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(ADAPTAÇÃO) UM NOVO AMBIENTE

A daptação é o esforço que a criança realiza para ficar bem no espaço


coletivo, onde relações, regras e limites são diferentes daqueles que ela
conhece em casa. No contexto escolar, não basta a iniciativa dela para
se ajustar à nova situação. Acolher, aconchegar e procurar o bem-estar
e o conforto físico e emocional são responsabilidades dos educadores.
Para turmas a partir dos 4 anos, é importante explicar como será o dia,
deixando que se adaptem, no seu ritmo, à rotina. Outra boa estratégia é
incluir os pais na programação dos primeiros dias de aula e estabelecer
uma parceria com eles.
JACIARA DE SÁ
CONSULTORIA: CISELE ORTIZ, DO INSTITUTO AVISA LÁ, EM SÃO
PAULO

SALADA DE FRUTAS IGUAL A DE CASA


IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> Cerca de uma hora.
ESPAÇO> Refeitório.
MATERIAL> Frutas que as crianças trazem de casa, uma vasilha grande,
facas sem fio ou de plástico e pratos suficientes para todas as crianças.
OBJETIVO> Integrar-se ao grupo.
Após as crianças lavarem as mãos, reúna todas em torno de uma mesa
grande. Entregue a cada uma um pratinho e uma faquinha para que
possam picar as frutas que trouxeram de casa – e que você já
descascou. Os pedaços de frutas devem ser despejados em uma vasilha
grande deixada no centro da mesa e misturados. A salada de frutas será
servida às crianças logo após o preparo, na hora do lanche. A atividade,
se realizada com freqüência, contribui para que os pequenos
desenvolvam a continuidade temporal e, assim, saibam que, depois do
preparo, vem o lanche e que logo se aproxima o momento em que
alguém da família vai buscá-los, transmitindo-lhe mais tranqüilidade.

CUIDADOS COM OS PEIXINHOS


IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> Variável.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Aquário, peixes e ração.
OBJETIVOS> Manter os peixes vivos; cuidar deles; demonstrar
sentimentos; e aprender a lidar com a perda, quando os peixes morrem.
Leve os peixes e os outros materiais à escola e monte o aquário junto
com as crianças para que elas se sintam responsáveis por ele.
Os peixes pertencem a todas as crianças, sem distinção. Elas devem
ajudar você a cuidar do aquário, limpando-o e dando de comer aos
peixinhos. Se algum deles morrer, você deve lidar com a situação de
maneira realista, explicando que o peixe morreu e que a turma deve
enterrá-lo num jardim ou em um vaso de planta após se despedirem
dele. Se todos os peixes morrerem, a turma decide se terá um novo
aquário.

DESENHO LIVRE PARA COMEÇAR


IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Canetas hidrocor e folhas de papel branco de tamanhos
variados.
OBJETIVOS> Desenhar e ter contato com o material usado na atividade.
As crianças sentam-se em mesas coletivas (com até quatro lugares) e
fazem desenhos individuais e livres com os materiais à disposição.
Observe não apenas o que o desenho expressa mas também se há
alguém que não esteja acostumado a realizar esse tipo de atividade e
auxilie-o a utilizar os novos materiais.

ESTA É A MINHA ESCOLA


IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> 15 minutos.
ESPAÇO> Entrada ou próximo à sala de atividades.
OBJETIVO> Conhecer a rotina da escola.
Quando a criança está indo à escola pela primeira vez, tenha uma
conversa com ela e com o responsável que a acompanha. Lembre-se de
que essa é uma situação nova para ambos e, por isso, é preciso acolhê-
los. Primeiro se apresente. Depois, conte a eles o que vai acontecer,
qual é a proposta da escola e a programação do dia (foto na pág. ao
lado).
Assim, a criança fica sabendo após qual atividade é hora de reencontrar
a família.

(ARTES VISUAIS) QUE TALENTO


Na pré-escola, as crianças já representam o mundo simbolicamente.
Com a criação artística e em contato com a arte, desenvolve-se o
domínio dessa nova linguagem. Por isso, é preciso propor atividades que
estimulem a criação individual e coletiva, a exploração de novos
materiais e a reflexão acerca dos conteúdos artísticos de autoria de cada
um, assim como os produzidos pelos colegas ou artistas consagrados.
SUZEL TUNES
CONSULTORIA: FERNANDA NEDOPETALSKI, DA ESCOLA QUINTAL, EM
SÃO PAULO; FRANCINÉIA SOARES, VENCEDORA DO VI PRÊMIO ARTE
NA ESCOLA CIDADÃ, DE BRASÍLIA; E ROSA IAVELBERG, DA
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, EM SÃO PAULO
PINTURA NO AZULEJO
IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> De 15 a 30 minutos.
ESPAÇO> Onde houver uma parede de azulejos.
MATERIAL> Tinta guache e pincéis.
OBJETIVOS> Expressar-se de maneira artística em um suporte
diferente; valorizar a produção, expondo o produto final; e respeitar a
criação dos colegas.
Convide as crianças a desenhar sobre uma parede de azulejos (foto
acima). A atividade é coletiva, mas cada um é livre para fazer seu
desenho, desde que respeite o espaço e a produção do outro. Deixe em
exposição por um período, após o qual pode ser limpo para dar lugar a
uma nova criação.

PANORAMA CULTURAL
IDADE> 5 anos.
TEMPO> Variável.
ESPAÇO> Sala de atividades, pátio, museus e galerias de arte.
MATERIAL> Folhas de papel branco, tinta guache, giz de cera, lápis de
cor, canetas hidrocor, tela para pintura, tintas diversas, carvão, giz
pastel, tecidos e tábuas.
OBJETIVOS> Ampliar o repertório artístico e cultural com a observação
e identificação de diversas obras de arte; e estimular a expressão
artística por meio de diversas técnicas, estilos e materiais.
Apresente à turma histórias de artistas e réplicas de obras de arte. Se
possível, convide um artista da cidade a visitar a escola, para que ele
mostre seus trabalhos e compartilhe sua produção artística com a
turma. Idas a museus e exposições de artes podem ser incluídas no
projeto. Depois de analisada a obra dos diferentes artistas, as crianças
produzem os próprios trabalhos – que não devem ser cópias das obras
estudadas. Todas as criações ficam em exposição na escola. Trabalhe
com este projeto duas vezes por semana. Ele pode durar até três
meses.

A MUITAS MÃOS
IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> Cinco minutos por criança.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Papel, lápis, lápis de cor, giz de cera e canetas hidrocor.
OBJETIVOS> Estimular a criatividade e trabalhar em equipe.
Dê a partida para o processo de criação fazendo uma pequena
intervenção no papel: um desenho pela metade, alguns traços, a
colagem de um recorte de revista ou um simples barbante. Depois, o
papel vai passando de mão em mão, para que seja continuado num
tempo determinado (cerca de cinco minutos).
Para que a turma não se disperse, vários desenhos podem ser iniciados
ao mesmo tempo. Ao final da atividade, é interessante propor uma
conversa sobre o resultado.

MÓBILES E MAQUETES
IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> Variável.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Diversos tipos de tinta, pincéis e suportes, sucata (jornais,
papelão, barbantes, garrafas PET etc.), argila, cola, fita adesiva etc.
OBJETIVOS> Desenvolver diferentes formas de expressão e habilidades
artísticas; fazer representações bidimensionais e tridimensionais; e
integrar a expressão artística a outras áreas do conhecimento.
Escolha um tema de interesse das crianças, que já esteja sendo
estudado, para ser desenvolvido também de forma artística. Eleja dois
dias da semana para trabalhar este projeto. Se a turma está
aprendendo sobre astronomia, por exemplo, monte um Sistema Solar
na forma de móbile, com bolas de isopor pintadas. Antes, porém, leve
um globo terrestre para a sala de aula e apresente à garotada.
Aproveite para mostrar as posições em que ficam a Lua, o Sol e os
outros planetas do Sistema Solar. Conte às crianças sobre a viagem do
homem à Lua. Para isso, leve vídeos, fotos e ilustrações sobre o
assunto. É possível também programar uma visita com os alunos ao
planetário de sua cidade. Uma outra opção é aproveitar as aulas sobre o
meio ambiente para a garotada construir uma maquete.

