplo
disso foram as imensas passeatas contra a guerra do Iraque em 2003, ocorridas
simultaneamente quase no mundo inteiro. Um evento aparentemente restrito à
política do Oriente Médio mobilizou milhões de pes-soas no mundo todo,
convocadas via internet ou e-mail, que deram uma demonstração de força no
repúdio à guerra e ao colonialismo. Há, portanto, na sociedade da informação
uma dialética entre o local e o global, na medida em que problemas aparente-
mente localizados podem interferir na vida de todas as pessoas, exigindo uma
solução global.
2. A “hibridização” cultural
O efeito mais importante dessa transformação social é a mistura de valores,
línguas e culturas, provocando o que os antropólogos hoje chamam de hibridização
cultural. A hibridização ocorre porque os bloqueios físicos e ideológicos à livre
difusão do conhecimento, da cultura e da educação tendem a diminuir, permitindo
que povos de diferentes partes do mundo tenham acesso aos valores uns dos
outros e se engajem em processos de fusão e difusão de suas respectivas identi-
dades culturais.
O entendimento entre os povos, porém, não é tão fácil. O recrudescimento das
guerras civis, das rivalidades religiosas ou inter-étnicas em certas regiões do mundo
pode ser interpretado como reações ou movimentos destinados a frear essas trans-
formações reafirmando identidades regionais. Vivemos, portanto, um novo cosmopolitismo,
semelhante, talvez, aos últimos séculos do Império Romano, quando ocorreu um grande
processo de mistura de diferentes culturas.
O conhecimento histórico não pode ficar indiferente a esse conjunto tão rico
de transformações, que sugerem modificações didáticas e epistemológicas funda-
mentais na abordagem do saber histórico na sala de aula. É a esse desafio que este
livro tenta responder, adaptando o saber histórico às necessidades da sociedade
da informação.
Como já haviam suspeitado filósofos como Kant e Hegel, o conhecimento não
é um dado bruto da realidade, que bastaria coletar e repetir, ao contrário, o conheci-
mento depende da intervenção ativa do sujeito que conhece, ele é uma construção
do sujeito que interpreta a realidade segundo seus critérios mentais e as determi-
nações de sua sociedade e sua cultura. Nietzsche afirmou que todo saber é
perspectivo e a história é o exemplo por excelência dessa idéia. Assim, num de seus
ensaios mais importantes (Sobre a vantagem e a desvantagem da história para a vida),
ele exigia um saber histórico voltado para a vida, que respondesse às necessidades
do tempo presente dos homens.
4. A estrutura da coleção
Baseando-se numa pedagogia não-diretiva, esta obra procura ser mais do que um
livro básico de consulta; ela pretende oferecer as referências fundamentais para que o
professor possa abordar a história em distintas dimensões. A coleção não direciona o
olhar, não fornece uma narrativa ou interpretação única do processo histórico, mas
apresenta-se como um texto aberto, contendo múltiplas referências e sugestões de
trabalho e deixando o professor livre para explorá-las junto com seus alunos na sala
de aula.
O professor poderá utilizar o livro de diferentes formas, aprofundando certos assun-
tos mais que outros, associando diferentes processos históricos simultâneos ou sucessi-
vos, fazendo interconexões entre épocas e lugares diferentes, enfim, explorando as fontes
fornecidas pelo texto segundo os objetivos e a proposta pedagógica de cada escola. Como
Texto complementar
As leituras selecionadas para esta seção caracterizam-se pela diversidade de
gêneros textuais (textos jornalísticos, históricos, científicos, de apoio didático) e
pelas possibilidades de ampliar o conhecimento sobre o tema, estimular o debate
e a habilidade de argumentação.
As questões da seção Compreendendo o texto, ao final da leitura, visam desen-
volver a capacidade de compreensão, ou seja, de extrair do texto as informações e
idéias centrais, explícitas ou subentendidas, relacioná-las e, nos casos pertinentes,
posicionar-se diante de um debate ou interpretação histórica.
O trabalho com estes textos pode ser iniciado solicitando aos alunos para enu-
merar os parágrafos e, à medida que a leitura for sendo feita, ir destacando as palavras
consideradas difíceis. O próximo passo é procurar no dicionário o significado dos
termos apontados e anotá-los no caderno. Em seguida, pedir aos alunos para identifi-
car, oralmente, a idéia ou a característica principal de cada parágrafo. Feito este estudo
prévio, encaminhar o trabalho de formulação das respostas, que pode ser realizado
individualmente ou em dupla.
Atividades
Explorando o conhecimento
As questões propostas neste primeiro item têm como finalidade sistematizar
os conteúdos estudados no capítulo e desenvolver habilidades cognitivas próprias
da disciplina e da prática educativa, em especial a comparação, a observação, a
interpretação, a produção de textos, o juízo crítico e as noções de cronologia.
Nestas atividades, oferecemos ao professor uma variedade de questões que
trazem textos variados, pinturas, gráficos, tabelas, mapas e charges, que possibili-
tam aprofundar os conceitos de cada capítulo, discutir a dinâmica da produção
histórica, compreender como os indivíduos do passado enxergavam o seu pró-
prio tempo e como outras pessoas, que viveram em épocas posteriores, interpre-
taram os registros do passado.
Questões de Vestibular/Enem
O ensino médio não pode ficar refém de um modelo educacional voltado para os
vestibulares, mas também não pode se esquivar dessa tarefa. Criar condições para que
todos os alunos ingressem em boas universidades e possam se servir dos recursos públi-
cos destinados ao ensino superior, qualificando-se para exercer a vida social e profissional,
é parte da tarefa de democratizar a sociedade brasileira.
Entendemos também que a universalização do ensino superior significaria, em última
instância, a extensão da obrigatoriedade para a educação superior e a extinção dos vesti-
bulares. Infelizmente, não há perspectivas de que isso ocorra em um futuro próximo.
Diante dessa realidade e da importância de ampliar ao máximo o acesso à educação
superior, selecionamos nesta coleção questões de diferentes universidades do país e das
provas anuais do Enem, procurando contemplar os conteúdos essenciais de cada capítulo
e atender aos objetivos estabelecidos para a disciplina, tanto os que envolvem questões
conceituais quanto aqueles que remetem à tarefa de preparar para a prática da cidadania.
