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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI

CURSO DE DIREITO

DISCIPLINA: METODOLOGIA

PROFESSORA: ANA CLAUDIA

ACADEMICO: RAFAEL DOS PRAZERES NOGAROLI

1º PERIODO NOTURNO B

ABORTO

BARRA VELHA, 19 DE AGOSTO DE 2010


INTRODUÇAO

Este tema muito discutido perante a sociedade contemporânea, não


deixando de ser atual devido ao fato de estar diariamente na mídia, ou
debatidos em congressos. Sento discutidos tanto os aspectos religiosos
quantos os aspectos de direito a vida.
O ABORTO

A origem etimológica do aborto vem da privação de nascimento.


Advêm de ab, que significa privação, e outros, nascimento, segundo
Damásio de Jesus, Direito Penal, parte especial.

O aborto é a perda da gravidez antes que o embrião e posteriormente


o feto tenha sido retirado do útero com vida independente da pessoa
materna, conforme DANDA PRADO em sua obra O que é o aborto;

“o abortamento é o termo correto, empregado nos meios


médicos. Aborto é uma corruptela da palavra, de uso
corrente, e a definição obstétrica do aborto é: a perda
de uma gravidez antes que o embrião e posterior feto
(até a 8ª semana de gravidez diz-se embrião e
posteriormente feto) sejam potencialmente capazes de
vida independente da mãe.”

Isto posto, claro seria a identificação do aborto como a interrupção da


gravidez, como conseqüência a morte do feto.

HISTÓRIA

O aborto era praticado por povos mais antigos, sua interrupção era
ensinada de mão para filha na época romana e grega, com a receita de
ingerir plantas medicinais e demais técnicas. Sua semelhança com a
atualidade ainda esta em evidencia, tanto com a utilização de
medicamentos como os métodos aplicados de modo caseiro.

A prática do aborto é tão antiga quanto o homem; as mulheres nunca


deixaram de realizá-lo, apesar das sanções, controles, legislações e
intimidações surgidos através da historia da humanidade.

“Sabe-se que a raça humana em qualquer época


ou lugar geográfico, manifestou sempre o desejo de
regular sua própria fecundidade, o que torna o aborto
uma prática atávica, espontânea, pois corresponde a um
desejo natural de não querer ou não poder levar a termo
uma gravidez.” (DANDA PRADO, o que é o aborto)

O código de Hammurabi, 1700 anos antes de cristo, já classificava o


aborto como um crime acidental contra os interesses do pai e do marido.
SUA LEGALIDADE

Tem várias as tipificações de aborto em nosso código penal, sendo


estes muitas vezes legalmente possíveis, outros coercivamente aplicáveis
pelo estado, dependendo das situações em que ocorrer a ação.

O aborto natural, também classificado de acidental, não é objetivado


pelo código penal, portanto, não constitui crime. Este ocorre devido a uma
condição de gravidez, muitas vezes de risco, assim classifica DANDA
PRADO, que em inúmeras ocasiões as mulheres mesmo grávidas exercem
esforços, seja no trabalho, devido ao tempo e outras podem abortar
espontaneamente, causadas internamente ou externamente os causadores
do aborto.

O natural ocorre quando espontâneo e o acidental devido a trauma,


pode ser causado devido a uma queda inesperada. DAMÁSIO demonstra em
seu livro de Direito Penal que há diversas espécies de aborto legal e
consentido, conforme a jurisprudência. Há o aborto terapêutico, utilizado
para salvar a vida da mãe, o aborto eugenesio ou eugênico, permitido para
impedir a continuação da gravidez quando há a possibilidade de que a
criança nasça com taras hereditárias, o aborto social ou econômico
permitido em casos em que existam numerosos filhos, para não agravar a
situação social.

O código penal especifica apenas duas formas de aborto legal, o


denominado aborto necessário ou terapêutico, previsto no artigo 128, I, do
Código Penal, não havendo outra forma de salvar a vida da gestante, o
outro caso de aborto permitido é o descrito no art. 128, II, hipótese em que
a gravidez resulta do estupro, chamado também de aborto sentimental ou
humanitário.

O FATO SOCIAL COMO GERADOR DO ABORTO

A sociedade é constituída de indivíduos que devem agir de forma


justa e consciente, desta forma todos nós somos arbitrariamente envolvidos
em uma cadeia de situação em que devemos conviver. Geradas por
costumes, princípios, e regras.

A comunidade social estabelece suas relações por costumes, de


deferentes regiões, tanto é que demonstra em algumas regiões costumes
que em outras não são praticadas, deve se esclarecer esta idéia, pois
resulta destes costumes a idéia de que uma MÃE SOLTEIRA não será bem
vista pela sociedade, como descreve em sua obra VERARDO, em ABORTO,
UM DIREITO OU UM CRIME;

“A decisão de ser ou não ser mãe não é uma decisão


fácil como pode parecer a muitos à primeira vista.
Aparentemente ela significa apenas uma decisão individual,
quando na verdade é uma opção que envolve uma série de
fatores econômicos e sociais.”

Varias são as maneiras que levam a mulher a engravidar, no entanto


a desinformação constante, não só dos jovens e adolescentes, mas também
de milhares de mulheres, a respeito da sua sexualidade.

Há outra em que o aborto é conseqüência de falha do contraceptivo,


a idéia de que o numero de filhos que já possui é o suficiente, um a mais
ocasionaria uma desestrutura familiar, ou financeira, a relevância que seu
trabalho tem pode ocasionar o aborto, ou mesmo a não inclusão de filhos
no seu planejamento de vida.

A gravidez indesejada é clara situação de que haverá possibilidade de


ser constituído o aborto, muitas vezes quando não existe um parceiro fixo,
vindo a ser pressionada pela cultura religiosa, classificando-a como um
individuo não hábil para a convivência na comunidade.

A situação de aborto no Brasil, em estado de irregularidade tende a


persistir enquanto o aborto estiver na clandestinidade. E disso as clinicas se
aproveitam para taxar os seus serviços. Preços exorbitantes são cobrados
das vitimas que ali estão, sob os riscos da prática ilegal da medicina e
devido a esta pratica mulheres, economicamente excluídas da sociedade,
voltam para casa se arriscando com a prática do auto-aborto.

CONCLUSÃO
A prática do aborto deve ser evidenciada, estatísticas mostram que
milhares de mulheres morrem ou ficam impossibilitadas de engravidar
devido à prática do auto-aborto.

Será que a sociedade ainda não está capaz de conviver com uma
regra mais democrática de qualidade de vida, a religião ainda regra normas
de convivência social.

Atualmente estavam previstas alterações no âmbito do aborto, o


presidente da republica teve que retirar as alterações a este termo com a
repressão da igreja, já não estamos mais no mundo arcaico, deveríamos
pensar não somente de forma empírica mas de forma axiológica.

Muitos são os países que já regularizaram o aborto, como os EUA, e


demais países de primeiro mundo e estatísticas mostram que os reflexos
foram a diminuição da criminalidade.

Deixo aqui meus comentários, sobre o assunto que já está sendo


discutido a milhares de anos, devemos pensar de forma mais científica e
sociológica sobre o assunto, de modo a não termos que passar por
transtornos futuros.
BIBLIOGRAFIA

JESUS, Damásio E. de – Direito Penal, V. 1- 28ª Ed.- São Paulo –


Editora Saraiva, 2005.

PRADO, Danda – O que é o aborto, 2ª edição – São Paulo – Editora Atlas,


1988.

VERARDO, Maria Tereza – Aborto, um crime ou um direito – 4ª Ed. – São


Paulo – editora Atlas, 1985.

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