(AUTONOMIA) SEGUROS DE SI
A autonomia nada mais é do que a capacidade da criança de
experimentar sozinha. Para seu desenvolvimento, é fundamental
acreditar que todos têm, desde pequenos, condições de tomar decisões
e fazer escolhas.
Essa convicção proporciona um ambiente que dá oportunidades à
garotada. O fato de elas sentirem que as pessoas ao seu redor
acreditam em suas idéias favorece o desenvolvimento saudável de uma
identidade pessoal, de uma auto-imagem positiva e do processo de
socialização. Não há uma atividade específica que promova a
autonomia, mas todas as ações e relações na comunidade escolar
precisam ser permeadas de um princípio de confiança.
CONSULTORIA: BEATRIZ FERRAZ, DA ESCOLA DE EDUCADORES, EM
SÃO PAULO
VAMOS AO ZOOLÓGICO
IDADE> 5 anos.
TEMPO> Variável.
ESPAÇO> Sala de atividades e demais espaços.
MATERIAL> Livros, revistas e outras fontes de informação sobre os
animais do zoológico, isopor, cola, papelão, barbante, pedaços de
madeira, bichos (podem ser de plástico, de massinha ou de papel
machê), fita adesiva colorida, pedaços de madeira, arame, jornal,
diferentes tipos de papéis e canetas hidrocor.
OBJETIVO> Exercer a possibilidade de escolha e de tomar decisões.
Pergunte à turma quem já foi ao zoológico (se não houver um em sua
cidade, você pode substituí-lo por outro local, como um sítio, onde são
plantadas as frutas vendidas na feira). Converse com as crianças sobre
o que se pode ver e aprender num lugar como esse, com o apoio de
livros, revistas, fotos etc. Proponha uma visita ao zoológico (ou a outro
espaço escolhido). Faça com a turma um roteiro de coisas interessantes
para ser observadas. Durante a visita, permita que todos fiquem livres
para comentar e desenhar tudo o que despertar interesse. Voltando da
visita, converse sobre o que foi visto, o que chamou a atenção, aquilo
de que mais gostaram e não gostaram. Sugira a montagem de uma
maquete. Pergunte aos pequenos como eles acham que poderiam fazê-
la. Deixe que se organizem em pequenos grupos para colocar em prática
suas idéias. Ajude-os a tornar possíveis suas propostas e sugestões.
Organize o tempo para que as equipes se encontrem periodicamente,
realizem suas tarefas e pensem sobre novas possibilidades. Ofereça os
materiais necessários e auxilie a turma a buscar os que não estão
acessíveis. Promova rodas de conversas entre todos para que troquem
experiências, compartilhem idéias e pensem no produto coletivo
comum, que é a maquete. Por fim, pense com sua turma quem deve ser
convidado para conhecer o trabalho e como será feito esse convite. Este
trabalho pode durar até três meses.

CADA COISA NO SEU LUGAR


IDADE>4 anos.
TEMPO>Uma hora.
ESPAÇO>Sala de atividades.
MATERIAL>Canetas hidrocor, etiquetas e caixas de organização de
materiais.
OBJETIVO> Compartilhar a responsabilidade pela organização dos
materiais da sala, com autonomia para usá-los e guardá-los.
Esta proposta pode durar um mês. Sente em roda com a turma e
proponha a todos organizar os materiais, conversando sobre o modo
como eles se encontram agora. Fale sobre a necessidade de um critério
para dispor os objetos de uso cotidiano e deixe as crianças falarem
livremente. Registre as sugestões. Em outro momento, retome os
critérios anotados e peça às crianças que escolham os que vão utilizar
para a atividade. Faça uma lista dos nomes usados para cada tipo de
material a ser organizado. Por exemplo: casinha (para os objetos
usados nesse tipo de brincadeira); leitura (para os livros que ficam na
sala); pintura (para tintas e pincéis). Você pode também promover
oficinas para preparar as caixas onde vão ficar os materiais. As crianças
pintam, fazem uma colagem, encapam com jornal e colam para que
fiquem mais resistentes. Prontas as caixas e agrupados os materiais,
organize a turma em pequenos grupos para guardar os objetos e
escolher o lugar em que ficará cada caixa (foto na pág. ao lado). Em
uma nova etapa, sugira à garotada que escreva nas etiquetas os nomes
dos materiais e cole na caixa e/ou no espaço onde ela ficará. Reforce a
idéia de que, assim, todos vão pegar e guardar os materiais sem
necessitar tanto de sua ajuda. Lembre que é importante manter a
ordem dos materiais.
Dessa forma, as crianças constroem valores como cooperação,
responsabilidade coletiva e confiança em si mesmas e nos outros.

(CANTOS) PARA TODOS OS GOSTOS


A organização da sala de aula em cantos diversificados possibilita à
garotada escolher o que vai fazer entre várias opções oferecidas. Essa
oportunidade contribui para a autonomia da criança – já que sua
escolha não depende da intervenção direta do professor – e permite a
ela observar as próprias dificuldades e seus gostos e interesses. A
atividade nos cantos pode ser promovida no início da aula – para
integrar a turma – ou no final do dia, com foco maior na descontração.
Todas as sugestões a seguir podem ser realizadas simultaneamente.
CONSULTORIA: MARIA VIRGÍNIA GASTALDI, DO INSTITUTO AVISA LÁ,
EM SÃO PAULO

FAZ DE CONTA QUE


IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> De 30 minutos a uma hora.
ESPAÇO> Sala de atividades ou locais próximos,
onde você possa observar todas as crianças e auxiliá-las quando
necessário.
MATERIAL> Brinquedos ou objetos que possam simbolizar ambientes
como escritório, consultório médico, salão de beleza, sorveteria etc.
Exemplos: caixa de papelão, agenda, gravata, maleta, caixinha de
remédio, algodão, chapa de raio X, touca de banho, pente, escova,
espelho etc.
OBJETIVOS> Estimular a imaginação; ampliar a compreensão dos
diferentes papéis; construir regras com outros jogadores; aprender a
brincar de maneiras diversas com os mesmos materiais; e divertir-se.
PREPARAÇÃO> O primeiro passo é levantar os temas de interesse das
crianças para orientar a criação das caixas temáticas. Organize os
cantos com os materiais, sugerindo variados ambientes.
As crianças brincam de faz-de-conta utilizando o material disponível. O
espaço pode ser alterado de acordo com a vontade delas. É fundamental
sempre proporcionar à turma novos desafios,
com a oferta de mais objetos para alterar o ambiente. Faça intervenções
durante a brincadeira somente se você for solicitado pelas crianças.

ESPAÇOS PARA CRIAR


IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades ou locais próximos, onde você consiga
observar todas as crianças e atendê-las quando necessário.
MATERIAL> Kits de acordo com a atividade a ser desenvolvida.
Colagem: tesoura sem ponta, cola, papel e fita crepe. Desenho: papel,
giz de cera, lápis de cor e canetas hidrocor. Pintura: pincel, tinta e
papel. Escultura: massa de modelar e argila. Você pode criar, ainda,
uma caixa só com modelos, como imagens de obras de arte e fotos de
animais ou de flores, por exemplo, para servir de referência.
OBJETIVOS> Despertar a criatividade; incentivar a expressão de idéias
de forma plástica; ampliar os conhecimentos sobre as próprias crianças
e o mundo; e proporcionar experiências em diferentes linguagens e com
materiais diversos.
Apresente os materiais, separando aqueles que a turma já conhece dos
demais, que são novidade.
É recomendável explicar os cuidados necessários ao utilizar, por
exemplo, as canetas hidrocor (não forçar a ponta e tampá-las após o
uso), os lápis (precisam ser apontados), a cola (deve ser tampada após
o uso) etc. Definido o tema, cada criança inicia seu trabalho. Terminada
a atividade, exponha as obras em diferentes espaços da escola,
valorizando a produção de cada um e permitindo a apreciação coletiva.
Outra opção é oferecer uma pasta ou uma caixa de papelão para as
crianças guardarem seus trabalhos em classe.

QUEM QUER JOGAR


IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> De 20 minutos a uma hora.
ESPAÇO> Sala de atividades, pátio ou parque.
MATERIAL> Jogo da memória, dama, pega-vareta, futebol de botão,
bolinha de gude, bingo etc.
OBJETIVOS> Compartilhar experiências e dúvidas; reforçar o
relacionamento pessoal; e habituar-se a cumprir regras. Para apresentar
o jogo à classe toda, há vários caminhos, como começar pelo objetivo e
as formas possíveis de atingi-lo; perguntar às crianças como imaginam
que ele é, pela observação das peças; ou jogar uma partida com um
convidado para que todos assistam.
Se optar pela explicação em pequenos grupos, convide um adulto ou
uma criança mais velha para ensinar as regras aos novos participantes.
Feita a apresentação, dê tempo à turma para jogar e aprender a
estratégia. Quando uma criança passa a jogar bem, pode ser convidada
a compartilhar suas habilidades com todos.

