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de Apoio ao Professor
PARTE II – O volume 1
INTRODUÇÃO – O FAZER HISTÓRIA
1. A era da informação
Tornou-se lugar comum dizer que vivemos numa “sociedade da informa-
ção” ou numa “sociedade do conhecimento”, na qual a informação, o know-
how, o saber, a competência tornaram-se, ao longo das últimas duas décadas,
os bens mais preciosos. Por isso, vale a pena refletir aqui, mesmo que breve-
mente, sobre o significado dessa transformação social e em como ela modifi-
ca a maneira de abordarmos o saber histórico na sala de aula.
A sociedade do conhecimento é marcada, em primeiro lugar, pelo desen-
volvimento explosivo e ininterrupto da tecnologia da informação (TI), que
introduziu novas formas de produção e, em conseqüência, novos modos de
relacionamento entre as pessoas.
A internet, o e-mail, a TV a cabo, o celular, a videoconferência, etc. sedimentaram
uma sociedade em rede, na qual as relações sociais são intensificadas e, ao mesmo
tempo, esvaziadas, aproximando pessoas distantes e distanciando pessoas próxi-
mas, encurtando distâncias e acelerando o tempo, mas reduzindo a possibilidade
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
2. A “hibridização” cultural
O efeito mais importante dessa transformação social é a mistura de valo-
res, línguas e culturas, provocando o que os antropólogos hoje chamam de
hibridização cultural. A hibridização ocorre porque os bloqueios físicos e ideo-
lógicos à livre difusão do conhecimento, da cultura e da educação tendem a
diminuir, permitindo que povos de diferentes partes do mundo tenham aces-
so aos valores uns dos outros e se engajem em processos de fusão e difusão
de suas respectivas identidades culturais.
O entendimento entre os povos, porém, não é tão fácil. O recrudescimento
das guerras civis, das rivalidades religiosas ou inter-étnicas em certas regiões do
mundo pode ser interpretado como reações ou movimentos destinados a frear
essas transformações reafirmando identidades regionais. Vivemos, portanto, um
novo cosmopolitismo, semelhante, talvez, aos últimos séculos do Império Romano,
quando ocorreu um grande processo de mistura de diferentes culturas.
O conhecimento histórico não pode ficar indiferente a esse conjunto tão
rico de transformações, que sugerem modificações didáticas e epistemológicas
fundamentais na abordagem do saber histórico na sala de aula. É a esse desa-
fio que este livro tenta responder, adaptando o saber histórico às necessida-
des da sociedade da informação.
4. A estrutura da coleção
Baseando-se numa pedagogia não-diretiva, esta obra procura ser mais do que
um livro básico de consulta; ela pretende oferecer as referências fundamentais
para que o professor possa abordar a história em distintas dimensões. A coleção
não direciona o olhar, não fornece uma narrativa ou interpretação única do pro-
cesso histórico, mas apresenta-se como um texto aberto, contendo múltiplas
referências e sugestões de trabalho e deixando o professor livre para explorá-las
junto com seus alunos na sala de aula.
O professor poderá utilizar o livro de diferentes formas, aprofundando cer-
tos assuntos mais que outros, associando diferentes processos históricos simul-
tâneos ou sucessivos, fazendo interconexões entre épocas e lugares diferentes,
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Atividades
Sugestões de filmes
Ao final dos capítulos, apresentamos um ou mais filmes recomendados
para o trabalho com os conteúdos tratados em cada caso. Sugerimos ao pro-
fessor assistir ao filme antes de exibi-lo aos alunos, para avaliar a adequação
do filme à realidade de seus alunos ou, se for o caso, para selecionar as passa-
gens mais apropriadas para o trabalho que propôs desenvolver.