As questões objetivas podem ser respondidas oralmente ou por escrito, no ca-
derno, conforme critério estabelecido pelo professor. Quanto às questões discursivas,
elas podem ser trabalhadas individualmente ou em dupla, ou ainda servir de material
de trabalho em grupo. As respostas das questões de vestibular e do Enem estão no
final deste suplemento.
Sugestões de filmes
Ao final dos capítulos, apresentamos um ou mais filmes recomendados para o
trabalho com os conteúdos tratados em cada caso. Sugerimos ao professor assistir ao
filme antes de exibi-lo aos alunos, para avaliar a adequação do filme à realidade de seus
alunos ou, se for o caso, para selecionar as passagens mais apropriadas para o trabalho
que propôs desenvolver.
O trabalho com o cinema nas aulas de História não pode prescindir de uma
demarcação prévia entre o que é conhecimento histórico e o que é ficção, para não se
correr o risco de confundir história com arte. O cinema é uma interpretação livre do
passado, sem compromisso com a objetividade e a documentação, ao contrário da
ciência histórica, que não pode se furtar do compromisso com a objetividade e os
registros do passado. Nesse sentido, a obra cinematográfica nos diz mais sobre a
época em que foi feita do que sobre o fato histórico que inspirou o enredo.
PARTE II — O VOLUME 2 9
Atividades econômicas e
Texto complementar p. 28
formas de trabalho p. 25
O Conselho das Índias
No que se refere à atividade econômica na América
espanhola, é fundamental que o professor explique a no- O documento selecionado foi produzido pelo Con-
ção de exclusivo ou de pacto colonial, estabelecendo rela- selho das Índias, órgão administrativo criado pela Coroa
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ções com os conceitos de mercantilismo e acumulação espanhola com a função de regulamentar toda a adminis-
primitiva de capital, se necessário retomando conteúdos tração colonial, sendo responsável pela criação dos Vice-
trabalhados em séries anteriores. Reinados e das Capitanias Gerais e pela nomeação de
Podemos dizer que o objetivo econômico do pacto seus dirigentes.
colonial era a criação de um mercado e de uma área de O documento em questão tem o intuito de sensibili-
produção colonial totalmente controlada pela metrópo- zar os alunos para a leitura e a interpretação de fontes
le.Teoricamente, as áreas coloniais só poderiam produzir históricas, propiciando um contato com a matéria-prima do
aquilo que a metrópole, por condições geográficas ou his- historiador e aproximando o educando da construção do
tóricas, não tinha condições de garantir, daí o caráter com- conhecimento histórico. Como se trata de um texto de
plementar da economia colonial, isto é, a sua função pri- época, é preciso que o professor, em primeiro lugar, chame
mordial de abastecer a metrópole dos produtos necessá- a atenção para a data a que se refere o documento, quem
rios à auto-suficiência. O elemento de sustentação eco- o produziu e com qual finalidade. É importante ainda pro-
nômica mais importante na relação metrópole-colônia gramar uma leitura cuidadosa esclarecendo termos ou
era dado pelo monopólio comercial. Esse monopólio ga- expressões mais complexas, além de confrontar o docu-
rantia ao grupo mercantil metropolitano o direito exclu- mento com o que informa o livro didático. Num segundo
sivo de compra e venda das mercadorias produzidas pela momento, podem-se aproveitar as questões propostas que
colônia, além do direito de comercialização dos produtos buscam facilitar a compreensão do texto.
europeus importados pelos colonos.
Leia no boxe a seguir como o historiador Fernando Atividades p. 29
A. Novais definiu o exclusivo metropolitano. A questão 4 tem como objetivo fornecer subsídios
para comparar a prática da escravidão africana na América
O exclusivo metropolitano espanhola e na América portuguesa. É importante que o
“Reservando-se a exclusividade do comércio com aluno saiba que poucos territórios da América hispânica
o Ultramar, as metrópoles européias na realidade orga- utilizaram, sistematicamente, o trabalho escravo africano;
nizavam um quadro institucional de relações tendentes estima-se que apenas cerca de 10% dos africanos introdu-
a promover necessariamente um estímulo à acumula- zidos na América tenham ido para as colônias espanholas,
ção primitiva de capital na economia metropolitana a principalmente para suprir a carência da mão-de-obra in-
expensas das economias periféricas coloniais. O chama- dígena. Cuba, nas Antilhas, foi uma exceção. A alta dos pre-
do ‘monopólio colonial’, ou mais corretamente e usando ços do açúcar na Europa, durante o século XVIII, impulsio-
um termo da própria época, o regime do ‘exclusivo’ me- nou a expansão dos engenhos cubanos, que passaram a ser
tropolitano constituía-se, pois, no mecanismo por exce- operados por um grande contingente de africanos.
lência do sistema, através do qual se processava o ajus- Na questão 5 é importante o aluno destacar as seme-
tamento da expansão colonizadora aos processos da lhanças e as diferenças entre as haciendas da América espa-
economia e da sociedade européias em transição para nhola e o sistema de plantation, que vigorou na América
o capitalismo integral. [...] portuguesa.Tanto um quanto outro se caracterizavam pela
Efetivamente, detendo a exclusividade da compra monocultura de produtos tropicais e pelo predomínio do
dos produtos coloniais, os mercadores da mãe-pátria trabalho compulsório; no entanto, enquanto a produção
podiam deprimir na colônia seus preços até ao nível [...] da América portuguesa destinava-se principalmente ao mer-
dos custos de produção; a revenda na metrópole, onde cado externo, as haciendas da América hispânica produzi-
➜ am para um mercado mais restrito, local ou regional.
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O PRINCÍPIO DA GLOBALIZAÇÃO
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PARTE II — O VOLUME 2 19
quilombolas plantavam, criavam porcos e galinhas, o que lhes que vale a pena ser conhecido pelos alunos.
garantia a sobrevivência e a produção de algum excedente
que podia ser vendido ou trocado.
