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Guia Prático de Linhas e Cabos

Eléctricos de Média e Alta Tensão


Edição : Centro de Condução Península de Setúbal

Guia Prático de Linhas e Cabos


Eléctricos de Média e Alta Tensão
É finalidade deste guia dar indicações práticas e
resumidas das matérias tratadas no RSLEAT (Regulamento
de Segurança de Linhas Eléctricas de Alta Tensão - Edição
D.G.E.) por forma a facilitar o tratamento das situações que
surgem no dia a dia de quem lida com instalações eléctricas
de média e alta tensão.
Não é sua finalidade substituir-se ao RSLEAT, que
deverá ser consultado sempre que as dúvidas surgidas não
sejam cobertas por este guia ou a sua relevância não seja
compatível com o carácter genérico que este pretende ter.

Guia Prático de Linhas e Cabos Eléctricos de Média e Alta Tensão Pag. 2


Índice

1. Rede Aérea
1.1. Distâncias Mínimas Genéricas a Respeitar
1.2. Apoios
1.3. Travessias e Cruzamentos
1.4. Vizinhanças
2. Rede Subterrânea
2.1. Disposições Genéricas
2.2. Travessias e Cruzamentos
3. Trabalhos Sem Tensão nas Linha Já
Estabelecidas
4. Aparelhos de Corte
5. Terras

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1 - Rede Aérea

1.1 Distâncias Mínimas Genéricas a Respeitar

Quando se referem distâncias respeitantes a linhas aéreas,


consideram-se em qualquer direcção, na condição de flecha máxima,
com condutores desviados ou não pelo vento.

Distância de Condutores ao Solo


(Artº 27 do RSLEAT)

Tensão Distância
15 kV 6,3 m
30 kV 6,3 m
60 kV 6,3 m

• Em locais de muito difícil acesso, estas distâncias poderão ser


reduzidas em 1 m

Distância de Condutores às Árvores

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(Artº 28 do RSLEAT)

Tensão Distância
15 kV 2,5 m
30 kV 2,5 m
60 kV 2,5 m

• Existirá faixa de serviço com uma largura mínima de 5 m, dividida ao


meio pelo eixo da linha, na qual se efectuará o corte e decote de
árvores necessários para tornar possível a montagem e conservação
das linhas

• A zona de protecção terá uma largura máxima de:

Tensão Largura
15 kV 15 m
30 kV 15 m
60 kV 25 m

Nesta zona proceder-se-á ao corte ou decote de árvores que for


suficiente para garantir as distâncias mínimas dos condutores às
arvores, bem como das árvores que, por queda, não garantam em
relação aos condutores uma distância mínima de 1,5 m.
Fora desta zona poderão ainda ser abatidas árvores que pelo seu
porte e condições particulares, possam constituir perigo para a
segurança das linhas

• A zona de protecção, em casos que assim o exijam, poderá não ser


dividida ao meio pela linha.

Linha AT ou MT

Faixa de Serviço

Zona de Protecção
de Serviço

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• É de evitar o corte de árvores de fruto e de crescimento lento que,
pelo seu tipo de exploração, não são normalmente abatíveis.

• Recomenda-se que o corte ou decote de árvores seja limitado ao


suficiente para garantir, em qualquer momento, o cumprimento das
distâncias mínimas indicadas, devendo ter-se em conta o
crescimento máximo previsível entre duas operações consecutivas
de conservação da zona de protecção.
Os proprietários podem plantar árvores ou efectuar outras culturas
dentro da zona de protecção desde que cumprindo o
anteriormente dito

• Os proprietários têm direito a indemnização pelo corte das árvores


ou outros prejuízos causados pela passagem ou existência de linhas.

• Os proprietários dos terrenos onde se achem estabelecidas linhas


declaradas de utilidade pública e os proprietários dos terrenos
confinantes com quaisquer via de comunicação, ao longo do qual
estejam estabelecidas as referidas linhas, são obrigados a não
consentir nem conservar neles plantações que possam prejudicar
aquelas linhas na sua exploração, cumprindo igual obrigação aos
chefes de serviços públicos a que pertençam plantações nas
condições referidas, mas somente nos casos de reconhecida
necessidade.

• O Plano Director do Município de Almada, por exemplo, prevê as


seguintes faixas de ‘não construção ‘ ( faixa non aedificandi):

Tensão Distânci
a
Maior que 60 kV 50 m
60 kV 30 m
Menor que 60 kV 20 m

O mesmo plano reforça ainda a impossibilidade da existência


nas faixas referidas de plantações que impeçam o estabelecimento ou
prejudiquem a exploração das linhas.