O trabalho com o cinema nas aulas de História não pode prescindir de
uma demarcação prévia entre o que é conhecimento histórico e o que é
ficção, para não se correr o risco de confundir história com arte. O cinema é
uma interpretação livre do passado, sem compromisso com a objetividade e a
documentação, ao contrário da ciência histórica, que não pode se furtar do
compromisso com a objetividade e os registros do passado. Nesse sentido, a
obra cinematográfica nos diz mais sobre a época em que foi feita do que
sobre o fato histórico que inspirou o enredo.
seguintes habilidades, procedimentos e atitudes: mentos e na construção conceitual feita pelo histo-
• Aprofundar as noções de tempo histórico e riador não deve ser confundida, no entanto, com o
tempo cronológico. relativismo total, ou seja, com a visão de que a histó-
• Ampliar as noções de fonte histórica. ria se resume a um exercício infinito de interpreta-
• Compreender e exercitar o método de traba- ções particulares. Leia o que escreveram os historia-
lho do historiador na análise das fontes históricas. dores Jacques Le Goff e Eric Hobsbawm sobre a
• Comparar diferentes calendários. importância da noção de objetividade histórica:
• Desenvolver o método de realização de pes-
quisas.
• Valorizar o patrimônio histórico e cultural das Verdade e objetividade
distintas sociedades. 1
“A tomada de consciência da construção do
O que é História? p. 9
fato histórico, da não-inocência do documento, pôs
em evidência os processos de manipulação que se
A História não pode ser definida simplesmente manifestam a todos os níveis da constituição do
como a reconstituição dos fatos que ocorreram. Ela saber histórico. Mas esta verificação do fato não
é o resultado do trabalho do historiador, que inter- deve conduzir a um ceticismo de fundo acerca da
preta, segundo determinada grade de leitura, os ves- objetividade histórica e ao abandono da noção de
tígios deixados pelo passado. Assim, o passado e a verdade na história; pelo contrário, os progressos
reflexão sobre ele são coisas distintas, pois toda his- contínuos no desvendar e na denúncia das mistifi-
tória é uma composição de recortes de conteúdos cações e falsificações da história permitem que se
e de interpretações a respeito de determinados te- seja relativamente otimista a este respeito. [...]
mas. Por essa razão, é possível serem elaboradas di- O objetivo ambicioso, a objetividade histórica,
ferentes interpretações de como os acontecimen- constrói-se pouco a pouco através de revisões in-
tos se inter-relacionam e de quais são os possíveis cessantes do trabalho histórico, laboriosas retifica-
significados e valores que podemos dar a eles. ções sucessivas e acumulação de verdades parciais.”
Dentro dessa perspectiva, um bom historiador não
(LE GOFF, Jacques. História e memória.
pode se esquecer de que a história é também uma Lisboa, Edições 70, s.d. v. 1 e 2.)
construção conceitual, mediada por outras interpreta-
ções anteriores. Como ressaltou o historiador inglês 2
Keith Jenkins,“o passado é sempre percebido por meio
“Temos uma responsabilidade pelos fatos his-
das camadas sedimentares das interpretações anterio-
tóricos em geral e pela crítica do abuso político-
res e por meio de hábitos e categorias de leitura de-
ideológico em particular.
senvolvidos pelos discursos interpreta-tivos anterio- ➜
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para a sala de aula recortes de matérias de jornais • Definir a expressão sítio arqueológico.
ou revistas com informações sobre a atuação con- • Realizar pesquisa sobre um sítio arqueológi-
creta desses órgãos do aparelho estatal brasileiro. co americano, reunindo informações sobre o
modo de vida dos povos que lá viviam.
Texto complementar p. 32
• Ler e interpretar imagens que representam
povos indígenas do Brasil em épocas diferentes,
A Revolução Agrícola identificando os elementos que expressam as mu-
O texto selecionado destaca como a prática danças ocorridas na vida desses povos.
da agricultura e a utilização do fogo foram funda- • Tomar conhecimento dos sucessivos ataques
mentais para o desenvolvimento das comunida- que vêm sofrendo os povos indígenas da atualida-
des pré-históricas. de, solidarizando-se com a luta desses povos pela
As questões da seção Compreendendo o texto manutenção de suas terras e tradições.
estimulam o aluno a extrair as informações centrais
do texto, focadas nas mudanças geradas pela Revolu- A origem do homem americano p. 34
ção Agrícola, em especial a criação de excedentes, o O texto enfatiza as controvérsias sobre a ori-
crescimento populacional e a formação de cidades. gem do homem americano. Ele permite discutir que
Em seguida, podem-se estabelecer relações com as teorias são explicações transitórias, permanente-
o presente, discutindo, por exemplo, como a produ- mente modificadas pelos novos fatos que as pesqui-
ção agrícola mundial já superou em grande escala as sas trazem à tona. Este tema também propicia ao
necessidades alimentares humanas. No entanto, con- professor introduzir a discussão sobre a importân-
traditoriamente, milhões de pessoas continuam mor- cia de se conservar o patrimônio histórico e cultu-
rendo de fome no mundo em decorrência da má dis- ral do país e da humanidade. Sem esse patrimônio,
tribuição de riquezas e dos conflitos em torno da ficamos impossibilitados de conhecer o passado e
posse da terra. Como superar esse problema? Orga- compreender melhor o presente.