A comunidade sobreviveu por quase cem anos (c.1600- CAPÍTULO 7. A MINERAÇÃO NO BRASIL
1694) e durante esse período resistiu bravamente a uma
COLONIAL
série de tentativas de desmantelamento. Sem dúvida, os
moradores de Palmares foram favorecidos pelo período Conteúdos e objetivos
em que os senhores de engenho e as autoridades locais O presente capítulo aborda o movimento que levou à
estavam envolvidos na luta contra os holandeses, que per- descoberta de metais preciosos no interior da colônia e as
maneceram no nordeste de 1630 a 1654. Estima-se que a mudanças sociais, políticas, econômicas e culturais advindas
população do quilombo tenha chegado a 20-30 mil habi- desse acontecimento. Neste estudo, os alunos vão se infor-
tantes. O quilombo só foi destruído em 1694 pelo serviço mar sobre as expedições organizadas para capturar índios e
de um bandeirante veterano, Domingos Jorge Velho, con- explorar metais preciosos no sertão, o deslocamento
tratado pelas autoridades. No ano seguinte, Zumbi, o últi- populacional para a região das minas, as formas de controle
mo líder do quilombo, foi caçado e morto. Sua cabeça foi da mineração exercidas pelo Estado português e as reformas
cortada e levada para Recife para ser exposta em praça implantadas pelo Marquês de Pombal no modelo administra-
pública, servindo de exemplo a todos os escravos. A data tivo colonial.
da morte de Zumbi, 20 de novembro, transformou-se no A seleção e a abordagem desses conteúdos visam
Dia Nacional da Consciência Negra. desenvolver conceitos, procedimentos e atitudes, entre
os quais se destacam:
Comunidades remanescentes • Reconhecer, a partir da leitura de mapas e de um
de quilombos texto de época, o papel das bandeiras na configuração
territorial da América portuguesa e na redução demográfica
É importante lembrar que atualmente já foram re- das populações indígenas da colônia.
conhecidas e identificadas pelo governo diversas co- • Caracterizar a política tributária implantada pela Co-
munidades de remanescentes dos antigos quilombos. roa portuguesa na região das minas.
A maioria está concentrada na Região Nordeste, prin- • Observar e interpretar gravura representando a téc-
cipalmente nos estados da Bahia e do Maranhão. Na nica de exploração do ouro e o trabalho dos escravos
Região Sudeste, São Paulo e Minas Gerais têm o maior africanos na mineração colonial.
número de comunidades. A atual Constituição brasi- • Analisar e comparar a mineração da época colonial
leira garantiu aos descendentes dos antigos quilombolas com a atuação de companhias mineradoras no Brasil atual,
o direito à terra que tradicionalmente lhes pertence. destacando mudanças e permanências.
• Desenvolver a noção de respeito à diversidade cul-
Texto complementar p. 66 tural e ao patrimônio histórico como testemunho da me-
mória coletiva de um povo.
Tempos flamengos
O texto complementar selecionado merece uma aten-
ção especial do professor, tanto pela originalidade da análise, Página de abertura p. 70
quanto pela propriedade do autor. O texto é do historiador As imagens e o texto de abertura lançam uma ques-
brasileiro Sérgio Buarque de Holanda, um dos grandes tão relevante e atual que tem sido muito debatida, tanto
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O relato de John Mawe, na questão 8, rebate a idéia onando com a família patriarcal e comparando com mo-
do fausto que, segundo alguns autores, teria caracterizado radias atuais.
a sociedade mineradora. Citando a descrição feita pelo • Analisar o surgimento de vilas e cidades, além do
inglês Mawe de sua viagem pela capitania de Minas Gerais movimento estético e cultural do barroco.
no início do século XIX, a historiadora Laura de Mello e • Discutir as diferenças de gênero no passado e no
Souza, em sua obra Desclassificados do ouro, desenvolve presente valorizando a participação de minorias no dis-
um detalhado estudo para demonstrar que a suposta ri- curso da história.
queza das Minas Gerais representou uma exceção, só acu- • Problematizar o papel da religiosidade popular na co-
mulada por um grupo muito pequeno de pessoas, em lônia a partir do papel das irmandades religiosas.
particular tropeiros, que fizeram fortunas com o comér- • Ler e interpretar letra de música, posicionando-se
cio de artigos manufaturados e de gado entre as minas e em relação à idéia que ela contém.
outras regiões da colônia. • Realizar pesquisa sobre as festas religiosas existen-
A questão 10 possibilita discutir o conceito de de- tes na região e sistematizar os resultados na exposição
senvolvimento sustentável, ou seja, a busca do equilí- de um painel.
brio entre crescimento econômico, desenvolvimento
tecnológico, preservação ambiental e qualidade de vida. Texto de abertura p. 83
Para tal, é importante discutir aspectos tais como edu- O texto de abertura destaca as mudanças na família
cação, alimentação, saúde, lazer; preservação dos recur- brasileira nos últimos tempos, refletida não só na diminuição
sos naturais, tais como água, energia e patrimônio flores- do número de filhos, como na própria idéia de família. Nesse
tal; construção de uma política social que garanta empre- sentido, é importante que os alunos percebam que existem
go, moradia, amparo à velhice, a erradicação da miséria e diferentes formas de organização familiar e que não há um
do preconceito, bem como a implementação de progra- modelo prédeterminado de família, composto de pai, mãe e
mas de universalização do acesso a todos os níveis de filhos.A família é constituída daqueles que convivem em um
escolaridade, sem prejuízo da qualidade do ensino e das determinado ambiente e que estabelecem entre si relações
condições salariais e profissionais dos educadores. afetivas. Valorizando a experiência dos próprios alunos, o
professor poderá promover uma discussão que problematize
a questão dos novos modelos familiares, com a intenção de
CAPÍTULO 8. RELIGIÃO E SOCIEDADE NA
romper com os esteriótipos e preconceitos acerca da exis-
AMÉRICA PORTUGUESA tência de uma família ideal, romantizada, tanto no presente
Conteúdos e objetivos quanto no passado.
