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UNITINS - FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO TOCANTINS

CURSO DESERVIÇO SOCIAL

ALCOOLISMO - RECURSOS E POSSIBILIDADES DO SERVIÇO SOCIAL EM SEU


ENFRENTAMENTO

CLÁUDIO MARTINS FERNANDES - AL4062279


LUIZ CARLOS PINTO BARCELOS -AL4069075
MARCO AURELIO ROMAR RIBEIRO - AL4081678
ROSENVAL DE SOUZA FILHO - AL4081674
VALDINEI FERNANDES MERCÊS - AL4031222
RIO DE JANEIRO
2009
RESUMO
O presente trabalho trata da atuação do Serviço
Social no que diz respeito ao problema do alcoolismo.
Numa análise do problema, que especifica os
números pertinentes ao uso do álcool no Brasil, o
trabalho aponta que cada vez mais se faz necessário
a presença do assistente social nessa questão tão
recorrente. O estudo identifica os males causados
pelo álcool ao dependente, e indica as linhas de ação
de responsabilidade do Serviço Social, ao qual
caberá uma lógica de orientação e encaminhamento
aos diversos tratamentos existentes, atuando em
diferentes instituições, tais como: família, empresas,
grupos de auto-ajuda e com os próprios indivíduos.

Palavras chaves: Serviço Social, Alcoolismo,


Sociedade.

ABSTRACT
This paper addresses the role of Social Services
regarding the problem of alcoholism. In an analysis of
the problem, which specifies the numbers related to
the use of alcohol in Brazil, the work suggests that
more is needed the presence of a social assistant in a
so relevant question. The study identifies the
consequences caused by the alcohol to the user, and
indicates the lines of action for the Social Service
responsibility, to which is intended the guidance and
the orientation to several forms of treatment, working
in different institutions, such as: family, companies,
self-help groups and with the individuals themselves

Key words: Social Service, Alcoholism, Society.

1 INTRODUÇÃO

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Pretende este trabalho explicar a participação do assistente
social na recuperação e na integração do alcoólico à
sociedade.Discorrendo sobre o problema do alcoolismo na sociedade
atual, o trabalho abordará os efeitos do álcool no corpo humano
caracterizando o que vem a ser conhecido como dependência
química.Mostrando as formas de tratamento utilizadas atualmente
para que o dependente se torne livre do consumo do álcool.
A participação do assistente social no processo de recuperação
do indivíduo dependente de álcool é abordado de forma a entender o
papel desse profissional nos problemas referentes ao alcoolismo, seja
no âmbito familiar, na empresa ou em instituições de auto-ajuda,
como os Alcoólicos Anônimos(AA).
Entendendo que o alcoolismo ou “síndrome da dependência do
álcool” é uma intoxicação aguda ou crônica provocada pelo consumo
excessivo e prolongado do álcool. Sendo o vício de ingestão
excessiva e regular de bebidas alcoólicas, seguida de todas as
conseqüências decorrentes. É uma doença progressiva, incurável e
fatal se o alcoolista não parar de beber. Caracterizada por
compulsão, perda de controle, dependência física e tolerância.
Podendo promover doenças físicas, loucura ou morte prematura,
fazendo com que o alcoólico se envolva em situações psicossociais
desagradáveis como: desestruturação familiar, desestruturação
psíquica, desemprego, solidão, crime e marginalidade.(FISHMAN,
1988). Torna-se um campo de atuação do Serviço Social, pois não se
trata apenas de uma doença sem prejuízo social.

2. O Problema

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De acordo com o levantamento domiciliar sobre o uso de
drogas, a dependência de álcool acomete de 10% a 12% da
população mundial e 11,2% dos brasileiros que vivem nas 107
maiores cidades do país. É responsável por cerca de 60% dos
acidentes de trânsito e aparece em 70% dos laudos cadavéricos das
mortes violentas.(CARLINI, et al,2001)
A incidência de alcoolismo é maior entre os homens do que
entre as mulheres. Segundo o levantamento realizado pelo grupo
interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas (GREC), do Instituto de
Psiquiatria do Hospital das Clínicas, em São Paulo, cerca de 15% da
população brasileira é alcoólica. Outros dados significantes
relacionados ao alcoolismo são reportados a seguir.
• o alcoolismo é a terceira doença que mais mata no mundo;

• o abuso do álcool causa 350 doenças físicas e psíquicas;

• no Brasil, 90% das internações em hospitais psiquiátricos por


dependência de drogas, acontecem devido ao álcool;

• um, entre dez usuários de álcool, se torna dependente da droga;

• o uso de álcool aumenta as chances da pessoa ter comportamento


de risco para a AIDS;(FORTES, 2001)