nize uma discussão com os alunos a partir desse tema,
partindo de informações atuais que podem ser
pesquisadas em jornais, revistas e/ou na Internet. Conquistas da arqueologia brasileira
No que se refere às teorias que discutem a
CAPÍTULO 4. A IDENTIDADE DO HOMEM
origem do homem americano, é importante res-
AMERICANO
saltar o trabalho de pesquisadores latino-ame-
ricanos que têm chamado a atenção da comu-
Conteúdos e objetivos nidade científica internacional. É o caso do tra-
Neste capítulo discute-se mais especificamen- balho do arqueólogo brasileiro Eduardo Góes
te a origem do homem americano, apresentando ➜
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truções. Esse tipo de obra marcou o Antigo Im- • Caracterizar a forma como os povos da
pério, em particular os governos de Quéops, Mesopotâmia viam a morte e a vida além-túmulo a
Quéfren e Miquerinos. O elevado custo de cons- partir da leitura de trechos do mito de Gilgamesh.
trução das pirâmides, que exigia o esforço de • Realizar pesquisa sobre as guerras contra o
milhares de trabalhadores, levou os faraós poste- Iraque, em 1991 e em 2003, levantando dados sobre
riores a optarem por construções menos suntu- o governo de Saddam Hussein, as relações entre
osas, como pirâmides feitas com adobe ou os Iraque e Estados Unidos nos últimos 20 anos e os
hipogeus, tumbas escavadas nas rochas da época efeitos da guerra para os dois países.
do Novo Império. • Valorizar o legado cultural da antiga Mesopotâ-
mia e reconhecer sua importância como patrimônio
Texto complementar p. 46
que deve ser continuamente preservado.
Outros povos africanos
Patrimônio destruído pela guerra p. 49
A leitura deste capítulo possibilita conhecer ou-
tra cultura africana da Antigüidade, a de Djenné- O texto de abertura permite um duplo traba-
jeno, no Máli, para desfazer a crença, generalizada, lho: reforçar a importância da conservação do
de que a África antiga se restringia ao Egito. Nessa patrimônio histórico e cultural da humanidade e
cidade, como o texto esclarece, seus habitantes demonstrar por que, tanto no passado quanto no
praticavam, entre outras atividades, a agricultura, o presente, o território da Mesopotâmia tem sido
comércio e a metalurgia, chegando a constituir um palco de inúmeros conflitos, que estão associados
centro urbano muito próspero. às condições geográficas e às riquezas naturais da
O professor pode aproveitar a oportunidade região, e às disputas políticas e territoriais que
para solicitar uma pesquisa sobre os grandes reinos marcaram a história do chamado Crescente Fér-
africanos do período anterior à chegada dos euro- til. A comparação dos problemas enfrentados pe-
peus, como o de Gana, no oeste do continente, e o los povos de uma mesma região, em épocas histó-
de Zimbábue, ao sul. ricas tão distintas, pode ajudar os alunos a enten-
der a utilidade da ciência história como instru-
mento de compreensão do presente.
CAPÍTULO 6. MESOPOTÂMIA, BERÇO
DE CIVILIZAÇÕES
Ciências, deuses e zigurates p. 53
Conteúdos e objetivos Uma das maneiras de tomarmos contato com o
No estudo deste capítulo, o aluno vai conhecer passado é conhecendo a literatura produzida por
melhor outros povos da Antigüidade, que viviam uma determinada cultura. Nesse contexto, os mitos
na chamada Mesopotâmia. Ao estudá-los, ele pode- têm um papel muito importante, pois podem nos
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tância e valor como documento histórico e esté- e passou a ser de uso corrente na Antigüidade.