Neste capítulo estão em foco as relações sociais na
América portuguesa, chamando a atenção para os estratos Sexo frágil? p. 85
sociais mais desvalorizados ou excluídos da sociedade, como Discutir o papel da mulher na sociedade colonial é
as mulheres, os escravos e os brancos pobres. O interesse um tema relevante para os nossos dias. Na historiografia,
da historiografia nesses sujeitos da história trouxe contri- as massas populares, os excluídos passaram a ter papel
buições importantes, pois revelou a existência de outros de destaque no discurso da história a partir da década de
modelos de organização social, outras formas de sociabili- 1970, na valorização da história do cotidiano e dos siste-
dade e de resistência ao poder, resultando numa visão mais mas de poder. Os chamados “estudos de gênero”, em que
ampla e plural da vida social nesse período. se despontou a história das mulheres, surgiram nesse con-
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As distinções sociais entre cristãos-velhos e cris- leiro. O interessante é destacar a presença da língua ioruba
tãos-novos serão referendadas também pelo estatuto nos rituais. Semelhante ao latim antigo, o ioruba é a língua
de pureza de sangue — espécie de documento que litúrgica das cerimônias e rituais do candomblé, exemplo de
comprovava a idoneidade, ou a legitimidade do cris- uma língua já extinta que permaneceu viva contribuindo para
tão, provando que seus antecedentes tinham “sangue preservar a memória africana no Brasil.
puro”, imaculado e, portanto, mereciam receber to-
dos os benefícios disponibilizados pelo Estado. Os con- Sugestão de atividade
vertidos, ao contrário, estavam sujeitos a uma série
É importante mostrar que os africanos vindos para
de proibições, como a de ocupar cargos públicos ou
o Brasil trouxeram tradições que foram incorporadas
exercer funções eclesiásticas. Com a instalação do
à cultura brasileira. Nesse sentido, o professor pode
Tribunal do Santo Ofício em Portugal, os principais trabalhar o texto selecionado da página 92, de João
suspeitos e acusados foram os cristãos-novos, que José Reis. Depois da leitura minuciosa, o professor pode
formaram o maior número de processados pela sugerir que os alunos pesquisem a presença de irman-
Inquisição durante a sua existência em terras portu- dades ou ordens religiosas na sua região. Peça a eles
guesas (1536-1821). para programar uma entrevista com algum represen-
tante da comunidade religiosa e questionar o seu fun-
Sugestões de leitura cionamento. Eles também podem visitar um cemitério
mais antigo da região e identificar os espaços reserva-
GORDON, Noah. O último judeu: uma história de ter- dos às irmandades. Proponha a eles buscar informa-
ror na Inquisição. Rio de Janeiro, Rocco, 2000. ções sobre como atuam as comunidades religiosas atu-
NOVINSKI, Anita. Cristãos novos na Bahia: a Inquisição almente e estabelecer comparações com o modelo de
no Brasil. São Paulo, Perspectiva, 1992. irmandades da época colonial.
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Água
Hoje, metade da população mundial (mais de 3 bilhões de pessoas) enfrenta
problemas de abastecimento de água. Muitas fontes de água doce estão poluídas
ou, simplesmente, secaram. Recife, capital de Pernambuco, em vários períodos do
ano é submetida a um racionamento rigoroso, em outros, não tem água mesmo. O
racionamento também já chegou a São Paulo, podendo atingir 3 milhões dos 10
milhões de habitantes da capital paulista.Você sabia que 97% da água existente no
planeta Terra é salgada (mares e oceanos), 2% formam geleiras inacessíveis e, ape-
nas, 1% é água doce, armazenada em lençóis subterrâneos, rios e lagos?
Pois, bem, temos apenas 1% de água, distribuída desigualmente pela Terra para
atender a mais de 6 bilhões de pessoas (população mundial). Esse pouquinho de
água que nos resta está ameaçado. Isso porque somente agora estamos nos dando
conta dos riscos que representam os esgotos, o lixo, os resíduos de agrotóxicos e Dá para viver sem
industriais. Cada um de nós tem uma parcela de responsabilidade nesse conjunto de água? Não dá. Então,
coisas. Mas, como não podemos resolver tudo de uma só vez, que tal começarmos a saída é fazer um
a dar a nossa contribuição no dia-a-dia?Você sabe quantos litros de água uma pessoa
consome, em média, por dia? Não? São cerca de 250 litros (isto mesmo, 250 litros uso racional deste
ou mais): banho, cuidados de higiene, comida, lavagem de louça e roupas, limpeza da recurso precioso. A
casa, plantas e, claro, a água que se bebe. água deve ser usada
Dá para viver sem água? Não dá. Então, a saída é fazer um uso racional
deste recurso precioso. A água deve ser usada com responsabilidade e com responsabilidade
parcimônia. Para nós, consumidores, também significa mais dinheiro no bolso. e parcimônia.
Lixo
Enquanto a água pode nos faltar, o lixo sobra. É lixo demais e ele sempre Tecnicamente, é
aumenta. Aumenta tanto que nem sabemos onde colocá-lo. Essa dificuldade possível recuperar e
é maior quando associada aos custos para se criar aterros sanitários. A situ-
ação torna-se pior quando constatamos que na maioria das cidades brasilei- reutilizar a maior
ras o lixo é despejado em terrenos baldios ou nos ‘famosos’ e inadequados parte dos materiais
lixões. Em contraposição a essas práticas, ecologicamente incorretas, vem- que na rotina do dia-a-
se estimulando o uso de métodos alternativos de tratamento como a
compostagem e a reciclagem ou, dependendo do caso, incineração. A incine- dia é jogada fora.
ração (queima do lixo) é a alternativa menos aceitável. Provoca graves pro-
blemas de poluição atmosférica e exige investimentos de grande porte para
a construção de incineradores. A compostagem é uma maneira fácil e barata
de tratar o lixo orgânico (detritos de cozinha, restos de poda e fragmentos
de árvores). A reciclagem é vista pelos governos e defensores da causa
ambiental como solução para o lixo inorgânico (plásticos, vidros, metais e
papéis). Com a reciclagem é possível reduzir o consumo de matérias-primas,
o volume de lixo e a poluição
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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PARTE II — O VOLUME 2 29
das no trabalho das máquinas. Essa tortura descarada da jornada de trabalho. Isso implica aceitar que o con-
ou hipócrita continua a ser marcha indelével do capita- ceito de emprego tradicional está em crise, já que o
lismo. Tortura prolongada, apesar das negações de cer- trabalho físico é feito pelas máquinas e, num futuro pró-
tos historiadores: ao sabor das crises e das revoltas ope- ximo, também o mental o será pelos computadores.Ao
rárias, o emprego dos jovens é sempre a maneira mais homem cabe a tarefa de ser criativo, ter idéias. [...]