3. Efeitos do Álcool e do Alcoolismo

No sistema nervoso pode provocar tremor e polineurite


(sensibilidade à pressão dos troncos nervosos, dores nas
extremidades e hipoalgesias). Falta de apetite, gastrite, vômitos
matinais e cirrose hepática são complicações que podem acometer o
aparelho digestório. No coração, pode aparecer uma degeneração

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adiposa, que se cura com a abstinência, mas que ressurge com o
abuso do álcool. Essa alteração causa insuficiência circulatória,
pulsação irregular e área cardíaca aumentada, em alguns alcoólatras.
Nos casos mais avançados de alcoolismo, é comum a ocorrência de
atrofia testicular nos homens e amenorréia nas mulheres.
(BARROS,1994)

Em relação às funções intelectuais, a memória, a percepção e o


senso crítico são as mais comprometidas. Os transtornos psíquicos
decorrentes do alcoolismo, conforme sua intensidade e ocorrência
configuram quadros psiquiátricos gravíssimos. Como exemplo,
podemos citar a embriagues patológica, que constitui uma forma
especial de intoxicação alcoólica aguda, onde o indivíduo é levado a
estados de excitação psicomotores, alucinações. (BARROS, 1994)

4. Dependência Química

O uso abusivo do álcool, como o de outras drogas levam a


dependência. A dependência química é um grave problema social.
Para tentar fugir ao estresse dos padrões da vida urbana
contemporânea, muitas pessoas acabam usando como subterfúgio as
drogas ilícitas (maconha, cocaína, etc), barbitúricos ou lícitas como o
álcool ou cigarro. (FISHMAN,1988)
No entanto, longe de atuarem como elementos que libertam os
indivíduos dos problemas cotidianos que lhes afligem, as drogas têm
efeito catártico momentâneo progressivamente mais curto, levando
rapidamente a um quadro de dependência física e psicológica com
graves influências sobre sua capacidade de se relacionar
afetivamente, manter vínculos sociais e produzir laborativamente.

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A dependência ao álcool está associada à tolerância
(necessidade de doses maiores de álcool para a manutenção do
efeito de embriaguez). São dois eventos distintos, porém,
indissociáveis. Os primeiros indícios de tolerância não significam,
necessariamente, dependência, mas é o sinal claro de que a
dependência não está longe. A dependência será tanto mais intensa
quanto mais intenso for o grau de tolerância ao álcool.
(FISHMAN,1988)

5. Tratamento das Dependências

Qualquer caso de dependência química, incluindo a do álcool o


alcoolismo não existe cura. O tratamento pode incluir a
desintoxicação, tratamento farmacológico e aconselhamento
individual e/ou em grupo.
Existem muitas evidências de que os tratamentos
comportamentais cognitivos que objetivam a melhora do autocontrole
e das habilidades sociais levam consistentemente à redução do
alcoolismo. Também, o envolvimento com a família é importante para
a recuperação. (FORTES,2001)
Recomenda-se atualmente novas formas de abordagem no que
se refere ao tratamento do alcoólico envolvendo basicamente duas
etapas: desintoxicação e reabilitação. A primeira se refere a uma
eliminação aguda do álcool do organismo do dependente, essa etapa
é seguida de um acompanhamento médico. Mas muitos dependentes
não chegam a passar por essa etapa, estabelecendo somente a
reabilitação. Na segunda etapa o dependente é assistido de forma a
expor suas experiências como dependente e é levado a se manter
sem o álcool. O principal grupo de auto-ajuda que dá suporte ao
alcoólico no Brasil e no mundo é o Alcoólicos Anônimos( A.A). O AA é
descrito como "uma comunidade mundial de homens e mulheres que

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se ajudam a ficarem sóbrios” Tendo grande retorno e uma boa
aceitação entre os dependentes de álcool.(RAMOS,1997)

6. O Serviço Social e o alcoolismo

6.1 Álcool no contexto social

Na sociedade brasileira o álcool, parece está definitivamente


integrado a grande parte dos ambientes e situações do cotidiano das
pessoas, principalmente nos finais de semana e momentos de lazer,
onde se mistura as atividades esportivas, viagens, trabalho (almoços
de negócios) regadas a copiosas doses bebidas alcoólicas.
O fato de ser uma droga legalizada, sendo consumido e
comercializado livremente, quer seja em casa, entre amigos e reunião
social, permeia a lógica de ser agradável incluir o álcool para animar
as pessoas. Entretanto, trata-se de um viés cultural que identifica o
álcool equivocadamente, pois consumido de forma exagerada pode
promover sérios problemas físicos e psicológicos.
O dependente pode prejudicar a si mesmo, e sua família muitas
vezes privando-a de necessidades básicas como alimentação,
vestuário e outros. Ademais, muitos crimes são cometidos sob a
influência do álcool.