tico inquestionável. No século XVIII, o ideal de democracia reapare-
ceu nos movimentos revolucionários liberais, des-
tacando-se na Declaração de Independência dos Es-
Sugestão de atividade tados Unidos e na Declaração dos Direitos do Ho-
Há várias possibilidades de trabalho com mem e do Cidadão, elaborada durante a Revolução
as obras homéricas, pois muita coisa já foi pro- Francesa. No século XX, os princípios democráti-
duzida sobre o tema, desde histórias em qua- cos foram incorporados à Constituição de muitos
drinhos, filmes, ensaios, críticas, até traduções países, consagrando-se na Declaração Universal
em verso e em prosa. Sugerimos, como forma dos Direitos do Homem, aprovada pela ONU em
de despertar o interesse pelo tema em si e 1948.
também pela literatura, selecionar um trecho É necessário, no entanto, compreender a de-
da Ilíada ou da Odisséia e realizar uma leitura mocracia em sua historicidade, pois tal conceito
coletiva com os alunos em sala de aula. Pode- assume significados diferentes em cada época. A
se também programar um trabalho em con- leitura de um trecho do discurso proferido por
junto com os professores de Língua Portuguesa Péricles sobre a democracia (leia boxe), registra-
e de Artes. do pelo historiador Tucídides, pode ajudar os alu-
nos a compreender o significado da democracia
para os antigos cidadãos atenienses. Ao acompa-
Sugestões de leitura nhar a leitura dos alunos, estimule-os a perceber
VIDAL-NAQUET, Pierre. O mundo de Homero. São a crítica que Péricles faz à educação espartana.
Paulo, Companhia das Letras, 2002.
PEREIRA, Maria Helena da Rocha. Estudos de his- A democracia ateniense
tória da cultura clássica. Lisboa, Calouste “Vivemos sob uma forma de governo que
Gulbenkian, 2003. v. 1 e 2. não se baseia nas instituições de nossos vizi-
nhos; ao contrário, servimos de modelo a al-
Esparta e Atenas p. 70 guns ao invés de imitar outros. Seu nome, como
A importância do conceito de pólis ou de cida- tudo depende não de poucos mas da maioria, é
de-Estado para o entendimento do mundo antigo democracia. Nela, enquanto no tocante às leis
é muito importante, daí sugerirmos que ela ocu- todos são iguais para a solução de suas diver-
pe um lugar de destaque na lista de conceitos já gências privadas, quando se trata de escolher
sugerida em capítulos anteriores. Sobre esse as- (se é preciso distinguir em qualquer setor), não
sunto, pode-se acrescentar que as cidades-Estado ➜
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nos que o mito não pode ser explicado racional- anos, caracterizam a grandiosidade e a força impe-
mente, pois, ao contrário da ciência, ele se situa rial romana.
no terreno das emoções e da afetividade. Enquan- O estudo da civilização romana antiga visa:
to a ciência se preocupa com explicações lógicas • Caracterizar a sociedade romana do período
e racionais, o mito faz parte do mundo intuitivo e republicano.
imaginário. • Explicar os conflitos entre plebeus e patrícios
Ao abordar o mito e compará-lo à ciência, os durante a República e listar as principais conquistas
positivistas o desqualificavam, ignorando o seu valor da plebe.
como expressão das sensações humanas. Atualmen- • Reconhecer a importância das Guerras Púnicas
te, em razão especialmente do desenvolvimento da para a expansão territorial romana.
antropologia, o mito tem sido tratado como uma • Explicar a política do pão e circo.
forma particular de interpretar e explicar o mundo, • Produzir um texto analisando os principais fa-
diferente da ciência, mas tão válida quanto ela. O tores da crise que levou à queda de Roma.
mito, visto dessa forma, pode ser considerado a pri- • Comparar o projeto de reforma agrária dos
meira leitura que fazemos do mundo, o ponto de irmãos Graco com o programa de reforma agrária
partida para a compreensão do ser. do governo brasileiro atual.