segura de manter a produção e os lucros.” Para atacar seriamente o desemprego, seria preci-
(RIOUX, Jean-Pierre. A Revolução Industrial. so primeiro destituir o trabalho, em geral alienante,
Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1996.) dessa suposta e ideológica veneração que o envolve
há dois séculos e impede que sua supremacia seja con-
O professor pode aproveitar o texto selecionado e testada. A vontade feroz dos poderes públicos de ‘sal-
explorar o tema do trabalho infantil no contexto da Revo- var’ o trabalho é insana. Seria absurda a tentativa de
lução Industrial, estabelecendo relações com o processo criar tarefas monótonas, rotineiras e sem criatividade
de industrialização no Brasil no início do século XX e res- apenas para manter as pessoas ocupadas.
saltando a permanência do trabalho infantil nos dias atuais. Por sua vez, o economista Wassily Leontief expressa
Para analisar a questão da “robotização do trabalhador” (p. preocupação quanto à valorização do tempo livre. Afir-
118), seria interessante o professor explorar o filme Tem- ma que, ‘se trabalharmos menos, talvez passemos mais
pos modernos (1936), de Charles Chaplin, que mostra, de tempo sentados na frente da televisão’. O enriquecimen-
maneira crítica e divertida, o cotidiano do trabalho e da to do lazer, argumenta Leontief, ‘só pode vir com uma
vida moderna. Aproveite também para apresentar alguns melhora na educação’. [...]
exemplos da vida e da obra desse famoso cineasta. Devemos repensar o próprio trabalho, pois há
grande quantidade de atividades que podem ser feitas
na sociedade sem envolver fábricas nem escritórios
Sugestão de leitura
nem governo. São os setores sem fins lucrativos que
IGLESIAS, Francisco. A Revolução Industrial. 5. ed. São se dedicam à ajuda ao meio ambiente e a pessoas do-
Paulo, Brasiliense, 1984. entes, idosas, crianças, à educação e ao lazer.
Os benefícios, porém, surgirão na medida em que
Operários contra as máquinas p. 120 repartirmos os ganhos da produção. Sem emprego,
quem consumirá? Sem consumo, quem empregará? É
O ludismo pode ser considerado o primeiro movi- por isso que a formulação de uma renda mínima, inde-
mento do operariado contra as condições socioe- pendentemente de qualquer trabalho, encontra defen-
conômicas geradas pela industrialização. O movimento
sores em quase todos os segmentos sociais. [...]”
de quebra das máquinas refletia a impossibilidade, naque-
le momento histórico, de os trabalhadores analisarem o (CARMO, Paulo Sérgio do. O trabalho na
desemprego de forma mais ampla, considerando não ape- economia global. São Paulo, Moderna, 2004.)
nas o enxugamento de postos de trabalho promovido
pela mecanização, mas também aspectos como a jornada A contemporaneidade da
de trabalho excessiva e, principalmente, as características Revolução Industrial p. 121
da economia capitalista, centrada na máxima obtenção
de produtividade e de lucro. A Revolução Industrial em certa medida ainda está em
A relação entre avanço tecnológico e desemprego é curso nos dias atuais. Hoje, vivemos a chamada Terceira
uma discussão cada vez mais atual, no Brasil e em todo o Revolução Industrial, decorrente das mudanças tecnológicas
PARTE II — O VOLUME 2 31
PARTE II — O VOLUME 2 33
Magno que Napoleão invoca em seus conflitos com Pio VII. [...] ordem do imperador
Esta Europa napoleônica deve ser unificada. Napoleão empresta a Roma a sem consultas prévias.
idéia da rota necessária ao transporte de mercadorias e soldados. Como a
França ultrapassou suas fronteiras naturais, a rota deve superar obstáculos O princípio do direito
montanhosos e fluviais. Enquanto se restringe a área marítima, vítima do bloco dos povos à
continental, esboça-se um eixo comercial Milão (Napoleão é rei da Itália) – autodeterminação é
Frankfurt (o imperador é protetor da Confederação do Reno) passando por
Estrasburgo e Lyon. É preciso transpor os Alpes para acelerar as aproxima- desprezado.
ções. As rotas de Simplon (Genebra-Milão) e de Cenis (Lyon-Turim-Gênova)
ganham importância estratégica. O engenheiro de pontes e estradas é a figura
primordial do Grande Império. [...]
Outro fator de unificação é o Código Civil, Napoleão ainda se inspira em
Roma. Ele escreve a José, tornado rei de Nápoles: Estabeleça o Código Civil
em Nápoles. Tudo o que você não fixar se destruirá em poucos anos, e o que
você quiser conservar se consolidará. Da Holanda a Westfália, da Itália do
Norte a Madri, a velha feudalidade treme em suas bases, Marx saudará Napoleão
como o destruidor do regime feudal alemão.
Mas o engenheiro de pontes e estradas e o conselheiro de Estado não
seriam suficientes para manter a coesão do Grande Império. A Europa
napoleônica repousa, na realidade, sobre a força. Napoleão distribui coroas
sem se preocupar com a opinião dos envolvidos.Anexações e remanejamentos
territoriais se dão por ordem do imperador sem consultas prévias. O princí-
pio do direito dos povos à autodeterminação é desprezado.
O despertar da nacionalidade será a principal conseqüência. A universalida-
de das Luzes se apaga para o proveito das reações nacionais. Tudo começa na
Espanha, em 1808, quando o orgulho de todo um povo é ferido pela brutal troca
de monarcas imposta por Napoleão, com José tomando o lugar de Carlos IV. O
movimento ganha a Rússia, onde o povo caça o invasor, depois a Alemanha, a
Itália, a Holanda e a Suíça. A Europa napoleônica viveu até o início de 1814. [...]
No Congresso de Viena, de 1815, os vencedores de Napoleão acreditaram
que iriam construir uma nova Europa destinada a durar. Mas negligenciaram as
suscetibilidades nacionais. A Europa de Metternich, por sua vez, é levada, em
1848, pelo vento das nações.”
(TULARD, Jean. Revista História Viva. São Paulo, Duetto, n. 1, nov. 2003.)