6.2 O papel do assistente social no tratamento do alcoolismo

O Serviço Social é caracterizado como a profissão de


intervenção na realidade humana e social. Assistente social é o
profissional que tem em mente o bem-estar coletivo e a integração do
indivíduo na sociedade.

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O atendimento ao dependente pode ser realizado em grupo e
para que compartilhem seus problemas, medos e angústias.
Simultaneamente, ampliam seus conhecimentos sobre o alcoolismo,
criando-se um espaço terapêutico que possibilite a reflexão, o que
provavelmente possibilitará a modificação de alguns comportamentos.
(FELIX, 2009)
O assistente social nos aspectos que concernem ao alcoolismo
pode trabalhar como um orientador em questões de cunho
sociabilizador e de caráter reintegrante desse indíviduo a sociedade.
O profissional de serviço social atuará em diferentes campos
onde haja a necessidade do mesmo. No âmbito familiar é eficaz a
presença do assistente social para orientar os demais participantes
dessa comunidade a entenderem o problema aproximando-os do
dependente, que muita das vezes é rejeitado pela própria família, que
muita das vezes não conhecem os tratamentos existentes para o
problema do alcoolismo. Cabe, então, ao assistente social a
orientação e o encaminhamento do dependente, mas relacionando o
tratamento com o apoio familiar, que é tão importante.
(CASTRO,2009)
O papel do assistente social não se remete apenas ao caráter
familiar. Algumas empresas contratam assistentes sociais para
estabelecer um serviço de assistência social de orientação aos
funcionários que possuam envolvimento com álcool. Esse trabalho,
direcionado ao público que acaba por prejudicar seu desenvolvimento
nas atividades dentro da empresa por causa do consumo de álcool,
são assistidos de forma a solução do problema. Cabendo ao
assistente social o encaminhamento do dependente ao tratamento, e
também formas de prevenção do problema, como exemplo a
realização de palestras e debates.(PINHEIRO,2004)
A motivação do assistente social quando trabalha com o
dependente seja de álcool, seja de química, é a sua reinserção e seu

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reajuste na sociedade, não restringindo o seu trabalho apenas a
orientação ao tratamento, mas também posterior a isso, como é o
caso do auxílio ao ex-dependente à procura de emprego, cursos e
outras formas de inserção na comunidade que este participa.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apesar das suas conseqüências desastrosas, o ato de beber é


considerado parte fundamental do convívio social, dificultando as
campanhas (muito aquém do necessário) de conscientização. No
extremo do ato de beber, encontramos os alcoólicos, dependentes do
álcool que devem contar com o apoio e compreensão da sociedade
para sua recuperação, que deve abandonar o preconceito e tratá-los
com respeito.
O Assistente Social é um profissional capacitado para lidar com
as demandas sociais, abrangendo tanto questões ligadas à própria
sobrevivência, quanto questões voltadas a valores e comportamentos.
Como um mediador ele estabelece uma relação entre a sociedade e
os alcoólicos, que foi rompida devido ao problema do alcoolismo, que
acaba deixando à margem da sociedade esse indivíduo, atuando
sempre para promover a sua reintegração.
Dentro dessa lógica se faz necessário uma formação continuada
desse profissional para atender, cada vez mais, e melhor a
população que sofre com esse mal da sociedade moderna, que
expressado pelos números destacados no presente estudo,
demonstra um problema que está longe de ter seu fim.

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REFERÊNCIAS
BARROS, Carlos Alberto Sampaio Martins. Alcoolismo, obesidade,
consultoria psiquiátrica. Porto Alegre: Movimento, 1994.

CARLINI E A, GALDURÓZ JCF, NOTO AR, NAPPO SA.


Levantamento domiciliar sobre o uso de drogas psicotrópicas no
Brasil. São Paulo: CEBRID/SENAD; 2001.

Castro, N.S. Intervenção do Serviço Social junto à Família de


alcoolista. Disponível em: http://www.nead.unama.br/site/bibdigital/
monografias/alcoolista.pdf. Acesso em: abril de 2009.

Félix, M.S. Alcoolismo & Serviço Social: Um trabalho


concomitante. Disponível em: http://www.cpihts.com . Acesso em:
abril de 2009.

FISHMAN, Ross. Tudo sobre Drogas. São Paulo: Nova Cultura, 1988: p. 72.

FORTES, Jose Roberto de A..Alcoolismo diagnóstico e tratamento. São


Paulo:Sarvier, 2001.

PINHEIRO, Letícia. Alcoolismo no trabalho. São Paulo:


Garamond,2004.

RAMOS, Sérgio de Paula. Grupoterapia para alcoolistas. In: Como trabalhar


com grupos. Porto Alegre. Artes Médicas, 1997.

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