• Organizar cronologicamente os principais acon-
Atividades p. 77 tecimentos e fases que marcaram a antiga história
As questões 5 e 9 remetem ao significado do de Roma.
conceito de democracia e às particularidades do
significado desse termo na Grécia antiga e nos dias Res publica ou ‘coisa pública’
de hoje. É importante alertar os alunos para o (509 a 27 a.C.) p. 82
cuidado de não tratar a democracia contemporâ- O Senado era o órgão supremo do governo na
nea como uma cópia tal e qual da antiga demo- República. Os senadores eram vitalícios e tinham a
cracia grega. A visão que temos de democracia função de supervisionar as finanças públicas, dirigir a
hoje foi construída a partir de uma longa experi- política externa e administrar as províncias. As fun-
ência de revoluções e conquistas sociais. Por essa ções executivas eram distribuídas entre os mem-
razão, o trabalho de comparar a democracia e o bros da Magistratura, como os cônsules e os tribunos
conceito de cidadania nas duas épocas visa esta- da plebe.
belecer diferenças e semelhanças entre elas, sem O documento a seguir foi escrito em 63 a.C.
o intuito de fazer julgamentos ou considerações pelo senador romano Cícero. Trata-se de um dis-
segundo os valores do nosso tempo. Nesse senti- curso contra Catilina, candidato vencido ao cargo
do, no item b da questão 9, espera-se que os alu- de cônsul nas últimas eleições romanas, acusado
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Sugestão de atividade
tabelecidos pela lei anterior.
Discuta com os alunos o conceito de imperi-
Aproveitando o tema, é possível, então, es-
alismo e estabeleça relações com a aplicação des-
se termo em outros contextos da história. Em clarecer algumas especificidades da profissão de
seguida, sugere-se que eles registrem o significa- advogado, importante para os alunos que irão
do dessa expressão no caderno de conceitos. prestar vestibular. Se possível, o professor pode-
rá convidar um palestrante que trate desse tema
para conversar com os alunos e esclarecer suas
A diversificação cultural de Roma p. 87
dúvidas.
O Direito
O Direito romano é uma das heranças mais Texto complementar p. 89
importantes legadas à civilização ocidental. Este
A cena e o prandium
tópico pode ser trabalhado como um estudo de
caso, com o objetivo de mostrar aos alunos que A leitura proposta para este capítulo traz al-
as leis, os códigos e inclusive a ética e os costu- gumas informações sobre as refeições romanas,
mes são cambiantes no tempo, em função dos aspecto que compõe a história da vida privada
interesses econômicos e políticos das socieda- dos antigos romanos. Pode-se aproveitar para
des, combinados com as transformações cultu- discutir com os alunos que a história não se pre-
rais e religiosas. ocupa apenas com os fatos sociais, políticos e
O primeiro aspecto a se observar é a dife- econômicos; ela também se debruça sobre a vida
rença entre o Código Civil Romano, consolida- cotidiana, procurando compreender como os
do no governo de Augusto, e o Código de Hamu- homens do passado tratavam, por exemplo, a in-
rábi e as tábuas da lei de Moisés. Enquanto o pri- fância, a morte, o casamento, de que maneira eles
meiro refletia os conflitos políticos e econômi- se vestiam, se divertiam, que deuses cultuavam. É
cos dos distintos setores sociais da sociedade importante o aluno perceber que a vida cotidia-
romana, os outros dois estavam centrados na na do homem comum é objeto importante dos
orientação da conduta individual, evidenciando, estudos históricos.
assim, o seu caráter fortemente ético e moral, A questão 4, da seção Compreendendo o tex-
em contraste com o teor predominantemente to, que remete à obesidade, permite conscientizar
social das leis romanas. os alunos dessa grave doença moderna, presente
É importante ressaltar que o Direito Civil re- em todas as idades e classes sociais, e que está
sultou de lutas políticas e sociais, travadas especi- relacionada ao crescimento dos casos de diabete
almente entre os setores mais abastados e os me- e doenças cardiovasculares.
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cas seguindo esses modelos. São discutidas também as dificuldades que o seres vivos durante o
modelo evolucionista tem em explicar a origem da vida e a macroevolução, processo evolutivo.
incluindo o problema da origem da informação genética e o aumento da
complexidade nos seres vivos durante o processo evolutivo. Os pales-
trantes desses encontros têm sido doutores de universidades brasileiras
e do exterior e pesquisadores do Geoscience Research Institute, dos EUA.