Distância de Condutores aos Edifícios


(Artº 29 do RSLEAT)

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• Em relação a coberturas, chaminés e todas as partes salientes
susceptíveis de serem escaladas por pessoas ⇒ D = 4 m

• Em cabos paralelos a edifícios ⇒ D = 5 m

Distância de Condutores a Obstáculos Diversos


(Artº 30 do RSLEAT)

Na vizinhança de terrenos de declive muito acentuado, falésias,


construções não acessíveis a pessoas e partes salientes de edifícios não
susceptíveis de ser escalados e cujas saliências não atinjam uma nível
de 3 m metros a cima do solo ⇒ 3 m

Distância de Condutores a Cabos de Guarda


(Artº 32 do RSLEAT)

Deverá ser sempre superior à distância entre condutores da linha

Distância entre Condutores e Apoios


(Artº 33 do RSLEAT)

Tensão Distância (D)


15 kV 20 cm
30 kV 30 m
60 kV 49 cm

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1.2 Apoios
(Artº 54 do RSLEAT)

• Os apoios deverão possuir uma inscrição, durável e visível, com o


número indicativo da sua posição na linha. Se tiverem maciço de
betão, a inscrição poderá fazer-se no próprio maciço desde que
durável e visível. (Artº 54 do RSLEAT)
• Nos apoios deverão ser afixados em local visível, uma ou mais placas
de sinalização de ‘Perigo de Morte’ de dimensões apropriadas. (Artº
54 do RSLEAT)

• Distância mínima dos apoios às Auto-Estradas, IC’s e IP’s ⇒ 5 m


• Distância mínima dos apoios a outras vias de comunicação ⇒ 3 m
• Os apoios deverão distar mais de 5 m da zona do caminho de ferro.

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Zona de caminho de ferro a) Auto-estrada,IC’s e IP’s
b) Outras vias de comunicação

≥5m
a) ≥ 5 m
Linha AT ou MT Linha AT ou MT
b) ≥ 3 m

• Os apoios metálicos e de betão armado deverão ser


individualmente ligados à terra por intermédio de eléctrodo de
terra.
No caso de apoios metálicos esta ligação individual é dispensada se
forem implantados directamente no solo e a resistência de terra for
inferior a 20 Ω, e nesse apoio não existirem orgãos de corte,
transições linha aérea-subterrânea ou outro tipo de aparelhagem.
No caso de apoios de betão para tensões nominais inferiores a 30 kV
a ligação individual é dispensada desde que se verifiquem as
seguintes condições simultaneamente:
- A Subestação que alimenta a linha esteja dotada de protecções
eficientes de defeito fase-terra;
- Os postes estejam implantados directamente no solo;
- Os postes não se encontrem instalados em arruamentos de
aglomerados populacionais ou em outros locais onde normalmente
pessoas, ou próximo de estradas e caminhos;
- Nesses apoios não existirem orgãos de corte, transições linha aérea-
subterrânea ou outro tipo de aparelhagem;
- As linhas não estejam dotadas de cabo de guarda.(Artº 147 do
RSLEAT)
• A estrutura metálica dos aparelhos de corte ou de manobra
estabelecidos em apoios deverá ser ligada à terra dos apoios ou dos
componentes metálicos do isoladores. Na base do apoio deverá
existir, ligada à terra do apoio, uma malha ou plataforma
equipotêncial com o punho do comando da aparelhagem de corte
ou de manobra e colocada por debaixo deste punho. (Artº 150 do
RSLEAT) Para estes efeitos não pode ser utilizada a armadura
resistente do apoio de betão. (Artº 154 do RSLEAT)
• Os suportes metálicos dos isoladores, no caso de apoio de betão
armado, deverão ser ligados à terra dos próprios apoios

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• As blindagens, as armaduras e bainhas metálicas dos cabos, as
caixas fim de cabo, quando metálicas e os descarregadores de
sobretensões, montados em apoios, deverão ser ligados à terra que
será a do próprio apoio.
• A implantação de apoios próximo de cabos de energia
subterrâneos, canalizações de água, gás e de esgotos ou de outras
canalizações subterrâneas deverá ser evitada, a não ser que se
dotem os cabos de protecções adequadas. Deverão ser tomadas
disposições adequadas para evitar que tensões perigosas originadas
por defeito na linha aérea originem directa ou indirectamente
avarias ou situações de perigo nas canalizações subterrâneas. (Artº
125 do RSLEAT)
• Entre os apoios ou suas fundações e cabos de telecomunicações
subterrâneos observár-se-á um distância horizontal não inferior a 5
m.