PARTE II — O VOLUME 2 35
Conteúdos e objetivos
Este capítulo trata da independência dos Estados Sugestão de atividade
Unidos, buscando paralelos com a sua história recente. “[...] Todos os homens foram criados iguais, foram
São levantados os motivos que levaram esse país a ser a dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis,
primeira colônia a se tornar independente. Além disso, é que entre estes estão a vida, a liberdade e a busca da
proposta uma reflexão a respeito da sociedade norte- felicidade.” (Trecho da Declaração de Independência
americana atual com o questionamento de suas estrutu- dos Estados Unidos, 1776.)
ras desiguais e segregacionistas. De modo geral, os obje- O professor pode promover a discussão, entre os
tivos deste capítulo são os seguintes: educandos, sobre a diferença entre o que prevê o tex-
• Compreender a independência dos Estados Unidos to acima e a realidade atual norte-americana, aprovei-
no contexto das revoluções liberais dos séculos XVI e XVIII, tando os tópicos levantados pelo texto da página 149.
que punham em xeque as estruturas do Antigo Regime.
• Estabelecer paralelos entre o racismo nos Estados Boxe - O papel da França no
Unidos e no Brasil;
• Identificar os principais valores expressos na De- processo de independência dos EUA p. 152
claração de Independência dos Estados Unidos. A participação da França na guerra de independência
PARTE II — O VOLUME 2 37
portagens, manchetes e fotos de jornais e revistas sobre o • Explicar os movimentos revolucionários de 1848 no
assunto, tentando refletir sobre as motivações do Brasil contexto das lutas liberais, nacionalistas e populares do
ao assumir essa missão e sobre os resultados obtidos. É século XIX.
também uma excelente oportunidade para que eles dis- • Relacionar documento histórico como as revoluções
cutam a política externa atual do Brasil em relação aos de 1848.
demais países da América Latina. • Comparar mapas que representam a configuração
geopolítica européia em dois períodos diferentes, estabe-
lecendo diferenças e semelhanças.
Texto complementar p. 175
• Reconhecer mudanças e permanências entre os ope-
Independência sem descolonização rários do início do século XIX e os dos dias atuais.
O texto complementar selecionado trata da ca-
racterística central do processo de independência na Texto de abertura p. 178
América espanhola, o fato de ela resultar de uma rebe- O texto de abertura trata do enfraquecimento do Es-
lião de colonos contra o governo metropolitano e não tado-nação nas últimas décadas. Nesse momento, é impor-
de uma insurreição indígena contra os colonizadores. tante observar se os educandos estão familiarizados com
Configurando-se, nestas condições, como uma ação sem o próprio conceito de Estado-nação. Essa noção pode cau-
base e direção popular, a independência não trouxe sar confusões, pois pressupõe a justaposição entre o Esta-
mudanças significativas na vida das camadas mais po- do, que é uma entidade política, e a nação, que constitui
bres. É importante discutir e analisar esse texto, pois uma identidade cultural ou ideológica. Assim, é sensato
ele representa um pensamento político importante solicitar uma pesquisa sobre esses três termos e a sua ano-
sobre as origens históricas da pobreza que caracteriza tação no caderno de conceitos.Também pode ser propos-
grande parte da população latino-americana, em espe- to um seminário que trate da ameaça da globalização dos
cial os povos indígenas. mercados sobre o Estado-nação, detendo-se especificamen-
te nas diferentes posições defendidas pelo governo brasi-
Atividades p. 176 leiro e pelo governo dos Estados Unidos em relação à Alca.
As atividades privilegiam as habilidades de leitura
de textos e imagens. Na atividade 1, é importante O novo equilíbrio europeu p. 180
contextualizar o projeto de Constituição do padre Com o fim do Império Napoleônico, as grandes potên-
Morelos como uma tentativa fracassada de democrati- cias européias se reuniram no Congresso de Viena para re-
zação no processo de independência do México, em- organizar o mapa político da Europa. O principal objetivo
bora contendo aspectos antidemocráticos, como a in- era conter a disseminação da revolução liberal burguesa ini-
tolerância religiosa e a xenofobia. Esta atividade pode ciada com a Revolução Francesa. Mas a tentativa de restau-
ser realizada juntamente com a questão 2. É importan- ração da antiga ordem já não podia controlar as forças libe-
te ressaltar também a contemporaneidade da obra de radas pela revolução de 1789.
Juan O’Gorman (1961), representada nessa questão. Peça aos educandos para localizar no texto os gran-
Outro aspecto a ser enfatizado é a marginalização de des direitos individuais fundamentais para os defensores
grande parte dos indígenas na América Latina. Para dis- do liberalismo (liberdade individual, liberdade religiosa, li-
cutir esta questão, proponha aos alunos a leitura cole- berdade de participação política). Pergunte se eles usu-
tiva da questão 4. fruem desses direitos hoje em dia. No trecho selecionado
PARTE II — O VOLUME 2 39
PARTE II — O VOLUME 2 41
Sugestão de atividade
A construção de biografias é uma atividade que CAPÍTULO 20. O IMPERIALISMO NA ÁFRICA
pode ser muito prazerosa, pois permite estudar as- E NA ÁSIA
pectos da vida humana que os alunos vão relacionar
aos seus próprios sonhos, dificuldades e frustrações. Conteúdos e objetivos
Por essa razão, propomos a construção de uma pe- Este capítulo trata da colonização da África e Ásia pelas
quena biografia de Giuseppe Garibaldi, destacando sua potências européias. É feita uma reflexão a respeito do con-
relação com a história do Brasil (Guerra dos Farrapos) ceito de imperialismo e uma comparação entre o imperialis-
e com a revolucionária farroupilha Anita Garibaldi. mo do século XIX e XX e a globalização atual dos merca-
dos.Além disso, também se levantam as principais correntes
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Você sabe com quem está falando? O texto de abertura traz algumas definições para o
termo imperialismo. Como mais uma alternativa, o pro-
O texto selecionado discute algumas características fessor pode utilizar também o trecho a seguir.
comportamentais da população alemã com base numa
análise sociológica que apresenta o Estado imperial (o
Reich) como instituição centralizadora e aristocrática. É O que é imperialismo
importante destacar o quanto o desenvolvimento indus- “Usarei o termo ‘imperialismo’ para designar a
trial alemão deve ao militarismo e às instituições públicas. prática, a teoria e as atitudes de um centro metro-
A enorme importância do Estado na industrialização da politano dominante governando um território dis-
Alemanha contribuiu para estreitar os laços entre o po- tante, o ‘colonialismo’, quase sempre uma conseqüên-
der público e a burguesia germânica. cia do imperialismo, é a implantação de colônias em
territórios distantes.”