O público atingido por esses encontros é bastante diversificado, incluin-
do desde pesquisadores e professores até estudantes universitários e pro-
fissionais liberais.
o
No 3 Encontro, realizado em 1999, foi criado o NEO (Núcleo de Estu-
do das Origens), que é um grupo interdisciplinar para o estudo do
o
criacionismo. Dos dias 20 a 23 de janeiro de 2005, foi realizado o 5 Encon-
tro Nacional de Criacionistas, com o tema ‘Perspectivas Atuais da Relação
entre Ciência e Religião’. Durante esse evento, foram tratados temas como
a integração entre fé e ciência, pelo dr. Leonard Brand, que também lançou
o livro Fé, razão e história da Terra, no qual procura demonstrar quais são as
limitações da pesquisa científica e de que modo a Bíblia, como um livro
revelado por Deus, pode auxiliar na busca de explicações sobre as origens.
Também foi abordado o design inteligente, que se caracteriza pela busca de
evidências de planejamento e atividade inteligente na natureza e como
Também foi abordado
isso se relaciona com o criacionismo. o design inteligente,
Durante esse encontro, a questão do ensino do criacionismo foi discu- que se caracteriza
tida em uma mesa-redonda sobre os desafios de se trabalhar as relações pela busca de
entre ciência e religião na rede adventista de ensino, de forma que se per- evidências de
mita ao aluno construir suas competências científicas e manter viva sua planejamento e
experiência religiosa. Os adventistas têm estado envolvidos na produção
atividade inteligente
de livros didáticos de ciências e paradidáticos sobre o criacionismo, para
os alunos de suas escolas, embora não estejam envolvidos em qualquer na natureza e como
movimento que pretenda tornar o tema obrigatório na escola pública, de- isso se relaciona com
vido ao caráter leigo desse sistema.” o criacionismo.
(PAULA, Márcia Oliveira de. Bíblia é fonte fidedigna de informação,
dizem adventistas. Folha de S.Paulo, 30 jan. 2005.)
PARTE II — O VOLUME 1 27
O texto que serve de abertura para o capítulo LE GOFF, Jacques. Os intelectuais na Idade Média.
trata da presença constante da imigração na história 4. ed. São Paulo, Brasiliense, 1995.
humana e revela uma das justificativas possíveis para . A civilização do Ocidente medieval. Lisboa,
esse fato.A foto que acompanha o texto mostra um Estampa, 1995.
exemplo de tensão social relacionada à entrada de FRANCO JR., Hilário. O feudalismo e o nascimento
imigrantes na Europa. Se achar conveniente o pro- do Ocidente. São Paulo, Brasiliense, 1986.
fessor pode promover uma discussão com a classe
refletindo acerca das implicações decorrentes dos
As catedrais góticas
movimentos migratórios no mundo.
O termo gótico (arte dos godos) engloba
A migração dos bárbaros p. 96
um conjunto de manifestações artísticas que se
desenvolveram entre os séculos XII e XV na
Para introduzir um dos temas que serão tra- Europa. A catedral gótica é considerada a máxi-
tados neste capítulo, o professor pode iniciar ques- ma expressão desse estilo, que marcou a Euro-
tionando o significado do termo “bárbaro” e es- pa no contexto de revitalização urbana, quan-
clarecer que esse termo era utilizado pelos ro- do as cidades se transformaram em centro da
manos na Antigüidade (e pelos gregos antes de- ➜
da arquitetura gótica era a verticalidade, que O trabalho com conceitos deve ser estimulado
simbolizava o desejo humano típico da era me- e valorizado pelo professor, pois é uma estratégia
dieval de espiritualidade, de estar próximo aos importante de aprendizado da disciplina e de enten-
céus, evidenciado nas torres vazadas e leves, na dimento das especificidades do tempo passado. Além
sóbria decoração dos portais e na elevação da disso, é uma excelente maneira de exercitar o pen-
grande nave, inovação que se tornou possível samento abstrato. Sendo assim, sugerimos que o
com a utilização de arcos ogivais, pilares e con- professor dê continuidade à prática do aluno de
trafortes, que tinham a função de sustentar ex- pesquisar e registrar o significado dos diferentes
ternamente a estrutura. conceitos que irão aparecer ao longo do ano letivo,
Uma das mais famosas catedrais góticas é a anotando-os num caderno específico para isso. Apro-
de Notre Dame (Nossa Senhora) de Paris, na veitando a definição de feudalismo apresentada no
França. Erigida inicialmente no século XII (1163), livro, esclareça dúvidas na classe e estabeleça rela-
levou mais de dois séculos para ser concluída ções desse conceito com outros conceitos históri-
(1330). Grandes acontecimentos políticos e re- cos referentes ao feudalismo, como servo, senhor
ligiosos tiveram lugar nessa catedral: o velório feudal, suserano e vassalo.