1.3 Travessias e Cruzamentos

Travessias de Auto-Estradas e Estradas Nacionais e Municipais (Artº91 e 92 do


RSLEAT)

Distância mínima dos cabos às Auto-Estradas, Estradas Nacionais e


Municipais⇒ 7 m

Travessias de Cursos de Agua


(Artº93 e 94 do RSLEAT)

• Não navegáveis:
Tensão Distância
15 kV 6,1 m
30 kV 6,2 m
60 kV 6,3 m

• Navegáveis:
2m+h
h - altura dos maiores barcos que passam no local, fixado em cada
caso pelo Min. Industria e Energia

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Travessias e Cruzamentos de Caminhos de Ferro
(Artº 97,100,101,102 e 103 do RSLEAT)

• A linhas não deverão formar com o eixo da via um ângulo inferior a


15º

Zona de caminho de ferro

Linha AT ou MT

≥ 15º
• Distância aos Carris (Comboio não eléctrico) ⇒ 7 m
Distância aos Carris (Comboio eléctrico) ⇒ 13,5m mantendo em
relação à linha de contacto uma distância de 3 m.

Cruzamento de Linhas Áreas


(Artº 108, 109 e 110 do RSLEAT)

As linhas de tensão mais elevada passarão sempre superiormente.


Em casos muito excepcionais isto poderá não se verificar.

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Distância mínima entre linhas
(Artº 109 do RSLEAT)

Linha de tensão mais elevada:


Tensão Distância
15 kV D=1,65+0,005L (m)
30 kV D=1,8+0,005L (m)
60 kV D=2,1+0,005L (m)
150 kV D=3+0,005L (m)

Em que: L - distância entre o ponto de cruzamento e o apoio mais


próximo da linha superior
• D nunca será inferior a 2 m
• Estes valores aplicam-se também a cruzamentos com a rede BT

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L

Linha de tensão mais


elevada

• A distância mínima da linha inferior ao poste mais próximo da linha


superior será para linha inferior de:

Tensão Inferior Distância


(D)
BT 2m
15 kV 2,1m
30 kV 2,2m
60 kV 2,45m

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Cruzamento de Linhas Aéreas com Linhas de Telecomunicação
(Artº 111, 113 e 114 do RSLEAT)

• As linhas aéreas de média e alta tensão passarão sempre


superiormente.
• Aplicar-se-ão as distâncias previstas no ponto anterior.(Dist.mínima
entre linhas)
• Os apoios de linhas aéreas de média e alta tensão distarão das
linhas de telecomunicações, no mínimo, 2 m.

Linhas Aéreas sobre Recintos escolares e Campos de Desporto


(Artº 139 DO RSLEAT)

• O estabelecimento de linhas aéreas sobre recintos escolares e


campos de desporto não é permitido. A DGE pode no entanto,
excepcionalmente, autorizar o estabelecimento de linhas por cima
de campos de desporto secundários e linhas de tensão superior a 40
kV em cima de recintos escolares devendo para o efeito ser
aumentando o isolamento e distâncias de segurança

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1.4 Vizinhanças

Vizinhanças de Linhas Aéreas de Média e Alta Tensão com Outras


Linhas Aéreas em apoios Diferentes.
(Artº 120 do RSLEAT)

Linha de tensão mais elevada


Tensão Distância (D)
15 e 30 kV 2m
60 kV 2,1 m

Vizinhanças de Linhas Aéreas de Média e Alta Tensão com Linhas de


Telecomunicações

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(Artº 122 do RSLEAT)

A distância mínima (D) será de 2 m para qualquer que seja a tensão.

Vizinhanças de Linhas Aéreas de Média e Alta Tensão em Apoios


Comuns
(Artº 122 do RSLEAT)

A linha de tensão mais elevada deverá situar-se por cima de todas as


outras, ou quando muito a par devendo a distância mínima(D) entre
os condutores mais próximos ser de 2 m.

