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ESTRUTURA BÁSICA DO SONETO

Soneto (do Italiano 'sonetto', pequena canção ou, pequeno som) é um tipo de poema de
forma fixa, composto por 14 versos. Originalmente composto para ser cantado, como o
próprio nome sugere.
Estrutura
Sua estrutura tem 3 formas de distribuição dos versos:
Soneto italiano ou petrarquiano: 2 quartetos ou estrofes de 4 versos e 2 tercetos ou
estrofes de 3 versos;
Soneto inglês ou Shakespeariano: três quartetos e um dístico (estrofe de 2 versos;
Soneto monostrófico: O qual apresenta uma única estrofe de 14 versos.
Soneto heptrostrófico: disposto em 2 sétimas ou estrofes de 7 versos.
Quebrando este paradigma, podemos encontrar sonetos com o acréscimo de até 3
versos. Chama-se de estramboste este tipo de acréscimo. Estramboste significa
extravagante ou irregular. Quando foge-se à regra dos 14 versos, temos um soneto
irregular ou um estrambotto. Podemos encontrar Miguel de

Ao TÚMULO DO REI FELIPE II EM SEVILLA


(Miguel de Cervantes)

Voto a Deus que me espanta esta grandeza


e que desse um dobrão por descrevê-la,
porque a quem não surpreende e maravilha
esta máquina insigne, esta riqueza?

Por Jesus Cristo vivo, a cada peça


vale mais de um milhão, e que é mancha
que isto não dure em um século, oh grande Sevilha,
Roma triunfante em ânimo e nobreza!

Apostarei que o anima do morto


por gozar este lugar hoje tem deixado
a glória onde vive eternamente.

Isto ouviu um valentão e disse: "É verdadeiro


quanto diz você, senhor soldado,
E o que disser o contrário, mente."

E depois, incontinente,
calou o chapéu, requereu a espada
olhou de soslaio, fosse e não teve nada.

O soneto deve ter seguir uma estrutura lógica com começo, meio e fim. No primeiro
quarteto, dá a introdução e a ideia do conteúdo do soneto. O desenvolvimento da idéia
deve seguir através do 2° quarteto e 1° terceto. A conclusão deve ocorrer no último
terceto, par que o assunto não fique em suspenso ou inacabado. Ao último verso, cabe a
função de fechar o soneto com maestria, sendo por isso chamado de “cave de ouro”.
Métrica:
Quanto ao número de sílabas temos os clássicos alexandrinos, ou seja, dodecassílabos
(12 sílabas), ms também encontramos ou hepta (7), octo (8), nona (9) deca (10) e
undecassílabos (11 sílabas). Pelo bem da estética, deve-se manter a simetria inter versos
ou seja, cada verso deve ter a mesma quantidade de sílabas do primeiro.
A contagem de sílabas deve ser feita seguindo o critério da elisão que consiste em
considerar como uma única sílaba a elisão ou ligadura de vogal do final de uma palavra
com a inicial da seguinte, exceto em caso de palavras craseadas. As sílabas são contadas
até a sílaba tônica da última palavra do verso.

Rimas:
As rimas podem ser:
ABBA-CDDC, DED, FEF ou ABAB-CDCD, CEC, FEF ou ainda, referentes aos dois
tercetos, EDE, FEF.
Procuremos, sempre que pudermos ornar os sonetos com rimas ricas, evitando sempre
as rimas de pé quebrado ou as rimas brancas, ou seja, ausência de rima.
Um recurso muito usado é a criação de neologismos lógicos, quando a palavra não tem
rima como é o caso de "Mãe". Mas é um artifício que devemos usar com moderação e
como último recurso, sem dele abusarmos.

Prosódia:
Palavra originária do grego 'prosodía' , é o estudo do ritmo, entonação e demais
atributos relacionados à fala. A prosódia descreve todas as propriedades sonoras da fala
para evitar a silabada, ou seja, a transposição do acento tônico de uma sílaba para outra,
caracterizando um erro de prosódia ou silabada.
Cada verso deve ser lido ou declamado considerando dois acentos tônicos frasais e esta
acentuação deve ser mantida para cada verso do soneto. Observe neste exemplo de Bilac
que a acentuação frasal ocorre sempre na quarta sílaba do verso. Isto facilita tanto a
leitura quanto ao musicista que irá compor a melodia, caso isso ocorra.

OLAVO BILAC

"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo


Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...

E conversamos toda a noite, enquanto


A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: "Tresloucado amigo!


Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"

E eu vos direi: "Amai para entendê-las!


Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas."
HISTÓRIA
Criado no início do século XII, na Sicília, o soneto era cantado na corte de Frederico II
Hohenstaufen. Atribui-se a autoria do soneto a Jacopo da Lentini, vulgo Jacopo Notaro,
poeta siciliano imperial, surgido como uma letra de música, com melodia diferente para
cada estrofe.
Sonetistas clássicos famosos:
Dante Alighiere (Italiano), Miguel de Cervantes (Espanhol), Sá de Miranda e Luís Vaz
de Camões (Portuguêse),
Outros grandes sonetistas em língua portuguesa
Augusto dos Anjos, Cláudio Manuel da Costa, Cruz e Souza, Luís Vaz de Camões,
Manuel Maria, Du Bocage, Olavo Bilac, Vinícius de Morais, Antero de Quental, etc.

REFERÊNCIAS:
Dr. Antônio Marchet Callou (in memoriam), Dentista, Professor e poeta . meu mestre e
meu incentivador.
http://www.sonetos.com.br/escrever.php
http://pt.wikipedia.org/wiki/Soneto#cite_note-0
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pros%C3%B3dia

01. MATURA IDADE


JOÃO BOSCO ROLIM ESMERALDO

O tempo passa, e eu, voltado à lida


Vejo, sem tempo, a vida despontar;
Passo o tempo todo, sem contar a vida;
Passo a vida sem poder contar.

Quando era criança, o tempo não corria


Vivia a correr, e o tempo não passava,
Pura ilusão, a vida transcorria,
Mas o futuro, parece, não chegava.

Sem passatempo, a idade foi chegando,


Quase sem tempo, os dias encolhendo.
Passou-se o tempo, a vida encurtando.

Como desejo, agora, estar revendo;


Como criança, de novo, ir contando;
O tempo em que vou envelhecendo.
02. A ALMA DO SONETO
JOÃO BOSCO ROLIM ESMERALDO

Soneto uma composição poética;


Bem no princípio, temos dois quartetos,
Agora e até o fim, são dois tercetos
Estruturas, ideias, rimas, ética*.

É escrito em deca... undeca... dodecassílabos,


ABBA-CDDC, DED, FEF
ABAB-CDCD, CEC, FEF
Mesmo com hepta... octo... nonassílabos

Sem métrica ou rima ou metrificado;


Rimado, invertido, EDE, FEF,
Mas tem elegância, tem significado.

Tem cabeça, corpo, e até esqueleto


Desenvolvido, muito esmerado;
Sendo o último verso, a alma do soneto.

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(*) Ética = regra.

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