do rei São Luís (1270) e a coroação de Napoleão
como imperador (1804) são alguns exemplos. Texto complementar p. 105
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
PARTE II — O VOLUME 1 29
O texto selecionado trata do papel da mu- palco onde estourou a Primeira Guerra Mundial.
lher no mundo islâmico, tema atual e sempre po- Os objetivos propostos para este estudo são:
lêmico no relacionamento Ocidente/Oriente. • Caracterizar em distintos campos as contri-
Vale a pena tentar combater o preconceito em buições da civilização bizantina.
relação ao uso do véu pelas muçulmanas, visto • Comparar as diferenças históricas e de doutri-
pelo Ocidente como símbolo da opressão que a na entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa.
religião islâmica exerce sobre as mulheres. É im- • Reconhecer a importância da cidade de
portante lembrar que no Alcorão, livro sagrado Constantinopla para a antiga sociedade bizantina.
dos muçulmanos, não há referências explícitas à • Compreender as características da arte dos
obrigatoriedade do véu, o que nos leva a crer mosaicos e identificar nos dias de hoje esse tipo de
que tal prática tem origem em alguma tradição elaboração estética.
cultural anterior, que foi incorporada ao cotidia-
no das islâmicas por ação do sincretismo entre a Boxe — Uma civilização, muitas etnias p. 122
nova religião e as antigas práticas pagãs. Uma Como sugere o próprio título, a civilização
sugestão interessante de fonte para se entender bizantina caracterizou-se por uma mistura de di-
melhor os valores muçulmanos é o atual cinema ferentes etnias ligadas por elementos culturais co-
iraniano, bastante prestigiado em todo o mundo. muns. Inicialmente, é importante o professor es-
clarecer quais eram essas etnias e como elas se
Sugestões de filmes configuraram no passado e se manifestam no pre-
O círculo. Direção de Jafar Panahi (Irã, 2000). sente. O professor pode tomar, como ponto de
O jarro. Direção de Ebrahim Foruzesh (Irã, 1994). partida, um mapa atual da região e, localizando nele
os países, perguntar aos alunos o que eles já co-
nhecem de cada um deles. Como forma de com-
CAPÍTULO 12. A CIVILIZAÇÃO BIZANTINA
paração utilize o mapa da página 122.
Conteúdos e objetivos O chamado Cisma do Oriente separou, de for-
Em geral, o estudo da civilização bizantina se ma irreconciliável, a religião cristã do Ocidente
apresenta como estranho e pouco significativo da do Oriente, resultando em diferenças substan-
para os alunos. Isso, talvez, se explique pelo fato ciais na teoria e na prática religiosa. Podemos di-
de que nós, mais ligados à história da Europa oci- zer que a diferença essencial resulta do fato de o
dental, não encontramos de forma explícita os catolicismo ter se modificado ao longo da histó-
traços da influência desta sociedade na formação ria, enquanto a Igreja cristã oriental manteve qua-
da Europa feudal e na configuração cultural dos se inalterado o conteúdo e a forma de sua doutri-
países do Ocidente. Diante do exposto é neces- na, permanecendo mais próxima do cristianismo
PARTE II — O VOLUME 1 31
PARTE II — O VOLUME 1 33
PARTE II — O VOLUME 1 35
criação como resultado da intervenção divina. A tos matemáticos em suas obras, como a chamada
atuação dos renascentistas visava enaltecer as cri- “razão de ouro” ou “proporção de ouro”. Toman-
ações humanas, na visão deles tão belas e impo- do esses exemplos como referência, o professor
nentes como as obras de Deus. pode programar uma pesquisa (em livros e/ou na
A busca de um modelo que expressasse a internet) sobre a vida e a obra do artista, dando
revalorização do homem é que explica a retomada ênfase aos seguintes aspectos: 1) pinturas mais im-
dos valores e das obras da Antigüidade clássica, portantes do artista; 2) principais estudos científi-
que orientou o trabalho de muitos artistas e inte- cos; 3) projetos de arquitetura. Organizados em
lectuais da época. A partir dessa discussão, o pro- grupos, os alunos poderão apresentar um panora-
fessor poderá estabelecer relações com o que foi ma geral de cada tópico sugerido e também sele-
discutido anteriormente, propiciando a compara- cionar uma obra (ou trabalho) do artista e pesquisar
ção e a análise entre o mundo medieval e a era mais detalhadamente sobre ela.
moderna.