Vizinhanças de Linhas Aéreas de Média e Alta Tensão com Linhas de


Telecomunicações em Apoios Comuns
(Artº 125 do RSLEAT)

• O estabelecimento de linhas nuas de telecomunicações nos apoios


das linhas de alta e media tensão em condutores nus só será
permitido quando aquelas estiverem adstritas exclusivamente à
exploração das linhas de média e alta tensão, devendo para o feito
verificar as seguintes prescrições:
- As linhas de telecomunicações deverão ocupar a posição inferior
- O afastamento entre os condutores mais próximos das duas
linhas será pelo menos igual à distância entre os condutores da
linha de alta ou média tensão com um mínimo de 2 m.

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- As linhas de telecomunicação deverão ser consideradas, para
linhas até 60 kV, como linhas de 6 kV

• O estabelecimento de linhas de telecomunicações em cabos


isolados será permitido desde que se mantenha entre os condutores
das duas linhas um distância não inferior a 0,5 m.

Linhas Aéreas na Proximidade de locais destinados ao


armazenamento e manipulação de produtos explosivos
(Artº 141 do RSLEAT)

• Junto a locais destinados ao armazenamento e manipulação de


produtos explosivos as distâncias das linhas aéreas, em projecção
horizontal, será no mínimo de

Tensão Distância
(D)
BT 40 m
15 kV 75 m
30 kV 135 m
60 kV 190 m
150 kV 210 m

Área de armazenamento e
manipulação de produtos
explosivos
D

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Linhas Aéreas na proximidade de locais destinados
Distâncias (m) ao
armazenamento, transporte de combustíveis líquidos ou gasosos (Artº 142
do RSLEAT com base no Dec. nº 36 270, de 9/5/47)

• Junto de instalações destinadas ao armazenamento e ao


tratamento industrial de petróleos brutos, seus derivados e resíduos,
as distâncias das linhas aéreas, em projecção horizontal, será no
mínimo de:

Categoria
Capacidade útil (m 3) de produtos
armazenad Reservatórios Reservatórios
os Superficiais Enterrados
(1)
1ª 30 25
Superior a 10 000 2ª 25 15
3ª 15 10
1ª 30 20
De 1 000 a 10 000 2ª 25 10
3ª 15 5
1ª 25 15
De 200 a 1 000 2ª 15 5
3ª 5 -
1ª 10 -
Inferior a 200 2ª 5 -
3ª 2 -

Categorias de produtos armazenados:

1ª - Todos os derivados do petróleo e similares cujo ponto de


inflamação seja inferior a 25º C(Ex: Petróleo bruto, gasolina, éter
sulfúrico, e álcool etílico)
2ª - Todos os derivados do petróleo e similares cujo ponto de
inflamação seja entre os 25º C e os 65 º C(Ex: Petróleo para iluminação)

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3ª - Todos os derivados do petróleo e similares cujo ponto de
inflamação seja superior a 65º C(Ex: Gasóleo, fuelóleo e óleos minerais
lubrificantes)

• As distâncias de protecção a respeitar para instalações de


armazenagem de gases de petróleo liquefeitos com capacidade
inferior ou igual a 200 m3 são:

Capacidade útil (m 3)
Reservatórios Reservatórios
Superficiais Enterrados
De 100 a 200 20 15
De 30 a 100 15 15
De 2,5 a 30 7,5 7,5
Inferior a 2,5 3 3

Distâncias (m)

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2 – Rede Subterrânea

2.1 Disposições Genéricas

Raio de Curvatura
(Artº 76 do RSLEAT)
• Cabos isolados por material impregnado por líquido isolante e com
bainha de chumbo (Cabos a óleo) - não inferior a 15 vezes o seu
diâmetro
• Restantes Cabos - não inferior a 10 vezes o seu diâmetro.

Estabelecimento de Cabos Enterrados


(Artº 79 do RSLEAT)

• Os cabos serão instalados em valas convenientemente preparadas.


Em zonas urbanizadas as valas serão abertas ao longo de vias
públicas e sempre que possível nos passeios.
• Os cabos serão sempre envolvidos por areia adequada, terra fina ou
cirandada.
• Se a canalização for constituída por cabos unipolares formando um
sistema trifásico, estes deverão ser agrupados por forma a reduzir ao
mínimo a sua impedância.