Atividades p. 203 (SAID, Edward. Cultura e imperialismo. São Paulo,
A questão 1 possibilita contextualizar a imigração ita- Companhia das Letras, 1999, p. 40.)
liana no estado de São Paulo. As questões 2 e 4 apresen-
tam, em abordagens diferentes, duas estratégias para a con- A partir daí, o professor pode traçar as diferenças entre
solidação do poder nacional: a educação pública voltada o imperialismo das grandes potências européias do século XIX,
PARTE II — O VOLUME 2 43
PARTE II — O VOLUME 2 45
expressou na acumulação de capitais nas mãos de uma elite comarca do São Francisco "provisoriamente" a Minas
nacional que mais tarde financiaria os projetos de urbaniza- Gerais. Mais tarde, o território foi anexado ao atual
ção e de modernização da economia. estado da Bahia.
Com a perda da comarca do São Francisco,
O liberalismo descolado p. 231 Pernambuco teve sua extensão territorial reduzida de
Debata com os alunos as contradições do liberalis- 250 mil quilômetros quadrados para os atuais 98.938
mo defendido pelas elites que conduziram, aliadas a D. quilômetros quadrados. Oriente os alunos a comparar a
Pedro, o movimento de independência do Brasil. É possí- extensão territorial de Pernambuco em 1824, mostrada
vel se falar numa nação liberal com um regime escravista? no mapa da página 234, com a que aparece num mapa
político do Brasil atual.
O assentamento das bases do
Império Brasileiro p. 232 Texto complementar p. 236
Durante anos, a historiografia oficial tentou idealizar o O escravismo na visão de José Bonifácio
processo de independência e seus atores, explicada como
um ato de heroísmo contra a tirania e em defesa da liber- Solicite que o aluno identifique a trajetória política
dade. Mas, nas últimas décadas, novos estudos permitiram do autor do texto, que foi um dos articuladores do movi-
que se lançasse um novo olhar sobre esse período. Expres- mento político de independência e integrante do partido
sões dessa mudança são algumas produções culturais re- brasileiro. O texto permite destacar que, mesmo entre
centes que tratam desse momento com uma visão crítica setores da elite brasileira daquele período já havia a com-
e até mesmo sarcástica, como, por exemplo, o romance O preensão da necessidade de realizar mudanças estrutu-
Chalaça (1999), de José Roberto Torero. Uma boa sugestão rais no Brasil, no sentido de implantar o trabalho assalari-
de atividade é comparar essa obra com a visão oficial dos ado e dinamizar o desenvolvimento industrial. O aluno
eventos fornecida pela célebre pintura Grito do Ipiranga poderá treinar a análise de texto, identificando também
(1888), de Pedro Américo, ou pelo filme Independência ou os indícios de uma visão racista presente no discurso.
morte (1972) de Carlos Coimbra. Debata com os educandos
que alterações na sociedade brasileira permitiram que essa Atividades p. 237
visão crítica fosse possível. A atividade 1 permitirá ao aluno realizar procedimen-
tos de análise iconográfica. Seria interessante con-
Sugestão de leitura textualizar a obra de Pedro Américo, um pintor brasileiro
do século XIX que buscava, em sua arte, os mesmos ob-
TORERO, José Roberto. O Chalaça. Rio de Janeiro, jetivos políticos de exaltação da nacionalidade presen-
Objetiva, 1999. tes, por exemplo, em Jacques-Louis David, o pintor oficial
do governo napoleônico (ver capítulo 13 deste suplemen-
A Constituição de 1824 p. 233 to). É interessante também estabelecer uma diferença
O estudo da Constituição outorgada em 1824 serve entre eles. Enquanto Louis David foi contemporâneo de
aos propósitos de caracterizar as atitudes absolutistas de Napoleão, o pintor Pedro Américo produziu sua visão da
D. Pedro I e de apresentar as bases jurídicas e políticas do independência muitos anos depois do acontecimento. Na
sistema imperial, que vigoraria até 1889. Pode-se compa- questão 2 o aluno deverá identificar a transferência das
rar o método de implementação da Primeira Constitui- instâncias administrativas do Brasil para Portugal como
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PARTE II — O VOLUME 2 53
NORDESTE AÇUCAREIRO
1. e
2. Sociedade predominantemente urbana; formação de uma
1. b classe média constituída por profissionais liberais, comer-
2. a) Era a área litorânea localizada entre os atuais estados ciantes, funcionários administrativos, numerosos
de Sergipe e Maranhão, dominada pelos holandeses artesãos, artistas; possibilidade de negros escravos alcan-
entre 1640 e 1654. A sede desta possessão era Recife, çarem a alforria; relativa mobilidade na estrutura social
em Pernambuco. e no espaço.
b) Durante a administração de Nassau (1637 – 1644), as 3. e
relações entre os holandeses e os senhores de enge- 4. a) A região mineradora estava geograficamente difundi-
nho caracterizaram-se por relativa tranqüilidade, pois da pelos atuais estados de Minas Gerais, Goiás e Mato
os interesses convergiam para o aumento da produção Grosso. A atividade mineradora era realizada em la-
açucareira. Os holandeses forneciam escravos e em- vras, normalmente nas margens dos rios, utilizando-
préstimos, e os senhores de engenho vendiam o açú- se a mão-de-obra escrava. Havia também garimpeiros
car a ser comercializado na Europa. livres, chamados faiscadores, que exploravam minas
3. a) A União Ibérica (1580-1640) foi prejudicial a Portu- abandonadas ou, eventualmente, novas áreas. Dedi-
gal, que perdeu algumas de suas áreas coloniais para a cando-se prioritariamente à mineração, a sociedade
Holanda, entre elas alguns territórios orientais, mineradora gerou demanda por abastecimento de di-
feitorias na África e parte do litoral do nordeste brasi- versos produtos, fato que estimulou o comércio e, con-
leiro. Esta situação foi uma represália dos holandeses seqüentemente, a urbanização.
em relação ao domínio espanhol. b) A atividade pecuária, realizada no sertão do nordeste e
b) O declínio econômico e político de Portugal levaram nos pampas do Rio Grande do Sul, com mão-de-obra
esta nação a um domínio ainda maior em relação ao livre, e a produção de mandioca, base da alimentação
Brasil, que passou a ser a mais importante fonte de colonial, realizada em pequena ou grande escala por todo
recursos da economia portuguesa. o território, largamente realizada em São Paulo.