Com esse estudo, pretendemos desenvolver Sugestão de atividade
as seguintes habilidades:
Outra possibilidade de abordar a imagem de
• Contextualizar a transição da mentalidade
abertura é discutir com os alunos a importância
feudal para a mentalidade moderna na Europa.
da educação e do conhecimento múltiplo para o
• Relacionar o crescimento comercial e urba-
atual mercado de trabalho. Se for do interesse
no com a formação de novos grupos sociais.
do professor, ele pode levar para a sala de aula o
• Identificar nos grupos sociais emergentes nas
caderno de emprego de um jornal e pedir para
cidades, em particular a burguesia, a base social e
os alunos procurarem anúncios que mostrem ca-
econômica que sustentou a nova arte e o novo
racterísticas de um bom profissional, solicitadas
modo de relacionamento com o mundo terreno
pelo mercado.
e espiritual.
• Explicar as principais características do pen-
samento renascentista. As bases do Renascimento p. 151
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do: 1) quando e qual a duração da viagem; 2) apre- Diário de Pero Lopes de Sousa
sentação do principal responsável; 3) o que acon- A leitura proposta para este capítulo traz parte
teceu durante a viagem; 4) os resultados da via- de um relato de viagem da época das grandes via-
gem; 5) uma fonte importante que serve como gens marítimas. O texto permite comentar a preo-
documento dessa viagem. Na sala de aula cada cupação da Coroa portuguesa com o contrabando
grupo deve apresentar a sua pesquisa para o res- de pau-brasil na costa brasileira e a visão paradisíaca
tante da classe, compondo, assim, um quadro ge- que muitos europeus tinham das terras americanas
ral coletivo sobre esse tema. e de seus habitantes. Com essa leitura, pretendemos
também desenvolver a habilidade de interpretação
O resultado do encontro entre de documentos históricos.
as duas culturas p. 164
tro entre as culturas européias e americanas teve Nas atividades 5 e 8 é importante ressaltar
início o processo de globalização, pois, pela pri- para os alunos as possibilidades abertas pelo uso
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Esse período de nossa história está distante e as informações são ra- É preciso, portanto,
ras. É preciso, portanto, considerar a Idade Média no seu todo. Constata- considerar a Idade
mos que essa sociedade foi movida, entre o ano mil e o século XIII, por um
progresso material fantástico, comparável ao desencadeado no século XVIII
Média no seu todo.
e que prossegue até hoje. A produção agrícola multiplicou-se por cinco ou Constatamos que
seis vezes e a população triplicou em dois séculos, nas regiões que essa sociedade foi
constituem a França atual. O mundo mudava muito rapidamente. A circula- movida, entre o ano
ção dos homens e das coisas acelerava-se. Depois, na metade do século mil e o século XIII,
XIV, entrou-se numa fase de quase estagnação que durou até a metade do
por um progresso
século XVIII. Assim, por exemplo, nenhum progresso notável intervém
nos transportes entre o reinado de Filipe Augusto e o de Luís XVI, a dura- material fantástico,
ção do trajeto de Marselha a Paris mantém-se quase a mesma durante comparável ao
cinco séculos. desencadeado no
Percebemos, também, bastante claramente, a evolução das mentalidades. século XVIII e que
Nesse período de grande crescimento, como ocorre atualmente, os filhos não prossegue até hoje.
pensavam da mesma forma que os pais, mesmo que essa sociedade muito
hierarquizada cultivasse, de maneira fundamental, o respeito aos anciãos. Veja:
eis uma diferença em relação aos dias de hoje. [...]
É preciso, também, tentarmos esquecer o que pensamos e colocarmo-
nos na pele dos homens de oito ou dez séculos atrás, para penetrar na
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