Sinalização de Cabos Enterrados


(Artº 81 do RSLEAT)

• 10 cm acima do cabos - Em caso de tijolos, placas de betão, lousa


ou material equivalente(Valor mínimo).
• 20 cm acima dos cabos - Em caso de redes metálicas plastificadas
ou de material plástico, sempre de cor vermelha(Valor mínimo).
Em cabos entubados a sinalização pode ser dispensada
Profundidades Mínimas de Enterramento
(Artº 80 do RSLEAT)

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• Sob faixas de rodagem:
Tensão Distância
BT 70 cm
15 e 30 kV 1m
60 kV 1,2 m

• Em qualquer outro local:


Tensão Distância
BT 70 cm
15 e 30 kV 0,7 m
60 kV 1m

Estes valores aplicam-se quer a cabos enterrados directamente no solo


ou entubados
Estes valores podem ser reduzidos em casos especiais, sem prejuízo da
conveniente protecção dos cabos.

Ligação à Terra dos Cabos Isolados


(Artº 149 do RSLEAT)

• As blindagens equipotênciais de cada um dos cabos de fase


deverão ser ligadas à terra em cada extremidade da linha, assim
como em cada poste no qual haja uma junção ou derivação.

Transições Linha Aérea-Linha Subterrânea


(Artº 83 do RSLEAT)

• Nas transições deverão existir sempre descarregadores de


sobretensões a fim de evitar a transmissão de sobretensões.
• É aconselhável a colocação de descarregadores de sobretensão
na outra extremidade da linha subterrânea por forma a evitar a
existência de sobretensões inadmissíveis para a aparelhagem aí
instalada
• Recomenda-se que, para facilitar os trabalhos TET, todo o
equipamento seja montado numa só face do apoio.

Plantas das Linhas Subterrâneas

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(Artº 78 do RSLEAT)

• As entidades que possuam linhas eléctricas subterrâneas deverão


ter plantas e outros desenhos dessas linhas actualizados e
pormenorizados, que permitam a fácil localização dos cabos no
terreno, com a indicação das distâncias a outras canalizações nos
cruzamentos e nas vizinhanças. Recomenda-se que as plantas sejam
feitas, em regra, à escala 1:1000
• Recomenda-se que, das plantas e dos desenhos referidos no ponto
anterior seja fornecido um exemplar a cada um dos detentores dos
domínios cujo solo é ocupado pelos cabos (J.A.E., C.P., Câmaras
Municipais, etc.)

Linhas estabelecidas em galeria, túneis e em caleiras


(Artº 82 do RSLEAT)

• Na galerias ou túneis visitáveis, os cabos deverão ser apoiados em


prateleiras, em caminhos de cabos ou em outros suportes
apropriados, características e afastamentos adequados. Quando
metálicos, os caminhos dos cabos, as condutas os tubos e outras
massas deverão ser ligados ao mesmo condutor de terra.
• Nas galerias ou túneis acessíveis ao público, os cabos deverão ser
colocados a uma altura de 2, 5m acima do pavimento ou ser
protegidos do contacto do público por um dispositivo adequado.
• Os cabos ou conjuntos de cabos deverão ser sinalizados de modo a
permitir a sua identificação sem ambiguidade
• Os acessórios dos cabos não deverão transmitir ao exterior acções
prejudiciais em caso de defeito interno.
• Os cabos eléctricos de diferentes classes deverão ser colocados em
suportes distintos ou separados por uma parede de resistência
mecânica apropriada.(Artº 133 do RSLEAT)
Classe 1⇒ Tensão nominal até 1000 V
Classe 2⇒ Tensão nominal entre 1000 V e 40 kV
Classe 3⇒ Tensão nominal superior a 40 kV
• A quando da existência de cabos telefónicos na mesma galeria ou
túnel, estes deverão ser colocados em suportes distintos dos
utilizados pelas linhas de média ou alta tensão. Deverá ser mantida
uma distância de 40 Cm no paralelismo e 20Cm nos cruzamentos, a
menos que estejam separados por tubos, condutas, caminhos de
cabos, prateleiras, paredes ou outros elementos resistentes ao
choque provocado por ferramentas manuais.( Artº 133 do RSLEAT)

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2.2. Travessias e Vizinhanças
Travessias e vizinhanças com auto-estradas, estradas nacionais e
municipais
(Artº 127 do RSLEAT)

Profundidades mínimas:

Tensão Distância
BT 1m
15 e 30 kV 1m
60 kV 1,2 m

• Os cabos serão sempre enfiados em tubos ou condutas


• A secção recta interior dos tubos ou condutas será superior a 3 vezes
a soma das secções rectas dos cabos, com um mínimo de 100mm.