(DIVERSIDADE) VIVA A DIFERENÇA


Aceitar o outro como ele é precisa ser um tema constante no cotidiano
infantil, principalmente por ocorrer numa fase de construção da
identidade. Na escola, isso se reflete em atividades que abordam as
diferenças de habilidade, conhecimento, gênero, etnia, credo religioso e
tipo físico.
É fundamental que as práticas dos professores sejam adequadas em
relação à aceitação da diversidade. Situações mal resolvidas podem
causar baixa de auto-estima, internalização de preconceitos e rejeição
da própria identidade, entre outros problemas.
HELENA FRUET

BAIXOS E ALTOS, GORDOS E MAGROS


IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> De 30 a 40 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Imagens de personalidades de diferentes tipos físicos
recortadas de jornais e revistas.
OBJETIVOS> Desfazer preconceitos; ganhar auto-estima; e aceitar a
diversidade física.
Na hora em que as crianças forem medidas e pesadas para acompanhar
o crescimento, aproveite para conversar sobre as diferenças físicas e o
respeito a todos. Isso inclui não usar apelidos maldosos, por exemplo.
Caso a medição não seja feita pela escola, faça esse procedimento para
dar início a esta atividade. Imagens de personalidades bem-sucedidas
em diversas áreas podem ser usadas para mostrar que não existe tipo
físico perfeito ou melhor que o outro. Um exemplo: Clodoaldo Silva
(nadador, vítima de paralisia cerebral, que conquistou seis medalhas de
ouro nos Jogos Paraolímpiadas.

BONECAS DE TODAS AS RAÇAS


IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> De 30 a 40 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades, pátio ou jardim.
MATERIAL> Tecido de algodão nas cores preta, marrom e branca,
manta acrílica, linha, agulha, canetas para tecido, retalhos de tecidos
estampados, lã colorida, cola e tesoura.
OBJETIVO> Aceitar as diferentes etnias confeccionando bonecas de
pano (negras, índias, brancas e orientais).
Diga aos alunos que eles vão se retratar e, por isso, devem escolher as
cores dos tecidos de algodão (preto, marrom e branco) de acordo com
sua cor de pele. Para a realização dessa atividade, é necessária
a ajuda dos adultos. Além da escola, envolva os pais e a comunidade.
As crianças levam para casa os pedaços de pano para ser recortados e
costurados (pelos adultos) em forma de bonecas, deixando uma
abertura. Para facilitar o trabalho, envie junto com o material um molde
de papel. Em sala de aula, as crianças enchem as bonecas com manta
acrílica.
Depois, elas desenham os rostos com caneta para tecido, além de vesti-
las e de enfeitá-las como quiserem. Tufos de lã podem virar cabelos e
retalhos de tecido se transformam em roupas.

ESTA É A MINHA FAMÍLIA


IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> De 20 a 40 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Cartolina, cola, tesoura e fotos dos parentes.
OBJETIVO> Perceber a mistura de raças existente no Brasil e que a
maioria das crianças é fruto dessa mistura.
Comece a atividade pedindo que as crianças perguntem aos pais de
onde eles e os avós vieram e qual a nacionalidade dos antepassados. Na
aula seguinte, proponha uma conversa sobre o assunto,
com cada um contando como são seus pais e avós.
Caso as crianças não conheçam algum de seus familiares, não há
problema. Elas devem falar sobre aqueles com quem têm contato. É
importante que você se certifique dos casos mais delicados, pois pode
ser que alguma família não queira tocar no assunto. Consulte os
responsáveis antes para saber como abordar o tema. Depois, peça às
crianças para trazer fotos dos avós, dos pais e de si mesmas. Com sua
ajuda, elas colam as fotografias em uma cartolina na forma de uma
árvore genealógica. Para quem não tem foto, proponha um desenho
representando essas pessoas.
Depois, os trabalhos vão para uma exposição.

(GÊNERO) SEM ESSA DE “NÃO PODE”


A transmissão de valores de igualdade e respeito entre as pessoas de
sexos diferentes é uma das responsabilidades do educador. É preciso
estar atento para combater os padrões estereotipados dos papéis do
homem e da mulher.
Ao repetir um clichê como “menino não chora”, difundem-se valores
equivocados e preconceituosos.
HELENA FRUET
CONSULTORIA: ANA CRISTINA CANOSA, DA SOCIEDADE BRASILEIRA
DE ESTUDOS EM SEXUALIDADE HUMANA, EM SÃO PAULO; ANA LÚCIA
DE FARIA, DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, EM CAMPINAS
(SP); CLÁUDIA DUARTE, CLÉLIA CORTEZ E DANIELA TEPERMAM, DA
CRECHE/PRÉ-ESCOLA CENTRAL DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, EM
SÃO PAULO; CRISTIANE CRUZ, PSICOMOTRICISTA, DE SÃO PAULO;
ESMÉRIA FREITAS E MARCOS RIBEIRO, DA ORGANIZAÇÃO NÃO-
GOVERNAMENTAL CORES, NO RIO DE JANEIRO; SANDRA UNBEHAUM,
DA FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS, EM SÃO PAULO; E YARA SAYÃO, DA
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, EM SÃO PAULO

FUTEBOL MISTO
IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> De 30 a 40 minutos.
ESPAÇO> Gramado, ginásio ou quadra.
MATERIAL> Bola de futebol.
OBJETIVO> Perceber que não procede, nessa idade, a idéia de que há
esportes que só podem ser praticados por um dos sexos.
Na idade pré-escolar, ainda não há uma diferença muito grande de
aptidões físicas entre meninos e meninas. Ambos podem realizar as
mesmas atividades esportivas sem muita desigualdade no rendimento.
Um jogo de futebol com times mistos, montados pelo professor, é uma
forma de integrá-los e fazê-los ver que todos podem jogar juntos.
Divida a turma em equipes heterogêneas e inicie o jogo.

GENTE DE TODOS PERFIL


IDADE> 5 anos.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Imagens de jornais, revistas e livros de pessoas de outras
culturas.
OBJETIVO> Perceber que em outras culturas
os costumes são diferentes, inclusive nos hábitos de vestir. Essa é uma
boa oportunidade para fazer as crianças pensarem nos estereótipos
físicos de cada sexo. Estimule o debate sobre a vaidade masculina tendo
como base imagens de homens usando saia, como os escoceses, ou
brincos e colares, como os índios brasileiros.

VOCÊ TEM MEDO DE QUE?


IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> De 30 a 45 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Uma história infantil que fale sobre medo e imagens de
coisas que dão medo desenhadas ou recortadas de revistas e jornais.
OBJETIVO> Perceber que sentir medo é normal.
Os meninos geralmente são educados para não temerem nada. Durante
esta atividade, você pode derrubar o estereótipo. Converse com a turma
sobre medo. Uma historinha infantil na qual o tema esteja presente,
como Os Três Porquinhos, pode ser o gancho para o início do debate.
Divida as crianças em grupos só de meninos e só de meninas e peça que
discutam o assunto. Depois, abra uma roda para que as crianças falem
sobre as coisas que as fazem sentir medo. Se os meninos não se
mostrarem à vontade para falar do assunto, diga que é natural ou
comum sentir medo de certas coisas e que não há mal nisso.
Exemplifique com imagens de um cachorro bravo, de ratos, do escuro e
de ladrão.

O PAPEL DE CADA UM
IDADE> 5 anos.
TEMPO> De 45 minutos a uma hora.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Roupas de adulto masculinas e femininas.
OBJETIVO> Identificar as funções sociais de homens e mulheres.
Comece um bate-papo com as crianças sobre o que os pais fazem
(profissão, lazer, trabalhos domésticos etc.). Proponha, então, uma
brincadeira de faz-de-conta deixando que as crianças escolham seus
papéis e se caracterizem com roupas de adulto. Observe como elas
exploram os papéis masculinos e femininos. Depois, converse com elas
fazendo perguntas como: “Quem na sua casa trabalha mais?”, “De
quem é a obrigação do trabalho de casa e o de ganhar dinheiro?”, “O
que eu posso fazer em casa para ajudar?”, “Menino pode fazer as
mesmas coisas que menina?” Nessa proposta, o importante não é
ensinar ou mudar o brincar das crianças em relação às questões de
gênero, mas conversar sobre o assunto ampliando o olhar delas sobre o
tema.