4. e 5. a 6. e 5. a) À ganância dos exploradores de ouro associou-se a
7. a) O conde Maurício de Nassau foi o aristocrata que re- pressão portuguesa por meio da política fiscal, que
presentava a Companhia das Índias Ocidentais ho- objetivava extrair o máximo de ouro para cobrir o dé-
landesas no Brasil. Pode-se dizer que foi o mais ficit das transações externas de Portugal após o Trata-
humanista dos governantes que passaram pela colô- do de Methuen.
nia, trazendo consigo artistas como Post, Eckhout e b) A atividade mineradora contribuiu para a ocupação do
Macgraf, que se dedicaram a documentar a nova pos- interior da América portuguesa e estimulou o comér-
sessão holandesa. Seu governo foi marcado pela tole- cio interno da colônia.
rância, até que finalmente foi destituído do cargo pela 6. a) A produção de açúcar e de tabaco eram as principais
Companhia, que exigia dele um arrocho fiscal sobre atividades econômicas no século XVII.
os produtores de açúcar.
b) A estrutura burocrática responsável pelo fiscalismo portu-
b) O texto refere-se ao plano da construção da cidade de guês localizava-se nos portos exportadores, visando ex-
Recife como nova capital holandesa no Brasil, cha- trair da colônia o máximo de impostos que justificassem
mada de cidade Maurícia, na qual se empenhou pes- a existência do aparato administrativo colonial e resul-
soalmente o governador holandês. tassem em lucro para a Coroa portuguesa. Esta pressão,
PARTE II — O VOLUME 2 55
do êxodo rural e instabilidade social. Além disso, envol- Os membros letrados da sociedade mineradora tomavam
veu-se em guerra com a França (Guerra dos Sete Anos – conhecimento, no final do século XVIII, das idéias
1756-63), elevando os gastos do Estado. iluministas, através de obras consideradas como infames
b) Criação do monopólio do chá pela Companhia das Ín- e perigosas pelo governo português. Por intermédio des-
dias Ocidentais inglesas; taxação de livros e impressos ses representantes da sociedade mineira, conversas e in-
(Lei do Selo). trigas eram realizadas de maneira secreta, muitas vezes
no âmbito da maçonaria, em salas fechadas, conspiran-
do-se contra o governo metropolitano.
CAPÍTULO 15. O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA
10. a) A derrama foi uma forma impopular de cobrança de im-
DA AMÉRICA PORTUGUESA
postos, que significava uma cobrança policial pela busca
1. b 2. a) V; b) V; c) V; d) F e apreensão de impostos atrasados na residência dos de-
3. a 4. c vedores.
5. a) Revolução do Porto. b) A derrama foi instituída pelo governo português para
b) As principais medidas foram: forçar a volta da corte garantir a arrecadação total das cotas anuais de 100
(ou família real) para Portugal, convocar eleições para arrobas de ouro pelas áreas mineradoras, quantia
a Assembléia Constituinte e iniciar um processo de estabelecida na segunda década do século XVIII, quan-
recolonização do Brasil, revogando todas as medidas li- do as minas ainda estavam longe do esgotamento exis-
berais estabelecidas pela administração joanina, atin- tente no final do referido século.
gindo interesses da elite colonial. A insatisfação gera-
da por essa atitude levou os grupos dominantes no Bra- CAPÍTULO 16. O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA
sil a desencadearem o processo de independência, con- DA AMÉRICA ESPANHOLA
cretizado em 1822.
6. As inconfidências mineira e baiana, ocorridas no Brasil 1. a 2. a
no final do século XVIII, foram movimentos de caráter 3. a) O episódio ocorreu no contexto da Revolução Fran-
emancipacionista e republicano, tendo ocorrido sob in- cesa, pois ao proclamar a igualdade de direitos entre
fluência das idéias de soberania popular que justificaram os cidadãos, a Assembléia não incluiu, entre estes, os
a independência dos Estados Unidos e a Revolução habitantes de suas colônias, mantendo a escravidão.
Francesa. b) A independência do Haiti caracterizou-se pela liber-
A Inconfidência Mineira, em 1789, foi um movimento de tação dos escravos e pela liderança de origem africa-
caráter mais elitista, uma vez que a pauta das críticas dos na, fato que provocava, nos senhores de terra brasilei-
inconfidentes recaía sobre a tributação metropolitana nas ros, medo de uma rebelião escrava nos moldes
Minas Gerais, não cogitando estender a pretendida liber- haitianos.
dade aos escravos. A Conjuração Baiana de 1798, organi- 4. a) O processo de independência do Haiti foi marcado por
zada pelas elites representadas pela sociedade maçônica lutas anticoloniais e antiescravistas, sem uma organiza-
Cavaleiros da Luz, constituiu-se num movimento de ca- ção teórica e ideológica além das contidas numa leitura
ráter popular por contar com lideranças ligadas às cama- mais radical das idéias da Revolução Francesa.
das mais humildes de Salvador, como artesãos e alfaiates. b) Na América espanhola a luta anticolonial foi conduzida
Defendeu a abolição da escravidão e a extensão da igual- pelos descendentes de espanhóis nascidos na América,
dade de direitos aos negros. que acabaram por constituir uma elite local. Este pro-
7. a) O texto mostra uma ação política, resultante da cons- cesso caracterizou-se pelo republicanismo, pela fragmen-
ciência do processo histórico em curso, pois a atitude tação territorial e pela manutenção da estrutura econô-
do escravo revela, inclusive, a capacidade de articula- mica agroexportadora.
ção por meio de redação de requerimentos, o que re- 5. d
PARTE II — O VOLUME 2 57
PARTE II — O VOLUME 2 59
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PARTE II — O VOLUME 2 63