Travessias Subaquáticas
(Artº 128 do RSLEAT)

• Deverão empregar-se cabos apropriados, instalados por forma a


não serem danificados por âncoras e redes de arrasto e não
perturbar a circulação de embarcações e pôr em perigo a
segurança de pessoas e embarcações.

Travessias e Cruzamentos com Caminhos de Ferro


(Artº 129 do RSLEAT)

• Profundidade mínima ⇒ 1,3 m


• Os cabos serão sempre enfiados em tubos ou condutas.
• Em casos excepcionais esta profundidade poderá ser diminuída.

Cruzamentos e Vizinhanças com outras Linhas Subterrâneas de Energia


(Artº 130 do RSLEAT)

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• Se a distância for inferior a 25cm deverão ser separadas por tubos,
condutas ou divisórias robustas que dificultem a combustão e fusão.

Cruzamentos e Vizinhanças com outras Linhas de Telecomunicação


(Artº 131 do RSLEAT)

• Cruzamento - Superior a 25 cm
• Vizinhanças - Se a distância horizontal for inferior a 40 cm deverão
ser separadas por tubos, condutas ou divisórias robustas que
dificultem a combustão e fusão.

Vizinhanças com Canalizações de Agua, Gás e Esgoto


(Artº 132 do RSLEAT)

• Distância Mínima - 25 cm
• Em casos especiais esta distância poderá ser reduzida com a
interposição de divisórias que garantam protecção mecânica
eficaz.

3 – Trabalhos sem tensão nas


linhas já estabelecidas
(Artº 164 do RSLEAT)

• Os trabalhos sem tensão em linhas já estabelecidas deverão ser


precedidos das necessárias medidas de segurança do pessoal que
os irá executar, nomeadamente:

Guia Prático de Linhas e Cabos Eléctricos de Média e Alta Tensão Pag. 24


a) Seccionamento das linhas e troços que afluem à zona onde
irão decorrer os trabalhos;
. b) Afixação, até ao final dos trabalhos, de placas ou letreiros de
aviso junto dos aparelhos onde foi feito o seccionamento. Aconselha-se
que as placas contenham a indicação ‘ATENÇÃO-NÃO LIGAR-
TRABALHOS EM CURSO’;
c) Colocação de cadeados ou outros dispositivos de
encravamento destinados a impedir a manobra indevida dos
aparelhos de seccionamento;
d) Confirmação efectiva da ausência de tensão nos condutores
e aparelhos por meio de dispositivos apropriados;
e) Ligação à terra dos dispositivos destinados a curto-circuitar os
condutores da linha;
f) Ligação à terra e em curto-circuito dos condutores e cabos de
guarda das linhas aéreas, na proximidade do local de trabalhos;
g) Ligação à terra e em curto-circuito dos condutores de fase
das linhas subterrâneas nos aparelhos de seccionamento mais próximos
do local de trabalhos, e, se possível, neste próprio local;
h) Vigilância destinada a assegurar que, durante os trabalhos,
não são feitas quaisquer manobras que possam pôr em risco a
segurança do pessoal que os executa.

• Após concluídos os trabalhos, o restabelecimento da tensão só


poderá efectuar-se depois de:
a) Avisado o pessoal;
b) Retirados os condutores curto-circuitadores e, posteriormente,
a ligação destes à terra;
c) Removidos os encravamentos e as placas ou letreiros de avisos
na alínea b) do ponto anterior

• Qualquer aviso ou comunicação feita ao pessoal ocupado nos


trabalhos para os iniciar ou os concluir poderá ser feito pelo telefone
ou pelo rádio, com a condição, porém, de a pessoa que receber o
aviso ou a comunicação o repetir, mostrando que o compreendeu,
não se admitindo, para o efeito, combinações de hora ou a
verificação de ausência de tensão.
• Em linhas em serviço, serão considerados trabalhos sem tensão a
pintura e reparação de apoios até à distância vertical de:
⇒ 2 m , em linhas até 30 kV
⇒ 3m , em linhas de 60 kV
(Artº 165 do RSLEAT)

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• Os trabalhos só poderão ser efectuados por pessoas qualificadas e
na presença de um responsável de trabalhos
• Nos trabalhos que decorram em linhas aéreas na proximidade de
outras linhas aéreas em serviço, deverão ser tomadas as
indispensáveis precauções para impedir que os executantes possam
aproximar-se dessas linhas e que apareçam na linha onde se
realizam esses trabalhos tensões perigosas provenientes de
contactos ou de indução. Se estas medidas não poderem ser
exequíveis, os trabalhos respeitarão as medidas referidas nos pontos
anteriores. (Artº 162 do RSLEAT).
• Nos trabalhos de instalação de novas linhas, que pela proximidade
com outras linhas possam ficar em tensão devido a eventuais
contactos ou indução, deverão os condutores e os cabos de
guarda do troço já instalado da linha em montagem ser ligados à
terra e em curto-circuito. (Artº 162 do RSLEAT).