(INTERAÇÃO) EU E O MUNDO
Interagir é relacionar-se com o espaço, os objetos e as pessoas ao
redor. Dessa maneira é que se dá a construção do conhecimento. Ao
educador cabe oferecer possibilidades para que a criança experimente o
espaço, explore os objetos e se relacione com as pessoas. A partir dos 4
anos, há um salto qualitativo no nível de interação, porque a linguagem
oral está mais desenvolvida e, assim, os
pequenos expressam melhor seus desejos, sentimentos e idéias. Os
conflitos também fazem parte da interação e são importantes para o
desenvolvimento.
JACIARA DE SÁ
CONSULTORIA: REGINA ANDRADE CLARA, DO COLÉGIO SANTA CRUZ,
EM SÃO PAULO

PERCURSOS DE AVENTURAS
IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Pátio.
MATERIAL> Bambolês, colchões, mesas, bancos, cordas etc.
OBJETIVOS> Conhecer diferentes possibilidades de transitar pelo espaço
e interagir com os objetos.
PREPARAÇÃO> Em um local amplo, prepare um caminho com os objetos
sugeridos ou variações em forma de um circuito fechado.
Leve as crianças ao circuito e peça que formem uma fila no ponto de
partida. Oriente como o circuito deve ser percorrido. Se ele começa com
cinco bambolês enfileirados, peça às crianças que pulem com um pé só
dentro de cada bambolê. Se o “obstáculo” seguinte for um banco
comprido, você pode dizer a elas para subirem e andarem de lado sobre
o banco. Após as orientações, a brincadeira começa: as crianças, em
fila, fazem o percurso. Quando todos tiverem percorrido o caminho,
peça que o primeiro da fila invente um novo jeito de percorrê-lo, sendo
imitado pelos demais. Se a turma for pequena, todos se revezam nesse
papel. Senão, é possível sortear alguns para aquele dia.

ADIVINHE O QUE É?
IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> 20 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Uma caixa grande e objetos variados.
OBJETIVO> Ampliar o conhecimento das características dos objetos.
PREPARAÇÃO> Com as crianças, enfeite uma caixa grande (maior do
que a de sapatos), que será usada para esconder um objeto por vez.
Você e sua turma podem pintar a caixa, colar figuras, encapar etc.
Com a caixa pronta, escolha um dia na semana para realizar a
atividade, que pode ser semanal durante todo o ano letivo. No primeiro
dia, reúna as crianças no chão, em roda, e segure a caixa fechada com
o objeto que você escolheu para elas adivinharem. Exemplo: uma
panela. Comece a dar pistas para que as crianças construam a noção do
que é o objeto: fica na cozinha, existe de vários tamanhos, tem cabo, a
base é redonda, é feita de alumínio etc. Quando alguém descobrir, abra
a caixa e mostre o objeto, pedindo que todos confiram as dicas dadas.
Em seguida, sorteie uma criança para levar a caixa para casa e trazê-la
com um objeto na próxima semana. Peça a ela que pense em boas dicas
e converse sobre essas pistas antes de iniciar a atividade

CAÇA AO TESOURO
IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> De 30 a 40 minutos.
ESPAÇO> Pátio.
MATERIAL> Um tesouro, papel e caneta.
OBJETIVO> Interagir com um local já conhecido.
PREPARAÇÃO> Escolha um objeto para ser o tesouro, como um livro de
histórias que as crianças ainda não conheçam. Esconda o tesouro em
algum ponto do pátio e elabore as pistas. Para criá-las, escolha antes os
locais em que serão espalhadas, ou seja, qual será a rota que os
pequenos deverão percorrer.
Leve as crianças até o pátio e leia as pistas. A primeira pode ser: “Vá
até a árvore mais alta deste lugar”. Ao chegar lá, deve haver outra dica,
como: “Sua próxima pista está no lugar preferido pelos goleiros de
futebol”, e assim por diante. As pistas proporcionam à criança a chance
de interagir com o espaço já conhecido de uma nova maneira. Assim
que for encontrado, o tesouro deve ser compartilhado. Se for o livro de
histórias, a atividade termina com a leitura dele.

(LINGUAGEM ORAL) HORA DO BATE PAPO


A fala é o principal instrumento de comunicação das crianças com os
professores e seus colegas. Porém, é recente a tendência de torná-la
um conteúdo na Educação Infantil. Hoje se sabe que todos precisam
saber se expressar e usar a linguagem em variadas situações
comunicativas: conversas, entrevistas, seminários, ao telefone, entre
tantas outras. Para desenvolver a comunicação oral desde cedo, é
importante diversificar os assuntos tratados em sala de aula. O grupo
pode discutir sobre uma reportagem, um fato recente ou até sobre um
texto científico. Trazer outras pessoas para bater papo também ajuda.
Uma advertência: quando planejar, avalie se a situação reproduz o que
acontece na sociedade. Fazer um rodízio para que todos falem em uma
roda de conversa, por exemplo, é uma coisa que não existe no mundo
adulto.
CRISTIANE MARANGON
CONSULTORIA: MARIA VIRGÍNIA GASTALDI, DO INSTITUTO AVISA LÁ,
EM SÃO PAULO; SILVANA AUGUSTO, DO INSTITUTO SUPERIOR DE
ENSINO VERA CRUZ, EM SÃO PAULO; E ROSEMEIRE BRAIT, DA ESCOLA
MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL INÊS DOS RAMOS, EM SÃO
CAETANO DO SUL (SP)

CADERNO DE RECORDAÇÕES
IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> De 30 a 40 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Fotos ou objetos relacionados aos relatos e uma caixa para
guardá-los, caderno ou gravador.
OBJETIVOS> Contar de forma cada vez mais organizada as próprias
experiências e despertar o interesse em ouvir os colegas.
As crianças vão falar de suas experiências pessoais, como os passeios
de férias, os encontros com familiares, as brincadeiras com animais de
estimação e acontecimentos marcantes. Organize a
turma sentada em roda e explique como será a atividade. Deixe à
disposição dos pequenos materiais que ajudem a organizar as
lembranças e tragam mais detalhes das experiências. Defina com a
turma quantos dias da semana serão utilizados para o trabalho.
Providencie um caderno ou um gravador para que as crianças possam
rever seus relatos, fazer acréscimos ou reorganizá-los.

TODOS SÃO AUTORES


IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> De 10 a 15 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades ou biblioteca.
MATERIAL> Livros, fantasias e fantoches.
OBJETIVOS> Desenvolver a criatividade; o respeito pela fala do outro; e
o discurso narrativo.
Organize as crianças sentadas em roda e comece contando uma história
que elas conheçam bem. Pode ser um conto ou uma fábula.
Repentinamente, pare e peça a elas que continuem, sendo fiéis ao texto
ou inventando. Deixe-as contar até um determinado trecho e retome
lendo a história original. É possível também inverter a ordem pedindo
que os pequenos contem ou criem o início. Deixe fantoches e fantasias à
disposição para a atividade ficar mais interessante.

O PRIMEIRO SEMINÁRIO
IDADE> 5 anos. TEMPO> Variável. ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Livros, filmes, informativos, TV, filmadora, fita de vídeo,
cartolina, canetas ou lápis, lápis de cor ou canetas hidrocor.
OBJETIVOS> Interação entre apresentadores e platéia; aprender
procedimentos de pesquisa, como seleção de informações e síntese;
elaborar roteiros; e organizar uma apresentação oral para informar o
novo conhecimento para outras turmas.
Escolha um assunto de interesse da turma ou apresente vários para que
a garotada eleja um. Separe materiais como livros, filmes e artigos de
imprensa e reserve alguns dias para os alunos pesquisarem. Mostre o
texto para aqueles que ainda não sabem ler convencionalmente, leia
para eles ou peça aos que já são leitores que façam esse papel. Fotos e
ilustrações também são de grande ajuda. Depois, prepare uma situação
na qual os pequenos conversem com pessoas mais experientes. Os
adultos não precisam ter uma relação direta com o assunto que está
sendo estudado, pois o foco, nesse momento, é apenas desenvolver a
comunicação. Reúna todos em uma roda e converse sobre a experiência
vivida. Planeje com as crianças a apresentação oral do que foi estudado
e elabore um cronograma de trabalho – que inclui a preparação de
roteiros e ilustrações para apoiar essa comunicação verbal. Enquanto
uns expõem, os demais pensam em perguntas para fazer.
Organize momentos de avaliação com a sala toda. Essa estratégia é útil
para identificar o que está faltando e novas pesquisas podem ser
necessárias. Dê mais um tempo para isso e prepare novas rodadas
de apresentação, dessa vez gravadas em vídeo. Reúna a classe e
pergunte se alguém percebeu algum problema nas filmagens e o que se
pode fazer para melhorar.
Na hora do desfecho, pergunte à turma: “Onde será a apresentação?”,
“Como será a disposição dos apresentadores para que todos possam vê-
los e ouvi-los?”, “Onde ficarão os ouvintes?”, “Haverá textos e
ilustrações de apoio?” Por fim, elabore coletivamente os cartazes e
convites para o evento e marque a data. Este projeto dura até quatro
meses.