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4 – Aparelhos de Corte
(ARTº 145 DO RSLEAT)

• Os seccionadores e interruptores-seccionadores deverão ser


instalados de forma que, na posição de abertura, o peso próprio das
facas ou dos comandos não provoque o seu fecho intempestivo.
Quando tal não for possível, estes orgãos de corte deverão ser
munidos de dispositivos mecânicos que impeçam o seu fecho
intempestivo. Na posição de abertura, as facas destes orgãos de
corte não deverão ficar em tensão
• Os seccionadores e interruptores-seccionadores tripolares deverão
ser de corte simultâneo nas três fases.
• Deverão existir dispositivos de seccionamento nas derivações, tanto
aéreas como subterrâneas, sempre que a linha principal ou o ramal
assim o justifiquem.
• Em aparelhos equipados com comando manual, este deverá ser
manobrável do solo e ser mantido sob chave em qualquer das
posições para evitar manobras intempestivas.
• Nos aparelhos com comando eléctrico (automático ou
telecomandado), existirá sempre dispositivo mecânico para permitir
manobra de recurso.
• O comando do aparelho deverá ter bem visíveis as indicações de
‘Ligado’ , sobre fundo vermelho, e ‘Desligado’ sobre fundo verde.
Quando estas indicações não forem facilmente realizáveis, pode-se
usar os sinais I, , sobre fundo vermelho, e O sobre fundo verde.
• Quando a separação dos contactos não seja visível, as indicações
atrás descritas, deverão existir, além do comando, também no
aparelho e ser visíveis do solo, se for caso disso.
• Nos aparelhos telecomandados deverá existir emissão das
informação de ‘Ligado’ e ‘Desligado’. O acionamento local do
dispositivo mecânico de manobra de recurso deverá tornar
operacionais as manobras por telecomando.

Ligação à Terra de aparelhagem de corte ou de manobra


(Artº 150 do RSLEAT)

• A estrutura metálica dos aparelhos de corte ou de manobra


estabelecidos em apoios deverá ser ligada à terra dos apoios ou dos
componentes metálicos dos isoladores. Na base do apoio deverá
existir, ligada à terra do apoio, um malha ou plataforma

Guia Prático de Linhas e Cabos Eléctricos de Média e Alta Tensão Pag. 27


equipotêncial com o punho de comando da aparelhagem de corte
ou de manobra e colocada por debaixo desse punho.

5 - Terras

Guia Prático de Linhas e Cabos Eléctricos de Média e Alta Tensão Pag. 28


Dimensões mínimas dos condutores de terra a respeitar
(Artº 153 DO RSLEAT)

Em caso de condutores de terra:

Material Secção
Cobre Fora do solo 16 mm2
Parte 35 mm2
enterrada
Outro Deverão ter secção
material electricamente
equivalente

Condutores sob a forma de fita:

Material Espessura
Cobre 2 mm
Aço Galvanizado 3 mm

• As armaduras dos apoios de betão poderão ser utilizadas como


condutores de terra desde que garantam um condutância pelo
menos igual à de um condutor de cobre de 16 mm2. As armaduras
dos apoios de betão pré-esforçado não poderão ser utilizadas como
condutores de terra. (Artº154 do RSLEAT)

Ligação dos condutores de terra aos eléctrodos de terra


(Artº 155 do RSLEAT)

• Os eléctrodos de terra deverão ser dotados de ligadores robustos


destinados a receber o condutor de terra, fixados aos eléctrodos por
processo que garanta a continuidade e a permanência de ligação.
• Os ligadores podem ser soldados aos eléctrodos de terra por meio de
soldadura adequada ou fixados por rebitagem ou por meio de
aperto mecânico de construção robusta e com dispositivo de
segurança contra desaperto acidental.
• Quando a ligação do condutor de terra ao eléctrodo for feito por
meio de soldadura adequada, poderá dispensar-se a existência de
ligadores.
• A ligação dos condutores de terra aos eléctrodos deverá ser feita de
forma que se garanta que a natureza ou o revestimento desses
elementos não dê origem a corrosão electrolítica, quando na

Guia Prático de Linhas e Cabos Eléctricos de Média e Alta Tensão Pag. 29


ligação intervenham metais diferentes em contacto e que a zona
de ligação esteja isolada de humidade por uma camada
protectora constituída por material impermeável e durável (massa
isolante e tinta plástica), sempre que se receie a possibilidade de
corrosão electrolítica.