MEU DIÁRIO
IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> De cinco a dez minutos por dia.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Caderno, caneta ou lápis, cola ou fita adesiva, fotos e
objetos relacionados às experiências diárias.
OBJETIVOS> Elaborar relatos e construir um diário com escritos, fotos e
outros objetos.
Ao fim de cada dia, reúna as crianças para falar sobre as coisas mais
marcantes que cada uma viveu na escola.
Anote as falas em um caderno e cole lembranças que apóiem esses
relatos, como fotografias, embalagem de algum lanche que foi dividido
entre os colegas ou um desenho feito em grupo. Depois das duas
primeiras semanas, as crianças podem levar o diário para casa, uma por
vez, para contar à família as aventuras do dia-a-dia na escola. Esta
atividade pode se estender pelo ano todo.

CONTADORES DE HISTÓRIAS
IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> De 20 a 40 minutos por dia.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Livros ou histórias memorizadas, tapete, almofadas,
gravador e fitas cassete.
OBJETIVOS> Recontar histórias; gravar uma fita cassete com as
narrativas favoritas do grupo para presentear as turmas de crianças
menores; conhecer e apreciar textos literários; e falar das preferências
e dos sentidos do texto.
O primeiro passo é selecionar as histórias que você vai ler ou contar
para sua turma. Elas devem despertar ou manter nos ouvintes o
interesse e o prazer em escuta-las. Na hora da leitura, organize a turma
de maneira que todos possam escutá-lo e enxergar as ilustrações, se
houver. Apresente o texto em forma de breve resumo e explique as
razões de sua escolha. Leia ou conte em voz alta e destaque o que
achar interessante. Garanta um tempo para conversar livremente sobre
o texto ou até mesmo para relê-lo. Faça isso com várias histórias.
Depois que as crianças já conhecerem um bom repertório de memória,
reúna-as em uma roda e peça a um voluntário da própria turma que
conte uma história para os colegas. Grave a narração e avalie com
todos: “É possível escutar?”, “Precisa de fundo musical?”, “Tem muito
ruído?” Caso precise de um ambiente mais silencioso, por exemplo,
providencie uma sala com uma acústica melhor. Considerando todas as
colocações, ensaie com os pequenos e grave todas as histórias em uma
fita. Compare o resultado inicial com o final e discuta. Está pronto um
presente para uma outra turma da escola. Planeje uma data para a
turma entregá-lo.
RODAS DE CONVERSA
IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> De 15 a 40 minutos por dia.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Tapete, almofadas e material sobre o tema a ser tratado.
Se for uma notícia, por exemplo, é preciso um jornal ou uma revista.
OBJETIVO> Falar e ouvir sobre sentimentos, emoções, curiosidades e
descobertas.
Esta atividade deve ser promovida diariamente, de preferência antes de
todas as outras. Sentadas em círculo num lugar aconchegante, as
crianças falam de si, expressam sentimentos, opiniões e pontos de vista.
Em contrapartida, elas aprendem a ouvir os outros. Planeje a rotina
coletivamente com a turma, que decide a seqüência de ações e a
dinâmica do grupo. É um bom momento também para resolver
conflitos e para tratar de assuntos de interesse comum, como uma
notícia que está na mídia. É importante que a roda de conversa aborde
o que realmente acontece entre as crianças, afinal ela é um retrato de
suas relações sociais.

SESSÃO DE TEATRO
IDADE> 5 anos.
TEMPO> De 30 a 40 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades e pátio.
MATERIAL> Fantasias, maquiagem e adereços.
OBJETIVOS> Desenvolver a expressão corporal; desinibir; e interagir
com os colegas.
Para esta atividade, as crianças precisam já ter ouvido muitas histórias
e saber de cor as falas dos personagens. Escolha algumas bem
conhecidas e oriente a turma para se dividir em grupos, de acordo com
as histórias que cada uma deseja encenar. As próprias crianças se
encarregam de dividir os papéis, pois, com essa idade, já têm
autonomia para isso. Durante um tempo, você vai enfatizar a fala e a
entonação de cada personagem e outros aspectos importantes em um
teatro, como a expressão corporal e a desinibição. Com essa parte
resolvida, já é possível pensar no vestuário, nos adereços e no cenário.
As crianças ensaiam um pouco a cada dia para se apresentarem no
pátio da escola para as outras turmas.

(MATEMATICA) MAIS DO QUE CONTAS


As medidas e os números estão presentes desde muito cedo em nossa
vida, nos jogos, nas brincadeiras e principalmente nos desafios. Se um
garoto ganha duas balas e o outro apenas uma, eles têm a noção de
que um está ganhando menos, mesmo que ainda não conheçam os
números. As crianças devem ter contato desde muito pequenas com a
Matemática, por meio de jogos e brincadeiras para
desenvolver o raciocínio e a lógica e incentivar a resolução de problemas
da própria vida.
Resolver desafios matemáticos torna os pequenos mais confiantes e eles
passam a valorizar o próprio esforço, além de perceberem a importância
do trabalho em equipe. No entanto, não basta apenas brincar para saber
Matemática. O planejamento da atividade e a sua orientação são
fundamentais para o sucesso do aprendizado.
CRISTIANA FELIPPE
CONSULTORIA: KÁTIA CRISTINA STOCCO SMOLE, DO MATHEMA
FORMAÇÃO E PESQUISA, EM SÃO PAULO; E PRISCILA MONTEIRO, DO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO PARA AÇÃO COMUNITÁRIA,
EM SÃO PAULO

LIVRO DE RECORTES
IDADE> 5 anos.
TEMPO> 45 minutos por dia.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Livro de recordes, lápis ou caneta, papel e fita métrica.
OBJETIVOS> Escrever um livro dos recordes da classe; refletir sobre a
organização do sistema de numeração; e comparar medidas.
Faça uma pesquisa com as crianças sobre recordes em reportagens ou
livros, como o Guinness. Vocês podem pesquisar sobre o maior edifício
do mundo, a menor bicicleta etc. No dia seguinte, proponha que elas
coletem informações desse tipo na própria escola: qual a classe com
maior número de alunos, o maior número de sapato, a criança que tem
mais irmãos, quem tem mais cachorros ou gatos em casa etc. Cada uma
dessas informações pode compor uma página do livro dos recordes.
Outra sugestão é verificar quem é o mais alto da sala e pedir para as
crianças anotarem as medidas. Elas usam a fita métrica para aprender
como diferenciar medidas próximas, como 130 e 132 centímetros. É
importante que elas conheçam esses números. Vale ressaltar que nesta
atividade você deve tomar cuidado
para não incentivar situações que possam estimular o preconceito.
Exemplo: o mais narigudo, o mais orelhudo, o mais baixinho etc. Numa
segunda fase da atividade, pode ser sugerida uma pesquisa como tarefa
de casa, na qual as crianças devem descobrir quem é o mais alto da
família e quanto mede e depois comparar com as medidas da classe. Em
sala, todas as alturas serão representadas
em tiras de cartolina colocadas no meio de uma roda para que as
crianças possam verificar qual é a maior.
UM LITRO QUANTOS COPOS
IDADE> 5 anos.
TEMPO> De uma a duas horas.
ESPAÇO> Pátio ou quadra de esportes.
MATERIAL> Dois copos de tamanhos diferentes, xícara de chá,
embalagens de leite e garrafas plásticas vazias para cada grupo de
quatro crianças.
OBJETIVOS> Explorar estimativas e comparar a capacidade de
diferentes recipientes.
Com a classe dividida em grupos, proponha problemas que utilizem os
diversos recipientes.
1) Quantos copos cabem em 1 litro de leite? Pegue um dos copos e a
embalagem de leite vazia. Encha o copo de vidro com água e despeje na
embalagem. Veja quantas vezes o procedimento é repetido até que a
embalagem esteja cheia. Se você mudar de copo, o que acontece?
2) Onde cabe mais leite: em uma xícara de chá ou em um copo?
3) Com 1 litro de leite, podemos encher mais xícaras ou mais copos?
4) Se na sua casa há oito pessoas para o almoço e apenas uma garrafa
de refrigerante, todas elas poderão beber um copo cheio dessa bebida?
Peça às crianças que façam estimativas e determinem qual a resposta
correta, discutindo e registrando os resultados de cada um dos
problemas.
Outra sugestão é explorar receitas com a turma e planejar uma “tarde
dos sucos”. As crianças escolhem os sucos que desejam fazer, planejam
quem convidarão para saboreá-los, calculam o número de pessoas e a
quantidade de suco que farão, bem como os ingredientes necessários
para que todos os convidados se sirvam.

AULA DE CULINÁRIA
IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> Uma hora.
ESPAÇO> Copa ou refeitório.
MATERIAL> Receita escrita em letra bastão maiúscula, ingredientes da
receita, utensílios de cozinha e avental.
OBJETIVOS> Cozinhar seguindo uma receita como forma de ampliar os
conhecimentos sobre medidas e quantidades; e trabalhar com as noções
de tempo (de cozimento) e quantidade (dos ingredientes em litros,
gramas etc.).
PREPARAÇÃO> Pesquise uma receita que inclua diferentes unidades de
medida, para que seja possível compará-las, e tire cópias em número
suficiente para todas as crianças. Providencie os ingredientes e
utensílios necessários.
Distribua as receitas para as crianças e peça para todas ajudarem a
levar os ingredientes e utensílios para a cozinha. As crianças lêem a
receita e seguem os passos descritos. Nesse momento, cada uma tem
uma função. Enquanto uma mede, a outra coloca dentro da tigela e
outra mistura. Depois, comparam se uma xícara de farinha cabe num
copo e verificam quanto significam 500 gramas, por exemplo. Além
disso, você pode mostrar que, se o número de pessoas a ser servidas
for maior, a quantidade de ingredientes deve ser aumentada – um modo
de introduzir conceitos de multiplicação e divisão. Somente você ou
outro adulto deve mexer no fogo. No final, a turma ajuda a limpar o
local e a lavar os utensílios utilizados.

QUEM TEM MAIS TAMPINHAS


IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Dado, bandeja de papel (ou tampa de caixa de camisa)
contendo 80 tampinhas ou botões e quatro pratinhos de sobremesa -
para cada grupo de quatro.
OBJETIVOS> Aprender a contar; comparar quantidades; resolver
problemas envolvendo adição e subtração; e desenvolver a capacidade
de argumentação em grupos.

OBJETIVOS> Aprender a contar; comparar quantidades; resolver


problemas envolvendo adição e subtração; e desenvolver a capacidade
de argumentação em grupos.
Organize as crianças em grupos de quatro e dê a cada uma um
pratinho. Uma por vez, elas jogam o dado e pegam da bandeja a
quantidade de tampinhas correspondente ao número tirado, colocando
em seu prato. Isso é repetido até que as tampinhas da bandeja acabem.
Ganha quem tiver o maior número de tampinhas. A cada vez que você
trabalhar o jogo com seus alunos, um novo aprendizado será explorado.

Proponha que as crianças discutam o que compreenderam do jogo e


como fizeram para saber quem ganhou a partida em cada grupo. Em
outra vez, você pode pedir um desenho. Outras alternativas são
elaborar com eles um texto coletivo a respeito das regras do jogo ou
explicando o que aprenderam enquanto jogavam. Uma opção na regra é
dar a cada jogador o mesmo número de tampinhas, que vão
sendo devolvidas à bandeja conforme o número que sai no dado. Ganha
quem primeiro esvaziar o prato. Pode-se também usar dois dados e
somar os pontos antes de retirar as tampinhas.
NA MOSCA
IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> Uma hora.
ESPAÇO> Pátio ou quadra.
MATERIAL> Um quadro de formas geométricas para cada seis crianças e
bolas de meia.
OBJETIVOS> Reconhecer figuras; treinar noções de direção; e trabalhar
o desenvolvimento corporal.
PREPARAÇÃO> Desenhe várias figuras (um triângulo rosa, um círculo
amarelo etc.) em uma cartolina ou papel Kraft e coloque esse painel em
algum lugar do pátio.
Ao seu comando, uma criança de cada vez atira a bola de meia em
direção a uma figura geométrica indicada no painel. Se ela acertar, tem
o direito de continuar, seguindo um novo comando seu para acertar
outra figura. A criança continua até errar.

O MELHOR CAMINHO
IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> Variável.
ESPAÇO> Sala de atividades e arredores da escola.
MATERIAL> Pequeno mapa de quatro quarteirões próximos da escola e
lápis para preencher outros pontos do mapa.
OBJETIVOS> Dominar as relações com o espaço; representar e
descrever de forma ordenada o mundo em que vivemos; aprender a se
localizar e a interpretar informações matemáticas num plano; e reforçar
noções de direita e esquerda e de frente e trás.
Dê às crianças um mapa de quatro quarteirões dos arredores da escola,
com a indicação de onde eles estão localizados. Depois, leve a turma
para um passeio com o objetivo de explorar a região. Em grupos de
quatro, os alunos devem representar os lugares mais significativos do
percurso realizado (por exemplo: um clube, um supermercado, uma
livraria, um rio).
Em classe, eles comparam as posições dos lugares marcados pelos
outros grupos. Se quiser, fotografe pontos de referência do caminho
realizado com as crianças e peça que organizem as fotos na seqüência
em que foram feitas. Elas devem contar quarteirões, observar quantas
ruas precisaram atravessar para chegar ao destino e também prestar
atenção no que está à direita e à esquerda. Numa segunda fase do
trabalho, os alunos podem explicar com desenhos, para os colegas,
outros trajetos, como o de sua casa até a escola. Este trabalho pode
durar duas semanas.
COLEÇÃO DE FIGURINHAS
IDADE> 5 anos.
TEMPO> Variável.
ESPAÇO> Sala de atividades ou pátio.
MATERIAL> Um álbum de figurinhas para cada grupo de quatro crianças
e um para a sala toda, e uma versão ampliada da tabela de controle de
figurinhas que aparece no final do álbum para afixar na sala.
OBJETIVOS> Coletar, organizar e classificar dados em tabelas; ler e
comparar números; adquirir noções de adição e subtração; contar; e
resolver problemas.
Combine um dia da semana para trabalhar com os álbuns. Nesse dia,
cada um traz um ou dois pacotes de figurinhas que serão usadas para
completar os álbuns dos grupos. As repetidas vão para o álbum da sala.
Aproveite esse momento para apresentar questões e desafios aos
alunos. Converse sobre quantas figurinhas foram colocadas em cada
álbum ou quem conseguiu completar mais ou menos lacunas
e quantas foram. Pergunte se uma determinada figurinha foi colada em
algum álbum, identificando-a pelo número, ou qual é o número da
última figurinha do álbum. Lance problemas.
1) Sabendo que cada envelope tem três cromos e que no grupo A foram
abertos oito envelopes, quantas figurinhas eles viram?
2) Quando o grupo abriu os envelopes, percebeu que em um deles havia
dois cromos repetidos e em três envelopes todos eram repetidos. Dos
cromos vistos pelo grupo, quantos eles puderam colar no álbum?
É importante estimular a criança a confrontar os erros, considerando-os
como uma oportunidade de corrigir tentativas frustradas e não como
algo ruim. Não é bom induzir a criança à resposta correta,
porque ela precisa aprender a utilizar diversas estratégias para resolver
um problema.

(MOVIMENTO) CORPO EM AÇÃO


Nesta fase, os gestos começam a se submeter ao controle voluntário, e
a coordenação e o equilíbrio melhoram. Além de aperfeiçoar as
habilidades e oferecer novos desafios, as atividades propostas podem
integrar o aprendizado sensóriomotor com o desenvolvimento simbólico
e cognitivo da criança e sua socialização.
SUZEL TUNES
CONSULTORIA: FERNANDA NEDOPETALSKI, DA ESCOLA QUINTAL, EM
SÃO PAULO; MARIA PAULA ZURAWSKI, ELABORADORA DO
REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL,
DE SÃO PAULO; SIMONE M. DE ALCÂNTARA PINTO, DO INSTITUTO
AVISA LÁ, EM SÃO PAULO
CHUTE, ARREMESSO E TOQUE
IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> De 15 a 30 minutos.
ESPAÇO> Pátio.
MATERIAL> Bola macia, peteca, raquete e disco ou vara.
OBJETIVO> Desenvolver habilidades motoras básicas: deslocamento,
equilíbrio, coordenação, noções de espaço, lateralidade e ritmo.
Com o auxílio da bola, estimule as crianças a explorar diferentes
movimentos. Primeiro, o de arremessar: com uma ou duas mãos, para
trás, por baixo das pernas, de cima para baixo, de baixo para cima.
Além da bola, podem-se utilizar outros objetos, como disco ou vara, que
trabalham diversos esquemas motores no gesto de arremessar. Depois,
os movimentos de chutar, quicar como no basquete (com a criança
parada ou seguindo trajetos) ou rebater a bola com as mãos ou a
peteca com uma raquete.