Características dos eléctrodos de terra


(Artº 156 do RSLEAT)

Em anexo indicam-se as dimensões mínimas para os eléctrodos de terra

• Os eléctrodos de terra serão de cobre, aço galvanizado, aço


revestido de cobre ou de outro material apropriado, sob a forma de
chapas, varetas, tubos, perfilados cabos ou de fitas
• Não será permitida a utilização de canalizações de água ou de
outras não eléctricas, bem como de elementos metálicos
mergulhados em água, com eléctrodos de terra.
• Os eléctrodos de terra, quando de aço ou de outro material não
resistente à corrosão pelo terreno, terão espessura mínima de
revestimento de:

Material Espessura
Zinco 70µm
Cobre 0,7 mm
Chumbo 1 mm
• Para diminuir o valor da resistência de terra de um eléctrodo, deve
recorrer-se ao seguintes métodos:
- Aumentar o comprimento dos tubos ou varetas enterradas no solo
por forma a atingir uma camada mais húmida e melhor condutora
- Aumentar a superfície das fitas ou das chapas em contacto com o
solo
- Associar diversos eléctrodos parciais, enterrando no solo um número
suficiente de elementos que, uma vez associados em paralelo, se
atinja o valor desejado de resistência de terra, convindo que os
diversos elementos fiquem a uma distância de 2 a 3 m entre si, ou no
caso dos cabos ou de fitas dispostas radialmente, que estas formem
entre si ângulos não inferiores a 60º, por forma a que os diversos
elementos não se influenciem, prejudicando o fim em vista.
- Aumentar a condutibilidade do solo, preparando-o
convenientemente com a adição de substâncias condutoras
adequadas(Por exemplo o sulfato de cobre para os eléctrodos de
cobre ou cobreados).

Guia Prático de Linhas e Cabos Eléctricos de Média e Alta Tensão Pag. 30


Estabelecimento e implantação dos eléctrodos de terra
(Artº 157 do RSLEAT)

• Os eléctrodos de terra deverão ser enterrados em locais tão húmidos


quanto possível, de preferência em terra vegetal, afastados dos
locais de passagem e a distância conveniente de depósitos de
substâncias corrosivas que possam infiltrar-se no terreno.
• Deverá evitar-se que as correntes de defeito que por eles possam
circular originem tensões de passo e de contacto perigosas para
pessoas que possam ter acesso aos locais onde estão estabelecidos.
Além disso, essas correntes não devem originar tensões que pelo seu
valor possam prejudicar outras instalações.
• Os eléctrodos deverão ficar enterrados verticalmente no solo a uma
profundidade tal que entre a superfície do solo e a parte superior do
eléctrodo haja uma distância mínima(D) de:

Chapas, varetas, tubos e perfilados ⇒ 0,8 m.


Cabos ou fitas ⇒ 0,6 m.

• Sempre que à superfície do terreno haja risco de aparecimento de


tensões de passo perigosas, quando se pretende assegurar a
distinção das terras e em locais de passagem (a evitar), dever-se-á
utilizar cabos isolados de 2 bainhas ou de bainha reforçada não
inferior à classe de protecção M5 e que não possuam bainha
metálica, armadura ou blindagem (por exemplo cabo VV 0,6 1
kV).(Artº 158 do RSLEAT)

Ligação à Terra de aparelhagem de corte ou de manobra


(Artº 150 do RSLEAT)

• A estrutura metálica dos aparelhos de corte ou de manobra


estabelecidos em apoios deverá ser ligada à terra dos apoios ou dos

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componentes metálicos dos isoladores. Na base do apoio deverá
existir, ligada à terra do apoio, um malha ou plataforma
equipotêncial com o punho de comando da aparelhagem de corte
ou de manobra e colocada por debaixo desse punho.

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