IMITANDO BICHOS
IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> Variável.
ESPAÇO> Sala de atividades, sala de vídeo, jardim ou zoológico.
MATERIAL> TV, vídeos que mostrem animais da água, da terra e do ar
em movimento (caso não seja possível realizar pesquisas in loco, num
jardim, no zoológico ou num aquário, por exemplo),
retalhos de tecido, pedaços de espuma, almofadas, aparelho de som e
CDs com música instrumental.
OBJETIVOS> Observar e reproduzir a forma de locomoção de diferentes
animais; fazer comparações com o movimento humano; e ampliar a
compreensão de si mesmo e do mundo.
Ofereça às crianças sugestões de bichos cujos movimentos elas possam
reproduzir. Isso deve ser feito com a exibição de vídeos ou levando-as a
um local onde observem de perto, como no zoológico ou num parque.
Organize sessões de criação e demonstração de movimentos. Por
exemplo: “Como se move um animal pesado – um elefante ou
hipopótamo?”
“E um passarinho bem pequeno – um beija- flor?” Quando a criança
compreende e tenta reproduzir os movimentos de outros seres, conhece
as próprias potencialidades expressivas e valoriza a representação por
meio de gestos. A turma pode usar retalhos de tecido e outros materiais
para ajudar na composição do personagem, ampliando as possibilidades
expressivas. Coloque uma música instrumental como fundo. Uma
variação possível desta atividade é uma brincadeira de mímica: uma
criança imita um animal para os colegas e o professor descobrirem qual
é.
DANÇAS FOLCLÓRICAS
IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> Variável.
ESPAÇO> Sala de atividades e pátio.
MATERIAL> Fantasias e adereços relacionados à dança ou manifestação
folclórica escolhida, CDs com as músicas pesquisadas e livros sobre
danças.
OBJETIVO> Aprender sobre danças ou outras manifestações folclóricas
brasileiras, relacionando o trabalho com movimento a atividades de
outras áreas do conhecimento.
Inicie este projeto propondo às crianças uma pesquisa sobre danças ou
manifestações folclóricas brasileiras, como maracatu, bumba-meu-boi,
coco, samba, capoeira, festa junina etc. Depois, você ensina essas
danças à turma. Compartilhe o produto final da pesquisa de várias
maneiras: apresentações de dança, exposição de fotos e desenhos das
crianças sobre manifestações culturais de regiões diferentes.

(LIMITES) MEUS ESPAÇOS


Na fase pré-escolar, a palavra “limite” tem vários significados, que vão
das potencialidades físicas da criança e sua atuação no grupo até a
tolerância em relação à frustração e a aceitação das regras coletivas. É
importante destacar que a noção de limite só é alcançada por meio do
autoconhecimento e não pelos parâmetros alheios. O papel do adulto é
dar condições para que a criança adote uma disciplina própria. O
objetivo de um trabalho envolvendo o tema, portanto, é abrir caminho
para que os pequenos se sintam seguros, observando e respeitando o
campo de ação do outro. Em qualquer situação lúdica, podem ser
trabalhados o conceito de limite.
Cabe a você mediar as relações e as atitudes das crianças durante as
brincadeiras. Quanto mais vivências você apresentar, mais elas se
fortalecem diante dos próprios medos e frustrações. Por isso, ao fim de
cada jogo, é interessante fazer uma avaliação em conjunto com a turma
a respeito dos conflitos surgidos e dos resultados obtidos e planejar
futuras adaptações.
CONSULTORIA: ROSIMARI USSIFATI, DO COLÉGIO AUGUSTO LARANJA,
EM SÃO PAULO.

CRAQUES NA ESTRATÉGIA
IDADE> 5 anos.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Pátio ou sala de atividades.
MATERIAL> Cartolina, lápis de cor ou giz de cera, tesoura e TNT verde e
vermelho (para tabuleiro de mesa). Giz colorido, fita adesiva e
camisetas verdes e vermelhas (para tabuleiro no chão).
OBJETIVO> Desenvolver o senso de estratégia de acordo com as
limitações do espaço físico, do tempo para agir, das regras do jogo e da
capacidade alheia.
PREPARAÇÃO> Primeiro, confeccione o tabuleiro. Desenhe na cartolina
ou no chão do pátio sete círculos concêntricos, cortados por oito linhas
que só não atravessam o círculo central (tipo as camadas da terra).
Pinte o diagrama. Para as peças, recorte quatro círculos de TNT
vermelho e sete de verde. Se o jogo for no chão, vista as crianças com
camisetas dessas mesmas cores.
O nome deste jogo é Ringo. Nele, jogam duas crianças ou dois grupos,
cada um representando um time. As peças verdes são as atacantes e o
objetivo delas é tomar a casa central do tabuleiro, chamada de
Fortaleza. As vermelhas são as defensoras, que devem impedir a meta
das verdes. Ao todo, são 49 casas, sendo que as únicas três pintadas de
amarelo são zona neutra, ou seja, nenhuma peça pode ser tomada pelo
adversário nessas casas. Cada casa só pode ser ocupada por uma única
peça. Disponha as sete atacantes nos espaços perto da borda do
tabuleiro. O único espaço vago será a casa da zona amarela. Coloque as
quatro defensoras nas casas ao redor do círculo central.
As peças atacantes devem sempre se mover de fora para dentro do
círculo, enquanto as defensoras podem andar tanto para a frente quanto
para trás. Todas podem se movimentar lateralmente, desde que no
mesmo círculo em que se encontram. Nenhum jogador pode passar a
vez, ou seja, o movimento é obrigatório sempre. Para tomar uma peça,
deve-se saltar sobre a mesma e cair na casa imediatamente posterior
(vazia), como no jogo de damas. Mais de uma peça pode ser tomada na
mesma jogada, também como na dama.
Mais de uma peça pode ser tomada na mesma jogada, também como na
dama. As defensoras podem tomar peças em qualquer sentido do
tabuleiro. Se o atacante conseguir chegar à Fortaleza com apenas uma
peça, ela ainda pode ser tomada pelas defensoras, que devem agir da
mesma maneira: saltando sobre ela e caindo na próxima casa vazia. Ou
seja, as atacantes só vencem o jogo quando conseguem colocar duas
peças no círculo central. Já as defensoras vencem quando tomam seis
peças das atacantes ou impossibilitam por completo o movimento delas.

PARA FALAR DE EMOÇÕES


IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> De 20 a 25 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades ou biblioteca.
MATERIAL> Livros ou vídeos com temas relacionados ao respeito às
diferenças e à expressão dos sentimentos.
Sugestões de livros: Diversidade (Tatiana Belinky, Ed. Quinteto); O Leão
que Rugia Flores (Mônica Stahel, Ed. Martins Fontes); Bom Dia, Todas
as Cores! (Ruth Rocha, Ed. Quinteto). Sugestão de vídeo: Por Que
Precisamos Uns dos Outros (Didak).
OBJETIVOS> Desenvolver a capacidade de auto-regulação de
conhecimento das potencialidades corporais e de uso do corpo na
expressão de emoções; e aprimorar a percepção de si como parte de
um todo (família, escola etc.).
Informe às crianças que será apresentado o vídeo Por Que Precisamos
Uns dos Outros. Esse filme mostra um grupo de animais que não quer
se juntar a outro porque eles falam e têm aparência diferente da deles.
Porém, os “diferentes” são salvos de uma enchente graças a essas
outras características. Após a sessão, proponha a comparação do enredo
com a situação escolar, apontando como os integrantes da turma podem
auxiliar uns aos outros. Exemplo: aquele que sabe pintar melhor ajuda o
amigo que sabe recortar bem, que vai ajudar o primeiro.

(MUSICA) VIAGEM PELOS SONS


As crianças aprendem a ouvir e diferenciar sons, ritmos e volume e
percebem que um som pode ser grave ou agudo, curto ou longo, forte
ou suave.
A iniciação musical mantém uma forte relação com o brincar. Nesse
aprendizado, os pequenos exercitam também habilidades que serão
úteis nos anos seguintes, como a métrica e as noções de rima e ritmo.
HELENA FRUET
CONSULTORIA: TÂNIA CAMPOS REZENDE, DO JACARANDÁ BERÇÁRIO E
EDUCAÇÃO INFANTIL, EM SÃO PAULO; E TECA ALENCAR DE BRITO, DA
ESCOLA OFICINA DE MÚSICA, EM SÃO PAULO

COMO ESTÁ FICA


IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> De 30 a 45 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades, pátio ou jardim.
MATERIAL> Um aparelho de som e fitas cassete ou CDs variados.
OBJETIVO> Descobrir o contraste entre som e silêncio.
Você fica no controle do aparelho de som. Enquanto a música toca, as
crianças devem caminhar ou dançar – pode ser ou não no ritmo.
Quando a música pára, elas também param imediatamente do jeito que
estão e ficam sem se mexer até a música recomeçar.
UMA BANDA DE SUCATA
IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> De 30 a 45 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades, pátio ou jardim.
MATERIAL> Sucata e objetos recicláveis (como latas, papelão, caixas,
embalagens e palitos de sorvete), grãos, bexigas, conchas, pedrinhas,
elásticos, cola, tesoura e fita adesiva.
OBJETIVOS> Experimentar a produção de sons; conhecer o
funcionamento de instrumentos musicais; e exercitar a criatividade.
A aula de artes se mistura à de música nesta atividade. A idéia é
trabalhar à vontade com sucata. Estimule a criança a criar um
instrumento ou a fazer uma nova versão de um que já existe, utilizando
o material disponível. Uma latinha cheia de grãos vira um chocalho;
tampas de plástico e embalagens de ovos, quando tocadas com uma
varinha, produzem o som de uma bateria; um cesto de lixo de
pontacabeça vira um tambor; um pedaço de papelão ondulado se
transforma em um reco-reco... Outra opção é o tambor de bexiga, feito
com uma lata vazia. Cubra a boca da lata com um pedaço de bexiga e
prenda-a com um elástico. Latas de diferentes formas e tamanhos
produzem sons diferentes.

NO AR A RADIO NOVELA
IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> De 30 a 45 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades, pátio ou jardim.
MATERIAL> Um gravador, cascas de coco, apitos, papelão e papel
celofane.
OBJETIVO> Descobrir os efeitos sonoros de alguns materiais e como
reproduzi-los.
Transformar o texto de um livro em uma história narrada pelo rádio,
como uma radionovela, é uma proposta interessante para fazer a turma
pesquisar e reproduzir sons. Numa primeira atividade, conte uma
história e proponha que ela seja dramatizada por meio de sons. Planeje
com a garotada quais ruídos serão reproduzidos e como isso será feito.
Alguns exemplos de sons que os pequenos podem ser estimulados a
criar: toque do telefone, tique-taque do relógio, galo ou pássaros
cantando, barulho do mar. Com objetos, eles vão imitar sons como o
trote de cavalos (batendo cascas de coco), crepitar do fogo (amassando
papel celofane), abrir garrafa com rolha (fazendo o som com o dedo na
boca) etc. Numa segunda atividade, é hora de recontar a história com
sons. A atividade pode ser feita ao vivo ou registrada com um gravador.

TODOS VIRAM MÚSICOS


IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> De 30 a 45 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades, pátio ou jardim.
MATERIAL> Tambores, chocalhos, xilofones, triângulos, reco-recos,
instrumentos de sopro e de cordas etc.
OBJETIVOS> Explorar sons e descobrir instrumentos musicais.
Nessa idade, é mais importante estimular a pesquisa sobre a produção
de sons do que ensinar a tocar um instrumento. Providencie alguns
instrumentos musicais ou peça à turma que traga de casa.
Distribua-os entre as crianças e deixe-as livres para explorar todas as
potencialidades sonoras.

(NATUREZA E SOCIEDADE) PESQUISA DE CAMPO


Por volta dos 4 anos, as crianças começam com os mais variados tipos
de questionamento sobre o mundo à sua volta. A escola precisa
responder a essas inquietações colaborando para que a curiosidade se
torne ainda mais aguçada. O estudo de temas sobre natureza e
sociedade na Educação Infantil deve enfatizar a aproximação da turma
com a investigação, como formulação de perguntas e explicações sobre
o assunto estudado; utilização de diferentes fontes para buscar
informação; visita a locais como bibliotecas e museus; leitura e
interpretação de registros visuais (desenhos, fotografias) etc.
CONSULTORIA: ADRIANA KLISYS, DA CALEIDOSCÓPIO BRINCADEIRA E
ARTE, EM SÃO PAULO; E DORA DOS SANTOS, DO COLÉGIO AUGUSTO
LARANJA, EM SÃO PAULO

LIVRO GIGANTE
IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> Variável.
ESPAÇO> Sala de atividades e pátio.
MATERIAL> O Livro do Papel, de Ruth Rocha e Otávio Roth (Ed.
Melhoramentos), cola, tesoura, papel cartão ou papelão, papel reciclado,
areia, terra, pedrinhas, galhos e folhas, carvão, palitos de dente, de
sorvete e de churrasco, corda, jornal etc.
OBJETIVOS> Entender a importância do meio ambiente; observar a
natureza; e mudar o olhar para o mundo.
Leia para a turma O Livro do Papel, que conta a história do papel. Deixe
todos observarem livremente as ilustrações do livro verificando como
foram feitas e com que materiais. Proponha a confecção de uma
reprodução da obra, em tamanho gigante e com material em alto-
relevo.
Convide os alunos para um passeio, em que possam recolher galhos,
folhas, pedrinhas etc. Na hora de montar a edição, pode-se optar por
papel cartão ou papelão com cerca de 1 metro de altura por 50
centímetros de largura, que serão as folhas do livro. Faça o papel
reciclado (ver instruções abaixo) com os alunos, recorte algumas folhas
no tamanho A3 e cole-as em cada página. Essas folhas vão ser a base
de sustentação dos outros elementos que farão parte da história. Sobre
o papel reciclado, as crianças devem reproduzir as ilustrações do
original, porém apenas com os materiais que coletaram na escola. O
resultado será um livro gigante só com objetos reaproveitados e em
alto-relevo, que deverá ser guardado na biblioteca ou em alguma sala,
de modo a preservar ao máximo sua vida útil. Este trabalho, se
realizado um pouco todos os dias, dura uma semana.

RECEITA DO PAPEL RECICLADO


Rasgue jornais, revistas e outros papéis em pedaços não muito grandes
e coloque em um balde. Derrame água quente sobre eles e deixe
amolecer por uma noite. No dia seguinte, retire o excesso de água do
papel e bata no liquidificador com três colheres de sopa de cola branca e
algumas gotas de anilina de qualquer cor. Aperte a massa com as mãos
e passe na peneira para retirar toda a água. Coloque a massa para secar
ao sol, esticando-a com as mãos até obter o tamanho, formato e
espessura desejados. Depois de seca, recorte as folhas.

MOTORISTA NOTA 10
IDADE> A partir de 4 anos.
TEMPO> 20 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades ou pátio.
MATERIAL> Cartolina, caixas de papelão, carrinhos de brinquedo,
sucata, canetas hidrocor, fitas adesivas coloridas e apito.
OBJETIVO> Ganhar noções de respeito às regras de trânsito.
Proponha a confecção de uma maquete que mostre o que acontece no
trânsito. Nela haverá ruas, calçadas, placas de sinalização, semáforos,
faixas de pedestre, postos de gasolina etc. Cada criança transita com
seu carrinho de brinquedo e uma delas (ou você) será o guarda, para
orientar os demais. A garotada deve imitar cenas da vida adulta, como
circular apenas em vias permitidas, parar no sinal vermelho, esperar o
pedestre atravessar na faixa etc. Não é um jogo de estratégia, com foco
na vitória, mas uma atividade lúdica. Se houver espaço na escola, a
atividade pode ser realizada com carrinhos em que a garotada transite
de verdade (foto na pág. ao lado).
MINI MUSEU DA MODA
IDADE> 5 anos.
TEMPO> Variável.
ESPAÇO> Sala de atividades e outros espaços.
MATERIAL> Painel, fotos antigas das crianças e de seus antepassados,
imagens retratando a moda no Brasil, cabides, prateleiras, sapatos,
chapéus e fichários ou pastas para guardar imagens.
OBJETIVO> Compreender a idéia de transformação do vestuário ao
longo do tempo.
Peça às crianças que tragam fotos delas e de seus antepassados, além
de roupas e acessórios antigos e atuais. Proponha que as crianças
conversem com pessoas mais velhas sobre como eram as roupas na
época delas, quem as confeccionava e onde eram compradas. Reserve
um espaço na sala para receber esse material, com cabides para expor
as roupas. Conforme o estudo avança, o painel pode ser ampliado com
imagens da moda.

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